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Original em inglês:
CONTEÚDO
INTRODUÇÃO
V. O autor
CÉU
Síntese de 2 Tessalonicenses 1
contra Deus
destinados ao inferno
outro
Síntese de 2 Tessalonicenses 2
Síntese de 2 Tessalonicenses 3
BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO A 1 E 2 TESSALONICENSES
W. Ramsay, St. Paul the Traveler and the Roman Citizen (São
Paulo, o viajante e o cidadão romano), reimpresso, Grand Rapids,
1949.
“politarcas”.
Mas ao ter em mente que neste lugar levantou-se uma muito grande
igreja (deduzido de 1Ts 5:12), que muitos dos cidadãos de
Tessalônica rejeitaram a idolatria para servir ao Deus vivo (1Ts. 1:9),
que seu
É claro, tanto pelo livro de Atos como pelas epístolas, que a maioria
dos convertidos eram dos gentios: “alguns” judeus e “uma grande
multidão” de prosélitos gregos (que estavam habituados a concorrer
à sinagoga) foram persuadidos, como também o foram muitas
mulheres da cidade, pertencentes à classe alta, esposas de homens
influentes (At 17:4). Muitos pagãos, idólatras, tendo ouvido o
evangelho proclamado por Paulo e seus colaboradores,
experimentaram uma mudança radical,
2 Tesalonicenses (William Hendriksen) 13
A. 1 Tessalonicenses
B. 2 Tessalonicenses
Barnett, Albert E., The New Testament, Its Making and Meaning (O
Novo Testamento, sua confecção e significado), New York, 1946, p.
37.
9, 157, 178.
Smith, David, The Life and Letters of St. Paul (A vida e epístolas de
São Paulo) New York, 1920, pp. 152–166.
Van Leeuwen, J. A. C., Paulus’ Zendbrieven aan Efeze, Colosse,
Filemon, en Thessalonika (em Kommentaar op het Nieuwe
Testament) (As epístolas de Paulo a Éfeso, Colossos, Filemom, e
Tessalônica — em Comentário sobre o Novo Testamento),
Amsterdam, 1926, pp. 359, 360.
12),
(2) Pelas saudações (1Ts 1:1; 2Ts 1:1) é evidente que Silas
(também Timóteo) estava com Paulo quando escreveu as epístolas
aos Tessalonicenses. E de acordo com livro de Atos, Silas
acompanhou Paulo em sua segunda viagem missionária (depois de
At 18:5 não se volta a mencionar Lucas), não na primeiro nem
tampouco na terceira.
Embora esta não seja uma prova positiva, não obstante assinala
editado por Thomas S. Kepler, cf. o índice em pp. 158, 159 com a de
p. 169. Mas, é acaso verdade que Paulo em suas epístolas não
deixa entrever pensamento alguém que indique haver-se
comprometido em grandes viagens? Eu não vejo em que forma
pode-se sustentar tal afirmação, especialmente à luz das seguintes
passagens: Rm 1:15; 15:24, 28; 1Co 16:5; 2Co 1:15, 16, 23; 2:12,
13; 7:5–15; 9:2; 10:16; 12:14; 13:1; Fp 4:15, 16.
Esta data claramente indica que Gálio, diante de cujo tribunal foi
trazido Paulo estando em Corinto (At 18:12–17), foi procônsul por
um período de um, ou talvez dois anos entre os anos 51–53 d.C. 6
Pelo fato de que Paulo tinha estado em Corinto só antes de
escrever 1 Tessalonicenses, e que ao escrevê-la Silas e Timóteo já
se tinham unido a ele, é claro que não podemos situar esta epístola
no começo do período 51–53. Além disso, dado o fato de que
necessariamente deve ter transcorrido um tempo apreciável antes
que 1 Tessalonicenses fosse seguida por 2
que deveu ser recente, nesta carta não faz nenhuma referência a
alguma epístola anterior. Mas 2 Tessalonicenses, sim, contém uma
clara e definida referência a uma epístola anterior, uma vez que diz:
“Assim que, irmãos, estejam firmes e retenham as tradições em que
vocês foram ensinados por nós, quer seja por mensagem verbal ou
por carta” (2Ts 2:15).
(4) De acordo com 1Ts 1:6; 2:14; 3:3, é evidente que desde o
princípio os tessalonicenses sofreram perseguição. Segundo 2Ts
1:4, 6, entendemos que esta penosa prova de sua fé não tinha
amainado. Se tivesse havido uma mudança, teria sido para pior.
saudação diz “Este é o sinal em cada epístola” (2Ts 3:17), coisa que
se entende facilmente se se trata de uma segunda carta e não de
uma primeira.
V. O AUTOR
A. De 1 Tessalonicenses
(2) Esta epístola não ataca o conceito de justificação por meio das
obras da lei.
Mas, porventura era Paulo homem de uma, e nada mais que uma só
ideia? Naturalmente que a situação em Tessalônica não era a
mesma que existia na Galácia!
com referência aos judeus, não pôde ter sido usado por alguém que
em sua genuína epístola aos romanos declara: “Porque eu mesmo
desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor a meus
irmãos, meus parentes segundo a carne.” (Rm 9:3).
Considere-se o seguinte:
Eles são Silvano (isto é, Silas) e Timóteo (1Ts 1:1; 3:2, 6); cf. At
15:40; 16:1–3, 19; 17:4, 10, 14; 18:5.
(3) A epístola tem uma forma tipicamente paulina; quer dizer, possui
a estrutura epistolar que caracteriza a Romanos, 1 Coríntios, 2
1Ts 2Ts
(7) Não existe nada nesta epístola que não esteja em completa
harmonia com a doutrina proclamada por Paulo nas epístolas
maiores (sem mencionar as epístolas da prisão e pastorais):
Embora, excluindo a exceção já mencionada (p. 10), esta epístola
não é preeminentemente doutrinária, não obstante, em todo lugar
pressupõe a ênfase paulina em pontos doutrinários importantes.
Portanto, o escritor de 1 Tessalonicenses ensina que o homem por
natureza vai diretamente confrontar-se com a ira de Deus que há de
ser revelada (1Ts 1:10; 5:9; cf. Rm 1:18; 2:8; 9:22); está sob o
domínio das trevas (5:5; cf.
Rm 2:19; 13:12; 2Co 6:14). Mas que desta multidão caída, Deus em
Sua soberana graça, escolheu alguns (1Ts 1:4; cf. Rm 9:11; 11:5, 7).
Esta eleição tem como propósito a santificação do crente, sua
segurança, e seu final, total salvação, para a glória de Deus (1Ts
1:3–5; 3:13; 4:3, 7; 5:23; cf. Rm 6:1, 22; 11:36; 1Co 1:30; 10:31). Foi
o Senhor Jesus Cristo que morreu pelos crentes (1Ts 5:10; cf. Gl
2:20), para que vivam com Ele e para Ele. Enquanto o crente está
nesta vida sendo tentado por Satanás, que faz o impossível para
desviá-lo (1Ts 3:5; cf. Rm 16:20; 1Co 7:5; 2Co 2:11; 12:7). Mas
Deus o preserva para o dia da gloriosa manifestação do Senhor
Jesus Cristo dos céus, quando estará com Cristo para sempre (1Ts
1:10; 2:19; 3:13; 4:17; 5:23; cf. Rm 8:18, 19; 1Co 15:50–58; 16:22).
1 Tessalonicenses
Agora, em sua obra Contra as heresias (V. vi. 1) não só cita 1Ts 5:23
Mas … escreve uma segunda, com fim corretivo aos coríntios e aos
tessalonicenses …» Tanto 1 como 2 Tessalonicenses estão
incluídas nas versões Antiga Latina e Antiga Siríaca.
Coríntios.
É possível, não obstante, que certas expressões de 1 e 2
de nós e do Senhor”.
de Deus”.
B. De 2 Tessalonicenses
Os argumentos daqueles que rejeitam, quer em sua totalidade, 11
ou em parte, 12 a Paulo como o autor de 2 Tessalonicenses, salvo
algumas variações individuais, são as seguintes:
(2) Se Paulo escreveu 1Ts 4:13–18; 5:1–11, não pôde ter escrito
também 2Ts 2:1–12 porque, enquanto o primeiro ponto de vista a
respeito da segunda vinda de Cristo tem o caráter de iminente, o
segundo tem o caráter de não iminente.
Mas, por que não pode aquele que escreveu Rm 8:28, 39; 9:10–24;
Ef 1:4, 11; 2:10, ter escrito também 2Ts 2:11, 12, 13? Para ser
coerentes com aqueles que enfatizam o argumento (4) deve admitir-
se em honra da verdade, que seria justo também apagar de
Romanos e Efésios as passagens sobre a predestinação,
considerando-os também como antipaulinas. A objeção a esta
argumentação é: que a doutrina da predestinação harmoniza com
todo o sistema de raciocínio das epístolas de Paulo. Se em algum
lugar não se declara de forma definida, pelo menos se pressupõe.
É, em certo sentido, a pedra angular da teologia do homem que
ensinou que “dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas”
(Rm 11:36). Se for para ser coerente, a crítica deve ser também
usada para rejeitar esta passagem, e junto com ela, muitas outras.
Com o que ficaríamos enfim? (E o que dizer do Evangelho de João,
expoente dos ensinos de Jesus; não é porventura contínua
predestinação do começo até o final? 13) Não há, finalmente,
nenhum exagero com referência à predestinação, uma vez que
existe abundante ensino quanto ao exercício 13 Veja-se meu New
Testament Commentary (Comentario del Nuevo Testamento) (daqui
daí em diante será mencionado como C.N.T.), em John’s Gospel
(Evangelho de João), Vol. I, p. 46.
Veja-se pp. 31, 32. Logo, em vista do que já foi dito referente à
primeira epístola, só uma breve asserção será suficiente.
Observe-se as seguintes:
2 Tessalonicenses
2Ts 2:3 que ninguém (μή τις com aor. subjuntivo) 1Co 16:11
2Ts 3:17 a saudação de Paulo, com minha própria mão 1Co 16:21
Tanto aqui, como na primeira epístola, reflete-se o caráter pessoal
de Paulo. (Veja-se p. 31 com relação a passagens em outras
epístolas paulinas que refletem os mesmos aspectos). Em 2
Tessalonicenses estamos diante de frente com uma pessoa
profundamente interessada em seus leitores (2Ts 1:3, 11, 12) e
desdobra um ardente afeto por eles.
como o autor. Este fato com frequência é passado por alto. Tome-
se, por exemplo, o sentido de companheirismo (para com seus
leitores) do qual falamos. O apóstolo faz menção do fato que os
santos de Tessalônica chegaram a ser imitadores de Paulo (e de
seus companheiros e, até do próprio Senhor!) em suas aflições (1Ts
1:6); e que eles estariam de novo unidos a Paulo no bendito
repouso que os esperava “na revelação do Senhor Jesus do céu”
(2Ts 1:7). No entanto esta forma tão amável de dirigir-se aos seus
leitores para ganhar sua plena confiança, e fazê-los sentir que como
escritor se situa ao mesmo nível deles, é igualmente característico
de João como o é de Paulo. Em João, demonstra-o aquela bela
expressão do Apocalipse 1:9. 14 Isto então, é o sinal de todo
cristão, não somente o sinal de Paulo! No entanto, diferem na forma
de expressão: Paulo diria, vocês com (e de) nós; João diz, eu com
vocês.
Paulo diz aos leitores que eles chegaram a ser imitadores (um
substantivo que não se encontra em nenhum lugar das epístolas de
João).
2Ts 2:8 III. vii. 2 (cf. V. xxv. 3) 2Ts 2:11 IV. xxix. 1
Ele, além disso, deixa bem claro que “o apóstolo” cujas passagens
cita, é Paulo. Veja-se IV. xxiv. 1; xxxiii.11. Embora alguns vejam
possíveis referências a 2 Tessalonicenses na epístola de Vienay
Lyons (segundo é citado na História eclesiástica de Eusébio V. i) ou
em Inácio, ou na Didaquê ( O ensino), ou Barnabé, tais conclusões
parecem ser exageradas. Uma mera frase ou um dito comum, nada
podem provar.
A. De 1 Tessalonicenses
16 É por esta razão que não posso estar de acordo com o tema e o
esboço que foi sugerido por Edward P. Blair em seu artigo “The First
Epistle to the Thessalonians” (Primeira epístola aos
tessalonicenses), Int. Vol. II, número 2 (Abril, 1948), 209–217. Onde,
seja no tema que sugere ou no esboço (veja-se p.
216 desse artigo), é dito algo sobre a importante seção que procura
a segunda vinda de Cristo? Se alguém observar ou tema ou ou
esboço dado por Blair, saberá que uma considerável porção da
carta de Paulo aborda um problema específico levantado em
relação à volta do Senhor? — Quanto a outros, de bom grado
admito que o artigo em si mesmo é esplêndido em muitos aspectos,
e em vários de seus pontos encontram-se exatamente as
advertências que todo aquele que começa o estudo de um livro da
Bíblia deve levar em conta. Por causa de sua excelência, merece
um estudo cuidadoso!
Expressão de alegria
Exortação
Instrução
Exortação. 20
B. De 2 Tessalonicenses
2 TESSALONICENSES 1
(1) Diz “nosso Pai” em lugar de “o Pai”. Assim, o fato de que tanto
os escritores como os leitores tenham o mesmo Pai é assunto que
aqui fica expressamente definido, embora também estivesse
implícito em 1Ts 1:1.
(1) Seus autores: “nós mesmos” (αὐτοὺς ἡμᾶς). Cf. Rm 9:3; 15:14;
2Co 12:13. A ideia parece ser de contraste, não de semelhança. Em
outras palavras, o significado não é “nós, como outros que ouviram
que vós” (em cujo caso teríamos esperado a expressão καὶ ἡμᾶς),
tampouco é
“nós segundo própria decisão”, mas sim: “nós da nossa parte em
contraste com “vós da vossa parte”. Os missionários devem ter
ouvido dos tessalonicenses desde que a primeira epístola foi escrita.
(4) Seu lugar ou esfera: “as igrejas de Deus”. Veja-se sobre 1Ts 1:7,
8; 2:14. O fato de Paulo ter um estreito contato com estas igrejas se
observa vez após vez. A solicitude por todas as igrejas o oprimia
diariamente (2Co 11:28). Está seu pensamento posto em outras
igrejas da Macedônia, de Corinto e outras igrejas da Acaia (cf. 2Co
1:1), e nas igrejas da Ásia Menor? Não o sabemos. Mas, sim,
sabemos que era coisa normal em Paulo recomendar uma igreja
diante de outra (2Co 8:1–6; 9:2; contraste-se isto com Fp 4:15).
Por este reino não somente Paulo, Silas, Timóteo e muitos outros
fora de Tessalônica estão sofrendo, mas também o estão fazendo
os crentes em Tessalônica. Eles de bom grado suportam a
tribulação para um dia entrar no reino da perfeição, no qual Deus
será tudo em todos, e sua soberana vontade será alegremente
reconhecida e obedecida. 21
c. εἰς τό; segundo o uso frequente que dele faz Paulo, é melhor
tomá-lo naquele sentido que enfatiza o propósito; cf. o pensamento
paralelo expresso no versículo 10. O dia do juízo vem a fim de que
os santos sejam julgados dignos do reino, e para que Cristo seja
glorificado em seus santos.
como sendo revelado. Minhas razões para aceitar esta posição são
as seguintes: (1) Está em harmonia com o contexto (veja-se
versículo 10: “o vem para ser admirado”).
(2) Concorda com o modo próprio de falar de Cristo (que deve ter
sido transmitido a Paulo).
Assim conforme Lucas 17:30 Jesus falou a respeito “do dia em que
o Filho do Homem seja revelado”.
Esta é a Parousia (veja-se sobre 1Ts 2:19; cf. C.N.T. sobre Jo 21:1).
Com os anjos de seu poder em fogo flamejante (“em fogo de
chama” = “fogo flamejante” é talvez a melhor tradução; contraste-se
com At 7:30 “chama de fogo”).
O fato de que o Senhor em Sua volta virá acompanhado pelos anjos
(naqueles que Seu poder torna-se manifesto) tinha sido proclamado
pelo próprio Jesus (Mt 13:41, 42; 25:31; cf. Jd 15; Ap 14:19). A
função deles será dupla: “primeiro, recolher a erva daninha, atando-
a em molhos para ser queimada”, e também “recolher o trigo dentro
de meu (do Senhor) celeiro”.
“mero” símbolo do juízo. Sem dúvida, não será até que estes
eventos se convertam em história real que saberemos quanto desta
descrição deve ser tomado literalmente e quanto figurativamente;
além do mais, é inútil especular. Por outro lado, também é verdade
que o vidente de Patmos descreve como na vinda de Cristo a terra e
o céu fugiram (Ap 20:11); e É verdade, naturalmente, que o Senhor
Se revela a Si mesmo. Portanto, é uma revelação de Si mesmo, por
si mesmo (objetivo-subjetivo), mas a ênfase está centrada na ideia
de que é uma revelação na qual Sua glória é exposta (objetivo).
c. em chama flamejante.
O próprio fato de que esta “destruição” (cf. 1Ts 5:3; 1Co 5:5; 1Tm
6:9) seja “eterna” mostra que não equivale a “aniquilação” ou
“cessar de existir”. Ao contrário, indica existência “longe do rosto de
Deus e da glória de seu poder”.
Enquanto a “vida eterna” se manifesta como bendita contemplação
do rosto de Deus, doce companheirismo com Ele, proximidade dEle
(Ap 22:4; cf. Sl 17:15; Mt 5:8), o mais maravilhoso estar com Ele
(1Ts 4:17), a “eterna destruição” — que é o resultado da vingança
de Deus (veja-se versículo 8 mais acima) — é o diametralmente
oposto. Assim como a
ou a seguinte estrofe:
Cf. Is 49:3; cf. C.N.T. sobre João 12:28. Será admirado (visto com
alegre assombro e grata maravilha; portanto, glorificado) em todos
os que creram.
“Quando (ὄταν) vier” significa «quando Ele voltar naquele dia que
para nós é indefinido». Não obstante, para Deus é bem conhecido: é
aquele preciso dia (observe-se a posição enfática no final da
oração), isto é, o dia da volta de Cristo para juízo. Cf. Is 2:11, 17, 20;
Mt 24:36; 2Tm 1:12, 18; 4:8.
A expressão “Porque nosso testemunho (cf. 1Co 1:6; 2:1) a vós foi
crido” obviamente está entre parêntese. O que Paulo, Silas, e
Timóteo quiseram dizer pode parafrasear-se da seguinte maneira:
Se nossa vida for Cristo, nosso futuro será lucro; do contrário, não.
Daí que o conteúdo (e naturalmente também o propósito) da oração
é “que Deus vos tenha por dignos” (veja-se o versículo 5 mais
acima) do convite de graça que vos estendeu por meio da pregação
do evangelho, já em princípio salvificamente aplicado aos vossos
corações pelo Espírito Santo; em outras palavras, que em face da
opinião de Deus, vós vivais e atueis como convém aos que
receberam a chamada que vós recebestes.
Mas uma vez que o homem em sua própria força é incapaz de viver
de maneira que Deus o tenha por digno do chamado, acrescenta-se
imediatamente, e que ele por (seu) poder faça cumprir todas (as
vossas) resoluções motivadas pela bondade e (toda a vossa)
obra resultante da fé.
SÍNTESE DE 2 TESSALONICENSES 1
DO HOMEM DO PECADO.
FALSO ALARME.
(veja-se sobre 1Ts 1:4), e roga (cf. 1 Ts. 4:1; 5:12) que não sejam
repentinamente sacudidos (aor. infinitivo) ou, como resultado,
continuamente perturbados (presente infinitivo, cf. Mt 24:6; Mc. 13:7;
Lc 24:37); especificamente, não alarmar-se tão facilmente, isto é,
nem por espírito, nem por palavra, nem por carta como de nós.
25 Parece que depois que 1 Tessalonicenses tinha sido lida à
congregação reunida, não havia falta de “intérpretes”. Um indivíduo
poderia ter estado falando a respeito de uma “mensagem inspirada”
ou “voz profética” (“espírito”) recebida por ele (pelo menos assim
pensou); outro teria atraído a atenção dos demais assegurando que
«Paulo quis dizer isto, porque eu ouvi a mensagem de seus próprios
lábios quando esteve aqui conosco», e um terceiro poderia ter feito
circular a notícia de que “alguém” tinha recebido uma carta de
Paulo, na qual este dava a conhecer seus pontos de vista de tal e tal
maneira. Em vista de 2Ts 3:17, a ideia de que alguém até tivesse
enviado uma carta falsificada (uma pretendendo ser de Paulo)
Ali em Modin, não muito longe de Jerusalém, vivia por aquele tempo
um ancião sacerdote, Matatias. Quando o oficial de Antíoco lhe
(2) Não deve ser identificado com “a besta que sai do mar” do
Apocalipse 13 e 17.
(7) Não é o dragão Caos dos babilônios, nem tampouco deve ser
identificado com a perversão apócrifa e pseudepigráfica do termo
“Belial” .
«Que homens estúpidos! uma vez que não puderam entender o que
foi ensinado mediante todas estas passagens, ou seja, que foram
anunciados dois adventos de Cristo, o primeiro, no qual é mostrado
sofrendo, sem glória, sem honra, sujeito à crucificação, e o segundo,
no qual virá dos céus em glória, quando o homem da apostasia, que
fala coisas arrogantes contra o Altíssimo, tentará atrevidamente
perpetrar atos ilegais contra nós os cristãos» (CX).
O dia da gloriosa vinda de Cristo não virá até que a apostasia tenha
chegado a ser um fato e o homem caracterizado por um total
desprezo pela lei, homem que com toda certeza está sob
condenação, seja revelado, de modo que tanto ele mesmo como
seu programa de ação sejam visíveis a todos, e o véu que agora o
esconde da vista (porque até aqui ele é somente uma ideia na
mente de Satanás) tenha sido aberto.
30 Ou: “somente (há) um que agora o retém, até que seja tirado do
meio”. Essencialmente não há diferença; o significado resultante é o
mesmo.
também Cl 2:14.
De todas as teorias propostas até agora, a que parece ter mais peso
a seu favor é aquela segundo a qual aquele que retém é “o poder do
bem ordenado governo humano”, “o princípio da legalidade
contraposto ao da ilegalidade” (veja-se o Comentário de Ellicott
sobre esta passagem).
Segundo este ponto de vista Paulo quer dizer que enquanto a lei e a
ordem prevalecerem, o homem do pecado não pode aparecer na
cena da história com seu programa de injustiça, blasfêmia, e
perseguição sem precedentes. Em favor deste ponto de vista, note-
se o seguinte: a. De algum modo o contexto a seu favor: “o homem
do pecado”
DESTINADOS AO INFERNO
11. E por esta razão Deus lhes envia uma enganadora força
para que criam na mentira. Ou seja, os homens do tempo do fim,
que se endurecerem contra a fervorosa exortação para arrepender-
se e receber o amor pela verdade, sofrerão o castigo de ser
endurecidos. Deus lhes envia (quer dizer, na verdade lhes enviará)
uma «energia de (isto é, para) erro». Será um poder que agirá
poderosamente dentro deles, afastando-os ainda mais, de modo
que crerão na mentira do anticristo. Veja-se C.N.T.
Quando Faraó endurecia seu coração (Ex. 7:14; 8:15, 32; 9:7), Deus
endurecia o coração de Faraó (Ex. 9:12). Quando o rei de Israel se
enchia de ódio contra os verdadeiros profetas de Deus, então o
Senhor permitiu que fosse enganado colocando um espírito de
mentira na boca de outros profetas (2Cr 18:22). Quando os homens
praticam a impureza, Deus
Sobre “chamado” veja-se 1Ts 1:5; 2:12; 4:7; 5:24; 2Ts 1:11.
SÍNTESE DE 2 TESSALONICENSES 2
Seus seguidores perecerão por sua própria culpa, uma vez que eles
rejeitaram voluntariamente o amor pela verdade, e por decisão
própria se satisfizeram com a injustiça. Deus, portanto, os castigará,
enviando-lhes uma enganadora força a fim de que creiam na
mentira do anticristo e sofram condenação eterna.
2 TESSALONICENSES 3
3:1, 2. Além do mais, irmãos, orai por nós, para que a palavra
do Senhor corra sua carreira.
A expressão “além do mais” (cf. 1Ts 4:1; logo 2Co 13:11; Fp 4:8) é
realmente muito apropriada quando uma carta aproxima-se do seu
fim; embora não esteja limitada a este uso (veja-se, por exemplo,
1Co 1:16; 2Ts 1:16; 4:2; 7:29; Fp 3:1). É como se Paulo, tendo
terminado os capítulos 1 e 2, leu o que tinha escrito, e então decidiu
acrescentar alguns assuntos importantes que não se devia deixar
sem mencionar. Assim que, ao desejo de alento divino e de
fortalecimento (2Ts 2:16, 17) acrescenta-lhe agora algumas
admoestações finais. Nos escritos de Paulo o divino e o humano, os
decretos de Deus e a responsabilidade do homem, aparecem
constantemente um junto ao outro. Assim também no capítulo 3
encontramos uma série de expressões que recalcam o primeiro —
“Fiel é o Senhor, que vos fortalecerá e guardará”, “Que o Senhor
dirija o vosso coração”, “Que ele, Senhor de paz, vos dê esta paz”,
“O Senhor seja com todos vós”, “A graça de nosso Senhor Jesus
Cristo seja com todos vós”
de am as as epístolas).
Cuando corazones humanos (véase sobre 1Ts. 3:13; 2Ts. 2:17) son
dirigidos hacia este amor, el resultado es la obediencia; porque este
amor no solamente es un atributo divino, sino que además
constituye dentro de ellos una fuerza divina y dinámica, un principio
de vida operando en su más íntimo ser.
Equivale a firmeza, sin importar cual sea el precio. En casi todos los
casos en que el apóstol emplea este término usa también una
palabra que da a entender la hostilidad en contra de Cristo y sus
seguidores, o bien las pruebas y penalidades que ellos han de
soportar. Obsérvense los siguientes ejemplos:
4). Daí que não deveria existir nenhum abandono do dever, nem
fanatismo, nem indesculpável intranquilidade até ao ponto de que
alguém abandone seu trabalho, pensando, “Para o que trabalhar,
quando o tempo da volta de Cristo nos vem em cima?” Jesus
perseverou. Ele jamais recorreu à ociosidade ou vadiagem. Ele Se
apegou à obra que Lhe foi atribuída até sua completa realização. Tal
deve ser também nosso proceder.
“comam seu próprio pão” indicando que isso era o que eles não
queriam fazer); e
(versículo 14), isto é, não deve associar-se com tal pessoa de forma
íntima, apoiando-o e seguindo seu exemplo.
Tal conduta desordenada não somente era contrária às instruções
dadas aos tessalonicenses, quer de forma oral ou por escrito; era
também conflitiva com o exemplo que os missionários lhes tinham
dado: 7, 8. Porque vós mesmos sabeis como deveis imitar-nos,
porque não nos comportamos de uma forma desordenada
(quando estivemos) entre vós, nem comemos o pão de
ninguém sem pagar por ele, mas com fadiga e árduo trabalho
estivemos trabalhando por nosso sustento noite e dia, para não
sermos carga a nenhum de vós.
Vez após vez Paulo insiste em seus direitos, mas vez após vez, pelo
bem do reino, está disposto a renunciar o uso destes direitos. Isto
(sobre o seu ponto de vista quanto à questão de remunerações
recebidas) já foi discutido em detalhe; veja-se sobre 1Ts 2:9 (as 10
proposições).
exemplo dado por Paulo e seus companheiros devia ser imitado não
somente no “receber a palavra com alegria comunicada pelo
Espírito Santo em meio de grande tribulação”, mas também na
entrega de si mesmo de todo coração. A grande maioria dos leitores
tinha cumprido o primeiro e isto se vê no pensamento expresso em
1 Tessalonicenses 1:6, 7. O fato de que alguns recusaram a fazer o
último está implícito aqui em 1 Tessalonicenses 3:9.
Romanos 7:21: “Acho pois a lei que, quanto a mim que desejo fazer
o bem, o mal está muito próximo”.
Logo, por meio da primeira carta (tanto implicitamente, 1Ts 2:9; 5:14,
como explicitamente, 1Ts 4:11, 12) e agora por esta segunda carta
são admoestados novamente, com linguagem clara e enérgica (2Ts
3:6–12).
“disciplina”, apesar de seu oneroso erro que lhe foi indicado (veja-se
o versículo 15). Este homem não foi excomungado, pelo menos
ainda não, e provavelmente nunca. Isto dependerá de seu próprio
comportamento daí em diante. A abordagem dos escritores (aqui em
2Ts 3:14, 15) não é que a pessoa em questão seja excluída ou
expulsa, mas que os membros obedientes se afastem dele!
Exegeticamente é injustificável sobrepor 1
É ele que estabeleceu a paz mediante Sua cruz. É ele que não
somente a pronuncia, mas também realmente a comunica. Por isso,
Paulo escreve,
“agora que ele … dê (δῴη aor. optativo ativo, terceira pes. sing.).
Esta paz ou prosperidade espiritual prevalecerá quando as pessoas
desordenadas comecem a viver tranquilamente, preocupando-se
com os seus deveres tanto terrestres quanto celestiais (é o que se
acha no contexto imediato aqui), quando os de coração
desacordado se submirjam nas profundidades das promessas de
Deus, sem mais atormentar-se pela sorte de seus amigos que
partiram e por sua própria condição espiritual, e quando os fracos
obtiverem fortaleza por meio da santificação. Isto é necessário “em
todo tempo e em toda forma”, quer dizer, em todas as circunstâncias
da vida. A paz que aqui se indica é de um caráter muito especial.
Observe-se o artigo no original (literalmente,
sobre 1Ts 5:23; também sobre 1Ts 1:1, para o significado de paz; e
veja-se C.N.T. sobre Jo 14:27).
17. Segue uma conclusão autográfica, como sinal de que esta carta
é um produto autêntico da mente e do coração do grande apóstolo:
A saudação de minha própria mão, de Paulo, que é um sinal de
autenticidade em toda epístola; assim escrevo. Era costume
naqueles dias que a pessoa que ditava a carta — como Paulo, sem
dúvida, o fez —
escritas por Paulo chegaram até nós (veja-se 1Co 5:9). Talvez, o
apóstolo até agora já havia escrito mais cartas.
SÍNTESE DE 2 TESSALONICENSES 3
“O Senhor seja todos vós”. Isto é, não somente com aqueles que
não têm necessidade de instruções ou admoestações especiais,
mas também com os enfermos, com os que estão a caminho de ser
martirizados, com os fracos, sim, até com os fanáticos, intrometidos,
e ociosos, que se arrependem de seus pecados.
BIBLIOGRAFIA
Figuran en la lista solamente los libros a los cuales se ha hecho
referencia en este tomo. Han sido usados muchos otros libros, pero
no se incluyen aquí.
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reprint Grand Rapids, 1950.
Barnett, A. E., The New Testament, Its Making and Meaning, New
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(April, 1948).
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Paul, reprint Grand Rapids, 1949.
Fausset, A. R., The First and Second Epistles of Paul the Apostle to
the Thessalonians (in Jamieson, Fausset,
Knap, J. J., The Resurrection and Life Eternal, Grand Rapids, Mich.,
1928.
Kuyper, A., Sr., Het Werk van den Heiligen Geest, Kampen 1927.
Moffat, James, The First and Second Epistles of Paul the Apostle to
the Thessalonians (in The Expositor’s Greek Testament), reprint
Grand Rapids, Mich, (no date).
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Testament, New York, 1945.
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Commentary), London, 1950.
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Mich., 1937.
Ramsay, W., St. Paul the Traveler and the Roman Citizen, reprint
Grand Rapids, Mich., 1949.
Ramsay, W., The Cities of St. Paul, reprint Grand Rapids, Mich.,
1949.
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Testament), New York and London, 1931.
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York, 1923.
Smith, David, The Life and Letters of St. Paul, New York, N.Y., 1920.