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02 de agosto de 2021

Caicó – Rio Grande do Norte


Prezada sociedade,
Consideramos nossos ideias e realidade progressistas, atribuindo isso as revoluções e
avanços tecnológicos contínuos, somos ensinados sobre acontecimentos históricos
precedentes à atualidade, analisamos seus altos e baixos no intuito de aprender com os erros
do passado e não os repetir.
As ocorrências cotidianas também são história, agora servindo as futuras gerações. A
negligência governamental, o desrespeito aos direitos humanos e ambientais, crises
econômicas, irresponsabilidade social serão os pontos negativos a serem analisados no
contexto socioeconômico do país nessas últimas décadas.
O Brasil é um país continental, não apenas geograficamente, mas contando com uma
diversidade étnica, cultural e natural singulares, ao mesmo passo que está repleto de
corrupção e descriminação, enraizadas por políticas colonistas, ideias sexistas, patriarcais,
racistas e homofóbicas, respectivamente.
No atual cenário mundial, os problemas enfrentados por esta nação se ampliaram,
apesar dos discursos negacionistas e muitas vezes inverídicos enunciados por um chefe de
governo que negligencia a saúde de mais de 200 milhões de pessoas, assim como outros
aspectos humanos. Nos deparamos com uma taxa que ultrapassa meio milhão de mortos
pela covid-19, florestas e museus queimando, aumento da fome em 9 milhões de pessoas
desde 2018 – conforme pesquisa da Rede Penssan, gastos absurdos para produtos ou
serviços não essenciais e em meio a todo esse caos sua maior preocupação são rinchas
políticas, a candidatura eleitoral e o incitamento a quebra de normas sanitárias.
A educação também sofre com esse cenário, enquanto fábricas, lojas, bares e
restaurantes estão sendo abertos a multidões, as instituições públicas de ensino mantêm
suas portas fechadas, sucedendo na expansão de um fenômeno chamado evasão escolar,
principalmente com aqueles que enfrentam dificuldades relacionados a renda familiar e
consequentemente acesso à internet para as aulas remotas, atingindo mais precisamente
jovens do Norte e Nordeste do país, negros, indígenas ou que portam algum tipo de
deficiência.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), anunciou em maio deste ano, uma
possível inviabilização de funcionamento, devido a cortes nos orçamentos, o que desassistiria
mais de 50 mil alunos. São instituições como essas, as pioneiras no desenvolvimento de
pesquisas cientificas e tecnológicas nacionais e internacionais, sem contar com a
contribuição na linha de frente contra a covid, tanto no âmbito acadêmico quanto no envio de
alunos recém formados para trabalhar em cargos na área da saúde.
No momento que mais carecemos de um líder, alguém que escute, apoie e guie a
população em busca de soluções, estamos à mercê de uma figura política antidemocrática,
no entanto, a responsabilidade não recaí somente a ele ou outros representantes no poder,
afinal, eles estão ocupando determinados cargos em função de uma escolha comum
majoritária, então espelhando de alguma forma quem os elegeu, ou sua maior parte. O mais
perturbante é ainda haver uma significativa parcela de pessoas que apoia essa
administração, 24% - equivalente a aproximadamente 51 000 000 dos brasileiros -
consideram a administração do governo como boa/ótima, segundo pesquisas feitas pelo
Ibope em maio.
Dentro das escolas e universidades estão sendo formados os cidadãos que
constituirão o presente e futuro do país, portanto eles devem ser preparados e norteados da
melhor forma possível, os impostos governamentais devem cumprir seu papel de aplicação
as necessidades dos brasileiros, uma democracia onde trabalhos indiretamente para nós
mesmos e nossas famílias.

Tendo como fundamento os argumentos apresentados, é notável a desvalorização da


ciência, educação e saúde nacionais, pela incúria administrativa nesses campos, somados ao
agravamento trazido pelo quadro pandêmico e pela imprudência popular ao não ouvirmos
propostas ou não questionarmos, é essencial procurar estudar ou observar o que acontece
em seu próprio país e buscar maneiras de tentar reverter essa realidade, pela
autoconscientização e repasso desse conhecimento aos socioeconomicamente
impossibilitados. Logo, a participação política é essencial, mesmo sendo entediante ou
complicado, é nosso dever como pessoa e cidadão com esse país e com nossos
compatriotas.

Atenciosamente,
Mavra Girl

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