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ANÁLISE DA VIABILIDADE
TÉCNICO-ECONÔMICA NOS
MÉTODOS DE TRATAMENTO DE
ÁGUA PRODUZIDA ID 115
Isac Abdulgani Burgralffe
MINIST ÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CURSO T ÉCNICO DE PET RÓ…
Kat iuscia Hasegawa
MINIST ÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CURSO T ÉCNICO DE PET RÓLEO T RA…
Marcelo Marcelo
Ronnie Matos Tavares Feitosa1, Lílian Lima Bomfim2, Yasmin Pires Rocha3, Talita Rebeca Cardoso Souza4, Gildson Farias
Santos5, Lindsay Araújo Goes6, Iasmin Souza Cruz7, Maria das Graças da Silva Correia8.
1
Graduando em Engenharia de Petróleo da Universidade Tiradentes, Aracaju, Brasil, ronnie-nv@hotmail.com;
2
Graduando em Engenharia de Petróleo da Universidade Tiradentes, Aracaju, Brasil, lilian.bomfim2@hotmail.com;
3
Graduando em Engenharia de Petróleo da Universidade Tiradentes, Aracaju, Brasil, yasmin_pires13@hotmail.com;
4
Graduando em Engenharia de Petróleo da Universidade Tiradentes, Aracaju, Brasil, talitasouzza@gmail.com;
5
Graduando em Engenharia de Petróleo da Universidade Tiradentes, Aracaju, Brasil, gildson_farias92@hotmail.com;
6
Graduando em Engenharia de Petróleo da Universidade Tiradentes, Aracaju, Brasil, lindsay_goes@hotmail.com;
7
Graduando em Engenharia de Petróleo da Universidade Tiradentes, Aracaju, Brasil, mimim-souza@hotmail.com;
8
Professor da Universidade Tiradentes, Aracaju, Brasil, mariag.correia@hotmail.com.
Resumo
A água está presente como um dos principais fluidos produzidos e ao mesmo tempo como um dos principais problemas na
indústria petrolífera. É obtida durante a extração do petróleo, e com o tempo, sua quantidade tende a aumentar à medida que
os campos petrolíferos se tornam maduros. Esta pode ser livre, emulsionada ou dissolvida. A água produzida (AP) é
altamente salina, podendo ultrapassar a salinidade marinha, gerando sérios problemas. Por ser um dos principais subprodutos
da exploração do petróleo, seu gerenciamento se constitui em um enorme desafio para as empresas petrolíferas, pois, um
descarte inapropriado, poderá gerar sérios danos à natureza, como a poluição em rios, mares, lagos, contaminação em
aquíferos e do solo, danos à flora e à fauna. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo apresentar as resoluções de alguns
órgãos regulamentadores sobre os teores de resíduos que devem estar presentes na AP e uma revisão sobre o tratamento da
água produzida, mostrando as principais tecnologias para o tratamento da mesma. A metodologia aplicada constou da
aplicação de Pesquisa Bibliográfica merecendo destaque as buscas nas bibliotecas, Pergamum e Virtual, da Universidade
Tiradentes para construção do estado da arte. Alguns dos mecanismos mais utilizados por essas empresas são: segregação
gravitacional, filtração, absorção, coagulação e floculação a gás dissolvido e a gás induzido. Os processos de separação por
membranas (PSM) têm se mostrado capazes de tratar efluentes que apresentam elevados teores de óleo em emulsão e de
partículas com tamanhos médios e pequenos, competindo, assim, com tecnologias de tratamento mais complexas. O
tratamento de AP se julga necessário para enquadrá-la nos níveis de exigências dos padrões ambientais, juntamente com os
benefícios de uma recuperação adicional do óleo presente.
Palavras-chave: água produzida, petróleo, tratamento.
1. INTRODUÇÃO
Atualmente o petróleo tem uma importância fundamental na vida da sociedade. O petróleo é constituído por centenas de
substancias químicas, embora a maioria dos constituintes sejam hidrocarbonetos. Seus derivados estão ligados a varias
1
manufaturas de inúmeros bens de consumo, além de estarem presentes como uma das principais fontes de energia não
renováveis. [1-2].
Um dos principais subprodutos da exploração do petróleo é a água de produção, ou a chamada água produzida [3].
Segundo Thomas (2004), na indústria do petróleo a geração de resíduos é inevitável destacando a quantidade de efluentes
gerados em todas as etapas do processo de produção: extração, transporte e refino.
“A produção excessiva de água é um problema sério nos campos de petróleo maduros, isto é, nos campos que têm
permanecido em operação por um longo período de tempo” [4]. Isso se dá pelo fato que, por ser o investimento caro, é
preciso desenvolver tecnologias mais rentáveis para poder tratá-la de modo que atenda às exigências do CONAMA sem ter
um elevado custo operacional. De acordo com Thomas (2004), o tratamento de água produzida visa à redução do TOG (teor
de óleos e graxas) presente na emulsão para condicionar a mesma para reinjeção ou descarte.
O derrame de água produzida de forma inadequada pode ocasionar sérios problemas ambientais, como a inibição do
crescimento das plantas, a contaminação de lençóis freáticos, o aumento da erosão e perda da superfície do solo [5].
Portanto é necessário que as indústrias, além de buscarem desenvolver métodos de tratamento de água produzida com
baixo custo operacional, possam conscientizar-se do grave problema que pode ser gerado pelo seu derrame, de modo que
possam fazer o uso da reutilização e da tecnologia limpa.
2. OBJETIVOS
A partir de dados provenientes da bibliografia, o presente estado da arte visa analisar e estudar a eficiência de diferentes
processos de tratamento de água produzida e a uma relação custo-eficiência de cada método. Além de analisar os métodos
convencionais e apontar novos tipos de tecnologias para o tratamento de água produzida.
3. METODOLOGIA
Para elaboração do estado da arte, o uso do meio virtual tornou-se imprescindível para a busca de artigos que tratassem
sobre o presente título. Junto a isso, o Pergamum da Universidade Tiradentes foi de grande importância para a construção do
mesmo.
5. ÁGUA PRODUZIDA
A água produzida é assim chamada devido a ser toda a água carreada junto com o óleo durante a produção do petróleo.
Em geral, a quantidade que acompanha o gás é pequena, mas quantidades maiores acompanham o óleo na sua produção,
podendo alcançar proporções consideráveis, especialmente em enormes campos de produção de petróleo que se aproximam
do fim de suas vidas produtivas [10-11].
A produção do petróleo é geralmente acompanhada pela produção de água, muitas vezes com alta salinidade, gás,
sedimentos e outros contaminantes, que devem ser retirados para que o petróleo possa se adequar às normas especificadas
dentro de certos parâmetros para o envio às refinarias [12].
De acordo com Thomas (2004, p.264), “a quantidade de água produzida associada com o óleo varia muito, podendo
alcançar valores da ordem de 50% em volume ou até mesmo muito próximo de 100% ao fim da vida econômica do poço”.
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Desse modo, observa-se então o desenvolvimento de pesquisas que visam recuperar a pequena parcela de óleo ainda restante
através do tratamento de água produzida.
A Água Produzida é potencialmente perigosa ao meio ambiente por causa dos vários elementos que a compõe e apresenta
de um modo geral, características muito corrosivas aos equipamentos de superfície e aos de subsuperfície, devido à elevada
salinidade e elevados teores de gases dissolvidos (H2S e CO2), sólidos em suspensão e óleo residual. A combinação de um ou
mais desses elementos e a quantidade e as características do local onde o efluente for descartado devem ser levados em conta
para avaliar um possível impacto ambiental. Poderá ocorrer poluição em rios, mares, lagos, contaminação em aquíferos e do
solo, danos à flora e à fauna [13-14-15].
Os componentes inorgânicos da água produzida são similares aos encontrados na água do mar [16]. Os elementos
inorgânicos mais abundantes são os íons cloreto, sódio, cálcio, magnésio, amônia e sulfeto. O mecanismo predominante da
origem do sulfeto nas águas de formação parece ser a atividade de bactérias redutoras de sulfato (BRS) [17].
7.1.2. ADSORÇÃO
“O fenômeno de adsorção é caracterizado pela habilidade de sólidos porosos reterem, através de interações físicas ou
químicas, as moléculas de um componente de uma mistura, separando assim os componentes dessa mistura” [22]. Desse
modo, na indústria de petróleo, são utilizados diversos adsorventes, mas dentre os principais destacam-se o carvão ativado, a
sílica-gel, a alumina ativada, as peneiras moleculares etc. [2-19].
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7.1.3. COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO
A coagulação consiste em realizar a desestabilização das cargas das partículas desestabilidade das cargas. Através da
adição de produtos químicos específicos, ocorre a anulação das forças repulsivas [23]. Já a floculação será a aglutinação de
tais partículas em torno de núcleos formados pela coagulação. Desse modo, na indústria petroquímica, são utilizados como
coagulantes os polieletrólitos, policloreto de alumínio (PAC) [21].
7.1.4. HIDROCICLONES
Segundo Thomas (2004), através da energia centrífuga gerada devido à forma como se dá o escoamento da água
produzida, uma boa parte do óleo presente é separada. Em tal equipamento, a água oleosa entra tangencialmente sob pressão
na câmara cilíndrica, como mostra a Figura 1. Assim, sob a ação da força centrífuga, água e sedimentos acumulam-se ao
redor das paredes, pelo fato de possuírem maior densidade e saem pelo orifício de menor diâmetro da seção cônica do
equipamento. Já o óleo, de menor densidade, migra em direção ao centro e é expelido pelo orifício de maior diâmetro.
4
7.1.6. FLOTADOR A GÁS INDUZIDO
Segundo Souza Filho (2002), tal mecanismo possui o mesmo princípio de funcionamento da flotação a gás dissolvido, no
entanto, as bolhas não são previamente dissolvidas no meio líquido e sim são diretamente injetadas na mistura. Tais bolhas
são geradas por meio do sistema mecânico ou hidráulico e as mesmas possuem diâmetro maior se comparado com as bolhas
formadas no mecanismo a gás dissolvido. O esquema da Figura 3 a seguir, mostra o funcionamento do flotador a gás
induzido.
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toxicidade também são observados com relação aos coagulantes usuais utilizados pela indústria. E assim, a Moringa oleífera
Lam surge como solução, ao passo que propicia uma maior coalescência das gotículas de óleo e tem baixo custo [2-19].
O Hidrociclone, como forma de tratamento de água, tem seu uso bastante habitual na indústria. Isto se deve a
simplicidade em seu funcionamento, requerendo pouca manutenção e acompanhamento operacional. Contudo, o hidrociclone
apenas não é capaz de remover grande parte da emulsão de óleo, a fim de atender aos teores de óleo estabelecidos pela
legislação. Dessa forma, o uso apenas de hidrociclones para tratamento de água não se mostra suficiente, sendo necessária a
inserção de outros métodos a fim de que haja a eficiente redução nos teores de óleo [21].
Já com relação aos flotadores de gás, sua eficiência dependerá da distribuição dos diâmetros das gotas e das condições de
operação empregados. Sob esse aspecto, o Flotador a gás dissolvido mostra-se mais eficiente, pelo fato de o diâmetro de suas
bolhas estarem na faixa de micrômetros, entretanto, tal mecanismo necessita de mais espaço para acomodar seus
equipamentos, como compressores e tubulações de recirculação de gás. Devido a isso, em plataformas offshore, dá-se
preferência ao uso de flotador a gás induzido, que apesar de gerar maior diâmetro de bolhas, necessita de um espaço bem
menor para instalação de seus equipamentos [21-24].
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[9] FÉLIX, G. B. Relatório de Estágio Supervisionado. OP-MG da UN-BA (Petrobrás)
[10] MORAES, N. A. de. Estudo da hidrodinâmica de um novo separador líquido-líquido: aplicação ao sistema
óleo-bruto/água produzida. Natal (RN), 2005. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Programa de Pós
Graduação em Engenharia Química Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
[11] STATOIL. Research & Technology Memoir n.3: Offshore produced water management: Knowledge, tools
and procedures for assessing environmental risk and selecting remedial measures. [S.I.]: Statoil ASA, mar.
2003. 18 p.
[12] SANTOS, W. L. dos.; THEOBALD, R.. ESTUDO DE PERIGOS E OPERABILIADE (HAZOP) EM UMA
PLANTA PILOTO DE DESESTABILIZAÇÃO DE EMULSÕES DE PETROLEO VIA MICRO-ONDAS.
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[13] FONSECA, R. M. R. A importância do aproveitamento da água resultante da produção de petróleo –
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1999.
[14] SILVA, C. R. R. Água Produzida na Extração de Petróleo. Curso de Especialização em Gerenciamento e
Tecnologias Ambientais nas Indústrias. Departamento de Hidráulica e Saneamento – Escola Politécnica, 2000.
[15] CHAGAS, R. R. A. et. al; Monitoramento Tecnológico das Técnicas de Tratamento de Água Produzida.
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[16] OGP, 2005. The International Association of Oil & Gas Producers. Fate and effects of naturally occuring
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[21] SOUZA FILHO, José Erasmo de. Processamento Primário de Fluídos: Separação e Tratamento. Programa
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7
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[30] SOARES, P. M.; BERNI, M. D.; MANDUCA, P. C. A indústria de petróleo no Brasil: avaliação histórica da
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