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SEQUÊNCIA

Sequência numérica é uma lista formada por números que possui uma
ordem, geralmente, bem definida. Uma sequência contém o que conhecemos
como lei de formação, ou lei de recorrência, o que nos permite encontrar os
próximos termos do seguimento. Por exemplo, podemos montar a sequência
formada pelos números pares em ordem crescente (0, 2, 4, 6,…), ou então a
sequência dos números múltiplos de 10 (0, 10, 20, 30, 40,…), entre outras
várias sequências possíveis.
Uma sequência pode ser finita ou infinita, dependendo da quantidade
de elementos que ela possui. Ela também pode ser crescente, decrescente,
oscilante ou constante. Além disso, existem casos particulares de sequência,
conhecidos como progressões. Elas podem ser classificadas como
progressões aritméticas ou geométricas.

Lei de ocorrência de sequência numérica


Chamamos de sequência numérica uma lista de números com ordem
determinada. Para denotar uma sequência, escrevemos os números entre
parênteses, como no exemplo a seguir:
(a1, a2, a3,..., an)
 a1 é o 1º termo da sequência.
 a2 é o 2º termo da sequência.
 a3 é o 3º termo da sequência.
 an é o n-ésimo termo da sequência.

Conhecemos como lei de ocorrência a regra que rege a sequência


numérica. Podemos ter vários critérios para a formação de uma sequência
numérica, de acordo com determinadas características desses números.
Vejamos alguns exemplos a seguir.
 Exemplo 1: lei de ocorrência da sequência dos
números múltiplos de 4: (0, 4, 8, 12, 16, 20,…)
 Exemplo 2: lei de ocorrência da sequência dos
números ímpares: (1, 3, 5, 7, 9, 11, 13,…)
 Exemplo 3: lei de ocorrência da sequência dos números
negativos maiores que -5: (-4, -3, -2, -1)

Classificação de sequência numérica


Existem duas maneiras de classificar uma sequência. Uma delas
tange a quantidade de termos, definindo as sequências como finita ou infinita.
A outra refere-se a seu comportamento, distinguindo as sequências como
crescente, decrescente, constante ou oscilante.
→ Classificação da sequência numérica quanto à quantidade de termos
 Finita: quando a sequência possui uma quantidade limitada
de termos.
Exemplos:
a) (0, 2, 4, 6, 8, 10)
b) (1, -1, 2, -2, 3, -3)
c) (1, 4, 9, 16, 25)
 Infinita: quando a sequência possui uma quantidade
ilimitada de termos.
Exemplos:
a) (…, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5,…)
b) (3, 6, 9, 12,…)
c) (3, 9, 27, 81,…)
→ Classificação da sequência numérica quanto ao comportamento
 Crescente: quando um termo da sequência é menor que o
seu sucessor.
Exemplos:
a) (1, 2, 3, 4, 5,…)
b) (-2, 0, 2, 4, 6)

 Decrescente: quando um termo da sequência é maior que


o seu sucessor.
Exemplos:
a) (16, 13, 10, 7,…)
b) (-3, -9, -27, -81,…)

 Constante: quando um termo da sequência é sempre o


mesmo.
Exemplos:
a) (0, 0, 0, 0, 0)
b) (4, 4, 4, 4,...)

 Oscilante: quando a sequência não se comporta de


nenhuma das maneiras citadas, ou seja, ela não é crescente, nem
decrescente, nem constante.
Exemplos:
a) (0, 1, 0, 1, 0, 1)
b) (1, -2, 3, -4, 5, -5,…)

Lei de formação da sequência numérica


A lei de formação de uma sequência é uma expressão algébrica que
nos permite encontrar cada um dos termos da sequência por meio de uma
fórmula. Existem algumas sequências em particular com lógicas demonstráveis
por meio de uma lei de formação. Vejamos alguns casos a seguir.

Exemplo:
Uma sequência possui lei de formação do tipo an = n² + n. Encontre os
seus 6 primeiros termos.
a1 = 1² + 1 = 1 + 1 = 2
a2 = 2² + 2 = 4 + 2 = 6
a3 = 3² + 3 = 9 + 3 = 12
a4 = 4² + 4 = 16 + 4 = 20
a5 = 5² + 5 = 25 + 5 = 30
a6 = 6² + 6 = 36 + 6 = 42
(2, 6, 12, 20, 30, 42,…)
 Defina a sequência da lei de formação an = 4n – 1
 Qual a lei de formação dessa sequência (2, 5, 8, 11...)?
 Qual é a lei de formação da sequência (1, 2, 4, 8...)?
 Qual a lei de formação da sequência (1,7,17,31...)?

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM

O princípio fundamental da contagem, também chamado de princípio


multiplicativo, é utilizado para encontrar o número de possibilidades para um
evento constituído de n etapas. Para isso, as etapas devem ser sucessivas e
independentes.
Se a primeira etapa do evento possui x possibilidades e a segunda etapa
é constituída de y possibilidades, então existem x . y possibilidades.
Portanto, o princípio fundamental da contagem é a multiplicação das
opções dadas para determinar o total de possibilidades.
No dia-a-dia estamos interessados em contar o número de maneiras
que um experimento ou experiência pode ser realizado.

Por exemplo:

1. De quantas maneiras podemos organizar uma fila com 4


pessoas?
2. Quantas senhas com 3 dígitos podemos formar usando os dígitos
ímpares do sistema decimal?
3. De quantas maneiras podemos entrar e sair de um estádio de
futebol que possui 5 portões?
4. De quantas maneiras diferentes podemos pintar uma bandeira de
3 listras, usando as cores amarela ou verde?
Uma maneira simples de obter o total de possibilidades de um
experimento acontecer é descrever todas as opções possíveis e fazer a
contagem direta. Entretanto, isso nem sempre é viável porque o número de
possibilidades pode ser tão grande que se torna impraticável a contagem
direta dos resultados.

Por exemplo:

1. De quantas maneiras diferentes um candidato pode “chutar” todas


as questões de um teste com 10 questões do tipo V ou F?
2. Um estádio de futebol possui 6 portões. De quantas maneiras
distintas uma pessoa pode entrar no estádio e sair dele por um portão
diferente do que usou para entrar?
Para essas situações, usamos o princípio fundamental da
contagem ou princípio multiplicativo, que é um método algébrico para
determinar o número total de possibilidades.
Este método consiste em multiplicar o número de possibilidades de
cada etapa do experimento.
Exemplo 1
João está em um hotel e pretende ir visitar o centro histórico da cidade.
Partindo do hotel existem 3 linhas de metrô que levam ao shopping e 4 ônibus
que se deslocam do shopping para o centro histórico.

De quantas maneiras João pode sair do hotel e chegar até o centro


histórico passando pelo shopping?
Solução: O diagrama de árvore ou árvore de possibilidades é útil para
analisar a estrutura de um problema e visualizar o número de combinações.
Observe como a constatação das combinações foi feita utilizando
o diagrama de árvore.

Se existem 3 possibilidades de sair do hotel e chegar até o shopping, e


do shopping para o centro histórico temos 4 possibilidades, então o total de
possibilidades é 12.
Outra maneira de resolver o exemplo seria pelo princípio fundamental da
contagem, efetuando a multiplicação das possibilidades, ou seja, 3 x 4 = 12.

Exemplo 2
Um restaurante possui em seu cardápio 2 tipos de entradas, 3 tipos de
pratos principais e 2 tipos de sobremesas. Quantos menus poderiam ser
montados para uma refeição com uma entrada, um prato principal e uma
sobremesa?
Solução: Utilizaremos a árvore de possibilidades para entender a
montagem dos menus com entrada (E), prato principal (P) e sobremesa (S).

Pelo princípio fundamental da contagem, temos: 2 x 3 x 2 = 12. Portanto,


poderiam ser formados 12 menus com uma entrada, um prato principal e uma
sobremesa.

Ana estava se organizando para viajar e colocou na mala 3 calças, 4 blusas e 2


sapatos. Quantas combinações Ana pode formar com uma calça, uma blusa e
um sapato?

a) 12 combinações
b) 32 combinações
c) 24 combinações
d) 16 combinações

Resolução
Observe que para cada uma das 4 blusas, Ana tem 3 opções de calça e duas
opções de sapato.

Portanto, 4 x 3 x 2 = 24 possibilidades.

Sendo assim, Ana pode formar 24 combinações com as peças da mala. Confira
os resultados com a árvore de possibilidades.
Um professor elaborou uma prova com 5 questões e os alunos deveriam
respondê-la assinalando verdadeiro (V) ou falso (F) para cada uma das
questões. De quantas maneiras distintas o teste poderia ser respondido?

a) 25
b) 40
c) 24
d) 32

Resolução
Existem duas opções distintas de resposta numa sequência de cinco
questões.
Utilizando o princípio fundamental da contagem, temos:
2.2.2.2.2 = 32 respostas possíveis para o teste

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