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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO -

UFPE

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS - CCJ

FACULDADE DE DIREITO DO RECIFE - FDR

Direito Civil 6 - Atividade 4

Recife, 01 de Março de 2021.

Diogo Souto
Professor: Sílvio Romero Beltrão

Disciplina: Direito Civil 6

Aluno: Diogo Conrado de Carvalho Souto

Matrícula: 102.640.374-05

Recife, 01 de Março de 2021.


Questão 01: É possível o usucapião de bem pertencente ao falecido, em
herança jacente, em face de sua transmissão para o Município? responda e
apresente uma jurisprudência.

Sim, é possível, apesar de haver uma lacuna na lei para a situação


mencionada, a jurisprudência é pacífica conforme segue:

STJ - Recurso Especial: Exp. 209967 SP 1999/0030987-


1: HERANÇA JACENTE. Ementa: Usucapião. - Se a
sentença de declaração de vacância foi proferida depois
de completado o prazo da prescrição aquisitiva em favor
das autoras da ação de usucapião, não procede a
alegação de que o bem não poderia ser usucapido
porque do domínio público, uma vez que deste somente
se poderia cogitar depois da sentença que declarou
vagos os bens jacentes (arts. 1593 e 1594 do CC) – A
arrecadação dos bens (art. 1591 do CC) não interrompe,
só por si, a posse que as autoras exerciam e continuaram
exercendo sobre o imóvel. – Recurso não conhecido
(BRASIL, 1999).

Observa-se no julgado que o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, já


pacificado em todos os tribunais, revela a possibilidade do direito de usucapir bens
imóveis que compõem o acervo hereditário jacente, deixando clara a eficácia da teoria
da natureza constitutiva da sentença que declara a vacância.

Questão 02: De quem é a legitimidade passiva para responder ao processo de


Petição de Herança? pode cumular com ação de investigação da paternidade?

Quem fala sobre o pólo passivo da relação processual, é o art. 1.824, do


Código Civil, quem estatui que a ação de petição de herança deve ser ajuizada em
desfavor de quem esteja na posse da herança, tenha ou não qualidade de herdeiro e
pouco importando que o possuidor o seja pro herede ou pro possessore, em antiga
definição.

O art. 1.824, do Código Civil, estabelece que “o herdeiro pode, em ação de


petição de herança, demandar o reconhecimento de seu direito sucessório para obter
a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou
mesmo sem título, a possua”. Ora, o juiz não julga procedente ou improcedente o
nome da ação, mas, sim, o pedido formulado pelo autor. Além do que, o nome da ação
não é requisito da petição inicial, por isso que não figura no art. 282, do Código de
Processo Civil.

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