A redação discute o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, citando o filme "Joker" como exemplo. A autora argumenta que historicamente os doentes mentais eram vistos como demônios e hoje sofrem preconceito. A falta de informação no Brasil sobre esses transtornos aumenta o estigma, prejudicando quem sofre com eles. A autora propõe rodas de conversa nas escolas para desconstruir visões preconceituosas.
A redação discute o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, citando o filme "Joker" como exemplo. A autora argumenta que historicamente os doentes mentais eram vistos como demônios e hoje sofrem preconceito. A falta de informação no Brasil sobre esses transtornos aumenta o estigma, prejudicando quem sofre com eles. A autora propõe rodas de conversa nas escolas para desconstruir visões preconceituosas.
A redação discute o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, citando o filme "Joker" como exemplo. A autora argumenta que historicamente os doentes mentais eram vistos como demônios e hoje sofrem preconceito. A falta de informação no Brasil sobre esses transtornos aumenta o estigma, prejudicando quem sofre com eles. A autora propõe rodas de conversa nas escolas para desconstruir visões preconceituosas.
No filme estadunidense “Joker”, estrelado por Joaquin Phoenix, é retratado a
vida de Arthur Fleck, um homem que, em virtude de sua doença mental, é esquecido e discriminado pela sociedade, acarretando, inclusive, piora no seu quadro clínico. Assim, como na obra cinematográfica abordada, observa-se que, na conjuntura brasileira contemporânea, devido a conceitos preconceituosos perpetuados ao longo da história humana, há um estigma relacionado aos transtornos mentais, uma vez que os indivíduos que sofrem dessas condições são marginalizados. Ademais, é preciso salientar, ainda, que a sociedade atual carece de informações a respeito de tal assunto, o que gera um estranhamento em torno da questão.
● Gosto muito de redações que citam filmes ou livros, pois além de
serem fáceis de encaixar na maioria dos repertórios, é visto que são boas armas para a criação de boas estratégias de desenvolvimento. Com isso, é possível discutir todos os elementos presentes no tema da redação. ● A parte digitada em roxo introduz uma problemática desse esquema, que mais tarde será desenvolvida: o tema. ● Na parte vermelha, está uma causa do estigma, e isto posto, a aluna irá desenvolver a outra parte de sua tese. ● Apenas um pequeno erro me chamou a atenção: “(...) é retratadA a vida de Arthur Fleck, (...)”. ● Com isso, foram cumpridas as funções que são essenciais: a contextualização do tema e a breve apresentação da tese da autora.
Em primeiro lugar, faz-se necessário mencionar o período da Idade Média, na
Europa, em que os doentes mentais eram vistos como seres demoníacos, já que, naquela época, não havia estudos acerca dessa temática e, consequentemente, ideias absurdas eram disseminadas como verdades. É perceptível, então, que existe uma raiz histórica para o estigma atual vivenciado por pessoas que têm transtornos mentais, ocasionando um intenso preconceito e exclusão. Outrossim, não se pode esquecer de que, graças aos fatos supracitados, tais indivíduos recebem rótulos mentirosos, como, por exemplo, o estereótipo de que todos que possuem problemas psicológicos são incapazes de manter relacionamentos saudáveis, ou seja, não conseguem interagir com outros seres humanos de forma plena. Fica claro, pois, que as doenças mentais são tratadas de forma equivocada, ferindo a dignidade de toda a população.
● Primeiro parágrafo do desenvolvimento, onde apresentou uma
das ideias introduzidas e os seus fundamentos: o estigma. ● Uso dos conectivos evidente, o que é necessário para atingir uma das competências. ● Destacou uma referência histórica, trazendo um dos possíveis motivos do porquê de existir esse estigma com o que se diz respeito à saúde mental - ótima estratégia para contextualizar o tema.
Em segundo lugar, ressalta-se que há, no Brasil, uma evidente falta de
informações sobre transtornos mentais, fomentando grande preconceito e estranhamento com essas doenças. Nesse sentido, é lícito referenciar o filósofo grego Platão, que, em sua obra à República, narrou o intitulado “Mito da Caverna”, no qual homens, acorrentados em uma caverna, viam somente sombras na parede, acreditando, portanto, que aquilo era a realidade das coisas. Dessa forma, é notório que, em situação análoga à metáfora abordada, os brasileiros, sem acesso aos conhecimentos acerca dos transtornos mentais, vivem na escuridão, isto é, ignorância, disseminando atitudes preconceituosas. Logo, é evidente a grande importância das informações, haja vista que a falta delas aumenta o estigma relacionado às doenças mentais, prejudicando a qualidade de vida das pessoas que sofrem com tais transtornos.
● Na segunda parte do desenvolvimento, ela traz a outra ideia da
introdução: a carência das informações sobre as doenças mentais. Com isso, ela formou muito bem os seus argumentos, não deixando nada “solto”. ● Aqui falou especificamente de como o tema é visto no Brasil, e para referência, dessa vez filosófica, utilizou o “Mito da Caverna”, de Platão. ● Ela reforçou sua tese, onde a falta de informação é a problemática central. ● Novamente destaque para os conectivos.
Destarte, medidas são necessárias para resolver os problemas discutidos. Isto
posto, cabe à escola, forte ferramenta de formação de opinião, realizar rodas de conversa com os alunos sobre a problemática do preconceito com os transtornos mentais, além de trazer informações científicas sobre tal questão. Essa ação pode se concretizar por meio da atuação de psiquiatras e professores de sociologia, estes irão desconstruir a visão discriminatória dos estudantes, enquanto que aqueles irão mostrar dados/informações relevantes sobre as doenças psiquiátricas. Espera-se, com essa medida, que o estigma associado às doenças mentais seja paulatinamente erradicado.
● Trouxe a tese, e com ela, a solução para diminuir a carência de
informação na sociedade brasileira. ● A proposta de intervenção mostra os 5 elementos da conclusão: ação, modo/meio, agente, detalhamento e efeito.
Sobre o texto em geral: me chamou a atenção sobre a quantidade de referências, e
dessa forma, é perceptível que a autora sabia do que estava falando e possuía um bom conhecimento sociocultural. Com isso, deixou a redação rica em fundamentos e destacou-os. A competência 01 foi alcançada, visto que pequenos erros, como o da introdução, normalmente são ignorados. A competência 02 foi alcançada, pois a abordagem do tema foi feita da forma esperada, onde colocou seus diversos conhecimentos e conseguiu os inferir no texto dissertativo-argumentativo. A competência 03 foi alcançada, visto que os argumentos se encaixam na relação de causa - consequência. A competência 04 foi alcançada pelo ótimo uso da coesão para a construção de um bom texto. A competência 05 foi alcançada, pois apresentou uma proposta de intervenção que é possível, respeitando os direitos humanos, e mostrando os 5 elementos necessários para a conclusão. Não há dúvidas sobre o mérito da nota (1000), pois é um texto super bem trabalhado e com uma forma clara de apresentar as ideias.