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3 METODOLOGIA

Este estudo consiste em uma revisão integrativa com abordagem


qualitativa, o que de acordo com Mendes et al (2008) possibilita a sintetização
de vários estudos anteriormente publicados e favorece resultados gerais de
acordo com uma pequena área do estudo. Ainda seguindo os pensamentos
dos autores, esse método é importante para a enfermagem, levando em
consideração a escassez de tempo que esses profissionais possuem para
concluir a leitura de grandes volumes e a possível dificuldade que alguns
enfrentam de realizar uma análise crítica desses estudos.
Ercole et al (2014) relatam que esse método tem como objetivo final
sintetizar de maneira sistemática e abrangente os resultados encontrados em
pesquisas, de modo que também estejam ordenados. Por constituir um corpo
de conhecimento ao fornecer informações amplas sobre determinados
assuntos e/ou problemas, esse tipo de revisão é chamado de integrativa. O
pesquisador ainda pode selecionar como irá elaborar e desenvolver o estudo,
podendo direcioná-lo para definição de conceitos, revisão de teorias ou análise
metodológica dos estudos que estão inseridos em determinado tópico.

3.1 Questão norteadora

A fim de nortear esse estudo, a problemática levantada foi: quais são os


manejos para aliviar a dor do recém-nascido realizados pelo enfermeiro dentro
da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal?

3.2 Critérios de inclusão

A respeito dos critérios de inclusão, foram selecionados os artigos


publicados em língua portuguesa e inglesa, artigos na íntegra que atendessem
a temática, e artigos indexados ou publicados nos bancos de dados
supracitados nos últimos dez anos.
3.3 Critérios de exclusão

Foram excluídos dessa revisão toda e qualquer tese, trabalhos de


conclusão de curso, artigos que não estejam dentro do tema, artigos
duplicados, e todos os artigos que não contemplem os critérios de inclusão
supracitados. O recorte temporal foi dos últimos 10 anos a partir de 2008.

3.4 Busca na literatura

Para realizar o levantamento dos artigos na literatura, foram efetuadas


buscas nas seguintes bases de dados com cobertura da America latina:
Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS). Os descritores utilizados para identificação dos artigos, com
combinações na língua portuguesa, foram: Neonatal, UTI Neonatal, Manejo da
dor e Avaliação da dor.

3.5 Extração de dados

Após leitura completa dos artigos, foi possível extrair as seguintes


informações: número, identificação, autores, bases de dados, periódicos e
resultados encontrados, que dessem subsídio para responder a problemática
do estudo, descritos e distribuídos nos quadros 04 e 05.

3.6 Síntese dos dados

Os artigos foram selecionados de acordo com os critérios de


inclusão e exclusão descritos na metodologia, em seguida foram
organizados de forma numérica obedecendo a ordem cronológica das
publicações. O fluxograma baseado no protocolo PRISMA adaptado para
revisão integrativa encontra-se nos resultados e detalha o processo de
seleção das amostras. Posteriormente foi realizada a descrição e
discussão dos dados encontrados, e em seguida obtivemos as
considerações finais do estudo.
Levando em consideração a revisão integrativa de literatura, dividida em
seis importantes partes (Botelho et al, 2014), descreve a aplicabilidade e seus
critérios:

3.7 ETAPA 1: Identificação do tema e seleção da questão de


pesquisa

Foi realizada a identificação do tema e seleção de questão que norteou


a pesquisa para a revisão integrativa, com isso o tema delimitado foi:
enfermagem e o manejo da dor do Recém-Nascido em Unidade de Terapia
Intensiva Neonatal, proporcionando responder a seguinte questão norteadora:
quais são os manejos para aliviar a dor do recém-nascido realizados pelo
enfermeiro dentro da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal?

3.8 ETAPA 2: Estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão


de estudos/ amostragem ou busca na literatura

Após a realização da primeira fase, a ação seguinte se baseia em iniciar


a busca nas bases de dados a fim de selecionar os estudos que irão integrar a
revisão. Para isso a internet é a principal ferramenta dessa fase, levando em
consideração que as bases de dados possuem acesso eletrônico. Para obter
validade interna da revisão é necessário haver uma separação dos estudos
para uma seleção crítica (MENDES, et al, 2010). Foram estabelecidos os
seguintes descritores (DeCS): Neonatal, UTI Neonatal, Manejo da dor e
Avaliação da dor. As estratégias de busca estabelecidas são baseadas em
suas combinações nas línguas portuguesa, e os operadores boolianos OR/OU.
As fontes de informação estabelecidas foram: LILACS, BVS e SciELO. O
recorte temporal foi dos últimos 10 anos a partir do ano de 2008. Os critérios de
inclusão para seleção dos artigos são: publicações em língua portuguesa e
inglesa, e artigos na íntegra e que retratassem a temática anteriormente
definida. Como critérios de exclusão eliminaram-se as publicações que não
atenderam os critérios estabelecidos na metodologia.
3.9 ETAPA 3: Definição das informações a serem extraídas dos
estudos selecionados

Dessa forma procedeu-se a definição das informações a serem


extraídas dos estudos selecionados. Para analisar e em seguida sintetizar os
artigos selecionados com base nos critérios de inclusão, elaborou-se duas
tabelas para coleta das informações, almejando auxiliar na resposta à questão
norteadora dessa revisão integrativa.
Para analisar e interpretar os dados de forma organizada e sintetizada,
as duas tabelas compreenderam os seguintes itens: quadro 04 - número,
identificação, autores, base de dados e ano de publicação; quadro 05 - número,
identificação, periódico e resultados.

3.10 ETAPA 4: Avaliação dos estudos incluídos na revisão


integrativa

Realizou-se então uma análise crítica dos artigos encontrados,


observando a similaridade entre os resultados que ajudassem a responder à
questão norteadora do estudo. Dessa maneira, esta análise fora realizada de
maneira minuciosa, almejando encontrar respostas para os objetivos
elaborados.

3.11 ETAPA 5: Interpretação dos resultados

Nessa etapa a discussão dos principais resultados é realizada. Após o


estudo dos artigos através de leitura textual, foi realizada uma vistoria a fim de
encontrar as respostas para as dúvidas levantadas nas publicações dos artigos
com corte temporal dos últimos dez anos.

3.12 ETAPA 6: Apresentação da revisão/síntese do conhecimento

Para chegar à conclusão dessa revisão integrativa, essa etapa


apresenta a síntese das evidências que foram encontradas. Nesse estudo
foram encontrados os métodos que o enfermeiro utiliza para identificar a dor do
paciente neonatal, a principal escala de avaliação neonatal mencionada e quais
os manejos que o enfermeiro realiza a fim de aliviar a dor do RN na UTIN.
4 RESULTADOS

Através desse estudo foi possível encontrar pesquisas que tratam do


papel da enfermagem na identificação e avaliação da dor dos recém-nascidos
em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, bem como o conhecimento do
enfermeiro acerca das escalas para utilização e avaliação da dor e os manejos
que esse profissional realiza a fim de aliviá-la.
A amostra inicial era composta por 239 artigos, sendo 67 (LILACS); 161
(BVS); e 11 (sciELO). As bases de dados, estratégias de busca
correspondentes e o número de artigos encontrados estão registradas no
quadro 02.

Quadro 02: Bases de dados, estratégias de busca e resultado de artigos encontrados .


Bases de dados Estratégias de buscas Resultados
LILACS (mh “neonatologia, avaliação da dor, manejo 67
da dor” OU mh “manejo da dor, avaliação da
dor, UTI neonatal” OU “uti neonatal”. Tempo
estipulado: 2008-2018).
BVS (mh “neonatologia, UTI neonatal, manejo da 161
dor” OU mh “dor neonatal” OU “manejo da
dor, avaliação da dor” OU “manejo da dor, uti
neonatal”. Tempo estipulado: 2008-2018.
SCIELO (mh “neonatologia, manejo da dor, avaliação 11
da dor” OU mh “manejo da dor, avaliação da
dor” OU “avaliação da dor, manejo da dor, uti
neonatal”. Tempo estipulado: 2008-2018).
Fonte: elaborado pelos autores.

A análise dos dados ocorreu através de leitura textual. De acordo com


Moraes (2003) a análise textual é fundamentada no exercício da escrita
enquanto ferramenta que auxilia na produção de significados.
Após coleta de dados foi realizada a seleção dos estudos primários,
levando em consideração a questão norteadora, os critérios de inclusão e
exclusão, e os objetivos do estudo anteriormente definidos. Após esse
refinamento, foi realizada a leitura e análise por título, que resultou na exclusão
de 223 artigos duplicados; posteriormente houve leitura dos resumos e textos
completos, eliminando artigos que não atendessem aos critérios de inclusão e
exclusão em cada etapa de seleção, o que nos levou a amostra final
constituída por 15 artigos apresentados de acordo com suas respectivas bases
de dados no quadro 03.

Quadro 03: artigos encontrados/selecionados.


Fonte informação Artigos encontrados Artigos selecionados
LILACS 67 1
BVS 161 12
SciELO 11 2
TOTAL 15
Fonte: elaborado pelos autores.

Através de busca realizada nas bases de dados LILACS, SciELO e BVS


utilizando os descritores e suas combinações, dos 239 artigos apenas 15 nos
últimos dez anos estavam incluídos inteiramente nos critérios de inclusão e
correspondiam a linha de pensamento para responder aos objetivos do estudo.

Quadro 04 - Instrumento de coleta de dados: apresentação da síntese dos artigos incluídos na


revisão integrativa: identificação, autores, bases de dados e ano de publicação.
N° Identificação Autores Bases de dados Ano
01 Avaliação e alívio da CRESCÊNCIOL Erica Biblioteca Virtual 2009
dor no recém-nascido da Paixão; em Saúde (BVS)
ZANELATOLL,
Suzana; LEVENTHAL,
Lucila Coca.
02 A dor e o recém- VERONEZ, Marly; Biblioteca Virtual 2010
nascido de risco: CORRÊA, Darci em Saúde (BVS)
percepção dos Aparecida Martins.
profissionais de
enfermagem
03 O enfermeiro no SUDÁRIO, Amanda Biblioteca Virtual 2011
manejo da dor Assunção; DIAS, Iêda em Saúde (BVS)
neonatal Maria Avila Vargas;
SANGLARD Leticia
Ribeiro.
04 Avaliação da dor no SANTOS, Luciano Biblioteca Virtual 2012
recém-nascido marques et al. em Saúde (BVS)
prematuro em
N° Identificação Autores Bases de dados Ano
Unidade de terapia
Intensiva

05 Pain assessment and MARTINS, Sandra Biblioteca Virtual 2013


control by nurses of a Willéia; DIAS, em Saúde (BVS)
neonatal intensive Fernanda Silva;
care unit ENUMO, Sônia
Regina Fiorim Enumo;
PAULA, Kely Maria
Pereira de.
06 O recém-nascido com CAETANO, Edilaine Biblioteca Virtual 2013
dor: atuação da Assunção et al. em Saúde (BVS)
equipe de
enfermagem
07 Equipe de AMARAL, Jesislei Biblioteca Virtual
enfermagem diante Bonolo do et al. em Saúde (BVS) 2014
da dor do recém-
nascido pré-termo

Quadro 04 (continuação)
08 Evaluation of pain in BOTTEGA, Fernanda Biblioteca Virtual 2014
neonates and children Hanke et al. em Saúde (BVS)
in intensive care
09 Conhecimentos e CAPELLINI, Verusca Biblioteca Virtual 2014
atitudes de Kelly et al. em Saúde (BVS)
profissionais de saúde
sobre avaliação e
manejo da dor
neonatal
10 Dor em recém- ARAUJO, Gabriella Biblioteca Virtual 2015
nascidos: Carvalho et al. em Saúde (BVS)
identificação,
avaliação e
intervenções
11 Prevenção e manejo MOTTA, Giordana de Literatura Latino- 2015
não farmacológico da Cássia Pinheiro da; americana e do
dor do recém-nascido CUNHAL, Maria Luzia Caribe em
Chollopetz da. Ciências da
Saúde (LILACS)
12 Manejo da dor MARTINS, Sandra Biblioteca Virtual 2016
neonatal: influência Willéia et al. em Saúde (BVS)
de fatores
psicológicos e
organizacionais
13 Manejo clínico da dor COSTA, Karina Feital Biblioteca Virtual 2016
do recém-nascido: et al. em Saúde (BVS)
percepção de
enfermeiros da
unidade de terapia
intensiva neonatal
14 Atitudes dos CHRISTOFFE, Biblioteca Virtual 2017
profissionais de saúde Marialda Moreira et al. em Saúde (BVS)
na avaliação e
tratamento da dor
neonatal
15 Neonatal pain: CAMPOS, Ana Paula Scientific 2018
knowledge, attitude Silva. Eletronic Library
and practice of the Online (SciELO)
nursing team
Fonte: elaborado pelos autores.

Ao realizar a busca na literatura foram encontrados o total de 239


artigos. Destes, através da leitura do título, foram exclusas 208 duplicatas.
Após identificação de estudos que não estavam na íntegra e não atendiam a
critérios básicos, a amostra se reduziu a 44 estudos. Em seguida houve o
refinamento desses estudos, dos quais apenas 15 atendiam a todos os critérios
de inclusão e possuíam recursos para responder aos objetivos anteriormente
definidos.
N. de artigos identificados no N. de artigos identificados em
banco de dados de buscas outras fontes (0)
(239)

N. de artigos após eliminar os duplicados (223)

N. de artigos rastreados (208) N. de artigos excluídos


(164)

N. de artigos em texto completo N. de artigos em texto


avaliados para elegibilidade completo excluídos,
(44) com justificativa (29)

N. de estudos incluídos para


revisão integrativa (15)

Figura 01: fluxograma do processo de seleção da amostra

No que diz respeito aos objetivos do estudo, utilizando referenciais


teóricos, metodologia e resultados, os artigos tiveram como foco, entre outros,
identificar e mensurar a dor, e descrever os manejos realizados nos pacientes
neonatais em UTIN. O quadro 05 de síntese apresenta as informações
extraídas dos 15 estudos selecionados.

Quadro 05: síntese dos resultados.


N° Identificação Autor Periódico Resultados
01 Avaliação e alívio CRESCÊNCIOL Revista Os métodos farmacológicos mais citados
da dor no recém- , Erica da eletrônica para o alívio da dor do RN foram o uso de
nascido. Paixão; de analgésicos e anestésicos locais. Os
ZANELATOLL, enfermage tratamentos não farmacológicos de alívio da
Suzana; m. dor foram a mudança de decúbito,
LEVENTHAL, massagem local, sucção não nutritiva, e o
Lucila Coca. banho de imersão.
Quadro 05 (continuação)
02 A dor e o recém- VERONEZ, Revista Reconhecimento da dor pelos participantes,
nascido de risco: Marly; Cogitare a utilização de medidas farmacológicas e
percepção dos CORRÊA, Darci enfermage não-farmacológicas, a punção venosa como
profissionais de Aparecida m. procedimento mais doloroso e a necessidade
enfermagem Martins. de reconhecerem, avaliarem e intervirem
neste fenômeno.
03 O enfermeiro no SUDÁRIO, Revista Os resultados evidenciaram que os neonatos
manejo da dor Amanda baiana de em cuidados intensivos, frequentemente
neonatal Assunção; enfermage submetidos a procedimentos dolorosos, nem
DIAS, Iêda m. sempre recebem analgesia.
Maria Avila
Vargas;
SANGLARD
Leticia Ribeiro.
04 Avaliação da dor SANTOS, Revista 100% da amostra acredita que o recém-
no recém-nascido Luciano brasileira nascido sente dor, 58,4% não conheciam as
prematuro em marques et al. de escalas; 70,8% não as utilizavam e
Unidade de terapia enfermage destacaram sinais fisiológicos e
Intensiva m. comportamentais como sugestivos de dor.

05 Pain assessment MARTINS, Revista As enfermeiras reconheceram a capacidade


and control by Sandra Willéia; dor. do RNPT de sentir dor e a importância do
nurses of a DIAS, Fernanda controle para amenizar os riscos no
neonatal intensive Silva; ENUMO, desenvolvimento infantil.
care unit Sônia Regina
Fiorim Enumo;
PAULA, Kely
Maria Pereira
de.
06 O recém-nascido CAETANO, Escola A amostra acredita que o RN é capaz de
com dor: atuação Edilaine Anna Nery. sentir dor e a avaliam por meio de alterações
da equipe de Assunção et al. fisiológicas e comportamentais, não há
enfermagem utilização de escalas de avaliação álgica
padronizadas. Realizam intervenções
farmacológicas e não farmacológicas.
07 Equipe de AMARAL, Escola Todos os profissionais concordaram sobre a
enfermagem Jesislei Bonolo Anna Nery. capacidade do RN de sentir dor. O choro, 42
diante da dor do (100%); face, 40 (95,2%); e frequência
recém-nascido do et al. cardíaca, 39 (92,8%), foram os parâmetros
pré-termo de avaliação mais mencionados. As
condutas citadas foram as não
farmacológicas.
08 Evaluation of pain BOTTEGA, Journal of Os dados foram submetidos à análise de
in neonates and Fernanda research conteúdo e emergiu a seguinte categoria
children in Hanke et al. fundamenta analítica: a enfermagem na avaliação e
intensive care l care. controle da dor de neonatos e crianças em
terapia intensiva.
09 Conhecimentos e CAPELLINI, Revista Os profissionais de saúde possuem
atitudes de Verusca Kelly et eletrônica conhecimentos acerca da dor neonatal,
profissionais de al. de contudo esse conhecimento não se reflete na
saúde sobre enfermage prática clínica.
avaliação e m.
manejo da dor
neonatal

Quadro 05 (continuação)
10 Dor em recém- ARAUJO, Revista A estratégia mais referida para a
nascidos: Gabriella baiana de identificação da dor foi a observação em
identificação, Carvalho et al. enfermage relação ao tipo de choro, todavia não foram
avaliação e m. utilizadas escalas para a avaliação da dor de
intervenções forma sistematizada. Para alívio da dor,
predominou a solicitação da avaliação do
profissional médico antes de qualquer ação.
11 Prevenção e MOTTA, Revista Uma variedade de intervenções não
manejo não Giordana de brasileira farmacológicas se mostra efetiva,
farmacológico da Cássia Pinheiro de apresentando baixo risco para os neonatos e
dor do recém- da; CUNHA, enfermage baixo custo operacional.
nascido Maria Luzia m.
Chollopetz da.
12 Manejo da dor MARTINS, Estudos de Reconhecem a importância do tratamento da
neonatal: Sandra Willéia psicologia. dor (97%), mas conhecem pouco sobre sua
influência de et al. avaliação e medidas (32%), realizando a
fatores maioria de 20 procedimentos invasivos sem
psicológicos e analgesia (70%).
organizacionais
13 Manejo clínico da COSTA, Karina Revista de A falta de verbalização do recém-nascido e
dor do recém- Feital et al. pesquisa esse fato dificulta a avaliação da dor,
nascido: cuidado é contudo é preciso estar sensível a outros
percepção de fundamenta sinais fisiológicos e comportamentais.
enfermeiros da l.
unidade de terapia
intensiva neonatal
14 Atitudes dos CHRISTOFFE, Escola Verificou-se que profissionais referem avaliar
profissionais de Marialda Anna Nery. a dor do RN por parâmetros
saúde na Moreira et al. comportamentais, mas não utilizam escalas
avaliação e e não realizam essa avaliação de maneira
tratamento da dor sistemática. A maioria dos profissionais de
neonatal enfermagem utilizam medidas não
farmacológicas para o alívio da dor, sendo o
enrolamento o mais utilizado.
15 Neonatal pain: CAMPOS, Ana Brazilian Há a necessidade de inserção dessa
knowledge, Paula Silva. Journal of temática nos cursos de graduação, pós-
attitude and pain. graduação e treinamentos e capacitações
practice of the nas maternidades de forma contínua, a fim
nursing team de que o profissional consiga relacionar a
teoria à prática e oferecer então a melhor
terapêutica ao recém-nascido e orientações
às mães.
Fonte: elaborado pelos autores.

4.1 Reconhecimento da dor neonatal

Os resultados foram obtidos de acordo com a avaliação crítica dos


autores, realizando comparação dos estudos juntamente ao tema em relação
ao objetivo da pesquisa.
Desse modo, observou-se que os artigos de número 08 e 14 não fazem
menção a respeito da capacidade do RN de receber e interpretar estímulos
dolorosos. Já o artigo de número 09 apresenta a porcentagem de 100% entre
médicos e enfermeiras que acreditam na percepção dolorosa do RN, porém no
mesmo estudo uma técnica de enfermagem não segue a mesma linha de
pensamento, acreditando que os pacientes neonatais não são capazes de
sentir dor. Nos demais artigos a concordância é unânime quanto a entender
que esses pacientes podem entender e interpretar a dor.
4.2 Identificação da dor neonatal

A respeito dos métodos utilizados pelo enfermeiro a fim de identificar o


paciente neonatal experienciando a dor, foram encontrados dois principais e
mais citados sinais, entre eles está o comportamental e o fisiológico. Dos 15
artigos encontrados, todos, com exceção dos números 08 e 11, relatam a
utilização dos dois sinais para identificar a dor do paciente. O artigo de número
08 menciona apenas os sinais comportamentais, e o artigo de número 11 não
faz menção de nenhum dos dois sinais.

4.3 Escalas de avaliação da dor neonatal

As escalas de avaliação da dor desses pacientes algumas vezes são


negligenciadas, dentre os 15 artigos, os de número 04, 06, 09, 10, 12 e 14
conhecem a existência das mesmas, mas não as utilizam. Os artigos 02, 08 e
13 não as mencionam. O artigo de número 01 faz menção de duas escalas de
avaliação da dor neonatal, sendo elas a NIPS e a escala de faces. E o artigo de
número 11 menciona apenas a escala Premature Infant Pain Profile (PIPP) e a
Neonatal Facial Coding System (NFCS). Já os artigos 03, 05, 07 e 15
mencionam e utilizam a Neonatal Infant Pain Scale (NIPS), sendo ela a mais
mencionada e utilizada pela maioria dos estudos.

4.4 Enfermagem e o manejo da dor do RN em UTI Neonatal

Ao realizar a leitura dos artigos foi possível identificar dois manejos,


sendo eles os manejos farmacológicos, e os não-farmacológicos. Dos artigos
analisados, os de número 04 e 05 não mencionam nenhum tipo de manejo
específico, já o de número 11 relata apenas o uso de tratamento não-
farmacológico. Os demais artigos discorrem a respeito de ambos os métodos.
No estudo de número 12 não há menção da utilização dos tratamentos
farmacológicos e não-farmacológicos.

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