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Eventos, Meetups e participação em fóruns

Para saber tudo sobre eventos e meetups na área de tecnologia, nada melhor do que aprender com o
nosso especialista no assunto:

Curtiu o vídeo? Um estereótipo da pessoa desenvolvedora é aquele de que somos completamente


isolados de qualquer contato social. Apesar de gostarmos de máquinas, isso não quer dizer que não
sejamos sociáveis. Na verdade, grande parte do sucesso de uma carreira, seja como dev ou não, vem da
interação com outras pessoas!

As vantagens do networking

Abordaremos este tópico em mais detalhes em outro capítulo mais adiante, mas, para podermos
entender como este conteúdo é importante, precisamos tocar neste assunto agora! Todas as carreiras
precisam de interação e networking e a carreira de desenvolvimento também está inclusa nesta lista.

A interação e o networking com outros pares permitem a troca mais elaborada de conhecimento e,
melhor ainda, de experiências! Saber interagir com outras pessoas é um atributo essencial de qualquer
profissional, pois mostra a capacidade de lidar com o mais difícil de todos os softwares: outra pessoa.

Apesar de networking e interação ser algo que não possa ser ensinado em sua totalidade, pois é algo
muito subjetivo e vai de cada situação e cada pessoa, existem regras gerais que podemos seguir para
obter o maior aproveitamento possível de uma interação social. Mas, além de tudo isso, interagir com
outras pessoas permite ampliar o seu universo pessoal e "sair da bolha" onde cada um de nós está
inserido, permitindo que possamos explorar as diferentes realidades que permeiam nossa área. tanto de
forma social, quanto também de forma técnica, além de ser uma ótima maneira de descontração,
resolução de problemas e também criação de uma rede de contatos.

Conferências e meetups

Cada área tem seu local de socialização e trocas de conhecimento, para a área de desenvolvimento
estamos falando de eventos, congressos e meetups!
O que é um meetup

Um meetup é caracterizado por um evento pequeno, quase informal, entre profissionais de uma área -
aqui, especificamente, tecnologia. Geralmente, um meetup tem de 10 a 50 pessoas e é organizado por
comunidades locais que focam em um assunto ou tecnologia específica, por exemplo, um meetup de
Node.js organizado pela comunidade oficial de Node.js do Brasil, a NodeBR.

Da mesma forma, os meetups possuem um tema ou conteúdo específico. No nosso exemplo, um


meetup sobre Node.js, uma temática possível seria "a versão 14 do Node.js e suas novidades". A grande
"beleza" dos meetups está justamente no formato de encontro informal, que ocorre dentro de algum
escritório ou local geralmente cedido como patrocínio por uma empresa - muitas vezes aonde os
próprios organizadores ou membros trabalham - e são totalmente gratuitos.

Todos os meetups surgem com o mesmo objetivo: unir uma comunidade de pessoas que utilizam ou são
entusiastas de um mesmo assunto, e essa natureza informal, facilita a troca de informações e também o
networking entre as pessoas que estão presentes em seus eventos. A grande parte dos meetups possui
uma grade de conteúdo bastante definida, começando após o expediente, tendo de uma a três palestras
(de 20 a 40 minutos) sobre temas relacionados ao assunto daquele meetup em questão, com pausas
chamadas de coffee breaks entre elas para que as pessoas interajam, encorajando ainda mais o
networking.

Porém, um dos modelos mais interessantes é o de mesa redonda, onde não há um tema expressamente
definido, mas sim um guia de conversas e um painel com de três a cinco pessoas consideradas
experientes neste tema guia. A partir daí, os hosts (apresentadores) do evento coletam perguntas da
audiência e um debate se inicia em cima daquela questão. Toda a plateia é mais do que bem-vinda para
responder à questão ou então acrescentar um ponto válido em cima de uma discussão já existente.
Existem uma série de variações sobre este modelo, onde os organizadores do evento coletam perguntas
de antemão para manter o fluxo das perguntas fluindo e até mesmo um modelo de troca de
apresentadores, onde as perguntas são levantadas para a plateia e, quem responder, se torna o próximo
a perguntar.

O modelo de mesa redonda, apesar de ser menos focado, é, sem dúvida, o melhor modo de realizar
networking e conhecer novas pessoas devido a sua própria natureza mais aberta de conversa.
O que é uma conferência

Um evento, conferência ou congresso é uma evolução do meetup. Conferências possuem, na sua grande
parte, um número maior de participantes que um meetup. Eventos deste tipo são divididos em
pequenos, médios e grandes. Um evento de pequeno porte, como o ABCDev geralmente contém de 200
a 500 pessoas, enquanto eventos médios e grandes podem conter de milhares até dezenas de milhares e
se estenderem por vários dias. Geralmente são pagos e acontecem em grandes espaços de conferências
reservados somente para este fim, muitas vezes possuem comitês de organização e são patrocinados por
diversas empresas - exceto alguns poucos casos, como a Criptorave, que é totalmente organizada com o
dinheiro e apoio da comunidade.

O foco principal de uma conferência é proporcionar um ambiente rico de experiências para a pessoa
participante, então espere encontrar um ambiente muito organizado, com palcos, estandes de
patrocinadores, um espaço aberto onde é permitida a circulação durante todo o evento e outras
atrações. Diferentemente de um meetup, uma conferência pode durar por um ou mais dias inteiros. Por
isso, são geralmente organizadas em finais de semana e começam bem cedo, terminando ao final do dia.

O conteúdo proporcionado por uma conferência pode variar. Na maioria dos casos, uma conferência não
possui um tema muito fechado, pois seria muito complicado encontrar pessoas palestrantes para algo
muito específico. Por este motivo, conferências se focam, na maioria dos casos, em tecnologias. Quer um
exemplo? a PHP Experience foi uma conferência totalmente focada em PHP e seus aspectos. Da mesma
forma temos conferências - como o próprio ABCDev - que não possuem um foco além da tecnologia
como um todo, ou seja, o tema é aberto desde que tenha a ver com tecnologia.

Eventos deste tipo também podem ter peculiaridades e atividades extras. Podemos ter eventos de trilha
única, que só possuem um único palco onde todas as palestras acontecem. Mas também podemos ter
eventos de múltiplas trilhas, onde existem pelo menos dois palcos, com palestras acontecendo
simultaneamente durante toda a duração da conferência. Além disso é possível que hajam também
workshops para as pessoas participantes como atividade extra.

Workshops são aulas práticas sobre um assunto específico. Um exemplo é o "Criando sua aplicação
utilizando Azure Static Web Pages", onde a pessoa instrutora realiza a tarefa junto com quem está
assistindo. Nestes tipos de conteúdos, as pessoas participantes precisam levar seus próprios
equipamentos, como notebooks e o que for necessário para realizar a tarefa.
Como encontrar um meetup ou conferência

Agora que já sabemos o que é um meetup e o que é uma conferência, vamos entender como podemos
encontrar eventos para participar e, ao longo dos próximos textos, vamos dissertar ainda mais sobre
como a participação neles é muito importante para a consolidação das sua carreira em tecnologia.

Encontrando meetups

A grande maioria dos meetups está localizada no Meetup.com - o site que, inclusive, popularizou o uso
da palavra meetup. O site é gratuito para uso e permite que você faça o cadastro e encontre
comunidades baseado nos seus interesses.

O site do Meetup

Para encontrar um grupo de interesse no meetup, após criar sua conta, basta clicar no link "explore" no
topo da página. Para encontrar os melhores meetups, garanta que a opção "groups" esteja selecionada,
e digite as palavras chave:

Grupo no Meetup

Selecione seu grupo de interesse e clique no botão "Join this group":

O botão está no canto inferior direito

Na aba "Events" você poderá ver os eventos passados e futuros deste grupo:

Página de um evento
Para participar, basta clicar no botão "Attend" na lista ou então clicar no evento para saber mais
informações - como o local aonde vai ocorrer, a grade de palestras e etc - e então verificar se há ainda
vagas disponíveis.

Waitlist localizada no canto direito

No caso do evento que escolhemos, o local está lotado, então só podemos entrar na lista de espera e
aguardar que novas vagas sejam liberadas. Por isso, é necessário "ficar de olho" nos eventos que você
quer participar, já que as vagas se esgotam em um curto período de tempo.

Depois de adicionar o evento ao seu é comparecer no dia e hora agendados. Tente encontrar ou
conversar com as pessoas que organizam o evento através de suas redes sociais para iniciar o
networking, ou então encontrar outros amigos ou amigas para poderem comparecer com você. Mas
lembre-se, todos eles precisam se registrar no site.

É possível encontrar eventos também através de grupos no Facebook e perfis no Twitter de outras
pessoas desenvolvedoras ou das pessoas que organizam estas comunidades. No entanto, a melhor
opção ainda é conversar com outras pessoas e ir nos mesmos eventos que são divulgados. Comunidades
de desenvolvimento são um grupo muito coeso e conhecem umas às outras. Portanto, muitos eventos
acabam sendo parcerias e levam pessoas que participam de uma comunidade a também participarem
de outra.

Encontrando Conferências

Os melhores locais para encontrar conferências são os próprios meetups, onde pessoas comentam sobre
as próximas conferências. Ainda não está inserido no processo e não sabe das conferências? Não tenha
medo de perguntar para colegas ou pessoas que conhecer em meetups.

Uma outra opção é "pesquisar", já que grande parte das conferências também possui um perfil no
Twitter ou sites de digulgação. Basta pesquisar pela palavra "Conferência" que você acabará
encontrando :)

A participação em uma conferência é um processo bem direto, geralmente pagas. As conferências


vendem ingressos por meio do próprio site, muitas vezes utilizam-se de meetups para poder divulgar
códigos de desconto e outras opções para as pessoas poderem participar mais facilmente.

Escolhendo e participando de eventos e meetups

Existem poucos pontos que precisamos ficar atentos nas conferências e meetups, basta escolher os que
mais se assemelham com o seu conteúdo de escolha. Meetups não tem muito segredo, todos eles vão
providenciar uma experiência diferente, então só mesmo participando de alguns para entender um
pouco mais e consolidar sua opinião sobre "gostar" ou "não gostar" do meetup em questão.

Com conferências é um pouco diferente, existem conferências que são voltadas para o público técnico,
embora também existam conferências que são voltadas para o público mais estratégico, como C-levels.

No primeiro tipo, você terá muitas palestras focadas em tecnologias e know-hows específicos,
geralmente suportadas por players conhecidos por pessoas desenvolvedoras. O intuito destes
patrocinadores aqui não é vender, mas sim criar uma relação com essas pessoas para que eles possam
advogar em prol da marca. Além disso, o objetivo da conferência é criar um ambiente técnico saudável.

No segundo tipo, as palestras são focadas em estratégia, crescimento, tomadas de decisões e


apresentação de conceitos ou produtos voltados não à tecnologia em si, mas sim para a gestão de
pessoas ou times. Eventos deste tipo geralmente tem uma pegada fortemente promocional e de vendas,
de forma que o foco não é a pessoa desenvolvedora, mas sim as pessoas que tomam decisões
estratégicas dentro da empresa. Portanto, os patrocinadores e estandes estarão repletos de pessoas
tentando avidamente vender alguma coisa ou te conectar com algum time de demonstrações. Este tipo
de conferência geralmente não é muito legal para quem quer desenvolver alguma habilidade técnica,
embora reja uma oportunidade para se conectar a tendências do mercado.

Como regras gerais, existem algumas coisas importantes que precisam ser analisadas antes de participar
de uma conferência ou meetup:

Verifique se o evento possui um Código de Conduta (chamado de CoC). Isto é muito importante para
garantir a segurança de todos no evento

Verifique se o evento não está envolvido com algum tópico polêmico, ou então se os temas e o
passado do evento são saudáveis. Ou seja: busque pela reputação do evento e das pessoas
organizadoras.

Como participar de meetups e eventos

Já vimos como podemos entrar e participar de meetups no site do Meetup e como encontrar e participar
de eventos por meio de buscas pelas redes sociais, certo? Porém, a participação real dos eventos vai
muito além de marcar participação em sites, viu? Para que você possa tirar o máximo proveito de todos
os eventos que participar, é necessário que você de fato saiba extrair o máximo possível das
oportunidades que um evento apresenta.

As formas de se aproveitar um evento diferem pouco entre meetups e conferências. Em geral, para
meetups, a maneira correta de se aproveitar ao máximo estes eventos é por meio da interação pura e
simplesmente. Meetups, como dissemos, são eventos pequenos e informais, então o contato entre as
pessoas é muito mais próximo e muito mais casual. Aproveite para tirar dúvidas com quem estiver
palestrando, encontrar pessoas que se interessam pelas mesmas tecnologias que você, ou até mesmo
procurar parcerias para seus futuros projetos. Tente interagir com outras pessoas, sejam elas
participantes ou palestrantes, o máximo possível. Meetups são ótimas portas de entrada para encontrar
novas oportunidades de trabalho e também para entender problemas que outras pessoas já passaram,
assim você pode buscar formas de ajudar (criando oportunidades de trabalho até então não existentes)
ou então apender com situações com que outras pessoas já passaram.

Para conferências maiores, a forma de engajar com pessoas é um pouco mais restrita, pois o espaço é
muito maior e, geralmente, as pessoas se fecham em pequenas ilhas de "pessoas já conhecidas". Em
conferências, você terá mais contato com as pessoas que mais querem falar com você: quem patrocina.
Então, aproveite para dar uma volta em todos os estandes de patrocínio, pegar alguns brindes e
conhecer um pouco mais das soluções de cada empresa. Importante: muitas empresas só patrocinam
estes eventos porque estão na busca de novas pessoas para seu time, então é uma ótima oportunidade
para pegar um contato de alguém do time de RH e cortar alguns passos na contratação, ou até mesmo
fazer uma entrevista ou teste técnico ali mesmo no local e até já sair com um emprego novo embaixo do
braço quando voltar para casa! :)

Em suma, a maior distinção está no tipo de contato: em meetups, as pessoas são muito mais abertas
para conversas porque estão geralmente ali com esta finalidade. Já em conferências, muitas pessoas
estão ali ou porque querem ver um conteúdo específico ou então porque foram enviadas por suas
empresas para estarem no local e, por isso, tem uma abertura menor para o networking. De qualquer
forma, não quer dizer que não exista networking em grandes conferências, então sempre aproveite
qualquer de conexão que você encontrar.

Regras não escritas dos meetups

Para meetups, há uma série de pequenas "boas práticas" que são esperadas. Estas boas práticas foram
elaboradas em conversas com incontáveis pessoas que participam e organizam eventos para
comunidades. Elas não são obrigatórias, porém podem fazer a diferença entre uma pessoa bem ou mal
vista pela comunidade.

1. Se você disse que irá comparecer, compareça

O maior problema dos meetups é a chamada "quebra", ou seja: quando alguém confirma presença e não
vai. Quando os meetups são organizados, quem os organizou está esperando uma determinada
quantidade de pessoas, então todos os cálculos sobre sala, espaço, local, coffee são feitas com base
neste número, que é o número de pessoas confirmadas no site do Meetup.

Se você marca uma presença e, no dia, acaba não aparecendo, isso tira o lugar de outra pessoa que
poderia estar ir e aprender algo. Sempre que você não puder ir em um meetup, mesmo depois de ter
confirmado, vá até o site do evento e libere a vaga. Mas evite fazer isso no dia do evento, sempre se
programe com, pelo menos, uma semana de antecedência para ir ou desistir de participar de
determinado evento.

Em alguns meetups, a portaria exige que a pessoa se identifique com nome completo e documentos
pessoais. Estas informações são enviadas para a organização do meetup que consegue verificar a
presença ou ausência no evento. Em alguns casos, aplicam punições, como a incapacidade de participar
de um determinado número de eventos, caso a pessoa seja alguém que não aparece constantemente.
Em alguns casos é aplicada a remoção da pessoa da comunidade.

2. Interaja

Meetups são ótimos lugares para interagir, conhecer novas pessoas e fazer novos contatos. Deixe sua
timidez de lado e faça perguntas, fale, responda, converse. Todos adoram uma boa interação e, às vezes,
você é a pessoa que está faltando para que outra tome coragem para fazer o mesmo, melhorando a
interação para todo o grupo.

3. Feedback é importante

Se você gostou de algo no evento? Tem alguma sugestão de melhoria? Ao final de um meetup,
comunique a quem está organizando por meio de um feedback estruturado, dizendo pontos bons e ruins
e o que precisa ser melhorado. Uma comunidade é feita de membros e só pode ser melhorada a partir
dos membros da mesma.

4. Seja amigável

Muitas pessoas participam de meetups: iniciantes, intermediárias e avançadas. Às vezes a dúvida de uns
é a solução de outra pessoa, então evite fazer qualquer tipo de julgamento ou comentário polarizado
sobre algum assunto.

5. Evite sair no meio dos conteúdos

As vezes temos um imprevisto e precisamos sair no meio de um meetup. Quando for algo inadiável, não
tem problema. Mas quando você puder aguardar, tente sair somente no intervalo entre uma ou outra
palestra ou no coffee break.

Aprendendo mais indo em eventos

Além de networking, meetups e conferências são locais de aprendizado. Para tirar o máximo proveito e
aprender ainda mais com o conteúdo que está sendo exposto, interaja com quem está palestrando e
quem está na audiência por meio de perguntas, comentários e qualquer informação que julgar
interessante compartilhar.

Lembre-se que, na maioria das vezes, uma palestra só contém o mínimo necessário para as pessoas
conhecerem ou então saberem que tal assunto existe (até porque é muito difícil passar um conteúdo
completo em 40 minutos ou menos). Então, fique atento às referências que são colocadas nos finais de
cada slide! Se não houver, vá até a pessoa que apresentou a palestra, parabenize-a pelo trabalho (pois
criar conteúdo dá um trabalhão!) e pergunte aonde pode saber mais sobre o assunto e se ela estaria
disposta a responder futuras dúvidas que você possa vir a ter, e em quais canais ela poderia fazer isto.
Ou seja, o aprendizado começa no evento, mas nunca termina!

Uma nota sobre comportamento: É importante deixar claro que, apesar de a maioria das pessoas
estarem abertas para responder questionamentos, não é muito legal ficar chamando seu mais recente
contato o tempo todo para todas as dúvidas. Somente chame a pessoa para tirar dúvidas quando exaurir
todas as possibilidades de resposta, compile suas dúvidas em um texto maior e envie tudo de uma única
vez. Além disso, sempre dê um contexto sobre o que você está fazendo, o que era esperado que
acontecesse e também o que aconteceu, com detalhes.

Sempre tome notas de tudo que está sendo dito! Leve seu notebook, celular, caderno ou o que você se
sentir mais confortável para poder anotar os pontos importantes de uma palestra. Tire fotos e coloque
tudo isso em um local onde poderá ver depois e, para isso, é importante ter organização pessoal e
disciplina para poder estudar tudo o que foi passado.

Eventos são um ótimo local para começar seu aprendizado e descobrir o que está acontecendo no
mercado, quais são as tecnologias mais novas, as novidades em cada ramo e até mesmo os novos
assuntos que estão surgindo. Mas lembre-se, o aprofundamento sobre eles deve vir de você!

Curtiu? Agora é só selecionar os próximos eventos que você gostaria de participar? Já pensou em
organizar algum meetup? Que tal se unir a outros colegas Trybe e organizar um evento?

Parte 2

Networking e Construção de Redes

O que você vai aprender?

Primeiramente, vamos ouvir o que a Ana Gabriela tem para nos contar?
Nas últimas aulas falamos sobre participação em eventos e fóruns e sobre information interviews. Para
essas aulas você já teve algumas dicas práticas sobre networking, afinal para ambas as práticas a
capacidade de criar conexões é algo essencial.

Para aprofundar nosso conhecimento no tema vamos falar sobre sobre networking e como ele pode
contribuir para a sua carreira, além de falar sobre dois tipos diferentes de Network: Inbound e
Outbound.

Network: O que é e por que importa?

Network significa, na tradução literal, Rede de Trabalho. Mas network mas vai além de contatos de
pessoas do trabalho, já que engloba quem conhecemos de diferentes áreas de nossa vida e também
quem nos conhece.

Vamos construindo o network ao longo da vida, muitas vezes sem perceber. Nossa rede de contatos é
composta por pessoas com quem estudamos no colégio, pessoas que conhecemos praticando esportes,
colegas de trabalho, fornecedores e clientes com quem entramos em contato, etc.

Nossa rede de contatos dá origem ao que chamamos de Capital Social.

Assim como o dinheiro é uma forma de capital que pode nos trazer benefícios e a nossa inteligência
representa nosso capital intelectual, as pessoas que conhecemos e que nos conhecem também fazem
parte do nosso capital, elas são nosso Capital Social.

Pessoas conhecidas podem te indicar uma oportunidade de trabalho, te conectar com parcerias para um
projeto, as possibilidades são infinitas! Mas, obviamente, não devemos cultivar amizades apenas na
esperança de receber algo em troca – inclusive isso pode ser prejudicial para a sua carreira, mas já
chegamos lá. Cultivamos relações para dar e receber.

A antropologia costuma definir as relações humanas como sistemas de trocas. Trocamos sorrisos, afetos,
favores, bens e informações. Por isso, na hora de nos relacionarmos com alguém precisamos nos
perguntar: O que estamos dando e o que estamos recebendo?

Dar e Receber – A chave para construção de Networking

O vídeo abaixo resume um trecho da pesquisa de Adam Grant, psicólogo e professor da Universidade da
Pensilvânia, retirado de seu livro Dar e Receber.

No vídeo ele fala sobre 3 tipos de pessoas: Doadoras, Tomadoras e Compensadoras.

Lembra que falamos agora a pouco que quem busca se relacionar apenas esperando receber algo em
troca (Tomadores e Compensadores) tendem a não ser as pessoas mais bem sucedidas? É isso que as
pesquisas mostram!

Mas uma questão ficou sem resposta no vídeo: O que diferencia as pessoas doadoras que alcançam o
sucesso e estão no topo da pirâmide daquelas pessoas doadoras que estão na base da pirâmide?

Ambas partem do pressuposto de que podem confiar e verdadeiramente querem Dar mais do que
Receber. No entanto, as pessoas doadoras da base continuam dando, sem perceber que algumas
pessoas tiram proveito dessa tendência de comportamento. As Pessoas doadoras do topo, por sua vez,
possuem uma visão de mundo positiva e querem verdadeiramente contribuir com o grupo. Mas quando
percebem que alguém no grupo está apenas tirando proveito do processo, buscam outros grupos ou
pessoas para uma relação "ganha-ganha".

Nós, enquanto seres humanos, somos essencialmente sociais. Alguns teóricos sustentam que é
justamente a capacidade de nos conectarmos uns com os outros e reconhecermos quem é digno de
confiança ou não que nos diferenciou do restante dos animais. De acordo com Yuval Harari (autor de
Sapiens):

“Nossa linguagem evoluiu como uma forma de fofoca. De acordo com essa teoria, o Homo sapiens é
antes de mais nada um animal social. A cooperação social é essencial para a sobrevivência e reprodução.
[...] Graças a informações precisas sobre quem era digno de confiança, pequenos grupos puderam se
expandir para bandos maiores, e os sapiens puderam desenvolver tipos de cooperação mais sólidos e
mais sofisticados. [...] Os sapiens podem cooperar de maneiras extremamente flexíveis com um número
incontável de estranhos. É por isso que os sapiens governam o mundo, ao passo que formigas comem
nossos restos e chimpanzés estão trancados em zoológicos e laboratórios de pesquisa.”

O que deve ficar dessa teoria é:

Como seres humanos somos seres sociais e nossas relações são estabelecidas como sistemas de troca. A
melhor forma de construir uma boa rede é sendo uma pessoa doadora, mas uma pessoa doadora que
sabe reconhecer quem é a pessoa digna de sua confiança.

Teoria de redes aplicada ao networking

Você conhece a teoria dos "6 Graus de Separação"? Esse conceito, também conhecido como "Mundo
Pequeno", se originou a partir da teoria de redes e cria a teoria de que, no mundo, são necessários no
máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer se conectem.

No estudo, feito nos Estados Unidos, buscou-se através do envio de cartas, identificar o números de
laços de conhecimento pessoal existente entre duas pessoas quaisquer. Cada pessoa recebia uma carta
com uma "pessoa alvo" e sua missão era enviar uma nova carta para a pessoa identificada. Caso
conhecesse a pessoa "alvo", o processo era simples: enviar uma carta para essa pessoa. Mas caso não
conhecesse a "pessoa alvo", deveria enviar uma carta para uma pessoa qualquer de sua rede,
imaginando que ela tivesse maior chance de conhecê-la até chegar na pessoa alvo, no destino final. A
pessoa alvo, ao receber a carta, deveria enviar uma carta para as pessoas responsáveis pelo estudo.

Ao fim do estudo foi possível verificar que, através de 6 conexões (em média), seria possível se conectar
a qualquer pessoa do MUNDO! Isso pode ser com o/a presidente de uma empresa, um(a) governador(a),
um(a) ator/atriz. Ou seja, qualquer pessoa!

Quer saber mais sobre o assunto? Explore o livro Seis graus de separação, de Duncan Watts.

Agora que você já conhece a teoria dos 6 graus de separação você pode imaginar que existem 6 graus
até chegar na sua vaga dos sonhos, certo? E se essa distância for ainda menor?
A tecnologia tem diminuído ainda mais a distância entre as pessoas, aproximando mais quem está longe.
Uma pesquisa feita pelo Facebook com seus mais de 720 milhões de usuários demonstrou que, através
do Facebook, há cerca de 4.7 graus de separação entre as pessoas.

Resumindo: Você pode se conectar com praticamente qualquer pessoa do mundo através de uma
pessoa que conhece. Provável que essa pessoa conhece uma outra pessoa que pode te conectar com
uma oportunidade ou pessoa que tenha interesse em conversar. Pense agora como ter conhecimento
desse conceito pode aumentar incrivelmente seu networking e sua capacidade de entrar em contato
com pessoas daquela empresa que você tanto quer fazer parte.

Teoria dos Laços Fracos e Conectores

Ainda dentro da teoria de redes existem mais 2 conceitos importantes que podem te ajudar a se
conectar com outras pessoas e construir seu network.

Em um estudo feito nos anos 60, Mark Granovetter pesquisou como as pessoas que acabaram de mudar
de emprego ficaram sabendo de seus novos empregos, novas oportunidades de trabalho. As respostas
das pessoas participantes indicavam que a informação partiu de alguém em sua lista de contatos
pessoais.

Porém, o mais surpreendente e contra intuitivo é que esses contatos foram descritos como “pessoas
conhecidas” e não como “pessoas amigas", com alto grau de proximidade. Era de se esperar que as
amizades tivessem a maior motivação em te ajudar, certo? Então, por que as “pessoas conhecidas” tem
um papel tão crucial na busca de uma nova oportunidade de trabalho?

Vamos começar a análise com a seguinte rede social de círculo de amizade. Imagine que cada bolinha
seja uma pessoa e quando estão ligadas por uma linha significa que se conhecem.

Sua rede de conhecidos

Se observarmos a relação entre os nós A, B e C podemos dizer que existem boas chances de, em certo
momento, os nós B e C formarem um vínculo de amizade através de uma conexão feita por A.
B e C ficam amigos por causa de A

E, como se trata de um grupo bem conectado (veja o número de conexões), isso poderá ocorrer com
diversos outros nós! Quanto mais amizades em comum duas pessoas têm, maiores as chances de se
conhecerem.

Por causa das conexões já existentes a sua rede cresce ainda mais!

Consequentemente, caso alguém da rede saiba de uma oportunidade de trabalho, todas as outras
pessoas deste grupo também ficarão sabendo, afinal todas elas estão conectadas.

Pode-se supor que uma oportunidade de trabalho é algo escasso (a demanda por uma oportunidade de
trabalho é, em geral, maior do que a quantidade de oportunidades disponíveis). Então, provavelmente
alguém que te dá informação sobre uma oportunidade de trabalho conseguiu através de uma fonte de
informações que você não possui.

Considere o nó C e suas amizades. Podemos perceber que a ligação de C com os nós A, B e D remete a
uma ligação de um grupo muito bem definido, provavelmente de pessoas próximas do mesmo círculo.
Isso é o que chamamos de laços fortes.

Porém, se observarmos a ligação entre C e H, percebemos que nenhuma outra amizade de H é uma
amizade de C. Portanto, ele pertence a um grupo distinto de amizades.

O nó H, sendo apenas uma pessoa conhecida de C, tem acesso às informações que o nó C não tem. Ou
seja: pois possui grupos diferentes de amizade. Repare que se eliminarmos a ligação entre C e H, os nós
de A a G perdem comunicação com os nós de H a M.

Chamamos essa ligação entre C e H de Conector ou Ponte. Essa ponte nos permite explicar por que as
indicações de oportunidades de trabalho vêm de pessoas que as vezes são apenas “pessoas conhecidas”.
Imagine que C é uma pessoa desenvolvedora e busca um trabalho na sua área de formação, sendo que C
estudou com B, A e D. Logo, se F for uma pessoa empregadora e apresentar uma oportunidade de
trabalho para A ou B, estes irão agarrá-la ou, caso não estejam abertos a uma oportunidade de trabalho
indicá-la para outra pessoa, já que provavelmente possuem várias pessoas desenvolvedoras em sua lista
de contatos.

Já se J trabalha na mesma empresa que H e comenta que precisa de uma pessoa desenvolvedora, H que
é, por exemplo, da publicidade conhece poucas pessoas desenvolvedoras. No entanto, H se lembra que
conheceu A em um evento ou curso e, por isso, são um laço fraco por terem pouco contato e fazerem
parte de círculos sociais diferentes.

No entanto, se H gostou daquela breve conexão que teve com A é provável que comente sobre a
oportunidade. Assim, mostramos porque muitas pessoas ficam sabendo de oportunidades de trabalho
através de pessoas conhecidas e não pessoas do seu círculo de dia a dia.

É importante ressaltar que isso não impede que algumas amizades próximas te apresentem
oportunidades interessantes, viu? Isso apenas ilustra que muitas vezes pessoas de fora do nosso círculo
comum possuem ótimas oportunidades e podemos (e devemos) aproveitá-las :)

Aumentando sua rede de contatos

Agora você já sabe a importância de aumentar sua rede de contatos para além do seu círculo tradicional,
certo?

Existem diversas maneiras de fazer isso, você já viu bastante sobre isso nas aulas passadas em que
falamos de eventos, meetups, fóruns e information interview. Não deixe de colocar esses conceitos em
prática!

O que fazer agora?

Como próximo passo você fará uma atividade, buscando responder as seguintes perguntas e executando
as atividades propostas.
Como eu vou aplicar esse conhecimento na minha vida a partir de hoje?

Que pessoas do meu círculo social eu posso conectar entre si de modo a terem algum ganho? Lembre-
se, pessoas doadoras acabam tendo vantagens e construindo dívidas morais com as outras (Pense e já
faça essa ponte!)

Que pessoas seria interessante eu conhecer para entender mais a fundo sobre alguma empresa ou
oportunidade? Quem da minha rede pode me conectar? Se souber, mande uma mensagem para essa
pessoa! Caso não saiba quem pode te conectar, tente postar isso nas redes sociais e veja se aparece
alguma indicação.

O foco é começar a colocar em prática o poder do networking e das conexões. Lembre-se que saber e
não fazer é o mesmo que não saber! Se não puser em prática você não terá nenhum resultado!

Use o restante do tempo da aula para pensar sobre e fazer as atividades acima, combinado?

Parte 3

Networking como Ferramenta

Já ouviu alguma vez na sua vida a palavra Network?

Essa palavra, que praticamente já faz parte do vocabulário das pessoas nativas do Brasil, principalmente
no contexto de negócios, se refere a rede de contatos profissionais e pessoais que podemos ter. Já
Networking pode ser definido como a arte de construir e manter relações (pessoais), a longo prazo, que
impliquem (sempre) em um benefício para as partes envolvidas. Você já sabe um pouco sobre o tema,
afinal já falamos sobre isso em aulas anteriores, certo?
Frequentemente ouvimos pessoas comentando sobre o número de pessoas na sua rede, número de
seguidores, número de conexões, visando quantidade. Mas quando se trata de rede profissional e
pessoal, a qualidade nas relações importa muito mais. Conhecer pessoas e fazer conexões é algo ótimo,
mas é o que você faz com essas conexões é o que realmente importa. O quão relevante nós somos para
elas?

Vamos a um exemplo: De que adiantaria ter o e-mail de uma pessoa CEO de uma empresa gigantesca, se
você envia um e-mail e, por não ser um contato próximo, tem a sua mensagem ignorada!?

Agora, vamos supor que você ainda queira se conectar com essa pessoa CEO e descobre que tem
pessoas conhecidas em comum. Melhor ainda: você descobre que uma amizade ou pessoa próxima de
sua rede de contatos é bem próxima da "pessoa alvo". Bom, aí está uma bela oportunidade de não
apenas enviar um e-mail como uma pessoa desconhecida, mas de acionar seus contatos para que façam
a "ponte" entre você e a pessoa desejada. Faz sentido?

Esse é um ótimo cenário de uso do networking de forma estratégica.

Apesar de você ter sua história, suas qualificações e habilidades, se você não mostrar ao mundo, não
compartilhar com as pessoas, não construir relações sólidas ao longo de sua jornada, talvez nunca
saibam o seu real valor. Por isso, é super importante construir relacionamentos sustentáveis, baseado
em colaboração, comportamento e reputação.

Qual a importância na minha carreira?

Veja que interessante, segundo uma pesquisa conduzida pela Association for Talent Development, 51%
dos empregos são preenchidos por meio de indicações de funcionários e 42% por contatos via redes
sociais. Essas são as duas principais maneiras pelas quais as empresas relatam encontrar candidatos para
preencher vagas em aberto. A razão para isso é simples: há uma taxa de retenção de pessoas muito
maior em relação as pessoas que foram contratadas como resultado de networking. Também verificaram
que ganha-se 6% a mais em média quando é contratado como resultado de uma indicação.

Além desses pontos, fazer networking contribui com muitos outros aspectos.
Segue aqui alguns deles:

Colaboração. Networking precisa ser uma via de mão dupla, onde você recebe e doa. É um contexto
interessante para desenvolver a habilidade de colaboração e compartilhamento de conhecimento.;

Comunicação. Também é uma oportunidade para praticar sua habilidade de comunicação, seja oral ou
escrita. Treinar a clareza, assertividade, objetividade e estruturação das suas ideias;

Validação social. Conforme as pessoas vão tendo mais confiança em você e no seu trabalho, você
começa a ter validações sociais que podem se converter em recomendaçoes escritas, vídeos,
depoimentos a respeito da sua pessoa que poderão ser utilizados em diversos cenários. Caso estejam
público, servirão de validação para quem chegar até seu perfil;

Marca pessoal. Conforme seu network expande, mais pessoas sabem da existência do seu trabalho.
Conforme seu network se fortalece, você permite que elas te conheçam, além do raso. Elas podem
conhecer os bastidores, sua jornada até ali, suas capacitações, superações, desafios, a qualidade do seu
trabalho, seus aspectos diferenciais e terão a possibilidade de lembrar de você em momentos que
pedirem indicações. Muito além de uma descrição no LinkedIn, as impressões que se tem de alguém
após um breve diálogo é o que realmente permanece;

Conhecimento. A cada contato que você tem com pessoas da sua rede, é uma oportunidade de
absorver conhecimento, experiências, sejam elas iguais as suas, fazendo o papel de validação, ou
diferentes, te mostrando contextos e abordagens distinstas que poderão expandir sua visão de mundo.
Quando você dialoga, por exemplo, com devs que trabalham em empresas distintas, você perceberá que
muitas das vezes enfrentam problemas similares, mas adotam abordagens distintas por conta de N
variáveis. Assim você consegue expandir sua visão em relação ao mercado de Ti, indo além dos limites
da sua realidade;

Feedback Quando se tem a oportunidade de dialogar com pessoas que está fora do seu contexto, seja
de trabalho, projeto, cidade, estado, país, você tem a oportunidade de crescer através de feedbacks com
visões externas, em alguns momentos até neutras diante de uma situação que você a apresente para
opinar;
Indicações de trabalho É bem comum em tecnologia, networking criar oportunidades para se receber
Indicações de trabalho que possam ter tudo a ver com você.

Você está a 6 pessoas de distância de qualquer pessoa

Será que a afirmação do título é real?

Para entendermos, vamos abordar a teoria conhecida como Teoria dos 6 graus de separação que é
inspirada em um estudo científico de psicologia de 1967, chamado The small world problem (ou “O
problema do mundo pequeno”, em tradução livre) desenvolvido pelo psicólogo Stanley Milgram. Ela foi
originalmente apresentada por Frigyes Karinthy em 1929 e popularizado em 1990 pelo dramaturgo norte
americano John Guare.

Te convido agora a assistir o vídeo abaixo e depois retornar a esse conteúdo.

Onde encontrar essas pessoas para networking?

Existem inúmeros locais onde você pode fazer networking, de forma intencional ou não intencional.

A qualidade das conexões no presencial é algo de alta qualidade. Veja alguns tipos de possibilidades:
meetups, conferências, ir estudar ou trabalhar por um dia em coworkings, entre outros.

No online existem plataformas gigantescas e plataformas menores. Com as informações acima fica bem
claro que hoje temos tantos meios para nos conectar com as pessoas quanto a nossa imaginação nos
permitir. Quer um exemplo legal? Em 2018 o famoso LinkedIn tinha aproximadamente 546 milhões de
usuários ao redor do mundo. Isso representa em torno de 25% do total de usuários da internet. Ou seja,
é um ambiente bem propício para se conectar com novas pessoas, certo?

Veja mais alguns exemplos de tipos de lugares online para se estar: grupos de WhatsApp, Telegram,
Discord, Slacks, Facebook, fóruns, hackathons e maratonas em grupo online, entre outros.

Abaixo temos 3 sites bem legais para se buscar comunidades presenciais e online. As 2 primeiras
possuem opções de filtragem por interesse e localidade:
Plataforma mundial de comunidades

O maior "repositório" de comunidades de tecnologia brasileiras

Newsletter de hackathons nacionais e internacionais

No final do dia, o que estamos buscando é a tal da serendipidade, ou seja, ato ou capacidade de
descobrir coisas boas por mero acaso, sem previsão, circunstância interessante ou agradável que ocorre
sem aviso, algo bom inesperado. Não é por acaso que essa palavra serendipidade é destaque em uma
das paredes do prédio do Cubo Itaú, o maior centro de empreendedorismo da América Latina!

Fonte

Busque estar em contextos e tome ações que propiciem os acasos felizes!

Parte 4

Networking com propósito

Que tal expandir sua rede de contatos profissionais e ainda utilizar esse processo para conhecer um
pouco mais sobre uma ocupação, uma área ou uma empresa?

A Informational Interview (entrevista informativa) é uma prática que se define como uma conversa
informal e intencional (não por acaso) que você pode ter com alguém. O objetivo é obter informações
relacionadas, por exemplo, com a procura de um potencial emprego, aconselhamento sobre sua carreira,
conhecimento a respeito da cultura corporativa de um futuro local de trabalho, etc.

Preparamos um vídeo para contar mais sobre esse tema para vocês:

O que difere uma "Entrevista Informativa" de uma "Entrevista de Emprego" formal é que a "Entrevista
Informativa" é, de fato, uma conversa não formal, onde não há um "julgamento", uma "avaliação"
explícita a respeito de um dos lados da conversa, mas sim, uma troca mútua das pessoas envolvidas.
Enquanto uma pessoa A pode conhecer uma pessoa em potencial para trazer para seu time (mas sem
compromissos prévios), do outro lado, podemos ter alguém (pessoa B) que está no momento de
pesquisar sobre as empresas e oportunidades em potencial, conhecendo melhor as culturas e desafios
para dar os próximos passos.

Um outro cenário possível é quando uma pessoa A compartilha sobre seu dia a dia de trabalho e
informações sobre a empresa em que atua (sem intenções de contratar alguém) e, do outro lado, temos
uma pessoa B, que está buscando receber uma indicação ou conhecer os "caminhos das pedras" para
trabalhar na empresa em que A atua.

Já imaginou algumas "Conversas Informais" que você pode ter? Você pode considerar a Informational
Interview parte da fase de pesquisa de procura de trabalho, além de ser uma ótima forma de praticar o
seu "pitch" e praticar para o momento de uma entrevista formal.

Como conseguir uma Informational Interview

Você pode procurar pela empresa do seu interesse no LinkedIn (ou em qualquer rede de sua preferência)
e buscar a listagem de colaboradores. Você também pode optar por uma pessoa que já ouviu falar ou
consumiu algum de seus conteúdos (entrevista, post, artigo, podcast). Escolha uma ou algumas pessoas
e envie uma mensagem, seja por uma rede social, e-mail, etc.

Tem dificuldades sobre como se conectar?

Algumas dicas:

Descreva brevemente quem você é;

Explique como a encontrou;

Reconheça as realizações da pessoa convidada;


Deixe claro o assunto em questão e o tempo que você precisa de dedicação da outra pessoa;

Seja uma pessoa atenciosa e grata;

Para uma "Informational Interview" não mencione (pelo menos inicialmente) um possível pedido de
indicação, a solicitação de uma entrevista ou de um emprego.

Demonstre seu entusiasmo pela conversa, por conhecer mais sobre a empresa, sobre a área de atuação
da pessoa, sobre a ocupação, etc. Isso precisa estar em evidência no seu convite.

Veja 2 exemplos de mensagens iniciais para convidar alguém para uma Informational Interview através
do LinkedIn:

Estou em transição para a área de tecnologia e vi aqui no seu LinkedIn que você já atua nessa área há
X anos. Será que podemos conversar por alguns minutos sobre os principais desafios do setor em que
você atua?

Tenho muita admiração pela empresa C e, ao ver sua entrevista no canal D, percebi que você tem sido
muito relevante para ela se tornar referência no mercado nacional. Podemos marcar um café de alguns
minutos, pra você me contar um pouco mais sobre a cultura dessa empresa e a sua experiência atuando
nesse papel?

Agora veja o exemplo de um e-mail para convidar alguém para um Informational Interview:

Assunto: Gostei muito do seu podcast

Olá, Jessica Jones,

Meu nome é T'Challa. Nos últimos meses venho estudando programação na escola Trybe, onde conheci
Tony Stark, professor de programação que me recomendou ouvir seu podcast sobre tecnologia e
programação. Eu gostei muito de todos os conteúdos que você trouxe a respeito da área, principalmente
as dicas para quem está iniciando na programação. Sua trajetória tem se tornado uma inspiração pra
mim.

Se possível, gostaria de bater um papo com você para conhecer mais sobre a sua trajetória e entender
quais foram os seus primeiros passos no mercado de trabalho em tecnologia.

Poderíamos marcar uma call para falarmos sobre o tema? Se for mais conveniente pra você falar ao
telefone, isso também funcionaria bem para mim. Tenho tempo livre na parte da manhã na próxima
quarta ou quinta-feira. Você teria disponibilidade em algum dos dias sugeridos?

Agradeço novamente por compartilhar suas experiências e aguardo um retorno.

Atenciosamente,

T'Challa +55 XX XXXXX-XXXX t-challa@wakanda.com

Como se portar inicialmente?

A Informational Interview pode acontecer de diversas maneiras. Pode ser por telefone, mas o ideal é que
seja presencial (ou através de uma call com vídeo) para que haja de fato uma conexão e construção de
um relacionamento entre as pessoas envolvidas na conversa.

No caso de um bate-papo presencial, seguem algumas dicas para você mandar bem:

O que evitar?

Não pergunte algo sobre a empresa logo de início. Lembre-se de se conectar com a pessoa antes de
qualquer coisa. Se interesse pelo ser humano que está diante de você de forma genuína.
Não inicie a conversa pedindo uma indicação ou perguntando sobre a candidatura em uma
oportunidade/entrevista. É importante que você entregue valor para a pessoa que se disponibilizou em
estar ali com você.

Não vá ao bate-papo sem buscar informações sobre a pessoa. Utilize as redes sociais como fonte de
informação, o perfil no linkedin, procure no Google. Pode ser que você encontre artigos publicados, um
curriculum Lattes, um site pessoal, etc. Tudo isso servirá como insumo para que a conversa seja mais
rica, dinâmica, fluída e você consiga se conectar com a pessoa.

Se você levar perguntas escritas em um papel ou no celular, tente memorizá-las e olhe suas anotações
em último caso. Isso evita parecer um interrogatório ou algo muito formal.

Seja uma pessoa grata! Ela está cedendo aquele tempo como um favor de prover informações do seu
interesse.

Como quebrar a barreira do desconhecido?

Bom, logo no início pode ser que você esteja com muito nervosismo e não consiga fazer a conversa fluir
com total naturalidade.

Tenha consciência que essa oportunidade é uma via de mão dupla. Você tem a chance de conhecer mais
sobre a empresa em questão, a área, a ocupação da pessoa e, ao mesmo tempo, tem a oportunidade de,
informalmente, apresentar quem você é, seus diferenciais e experiências. Mostre seu potencial em vir a
se encaixar em alguma vaga que esteja aberta ou um papel que esteja em falta internamente.

Quer preparar um roteiro de perguntas para a Informational Interview? Provavelmente as suas


perguntas estarão dentro dessas 5 categorias:

Preparação - a pessoa entrevistada terá facilidade ao falar sobre processos seletivos da empresa em
que ela atua, pois já passou por esse processo antes. Certamente conseguirá trazer sugestões sobre o
processo seletivo e dicas sobre como se preparar.

Identificação atual - a pessoa entrevistada terá facilidade para falar sobre a sua Identificação Atual, ou
seja: cargo, área e funções. Esses podem ser pontos interessantes para você entender esses desafios
parecem interessantes para a carreira que você gostaria de desenvolver.

Projeção de futuro - é uma oportunidade para entender melhor sobre os níveis hierárquicos,
crescimento na vertical, horizontal, ouvir exemplos de histórias reais que ocorreram nessa empresa.

Empresa - perguntas sobre processos, ferramentas, práticas, desafios, cultura da empresa,


principalmente, pra você entender se consegue se enxergar nesse contexto.

Lifestyle - aqui entendemos um pouco mais sobre os limites e impactos da vida profissional na vida
pessoal.

Veja alguns exemplos de perguntas que você pode realizar em uma Informational Interview:

Por que você gosta de trabalhar na empresa X?

Como você se preparou para esse trabalho?

Como é o processo de seleção?

Como é o onboarding?

Como é o seu dia a dia? Quais as suas responsabilidades?

Existe um plano de carreira? Como funciona o crescimento profissional?

Há algum suporte / incentivo para participações em eventos, conferências, cursos, etc?

Como qualquer diálogo, você também receberá perguntas! Então, aproveite essa oportunidade para
apresentar quem você é.

Curtiu? Já pensou em alguns nomes para uma Informational Interview? Agora é com você! :)

Parte 5

Ganhando experiência em hackathons

O que é uma hackathon?


Uma hackathon é uma competição de programação voltada para o desenvolvimento de algum projeto –
ou múltiplos projetos – com base em um tema proposto.

Este projeto deve ser desenvolvido em forma de uma maratona (por isso o nome "hackathon"), que dura
de 1 a 3 dias (geralmente hackathons começam em uma sexta-feira à noite e vão até domingo de manhã
ou tarde). Durante todo este período, pessoas desenvolvedoras, designers, entusiastas da programação
e outras pessoas se juntam em times que tem como objetivo resolver um desafio proposto.

Ao final da hackathon, há uma avaliação e uma premiação para o melhor projeto. Estes prêmios podem
ser desde pequenos brindes, eletrônicos, até viagens e prêmios em dinheiro para o time vencedor. Além
destes prêmios, uma hackathon é uma ótima oportunidade para conhecer pessoas, tirar projetos do
papel e até mesmo criar novos produtos. Muitas empresas já foram criadas dentro de hackathons, da
mesma forma como muitos parceiros de negócio já foram encontrados nestes eventos.

Como encontrar hackathons

Não há uma "regra" propriamente dita para encontrar hackathons. Porém existem algumas empresas
especializadas na realização destes eventos atualmente. Uma delas é a Shawee, Parceira Trybe que
realiza hackathons em diversas empresas. Além disso, existem outras opções de sites que agregam
conteúdos de hackathons, como a comunidade Hackathon Brasil e o site Hackathon.com, que permitem
pesquisa com filtros e uma lista de eventos.

Porém, a melhor forma é ainda por meio do networking com outras pessoas e a entrada em grupos
diversos voltados a hackathons propriamente ditos. Também é possível procurar pelo Telegram por
comunidades e grupos que são voltados a este assunto, utilizando a ferramenta de busca. Fique sempre
de olho nas suas empresas de tecnologia favoritas e siga as novidades que são postadas em redes
sociais.

Considerações ao participar de hackathons

Uma vez dentro das plataformas que oferecem algum tipo de busca, é necessário prestar atenção nas
regras do evento. Cada hackathon tem uma regra diferente e possui temas distintos. As principais
perguntas que você deve fazer ao pensar em participar de uma hackathon são:

Eu quero participar de hackathons?


Esta é a pergunta mais importante. Quando queremos conseguir experiência, fazemos de tudo para
aprender o máximo possível, mas sempre se pergunte se é isto mesmo que você quer fazer. Hackathons
não são eventos fáceis e nem tranquilos, muito pelo contrário, são eventos super cansativos que exigem
muito física e mentalmente de cada um.

Participar de um evento destes apenas por participar, sem um objetivo claro, não vai te levar a lugar
nenhum. Seu objetivo pode ser profissional, pessoal, ou puramente diversão e desafio, por exemplo.
Você também pode participar para crescer na carreira e melhorar suas habilidades como pessoa
desenvolvedora, ou mesmo participar para ajudar um amigo ou amiga que está precisando de mais
alguém no time, ou então por puro desenvolvimento pessoal e a vontade de participar de um desafio.
Todos são motivos válidos, só não vá a uma hackathon somente porque alguém te disse para fazer isso.

Este tema é interessante para meu aprendizado?

Você terá algum tipo de ganho intelectual participando deste evento? Experiência também é algo que
devemos buscar com frequência.

Todas as hackathons vão te ensinar alguma coisa, mas cabe a você descobrir se este aprendizado vai
acrescentar algo para sua carreira ou não.

Este tema é interessante para a área que pretendo seguir?

Sempre que participamos de hackathons com um intuito profissional, temos que escolher
cuidadosamente o tema e o que vamos fazer. Ou seja:. Não adianta nada ser o primeiro lugar em uma
hackathon sobre aplicações mobile quando a área que você está querendo seguir é bancos de dados.
Certamente você aprenderá muito, mas talvez esse conhecimento não seja diretamente relacionado com
a carreira que você pretende seguir.

O que vou aprender e levar deste evento?

Tenha uma ideia do que quer construir antes de participar da hackathon. Além disso, é interessante
possuir uma ideia do que isso pode te ensinar e como isso vai evoluir sua vida pessoal e profissional.

Este tema me interessa?


Além de experiência, a hackathon deve ser um evento prazeroso para você. Então, aproveite para curtir
a experiência :)

Identificação do tipo de hackathon

Feitas todas as considerações, agora você já pode identificar o tipo de hackathon que você quer
participar.

Existem vários tipos de hackathons, desde beneficentes até corporativos. Cada um deles possui um
objetivo diferente. Por exemplo, existem hackathons para contratação de pessoas para uma empresa,
bem como também hackathons para ajudar ONGs ou então até mesmo hackathons onde a ideia final é
"comprar" uma ideia do time ganhador e transformá-la em um produto na empresa.

Um exemplo é o Hack for Good desenvolvido para criar soluções para ajudar pessoas a combater o
COVID-19. Ou mesmo o AjudaBH, desenvolvido por estudantes Trybe no I HackaTrybe. :)

Como entrar em hackathons

Todas as hackathons possuem uma página de cadastro. Alguns hackathons são presenciais, outros são
online. Leia com cuidado essas informações. Familiarize-se com o tema do projeto._

Verifique as instruções de participação que podem variar de evento para evento.

Como criar equipes em hackathons

Geralmente um time pode ter de 1 a 6 pessoas, embora alguns hackathons aceitem até 10 pessoas.

Hackathons possuem alguns tipos de formato, de acordo com a criação das equipes dos seus projetos.

Equipes pré-escolhidas
Alguns hackathons permitem que você, como participante, monte sua equipe previamente e apenas
cadastre todos os membros na plataforma de organização.

Neste caso, procure sempre selecionar pessoas com expertises diferentes. Quanto mais diverso o grupo
for, melhor será para o desenvolvimento do projeto. Por exemplo, evite selecionar pessoas versadas
somente em backend ou só em frontend: busque pessoas diversas que vão contribuir para a construção
do projeto como um todo em um leque de áreas; não só em áreas técnicas, mas também em áreas de
negócio (administração, UX, etc), dependendo do evento que você estiver participando.

Equipes sorteadas

Quando falamos de equipes sorteadas, temos dois tipos: Equipes sorteadas previamente e Equipes
instantâneas. Em ambos os casos, quem vai escolher as equipes é a organização da hackathon. Quando
isto acontece, as pessoas com quem você irá trabalhar provavelmente podem ser desconhecidas e, com
certeza, todos terão aptidões muito diversas dentro do time, pois este tipo de escolha visa verificar como
o time trabalha em grupo com pessoas desconhecidas.

No caso de equipes previamente selecionadas, você terá alguns dias ou semanas para poder conhecer os
membros do seu time. Então, adiante-se e faça um contato com todas as pessoas que serão suas
parceiras no evento. Se conheçam melhor, criem grupos, façam networking. Um time bem entrosado é
um grande passo para o sucesso do mesmo.

Em caso de equipes instantâneas, os times serão selecionados no dia do evento, após ou durante a
cerimônia de abertura. Então, tenha certeza de que você estará presente no horário determinado.
Nestes casos você não conhecerá o time previamente, então, como primeira atividade, tente organizar
uma dinâmica onde as pessoas se apresentem e contem seus pontos fortes e fracos antes de realizar
qualquer tipo de trabalho.

Como ganhar hackathons

Ganhar é parte do processo de participar de uma hackathon, mas não fique triste se isso não acontecer!
Pense em tudo o que aconteceu e como você vai sair de lá com mais experiência para a próxima.

A maioria das hackathons possui critérios de avaliação determinados e explicados no início. Se atente a
estes critérios, mas geralmente o projeto vencedor não é o que está com o melhor código, nem o que é
mais bonito, mas o foi além na resolução do problema proposto. Então, tente sempre direcionar o seu
pensamento aos temas propostos.

Conheça o tema

Faça o seu "dever de casa" e pesquisa sobre o tema, projetos já existentes, exemplos de repositórios e
tudo que puder levantar de informações.

Uma pessoa fará a gestão

Além disso, é sempre importante definir alguém que representará o time. A pessoa será responsável por
cuidar do andamento do projeto, definir como as tarefas serão divididas, além de ser encarregada pela
busca de mentorias e ajudas disponíveis durante o evento, também sendo responsável por resolver
entraves e discussões. Essa pessoa - não necessariamente precisa ser quem deu a ideia do projeto, mas
sim quem irá inspirar todos a trabalhar como um time.

Gestão de tempo

Diferentemente de uma maratona, onde ganha quem chega primeiro à linha de chegada, uma hackathon
não liga para quem termina primeiro um projeto. No entanto, é igualmente importante ter gestão de
tempo.

É necessário pensar e criar um projeto que seja factível dentro do tempo estipulado, mas que também
atenda aos objetivos do tema. Muitas pessoas tomam este passo como garantido, mas é aqui que a
maioria dos times perde a noção do que acontece.

Assim que a hackathon iniciar, junte seu time e escolha um local para trabalhar, fique lá até o fim do
evento. Depois siga uma série de passos determinados para criar o projeto e só começe e trabalhar nele
no final:

Faça um brainstorming de ideias na primeira meia hora. Se não houver novas ideias, peça ajuda para a
mentoria na hackathon e estenda por mais meia hora. Lembre-se de levantar todas as dúvidas e todos os
pontos incertos e resolvê-los logo em seguida para descobrir a viabilidade do projeto.

Assim que surgir uma ideia plausível que o time concorde, passe para o planejamento de tarefas.
Levante – em 15 ou 20 minutos – todos os requisitos necessários para criar o projeto, sejam eles de
infraestrutura, código, ferramentas e etc.

Defina uma pessoa que será a representante do grupo.

Esta pessoa deverá coordenar a distribuição as tarefas para o time e também para si mesma.

Façam sincronizações constantes sobre a evolução do projeto. Se a ideia não estiver indo para frente,
abandone-a e começe outra, lembre-se que o tempo é crucial.

Prepare sua apresentação com pelo menos 12 horas de antecedência. Isso inclui todos os tipos de
mídias e imagens necessárias para seu pitch.

Reserve as últimas 3 ou 4 horas somente para testes e praticas de apresentação.

Lembre-se que um projeto imperfeito, mas que funciona, é melhor do que um projeto bem feito que
nunca ficou pronto.

Pitch

A apresentação do seu projeto é de suma importância. O pitch é uma apresentação de 2 a 3 minutos


sobre o que vocês construíram no evento. Por isso, ele precisa ser rápido, conciso, e focar nas partes que
importam e que impressionarão as outras pessoas.

Pense no pitch como você tentando convencer alguém a comprar algum produto seu, durante a subida
de um elevador: você só tem este período para fazer a venda, então deve-se deixar detalhes de
implementação e pequenas coisas de lado e focar somente nas principais funcionalidades.

Lembre-se de que o melhor pitch é aquele que será lembrado! Então, faça a sua apresentação ser
memorável, divertida e, acima de tudo, inspiradora e impactante. Utilize-se de demonstrações rápidas,
mostre o porquê de vocês merecerem o prêmio. Todas as atenções estarão voltadas a quem está
apresentando, portanto é importante que seja uma pessoa que consiga capturar a atenção da plateia e
das pessoas do júri.

Mais do que apresentar o produto como um todo, a ideia do pitch é mostrar por que seu projeto é o
mais adequado ao tema do que os outros. Então, tente mostrar às pessoas juradas o que elas buscam
analisar. Se um dos critérios é o projeto ser rápido, foque na rapidez, se a ideia é que o projeto seja
bonito, então foque na beleza. Isto vale para todas as etapas, inclusive o que acabamos de falar sobre
tarefas.

Parte 6
Cursos e aulas

Conversamos muito sobre Hackathons no módulo passado, mas eles não são a única forma de conseguir
experiência em desenvolvimento! Também é possível adquirir muita experiência com cursos e
formações!

Como encontrar formações e cursos

Tudo se resume a como você gosta de aprender. Cursos presenciais, apesar de terem uma grande
vantagem de serem em tempo real e possuírem estruturas físicas que podem ser utilizadas por quem
está aprendendo, tem a grande desvantagem de serem presenciais. Ou seja, você deve considerar tempo
de deslocamento até o local. Em compensação, cursos online, por não terem esse pormenor, fazem mais
sentido a quem está na área de tecnologia por dois principais motivos:

Não há tempo de deslocamento

Como a tecnologia está sempre mudando, você pode fazer vários cursos online enquanto faz um curso
presencial, já que eles podem até ser mais baratos por não terem estrutura física

Maior flexibilidade, você muitas vezes pode escolher quando e onde fazê-los.

Por estes motivos, cursos online ou formações à distância são bastante indicados para quem está
procurando melhorar suas habilidades.

Como se engajar com formações e cursos

Para tudo que desejar aprender é necessário engajamento. A pessoa precisa estar animada com o que
vai fazer e gostar do que está fazendo. O aprendizado depende de quão engajada a pessoa está com o
conteúdo que quer aprender.

Existem diversas técnicas para se engajar em formações e cursos, uma das formas mais interessantes é
pensar em um projeto que você quer muito fazer e então procurar as tecnologias em cursos online ou
presenciais. Desta maneira, é possível focalizar o conteúdo destes cursos ao projeto que você planeja
construir. O desenvolvimento de projetos pessoais relacionados a um aprendizado ajuda a manter a
mente focada em aprender mais profundamente e dá um sentido à ação de aprender. Isso mantém a
pessoa mais engajada com o que estiver aprendendo.

Outra forma bastante interessante de se engajar com esses aprendizados é procurar se engajar com
outras pessoas que estejam estudando as mesmas coisas! Lembra do networking? Então, ele é
importante para manter engajadas as pessoas que estão focadas no mesmo aprendizado. Tente criar um
projeto em comum, ou então cada uma desenvolver seu próprio projeto para, então, trocar
aprendizados :)

A maioria das escolas e cursos online possuem grupos ou fóruns de discussões e, como já falamos antes,
fóruns são uma ótima forma de se trocar conhecimento. Seja uma pessoa bastante ativa em fóruns e
participe do desenvolvimento de projetos de outras pessoas. A melhor forma de se aprender alguma
coisa é ensinando alguém a fazer a mesma coisa! Por isso, pegar os problemas de outras pessoas para
tentar resolver à sua maneira pode ser uma excelente oportunidade para aprofundar os seus métodos
de execução do tema.

Uma outra forma de aprender mais é realizando pequenos projetos para outras pessoas, os famosos
freelances que, além de contar com o ganho de experiências em trabalhos pagos, também podem ser de
grande ajuda ou dar aquele empurrão que falta para você aprender uma tecnologia que tanto queria.

Como apresentar realização de formações e cursos

É importante que você possa apresentar uma prova de que você realizou sua formação ou curso.
Geralmente, os cursos possuem projetos de finalização de curso, os TCCs, que são ótimas formas de
apresentar que seu curso foi realizado com sucesso.

Exija certificados de conclusão para seus cursos, declarações ou diplomas para que você possa certificar
que seus cursos foram feitos de forma satisfatória. Coloque estas informações em suas redes sociais
profissionais, como o LinkedIn. Descreva em cada uma das suas formações as competências que você
adquiriu durante o curso, se possível, com uma prova de cada uma delas. Anexe tudo em suas redes
sociais para formar um portifólio. Vale lembrar que é muito importante denominar quais projetos foram
pessoais e quais foram projetos oficiais na sua trajetória. Por isso, preste atenção na hora de descrevê-
los em seu portifólio.

Conclusão

Neste pequeno, mas importante capítulo, tentamos ressaltar a importância de sempre ser uma pessoa
atualizada com as últimas tendências na sua área e também sobre como é possível demonstrar esses
conhecimentos para outras pessoas e outras empresas!

Parte

Produção de conteúdos

Fala pessoal! Antes de começarmos, vamos ouvir o que o AJ tem para nos contar.

Muito do trabalho de uma pessoa desenvolvedora é, de fato, escrever código. Isto por si só é algo que
temos que nos esforçar muito para aprender e dominar, certo? Porém, para o mercado de trabalho, não
é suficiente que você seja apenas uma "máquina de códigos", mesmo que eles sejam muito bons.
Lembre-se que estamos sempre lidando com pessoas e, por isso, temos que fazer um esforço para
entendê-las. Isso significa que as pessoas não estarão ativamente procurando alguém para acompanhar
ou então para se inspirar. Essa inspiração deve vir até elas, e é aí que a produção de conteúdos entra.

Existe um ditado que diz:

Quem não é visto não é lembrado.

E isso nunca foi tão real quanto nos últimos anos. Com o advento da Internet e da interconectividade
entre todas as pessoas, hoje, mais do que nunca, faz-se necessário que você seja visto/vista por outras
pessoas para que seu trabalho e conteúdo se torne relevante. As pessoas estão constantemente
recebendo informações de todas as fontes possíveis, seja via redes sociais, feeds de notícias, podcasts,
etc. Isto é o que chamamos de conteúdo.

Para que sua carreira profissional possa realmente decolar, é importante que as pessoas notem o
trabalho que você está fazendo. Desta forma, é quase que imprescindível que você como uma pessoa
profissional gere conteúdo sobre sua área. Seja este conteúdo instrutivo, informativo, educativo ou
qualquer outro tipo de assunto que você se sinta bem escrevendo. Mas por que você deveria escrever?
Quais são os motivos pelos quais a escrita e o compartilhamento de conteúdo são excelentes para a vida
profissional?

Por que criar conteúdo?

Existem muitas razões pelas quais não só pessoas desenvolvedoras, mas qualquer tipo de pessoa
profissional deveria escrever. Como é falado neste artigo, as pessoas associam o conteúdo de um artigo
explicativo, introdutório ou até mesmo informativo à pessoa que o escreveu. Ou seja, nós associamos
quem criou aquele conteúdo como sendo uma autoridade (ou pelo menos tendo mais autoridade que a
maioria das pessoas) naquele assunto.

Ser identificado/identificada como uma autoridade é extremamente importante para sua carreira como
um todo, porque fará com que as pessoas te identifiquem como uma pessoa respeitável e, mais do que
isso, procurarão você para sanar dúvidas e explicar problemas que elas não estão conseguindo resolver.
Além disso, escrita técnica leva a uma capacidade muito maior de demonstrar o que aprendeu e ensinar
outras pessoas, fazendo com que elas olhem para você como uma pessoa "guia" ou uma espécie de
inspiração. Escrever também te dá a capacidade de criar um portfólio de conteúdo que pode ser
utilizado como fonte de referência para consultas futuras e também para debates mais técnicos, onde
você precisaria explicar suas decisões de maneira mais aprofundada.

Assim como o artigo diz, além de consolidar sua posição como uma pessoa profissional de
desenvolvimento, a escrita técnica pode também contribuir para soft skills importantes, como o
aumento da desenvoltura falada e escrita, melhorando sua capacidade de comunicação com outras
pessoas. Escrever também afia seu pensamento crítico e aprofunda seu repertório, uma vez que é
necessário pesquisar referências para poder entender um conteúdo complexo. E, por fim, prepara a
pessoa para feedbacks positivos ou negativos, que é uma habilidade essencial para todas as pessoas no
mercado de trabalho.

O artigo também informa sobre diversas outras capacidades e habilidades adquiridas conforme você
começa a escrever com mais frequência - é uma leitura mais do que recomendada.

Como conhecer seu público

Um dos pontos mais importantes para se pensar quando estamos escrevendo conteúdo é a identificação
do público-alvo. Todo o conteúdo deve ser feito para algo ou para alguém. A produção a esmo é um
esforço muito grande que não traz resultados. Lembre-se: você precisa trabalhar de forma inteligente e
não de forma árdua.

Para começar a produzir conteúdo, antes de colocar suas ideias em um texto, vídeo ou qualquer outra
plataforma, é necessário que você identifique o público-alvo a ser atingido. Isso é geralmente algo que
vem de uma reflexão pessoal interna, ou seja, temos que saber qual é o tipo de público que ficamos mais
confortáveis em atingir ou que é mais fácil para nos comunicarmos. Para facilitar o processo, uma dica é
olhar nas redes sociais mais famosas como o Twitter, Grupos do Facebook e LinkedIn quais são os
conteúdos mais procurados. Pergunte para seus amigos e amigas, não tenha medo de passar uma
pesquisa para seus contatos nas redes por meio de um formulário online, tente responder às seguintes
perguntas:

Qual é a média de idade das pessoas que me seguem?

No que a maioria destas pessoas trabalham?

A quanto tempo trabalham nisso?

Qual é o nível profissional delas?

Como elas obtêm seu conteúdo?

Qual é o tipo de conteúdo que elas mais procuram?

Quais são os horários que elas estão mais ativas na busca de conteúdo?

Elas se beneficiariam com o conteúdo que quero apresentar?

Todas estas perguntas podem ser feitas pessoalmente, via chat, mensagens, tweets, formulários e muitas
outras formas. Anote todas as respostas, tente conseguir uma base grande de pessoas para responder
seu questionário e tente sempre manter as perguntas mais diretas possíveis, utilizando checkboxes,
múltiplas escolhas e opções que não abrem uma gama muito grande de possibilidades de resposta. Isto
porque as pessoas tendem a responder as mesmas coisas com palavras diferentes e isso dificulta a
análise dos dados. Limite-se a dar escolhas pré-definidas para sua possível audiência com uma opção
"outros" e pergunte pessoalmente às pessoas que a selecionaram para compreender seu público.

Evite dar muitas escolhas parecidas e até mesmo muitas opções específicas, se atenha a tópicos mais
gerais, pois pessoas tendem a ficar confusas quando precisam escolher entre vários assuntos. Procure
utilizar uma forma de classificação como: "De 1 a 5, sendo 5 o mais relevante, qual é o grau de relevância
que estes conteúdos têm para você?". Desta forma você conseguirá identificar quais são os interesses do
seu público alvo muito mais facilmente.

Sabendo quem é seu público

Além de identificar os interesses do seu público, é importante saber quem são as pessoas que estão na
sua rede. Para isso, tente pensar como as pessoas que você quer atingir consumiram os mesmos
conteúdos. Lembre-se de que seu público-alvo não é uma única pessoa, mas sim um grupo de pessoas
que está procurando uma solução para um problema. É necessário refletir sobre como você poderia
comunicar a possível a solução deste problema, o que torna as coisas muito mais complexas, porque
temos que pensar em algo que não é visível a ninguém.

Não há muito o que dizer sobre a identificação do público-alvo, pois isso é algo que virá com a
experiência e depende do tipo de público que você quer atingir. Lembre-se apenas de que temos uma
grande quantidade de pessoas que são iniciantes em qualquer coisa, depois temos uma quantidade
menor que são intermediárias e somente uma pequena parcela é avançada em todos os assuntos. Ou
seja, escrever para um público iniciante automaticamente fará seu conteúdo válido para intermediários e
avançados tendo, consequentemente, um público maior. Mas nem tudo é tão fácil assim! Por ser muito
mais fácil escrever algo introdutório do que algo avançado, existem muito mais pessoas fazendo isso. Em
contrapartida, escrever para um público avançado deixará você com um público menor, porém muito
mais qualificado e com muito mais experiência e networking para compartilhar. Neste cenário a
dificuldade vem com a escrita, né? Temas complexos demandam mais estudo, análise e reflexão.

Para decidir sobre o que escrever, sempre tente responder às seguintes perguntas:

Por que este público gostaria de ler isso?

Por que quero atingir este público?

Por que essas pessoas viriam ao meu blog/canal?

O canal que estou pensando seria a melhor forma de produzir conteúdo?

Quanto tempo meu público tem para consumir conteúdo?

Público direto e indireto


Quando falamos sobre público-alvo, temos sempre dois lados para a história: O direto e o indireto.

O público direto é aquele que você quer atingir, ou seja, é para quem seu conteúdo é destinado
originalmente. Por exemplo, um artigo sobre os aprendizados na vida de uma pessoa desenvolvedora
mobile é focado para pessoas que estão ou querem entrar no mercado mobile - este é seu público
direto.

O público indireto é aquele que você vai atingir por meio do seu público direto, ou seja, os dois estão
relacionados e conectados. O público indireto geralmente compreende as pessoas que não estão na
"bolha" do seu público direto, ou seja, estão fora do que você pretende atingir. Geralmente este público
é entusiasta ou composto por head hunters, que são pessoas que procuram talentos para empresas.
Tenha em mente que você pode atingir este público com estratégias em seus conteúdos, por exemplo,
postando algo que é relevante para uma ou mais empresas em particular e se tornando uma referência
neste assunto, fazendo com que seu perfil seja mais notado por pessoas que procuram por outras para
contratar. Mas, na maioria dos casos, você não tem controle de como você vai atingir este público, pois
as pessoas que são, de fato, seu público-alvo vão acabar fazendo a ponte entre seu conteúdo e seu
público indireto. Alguns exemplos de como o público indireto é atingido:

Uma pessoa desenvolvedora mostra um vídeo seu sobre um assunto para um colega de trabalho e
uma pessoa do RH é entusiasta de programação e quer saber mais sobre você

Seu conteúdo é compartilhado por uma pessoa no LinkedIn que calhou de ser um contato de uma
pessoa head hunter

Newsletters de sua autoria, o diretor de marketing de uma empresa gostou do seu trabalho e indicou
você para um colega que é um coordenador de tecnologia em uma grande empresa

Perceba que você não tem controle da situação, então o melhor a se fazer é deixar o público indireto
aberto e não tentar atingi-lo diretamente, pois isso pode acabar tirando o foco do seu conteúdo original.

Identificando seu canal

Tão importante quanto quem vai consumir seu conteúdo, é onde seu conteúdo será consumido. Esta é
uma questão mista. Você precisa identificar qual é o canal que seu público mais utiliza. Isto pode ser
feito usando as técnicas que vimos anteriormente, mas também é necessário identificar quais são os
canais que você se sente mais a vontade produzindo conteúdo. Estes canais podem ser texto, áudio,
vídeo ou até mesmo outro tipo de canal ainda não explorado. Procure responder às perguntas:

Como meu público consome o conteúdo?

Eu me sinto a vontade produzindo conteúdo para este canal?

Como eu posso começar a produzir conteúdo neste canal?

O que eu preciso para evoluir meu conteúdo neste canal?

Novamente, realize formulários, pergunte e entenda seu público antes de escolher um canal.

Marca pessoal

Tenha uma marca pessoal. A partir do momento que você produz conteúdo para a Internet, você se
torna uma fonte. Crie uma marca pessoal que seja constante em todos os seus conteúdos, desta forma
as pessoas irão associar a sua marca ao seu conteúdo e isso torna ele mais profissional.

Obviamente que não é necessário gastar muito quando estiver começando. Mas, sempre tenha em
mente que, se você quiser seguir para a produção de conteúdo profissionalmente, então você precisará
um dia de uma marca pessoal. O livro do Arthur Bender sobre personal branding é uma leitura muito
recomendada.

Conteúdo recomendado

Por que todo dev deveria escrever artigos

Guia de produção de conteúdo para desenvolvedores

Guia de publicação de livros para devs

Personal branding por Arthur Bender

Planejando sua carreira e marca pessoal

A arte de construir marcas

Construindo uma marca pessoal na era digital


Como fazer amigos e influenciar pessoas na era digital

Parte 2

Outsider Problem

Link para os slides

Olá pessoal, vamos disponibilizar aqui a aprensentação que vocês viram no momento síncrono.

Vocês podem acessar a apresentação aqui

Conteúdo da apresentação

Na aula de hoje vamos falar sobre Outsider Problem! Um conceito que vai nos ajudar a entender como
surgem as vagas no mercado de trabalho e, principalmente, como elas são preenchidas! Entendendo isso
você vai ver que a maioria das vagas não chegam nem a serem abertas!

Vamos entender como os recrutadores buscam candidatos para suas vagas e como isso às vezes é
bastante diferente dos meios nos quais a maioria das pessoas candidatas busca encontrar trabalho.
Entendendo isso será possível diferenciar-se e ter mais precisão na busca pelo trabalho dos sonhos.

Ainda vamos tomar alguns conceitos fundamentais de outras aulas como networking e information
interview.

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Outsider problem numa tradução direta seria algo como "O problema de quem está de fora", ou seja,
pelo simples fato de você estar fora do mercado de trabalho isso te traz uma desvantagem para
conseguir um trabalho em relação a outras pessoas que já estão dentro do mercado ou do segmento
que pretendem atuar.

Como assim? Imagine que você como alguém interessado em começar a atuar no mercado de
programação e decide que chegou a hora de buscar um trabalho. Como você faria isso? Como buscaria
trabalho?

Fonte: Stanford Life Design Lab

Muitos começam a busca por trabalho em sites de emprego. No entanto, muitas vezes não é nesse lugar
que estão as vagas de trabalho! Outsider Problem se refere a um conceito que diz que a maioria das
oportunidades de trabalho e emprego são invisíveis para as pessoas que não estão inseridas ou não
fazem parte de determinado mercado.

Para entender por quê isso acontece precisamos entender como as pessoas recrutadoras buscam
preencher uma vaga assim que ela é aberta!

Pense o seguinte: sempre que uma vaga nova é aberta em determinada empresa, como você pensa que
as pessoas de recrutamento irão buscar esses candidatos? A resposta é: da maneira que vai exigir menos
esforço e garante maior assertividade!

Vamos ver como é o esforço e assertividade no processo de abrir uma vaga em um site de emprego.

Abrir uma vaga em site geralmente demanda os seguintes passos:


Desembolsar dinheiro para poder abrir a vaga (a grande maioria das plataformas são pagas)

Criar um anúncio

Esperar semanas para receber candidaturas

Avaliar centenas de currículos, sendo que a maioria é de gente desesperada para conseguir emprego e
não tem nada a ver com a vaga aberta

Investir tempo fazendo dezenas de entrevistas

Selecionar algumas pessoas para passar para a pessoa gestora que vai decidir quem vai contratar.

É um processo que geralmente varia de semanas a meses e consome muito tempo das pessoas de
recrutamento. E ainda depois de contratada existe uma boa chance de a pessoa não se dar bem na
empresa por questões culturais ou de desempenho, ou seja, esse método pode não ser muito assertivo.

Será que não existe um jeito mais fácil?

A maneira que vai exigir menor esforço e garantir maior assertividade é o Quem Indica. Como isso
funciona?

Assim que uma vaga é aberta pede-se indicação para pessoas que já são da empresa ou conhecidos do
mercado. Essas pessoas que já atuam naquela área (por exemplo: desenvolvimento de software),
tendem a conhecer outras pessoas que também atuam ou buscam oportunidades nessa área, logo vão
indicá-las. Imagine quanto tempo e dinheiro é poupado e a pessoa recrutadora, invés de ter que olhar
centenas ou milhares de currículos, vai poder analisar algumas poucas dezenas que chegaram por
indicação!

Além disso, sempre que uma atual pessoa funcionária indica alguém, ela não vai arriscar "se queimar",
logo indicará pessoas em quem confia, e, como conhece bem a cultura da empresa, deve indicar pessoas
que já sabe que se darão bem naquela cultura! Ou seja, além de ser mais rápido para achar a pessoa
candidata, as pessoas indicadas geralmente tendem a oferecer menos risco de darem errado na vaga.

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Ok, algumas das vagas são invisíveis para mim, pois são preenchidas antes mesmo de serem oficialmente
divulgadas para o mercado por meio de indicações. Mas são muitas?

De acordo com o Stanford Life Design Lab, em algumas indústrias até 80% das vagas disponíveis podem
chegar a nunca serem listadas! Ou seja, se você se aplica para todas as posições disponíveis, é provável
que você esteja aplicando apenas para 1 de cada 5 posições disponíveis.

As outras 4 posições estão disponíveis apenas para aqueles quem tem acesso ao lado de dentro do
mercado (Inside Positions). As pessoas de dentro da indústria estão falando umas com as outras, criando
novas oportunidades e sabem que precisa de ajuda e está contratando. Como um outsider, uma pessoa
que está de fora, você não vê isso!

Fonte: Stanford Life Design Lab

Mas não se desespere! Tudo isso traz uma boa notícia: existem mais trabalhos disponíveis do que você
pode imaginar!

E aqui vale mais um comentário sobre o mercado de busca de trabalho: muitas vezes vemos nas notícias
algo como: "número de vagas aumentou/diminuiu em X mil posições no mês de março". A maioria das
pessoas não entende esse número de verdade. Vamos explicar, pois isso irá mudar completamente a
forma como você vê as oportunidades no mercado de trabalho!

Por exemplo: se a notícia diz que aumentou o número de vagas no mercado em 100 mil, isso quer dizer
que em termos líquidos a diferença entre postos de trabalho abertos e postos de trabalho fechados foi
positiva em 100 mil. Esse número NÃO diz respeito a quantas vagas de fato surgiram no mercado! O
número bruto de vagas é muuuuito maior. Pensa que existem pessoas deixando seus empregos todos os
dias para irem para outra posição, ou pessoas sendo desligadas, assim como existem pessoas ocupando
novas vagas. Esse número mostra apenas a diferença líquida do que sobrou de vagas no mercado (todas
as vagas abertas - todas as vagas preenchidas/fechadas)
Para dar uma ordem de grandeza: um relatório do governo americano diz que em março de 2020 nos
EUA 1,3 milhões de vagas foram retiradas da economia (ou seja, há líquido 1,3 milhões de vagas a menos
do que em fevereiro) e existiam mais de 7 milhões de desempregados - (fonte) - Parece desesperador,
não? Como conseguir emprego em meio a esse caos?

No entanto, outro relatório diz que ainda em março de 2020 foram abertas mais de 6 milhões de vagas e
foram contratadas 5,1 milhões de pessoas (isso em meio a uma pandemia de coronavírus!) - (fonte)

A pergunta que precisa ficar na cabeça de vocês é: se mesmo em meio a uma pandemia mais de 5
milhões de pessoas foram contratadas, por que eu não posso ser uma delas?

Ok, já entendemos o que é o outsider problem e que existem muitas vagas disponíveis no mercado.
Agora como ter acesso às vagas dos "insiders"?

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Para resolver o outsider problem primeiro precisamos entender a cabeça das pessoas recrutadoras.
Richard Bolles, um autor americano de referência sobre busca de emprego, nos traz dados do mercado
dos Estados Unidos sobre buscas de emprego, embora podemos supor que o cenário é bem semelhante
no Brasil:

Bolles diz que maioria das pessoas busca emprego primeiro em sites de recrutamento (estilo vagas.com
ou catho), depois agências que ajudam na recolocação (essas são menos comuns para vagas entry level),
depois indicação de amigos para posição e por fim prova de trabalho, que significa mostrar antes de ser
contratado o que você pode fazer.

Já as pessoas recrutadoras seguem o caminho exatamente inverso!

A preferência delas é sempre usar alguém interno para preencher uma posição por promoção ou
transferência, mas essa é uma opção que a pessoa candidata não tem, então vamos desconsiderá-la. Em
segundo lugar pessoas recrutadoras preferem ver uma "Prova de Trabalho", ou seja, contratar alguém
que leve uma prova ou amostra de seu trabalho que mostre suas habilidades e o que pode fazer e como
tudo isso se encaixa com a vaga aberta. Ou seja, se você é uma pessoa programadora, leve um programa
que você fez. Em terceiro lugar, o meio mais favorecido é de indicações, como já falamos. E em último e
penúltimo lugar, agências e sites de recrutamento.

Agora você entende porque você se candidata para tantas vagas em vários sites e fica sem resposta na
grande maioria delas. Simplesmente porque ali é o último lugar que a pessoa recrutadora vai olhar! Ela
provavelmente vai fechar a vaga antes através de outros meios.

Como não estamos dentro da empresa vamos desconsiderar a opção 1 preferida por pessoas
recrutadoras e vamos focar em Indicações e Provas de Trabalho para resolver o outsider problem!

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Uma prova de trabalho nada mais é do que você ser capaz de mostrar de maneira concreta algo que
você já realizou no passado e que pode ser interessante para aquela dada vaga ou empresa.

Mas, por que as pessoas recrutadoras gostam tanto disso, na hora de contratar?

Nas nossas aulas de autoconhecimento falamos que as pessoas de recrutamento têm pouco tempo para
avaliar os candidatos e que a maneira mais efetiva de fazer isso é adotando o modelo mental: PASSADO =
FUTURO, ou seja, se a pessoa demonstrou dada habilidade no passado, há grandes possibilidades dela
demonstrar a mesma habilidade no futuro.

No caso de uma prova de trabalho falamos essencialmente de algo técnico, ou seja, se você já
demonstrou sua habilidade de desenvolver softwares em outros projetos (seja na Trybe, seja em um
estágio, seja em um trabalho voluntário, etc.), provavelmente você vai conseguir continuar fazendo isso
no futuro quando for contratado por aquela empresa.

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Ao longo das nossas aulas de carreira até aqui a gente já falou algumas vezes sobre coisas que podem
servir como provas de trabalho.
O que vocês pensam que pode ser feito para servir como uma prova de trabalho?

13

Gostaria também de ressaltar a diferença entre 2 categorias de prova de trabalho:

1. Portfólio como prova de trabalho Conjunto de trabalhos e atividades que você desenvolveu no
passado que demonstram habilidades e competências adquiridas que podem ser úteis para a
vaga/empresa para a qual está se candidatando.

Como usar Pode ser comentado sobre em entrevista, você pode compartilhar com a pessoa recrutadora,
pode criar um site para reunir todos os seus projetos, etc.

2. Pré-Projeto como prova de trabalho É a realização de um projeto novo e personalizado para a


vaga/empresa na qual você está buscando se candidatar. Visa mostrar como você resolveria ou pode
contribuir para a solução de um problema real da empresa.

Como usar A dica aqui é conhecer bem a empresa! Por isso volte nas dicas da nossa aula sobre como
pesquisar empresas! Com as dicas em mão tente identificar quais devem ser as dores e problemas de
uma dada organização ou pessoa ali dentro e busque desenvolver algo que pode ajudá-la. Uma vez
desenvolvido mande mensagem via redes sociais, ou tente conseguir algum contato com ela para
mostrar a sua ideia/projeto.

Esse tipo de abordagem de pré-projeto costuma dar mais trabalho, mas se você fizer algo realmente
bem feito a chance de a pessoa querer te ouvir e bater um papo é grande! Mesmo que a sua solução não
seja a melhor, isso já vai demonstrar habilidades como proatividade, protagonismo, dedicação, etc.
Habilidades super valorizadas pela maioria das empresas.

Parte 3
Plataformas de Acompanhamento - Huntr

Olá pessoal! Hoje vamos apresentar plataformas de acompanhamento para as buscas de trabalho além
de proporcioná-los com a possibilidade de tirar dúvidas conosco, da área de sucesso.

Vamos começar falando da plataforma chamada Huntr (pronuncia-se Rãnter), que será acessível para
todas as pessoas estudantes da Trybe a partir do 6.º mês de curso. A Huntr é um serviço que escolhemos
com muito cuidado para te ajudar a conseguir seu próximo trabalho! É uma plataforma que foi feita
especificamente para o gerenciamento de processos seletivos. Nela, você conseguirá:

Organizar todas as suas candidaturas e próximos passos de processos seletivos em um único lugar. Você
terá acesso a um quadro com os principais passos da jornada de aplicação para vagas configurado
especialmente para estudantes Trybe.

Adicionar facilmente as oportunidades que te interessam. É bem fácil adicionar vagas que te interessam
ao seu quadro da Huntr: você pode adicionar diretamente a oportunidade ou até usar uma extensão de
Chrome para facilitar.

Adicionar informações relevantes e listas de atividades para cada processo. Você pode organizar datas
importantes, adicionar lembretes, criar listas de tarefas e quaisquer outros detalhes que te ajudem a ter
sucesso no processo.

Usar a Huntr em versões desktop ou na versão mobile (iOS e Android).

Como devo usar?

A Huntr será nossa plataforma oficial de aplicação para processos seletivos. Queremos que a sua jornada
de busca por trabalho seja muito bem sucedida e faremos o possível para apoiar você nesse processo.
Por isso, é muito importante que você use a Huntr de forma recorrente e constante.
Você já pode começar a explorar as possibilidades da Huntr nesse guia de primeiros passos (por
enquanto apenas em Inglês), nesse quadro de exemplo e nos seguintes vídeos que destacam o uso em
desktop e mobile.

Uma vez que você tiver sua conta registrada no site, entenda uma das etapas do “Painel de Gestão de
Vagas” da Huntr

1. No seu painel de gestão de vagas da Huntr, você verá uma lista de colunas com os seguintes nomes:

Oportunidades

Candidaturas

Primeira entrevista

Teste técnico

Segunda entrevista

Não aprovação

Oferta aceita

Oferta rejeitada

Oportunidade finalizada

Na coluna de “Oportunidades” você poderá adicionar todas as “Oportunidades de trabalho”, ou seja,


vagas em aberto que você gostaria de se candidatar ou explorar mais. Assim que você avançar no
processo seletivo, você poderá mover esses cartões de coluna. Ou seja, após aplicar para uma vaga,
realizar uma entrevista ou receber uma proposta de trabalho, você poderá ir movendo os cartões. Já
consegue imaginar como vai ficar organizado e fácil de acompanhar? :)

2. Adicione uma oportunidade de trabalho ao seu painel de gestão de vagas!

A Huntr disponibiliza várias formas de adicionar novas vagas à sua coluna de Oportunidades. Para
facilitar, montamos um passo a passo de como adicionar uma vaga ao seu painel a partir de
Oportunidades disponíveis na plataforma Huntr.
Passo-a-passo:

1. Na aba da esquerda, acesse a ferramenta de "busca” da Huntr. Aqui você poderá encontrar ofertas de
trabalho disponíveis nos principais sites de busca por trabalho ou postadas por nossas Empresas
Parceiras Trybe.

Busca da Huntr

2. Use uma palavra-chave na busca (por exemplo: “desenvolvedor de software”) para descrever a vaga
de trabalho que você deseja.

Vagas de Trabalho na Huntr

3. Agora, selecione clique em alguma que pareça interessante e explore a oportunidade lendo a
descrição da vaga. Dica: Você pode encontrar vagas com descrições e responsabilidades parecidas, mas
com nomes diferentes, então não tenha medo de explorar vagas até então desconhecidas.

Descrição de uma vaga na IBM

4. Se você gostar da oportunidade, passe o cursor por salvar no topo direito e adicione no seu painel de
gestão de vagas. Dica: Não tenha medo de aplicar para uma vaga que não esteja totalmente alinhada à
sua formação. (ex: requerimento de 3 anos de experiência)

5. Agora retorne ao seu painel de gestão de vagas e você encontrará essa nova oportunidade na sua lista
de Oportunidades.

Esse é apenas um exemplo de como fazer isso! Se você quiser aprender mais pode assistir os seguintes
vídeos para desktop e mobile. Vocês também podem explorar outras possibilidades da Huntr nesse guia
de primeiros passos (por enquanto apenas em Inglês), nesse quadro. Se houverem dificuldades com a
compreensão do inglês, podemos ir conversando no Slack ou você pode colaborar com as pessoas da sua
sala também!

Adicionando oportunidades de outros sites na Huntr

Obviamente, a Huntr não vai ter todas as vagas de trabalho no site dela. Mas, não se preocupe, a
plataforma conversa com diversos outros sites de divulgação de vagas que são brasileiros! Quer ver
como isso funcionaria? Temos outro passo-a-passo para vocês.

1. Para conseguir fazer isso, é necessário baixar a extensão da Huntr para o seu navegador. Você pode
achar aqui a extensão para chrome

2. Vá até uma página de busca por emprego (ex: vagas.com, Gupy.com) e procure na barra de pesquisa a
sua categoria de trabalho (pessoa desenvolvedora de software) usando keywords, como “desenvolvedor
de software”, por exemplo.

Lista de vagas em um site diferente

3. Encontrou alguma vaga alinhada ao que você busca profissionalmente? Caso tenha encontrado,
aperte o link da extensão no topo direito do seu navegador.

4. Uma pequena janela abrirá, onde você poderá adicionar os detalhes dessa oferta (nome da
companhia, título da posição, local, URL, e descrição geral).

5. Se você for à página da descrição da vaga, a caixinha da Huntr deve reconhecer a oferta de trabalho e
automaticamente preencher os campos de descrição da vaga.

Extensão aberta
6. Se ela não reconhecer, você pode colocar as informações manualmente. Assim que o fizer, aperte o
botão “salvar” no canto inferior direito.

7. Agora, se você acessar a sua página Huntr, você verá abaixo de “Oportunidades”, a oferta que você
acabou de salvar.

Como você pode ver, essa extensão pode ser usada em qualquer site de busca por trabalho. Agora que
você já encontrou uma oportunidade de trabalho alinhada com seus interesses, você pode procurar por
outras e montar uma lista na plataforma Huntr, na coluna “Oportunidades”. Curtiu bastante uma das
oportunidades encontradas? Vá em frente e aplique! Assim que o fizer já pode mover este cartão para a
próxima coluna de “Candidaturas”.

Dica: Você também pode utilizar essa ferramenta de extensão para registrar as vagas das nossas
empresas parceiras, que você pode encontrar diretamente no course da Trybe aqui

Aproveitando sua rede de contatos e adicionando outros trabalhos à Huntr

É muito possível que vocês encontrem possibilidades de trabalho que não estão listadas em sites,
através de networking, eventos e assim por diante. Como vimos antes nos conteúdos de carreira,
conhecer as pessoas certas pode ser um diferencial na hora de procurar trabalho. De fato, muitos
processos seletivos são mais informais e de pouca divulgação e um contato pode ser uma porta de
entrada para essas oportunidades. Por isso, não tenha medo de buscar pessoas conhecidas e explorar
outros contatos para encontrar as melhores oportunidades de trabalho.

Não tem muitos contatos? Não se preocupe! A Trybe estabelece parcerias com diversas empresas, como
você já sabe, que têm informações disponíveis no course.

Assim, para adicionar uma vaga não listada na Huntr, você deve fazer o seguinte:

1. A Huntr te dá a opção de descrever uma oportunidade de trabalho manualmente, dentro da


plataforma!
create job para adicionar um novo trabalho

2. Ao clicar nessa aba, você pode colocar as informações da posição de trabalho. Não se preocupe caso
você não saiba todos os detalhes da vaga, viu? Você pode editar as informações sobre essa oportunidade
quantas vezes quiser

Informações na hora de criar a nova vaga

3. Além disso, clicando na descrição da oportunidade, você verá uma aba de “contatos”. Lá, você pode
adicionar os detalhes e informações sobre o seu contato. Toda vez que conhecer mais alguém desta
empresa, você poderá adicioná-la também.

Aba de contatos para você colocar pessoas de interesse no seu processo seletivo

Imagine como isso pode ajudar nos seus processos seletivos se estiver tudo organizadinho!

Preparação e Organização nas suas atividades

Para cada processo seletivo, é normal que você queira (ou tenha que fazer) algumas tarefas para se
preparar ou prosseguir nesses processos (exemplo: pesquisar sobre o contexto da pessoa entrevistadora,
enviar email de retorno, revisar o currículo e LinkedIn, etc.). A Huntr abre espaço para você fazer a
gestão de todas essas atividades na plataforma, para cada empresa, facilitando o acompanhamento dos
processos seletivos e evitando que você perca prazos.

Para criar um tarefa é bastante simples. Basta clicar em um dos cartões de empresa na sua página de
gestão de vagas.

Aqui você pode ver as suas tarefas ou colocar novas!

Adicione a tarefa específica que você quer acompanhar. Você pode ver na imagem como há abas com as
diferentes opções de tarefas com modelos pré-definidos (‘send availability, apply, prep resume, etc.).
Além disso, você também pode personalizar sua própria tarefa da maneira que quiser! Acessando a aba
de atividades na sua página de gestão de vagas, você poderá ver a lista de todas as atividades que
precisam ser feitas, e ranqueá-las por prioridade.

Parte 4

Entendendo os Testes nos Processos Seletivos

Até agora você já viu vários conteúdos que podem te ajudar na hora de conseguir um trabalho, por
meios alternativos ou tradicionais.

Comentamos que muitas vagas não chegam a ser abertas em plataformas de empregabilidade, mas
ainda assim as plataformas são o jeito mais fácil de encontrar vagas no mercado. Desse modo, é
essencial entendermos como navegar por elas e maximizar nossos resultados na hora da aplicação.

Além disso, muitas empresas usam algumas plataformas de mercado (como Gupy, Kenoby, Bettha, Cia.
de Talentos etc.) para gerenciar seus candidatos e pedem que a inscrição seja feita por esses sites.

Algo comum que encontramos em quase todos os processos seletivos feitos via plataforma são os mais
diversos tipos de testes e assessments (nome mais chique de testes de comportamento e competências).

Entres esses testes, os mais famosos são: fit cultural, estilo de personalidade, teste de integridade, testes
de inglês, testes técnicos e testes de lógica.

Como já explicamos em algumas aulas, as empresas usam esses testes para "filtrar" os candidatos. Como
assim? Imagine que a empresa abre algumas vagas em seu site e recebe 1.000 inscritos. A pessoa de RH
não consegue avaliar todas essas inscrições com qualidade, olhando currículo e conversando com todos.
Para facilitar a vida e aumentar a precisão na seleção, ela faz uso de testes para selecionar em que
pessoas o time de RH vai querer investir tempo conversando.

Agora você deve estar se perguntando: quer dizer que esses testes são eliminatórios? Sim! A grande
maioria (não todos) tem uma nota de corte, e quem fica abaixo dela não chega nem a ser cogitado! Na
verdade, seu currículo não será nem lido se você não passar dessa nota mínima.

Acima dessa nota mínima geralmente não existe um ranking, é muito mais uma nota de corte, ou seja: se
você está acima, vamos te avaliar e ver se seguimos com sua candidatura; se está abaixo, tchau tchau
processo seletivo!

Agora você entende a importância de mandar bem nesse tipo de teste.

Para testes que envolvem comportamento e fit cultural não adianta treinar. Se você conhece muito a
empresa e domina esses testes, você até consegue forjar um resultado, mas, de verdade, não
recomendamos que faça isso. Forjar um resultado nesses testes comportamentais para passar em um
processo seletivo provavelmente só te trará mais infelicidade lá na frente, pois você entrará em uma
empresa com a qual não combina.

Já os testes técnicos e de raciocínio lógico a gente pode se preparar para mandar bem e aumentar
nossas chances nos processos seletivos!

O foco desta aula serão os testes de raciocínio lógico! Vamos lá?!

O que você vai aprender?

Teremos algumas aulas sobre testes de raciocínio lógico. O foco dessas aulas serão: Entendendo os
testes de lógica e seus objetivos Os tipos mais comuns de perguntas em testes de raciocínio lógico Dicas
para se preparar para as perguntas Dicas para mandar bem na hora dos testes Onde estudar, se
aprofundar e se capacitar mais ainda?
Ah, e além disso teremos várias perguntas resolvidas para você entender o raciocínio por trás de
algumas questões, e vamos deixar um repositório com algumas questões para treinar, ok?!

Entendendo os testes de lógica e seus objetivos

Vivemos em um mundo que favorece o uso de uma inteligência mais lógico-matemática em detrimento
de outros tipos de inteligência.

Existe uma vasta literatura relacionando performance no trabalho com capacidade cognitiva geral,
capacidade de aprendizado e inteligência, assim como quais testes e meios podemos utilizar para
mensurar esse tipo de inteligência lógico-matemática.

Ou seja, quando a empresa usa esses testes, ela quer mensurar sua capacidade cognitiva e sua
capacidade de resolver problemas, principalmente no campo lógico-matemático.

Esses testes são cada vez mais comuns, e você vai encontrá-los em praticamente todas as vagas em que
você for se aplicar em uma plataforma.

O problema é que a maioria das pessoas nunca fez um teste de lógica antes de se candidatar a alguma
vaga de emprego, e nunca foi preparada para esse tipo de teste.

O que acontece com algumas pessoas é que, na primeira vez em que nos deparamos com um teste
desses, podemos achá-lo, paradoxalmente, sem lógica. Isso porque não estamos treinados para vê-la.

Ao longo das aulas, vamos te mostrar como esses testes funcionam usando exemplos reais de perguntas
retiradas de plataformas de processos seletivos ao longo do tempo.

Mas, antes, algumas dicas gerais.

Dicas para mandar bem nos testes de lógica

Dicas do Coronel
Nosso head de seleção, Lucas Amormino, também conhecido como Coronel trouxe algumas dicas para
vocês!

Dica 1: Pratique para se acostumar com os diferentes tipos de problemas

A maioria dos testes de lógica segue padrões, ou seja, por mais que as perguntas mudem de um
candidato para o outro ou de uma plataforma para a outra, eles seguem alguns padrões de perguntas.

Isso significa que quanto mais você treinar e se capacitar, mais fácil será ver e resolver esses diferentes
tipos de questões de lógica.

O problema é que muitas plataformas não deixam a gente repetir os testes: se mandou mal, já era.
Então, como praticar?

Vamos dar algumas questões resolvidas para vocês, além de algumas dicas sobre onde se aprofundar,
mas já vamos falar aqui: dedique-se nos testes! Tente resolver! Não vá direto para a resposta!

Depois que vemos a lógica da resposta, o teste parece que ficou fácil, mas não se engane. Você precisa
treinar sua mente para perceber a lógica.

Algo útil aqui é saber que, diferentemente de testes de inglês ou técnicos de programação, que
geralmente exigem que você estude muito para aumentar sua nota, nos testes de lógica, com algumas
horas de estudo você pode elevar bastante sua nota (pelo menos em alguns tipos de questões).

Dica 2: Atenção ao Tempo na Hora do Teste

A grande maioria dos testes de lógica te dá um tempo bem apertado. Inclusive alguns já são montados
partindo do pressuposto de que a grande maioria das pessoas não vai conseguir finalizá-lo.
Sendo assim, precisamos treinar nossa velocidade de resposta também! Ao longo dos exercícios, evite se
distrair e foque em tentar resolver o mais rápido possível os exercícios. Afinal, não basta acertar todas as
questões que você finalizou e deixar em branco mais da metade do teste.

Mais algumas dicas e considerações sobre tempo:

Pular ou não pular questões, eis a questão.

Algumas plataformas e testes deixam voltar às questões, outras não. Isso geralmente é informado antes
de você iniciar o teste. Então preste atenção nas instruções para definir sua estratégia.

Como dissemos, a maioria dos testes de lógica tem um tempo apertado. Então, se nas instruções houver
indicação de que você pode voltar questões mais tarde, nossa recomendação é: se, durante o teste, você
travar em alguma questão ou perceber que não vai conseguir responder, pule! Se sobrar tempo ao final
você volta.

Mas e se o teste não permite voltar? Nesse caso, é bom ter uma noção de quanto tempo você tem por
questão. A maioria dos testes também informa quanto tempo você terá ao todo e quantas questões o
teste possui.

Assim, antes de começar, faça a conta: tempo total em minutos dividido por número de questões. Ex: 60
min / 20 questões = 3 min por questão.

Em muitos testes, haverá questões que você vai resolver em 1 min e questões em que vai demorar 5
min, é normal. Mas ter essa noção de tempo médio te ajuda a definir a estratégia. Passou o tempo
médio que você calculou, se pergunte: "Estou perto de resolver?" Se sim, acabe a questão; se passou o
tempo médio e você não tem ideia da resposta, parte pra próxima!

Tempo vale nota?

Um ponto importantíssimo sobre testes de lógica! MUITO importante mesmo. Muitas pessoas
escorregam aqui e tiram notas baixas, sendo eliminadas de processos por não prestarem atenção nas
instruções em relação a como o teste pontua.
Basicamente existem dois tipos de testes de lógica, segundo esse critério:

Testes em que tempo NÃO vale nota: Nesse caso, o tempo é apertado, mas o que conta são seus acertos
e erros. Assim, se você acabar todas as perguntas com 5 minutos de folga, isso não te faz pontuar nada a
mais. Por isso, invista seu tempo nas questões para ACERTAR e não para passar rápido de uma questão
para outra.

Testes em que o tempo VALE nota: Aqui não é só acertar ou errar que conta. O tempo também te faz
pontuar. Ou seja, às vezes é melhor você chutar e errar algumas questões para passar pra frente logo do
que ficar tentando chegar na resposta certa.

Por exemplo: pode ser que alguém que acerte 20 questões e erre 4 pontue mais do que alguém que
acerte 19 e erre 2. Ou seja, a primeira pessoa ficou tentando progredir mais rápido e por isso acabou
errando algumas questões, mas, como o tempo conta, ela pontuou mais.

Mais um exemplo: pode ser que alguém que acerte 20 e erre 4 pontue mais que alguém que acerta 18.
Apesar de a segunda pessoa acertar 100% das questões que deu tempo de responder, ela pontuou
menos.

Em resumo, nesse tipo de teste é melhor progredir rápido e ir tentando acertar mais do que buscar um
percentual de acerto maior.

Geralmente, testes que levam em conta o tempo vão deixar isso evidente para você! Preste atenção nas
instruções!

Dificuldade Crescente nos Exercícios

Não são todos, mas alguns testes possuem exercícios com dificuldade crescente, ou seja, se todos os
seus primeiros exercícios parecerem muito fáceis, você já pode esperar que a dificuldade vai subindo.
Nesse caso, tente gastar menos tempo nos exercícios iniciais, ao invés de se balizar por um tempo médio
de resposta.
Dica 3: Concentração Total na Hora do Teste

Isso é algo que todas as plataformas de testes vão falar, mas nem sempre os candidatos seguem a
orientação.

Você precisa de atenção total para fazer os testes! Às vezes, uma pequena distração te faz perder
segundos que podem fazer toda a diferença na sua nota.

Vamos repetir o que você vai encontrar em todas as orientações de teste de lógica, então leve isso a
sério: Escolha um local silencioso e tranquilo; Escolha um local no qual não será interrompido (se mora
com mais gente, avise as pessoas para não te interromperem nos próximos X minutos); Sua internet
precisa estar estável na hora de realização. Um travamento pode te fazer perder alguma questão ou um
tempo precioso.

Por fim, algumas dicas mais biológicas que podem te ajudar a manter o foco. Logicamente, não adianta
segui-las e não estudar, mas podem ser bem úteis: Esteja descansado na hora de fazer os testes. É uma
péssima ideia tentar realizá-los quando sua mente estiver cansada depois de um longo dia de trabalho
ou estudo; Evite refeições pesadas (como aquela feijoada) logo antes da entrar em uma prova de
raciocínio lógico. Isso pode diminuir sua concentração e foco; Tomar um cafezinho cerca de 20 a 30
minutos antes de entrar no teste também ajuda a deixar seu cérebro mais desperto; Por fim, logo antes
de começar o teste, faça uns 2 minutinhos de um exercício de mindfulness. Pode ser uma meditação,
caso você seja acostumado, ou simplesmente fechar os olhos e fazer algumas respirações mais
profundas. Isso ajuda você a se desligar de outras coisas que te preocupam e trazem a atenção para o
momento presente; e quanto mais atenção, mais agilidade mental você tem.

Dica 4: Utensílios para ajudar

Uma outra dica para o momento da realização dos testes é: muitas vezes você não sabe qual tipo de
questão vai encontrar, então esteja preparado, com os utensílios necessários para resolver todos os
tipos.

Como assim? Pode ser que uma calculadora ajude com os cálculos, caso haja contas; pode ser que uma
folha de papel ajude a visualizar e esboçar desenhos geométricos; pode ser que o site não dê o tempo
gasto por questão, apenas o tempo geral, então vale ter um relógio.
Imagina ter que perder tempo caçando esses utensílios no meio do teste? Na dúvida, pegue todos antes
de começar!

Resumindo: sempre, antes de começar, deixe ao seu lado Papel, Caneta ou lápis e borracha, Calculadora
e Relógio.

Sobre calculadora: se tiver calculadoras de verdade, ao invés das embutidas no celular, dê preferência a
elas! Geralmente, possuem mais funções que podem ser úteis, e a tela não fica apagando no meio do
cálculo, além de não haver distrações de mensagens.

Dica 5: Não deixe para a última hora

Existem dois tipos de RHs: aqueles que vão dar um prazo e esperar todos se inscreverem para começar a
avaliar os candidatos. Nesse caso, seria ok você deixar para mais tarde a sua inscrição.

No entanto, há os RHs que, conforme as pessoas forem entrando na plataforma, elas já vão sendo
avaliadas e começam a ser chamadas para entrevistas. Nesse caso, pode ser que deixar para terminar a
sua inscrição no final de semana seguinte faça com que a vaga seja preenchida antes mesmo de você se
candidatar.

Como geralmente não sabemos qual a pressa do RH com aquela vaga, não deixe para terminar seus
testes na última hora.

Para fechar essa dica, batemos um papo com uma pessoa de RH e pegamos o seguinte comentário para
compartilhar com vocês:

Depoimento do RH:

“Na minha experiência, o que mais elimina os candidatos nessa primeira fase de inscrição e testes é falta
de atenção, preguiça ou deixar para a última hora. Vários candidatos são eliminados por simplesmente
não conseguirem terminar todos os testes. Uma outra parcela de candidatos é eliminada por
simplesmente não responder às perguntas corretamente. A gente pergunta uma coisa e o candidato
responde outra. Se fosse para dar uma dica, seria a seguinte: separe uma tarde de sábado pelo menos
uma semana antes de o prazo acabar, deixe o futebol e videogame para depois. Faça o teste com calma e
preste atenção no que está sendo perguntado.”

Dica 6: Conheça a empresa

Algo que não é muito comum, mas pode acontecer é que algumas empresas aproveitam para
personalizar as provas de lógica e incluir nas questões seus próprios produtos, métodos de distribuição e
operações, entre outros temas, na tentativa de criar familiaridade entre candidato e companhia.

Nunca vimos algum teste de lógica em que esse conhecimento prévio sobre a empresa fosse essencial
para resolver a questão; no entanto, já ter alguma familiaridade com a empresa e seus produtos pode te
ajudar.

Como já tivemos nossa aula de como pesquisar empresas, isso já está resolvido ;)

Comentário Final sobre Testes de Lógica

Antes de fecharmos a aula, trouxemos um vídeo com algumas dicas do Na Prática (se quiser, pode
começar do segundo 58, que é quando ele entra em testes de lógica):

Sabemos que os testes de lógica podem assustar algumas pessoas, mas fique tranquilo!

Com nossas dicas, bastante prática sua tentando resolver vários exercícios e dedicação aos materiais de
estudo, você vai ver como consegue aumentar sua nota rapidamente nesses testes.

Por fim, algo que vemos muito no Brasil são pessoas se preparando bastante para vestibulares e
concursos públicos. No entanto poucas se preparam com o mesmo afinco para processos seletivos de
empresas privadas.
Para mandar bem e conquistar aquela vaga dos sonhos, é essencial investir tempo e dedicação se
preparando e treinando.

Parte 5

O que você vai aprender?

Na aula de hoje vamos aprender sobre:

A importância de considerar trabalhar em empresas não conhecidas – Viés Coca-Dolly (indo além das
impressões e suposições iniciais)

Entender que emprego perfeito não existe

Por que buscar ofertas de emprego, não empregos em si

A importância da mente aberta e da curiosidade na busca por offers (buscando o interesse latente)

Por que você não deveria levar os job descriptions tão a sério

As vantagens de Offers ao invés de Jobs

Mas antes de começar, vamos assistir esse vídeo com o Vini


Buscando empresas, uma reflexão

Já estamos há algum tempo tendo nossas aulas de carreira. Neste momento, você já deve ter pesquisado
sobre várias empresas, visto várias oportunidades, conversado com muitas pessoas que trabalham com
diferentes coisas, começado a buscar eventos e aumentado sua participação em fóruns e comunidades
online que falam sobre o universo de programação e desenvolvimento.

Talvez, ao longo dessa trajetória, tenha acontecido alguma dessas duas coisas:

Você acabou ouvindo falar de alguma empresa ou trabalho que você conhecia pouco, mas acabou se
encantando e ficou interessado em trabalhar lá; ou

Alguma empresa ou trabalho que você tinha como “dos sonhos” não se mostrou tudo aquilo que você
imaginava quando olhou o Glassdoor da empresa ou conversou com pessoas que trabalham lá.

Isso é absolutamente normal e nos mostra a importância de reforçar dois conceitos:

1. O Efeito Coca-Dolly

Você já parou para pensar como você encontra pessoas que se dizem interessadas em trabalhar na Coca-
Cola, mas nunca encontrou alguém que estava indo atrás de ter conversas e conhecer mais sobre a
Dolly?

Sem nenhum juízo de valor sobre as marcas e empresas. O ponto aqui é: temos pré-conceitos na nossa
mente e acabamos descartando empresas e oportunidades que poderiam ser interessantes e nos trazer
uma carreira cheia de satisfação.

A lição aqui é: vá conhecer empresas! Mesmo as que, em um primeiro momento, não te chamam
atenção! Expanda suas possibilidades!
No entanto, assim como excelentes oportunidades podem surgir de empresas que não conhecemos ou
não consideraríamos, precisamos lembrar que:

2. O trabalho perfeito não existe

Durante nossas aulas, falamos muito de felicidade na carreira, de trabalhar com o que se gosta e de
encontrar algum lugar onde possamos atingir nosso potencial.

No entanto, para alguns esse sentimento pode fazer parecer que existe um “trabalho perfeito”, em que
só faremos o que gostamos e não existirão partes maçantes ou pessoas com quem não nos damos bem.
Isso pode gerar uma necessidade de constantemente buscar por esse tal trabalho perfeito.

Contudo, ele não existe. Todo trabalho, por mais que gostemos, terá suas partes chatas, terá seus
momentos em que teremos que lidar com tarefas que não nos agradam, com uma burocracia que nos
deixa nervosos ou com algumas pessoas com quem não nos damos bem. Isso é normal, vai existir em
todo emprego, e é essencial que tenhamos essa ciência.

Existem sim, trabalhos fenomenais, que nos farão acordar, na maioria dos dias, com brilho no olho e
vontade de ir trabalhar; trabalhos que nos inspiram no longo prazo e nos quais desempenhamos
atividade no dia a dia de que gostamos.

Só vale a ressalva de que isso não será 100% do nosso tempo, e é normal haver algumas partes que não
nos agradam e com as quais temos que lidar.

Nesse momento, o importante é ter em mente que devemos buscar trabalhos alinhados com todas as
reflexões de autoconhecimento que já tivemos e continuaremos tendo.

Busque Offers, Não Jobs

Por mais que saibamos que o trabalho perfeito não existe, queremos achar algo que nos anime e traga
satisfação!
No entanto, muitas descrições de vagas parece que não se encaixam perfeitamente com você.

O que acontece é que, na verdade, a maioria delas é incompleta, imprecisa e não representativa do dia a
dia real de trabalho.

Pode ser que a empresa simplesmente não consiga transmitir tudo o que espera em um Job Description.

Ou, ainda, muitas vezes as empresas podem tentar deixar a descrição da vaga mais “sexy” do que de fato
ela é, levando a frustrações futuras.

O ponto é que não podemos tomar uma decisão de escolher ou descartar um trabalho apenas com base
na Job Description.

É por isso que você deve buscar por Offers (ofertas de trabalho) e não por Jobs (o trabalho perfeito para
você antes de se candidatar).

Foque em conhecer empresas e pessoas e, como dissemos na aula de Outsider Problem, entrar na
conversa!

Você recusar uma empresa ou trabalho só com base no job description é recusar algo que poderia ser
muito bom, mas você conheceu muito pouco sobre para poder avaliar de modo preciso. Pense em
quanta complexidade as pessoas recrutadoras precisam resumir em uma única folha de papel
descrevendo suas futuras atividades!

Seja um caçador de Offers, não um caçador de Jobs. Não veja descrições de vagas e fique pensando “não
quero trabalhar aqui”. Vá atrás de expandir possibilidades.

Pergunte-se: Que oportunidades interessantes essa organização poderia ter?


Até porque, algo bastante comum é entramos para uma posição específica e, com o tempo, irmos
pegando mais e mais desafios que podem mudar completamente nossa função inicial.

Você deve buscar pelo que o Stanford Life Design Lab chama de “latent wonderfulness”, ou seja,
oportunidades latentes que estão escondidas.

Que coisas interessantes pode haver nessa empresa/posição para além do que está escrito na Job
Description?

Buscar Offers é adotar uma mentalidade de se mover para além das primeiras impressões e
suposições/premissas.

Os Problemas com as Job Descriptions

As descrições de vaga têm dois grandes problemas. Um já falamos: elas não transmitem toda a
complexidade de uma empresa ou função, logo você precisa ir caçar a “latent wonderfulness”.

No entanto, outro problema é o seguinte: as job descriptions geralmente são irreais!

Imagine a seguinte cena:

Manu era uma pessoa programadora na empresa X, acabou conseguindo outro emprego e deixou a
posição.

Neste momento, as pessoas recrutadoras vão atrás de preencher a vaga. O primeiro passo é sentar junto
com o gestor da vaga e fazer uma Job Description, ou seja, definir o que é esperado da pessoa que vai
ocupar essa posição em termos técnicos e comportamentais.

O que acontece é que a pessoa gestora adorava certas características de Manu, como o fato de ser uma
excelente pessoa técnica e dominar várias linguagens de programação diferentes. No entanto, Manu não
dominava uma linguagem que seria interessante. Além disso, Manu não era a pessoa mais fácil de lidar,
de vez em quando colegas faziam algumas reclamações sobre a sua falta de espírito de equipe.

Pensando nisso, na hora de descrever a vaga para o RH, a pessoa gestora irá colocar todas as boas
qualidades de Manu, como, por exemplo, todas as linguagens que dominava. E, além disso, vai
acrescentar as características que desejava ter no funcionário, como, por exemplo, mais espírito
colaborativo e uma nova linguagem que a empresa vai começar a usar.

Contudo, a vaga é a mesma. Ou seja, a pessoa gestora aumentou os requisitos que espera da vaga sem
deixar a posição mais sênior ou aumentar o salário que espera pagar.

Sabe quais as chances de conseguir preencher a vaga com alguém com muito mais habilidades, pagando
o mesmo salário? Muito baixa!

Por isso, guarde essa informação: Você NÃO precisa ter tudo o que é exigido em uma job description.

Assim como Manu não tinha, a pessoa candidata que vier depois provavelmente também não terá!

Não se intimide com descrições de cargo que pedem habilidades ou formações que você não tem!

Lógico, não adianta você querer se candidatar para uma vaga que pede várias habilidades que você não
tem, vai ser perda de tempo sua e da pessoa recrutadora. Mas não se intimide caso falte uma ou outra
característica exigida.

Lembre-se: vá atrás de Offers, não Jobs! Esse mantra serve para quando a descrição da vaga não te
interessar e para quando te interessar muito, mas você achar que não tem condições de preenchê-la!

O que significa na prática ir atrás de Offers?


Agora você deve estar pensando: tá! Entendi! Mas é para eu sair me candidatando para todas as vagas
que eu vejo?

Não, jovem Padawan! Vamos explicar o que ir atrás de Offers quer dizer na prática:

Olhar por ofertas ao invés de empregos significa ter uma mente aberta! Ter curiosidade sobre
organizações e caminhos possíveis, ao invés de se prender a pré-conceitos sobre como deve ser
trabalhar no lugar X.

Ir atrás de Offers é adotar o modelo mental de: estou explorando possibilidades, buscando a “latent
wonderfulness”, que pode estar em qualquer lugar.

É ser curioso e se manter aberto e atento às oportunidades que a vida coloca no seu caminho. É aceitar
aquele convite para um papo no LinkedIn, é ir atrás de cafés para entender outras realidades, é bater um
papo com aquele amigo que está em outro segmento de atuação, é buscar conseguir information
interviews.

Essa curiosidade de buscar a “latent wonderfulness” te levará a entrar em importantes conversas que
podem revelar grandes oportunidades que seriam invisíveis caso estivesse com uma mente mais
fechada.

Se você tem curiosidade sobre uma oportunidade ou empresa, vá explorar e aprender mais! Se alguém
te chamar para um papo, mesmo que você não conheça a empresa, vá também!

Assim, quando uma oferta de trabalho aparecer, você terá informações suficientes para tomar uma
decisão.

Abaixo, um vídeo do Stanford Life Design Lab que resume um pouco do que falamos até aqui (o
conteúdo está em inglês, mas se você não entender não tem problema, é mais um resumo de tudo o
que falamos até agora):
As Vantagens Extras de ir Atrás de Offers

Abaixo, algumas outras vantagens de ter a mentalidade de ir trás de Offers ao invés de Jobs.

Você treina para os Processos Seletivos

Por mais que aqui na Trybe você esteja tendo uma boa preparação, na hora do vamos ver, em que você
está frente a frente com a pessoa recrutadora que pode te dar a vaga dos seus sonhos, o nervosismo
bate e pode atrapalhar tudo.

Manter-se aberto e ir conversando com pessoas e prestando outros processos que talvez te interessem
menos em um primeiro momento vão te ajudar a treinar para as entrevistas que você realmente quer,
fazendo com que chegue com muito mais calma!

Você acelera seus processos seletivos

Em empresas menores (nas quais o processo não é tão estruturado), algo comum de acontecer é que,
quando gostam de você nas etapas iniciais e você tem outra oferta em jogo para a qual precisa dar uma
devolutiva, você pode fazer com que a empresa acelere seu processo seletivo.

Não tem problema algum você comentar, ao fim de uma entrevista que foi boa, que você recebeu uma
outra oferta, mas está realmente interessado nessa empresa com a qual acabou de conversar e gostaria
de poder ouvir a oferta deles antes de decidir ir ou não para a outra empresa.

Isso pode fazer com que acelerem seu processo. Existem várias histórias de processos que poderiam
demorar mais de um mês e acabaram ocorrendo em uma semana devido a esse fato.

Você demonstra que é um candidato disputado

Comentar que você tem outras ofertas na mesa ajuda a “aumentar o seu valor”. Se a empresa realmente
gostou de você e você comentou que tem outra oferta na mesa, isso pode levá-la a fazer uma melhor
oferta financeira para você.
Mas cuidado! Não deve ser seu objetivo conseguir uma oferta apenas para aumentar valor. Se fizer isso,
a chance de parecer artificial e a pessoa recrutadora pegar alguma incongruência em você é alta. O foco
é achar o interesse latente em possíveis oportunidades e poder escolher entre caminhos e carreiras que
de fato te interessam.

Você pode tomar uma decisão melhor

Quando você tem duas ofertas concretas na mesa, a sua decisão é melhor. Até receber essas ofertas,
você conversou com várias pessoas, conheceu melhor a empresa, entendeu qual seria sua função lá
dentro e sabe exatamente o que estão te oferecendo.

De posse de todas essas informações das duas (ou mais) empresas, você pode tomar uma decisão
melhor.

Inclusive um excelente exercício é: diante de duas ofertas, tente ver qual te chama mais a atenção e se
pergunte “por quê?”. Poucas atividades são mais úteis para o nosso autoconhecimento do que ter que
entender o que nos motiva mais ou menos entre duas carreiras e por que uma delas parece nos chamar
mais a atenção do que outra.

O que fazer se receber uma proposta de emprego enquanto está buscando conhecer oportunidades?

É possível que, durante alguma conversa, como em uma information interview, alguém goste muito de
você e te ofereça um emprego. O que fazer?

O primeiro passo é respirar fundo.

Se você tem o privilégio de não precisar desesperadamente do dinheiro, não se precipite e pegue o
emprego só porque foi o primeiro que apareceu.

Agradeça o convite, explique o quanto gostou e se interessou pela empresa, deixando claro o que
verdadeiramente te chama a atenção nela. E peça um tempo para pensar antes de tomar uma decisão e
mergulhar de cabeça.

Atividade
Separe os próximos 10 minutos para a reflexão abaixo:

Com base em tudo o que vi, estudei, pesquisei e refleti até agora sobre empresas, carreiras e
oportunidades de trabalho, quais são os possíveis caminhos que quero seguir? Que oportunidades de
emprego me interessam?

Será que existe algum Job que parecia não me interessar, mas que vale a pena eu ir mais a fundo?

Dessas oportunidades, quais são as que ainda preciso de mais informações para uma decisão mais
assertiva? Existem pessoas com quem eu possa bater um papo sobre?

Que atividades das aulas passadas eu deixei passar ou até fiz, mas que poderiam ser úteis retomar
agora?

Parte 6

Introdução

Como falamos na outra aula sobre testes de lógica, a maioria dos testes apresenta tipos de perguntas
parecidas. Alguns tipos comuns de perguntas são:

Questões de raciocínio matemático

Questões de probabilidade

Questões de sequência de letras e números


Questões de sequência de figuras

Questões de lógica pura

Questões de analogia

Questões de geometria

Questões de visualização espacial etc.

A ideia desta aula e das próximas é começar a trazer alguns exemplos de perguntas presentes em testes
de lógica. A maioria delas foi retirada de testes de lógica reais, utilizados em processos seletivos para
diversas vagas.

Lembre-se de todas as orientações da última aula na hora de começar a resolver.

Uma única recomendação que queremos reforçar é: NÃO veja a solução do exercício antes de tentar
resolver. Você precisa começar a ensinar seu cérebro a entender os problemas de lógica e como devem
ser resolvidos, e o único jeito de fazer isso é tentando VOCÊ resolver. Ou seja:

Tente VOCÊ resolver o exercício primeiro;

Olhe a solução depois.

Se errou, preste bastante atenção no raciocínio usado. Mais do que entender a questão em si, busque
entender a lógica por trás da resolução daquele tipo de questão.

Se você acertou: dê uma batida de olho na resposta do mesmo jeito, em alguns tipos de questões é
possível chegar à mesma resposta de diferentes maneiras e vale conhecer outros caminhos.

Questões de Raciocínio Matemático

Um tipo muito comum de questão são as de raciocínio matemático, ou seja, aquelas questões
envolvendo números e nas quais precisamos fazer contas.

Para quem não curte muito matemática: relaxe, nem todas as questões são assim! Mas como é um dos
tipos mais tradicionais, vamos começar por eles.

Vamos lá?! Vocês poderão checar as respostas no final!

Questão 1

Na tabela estão os dados das vendas realizadas no trimestre por um vendedor do segmento de bens de
consumo:

É correto afirmar que as vendas de A + C, divididas por A, multiplicadas por B é igual a:

a) R$ 300 mil

b) R$ 600 mil

c) R$ 800 mil

d) R$ 1.200 mil

e) R$ 1.600 mil

Questão 2

Em uma promoção do tipo “leve 3 pague 2”, uma pessoa que anteriormente dispunha do dinheiro para
adquirir 18 unidades do produto agora poderá comprar:
a) 36 unidades

b) 32 unidades

c) 30 unidades

d) 27 unidades

e) 24 unidades

Questão 3

Determinada cadeia de distribuição de alimentos trabalha com 3 fábricas F-A, F-B e F-C, que abastecem 3
supermercados, S-1, S-2 e S-3, em uma cidade de São Paulo. Cada uma das 3 fábricas entrega para os 3
supermercados, em horários diferentes. Uma rota de distribuição é, por exemplo, o caminho de ida
percorrido por veículos entre uma determinada fábrica e um determinado supermercado. É correto
afirmar que nessa cadeia de distribuição existem:

a) 9 rotas

b) 6 rotas

c) 5 rotas

d) 4 rotas

e) 3 rotas

Questão 4
Uma formiga, um rato e uma cobra atravessam um deserto. Sabe-se que as probabilidades de a cobra, o
rato e a formiga conseguirem percorrer nesse deserto mais que 10 km são, respectivamente, 4/5, 3/5 e
3/4. Considerando os eventos independentes, a probabilidade de somente o rato conseguir percorrer
mais que 10 km é:

a) 3%

b) 5%

c) 7%

d) 9%

e) 12%

Questão 5

A tabela mostra o faturamento de uma empresa nos seus anos de maior crescimento.

Entretanto, os números começaram a mostrar uma desaceleração nesse crescimento, dado que o
aumento percentual do faturamento de 2003 para 2004 foi igual ao aumento percentual de 2001 para
2002, assim como o aumento percentual de 2004 para 2005 se iguala ao aumento percentual do
faturamento de 2000 para 2001. Se esse comportamento simétrico de crescimento se mantiver, então o
crescimento percentual de 2005 para 2006 no faturamento da empresa deverá ser de:

a) 10%

b) 20%
c) 25%

d) 40%

e) 50%

Questão 6

O tanque de um automóvel contém uma mistura de gasolina e álcool, num total de 40 litros, dos quais
45% são de gasolina. Se forem acrescentados X litros de álcool a essa mistura, ela passará a conter 30%
de gasolina. Pode-se concluir que X é igual a:

14

15

20

22

25

Questão 7: Aumentos e descontos percentuais sucessivos

Outro tipo muito comum de questão são as que trabalham com aumento e desconto de preço
percentual. Separamos um vídeo com 3 exercícios resolvidos. Tente resolver as questões apresentadas
antes de partir para a solução.
Soluções

Questão 1

Resposta: E

A parte matemática dessa questão é simples, porém pode haver dificuldade na interpretação do texto.
Para resolver, preste atenção ao seguinte: · Passo 1: Vendas de A + C, ou seja, 200 mil + 600 mil = 800 mil
· Passo 2: Você divide o resultado anterior por A, ou seja, 800 mil dividido por 200 mil = 4 · Passo 3:
Multiplica o resultado por B, ou seja, 4 * 400 mil = 1.600 mil Essa é nossa resposta final: R$ 1.600 mil.

Aprendizado e Generalização: O grande cuidado aqui é a interpretação de texto, que pode te levar a
errar alguma das contas. A lição que fica é: leia o enunciado com atenção.

Outra dica nesse tipo de questão, em que o enunciado pode te pegar, é: depois de resolver a questão,
volte ao enunciado e siga o passo a passo já com a sua solução para checar se fez tudo certo.

Questão 2

Resposta: D

Novamente a matemática da questão é simples, mas pode existir dificuldade em montar o problema.
Neste caso, podemos encontrar a solução usando regra de 3.

A lógica é a seguinte: antes, se você pagasse 1, levava 1, que é o mesmo que afirmar que se pagar 2 leva
2, ou seja, se você pagar por 18 unidades você leva 18 unidades. Com a promoção, se você pagar 2
unidades você leva 3, então se você pagar 18 unidades quantas unidades você vai levar? Para responder
a essa pergunta fazemos uma regra de 3:

Unidades pagas - Unidades que levo


2-3

18 – X

Resolvendo com multiplicação em cruz temos que: 2X = 318, ou seja, X=27.

Como dissemos existem diferentes formas de raciocínio para chegar à mesma resposta em alguns casos.
Uma forma alternativa de resolver essa questão é pensando em porcentagem: se antes eu pagava 2 e
levava 2, eu recebia 100% do que pagava; com a promoção, se pago 2 recebo 3 unidades, ou seja, eu
recebo 150% do que pago; logo, tivemos um aumento de 50%. Assim você pode simplesmente fazer:
18*1,5 = 27 unidades.

Aprendizado e Generalização: Se achar que tem dois jeitos de resolver alguma questão, o melhor deles é
o que for mais simples para você.

Pensando em outros testes, o importante dessa questão é você entender como usar regra de 3 e/ou
porcentagem, que são comumente empregadas nos testes de lógica.

Para quem não se sente confortável com regra de 3, é fundamental revisar esse conceito! Segue um
vídeo que pode te ajudar:

## Questão 3

Resposta: A

É uma questão de probabilidade, porém novamente o texto pode confundir. A questão diz que existem 3
Fábricas que entregam para 3 Supermercados. Quantas combinações de entregas temos?

Você pode resolver de duas maneiras. A mais rápida é usar o princípio multiplicativo, caso você se
lembre das aulas de probabilidade do colégio. É simplesmente fazer 3*3 = 9, pois cada uma das 3
fábricas pode entregar para 3 supermercados.

Caso fique em dúvida nas questões de probabilidade e não lembre as regrinhas, você pode resolver “na
mão” e usar desenhos e diagramas, como o seguinte:

Após ligar onde cada fábrica entrega, é só contar as setas que chegará ao número 9.

Aprendizado e Generalização:

Sobre "resolver na mão", sempre é um caminho se bater o branco e se você tiver tempo. Nesse exemplo
foi possível, pois os números são pequenos, mas imagine se fossem 15 fábricas e 15 supermercados!
Você perderia um tempo precioso, que poderia ser utilizado em outras questões.

Questões de probabilidade são bem normais em testes de lógica; revisar alguns conceitos sobre isso
pode ser bem interessante!

Nesta questão específica, podemos resolver com diagramas e/ou usando o princípio multiplicativo. Caso
sinta necessidade de revisar esses conceitos, recomendamos o vídeo abaixo:

Questão 4

Resposta: A

As chances de o rato conseguir atravessar são 3/5, e as chances de a cobra e a formiga não conseguirem
são, respectivamente, 1/5 e 1/4. Basta multiplicar os três valores, que também podem ser expressos
como 0.60 (ou 60%), 0.20 (20%) e 0.25 (25%). O resultado é 0.03, ou 3%.

Aprendizado e Generalização:
Mais uma questão de probabilidade. Dessa vez, é importante ter facilidade de trabalhar com frações e
entender de probabilidade independente. Se tem dúvidas, vai vídeo:

Importante: Esse exercício foi de probabilidade independente, por isso basta multiplicar as
frações/percentuais dados. Mas poderia ser um exercício em que um evento depende do outro, ou seja,
são condicionais. Não é tão comum esse tipo de exercício nos testes de lógica, mas pode cair. Segue um
vídeo extra para quem tem dificuldades em probabilidade condicional

Questão 5

Resposta: B

É uma questão de lógica usando conceitos de porcentagem.

No entanto, primeiro você deve entender a lógica de como cresce o faturamento para depois calcular a
porcentagem. O enunciado nos diz que: Crescimento de 2003 para 2004 = crescimento de 2001 para
2002 Crescimento de 2004 para 2005 = crescimento de 2000 para 2001 Crescimento de 2005 para 2006
= ???

A lógica de crescimento da empresa é a seguinte: 2003 para 2004 = 2001 para 2002 2004 para 2005 =
2000 para 2001 2005 para 2006 = 1999 para 2000

Ou seja, para cada ano que avança você repete o faturamento de um ano anterior. Assim, para descobrir
o aumento de faturamento de 2005 para 2006, olharemos o aumento de faturamento de 1999 para
2000.

Esse aumento é calculado fazendo 24/20 = 1,2 ou seja 20%. Essa é nossa resposta.
Aprendizado e Generalização:

Muitas questões de lógica seguem um princípio de "Análise", ou seja, você precisa quebrar o problema
em partes menores para resolver. Perceba que esse problema tem 2 partes: Entender o que o enunciado
chama de "comportamento simétrico de crescimento" e Descobrir o percentual de crescimento em si

É muito importante ter calma nas soluções e buscar entender cada parte do problema.

Sobre a segunda parte do problema em si, que fala de porcentagem, se você teve dificuldades no
cálculo, recomendo revisar esse conteúdo, pois questões de porcentagem são bem comuns.

Questão 6

Pegamos um vídeo da internet mostrando a solução da questão:

Olhe aqui

Aprendizado e Generalização:

Esse é um exercício que mistura álgebra básica e porcentagem, algo comum nos testes de lógica. Se tiver
dificuldades, vale revisar os conceitos por trás. Dicas logo abaixo para achar vídeos de estudo.

Considerações sobre a categoria de raciocínio matemático:

Um dos tipos de questões mais comuns presentes nos testes de lógica são questões que envolvem
raciocínio matemático.

Na grande maioria das vezes, essas questões envolvem apenas alguns conceitos matemáticos mais
simples, como: As quatro operações básicas (soma, subtração, divisão e multiplicação) Porcentagem
Álgebra básica (ficar brincando de achar o X -> perceba que regra de 3 entra aqui) Probabilidade
Como o teste tem tempo limitado, geralmente as empresas colocam números fáceis de calcular, até
porque você sempre estará com uma calculadora. A questão é saber montar o problema, e para isso,
geralmente, o necessário é treino de análise, ou seja, ir quebrando o problema em partes para resolver.

Entender conceitos básicos de matemática ajuda muito a ganhar tempo nessas questões! Caso você
tenha dificuldade com matemática, antes de fazer seus testes recomendamos as videoaulas da Khan
Academy. Basta digitar no YouTube, por exemplo, “Khan Academy Probabilidade” ou “Khan Academy
Porcentagem”. Assista às aulas, dê uma revisada e detone nesses testes envolvendo raciocínio
matemático.

Uma última dica para esse tipo de teste é sempre ter uma calculadora, papel e caneta do seu lado para
auxiliar na resolução dos problemas. Tentar anotar ou desenhar sua interpretação do problema pode
auxiliar no entendimento, apenas tome cuidado com o tempo.

https://youtu.be/-XKhIJvamws

https://youtu.be/7gK3-QG363o

https://www.youtube.com/watch?v=Iw7JguIarQs

https://youtu.be/h4BGAYdF35g

Parte 7

Introdução e Questões de Sequência

Hoje vamos falar de outro tipo muito comum de perguntas nos testes de lógica, talvez um dos mais
comuns hoje em dia.

Os testes envolvendo uma parte mais matemática foram os tipos mais comuns por anos e ainda
continuam muito presentes. No entanto, como uma forma de tentar evitar uma possível vantagem de
alunos de Exatas sobre os de outras áreas de estudo, as perguntas foram mudando.
Cada vez mais as empresas estão adotando tipos de testes de lógica com perguntas diferentes, entre elas
as de sequência.

Nesse tipo de pergunta, é mais importante ainda que você tente resolver antes de olhar a resposta. Você
vai ver como depois que ver a resposta ela fica óbvia, mas é difícil de perceber isso se você não se treinar
antes, ok?

Diferentemente das perguntas de raciocínio matemático, em que você encontra várias questões do tipo
resolvidas, pois também são muito comuns em concursos públicos e vestibulares, as questões de
sequência são mais difíceis de achar gente explicando como resolver. Então aproveitem!

Vamos lá?! Vocês poderão checar as respostas no final!

Como resolver Questões de Sequência?

Nesse tipo de questão, você tem que entender a lógica por trás de uma sequência apresentada para
definir qual será o próximo item da sequência.

Ou seja: são dados X itens, e você deve achar o item que vem a seguir.

Esse tipo de questão pode ser dado na forma de sequência de números, palavras, letras, itens de uma
lista (meses, dias etc.) ou imagens. A lógica pode variar muito de um para o outro, vejamos alguns
exemplos.

OBS: A numeração das questões continua de onde parou na aula passada, para ficar mais fácil vocês
conversarem sobre elas e se acharem.

Questão 8

As letras que melhor completam a sequência VPBA, VAPB, VBAP, ... é:


a) VPBA

b) VABP

c) VAPB

d) VBAP

e) VBPA

Questão 9

Pergunta: Qual o próximo item da sequência: abril, maio, julho, outubro, fevereiro, ... ?

Escreva sua resposta em uma folha de papel

Questão 10

Pergunta: qual o próximo elemento da sequência: 1, 4, 4, 8, 7, 16, ...?

Escreva sua resposta em uma folha de papel

Questão 11

Observe as várias figuras, as quais formam padrões. A partir da percepção desses padrões, identifique
dentre as respostas aquela que mantém o padrão e deve substituir o ponto de interrogação (?). Se ficar
na dúvida entre duas ou mais alternativas, selecione a mais simples.
Questão 12

Observe as várias figuras, as quais formam padrões. A partir da percepção desses padrões, identifique
dentre as respostas aquela que mantém o padrão e deve substituir o ponto de interrogação (?). Se ficar
na dúvida entre duas ou mais alternativas, selecione a mais simples.

Soluções

Questão 8

Resposta: A

A resposta nesse caso é VPBA. Como chegar nessa resposta: Repare que sempre se mantém a letra V no
começo, ou seja, só precisa prestar atenção nas outras 3 letras. Repare que são sempre as mesmas letras
em ordem diferente: P, B e A Veja o que temos até agora: PBA, APB, BAP. A regra que ordena essa
sequência é que as letras estão “andando”, ou seja, começamos com PBA e depois vem APB. O que
ocorreu é que o P foi da primeira para a segunda casa, o B da segunda para a terceira e o A da terceira
para a primeira (pois só tem três espaços); assim, o terceiro item da sequência deve ser BAP, já que cada
letra andou mais um espaço. Desse modo, o quarto item da sequência será: PBA, porém não se esqueça
do V na frente, ou seja, a resposta é VPBA.

OBS: Se ficou difícil entender, tente visualizar os espaços de cada letra assim , e cada letra vai andando
em um desses espaços, sendo o V no começo fixo.

Aprendizado e Generalização

Respira, amiga ou amigo! Alguns acham essas questões difíceis, pois nunca resolveram esse tipo de
pergunta (diferente das de raciocínio matemático, que você já viu no colégio).

Quando se trata de sequência de letras, sempre comece tentando enxergar se as letras estão andando, é
um dos tipos mais comuns de "lógica" nessas questões.

Questão 9
Resposta: julho

Para saber qual o próximo elemento da sequência, precisamos encontrar o padrão na sequência. A
resposta será julho. Vamos ver o passo a passo?

O segredo desta questão está em pensar nos meses como números, ou seja: janeiro = 1, fevereiro = 2,
março = 3, abril = 4, maio = 5, junho = 6, julho = 7, agosto = 8, setembro = 9, outubro =10, novembro = 11
e dezembro = 12. Porém, sabemos que a contagem recomeça depois do 12, ou seja, volta para o 1.

Substituindo os meses pelos números, a nossa sequência fica: 4, 5, 7, 10, 2

De 4 (abril) para 5 (maio) andou-se UM mês; de 5 para 7 (julho), DOIS meses; de 7 para 10 (outubro),
TRÊS meses; de 10 (outubro) para 2 (fevereiro), andou-se QUATRO meses.

Para achar o próximo elemento de 2 (fevereiro) você irá andar CINCO meses, ou seja, você vai para 7
(julho).

Assim, a resposta é: julho!

Aprendizado e Generalização

O primeiro passo de toda questão de sequência é entender o que está acontecendo com os itens dados,
para depois prever o comportamento do próximo item e conseguir adivinhá-lo.

Muitas vezes, pensar nos elementos como números ajuda bastante. É muito comum você ter que caçar
lógicas numéricas de como os elementos estão se comportando. Por exemplo: Crescem
aritmeticamente: ou seja, fazer +1, +2, +3. Ou ainda, crescem aritmeticamente, mas não
necessariamente de um em um, por exemplo: +2, +4, +6 etc. Decrescem aritmeticamente: mesma coisa
do raciocínio anterior, mas ao invés de crescer eles decrescem, como -1, -2, -3 etc. Crescem ou
decrescem exponencialmente: +2, +4, +8, +16 etc. Ou -3, -9, -27 etc. (se você não entendeu, pense que
você tem que achar um número multiplicador: na primeira sequência estou multiplicando por 2, na
segunda estou multiplicando por 3). Estilo Fibonacci: Fibonacci é a sequência 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13 etc. Ou
seja, você soma os dois primeiros números, o que resulta em um terceiro (1+1=2), depois soma com o
próximo (2+3=5), e assim por diante (5+8=13) etc. Nem sempre vai ser exatamente a sequência
Fibonacci, pode ser que seja outro estilo, mas segue essa lógica de o próximo número ser uma operação
entre os dois primeiros (subtrair, somar, multiplicar ou dividir).

Questão 10

Resposta: 10

Essa questão tem uma pegadinha. Você nunca vai encontrar uma sequência nesses seis números, pois
existem duas sequências misturadas aí.

Geralmente, quando uma questão de sequência possui 6 elementos e pede um 7º elemento, você deve
ficar atento para essa possibilidade.

As duas sequências são:

1, 4, 7

4, 8, 16

Ou seja, uma é composta pelo 1º, 3º e 5º número; a outra, pelo 2º, 4º e 6º número que foram dados.

Agora ficou bem mais fácil ver a lógica de cada uma, não é?

No caso da primeira sequência, basta somar 3 ao número anterior, ou seja, o próximo número é 10.
No caso da segunda sequência, basta multiplicar o número anterior por 2, então o próximo elemento
seria 32.

Quando voltamos à sequência original, temos: 1, 4, 4, 8, 7, 16, 10, 32

Assim, a resposta é 10!

OBS: Note que você apenas precisava ter descoberto a lógica da primeira sequência, pois a questão pede
apenas o próximo elemento depois do 16. No entanto, você nunca descobriria o elemento seguinte se
não entendesse que temos duas sequências.

Aprendizado e Generalização

Via de regra, precisamos de apenas 3 elementos para ter uma sequência. Quando temos apenas 2, a
lógica pode ser diversa, então os exercícios dão no mínimo 3 elementos.

Exemplo: 1 e 4 -> Você não sabe se a lógica é que estou somando 3 ao número anterior ou estou
multiplicando por 4. Para entender a lógica, você precisa de no mínimo três elementos.

Repare que, na primeira questão, tínhamos quatro elementos; na segunda, 5 elementos. Nesta última
questão tínhamos 6 elementos, ou seja, na última questão existem itens suficientes para termos duas
sequências, uma junto com a outra.

Sempre que você vir que uma sequência tem 6, elementos se atente para isso.

Para deixar claro: é POSSÍVEL que haja duas sequências, mas não necessariamente. Pode muito bem ser
uma única sequência com mais números, ok?

Questão 11
Resposta: 4

Um exemplo clássico de teste de lógica são perguntas nesse estilo, que te pedem para identificar lógica
em figuras.

Nesse caso, temos sempre 5 espaços dentro de cada quadrado (ocupados com pontos/círculos ou vazio).

Geralmente, quando você vê que as imagens dentro de todos os quadrados estão sempre nas mesmas
posições, provavelmente terá que buscar lógica em como elas interagem.

Você pode buscar por lógicas tanto olhando horizontalmente quanto verticalmente; neste caso, nos dois
sentidos a resposta vai dar certo. Não entendeu? Relaxa!

Vamos explicar como resolvemos este exemplo:

Você vai "somar" os pontos dentro dos quadrados para ver a lógica. A lógica vai ser a seguinte: Ponto
preto + ponto preto = ponto branco Ponto branco + ponto branco = ponto preto Ponto preto + ponto
branco = vazio Ponto branco + ponto preto = vazio

Para entender: olhando a primeira linha de quadrados e somando o primeiro ponto no canto superior
esquerdo do primeiro quadrado com o primeiro ponto na mesma posição do segundo quadrado,
teremos branco + branco = preto, ou seja, deve haver um ponto preto na mesma posição no terceiro
quadrado.

Depois, somando os pontos no canto superior direito do primeiro quadrado com o ponto na mesma
posição no segundo quadrado, encontramos preto + branco = vazio, então deve haver um espaço vazio
nessa posição no terceiro quadrado.
Entendeu a lógica, certo?

Agora faça isso para achar os pontos do quadrado faltante, que é onde há o símbolo de interrogação e
onde queremos descobrir o próximo elemento da sequência (se tiver dificuldades, use uma folha para
desenhar).

Olhando a terceira linha de quadrados: some os pontos dos cantos superiores esquerdos (preto + preto =
branco). Agora, os pontos dos cantos superiores direitos (branco + preto = vazio).

Se olhar as respostas, sobraram duas que podem ser certas: a 3 e a 4. O que as diferencia é o ponto
central. Então vamos a ele.

Nesse caso, eu não consigo resolver olhando verticalmente, pois ele dá vazio + vazio e isso nunca
apareceu antes, então não sabemos o que essa soma dá. No entanto, você pode somar o ponto do meio
do último quadrado da primeira linha com o ponto do meio do último quadrado da segunda linha.
Assim: preto + branco = vazio.

Assim, a resposta é a 4.

Se quiser, continue somando e verá que a lógica bate perfeitamente.

Aprendizado e Generalização

Meu Deus do céu, colegas da Trybe!!!! Desesperei!!!!

Relaxa, Padawan! Se você pensou isso, provavelmente é porque esse foi o primeiro exercício desse tipo
que você viu. Depois de fazer alguns, fica bem mais fácil.

O segredo é tentar ver como os elementos dentro dos quadrados interagem para formar algo novo.
Vamos fazer mais um?!

Questão 12

Resposta: 3

Perceba que dentro de cada quadrado a gente tem 3 elementos, que são 3 retângulos. O segredo para
resolver está em entender como os retângulos (ou qualquer símbolo dentro dos quadrados) interagem.

Ao invés de tentar achar a lógica antes de partir para o "?", vamos direto para o "?" no último quadrado
para você ver outro jeito de resolver.

Vamos primeiro olhar os quadrados da terceira linha na horizontal.

Perceba que, na posição do primeiro retângulo no primeiro quadrado, a cor é um CINZA. Vamos somá-la
com o retângulo na mesma primeira posição do segundo quadrado, que é PONTILHADO. Ou seja: CINZA
+ PONTILHADO é igual a quê?

Para responder, procure onde mais você acha essa soma na figura. A resposta vai ser CINZA +
PONTILHADO = PONTILHADO. Se não achou, olhe os segundos retângulos dos quadrados da primeira
linha.

Faça isso com os outros dois retângulos e chegará à resposta 3 (PONTILHADO, RISCADO, CINZA).

Se quiser checar para ter certeza de que não se confundiu (o que é normal nesses exercícios, sempre
recomendamos dar um duplo check): some os retângulos na vertical agora. Você chegará à mesma
resposta.

Aprendizado e Generalização
Esse tipo de exercício é muito fácil de se confundir. Recomendamos usar papel e caneta.

A lógica quase sempre vai ser a seguinte: entenda como os elementos dentro dos quadrados interagem
para achar o que está dentro do quadrado faltante.

Testes assim são muito comuns na plataforma da Kenoby (uma das maiores plataformas usadas pelas
empresas para gerenciar vagas), mas também podem ser encontrados em outros lugares.

Considerações sobre questões de sequência

Deu por hoje, né, pessoa amiga? (:

Apenas algumas reflexões finais:

O segredo das questões de sequência é buscar por padrões, quebrando a sequência em pedaços
menores.

Lembra que falamos de quebrar em partes no tópico de matemática também? Esse é o famoso
pensamento analítico!

Uma dica sempre valiosa é tentar enxergar uma lógica matemática na questão, mesmo que não tenha
números!

Como assim? Por exemplo: no caso dos meses, pensamos em números, e no caso das figuras, pensamos
em somas dos pontos ou retângulos.

Aqui também vale a dica de sempre fazer o teste com papel e caneta ao seu lado, para te ajudar a
materializar seus pensamentos.

Em um primeiro momento, pode ser que você tenha achado alguns exemplos difíceis. Porém, quanto
mais você treina, mais fáceis eles ficam.
Assim, se quiser treinar antes de fazer os testes de lógica do seu processo seletivo, busque no Google
“testes de lógica de sequência resolvidos” e você irá encontrar alguns sites (não tantos quanto os com
questões numéricas de raciocínio matemático, mas há alguns).

Um site que recomendamos com mais alguns exercícios resolvidos

OBS: Sobre a questão da Ivone, nunca vimos nada assim em nenhum processo seletivo, então pode
ignorar. Todas as outras são muito boas para treinar

Lembrando que é importante que você sempre tente resolver antes de olhar a resposta!

11

12
Parte

Reflexões e dicas finais

Esta é nossa última aula de raciocínio lógico.

Até aqui, passamos pela maioria das questões de lógica que você irá encontrar nos testes. Obviamente,
existem inúmeros tipos de questões, e não há como explorarmos todos aqui, mas tentamos trazer os
tipos mais comuns encontrados nas principais plataformas de processo seletivo, como as da Cia. de
Talentos, da Kenoby, da Gupy e outras.
Em alguns tipos de questões, após ver os modelos e entender o que é esperado, elas ficam bem mais
fáceis, como é o casos de questões de sequências e analogias. Se você conseguiu entender todos os
exemplos, provavelmente vai mandar bem nos testes. Se ainda está com dificuldades, nosso conselho é
estudar até se sentir confortável com esse tipo de exercício (lembre que já deixamos um link com
material extra nessa aula).

Questões de raciocínio matemático e interpretação de gráfico exigem um pouco mais de treino, pois elas
não têm tantos macetes como as questões de sequência e analogia. Então você precisa resolver várias
diferentes para ir pegando o jeito de construir seu raciocínio em cima delas.

Vale pegar um material extra para se aprofundar nesse tipo de questão. Quanto mais você faz, mais
fáceis elas ficam. Aqui serve qualquer material de preparação de vestibular ou concursos públicos.
Vamos dar mais dicas de como aprofundar logo mais.

Você também pode encontrar perguntas de geometria ou visualização espacial. Se você manda bem
nisso desde a escola, show! Se não, também vale pegar alguns materiais de vestibular para estudar. No
entanto, se tiver pouco tempo e precisar focar, prefira estudar os outros tipos de questões, que são mais
comuns.

Por fim, as questões de equivalência lógica vão ficar simples depois que você entender, mas vão exigir
esforço para compreender no começo. Existem inúmeros tutoriais na internet. Aqui a recomendação é a
mesma das de geometria e visualização espacial: se tem tempo parte pra cima; se precisar focar, prefira
as questões de matemática, sequência e gráficos, que são as mais comuns.

Material Extra para Estudo

Infelizmente, o material sobre testes de lógica para processos seletivos é muito escasso. Praticamente
não há livros e conteúdos que reúnam tudo o que você precisa saber.

Quase todos os sites referenciam os mesmos artigos e perguntas, e mesmo assim são incompletos e
deixam de abordar tópicos e perguntas importantes.

Nossa recomendação é buscar por vídeos no YouTube sobre os principais tipos de exercícios que você
ainda está com dificuldade e aproveitar bons materiais que existem, como preparatórios para vestibular,
Enem e concursos públicos.
Além disso, seguem mais algumas recomendações:

Sites:

Khan Academy já recomendamos vários videos da Kahn Academy, mas fica aqui o reforço. É um site
especialmente bom para revisar questões que envolvem todas as dimensões de matemática);

Lumosity (site bem legal, com alguns jogos cerebrais que te ajudam de maneira mais geral a
desenvolver sua capacidade lógica);

Job Test Prep ((para quem ficou com dificuldade em exercícios de raciocínio espacial);

Job Test Prep (mesmo site acima, mas já na página de raciocínio matemático, tem quatro questões
legais para treinar e algumas dicas).

Artigos:

Como dissemos existem poucos bons artigos na internet que dão dicas para testes de lógica, o que
achamos mais interessante foi esse aqui!

Simulados e Questões para Treinar:

Também não há muitos simulados focados em testes de processos seletivos (a maioria foca concurso
público). Mas seguem alguns interessantes, que podem te ajudar:

https://www.grupociadetalentos.com.br/simuladoterp/ (legal que é específico da Cia. de Talentos);

https://sejatrainee.com.br/testes-de-raciocinio-logico-dos-processos-trainee/ (perguntas focadas em


processos seletivos de trainee, comum em vários processos seletivos. Eles não dão todas as respostas,
mas serve pra treinar);
https://blog.maxieduca.com.br/sequencia-raciocinio-logico/ (já demos esse site na aula de sequência,
mas vamos passar novamente para quem não viu);

https://www.todacarreira.com/questoes-raciocinio-logico/ (não é focado em processos seletivos de


empresas, mas tem algumas questões legais e todas são acompanhadas de respostas);

https://rachacuca.com.br/logica/ (o Racha Cuca é mais um site de jogos do que de preparação para


questões de lógica, mas é legal para se desafiar e ir afinando seu raciocínio).

Sudoku: Também existem alguns jogos que ajudam você a desenvolver seu raciocínio lógico, entre os
quais o mais conhecido é o Sudoku. Não que você vá achar um Sudoku em uma prova de processo
seletivo, mas ajuda a "afiar" seu cérebro.

Vídeo Aulas

O site a seguir tem várias aulas e exercícios resolvidos, todos bem organizados e com acesso gratuito. O
foco é preparação para concurso público, mas tem alguns vídeos que podem te ajudar. Muitas questões
envolvendo lógica formal e equivalências, assim como bastante de probabilidade.

Livros

Livros sobre o assunto também são escassos. Abaixo estão livros que são recomendados pela Cia. de
Talentos, maior empresa de recrutamento e seleção de jovens do país, para pessoas que precisam
aumentar seu desempenho em testes de lógica e resolução de problemas. Infelizmente, são bem difíceis
de achar, ou, devido à falta de novas tiragens, estão sendo vendidos a altos valores.

Testes de lógica – Maria Elisa Bifano

Testes espaciais – Maria Elisa Bifano

Brains Games #2: Lower your brain age in minutes a day


Uma recomendação nossa de livro que não vai trazer exercícios para você fazer, mas que trabalhará seu
lado analítico é:

O verdadeiro poder, de Vicente Falconi

É um livro de negócios, mas muito apoiado em como usar análise (a capacidade de quebrar problemas
em partes menores) para resolver problemas do dia a dia empresarial. É um livro que com certeza será
útil na sua carreira, te dará uma boa noção de negócios e ainda te ajudará a desenvolver seu raciocínio
lógico-matemático.

GMAT

Uma última dica é que existe um teste muito famoso chamado GMAT (Graduate Management Admission
Test), que é uma prova de admissão exigida pela maior parte das escolas de negócios nos Estados Unidos
e na Europa.

A prova é dividida em quatro seções que têm o objetivo de medir as habilidades verbais, matemáticas,
de análise de dados e de leitura e escrita analítica dos candidatos.

Existe muito material muito bom sobre essa prova na internet, e se preparar para ela com certeza vai te
ajudar a melhorar suas habilidades analíticas e suas notas nos testes de lógica. O lado ruim é que a
grande maioria dos materiais é em inglês, pois a prova é realizada nesse idioma.

De qualquer forma, fica a dica, pois você pode achar muito material de qualidade para estudar buscando
questões de GMAT na internet.

Para saber mais sobre o GMAT aqui!

Atividade

Separe os próximos 15 minutos para mexer nos sites, artigos e simulados que deixamos.
A ideia é explorar algo que possa te ajudar e já deixar isso engatilhado para se debruçar mais tarde.

Lembre-se: se preparar para um processo seletivo e conquistar aquela vaga dos sonhos exige dedicação!

Se você não está com dificuldade em nenhuma parte específica, recomendamos usar esse tempo para
fazer os Simulados e Questões para treinar.

Aproveite seus 15 minutos!

Considerações Finais sobre Inteligências Múltiplas

Por fim, achamos que vale uma última discussão.

Sempre que se fala em testes de lógica ou testes de QI e inteligência, alguns questionamentos surgem:

O quanto esses testes são realmente válidos?

Será que não deveríamos mensurar outras coisas além da lógica?

E outras habilidades no mercado de trabalho, como a inteligência emocional e relacional?

Será que eu sou melhor ou pior que alguém por conta da minha nota nessas testes?

Eu consigo desenvolver minha habilidade lógica e aumentar meu QI?

Achamos essa discussão válida e vamos tentar responder a algumas dessas perguntas e trazer algumas
curiosidades.

Para a pergunta 1 a resposta é: sim, esses testes são válidos como preditores de performance no
mercado de trabalho. Pelo menos é o que aponta um estudo que analisou 85 anos de pesquisas e
diversos métodos que tentavam predizer se uma pessoa performaria bem ou não depois de contratada.

Mas com certeza esse não é o único fator que importa. Nos últimos anos, a teoria conhecida como
Inteligências Múltiplas ganhou muito espaço. Basicamente essa teoria diz que não devemos olhar um
único tipo de inteligência, que é o que esses testes fazem. Eles se prendem à inteligência que Howard
Gardner, autor da teoria, chama de lógico-matemática. Além dessa existem mais sete inteligências:

Linguística

Espacial

Musical

Naturalista

Cinestésica corporal

Interpessoal

Intrapessoal

Infelizmente o mercado de trabalho ainda é muito focado em mensurar apenas a inteligência lógico-
matemática, embora nos últimos anos tenhamos visto um movimento bastante forte, uma preocupação
com a inteligência interpessoal (habilidade de reconhecer e entender emoções, desejos, motivações e
intenções das outras pessoas) e a intrapessoal (habilidade de reconhecer suas próprias emoções,
desejos, motivações e intenções) – que, diga-se de passagem, são duas dimensões da tão falada
inteligência emocional.

Por fim, vale comentar que a inteligência não é fixa. Como quase tudo que é biológico, uma parte sim, é
genética, mas outra parte é desenvolvida de acordo com o ambiente em que estamos e com o quanto
treinamos para desenvolver essa "habilidade".
Ao longo dessas aulas, tentamos facilitar um pouco esse caminho das pedras e dar algumas dicas para
encurtá-lo e te ajudar a mandar bem nos testes; no entanto, realmente desenvolver essa habilidade
exige esforço.

Dedique-se aos materiais extras que disponibilizamos, desenvolva sua inteligência lógico-matemática,
mas, mais importante: se conheça, descubra seus talentos, invista nos seus pontos fortes e busque
melhorar ainda mais o que te trará satisfação na carreira e na vida.

Parte

Olá pessoal! Hoje iremos aprender mais sobre entrevistas técnicas com o Lucas Ferraz, membro do time
fundador da Trybe e generalista de tecnologia. Esse conteúdo é um material adaptado baseado em um
artigo que ele disponibilizou no LinkedIn.

O conteúdo original está disponível aqui.

Dito isso, vamos começar?

O que é uma Entrevista Técnica?

Antes mesmo de pensar sobre entrevista técnica, que é uma etapa em processos seletivos, é provável
que você tenha tido contato e, consequentemente, interesse com a carreira em tecnologia.

Esse entusiasmo muitas vezes acontece pesquisando e aprendendo alguma linguagem de programação
com conteúdo na Internet, fazendo o ensino médio em conjunto com um curso técnico, dando
manutenção no computador do seu amigo ou ajudando sua tia com o blog dela em WordPress. Eu, por
exemplo, comecei programando scripts para um jogo chamado Tibia. Era muito divertido, inclusive.

Seja qual for o ponto de partida, sendo ele um reflexo do quão nerd você foi na infância ou não, existe a
hipótese de em algum momento você deixar de ser uma pessoa entusiasta ou trabalhar de forma
independente e participar de um processo seletivo.
Muitas empresas incluem no processo seletivo a entrevista técnica. Essa etapa costuma ser decisória
para o êxito em conseguir o trabalho pretendido. Por isso, é crucial que uma pessoa desenvolvedora
esteja preparada para ter sucesso nesse formato de entrevista.

Todos os pontos levantados a seguir são frutos de leituras e conversas com diversas pessoas, lideranças,
pares e lideradas. Também trago percepções como entrevistador, enquanto líder de desenvolvimento
mobile no Stoodi e no AppProva, além de entrevistado em empresas como Trybe, AppProva, Stoodi,
Facebook, Uber, iFood, JusBrasil, ThoughtWorks, EBANX, NuvemShop e Rakuten.

Vamos conhecer alguns dos diferentes tipos de entrevista técnica:

Whiteboard

É um teste feito para que a pessoa demonstre sua forma de pensar e resolver problemas. Geralmente
consiste na criação de um algoritmo de maneira síncrona, remota ou presencial, enquanto você conversa
com a pessoa entrevistadora. A preparação para esse desafio geralmente vem do estudo de algoritmos.

Construção de projeto

Muitas vezes as empresas pedem para que você construa um projeto com base em alguma especificação
e posteriormente o apresente, respondendo, assim, à pergunta sobre como você implementou cada um
dos requisitos propostos. Essa parte pode ser tanto um momento assíncrono, em que você constrói e
depois apresenta, como síncrono, em que você desenvolve enquanto a pessoa assiste e faz perguntas.

Conversa sobre tecnologia

A pessoa que está te entrevistando traz alguns questionamentos relativos a tecnologias específicas e
conhecimentos computacionais com as quais você trabalhará.

Conversa sobre qualidade, processos e dia a dia: você responderá sobre os processos de
desenvolvimento de software que conhece ou vivenciou, assim como sobre o alinhamento de
expectativas de como será o seu dia a dia naquela empresa. A visão de qualidade entra como ponto-
chave para diferenciar uma boa pessoa desenvolvedora de software.

Estes são alguns dos tipos de entrevista técnica, deixando claro que pode haver variações de empresa
para empresa. Sendo assim, seguem dicas sobre como se preparar para cada uma delas.

Dicas de Preparação
Whiteboard

LeetCode

Plataforma que ensina conhecimentos sobre algoritmos e estruturas de dados e prepara para entrevistas
técnicas das mais diversas empresas de tecnologia, com foco no famoso Whiteboard.

Cracking the Coding Interview

Livro que aborda diversos desafios de programação e ensina como chegar à solução, com foco em
explicar qual a construção de raciocínio necessário para tal. Esse livro foi uma sugestão que recebi da
própria entrevistadora durante o processo do Facebook.

Revisão de algoritmos, estruturas de dados e todas as categorias de fundamentos de programação: os


dois primeiros cursos desse programa da Universidade de Stanford são sensacionais para o
aprimoramento desses conceitos. Além disso, para praticar a escrita de algoritmos, você também pode
utilizar plataformas como CodeWars e Exercism.

Construção de Projetos

Antes de começar a construir seu projeto, leia com atenção a especificação que será apresentada. Além
disso, é importante que você tenha uma base acerca de guidelines de engenharia praticados por
empresas de referência. Um bom exemplo é o guia de estilo de código JavaScript do Airbnb.

Procure por repositórios públicos no Github/Gitlab/Bitbucket da empresa pretendida: empresas que


possuem projetos com código aberto deixam indícios das tecnologias que estão adotando, assim como
qual o padrão de qualidade e demais práticas de escrita que adotam.

Leia o blog técnico da companhia, quando houver: é possível encontrar informações sobre produtos
que foram feitos recentemente, tecnologias adotadas e práticas de desenvolvimento. Além de alinhar a
pessoa candidata ao que a empresa tem manifestado publicamente, demonstra para quem te entrevista
que você tem de fato interesse pela vaga.

Faça os dois itens acima levando como premissa a atenção aos requisitos pedidos na especificação do
projeto. Não atrase a entrega do projeto e mostre o quanto você sabe fazer primeiro o que é prioritário.
Aqui você demonstra características como habilidade em gerir o tempo e responsabilidade com prazos.

Conversa sobre tecnologia


Perguntas e respostas sobre questões de tecnologia: busque no Google por conteúdos como top
javascript interview questions ou top computer fundamentals interview questions para que você possa
ter uma ideia dos possíveis questionamentos. Empresas como a Toptal costumam publicar ótimos
conteúdos sobre o assunto;

Prepare-se relendo a documentação da linguagem e tenha humildade quando não tiver clareza sobre
alguma pergunta. É melhor dizer que "não sabe e vai procurar" do que inventar uma resposta;

Seja uma pessoa ávida por conhecimento, escute podcasts, leia blogs, veja vídeos com novidades sobre
tecnologia.

Conversa sobre qualidade, processos e dia a dia

Testes unitários: pessoas desenvolvedoras que entendem a importância de testes unitários e têm
experiência com eles tendem a ser mais valorizadas. Tendem porque depende de a empresa contratante
dar ou não valor a esse aspecto de qualidade de código. Para aprender sobre testes unitários, gosto de
indicar essa leitura como ponto de partida.

Code-review (CR): ter prática em realizar uma boa CR, assim como saber explicar os benefícios que ela
traz para a equipe também te valoriza. Para realizar uma CR de qualidade é necessário aperfeiçoamento
constante. Uma dica é criar um repositório em sites como Github e Gitlab e pedir para que outras
pessoas façam CR do seu código, assim como acessar repositórios públicos e realizar o CR de outros
códigos. Essa é uma boa leitura para começar a entender mais sobre o assunto.

Ferramentas de análise de qualidade de código: elas auxiliam, medem e dão feedbacks sobre a
qualidade do código. Entre outras coisas, elas podem medir o percentual de cobertura de código, forçar
o uso de regras de padrão de escrita e sugerir reduções de complexidade na sua lógica. Conhecer os
benefícios e seu uso é um ponto positivo, já que você demonstrará preocupação em garantir a
qualidade.

Entender o processo de desenvolvimento: perguntas sobre como é o dia a dia da equipe, quais
metodologias são adotadas, processos de qualidade e qualquer prática adicional são importantes para
deixar claro que você tem a preocupação além do código. Esse ponto se conecta com os três pontos
anteriores, já que eles podem ser parte do processo de desenvolvimento da empresa pretendida.

Quem são as pessoas que vão te mentorar? Ter boas pessoas para te mentorar é incrível e faz toda a
diferença na forma como você evolui. Trazendo uma visão pessoal, a parte à qual dou mais importância
em um processo enquanto pessoa entrevistada é o fit entre mim e minha futura liderança/referência. Ter
a curiosidade de conhecer e conversar com sua futura liderança e pessoas mentoras é uma forma de
deixar claro que você tem interesse em crescer profissionalmente.

Com qual tecnologia vou trabalhar? Essa é uma pergunta válida, mas deve ser colocada de forma que
deixe evidente a preocupação em entender com quais as tecnologias que você terá oportunidade de
trabalhar. NUNCA se refira de forma pejorativa a uma tecnologia, seja ela qual for. Isso é uma postura
antiprofissional. Entenda que a tecnologia serve para resolver problemas e que, em algum momento,
alguém precisou realizar aquela escolha. Você pode até não concordar, não se interessar e achar ruim,
mas tenha respeito por quem gastou meses ou anos de sua vida trabalhando naquilo.

Conclusão

Ao se preparar para uma entrevista técnica, você não só está construindo um caminho para a empresa
em que pretende entrar, mas também está desenvolvendo uma habilidade que será útil ao longo da sua
carreira. Apesar de tudo, é comum não passar em processos seletivos, mesmo com preparação para a
entrevista técnica. Existem outros pontos, como fit cultural, habilidades socioemocionais e nível de
experiência requerido que contam muito – às vezes até mais do que o seu desempenho técnico.

Fazendo um paralelo com a carreira de liderança em tecnologia, é comum que você precise estruturar e
atuar como pessoa responsável pela etapa de entrevista técnica. Conhecer esse momento facilita
quando, no futuro, você for a pessoa do outro lado da mesa.

Parte

Por que entrevistas importam?

Chegamos a uma das aulas mais importantes do nosso curso de carreira e processos seletivos. Vamos
falar sobre Entrevistas e suas principais perguntas!

Mas, antes, vamos falar por que se preparar para uma entrevista é tão importante:

Entrevistas estão presentes em 100% dos processos seletivos


Uma coisa podemos garantir: você pode conseguir um trabalho sem precisar se inscrever em
plataformas, sem fazer nenhum teste online, sem participar de dinâmicas de grupo, sem usar o linkedin,
até sem escrever um currículo.

Mas é certo: para conseguir um trabalho, você vai obrigatoriamente passar por uma entrevista!

Não existe alguém que vai te contratar sem querer bater um papo antes. A pessoa pode até chamar de
conversa ou bate-papo, mas no fundo é uma entrevista.

A Entrevista é sua final de campeonato

Além disso, a entrevista geralmente é a etapa final de qualquer processo seletivo. É como uma final de
campeonato: você pode ter mandado bem em todos os jogos, mas se na final você bobear, perde o
título. A mesma coisa acontece com as entrevistas. Não vai adiantar nada todo o seu esforço até aqui se
você não estiver preparado para mandar muito bem nesse momento decisivo que são as entrevistas.

Você tem certeza de que a pessoa está ali para te escutar

Outro ponto que vale destacar é que a entrevista é o momento que você tem certeza que a outra pessoa
está ali para te ouvir e te conhecer enquanto outro ser humano. Como falamos anteriormente, nas
etapas de inscrição em plataformas, pode ser que você invista um baita esforço para ninguém ler seu
currículo e ver sua inscrição.

A entrevista é a hora de você mostrar a que veio. Se você conseguiu uma entrevista, essa é a hora do
show.

Beleza, já sabemos que é importante. E agora?

O que é a entrevista?

Em resumo, a entrevista é a forma de as pessoas recrutadoras e gestoras das empresas conhecerem


melhor as pessoas que se candidataram, fazerem mais perguntas sobre as informações do seu currículo,
ver como você trabalha em grupo, entender um pouco como você pensa para resolver problemas e
saber mais sobre os seus sonhos e perspectivas.
Pode parecer muito, mas tudo desse parágrafo será coberto em alguma parte das nossas aulas. Por
enquanto, tenha o seguinte em mente:

O foco de uma entrevista é aprender sobre as habilidades e as capacidades da pessoa, avaliar o interesse
dela na empresa e determinar se a pessoa será ou não um bom integrante para o time.

O que isso quer dizer, na prática?

O que é avaliado em uma entrevista

O que está sendo avaliado na entrevista nunca muda. A pessoa entrevistadora sempre está buscando
avaliar se você vai performar bem na vaga para qual está se candidatando e se será uma boa pessoa para
o time.

Podemos quebrar isso em alguns itens ou perguntas-chave para as quais a pessoa entrevistadora está
buscando respostas.

Se você tiver clareza das cinco questões a seguir e conseguir transmitir isso, o trabalho já é seu.

Por mais que exista uma dúzia de perguntas comumente feitas nas entrevistas (e mais algumas bem
criativas e mirabolantes), no fundo a pessoa entrevistadora só quer saber a resposta dessas cinco
questões básicas.

Talvez ela não te pergunte diretamente, talvez ela não saiba nem explicitar com clareza que quer saber
essas cinco coisas, mas no fundo é só isso o que importa!

Nas próximas aulas vamos passar por todas as perguntas mais comuns que podem ser feitas para você;
no entanto, a base de tudo são estas cinco!

Quais são elas?

Vontade – Por que você está aqui?


Toda pessoa entrevistadora quer avaliar o seu interesse na empresa/vaga. Em outras palavras: se você
realmente quer estar naquela empresa específica ou ocupar aquela vaga.

Isso seria um sinal de que você tem um propósito alinhado com a organização e que provavelmente você
não irá acabar saindo depois de um curto período de tempo, caso receba uma oferta melhor, nem vai
acabar se sentindo desmotivado, com o tempo.

De forma mais direta, podemos dizer que a pessoa recrutadora quer saber: por que você está
escolhendo vir bater na minha porta ao invés de em qualquer outra?

A chave aqui é autoconhecimento e capacidade de decidir sua carreira! Já tivemos algumas aulas para
refletir sobre isso, mas como autoconhecimento é um processo e não algo de uma vez só, vamos para
uma atividade:

Atividade - 5 minutos

Faça uma lista com as 2 ou 3 principais empresas nas quais se imagina trabalhando (se já estiver no
processo seletivo delas, ótimo!). Para cada uma dessas empresas, se pergunte: por que eu preferiria
trabalhar nesse lugar em detrimento de QUALQUER outro?

Para você ter desenvolvido uma preferência por essas empresas, algum motivo existe. Qual é? É isso a
que você precisa ser capaz de responder para a pessoa que está te entrevistando!

Se não for capaz de responder, você pode estar sofrendo de algum viés mental de decisão e não
conseguirá deixar esse ponto evidente na entrevista, consequentemente não irá encantar as pessoas
entrevistadoras.

Se for esse o seu caso, mais tarde volte para as aulas de Criação e Execução de Filtros, nas quais
aprofundamos nesse processo de tomada de decisão.

Habilidades – Como você pode nos ajudar?

Toda vaga aberta em uma empresa só existe por um motivo: a empresa tem um problema que precisa
ser resolvido e as pessoas que já estão lá não dão conta dele sozinho. Pode ser desde a empresa de call
center que precisa dar conta de aumentar o número de chamadas até o desenvolvimento de algum
software megacomplexo.

O que a pessoa recrutadora está avaliando aqui é se você é quem vai ajudá-la a resolver esse problema.

Ela faz isso buscando conhecer suas conquistas para identificar quais habilidades e conhecimentos você
desenvolveu ao longo do tempo.

Lembre-se de que, quando a empresa te contrata, ela está pagando um salário, ou seja, no final do dia é
como se a empresa estivesse investindo em você e precisa de um retorno sobre esse investimento, que
vem na forma de resultados.

Vale reforçar um ponto que falamos lá trás: você demonstra capacidade e que pode ajudar a empresa
não falando características como, por exemplo, que você trabalha bem em equipe, é um bom líder, se
comunica bem, sabe programar etc.

Habilidade é o que você consegue fazer com seus pontos fortes e conhecimentos! É sobre resultados
que você consegue entregar!

O melhor jeito que a pessoa recrutadora tem de responder a essa pergunta é ver o que você fez no
passado, quais foram suas conquistas. Você tem que ter as histórias de suas principais conquistas na
ponta da língua e dar um jeito de falar sobre elas ao longo da entrevista.

Atividade – 5 minutos

Parte 1: Retome a sua lista de pontos fortes e diferenciais que fizemos nas aulas de
autoconhecimento. Lembre-se de que, mais do que pontos fortes, eles são histórias! São conquistas! Dê
uma lida, veja se precisa acrescentar algo e deixe isso com fácil acesso, pois vamos usar ao longo das
aulas de entrevista.

Parte 2: Agora, pegue a lista de duas ou três empresas e responda, para cada uma: Qual o momento
atual da empresa? Que dores essa empresa deve estar passando neste momento? -> Tivemos uma aula
inteira sobre como pesquisar as empresas. Você já deve ter feito a lição de casa, agora é a hora em que
tudo começa a se juntar! Caso não tenha pesquisado alguma das empresas, retome os conceitos vistos
na aula de Filtros para mais tarde fazer uma pesquisa. Logo em seguida, pense em como suas
habilidades e conhecimentos podem ser úteis para a empresa. Tome notas dos seus pensamentos.

Cultura – Que tipo de pessoa é você?

De nada adianta você ser capaz de resolver todos os problemas da empresa e ninguém lá dentro gostar
de você =P

Passamos pelo menos 8 horas do nosso dia no trabalho. A pessoa gestora que estiver te contratando terá
que passar um bom tempo contigo, por isso o famoso "fit cultural" é tão importante.

Aqui a pessoa quer saber duas coisas: você se encaixa na nossa cultura? Eu gostaria de compartilhar ⅓
do meu dia com você?

Geralmente, se a resposta da primeira pergunta é positiva, a da segunda também é (geralmente, não


sempre).

Atividade – 5 minutos

Parte 1: Retome a lista de duas ou três empresas em que deseja trabalhar. Escreva ao lado delas os
principais pontos da cultura de cada uma. Se não sabe escrever esses pontos, volte para a aula de
pesquisar empresas.

Parte 2: Logo depois, pense no modo como você pode demonstrar, por meio de histórias, que você
combina com a empresa.

Exemplo: se um valor forte da empresa é transparência, pense em que momento da sua vida você viveu
isso. Em que momento você foi transparente, mesmo a um custo alto para você? Essa provavelmente é
uma história que vale a pena ser contada.

Lembre-se: não é sobre dizer que você tem os valores da empresa. É sobre demonstrar isso através de
histórias!

Diferencial – O que te diferencia das outras 99 pessoas com quem estamos conversando?
Se a vaga para a qual você está se candidatando não tem muita concorrência, pode ignorar essa
pergunta. Sendo capaz de deixar evidentes as respostas das outras três já está de bom tamanho.

Já se você está em um processo concorrido, vai ter que saber como responder a essa pergunta também!
Ou seja, você precisa ser capaz de deixar explícito para a pessoa recrutadora por que ela deve contratar
você e não qualquer outro candidato.

Se você não sabe responder, o entrevistador também não vai saber.

Atividade – 3 minutos

Reflita: quando você olha para o lado e vê pessoas em um momento de vida parecido com o seu, o que
te diferencia delas? Pode ser uma habilidade técnica de programação, pode ser uma habilidade com
relacionamentos, pode ser o conhecimento de outros idiomas, pode ser experiências que você viveu,
mas alguma coisa precisa ser.

É uma questão complexa para poucos minutos de reflexão. Ainda vamos voltar a essa questão de
diferencial competitivo com calma nas próximas aulas. O objetivo aqui é iniciar uma reflexão.

Preço – O quanto você custa?

A pessoa entrevistadora pode te amar após você ter se demonstrado como uma pessoa que se
encaixaria na posição .

Mas no segundo após essa decisão, a pessoa recrutadora automaticamente vai pensar: ok, quero essa
pessoa candidata! Mas será que conseguimos pagar o quanto ela quer?

Quanto melhores forem suas respostas para as outras quatro perguntas, mais tranquila a pessoa se
sente em flexibilizar o quanto estava pensando em pagar. Por isso a lição de casa é ter clareza de como
responder aos outros quatro questionamentos.

O que vale fazer em relação a esse ponto é ter noção de quanto aquela empresa paga para pessoas na
posição à qual você está se candidatando para ver se você está dentro do range/faixa salarial que eles
costumam oferecer.

Para ver isso, você pode checar no glassdoor, aquele site que já comentamos lá trás, no qual as pessoas
postam salários e comentários sobre as empresas.

Atividade – 5 minutos

Abra o glassdoor;

Clique em "Salários";

Procure as empresas que você colocou na sua lista de desejadas;

Dê uma olhada nos salários que elas costumam pagar. Se já sabe a posição específica para a qual vai se
candidatar, veja se tem o salário nessa posição.

Algumas observações rápidas:

Se tiver poucas respostas (três ou menos), talvez não seja tão confiável esse número;

As pessoas não costumam postar o nível exato em que estão, por exemplo, algumas empresa dividem
os analistas ou programadores em: Júnior 1, 2 e 3, Pleno 1, 2 e 3 etc. Então entenda que pode haver uma
variação grande.

Esse exercício é mais para construir uma noção de salários, não se prenda a isso agora. Lembre-se:
primeiro queremos conseguir Offers, o salário vem depois.

Comentários finais

Nesta aula falamos sobre o que a pessoa entrevistadora quer saber sobre você.

Não necessariamente ela irá fazer essas perguntas de forma direta, pode ser inclusive que ela não tenha
tanta clareza de todas elas, mas com certeza ela estará olhando para elas, mesmo que não saiba
formular o que quer ver ou chame de outro nome.

O seu objetivo em uma entrevista é ser capaz de responder a essas cinco questões (na verdade, as
quatro primeiras, principalmente), elas sendo ou não feitas diretamente.

Por mais que a pessoa recrutadora não as formule, todas as suas respostas e comentários durante a
entrevista têm como único objetivo deixar evidentes as respostas para essas questões.

O objetivo da aula de hoje foi te dar mais compreensão sobre elas.

Qualquer coisa que você pode fazer ou falar que ajude à pessoa recrutadora a responder a elas, você
deve fazer/falar.

Qualquer coisa que não ajude a direcionar alguma dessas questões, pense duas vezes se é algo que vale
a pena ser dito.

Como dissemos, essas são as questões para se manter em mente, mas não são nossas perguntas
tradicionais de entrevistas.

Parte

Até aqui você já investiu bastante no seu autoconhecimento, mas queremos usar um último
levantamento, ou assessement, (aqueles testes de comportamento como o DISC e o MBTI), mas,
diferentemente dos outros dois, este foi desenvolvido com o objetivo de ajudar em decisões de carreira.

Considerações sobre assessments

Antes explicarmos esse assessment, valem algumas considerações sobre testes de personalidade no
geral:

Todo assessment é uma ferramenta construída para te ajudar no seu autoconhecimento. Não
acreditamos e inclusive desestimulamos que você encare o resultado de qualquer assessment como algo
que define quem você é.
Todo assessment é criado a partir de generalizações de personas. Ou seja, pesquisadores começam a
identificar traços comuns de personalidade e criam grandes grupos comportamentais em cima desses
traços identificados.

No entanto, cada ser humano é único e possui características que o diferenciam de qualquer outra
pessoa na face da terra (até gêmeos univitelinos são diferentes em personalidade).

Assim, encare este e qualquer outro assessment como mais uma ferramenta de autoconhecimento e
mais uma ferramenta que você tem em mãos para te ajudar a refletir, sem tomá-la como verdade
absoluta.

Quando se trabalha com bons assessments, uma coisa que se percebe é que os resultados são
condizentes e trazem boas reflexões para a grande maioria das pessoas, mas para algumas, por algum
motivo pode ser que não faça tanto sentido e tá tudo bem.

Por fim, lembre-se: o assessment é uma ferramenta, e toda a ferramenta deve se adaptar a você, não
você a ela; ou seja, use a ferramenta se lhe for útil.

Veja o resultado, pense como ele reflete em você, tire seus insights e aprendizados e, se algo não fizer
sentido, está tudo bem.

Âncoras de Carreira

O assessment que você vai fazer a seguir se chama Âncoras de Carreira e foi inventado por Edgar Schein,
ex-professor do MIT, com o objetivo de ajudar a responder à pergunta:

O que te faria acordar com disposição para ir ao trabalho? O que te motiva?

Por que âncora? A âncora é aquela parte do navio que faz com ele fique parado num lugar. Você sabe o
que te faz escolher permanecer em um dado lugar? O que te dá firmeza, força e tranquilidade?

Esse questionário irá ajudá-lo a pensar sobre seus motivadores, seus valores e seus talentos.
Para realizá-lo, você tem duas opções:

Você pode criar uma conta no site do Bettha. Ao criar sua conta, haverá três assessments que você vai
poder fazer. Escolha o de âncoras de Carreira. Você deve achá-lo na barra rosa onde está escrito
"Comece por aqui".

Outra opção é fazer o download deste PDF.

Recomendamos que use o Bettha, pois fica mais simples entender; no PDF você terá que fazer contas
que podem te confundir e te fazer não chegar ao resultado certo, além de levar mais tempo.

Se optar pelo PDF, veja os textos referentes às suas duas âncoras com notas mais altas (o Bettha vai gerar
automaticamente).

Não avance antes de finalizar o assessment.

Entendendo meu resultado

O assessment é construído em torno de oito âncoras:

Aptidão técnico-funcional

Aptidão administrativa geral/Gerir pessoas

Autonomia/Independência

Segurança/Estabilidade

Criatividade empreendedora

Vontade de servir/Dedicação a uma causa

Puro desafio

Estilo de vida

Para entender melhor cada uma dessas âncoras, você pode assistir a este vídeo:
Todas as pessoas, até certo ponto, preocupam-se com cada uma dessas questões. O rótulo “inclinação
profissional” indica uma aérea de tamanha importância que a pessoa não abre mão dela e acaba
definindo sua autoimagem em função dessa área, a qual vai predominar em cada etapa da carreira e
estará presente em suas escolhas de ir para um novo trabalho ou permanecer no que está.

Reforçamos que não existe perfil melhor ou pior. O importante é ter ciência de quais as suas principais
âncoras motivadoras para poder decidir quando aceitar, negar ou permanecer em um trabalho.

Edgar Schein dizia que as âncoras de alguém mostram o que ela quer e não quer, ou seja, o que é
fundamental para você escolher entrar e permanecer em um trabalho. Assim como o que pode te fazer
sair de lá.

Com seus resultados em mãos, é hora de refletir.

O que minhas duas âncoras principais dizem sobre mim?

Em que momentos da minha vida até aqui essas âncoras apareceram como motivadores de decisões
passadas?

Em que momentos da minha vida (trabalho, escola, atividades voluntárias etc.) eu me senti frustrado?
As minhas âncoras estavam ausentes?

Quando me senti bem comigo mesmo e motivado? Essas âncoras estavam presentes?

Como posso levar em consideração os aprendizados dessa aula para minha carreira? E para minha
vida?

Tire uns 5 minutos para pensar nessas questões.

Caso ainda queira aprofundar e entender mais sobre o ncoras de Carreira, deixamos como material
complementar o vídeo abaixo, do Bettha:

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