Textos: Apocalipse 2:4 Duração: 2h INTRODUÇÃO Vivemos dias em que muitos ministros de Deus desenvolvem seus ministérios na força do braço, quando a Bíblia diz claramente que não é por força nem por violência, mas pelo Espírito do Senhor (Zc 4:6). Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. A obra é do Espírito, e, na hora de trabalharmos para Deus, não podemos nos embriagar com coisas que não devem nos prender (nossos próprios conceitos, “achismos”, interpretações e tradições). - Em Apocalipse 2:4, Jesus protestou com relação à decadência do amor que essa igreja vinha apresentando. Ele protestou pela perda do que chamou de “primeiro amor”. - O que é o “primeiro amor” a que o Senhor Jesus Se refere nesta mensagem? - É um fogo de grande intensidade em nosso íntimo, que coloca Jesus acima de todas as demais coisas! “O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.” (Mateus 13.44) - Em Mateus 13:44 o Senhor está falando de alguém que, além de transbordar de alegria por ter encontrado o Reino de Deus, ainda se dispõe a abrir mão de tudo o que tem para desfrutar do seu achado. Estas duas características são evidentes na vida de quem teve um encontro real com Jesus. - O primeiro amor é o nosso primeiro momento de relacionamento com Cristo em que nos devotamos de todo o nosso ser a Ele. Abrimos mão de tudo por causa de Jesus: - O Reino de Deus passa a ser prioridade absoluta! É quando amamos a Deus de todo o nosso coração e alma, com todas as nossas forças e entendimento! Este primeiro amor nos leva a vivermos intensamente a fé. Foi assim desde o início da era cristã: “Então, os que aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” (Atos 2.41-47) Os relatos de Atos dos Apóstolos nos revelam uma Igreja viva, cheia de paixão e fervor: “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.” (Atos 4.32-35) - Este amor nos leva à prática de buscarmos intensamente ao Senhor. Aliás, vale ressaltarmos que há um padrão de busca que Deus determinou para nós. É quando Ele Se torna mais importante para nós do que qualquer outra pessoa ou coisa! Devemos chegar a um ponto tal neste anseio por Ele que nada mais importe! - Deus não esperava apenas que os homens O buscassem, mas que também o fizessem da forma correta! Através do profeta Jeremias, o Senhor Deus deixou bem claro o que é necessário para que O encontremos – não apenas uma busca qualquer, mas uma busca de todo o nosso coração: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29.13) - O apóstolo Paulo falou que o amor de Cristo (ou o entendimento da profundidade deste amor) nos constrange a não mais vivermos para nós, e sim para Ele: “Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5.14,15) - O primeiro amor é uma profunda resposta ao entendimento do amor de Cristo, o que nos leva a buscarmos e a servirmos ao Senhor com intensidade e paixão. - Deus está nos tratando. Ele quer que sejamos encaminhados para o lugar certo. No caminho, resgataremos o nosso Primeiro Amor: amor por Ele e por Sua gloriosa obra nesta Terra. - O primeiro amor é como um fogo. Se colocamos lenha, ele fica mais inflamado. Contudo, se jogamos água, ele se apaga! Falhamos por não alimentarmos o fogo e por permitirmos que outras coisas o apaguem! Muitas coisas contribuem para que o nosso amor pelo Senhor perca a sua intensidade. - Se quisermos nos prevenir e evitar esta perda, ou se quisermos uma restauração, depois que perdemos este amor, precisaremos entender a maneira de como esse amor é afetado:
1. O convívio com o pecado
“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.” (Mateus 24.12) 2. A falta de profundidade “A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam.” (Lucas 8.13) 3. A falta de tratamento “A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer.” (Lucas 8.14) 4. As distrações “Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (Lucas 10.41,42) - O nosso cuidado nestas quatro áreas é útil para prevenirmos e evitarmos a perda (ou depreciação) do nosso primeiro amor. Contudo, há os que já perderam o seu primeiro amor! Assim sendo, é preciso fazer alguma coisa com relação à perda já sofrida. Para essas pessoas, as Escrituras revelam o caminho de volta. 1. Lembra-te! 2. Arrepende-te! 3. Volta à prática das primeiras obras!
“Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos,
pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.” (Tiago 4.8-10) - O fato de nos humilharmos perante o Senhor é o caminho para a exaltação (restauração) diante d’Ele. Se reconhecermos que abandonamos o nosso primeiro amor, teremos que separar rapidamente um tempo para orarmos e chorarmos em arrependimento diante do Senhor para buscarmos uma renovação. - Temos que voltar a fazer o que abandonamos! Jesus não protestou porque os efésios não O amavam mais, e sim porque já não O amavam mais como anteriormente! Precisamos mais do que o reconhecimento da nossa perda! Precisamos voltar a agir como no início da nossa caminhada com Cristo! - É tempo de resgatarmos o nosso amor ao Senhor e dar-Lhe nada menos que um amor total! Que possamos sempre nos apossar da graça do Senhor, para vivermos intensamente a nossa obediência ao Maior Mandamento!
Lucas 5 - Pedro lança à rede à direita conforme a palavra do Senhor.
João 21 – Pedro lança novamente à rede à direita sem questionar. João 24 – O coração dos discípulos ardia enquanto lhes falava.