Você está na página 1de 98

Centro Federal de Educação

Tecnológica de Minas Gerais

Departamento de Ciência
e Tecnologia Ambiental

Disciplina:
Drenagem Pluvial
Código: DEAM 016

Professor: André Luiz Marques Rocha


Engo Agrícola e Ambiental
MSc. Engenharia Agrícola
Recursos Hídricos e Ambientais
andrerocha@deii.cefetmg.br
Fase terrestre no ciclo hidrológico
Parte dessa aula foi
extraída de materiais
dos Professores Carlos
Fragoso e Marllus Neves
do CTEC/UFAL.

Esc. superficial

Esc. sub-superficial

Esc. subterrâneo
Fase terrestre no ciclo hidrológico

Para onde vai o escoamento superficial?

Escoamento até a rede de drenagem  rios e canais 


Reservatórios
Tipos de escoamento bacia

• Superficial
• Sub-superficial ?
• Subterrâneo
Tipos de escoamento bacia

• Chuva, infiltração,
escoamento superficial
Tipos de escoamento bacia

• Chuva, infiltração,
escoamento superficial,
escoamento subterrâneo

Camada saturada
Tipos de escoamento bacia

• Escoamento
sub-superficial
Tipos de escoamento bacia

• Depois da chuva: Escoamento sub-superficial e


escoamento subterrâneo

Camada saturada
Tipos de escoamento bacia

• Estiagem: apenas escoamento subterrâneo

Camada saturada
Tipos de escoamento bacia

• Estiagem: apenas escoamento subterrâneo

Camada saturada
Tipos de escoamento bacia

• Estiagem: apenas escoamento subterrâneo

Camada saturada
Tipos de escoamento bacia

• Estiagem muito longa = rio seco


Rios intermitentes

Camada saturada
Geração de escoamento superficial

 Precipitação que atinge áreas imp., áreas com


capacidade de infiltração limitadas, áreas de alta
declividade,...
 Processo hortoniano  escoamento superficial
hortoniano
◦ Intensidade de precipitação excede a capacidade
de infiltração
 Escoamento superficial em áreas saturadas
◦ Saturação do horizonte superficial do solo
 Fluxo direto (preferencial)
◦ Infiltração e percolação rápidas em macroporos
(fendas, buracos de raízes, ...)
E isto tudo pode ocorrer
na mesma bacia e no
mesmo instante!

Fonte: Rampelloto et al. 2001


Áreas Impermeáveis

 Telhados
 Ruas
 Passeios

• Geração de escoamento superficial é quase imediata


• Infiltração é quase nula
Áreas de capacidade de infiltração limitadas

 Gramados
 Solos Compactados
 Solos muito argilosos

• Capacidade de infiltração é baixa


Intensidade da chuva x capacidade de
infiltração
Precipitação

Escoamento

Infiltração

Infiltração

tempo
Intensidade da chuva x capacidade de
infiltração
• Considere chuva com intensidade constante
• Infiltra completamente no início
• Gera escoamento no fim
Precipitação
Infiltração

início do escoamento

Intensidade da chuva
Capacidade de infiltração
tempo
Intensidade da chuva x capacidade de
infiltração
• Considere chuva com intensidade constante
• Infiltra completamente no início
• Gera escoamento no fim
Precipitação
Infiltração

início do escoamento

Intensidade da chuva
Capacidade de infiltração
tempo

volume infiltrado
Intensidade da chuva x capacidade de
infiltração
 Considere chuva com intensidade constante
 Infiltra completamente no início
 Gera escoamento no fim
Precipitação
Infiltração

início do escoamento

volume escoado
Intensidade da chuva
Capacidade de infiltração
tempo

volume infiltrado
Escoamento em áreas de solo saturado

Precipitação

Infiltração
Escoamento em áreas de solo saturado

Precipitação

Solo saturado
Escoamento em áreas de solo saturado

Precipitação

Escoamento

Solo saturado

E mesmo que as características do solo propiciem alta,


a capacidade de infiltração  a taxa de I é baixa
Geração de escoamento superficial

• Intensidade da precipitação é
maior do que a capacidade de
infiltração do solo
• Processo hortoniano (Horton,
I (mm/h)
1934)

Q (mm/h)

F (mm/h)

Q=I–F
Escoamento em áreas de solo saturado

•Precipitação atinge áreas saturadas


•Processo duniano (Dunne)

Q (mm/h)
Hidrograma

Representação gráfica da vazão


ao longo do tempo

Resultado da interação de todos os componentes do


ciclo hidrológico
Chuva de curta duração

15 minutos tempo

tempo
Hidrograma 1
Hidrograma 2
Hidrograma 3
Hidrograma 4
Hidrograma 5
Hidrograma 6
Hidrograma 7
Hidrograma 8
Hidrograma 9
Hidrograma 10
Hidrograma 11
Hidrograma 12
Hidrograma 13
Hidrograma 14
Hidrograma 15
Hidrograma 16
Formação do Hidrograma
1 – Início do escoamento superficial
2 – Ascensão do hidrograma
3 3 – Pico do hidrograma
4 – Recessão do hidrograma
5 – Fim do escoamento superficial
6 – Recessão do escoamento subterrâneo

2
4
Superficial
e
5
Sub-
6
1 superficial
Escoamento subterrâneo
Hidrograma - exemplo
Forma do Hidrograma
Q
Bacia montanhosa (cabeceiras ou vertentes)

Bacia plana

tempo

Áreas planas são áreas naturais de


armazenamento
Forma do Hidrograma

Bacia urbana
Q

Bacia rural

tempo

Obras de drenagem tornam o escoamento mais rápido


Forma da bacia x hidrograma

Bacia circular
Q

Bacia alongada

tempo
Forma da bacia x hidrograma

tempo
Separação de Escoamento

 Separação a partir de hidrogramas dados


(escoamento de base do escoamento
superficial direto)

 Com base na precipitação


◦ Métodos simplificados  método racional
◦ Modelos mais complexos  SCS
A partir de hidrogramas dados

• É comum fazer isto no hidrograma


baseando-se no tempo de viagem ou tempo
de resposta, não se importando tanto com a
complexidade do processo natural

• Na prática, observa-se o hidrograma e se


identifica o início e o final do escoamento
superficial direto (Runoff)
A partir de hidrogramas dados

• Início do Runoff  ponto 1 da figura  o


hidrograma diverge primeiro do fluxo de
base constante

• Final do Runoff  ponto 5  mais difícil de


definir
A partir de hidrogramas dados
Procedimento mais comum  traçar uma reta
entre os pontos A e B  procedimento
aceitável quando a vazão máxima subterrânea é
menor que 10% da vazão de pico do hidrograma
A partir de hidrogramas dados
Outro procedimentos comum  unir por uma
curva contínua o que seriam as tendências
representadas pelas tangentes em A e B  o
pico da vazão de base ocorreria após o pico do
hidrograma
Com base na precipitação

Precipitação

tempo

tempo
Com base na precipitação

Escoamento
Infiltração

tempo

tempo
Com base na precipitação

Escoamento
Infiltração

tempo

infiltração
decresce durante
P o evento de chuva

tempo
Com base na precipitação

Escoamento
Infiltração

tempo

parcela que não


P infiltra é
responsável pelo
aumento da vazão
Q no rio

tempo
Com base na precipitação

Pe HU

Esc. Esc. em rio


superficial

hidrogramas
Esc. em
reservatório
Com base na precipitação: métodos ou
modelos
 Maidment (1992): 5 abordagens para se
estimar o escoamento superficial
1. Perda  fração constante da chuva em cada período de
tempo  proporção simples do total de chuva. Este é o
conceito do coeficiente de escoamento

Ver método
racional
Com base na precipitação: métodos ou
modelos
 Maidment (1992): 5 abordagens para se estimar o
escoamento superficial
2. Perda  infiltração constante  o excesso de chuva é
um resíduo ou não há excesso, pois a capacidade de
infiltração foi satisfeita
Com base na precipitação: métodos ou
modelos
 Maidment (1992): 5 abordagens para se estimar o
escoamento superficial
3. Perda  inicial, seguida de uma infiltração contínua
constante. Similar ao modelo 2, exceto que nenhum
escoamento superficial ocorre até que uma dada
capacidade de perda inicial for satisfeita,
independentemente da
taxa de chuva
Com base na precipitação: métodos ou
modelos
 Maidment (1992): 5 abordagens para se estimar o
escoamento superficial
4. Perda  Curva de infiltração ou equação
representando taxas (capacidades) decrescentes com
o tempo. Pode ser uma curva empírica ou um modelo
fisicamente

Equação de
Horton
Com base na precipitação: métodos ou
modelos
 Maidment (1992): 5 abordagens para se estimar o
escoamento superficial
5. Perda  Relação chuva-vazão padrão tal como a
relação do SCS
Com base na precipitação: métodos ou
modelos
Infiltração
Escoamento

tempo

Infiltração proporcional
P

tempo
Infiltração proporcional à intensidade de
chuva (modelo 1)
Com base na precipitação: métodos ou
modelos
Infiltração
Escoamento

tempo

Infiltração constante
P

tempo

Capacidade de infiltração constante (Modelo 2)


Com base na precipitação: métodos ou
modelos
Infiltração
Escoamento

tempo

Método SCS:

P Perdas iniciais
+
Q Infiltração diminuindo

tempo

Capacidade de infiltração constante (Modelo 5)


Com base na precipitação: métodos ou
modelos
 Exemplo de método
simplificado  método
racional

• Exemplo de métodos mais complexos 


SCS, IPH II
Com base na precipitação: método
racional
• Hipóteses
– P com intensidade constante, sendo
uniformemente distribuída sobre a bacia
hidrográfica durante toda sua duração;
– As características das superfícies da bacia
não constantes durante a ocorrência da chuva
(taxas de infiltração e condições de
permeabilidade);
– O pico do escoamento superficial direto
ocorre quando toda a área de drenagem, a
montante do ponto de interesse, passa a
contribuir ao escoamento, ou seja, quando for
atingido o tc área de drenagem
Com base na precipitação: método
racional
Formulação

Impermeável  i bacia i

volume
lâmina área vazão
i  
tempo tempo área

Q
i bacia
A
Com base na precipitação: método
racional
Q
Permeável  i bacia C i 
A
Considerando agora a bacia com suas
isócronas (linhas de iguais tempos de viagem)
Com base na precipitação: método
racional

Chuva de intensidade i,
começando no tempo t = 0
t = 1h  área a contribui com a vazão por unidade de
área no exutório = C.i.a
t = 2h  área a+b contribui com a vazão por unidade
de área no exutório = C.i.(a+b)
t = 3h  área a+b+c contribui com a vazão por unidade
de área no exutório = C.i.(a+b+c)
t = 4h  área a+b+c+d contribui com a vazão por
unidade de área no exutório = C.i.(a+b+c+d)
t = 5h ...  área a+b+c+d contribui com a vazão por
unidade de área no exutório = C.i.(a+b+c+d)
Escoamento Superficial
Método Racional
Método Racional

• amplamente utilizado para determinar vazão


máxima de projeto para bacias pequenas (< 2 km²)

• considera duração da precipitação máxima de


projeto igual ao tempo de concentração da bacia,
logo a precipitação com duração=tc ocorre
uniformemente ao longo da bacia

• adota um coeficiente único de perdas (C) estimado


com base nas características físicas da bacia
Escoamento Superficial
Método Racional
Método Racional
• Dentro de um curto período de tempo, a variação
na taxa de infiltração não deverá ser
grande.Considera-se que durante a evento extremo,
o solo encontra-se saturado, e com taxa de
infiltração estável (Tie), correspondendo a condição
mais favorável ao escoamento.

• não avalia o volume de cheia nem a distribuição


temporal das vazões

• Ignora a complexidade do processo, desprezando o


armazenamento de água na bacia.
Escoamento Superficial
Método Racional
Método Racional

C * im * A
Q max(m / s) 
3
 0,278 * C * im * A
3,6
Q – vazão máxima de projeto (m³/s)
im – intensidade máxima média da chuva (mm/h) (Curva IDF)
A – área de drenagem (km²)
C – coeficiente de escoamento superficial (adimensional)

Q max C * A

im 3,6
Kuichling(1989) – valor racional
Escoamento Superficial
Método Racional
Método Racional

Q max
qn   0,278 * C * im
A

Qn = vazão específica natural (m³/s/km2)


Q – vazão máxima de projeto (m³/s)
im – intensidade máxima média da chuva (mm/h) (Curva IDF)
A – área de drenagem (km²)
C – coeficiente de escoamento superficial (adimensional)
Escoamento Superficial
Método Racional

Método Racional
Significado físico de “C”
Q Q max ES
C  
P P P
Representa a relação do volume
que escoa sobre a superfície do
terreno e o volume total
precipitado
Valor “C” depende de:
• solo
• cobertura do solo
• tipo de ocupação
• característica da chuva (tempo de retorno, intensidade da
precipitação, distribuição temporal)
Escoamento Superficial
Método Racional
Método Racional
Valores “C”
Escoamento Superficial
Método Racional
Método Racional
Valores “C”

Fonte:Manual Hidrologia Básica DNIT (2005)


Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Relebrando: Método do Número da Curva ou Método SCS Lag
Formula (Soil Conservation Service dos EUA)

oDesenvolvido para Bacias Rurais de até 8km2


0, 7 0 , 5
 1000  h
tc  3,42 * L0,8 *   9 * 
 CN  L

• CN é o número da curva (curve number) do método


desenvolvido pelo Soil Conservation Service.
• Deve-se ajustar o valor de CN para bacias urbanas em
função da parcela dos canais que foram modificados e da
área impermeabilizada.
h = desnível (m)
L= comprimento (km ou m)
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Método do Número da Curva ou Método SCS Lag Formula
(Soil Conservation Service dos EUA)

Ajuste de CN

• Para uma ocupação não-homogênea do solo urbano, o SCS


recomenda que seja feita uma média ponderada dos
números da curva.

k • Como as velocidades de escoamento


 A * CN
i i também se alteram, o SCS propõe que
o tempo de concentração também seja
CN  i
A ajustado.

81
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Exemplo de Cálculo
Determinar a intensidade de precipitação máxima (im), o tempo de
concentração (tc), e a vazão máxima de Escoamento Superficial (Q)
para o município de Patos de Minas-MG, empregando as equações
apresentadas para :
a) o Método de Kirpich e b) o Método SCS Lag (Método do Número da
Curva).

Dados:
Área da Bacia = 100ha = 1km2
Período de Retorno (T) = 10 anos
Comprimento do Talvegue (L) = 2000m = 2km
Diferença de elevação (∆h) = 35m
Cobertura: 30% cultura do milho (cultivo em fileiras retas); 20%cultura
da soja (cultivo em fileiras retas); 25% pastagem; 25% floresta.
Condição hidrológia boa;
Solo muito argiloso (Tie = 1mm h-1)
Declividade média da área da bacia: 5-10%
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
a) Método de Kirpich

1o Equação IDF – Patos de Minas-MG 2o Cálculo do Tempo de Concentração (tc)


0 , 385
K .T a  L3 
im ( mm / h)  tc  57 *  
(tc  b) c  h 
0 , 385
4316 * T 0, 250  23 
im  tc  57 *  
(tc  41,9)1, 014
 35 
tc  32,3 min
3o Cálculo de im pela equação IDF
Como T = 10 anos e tc = 32,3min , substituindo os valores na equação IDF, tem-
se:
4316 *100, 250 1
im  im  97, 4mmh
(32,3  41,9)1, 014
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
a) Método de Kirpich
Valor obtido da Calculado
média ponderada anteriormente

4o Cálculo do Escoamento Superficial


0,6125 * 97,4 *100
Q max (m3 / s ) 
C * im * A 360
Q max ( m / s ) 
3
Area bacia
360 Q max 3
 16,6m / s

Para calcular a Qmax, precisa-se definir o Coeficiente de Escoamento ( C )


para a bacia analisada. O valor de C deve ser calculado pela média ponderada
em relação a ocupação de cada tipo de cobertura vegetal (milho, soja,
floresta, pastagem), conforme dados obtidos em tabelas específicas.
Logo:
C  Cpast * Apast  Csoja * Asoja  Cmilho * Amilho  Cfloresta * Afloresta
C  0,55 * 0,25  0,7 * 0,2  0,7 * 0,3  0,5 * 0,25
C  0,6125
84
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
b) Método de SCS Lag
1o Equação IDF – Patos de Minas-MG 2o Cálculo do Tempo de Concentração (tc)
0, 7 0 , 5
 1000  h
K .T a tc  3,42 * L0,8 *   9 * 
im ( mm / h)   CN  L
(tc  b) c
4316 * T 0, 250 ou
im  0, 7
(tc  41,9)1, 014  1000 
* So 
0,5
tc  3,42 * L0,8 *   9
 CN 

Pelo Método do Soil Conservation Service (SCS) So = declividade (m/m)


•Necessária a determinação do “CN” (Número da Curva)
•Valores tabelados em função do tipo de solo, uso e ocupação.
•Distinção de quatro grupos hidrológicos de solo.
Fonte: Tucci (1995); Canholi (2005)
85
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
b) Método de SCS Lag
Quadro1 - Caracterização dos Grupos Hidrológicos para determinar CN

86
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução Quadro 1 - Caracterização dos Grupos
Hidrológicos para determinar CN
b) Método de SCS Lag

87
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
b) Método de SCS Lag

Determinação de CN
Considerando que o solo da bacia em questão é do tipo “D” (Quadro
1), ou seja, com moderada taxa de infiltração quando o solo está
completamente úmido e com profundidade moderada, o valor de
CNmilho= 89; CNsoja= 89;
CNpastagem= 79 e CNfloresta= 77 (Condição AMCII – Quadro 2).

Sabendo-se que a condição mais crítica para que haja o ES é aquela


em o solo está mais úmido, é necessário converter os valores de CN
da condição AMCII para AMCIII(Quadro 3).

Logo, os valores de encontrados para AMCIII foram:


CNmilho= 95,6; CNsoja= 95,6; CNpastagem= 90,4 e CNfloresta= 89,2
88
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
b) Método de SCS Lag
Determinação de CN

89
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
b) Método de SCS Lag
Determinação de CN
Quadro 2 – Valores de
CN para condição AMCII

CNmilho= 89; CNsoja= 89;


CNpastagem= 79 e CNfloresta= 77
(Condição AMCII – Quadro 2).

90
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
b) Método de SCS Lag
Determinação de CN
Quadro 2 – Valores de
CN para condição AMCII

91
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
b) Método de SCS Lag
Determinação de CN
Quadro 2 – Valores de
CN para condição AMCII

92
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
b) Método de SCS Lag
Determinação de CN
Quadro 2 – Valores de
CN para condição AMCII

93
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
b) Método de SCS Lag Correlação CN
AMCI AMCII AMCIII
Determinação de CN
100 100 100
Quadro 3 – Valores para a conversão
87 95 98
de CN na condição AMCII para as
78 90 96
condições AMCI e AMCIII
70 85 94
Por interpolação
Verificar que deve-se CNII floresta= 77 63 80 91
CNIII floresta= 89,2
fazer uma interpolação 57 75 88
linear 51 70 85
Para a condição AMCIII, tem-se: 45 65 82
40 60 78
CNmilho= 95,6; CNsoja= 95,6;
35 55 74
CNpastagem= 90,4 e CNfloresta= 89,2
31 50 70
26 45 65
22 40 60
94
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
b) Método de SCS Lag
Determinação de CN
Após determinas os valores de CN para a condição AMCIII,

CNmilho= 95,6; CNsoja= 95,6; CNpastagem= 90,4 e CNfloresta= 89,2

Calcula-se a média ponderada para CN. Logo:

CN  CNpast * Apast  CNsoja * Asoja  CNmilho * Amilho  CNfloresta * Afloresta


CN  90,4 * 0,25  95,6 * 0,2  95,6 * 0,3  89,2 * 0,25
CN  92,7
Após o cálculo de CN calcula-se o Tempo de Concentração (tc) e
intensidade máxima de precipitação (im)

95
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
b) Método de SCS Lag
Determinação de CN
Cálculo do Tempo de Concentração (tc) Cálculo da im - Equação IDF – Patos
de Minas-MG
0, 7 0 , 5
 1000  h K .T a
tc  3,42 * L0,8 *   9 *  im ( mm / h) 
 CN  L (tc  b) c
4316 * T 0, 250
Substituindo os valores: im 
(tc  41,9)1, 014
0, 7 0, 5
0 ,8  1000   35 
tc  3,42 * 2 *   9 * 
 92,7   2000 
4316 *100, 250
tc  67,6 min im   65,6mm / h
(67,6  41,9) 1, 014

96
Intensidade Máxima Média de Precipitação (im),
Tempo de Concentração (tc) e Vazão Máxima de
Escoamento Superficial (Qmax)
Solução
b) Método de SCS Lag Valor obtido da Calculado
média anteriormente
Determinação de CN ponderada

4o Cálculo do Escoamento
Superficial Q max (m3 / s ) 
0,6125 * 65,6 *100
C * im * A 360
Q max ( m / s ) 
3

360 Q max 3
 11,2m / s Area bacia

Para calcular a Qmax, precisa-se definir o Coeficiente de Escoamento ( C )


para a bacia analisada. O valor de C deve ser calculado pela média
ponderada em relação a ocupação de cada tipo de cobertura vegetal (milho,
soja, floresta, pastagem), conforme dados obtidos em tabelas específicas.
Logo:
C  Cpast * Apast  Csoja * Asoja  Cmilho * Amilho  Cfloresta * Afloresta
C  0,55 * 0,25  0,7 * 0,2  0,7 * 0,3  0,5 * 0,25
C  0,6125
97
Escoamento Superficial
Método Racional Modificado
Método Racional Modificado

Euclydes (1987) apresentou um estudo objetivando a


estimativa da vazão máxima de escoamento superficial em
bacias do Sul de Minas Gerais introduzindo um coeficiente de
retardamento (k) na Equação do Método Racional.

O coeficiente “k” serve para corrigir o fato de que o


escoamento superficial sofre um retardamento em relação ao
início da precipitação.
C * im * A
Q max(m3 / s)  *k
 K varia de 0 a 1 360

A: área da bacia de drenagem (km²) k  0,278  0,00034 * A

Você também pode gostar