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Instrumentos Musicais

Festas e Tradições •Duo Davul Zurna: o tambor e a flauta nasal, geralmente associadas para
A Turquia continua profundamente ligada às suas tradições. Todos os acompanhar as danças.
acontecimentos da vida familiar, religiosa e laica, são pretexto para danças • Kemençe: espécie de violino, instrumento típico do Mar Negro.
e festejos. • Clarinete, Castanholas e Colheres de madeiras: estes são os
  instrumentos mais freqüentes associados à música folclórica.
Festas Religiosas • Baglama: instrumentos de cordas utilizadas para música tradicional.
Ramadão • Darbuka e tef: instrumento de percussão.
Para os muçulmanos, o Ramadão consiste em respeitar uma vez por ano • Saz: instrumento de cordas com um longo braço tipicamente turco...
a abstenção durante um mês de comida, bebida, tabaco e de relações  
sexuais, entre o nascer e o pôr do Sol. Determinada em função do Danças Folclóricas
calendário religioso, a data do Ramadão muda todos os anos, assim como Cada região da Turquia possui as suas próprias danças. As mais
as celebrações que encerram essas abstenções. O Ramadão é respeitado conhecidas classificam-se assim:
de diversas formas, mais rigorosamente no campo que na cidade. • Horon: danças da zona do Mar Negro, executada só pelos homens,
  usando uma roupa preta cujo colete é ornamentado com pequenos
Seker Bayrami pendentes de pratas. Os dançarinos executam movimentos muito rápidos
A festa do açúcar: estes três dias de festa simbolizam o fim do período de ao som do “kemençe”, uma instrumento típico da região.
jejum do Ramadão. Os grandes centros de comércio, tal como o grande • Kaşık oyunu: a danças das Colheres é uma dança da região de Konya e
bazar em Istambul, e as repetições públicas, encontram-se fechadas. Tal de Silifke executada por homens e mulheres em conjunto, vestidos com
como no Natal na Europa, as famílias vestem-se bem, visitam-se e se trajes muito coloridos e ritmando, se dança com duas colheres de madeira
presenteam com "lokum" -delicias turcas que são doces- . em cada mão, utilizada como castanholas.
  • Kiliç-kalkan: a dança do “Sabre e do Escudo” é uma simulação de
O café e o chá são bebidas da hospitalidade combate que ilustra a conquista da cidade. Dançada só por homens,
Eles fazem parte dos ritos fundamentais da cortesia, a qualquer hora e em vestindo trajes dos primeiros soldados otomanos, ritmada pelo som do
qualquer ocasião. O café turco é servido açucarado (“az”), meio açucarado ferro contra ferro.
(“orta”), açucarado (“seker”) ou sem açúcar (“Sade”) e acompanhado de • Zeybek: dança de ritmo lento da região do Egeu, executada pelos
um copo de água.  homens. Cada homem representa um “efe”, personagem que representa a
Grandes consumidores de café na época em que o Iêmen era uma coragem e a bravura.
possessão otomana, os turcos converteram-se ao chá, que consomem A dança do ventre é de origem árabe, não é considerada uma dança
abundantemente. Bebem-no em pequenos copos. O chá que lhes será folclórica turca.
oferecido nos locais turísticos muitas vezes terá o aroma de maçã.  
  Tapetes
Kurban Bayrami Há muitos séculos que no Oriente se utilizam tapetes que são muito
A festa do sacrifício ou festa do carneiro: 10 semanas depois do Ramadão, desejados.
esta é a festa celebrada em honra de Abraão. A história do tapete de “nós”, na Turquia islâmica, iniciou-se com a
Dura 4 dias durantes os quais se prestam homenagem às famílias e aos chegada dos seljúcidas. Alguns exemplares datam do século XIII.
mortos. Cada família deve sacrificar um carneiro no primeiro dia da Apresentam como motivos de ornamento, estrelas, losangos, formas
celebração. As peças de carne são em seguida cozinhadas e, distribuídas geométricas, pássaros, dragões. A cultura islâmica teve uma influência
para os mais pobres. profunda sobre a história dos tapetes. Os otomanos, conformando-se
  estritamente com as práticas sunitas, interditaram todas e quaisquer
Festas Familiares representações de seres vivos, mesmo imaginários. A decoração encontra-
Circuncisão se limitada às formas geométricas, flores, árvores estilizadas, nichos de
Não existe uma idade precisa para celebrar a circuncisão de um menino. pedra.
Este, no entanto, deve ter mais de três anos. Depois de ir à mesquita e A partir do século XVI, o leque dos motivos utilizados alargou-se e passou
recitar as orações, o menino é levado para casa onde é circuncisado por a incluir a espiral, nuvens, rosetas, palmitos. O principal centro de
um médico. Em seguida, permanece entre os convivas que dançam e fabricação situa-se em Usak. Arabescos formando uma seqüência de
cantam em honra do pequeno rapaz que se tornou um homem. losangos, ziguezagues, entrelaçados, são muito característicos destes
  tapetes raros.
Casamento  
É necessário distinguir entre a prática na cidade e os costumes do campo. Tapetes de Pérgamo
Nos dois casos, a família reúne-se para festejar a nova união. A noiva não Estes são de um estilo diferente: o seu veludo é espesso e brilhante, as
leva um traje particular, mas nas grandes cidades é freqüente ir vestida de suas cores vivas (vermelho, azul).
um bonito e comprido vestido branco e um véu. No campo, os casamentos  
arranjados são moeda e corrente de ouro: as crianças são por vezes Tapetes de Milas
comprometidas desde muito cedo. A futura esposa prepara um enxoval São muito reputados historicamente, sobretudo os tapetes para a oração,
completo, e assim não nada faltará no seu lar. A tradição diz que a família pelas suas cores particularmente claras, com motivos simples e grandes.
do noivo paga a festa do casamento e dá ouro ao pai da noiva. No dia do  
casamento e a fim de proteger o casal da pobreza, prendem-se peças de Tapetes de Ghordion
ouro e jóias ao vestido da noiva. Esta cidade é conhecida por ter dado o seu nome ao nó turco. Daqui,
  saem os mais belos tapetes de oração.
Festas Tradicionais  
Respeitadas mais particularmente no campo, estas festas têm uma origem Tapetes de Kula
anterior ao Islão. Estão ligadas ao ciclo das estações. Muito próximos dos Ghiordes, servem para cobrir os túmulos dos sultões e
No verão, as colheitas e as vindimas são pretexto para toda a espécie de das famílias aristocratas.
festejo.  
  Tapetes de Ladik
Hidirellez No Norte de Konya, estes marcam a passagem do motivo puramente
Nos dias 5 e 6 de Maio , festeja-se a chegada de primavera. Pelos geométrico para o floral estilizado (tulipas).
campos, as mulheres e as meninas levam coroa de flores entrançadas.  
  Tapetes de Sivas
Nevruz Estes fazem lembrar os tapetes persas clássicos, mas as suas cores são
No primeiro dia da Primavera, os Alevis festejam o nascimento de Ali. As mais claras.
mulheres preparam uma receita tradicional, o “asure” (trigo esmagado e  
fervido num xarope de açúcar com pinhões e passas de corinto). Tapetes de Kayseri
  Do mesmo gênero, de vermelhos e azuis luminosos sobre fundo claro.
Música Muitos são de seda.
A música é muito importante na vida quotidiana dos turcos. Nas pequenas  
aldeias da Anatólia a população gosta de se reunir à noite, após o jantar, Tapetes de Isparta
para tocar “saz” (uma espécie de bandolim), cantar e dançar. São em veludo espesso que esconde a pouca densidade dos nós
   
A Música Clássica Tapetes de Hereke
“ Sanat muzigi”: herdada da época otomana, esta música é particularmente Em lã ou em seda. No século XIX, estes saíam dos ateliers diretamente
ouvida pelos nobres. Era tocada para califas, e juízes. Associada à música para o sultão. Um grande número foi oferecido em homenagem imperial às
sagrada, pode também ser ouvida nos meios aristocráticos. Era tocada cabeças coroadas de toda a Europa.
dos califas, e dos juízes. Associada à música sagrada, pode também ser  
ouvida na cerimônia de comemoração do nascimento de Mevlana, que Tapetes Nómadas
decorre no mês de Dezembro, no festival dos Derviches Dançantes. São testemunhos do artesanato nômada.
  Têm desenhos simples e geométricos. As tintas são de origem vegetal, daí
A Música Folclórica resultando cores em todas as nuances.
A música popular turca que tem as suas origens nas estepes da Ásia  
central, distingue-se nitidamente da música clássica turca que se originou Tapetes de Kars
nos palácios otomanos. Até bem pouco tempo, a música popular era Enlaçados pelas tribos caucasianas do nordeste da Anatólia, encontra-se
transmitida oralmente pelos “asik” (bardo), que cantava de aldeia em entre os mais raros. Possuem motivos geométricos e cores pastel.
aldeia, fazendo-se acompanhar pelo “saz”.  
  Kilims
A Música Militar Os seus desenhos geométricos e, sobretudo as suas cores atrativas
Originária da Ásia central, é conhecida hoje em dia pelo nome de “Mehter” conferem-lhe uma grande originalidade. Os kilims são muito usados nas
(fanfarra). Na Europa é conhecida pelo nome de Música dos Janízaros, casas turcas para cobrir o chão, os sofás e mesmo as paredes.
que deve seu nome a elite militar que assegurava a proteção do sultão a Desde há muito tempo que a tecelagem dos tapetes é uma arte executada
partir do século XIV. Ainda hoje em dia, pode ser ouvida no Festival dos pelas mulheres. Esta tradição mantém-se nos dias de hoje na Turquia: em
Janízaros, em Istambul, no mês de Maio, ou ainda no Museu Militar de mais de 40 000 aldeias, as moças aprendem a dar os nós nos tapetes.
Istambul, durante o resto do ano.

Tradições turcas
Algumas tradições e costumes turcos tiveram raízes principalmente religiosas, mas também históricas. Essas tradições
podem ser coisas bem simples, como também podem envolver rituais sérios. Podemos citar, por exemplo, uma tradição
deliciosa e muito comum no país: o chá.Outra tradição importante é a circuncisão dos meninos. Todas as crianças do
sexo masculino, após os três anos de idade são levados às mesquitas, onde recitam orações. Após isso, o menino é
levado para um hospital onde é circuncidado por um médico. Em seguida, permanece vestido como um príncipe entre os
convivas que dançam e cantam em honra do pequeno rapaz que se tornou um homem.
O chá faz parte da vida dos turcos. É possível encontrar pessoas degustando um bom chá a qualquer hora do dia e em qualquer

ocasião. Faz parte da hospitalidade, oferecer chá aos visitantes. Em lugares turísticos, o chá é servido em pequenos copos e geralmente

tem o aroma de maçã.

O casamento turco é uma ocasião repleta de tradições comuns no país. Entretanto, existem diferenças entre o casamento realizado nas

cidades, e o casamento realizado nos campos. Nos dois casos, a família reúne-se para festejar a nova união. Nas grandes cidades os

casais escolhem com quem vão casar e é frequente a noiva se vestir do tradicional vestido branco e um véu. 

No campo, os casamentos ainda são arranjados à moeda e corrente de ouro: as crianças são por vezes comprometidas desde muito

cedo. A futura esposa prepara um enxoval completo, e assim nada faltará no seu lar. A tradição diz que a família do noivo paga a festa

do casamento e dá ouro ao pai da noiva. No dia do casamento e a fim de proteger o casal da pobreza, prendem-se peças de ouro e joias

ao vestido da noiva.

A música é muito importante para os turcos e está presente em quase todas as festividades. Um típico instrumento
musical na Turquia é o saz, (uma espécie de bandolim de longo braço), que produz um som muito peculiar nas músicas
orientais. Há também na Turquia, uma espécie de música clássica chamada de Sanat muzigi, que surgiu na época do
império otomano e é executada em rituais sagrados como, por exemplo, os rituais dos Dervixes dançantes. Acontece na
região do Egeu entre Dezembro e Março a luta entre camelos. Um dia antes chegam os condutores de camelos. Estes e
os seus respectivos condutores vão cheios de ornamentos e vestimentas tradicionais. De tarde celebra-se uma festa de
confraternização com comida, bebidas e música. Na manhã seguinte as pessoas reúnem-se na zona de luta com os seus
alimentos para assistirem ao evento. O animal perde se cair, gritar ou recuar. Raramente ocorrem ferimentos graves no
animal
Ainda na falando de música, existem algumas danças na Turquia, típicas do folclore daquele país. Podemos citar algumas delas:

• Horon: Uma dança da zona do Mar Negro, executada somente pelos homens, usando uma roupa preta cujo colete é ornamentado

com pequenos pendentes de pratas. Os dançarinos executam movimentos muito rápidos ao som do “kemençe”, um instrumento típico

da região.

• Kaşık oyunu: a danças das Colheres é uma dança da região de Konya e de Silifke executada por homens e mulheres em conjunto,

vestidos com trajes muito coloridos e ritmando, se dança com duas colheres de madeira em cada mão, utilizada como castanholas.

• Kiliç-kalkan: a dança do “Sabre e do Escudo” é uma simulação de combate que ilustra a conquista da cidade. Dançada somente por

homens, vestindo trajes dos primeiros soldados otomanos, ritmada pelo som do ferro contra ferro.

• Zeybek: dança de ritmo lento da região do Egeu, executada pelos homens. Cada homem representa um “efe”, personagem que

representa a coragem e a bravura.

Existem outras tradições turcas diferentes. Basicamente, os turcos estão cercados por tradições desde o início da vida até a sua morte.

É tradição a mãe de um bebê, por exemplo, permanecer em casa 10 dias antes da data prevista para o nascimento da criança e dez dias

depois. Normalmente, a licença de maternidade é de 45 dias.

Logo após o nascimento da criança, murmura-se em seu ouvido qual será seu nome. Geralmente a criança recebe um nome de um

parente e sempre tem um significado ao pé da letra. Os avós costumam oferecer à criança qualquer coisa que possa crescer, como uma

árvore por exemplo. Depois de muitos anos, por ocasião de sua morte, o corpo é lavado com ervas perfumadas, e envolvido num pano

branco. O féretro ou caixão verde, ou ainda coberto com um pano verde é levado à mesquita para o último serviço. O enterro é

realizado entre o nascer e o pôr do sol.

É muito comum na Turquia, encontrar grandes casas de banhos. O banho turco tem as suas origens nos banhos tradicionais romanos e

bizantinos e nos ritos pagãos. A parte mais importante da sauna situa-se por baixo do mármore. O responsável pela sala de banhos

escova e lava o cliente. Depois da sauna descansa-se numa sala com uma temperatura refrescante

Origem dos turcos e seu idioma


RAIZES TURCAS

Hoje acordei inspirada pra conhece um pouco da origem desse povo que tanto amo. 
Bem, encontrei em alguns estudos que a origem dos turcos, por sua vez, são originários de tribos altaicas, parentes dos
mongóis. Convertidos ao islamismo, já escreveram usando o alfabeto árabe, mas hoje o fazem com o romano. Assim
como a maioria das repúblicas turcomanas da Ásia Central, embora algumas ainda usem o cirílico, resquício da época
sob influência russa. Mesma influência que ainda justifica a escrita cirílica usada para o mongol.

Os povos turcos mostram uma grande variedade de tipos étnicos.

 Eles possuem características físicas desde caucasóides até mongolóides em cada nação turca. Nas terras turcas
ocidentais, como a Turquia, Bulgária, Criméia e Azerbaijão, a grande maioria tem aparência "européia" e "mediterrânea".
Na Turquia, pessoas com olhos azuis, verdes, castanhos ou conzas e cabelos louros ou castanhos são comuns.
A estrutura facial caucasóide ou mongolóide é comum entre muitos grupos turcos, como os cazaques e os uzbeques.
Tem-se debatido muito sobre a natureza racial dos ancestrais originais dos povos falantes de línguas turcas, com algo no
passado presumindo uma "raça ural-altaica" com características caucasóides numa ponta do espectro e características
mongolóides na outra. 

Há também os turcos em países como Paquistão e Afeganistão que se parecem mais com a população local destes países,
mas isto se deve provavelmente à miscigenação com as populações locais.

O primeiro texto histórico a mencionar o turco foi um texto do ponto de vista chinês, que mencionou o comércio das
tribos turcas com os sogdianos ao longo da Rota da Seda. Os xiongnu mencionados nos registros da dinastia Han podem
ter sido falantes de proto-turco sucedidos pelas hordas hunas de Átila que tentaram conquistar a Europa. Por outro lado,
recentes pesquisas genéticas de 2003. confirmam os estudos indicando que os povos turcos se originaram na mesma
região e então são possivelmente relacionados com os xiongnu. 

O primeiro registro do termo turco como um nome político é uma referência do século VI à palavra agora pronunciada no
chinês moderno como tujue. Acredita-se que algumas tribos turcas, como os cazares e os pechenegues, provavelmente
viveram como nômades por muitos anos antes de estabelecer um estado político (o império Göktürk). Os povos turcos
originalmente usavam seus próprios alfabetos, como os runiformes orkhon e yenisei, e depois o alfabeto uigure. A mais
antiga inscrição foi encontrada próximo ao rio Issyk no Quirguistão e foi datada como de 500 a.C.. 
    
 Os símbolos tradicionais nacionais e culturais dos povos turcos incluem o crescente e estrela, usado como símbolo dos
turcos desde os tempos pré-islâmicos,quando eles praticavam o xamanismo; os lobos também são parte da mitologia e da
tradição turcas, assim como a cor azul, o ferro e o fogo. 

Quatrocentos anos depois do colapso do poder xiongnu no norte da Ásia Central, a liderança dos povos turcos passou a
ser dos göktürks. Anteriormente um elemento da confederação nômade xiongnu, os göktürks herdaram suas tradições e
experiência administrativa.

De 552 a 745, a liderança göktürk manteve unidas as tribos turcas nômades em um império, que finalmente desmoronou
devido a uma série de conflitos dinásticos.
 
A grande diferença entre o canato göktürk e seu predecessor xiongnu foi que os cãs göktürks temporários do clã Ashina
eram subordinados a uma autoridade soberana que estava nas mãos de um conselho de chefes tribais. O canato recebeu
missionários budistas, maniqueístas e cristãos nestorianos, mas manteve sua religião original xamânica, o tengriismo. Os
göktürks foram o primeiro povo turco a escrever a sua língua (o turco antigo) em uma escrita rúnica.

MIGRAÇÕES 

Os povos turcos e grupos relacionados migraram para oeste na direção da Europa Oriental, do planalto iraniano e da
Anatólia. Os turcos modernos estão entre aqueles que migraram da região conhecida hoje como Mongólia para a
moderna Turquia, mas também estão entre os últimos a chegar; eles também participaram das Cruzadas. Após muitas
batalhas, eles estabeleceram seu próprio estado e depois criaram o Império Otomano; suas táticas eram os cercos totais e
invasões.

NOMENCLATURA

A primeira menção conhecida do termo turk aplicado a um grupo turco foi em referência aos göktürks no século VI. Uma
carta do imperador chinês escrita ao cã göktürk chamado Ishbara em 585 o descreve como "O Grande Cã Turco". As
inscrições de Orhun (735 d.C.) usam os termos turk e turuk.

O uso anterior de termos similares são de significado desconhecido, embora alguns tenham a forte sensação que eles
sejam evidência da continuidade histórica do termo e do povo como uma unidade lingüística desde a antiguidade. Isto
inclui um registro chinês de 1328 a.C. se referindo a um povo vizinho como Tu-Kiu.

Na Turquia moderna, uma distinção é feita entre os "turcos" e os "povos turcos" no falar coloquial: o termo Türk
corresponde especificamente ao povo falante da língua turca moderna, enquanto o termo Türki se refere geralmente às
pessoas das modernas repúblicas turcas (Türki Cumhuriyetler ou Türk Cumhuriyetleri). No entanto, o uso adequado do
termo é baseado na classificação lingüística para evitar qualquer sentido político. Em resumo, os termos Türk e Türki
podem ser usados em qualquer um dos sentidos.

De acordo com Mahmud al-Kashgari, um sábio turco do século XI, e vários outros sábios e historiadores islâmicos
tradicionais, o nome turk deriva de Tur, um dos filhos de Jafé, e vem da mesma linhagem de Gomer (cimérios) e
Ashkenaz (citas, ishkuz) que, de acordo com a tradição, foram alguns dos primeiros turcos. Por milênios, uma onga
seqüência de referências históricas especificamente ligava os citas de Heródoto com várias tribos turcas, como os hunos,
turcos, mongóis, cazares, etc. Entre 400 e o século XVI, as fontes bizantinas usam o nome "Σκΰθαι" em referência a doze
diferentes povos turcos (a maioria dos acadêmicos modernos acredita que estas tribos tenham sido iranianas)

HISTÓRIA 

Acredita-se geralmente que o primeiro povo turco era nativo da região que se estendia da Ásia Central à Sibéria. Alguns
estudiosos afirmam que os hunos eram uma das primeiras tribos turcas, enquanto outros defendem a origem mongólica
dos hunos. Estudos do lingüista Otto Maenchen-Helfen também apóiam uma origem turca para os hunos. A principal
onda de migração dos turcos, que estavam entre os mais antigos habitantes do Turquestão, ocorreu na Idade Média,
quando eles se espalharam através da maior parte da Ásia, chegando à Europa e ao Oriente Médio.

A data precisa da expansão inicial a partir da terra natal permanece desconhecida. O primeiro estado conhecido como
"turco", dando seu nome a muitos estados e povos depois, foi o dos göktürks (gog = "azul" ou "celestial") no século VI.
O líder do clã Asena conduziu seu povo de Li-jien (a moderna Zhelai Zhai) para Rouran buscando inclusão na sua
confederação e proteção da China. Sua tribo era conhecida pelos forjadores de metais e recebeu terras próximo a uma
montanha rochosa parecida com um capacete, da qual eles diziam ter tirado seu nome (突厥- tūjué). Um século depois,
seu poder havia crescido de tal forma que eles conquistaram o Rouran e começaram a estabelecer seu Império Gök.

Povos turcos posteriores incluem os karluks (principalmente no século VIII), uigures, quirguizes, turcos oguzes e
turcomenos. À medida que estes povos foram fundando estados na região entre a Mongólia e a Transoxiana, eles
entraram em contato com os muçulmanos, e a maioria gradualmente adotou o Islã. No entanto, havia também (e ainda
há) pequenos grupos de povos turcos pertencentes a outras religiões, incluindo cristãos, judeus (cazares), budistas e
zoroastristas.

Os soldados turcos no exército dos califas abássidas emergiram como os governantes de fato da maior parte do Oriente
Médio muçulmano (com exceção de Síria e Egito) especialmente depois do século X. Os oguzes e as outras tribos
capturaram a dominaram vários países sob a liderança da dinastia seljúcida e finalmente capturaram os territórios da
dinastia abássida e o Império Bizantino.

Enquanto isso, os quirguizes e os uigures estavam lutando entre si e com o Império Chinês. O povo quirguiz finalmente
se estabeleceu na região agora conhecida como Quirguistão. Os tártaros conquistaram os búlgaros do Volga no que hoje
é o Tartaristão, seguindo o movimento na direção oeste dos mongóis sob Genghis Khan no século XIII. Os búlgaros
foram dessa forma por engano chamados de tártaros pelos russos. Os tártaros nativos vivam apenas na Ásia; os "tártaros"
europeus são na verdade os búlgaros do Volga. Outros búlgaros se estabeleceram na Europa nos séculos VII e VIII, e
foram assimilados pela população eslava depois de adotar o que eventualmente se tornaria a língua búlgara eslava. Por
toda a parte, grupos turcos se mesclaram com as populações locais em graus variados.

À medida que o Império Seljúcida declinou após a invasão mongol, o Império Otomano emergiu como o novo estado
turco importante, que passou a dominar não apenas o Oriente Médio, mas também o sudeste da Europa, partes do
sudoeste da Rússia e o norte da África.

O Império Mogol foi um império muçulmano que, na sua maior extensão territorial, governou a maior parte do
subcontinente indiano, então conhecido como Hindustão, e partes do que hoje é Afeganistão e Paquistão do começo do
século XVI à metade do século XVIII. A dinastia mogol foi fundada por por um príncipe turco chagatai chamado Babur
(reinou de 1526 a 1530), que era descendente do conquistador turco Tamerlão pelo lado paterno e de Chagatai, segundo
filho de Genghis Khan, pelo lado materno. A dinastia mogol foi notável pela habilidade de seus governantes, que através
de sete gerações mantiveram um registro de rearo talento para sua organização administrativa. Uma tentativa distinta
posterior dos mogois foi a de integrar hindus e muçulmanos em um estado indiano unido.

O Império Otomano gradualmente se enfraqueceu a despeito da má administração, de repetidas guerras com a Rússia e
com o Império Austro-Húngaro e do surgimento de movimentos nacionalistas nos Bálcãs, desfazendo-se finalmente após
a 1ª Guerra Mundial, abrindo caminho para a atual República da Turquia.

TRABALHO DE PARTO

Em alguns casos, mais importante do que falar a língua de um povo é conhecer sua cultura. É uma ótima
maneira de evitar saias-justas como agressões e prisões ou infortúnios mais leves, como as gafes.
Nesse sentido, é interessante acompanhar o relato de Meg Nesterov para o site de Viagens e Turismo
“Gadling” sobre algumas superstições e tradições populares envolvendo gravidez na Turquia.
A primeira diz respeito ao “nazar boncuk”, o olho azul de vidro usado como amuleto. O “nazar” não
carrega nenhum significado religioso e poucos turcos ainda se guiam pelas antigas superstições, mas a
tradição de prendê-lo à roupa no momento do parto permanece.
O hábito de agasalhar-se também é comum entre as grávidas. Lá acredita-se que praticamente todas as
doenças são transmitidas pelo ar frio e mesmo no verão eles não usam ar condicionado. Portanto, as
mulheres que desejam ser mães não devem andar descalças para evitar infertilidade, aborto espontâneo e
gases. Durante a amamentação elas continuam sob blusas porque creem que leite frio provoca dor de
estômago nos bebês.
Na área alimentar, se a grávida sente cheiro de comida deve prová-la. O desejo de comer doces ou carne
vermelha em excesso são sinais de que terá um menino. Já o desejo por azedos e alimentar-se
basicamente de vegetais são o prenúncio de bebê do sexo feminino. Se a grávida come muitos ovos o
bebê será sapeca. Qualquer desejo não atendido resultará numa marca de nascença no mesmo formato do
alimento.
Ainda segundo essa superstição alimentar, garçons com uma bandeja de comida devem perseguir a
grávida na rua para espantar o azar.
Outro costume turco é acreditar que a grávida só deva olhar paisagens, lugares e pessoas bonitas. Do
contrário, o nenê pode ser feio, inválido ou ter uma aparência de zumbi. Até as visitas ao zoológico são
limitadas. Olhar para macacos, ursos ou camelos é sinal de azar.
Logo que o bebê nasce acontece uma espécie de telefone sem fio na sala de parto. O pai deve escolher um
nome secretamente e sussurrá-lo para o médico, que por sua vez cochicha para a criança.
O local em que o cordão umbilical é queimado tem influência na vida do bebê. Recomenda-se incinerá-lo
do lado de fora de uma mesquita se a criança é religiosa ou próximo a uma faculdade de Medicina se os
pais desejam que ela seja médica.
A tradição manda ainda que as mulheres não saiam de casa nos primeiros 40 dias após o parto, mas não é
o que acontece nas grandes cidades turcas. As visitas são realizadas na casa da mãe, que costuma
oferecer chocolate, sachê de ervas e uma bebida chamada “Lohusa Serbeti” aos visitantes. Em troca, eles
levam peças de ouro para o bebé.
Tingir as madeixas não é indicado para as grávidas, mas na Turquia acredita-se que cortar o cabelo irá
encurtar a vida da criança.
Há também superstições ligadas à estatura do bebé. Medi-lo não é recomendável por medo de que ele
fique pequeno. E, por menor que ele seja, nunca deve-se saltar sobre ele. Atrai má sorte.

Agarrem seus “nazar boncuk” e boa semana!

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