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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

ORGÂNICA DE MANICA

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A FILOSOFIA

Nome: Emília Pedro Manuel

1. Ao desenvolver o seu pensamento Platão concebe dois (2) tipos de mundos: o sensível e o
inteligível ou das ideias.

a) Que diferença existe entre os dois mundos?

O mundo das formas ou ideias (inteligível): Platão diz que a alma traz consigo desde o seu
nascimento um conhecimento prévio, a priori, que lhe permite a identificação do objecto – o
chamado conhecimento inato. Tais conhecimentos são as ideias ou formas, que residem no
mundo inteligível, fora do tempo e do espaço. Os objectos do mundo comum organizam suas
estruturas conforme essas ideias ou formas primordiais, mas não são capazes de revelá-las em
sua plenitude, sendo apenas imitações imperfeitas.

O mundo concreto e sensível: trata-se de um mundo acessível pelos sentidos ou material. É


o mundo que conhecemos pelo olfacto, paladar, audição, visão e tato. A opinião (doxa),
fundamentada nas sensações, tem uma “falsa consciência” de si mesma, julgando-se correta.
Esse mundo, em Platão, é um engano, um falseamento.

b) O homem deve se preocupar com o mundo sensível, pois Segundo Platão, atingir o
conhecimento implica converter o sensível ao inteligível – ou seja, despertar, reviver e
relembrar esse conhecimento esquecido. Dessa forma, a alma se liberta das aparências para se
abrir ao conhecimento das ideias verdadeiras.

2. Uma das grandes preocupações do Direito é a questão da Justiça. Aliás, tem se dito que
a justiça é a alma que habita o corpo do Direito.
a) Fale sobre a ideia de justiça em Platão.

A noção de Justiça de Platão reflecte na sua metafísica, colocando-a em uma posição de uma
Verdade a ser buscada por todos que prezam um amor pelo conhecimento, dando-a uma
posição de virtude, de uma excelência a ser apreendida por qualquer um. Dessa forma, Platão,
ao visar pela Verdade, revoluciona o corpo jurídico de sua época ao propor uma noção de
Justiça absoluta sobre as Leis, direccionando os legisladores na busca pela razão e na
consequente busca do justo, elemento este pertencente ao mundo das ideias, e igualando-os ao
posto de filósofos. Propõe-se, em um estudo de textos platónicos e de obras sobre estes,
compreender a conduta do legislador segundo uma noção de busca do Bem e da Verdade
quanto àquilo que é justo na formulação e aplicação do ordenamento jurídico.

3. Fale sobre a origem e finalidade do Estado em Platão.

Começando sobre o primeiro assunto que diz respeito a origem do Estado, para Platão, falar
da origem do Estado é mesmo que dizer como é que aparece o Estado. Para ele, o Estado tem
sua origem pelo facto de o Homem não ser auto-suficiente, isto é, ninguém pode bastar-se a si
mesmo. Nenhum homem pode ser ao mesmo tempo carpinteiro, pedreiro, médico, professor,
técnico de frio sozinho e ao mesmo tempo. Cada um na sociedade precisa do outro para
sobreviver. É desse modo em que nasce o Estado segundo Platão. Daí a necessidade de cada
um associar-se aos outros e cada um com tarefas específicas.

a) Em Platão como é que o homem alcança a felicidade?

Segundo Platão "A felicidade só pode ser alcançada se formos capazes de dominar nossos
sentimentos pela razão", ou seja o homem só atinge a felicidade quando abandona o mundo
sensível (sentimentos) e vai em direcção ao mundo inteligível onde se permite chegar a ideia
do bem, que é a causa das ideias perfeitas como a beleza, coragem, justiça, felicidade.

4. Fale sobre as classes sociais em Platão e as virtudes que as correspondem.

Platão previa a divisão da sociedade em três classes: os artesãos, que incluem o povo comum:
os operários e camponeses; os guerreiros ou soldados; e os guardiães ou governantes-
filósofos. Três funções da sociedade: produção, defesa e governo. Justiça, mais uma vez fala
Sócrates, consiste em cada um ocupar-se de uma função na cidade, aquela para qual sua
natureza for mais apropriada.

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