Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 5

ALGO É UM ÍDOLO QUANDO...

01. Isso me faz disposto a desobedecer a Deus.


02. Isso me dá uma alegria maior do que Cristo.
03. Isso me dá mais entusiasmo sobre o futuro do que Cristo.
04. Isso é com que eu mais sonho.
05. Isso é o que eu mais gosto de falar a respeito.
06. Isso é o que eu mais temo perder.
07. Isso é o que eu mais gosto de ler a respeito.
08. Isso é com que eu mais amo gastar o dinheiro.
09. Isso é o que mais rejuvenesce meu coração.
10. Isso é com que eu mais gosto de passar meu tempo.

Josemar Bessa

Elyse Fitzpatrick, em seu livro Ídolos do Coração – Aprendendo a Desejar


Apenas Deus, ao tratar de como identificar um ídolo, escreveu: “O homem
busca os ídolos para acalmar seus temores e conseguir benefícios desejados
– trazer-lhe felicidade. Para identificar seus ídolos, comece a analisar os
pensamentos e imaginação que lhe trazem felicidade (…). Em vez de
moldar ídolos em madeira ou pedra, nós os moldamos em nossa
imaginação – adorando aquilo que cremos ser capaz de nos trazer
felicidade.”

O PERIGO DOS DESEJOS DESORDENADOS


“Por que Deus nos deu desejos?”, perguntou uma amiga, agitada. Ela
estava lutando com seu desejo pelo mundo e seu desejo por Deus. Ela
pensou que seria mais fácil servir a Deus se não tivesse desejos por outras
coisas. Alguma vez você já se sentiu assim? Eu já.

Deus nos dá a capacidade de desejar para que Ele possa ser o objeto de
nossos desejos. Ele quer que O desejemos com todo o coração, alma, força
e mente (Lucas 10.27). Desejo é um sentimento, uma vontade, um anseio
forte (bom ou mau), que nos leva a buscar a realização ou posse de alguma
coisa. Temos o Espírito Santo que habita em nós e nos permite desejar a
Deus, mas ainda lutamos contra os desejos de nossa natureza pecaminosa,
que ainda não foi completamente redimida.

1
Desejos da carne e desejos do Espírito
A Bíblia descreve dois tipos de desejos: desejos da carne e desejos do
Espírito (Gálatas 5.17). Esses desejos estão em conflito. Não podemos
servir os dois ao mesmo tempo, e não há terreno neutro. Ou somos leais aos
desejos do Espírito, ou aos desejos da carne.

Os desejos do Espírito é tudo aquilo que agrada a Deus – justiça, santidade


e vida piedosa. Os desejos do Espírito produzem o fruto fresco de “amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
domínio próprio” (Gálatas 5.22-23).

Os desejos da carne são da natureza imoral, fraca e desamparada do ser


humano, e desagradam a Deus. Desejos carnais produzem frutos podres,
como “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades,
porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices,
glutonarias e coisas semelhantes a estas” (Gálatas 5.19-21).

A idolatria de desejos desordenados


Os desejos da carne são desordenados – o anseio cobiçoso pelas coisas
terrenas. Em Colossenses 3.5, o apóstolo Paulo diz: “Fazei, pois, morrer a
vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo
maligno e a avareza [cobiça], que é idolatria.” Cobiça é idolatria porque ela
coloca nossos desejos egoístas acima da obediência à Deus.

Nossos desejos desordenados da carne criam ídolos, que são os objetos de


nossos desejos que tomam o lugar de Deus em nossos corações. John Piper
diz: “Preferir qualquer coisa acima de Cristo é a própria essência do
pecado.” [1] O pecado da idolatria é confiar em algo ou alguém que não
seja Deus. Não precisamos de uma imagem esculpida para sermos
idólatras. Nossos corações são fábricas de ídolos, produzindo diariamente
adoração a coisas erradas.

O objeto de nossos desejos desordenados


Nossos desejos desordenados nos motivam a agir. Buscamos um objeto
(material ou imaterial) que cremos que possa satisfazer os nossos desejos –
tornando esse objeto um ídolo. Em Ezequiel 14.3, aprendemos que
escolhemos criar ídolos em nossos corações, e que eles nos levam a cair em
pecado. Quando produzimos os frutos da carne – isto é, “os maus
desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza,
as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura”
(Marcos 7.21-22) – é sinal de que o nosso coração está adorando ídolos.
Nesses casos, queremos mais nossos desejos terrenos do que queremos os
desejos do Espírito.

2
O perigo de nossos desejos desordenados
Somos exortados a fugir da idolatria (1 Coríntios 10.14). A adoração de
ídolos quebra a comunhão que temos com Deus. Tornamo-nos como
nossos ídolos, assumindo sua imagem e identidade, substituindo nossa
identidade em Jesus. Vamos atrás de nossos ídolos, crendo que eles nos
satisfarão. Colocamos todos os nossos esforços em servir os nossos ídolos,
buscando satisfazê-los, para que eles nos deem o que desejamos.

A dura realidade é que nossos ídolos nos frustram. Eles nos tornam cegos
para o pecado. Ficamos decepcionados, desapontados, e caímos em
desespero. Quando as coisas não saem como planejamos, nos sentimos
presos na vida e não conseguimos levar nossos planos adiante. Nós nos
encontramos mentindo, manipulando, cobiçando, enciumados e irados,
tentando desesperadamente mudar nossas circunstâncias. Culpamos a Deus
por não resolver nossos problemas. Ele parece tão distante que não
podemos ouvir sua voz mansa e silenciosa (1 Reis 19.12). Tornamo-nos
espiritualmente impotentes e emocionalmente vazios. Nossos ídolos
bloqueiam o prazer que desfrutamos no amor e no perdão de Deus.

Esperança em Cristo
Fomos criados como seres espirituais com o desejo de se conectar a um
Deus espiritual através da adoração. Adoração é curvar-se e mostrar total
submissão ao Senhor. O seu coração é o trono onde muitos deuses
competem para reinar de forma suprema. Queremos o que os antigos
adoradores de ídolos queriam – riqueza, segurança e poder. Podemos não
nos curvar a estátuas feitas pelo homem, mas, em nossos corações,
idolatramos carreira, relacionamentos, posição, posses, entretenimento,
educação, sucesso e fama.

As más notícias
Todos somos culpados de idolatria. Nosso coração idólatra quebra o
mandamento: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20.3). Deus
condena a idolatria porque ela perverte nosso relacionamento com ele e
distorce sua imagem em nós. A Escritura alerta os idólatras de que Deus
chama todos a se arrependerem, pois chegará o dia em que ele julgará o
mundo de forma justa por meio de Jesus Cristo (Atos 17.30–31). Deus
ordena que ele tenha a supremacia no trono do nosso coração.

As boas notícias
Os ídolos em nossos corações são destruídos quando confiamos no
evangelho de Jesus Cristo para nos salvar de nossos pecados. Jesus Cristo,
que é totalmente Deus e totalmente homem, viveu uma vida sem pecado,
foi crucificado para suportar a ira de Deus no lugar daqueles que creem,

3
ressuscitou da sepultura, e agora está sentado no trono celestial à direita do
Pai em poder e majestade. Oramos em nome de Jesus porque ele é nosso
intercessor, mediador e redentor. Por meio de seu sacrifício e ressurreição,
recebemos o privilégio de entrar em um relacionamento com Deus para
toda a eternidade.

O evangelho expulsa ídolos de nossos corações. Por termos sido


crucificados com Cristo, nossas vidas não nos pertencem mais (Gálatas
2.20). Nossa união íntima com Cristo nos permite viver uma vida de
adoração a Deus, ao invés de nos curvarmos aos ídolos.

Perguntas para reflexão


O que – ou quem – você deseja mais que Deus? Como o evangelho permite
que você substitua desejos desordenados por desejos centrados em Deus?

[1] John Piper, Quando Eu Não Desejo a Deus: O Que Fazer Quando Não Nos Alegramos
Nele (São Paulo: Cultura Cristã, 2018). [Este post, de autoria de Shannon Kay McCoy,
foi originalmente publicado no blog da Biblical Counseling Coalition. Traduzido por Gustavo
Santos e revisado por Lucas Sabatier. Republicado mediante autorização.

(NAPEC) Por Robson Fernandes

“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas,
mas nem todas edificam” 1 Coríntios 10:23
Edificação é um tema comum na Sagrada Escritura. Edificar significa
construir, levantar, instituir, induzir à virtude, infundir sentimentos morais e
religiosos em alguém. Com isso, a ideia do autor bíblico é a de que devemos
buscar em todo o tempo as coisas que colaboram para o nosso crescimento e
para a nossa solidificação espiritual.
Se para alguns a busca incessante pela edificação é o mesmo que radicalismo
e exagero, para outros, não buscar essa edificação constantemente é
secularização, mundanismo e relativização da Verdade. O fato é que os
apóstolos e o próprio Jesus não se cansaram de buscar a edificação o tempo
inteiro.
Esse era um dos principais problemas da igreja de Corinto, pois ela
relativizava a verdade e não buscava a edificação o tempo todo. Aquela
igreja permitiu que os costumes de uma sociedade caída e sua cultura
contaminada pelo pecado penetrassem na igreja, e ao invés de influenciar a
sociedade ela passou a ser influenciada. Para defender essa distorção alguns
argumentam: “mas eu tenho o direito de relaxar”.

4
É verdade, todos necessitamos de descanso e férias, mas quem foi que disse
que devemos descansar, relaxar ou tirar férias envoltos em uma ação
pecaminosa? Ora, férias, por exemplo, existem para descansarmos do
trabalho, e isso porque estamos cansados. Então, se tiramos férias de Deus,
se negligenciamos os princípios da Sagrada Escritura em nosso descanso é
porque estamos cansados de Deus? Estamos cansados dos princípios da
Sagrada Escritura?
Precisamos entender urgentemente que se isso ocorre é porque existe algo de
muito errado com nossa vida!
Isso ocorre, normalmente, quando os nossos interesses são maiores que os
interesses de Deus. Ou seja, quando deixamos que ídolos sejam erguidos em
nossos corações. Alguns desses ídolos são: hedonismo (busca pelo próprio
prazer e fuga da dor), pragmatismo (a negação de princípios e valores desde
que a prática funcione, a ação dê certo), relativismo (afirmação de que as
verdades morais e religiosas, por exemplo, variam conforme a situação) e
niilismo (não existe nada absoluto. Não há verdade moral nem escala de
valores).
Esses ídolos se manifestam em forma de interesses pessoais, e nossos
interesses pessoais terminam sendo maiores que os interesses de Deus. São
eles: dinheiro, poder, fama, felicidade, sucesso, status, bem estar etc. Por isso
a igreja de Corinto estava participando de festas mundanas que o apóstolo
Paulo chama de sacrifício à demônios (1Co 10:20), associação com
demônios (1Co 10:20), “cálice dos demônios” (1Co 10:21), “mesa dos
demônios” (1Co 10:21). Por essas coisas, o apóstolo declara: “Ninguém
busque o seu próprio interesse” (1Co 10:24). Ou seja, o apóstolo está dizendo
em outras palavras a mesma coisa que o próprio Jesus Cristo já havia dito:
“negue-se a si mesmo” (Mt 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23).
E agora, o que você fará? Será possível achar que alguém pode buscando a
Deus na igreja e ter comunhão com demônios fora dela? Será que alguém
pode pensar que Deus permitirá que isso ocorra por muito tempo?
Pense nisso e decida a quem você deseja servir de fato para que não sejamos
como a igreja de Corinto.

Você também pode gostar