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Mini curso de conjurações

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INTRODUÇÃO A MAGIA DAS ILUSÕES


Também denominada magia de palco e magia performática, a magia de
conjuração ou ilusão trata de ilusões "miraculosas" e efeitos especiais. Feita
para espantar e mistificar os observadores, as artes da conjuração se
originaram com os primeiros xamãs. A magia e o teatro sempre estiveram
ligados à figura do mágico (xamã, profeta, feiticeiro). Teatro significa "Ver os
deuses". Diversos tipos de performance, como atos de magia, acrobacias,
malabarismo, marionetes e pirofagia tiveram origem nesses rituais.
Lembre-se da transformação do cajado de Aarão e dos mágicos egípcios em
cobras diante do faraó. A cobra de Aarão come as cobras dos magos egípcios,
indicando que os hebreus conseguirão sua liberdade. A magia era usada para
concretizar a profecia. A magia das ilusões e das conjurações abre uma porta
na realidade mundana para o reino mágico que revela verdades mais
profundas.
Donald Michael Kraig diz: "O ilusionismo geralmente se divide em três
categorias principais: palco, salão ou close-up. A diferença é o lugar da
apresentação e a distância da audiência para o mágico. Há também outro
conjunto de categorias que não se relacionam ao ambiente, mas, sim, à
apresentação. Assim, a mágica de comédia pode ser feita em um palco, num
salão ou close-up. Isso também vale para o mentalismo, truques de
prestidigitação (mais frequentemente descrito como mágica manipulativa),
mágica bizarra, etc. Obviamente, as "Grandes ilusões" de Copperfield ou
Siegfried & Roy, com assistentes que desaparecem ou grandes felinos, muitas
vezes se limitam ao palco, embora algumas menores possam ser apresentadas
em um contexto de salão ".

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EFEITOS ESPECIAIS MAGICOS por Jeff "Magnus" McBride


Hoje assistimos a mágicos de palco cortarem lindas mulheres ao meio na TV e
depois restaurá-las à sua sorridente forma original, ou ilusionista de Las Vegas
se transformarem em tigres brancos. "Isso não é mágica de verdade",
poderíamos dizer ... ou será que é? Eles estão contando uma história? Será
que eles podem mesmo mudar de forma? Será que esses dramas exotéricos
tão pouco atraentes não estão apontando para além de si mesmos, para os
temas esotéricos maiores da mitologia e do ritual? O xamã e o mágico têm
muito em comum na função de contar o mistério dos grandes dramas da vida,
morte e renascimento, e ainda têm muito o que aprender um com outro! A
maior parte dos mágicos que vemos no palco e na TV não tem consciência das
origens xamânicas de sua arte. Até recentemente, a maior parte dos ritualistas
modernos não havia esquecido o saco de truques tradicional dos xamãs. Ao
longo dos últimos 11 anos, estive envolvido com a criação de experiências
teatrais rituais para a comunidade mágica. Como mágico de palco e diretor de
teatro ritual, reuni uma coleção de truques mágicos para acrescentar a seu kit
de feitiços. Vamos dar mais uma olhada nas técnicas que nos foram
repassadas por nossos ancestrais mágicos. Muitas diversões populares
remontam a uma única fonte - os rituais do xamanismo, rituais funcionais de
padrão similar que operavam em uma variedade de sistemas metafisicos. O
ritual mágico autêntico muitas vezes precede a magia popular. Tipos muito
diferentes de performance, como atos mágicos, acrobacia, marionetes e
pirofagia comprovadamente derivaram de, ou pelo menos foram precedidos
por, fenômenos desses rituais e, assim, formam a estrutura geral de uma teoria
geral das origens.
A magia e seus efeitos especiais foram usados para melhorar o teatro ritual
desde que o primeiro fogo foi aceso. O espanto e o terror gerados pelos
primeiros xamãs erguiam os participantes do ritual a um plano mais elevado de
consciência. No teatro ritual, buscamos passar os participantes para esses
estados de transe, algumas vezes chamados de estados alterados de
consciência ou estados xamânicos de consciência. 3 Os efeitos mágicos
ritualizados de Cesto Hindu, o Truque da Corda do Leste da Índia ou o Coro
Grego são jornadas alegóricas a outros mundos, nas quais o mágico atravessa

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uma morte e um renascimento simbólicos, temas sempre presentes nas


mitologias do mundo. Os participantes do teatro ritual não apenas ouvem o
contador de histórias expor o conjunto, mas também testemunham o drama
enquanto ele é representado no palco, que é o campo do trabalho ritual.

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MAGIA OU ILUSÃO? por Jeff "Magnus" McBride


Um xamã invoca seus espíritos aliados e "escapa" das correntes que o
prendem durante uma sessão de cura. A estátua de uma deusa "fala" com a
sacerdotisa durante o ritual de adivinhação oracular. Um sacerdote passa uma
espada através de seu corpo, "provando" que é imortal e também o mago mais
poderoso da tribo. Esses truques da profissão estão entre as realizações mais
comuns da arte xamânica.
Em meu trabalho como mágico de palco e criador de experiências teatrais
rituais, muitas vezes me perguntam se eu acredito que o que acontece nesses
casos é magia "real". Trata-se de poderes "reais" ou de truques? Essa
discussão pode ser exaustiva e não é importante. A história está cheia de
relatos de milagres. Para o crente, nenhuma resposta é necessária; para o
cético, nenhuma é aceitável. As exibições mágicas de poder funcionam em
certo grau, não importa se o xamã ou curandeiro está usando truques ou não.
Teatralmente, essas habilidades mágicas são usadas como um modo de
aumentar a energia reunida para a intenção ritual.
"O ilusionismo xamânico, com seu ventriloquismo e suas fugas, busca romper a
superficie da realidade, por assim dizer, para provocar o aparecimento de uma
super-realidade que é "mais real" do que o ordinário. O princípio do "mais real"
como terreno virtual da realidade liga o espetacular e os truques fraudulentos
às demonstrações das capacidades fisicas "sobrenaturais" do corpo em estado
de transe".
Nós, ritualistas, buscamos criar um espaço mágico entre os mundos, longe do
mundo comum - para usar a frase de Kirby, "Mais real do que o real", criar um
senso elevado de possibilidade mágica em nosso ritual e em nossa vida. Com
frequência, a verdadeira transcendência é sutil demais para ser facilmente
percebida por um grande grupo. Podemos dizer que essas ilusões criadas são
uma tradução daquilo que está acontecendo de verdade. Ao construir
experiências efetivas de teatro ritual, o conhecimento de efeitos mágicos
elementares e a rapidez das mãos podem trazer resultados espantosos.

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PÓS E POÇÕES
Luzes feéricas e água brilhante (Magnus)
Efeito: uma luz mágica é emitida pelos instrumentos rituais dos magos. Cores
brilhantes maravilhosas enchem o Círculo ritual.
Arcano: LED* (diodos emissores de luz) podem ser escondidos sob, dentro ou
por trás de objetos de altar e ferramentas para fazê-los brilhar com luz mágica.
Um LED azul a bateria no fundo de um cálice vazio emite um belo brilho,
criando um efeito sobrenatural.
Transformação da água em bebida mágica (Oberon)
Efeito: esta é ótima para crianças. O feiticeiro faz uma fila de taças vazias.
Pega uma jarra transparente de água pura e derrama um pouco em cada copo.
Ao fazê-lo, a água em cada copo fica de uma cor diferente. Os copos podem
ser repassados e bebidos e cada um terá um sabor e um aroma diferente.
Arcano: compre um pacote de taças de plástico para piquenique com os
pezinhos desmontáveis. Compre também algumas garrafinhas de corante
alimentício e essências e ponha algumas gotas de cor diferente no fundo de
cada copo, com uma única gota de essência que combine com a cor. Deixe
que o corante e a essência sequem completamente e eles se tornarão
praticamente invisíveis. Daí, ao derramar água pura por cima, o corante e a
essência vão se dissolver e colorir a água. Acrescente açúcar e gelo à água da
jarra e diga à sua plateia que são bebidas mágicas!
A vela que volta a acender (Oberon)
Efeito: uma vela é soprada. Um fósforo é aceso por cima da vela. A chama do
fósforo salta no ar e volta a acender a vela. Isso pode ser repetido muitas
vezes.
Arcano: basta uma vela e fósforos comuns. Acenda a vela e deixe-a queimar
por um minuto ou dois antes de soprá-la. Então, acenda um fósforo e coloque
sua chama diretamente na coluna de fumaça que sai da vela, a uns dois
centímetros do pavio. Faça várias vezes para determinar exatamente a
distância que o fósforo tem de ficar da vela.
Feitiços de flash (Magnus)
Efeito: durante uma simples cerimônia de incineração, os ritualistas recebem
pequenas folhas de papel para escrever suas intenções e atirá-las ao fogo. O

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papel queima instantaneamente em um clarão, criando uma carga muito maior


e um momento "mais real do que real".
Arcano: esse papel especial que emite um clarão ao queimar é vendido em
todas as lojas de mágica.
Chamas coloridas (Magnus)
Efeito: chamas estranhamente coloridas dançam quando o feiticeiro faz a sua
adivinhação oracular com as vozes e as imagens que aparecem no fogo.
Arcano: diversas misturas químicas podem ser lançadas ao fogo para mudar as
cores das chamas. Dessa forma, cria-se um efeito sobrenatural em uma
meditação de contemplação do fogo. Esses compostos podem ser comprados
em lojas que vendem artigos para lareira.
Fagulhas na ponta dos dedos (Magnus)
Efeito: ao invocar divindades para o Círculo ritual, o mago passa as mãos
sobre o fogo e fagulhas brilhantes dançam nas chamas, erguendo-se como
uma oferenda para o céu.
Arcano: pegue uma pederneira de refil de um isqueiro Zippo e moa em seu
pilão. Salpique cuidadosamente sobre as chamas. Como em todos os efeitos
com fogo, a prática traz a perfeição!
Sopro de dragão (Magnus)
Efeito: as bruxas dançam em um Círculo e entoam os nomes de poder que
carregarão sua intenção. Elas giram cada vez mais rápido em tomo do fogo até
que os espíritos do fogo lancem uma descarga repentina de chamas para o céu
... que assim seja!
Arcano 1: Um punhado de pó de licopódio, atirado em segurança na fogueira
ritual no momento de uma concentração de poder, não apenas acrescenta
impacto teatral ao clímax do ritual, mas também serve como um sinal visua-
auditivo para que os participantes dirigem a energia reunida para a intenção
ritual. Tenha cuidado e pratique bastante para acertar a dose certa de pó, e
deixe-o bem longe dos esvoaçantes trajes rituais! O Licopódio é vendido com o
nome de "Pé-de-Lobo" em lojas de mágica.
Arcano 2: (Oberon) embora não seja tão espetacular como o pó de licopódio,
Cremora (creme em pó para café) também cria uma bola de fogo
impressionante quando lançado nas chamas da fogueira ritual. Um pouco de
prática é necessário para aprender a conseguir o efeito mais dramático.
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Cremora funciona porque tem um alto teor de gordura. Outros cremes em pó


para café também funcionam, mas apenas se tiverem um alto teor de gordura.

Obs.: Cuidado: tenha muito cuidado com produtos químicos e fogo! Mesmo se
os produtos usados forem seguros, como os descritos aqui, podem não ser tão
seguros se usados com outros produtos químicos ou com os fortes remédios
para asma ou outros problemas médicos. Até mesmo uma coisa tão simples
como atirar Cremora no fogo pode ser um problema para uma pessoa com
asma que fique com o rosto cheio de fuligem ou se houver alguém perto
demais do fogo. Por isso, tenha cuidado com fogueira e sempre tenha por perto
uma prevenção apropriada contra incêndios e suprimentos de emergência:
extintor, areia, água e soda cáustica. E se quiser fazer experiências com
produtos químicos, faça isso na aula de Química, com supervisão de um
professor e não em volta de uma fogueira ou na sala da sua casa!

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PERFORMANCES
Muitos rituais têm mais sucesso quando seguem uma forma dramática, como
em uma peça, em que há uma acumulação de intenção, direção e energia,
seguida por um clímax - a liberação de energia - e o desenlace final.
Componha o seu ritual ou performance como comporia uma peça. Use-o para
contar uma história, uma cena levando à próxima, até que você tenha dito o
que tinha para dizer. A seguir, veja algumas das muitas dicas e truques do
oficio que podem ser aplicados ao ritual teatral (aquele que chama atenção aos
olhos e não pelos seus resultados). Ao estudar a performance de mágicos e
atores, podemos nos inspirar para elevar ainda mais nossos rituais aos reinos
da "magia real". Planeje seu ritual como uma performance e a sua performance
como um ritual.
Arenga e Ritmo: Arenga é como os conjuradores chamam as coisas que dizem
enquanto realizam suas ilusões. Pode ser uma simples descrição do que está
sendo feito (ou, ao menos, do que a audiência pensa que está sendo feito). Um
pouco de comédia pode ser bem divertido, especialmente se você puder operar
as ilusões nos momentos culminantes. A magia bizarra usa efeitos especiais
para ilustrar uma história, como no cinema. Essa é a magia usada pelos
feiticeiros desde tempos imemoriais - por isso, aprenda a contar uma boa
história para ilustrar a sua apresentação! Um axioma muito repetido no teatro
(especialmente na comédia) é que "ritmo é tudo!". Controle o ritmo de sua
performance. Não corra na sua arenga; fale claramente e bem alto, para que
todos possam vir. Faça pausas entre as frases e parágrafos para dar à plateia
uma chance de se envolver - especialmente se ela precisar responder de
algum modo (por exemplo, pelo riso). Respire fundo e faça uma voz mais
grave, como a dos locutores de rádio, para emprestar-lhe maior ressonância e
poder.
Movimentos: quando você está aprendendo a fazer ilusões, deve praticar e
ensaiar muitas e muitas vezes diante de um espelho até que possa realizá-las
suavemente, sem deixar cair nada nem atropelar o que vem a seguir. Primeiro,
treine os movimentos e depois acrescente a arenga ou fala. Não mostre uma
ilusão para ninguém mais até que tenha ficado satisfeito com os ensaios do
espelho!

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Palco: algumas ilusões ficam melhores com uma mesa diante de você - por
exemplo, a mesa de jantar. Para muitas delas, é preciso uma toalha de mesa.
Outras são melhores quando você fica a uns três metros de distância do
público. Elas sempre devem ser feitas com um fundo escuro, por exemplo,
cortinas pretas - especialmente aquelas que usam fios invisíveis. A luz não
deve ser muito brilhante para ilusões com fios; as velas são uma fonte de luz
ideal e também contribuem para uma atmosfera misteriosamente "mágica".
Trajes: o aspecto teatral da mágica e da ilusão ajuda a transportar não apenas
o praticante, mas também o observador para outros reinos - uma simples
máscara e uma capa transformam o "Velho Chicão" na própria imagem de um
ser mágico e poderoso! Diversos ilusionistas criaram trajes distintos para si,
desde mantos tradicionais De feiticeiro e capotes até fraques e cartolas. Um
traje com muitos bolsos e peças soltas (mangas longas, capa, capote, jaqueta,
chapéu, etc.) permite esconder diversos acessórios e utensílios. O membro do
Gray Council, Jeff "Magnus" McBride, que contribuiu com grande parte do
material desta aula, é um ilusionista famoso mundialmente, muito conhecido
por seu uso de máscaras (mostradas aqui). Assim, quando estiver construindo
a sua performance de ilusões e conjuração, pense nos seus trajes também e
crie algo apropriadamente mágico e misterioso.
Acessórios (por Dave Birtwell): A magia bizarra é muitas vezes apresentada
como se fosse "real". Um bom exemplo seria imaginar que toda a magia que
aparece nos romances de Harry Potter é real. Os acessórios muitas vezes
representam esse papel. Isso significa que o acessório apresentado como um
antigo Grimório deve parecer um antigo Grimório, e não alguma coisa
comprada na loja de 1,99. Se estiver usando lenços, consiga lenços com um
desenho arcano bordado. Se usar uma garrafa, prepare um rótulo misterioso
para ela. Para caixas ou livros, acrescente desenhos em relevo feitos com
massa epóxi e pintados - você pode até colar olhos falsos e outras decorações
compradas em uma loja de artesanato. Use a imaginação e seja criativo!
Raios: Dois mágicos fazem o mesmo truque. Eles aparentemente têm a
mesma habilidade, mas um deles espanta o auditório enquanto o outro não
causa nenhum efeito. Por quê? Uma das possíveis razões poderia ser o que o
famoso professor de atuação, Konstantine Stanislovski, chamava de raios.
Com isso, ele queria dizer que os artistas deviam de fato acreditar naquilo que
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estavam fazendo. Quando eles o fazem, projetam "Raios", o que faz com que a
plateia acredite no que foi feito. Obviamente, como um mágico, você sabe que
não está realmente fazendo aquela moeda desaparecer. Mas se imaginar
como seria se pudesse fazer a moeda desaparecer, pode projetar esses raios e
a plateia vai acreditar.
Loja de mágica: se você vive em uma cidade grande, recomendo uma visita à
loja de equipamentos de mágica. Veja o que eles têm a oferecer e converse
com as pessoas. Já tenha em mente uma ideia do tipo de ritual que quer fazer
antes de ir e nem mesmo pense em comprar nada que não tenha a ver com
seus propósitos. Você não está simplesmente tentando realizar truques, mas,
sim, criar efeitos especiais para melhorar seus rituais e trabalhos. Mais tarde,
se se interessar pelo simples entretenimento, você pode voltar à loja.

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GLOSSÁRIO E TERMOS NA MAGIA DAS CONJURAÇÕES E


ILUSÕES
Magia: qualquer coisa que pareça impossível ou miraculoso ao observador,
especialmente a simulação do miraculoso ou paranormal por meio secreto,
mas fisicamente normal.
Conjuração: a arte de criar efeitos mágicos e ilusões (a mesma palavra
também é usada para invocar ou chamar espíritos, o que é bem diferente!).
Magia bizarra: uma apresentação de mágica com ênfase na história e no
entretenimento em vez de apenas tapear a plateia. Elementos teatrais são
adicionados para fazer de toda a operação uma experiência mágica.
Legerdemain: ("mãos leves"): mágica de performance ou conjuração.
Prestidigitação: ("dedos rápidos"): velocidade das mãos, que exige destreza
manual, muitas vezes sem aparelhos ou acessórios.
Mentalismo: imitação de fenômenos psíquicos, extrassensoriais e paranormais
usando métodos normais, mas secretos.
Arenga: fala usada por um conjurador para acompanhar sua apresentação.
Rotina: uma série estabelecida de movimentos ou efeitos realizados como uma
única unidade.
Trabalhar: realizar as ações fisicas que resultam em um efeito mágico. Pode
ser desde apertar um botão em uma caixa até um movimento particular.
Efeito: aquilo que a plateia vê. Ilusão: um efeito no qual as aparências são o
contrário da realidade. Esse termo normalmente é aplicado aos grandes
truques de palco, ou "grandes ilusões", como o desaparecimento de pessoas
ou grandes animais.
Levitações: ilusões que aparentemente desafiam a gravidade, nas quais uma
pessoa ou objeto aparece suspenso no ar, sem suporte visível.
Produção: fazer as coisas aparecerem aparentemente do nada.
Arcano: o segredo. Subrepticiamente: secretamente; de um modo
completamente despercebido pela audiência. Ocultar: esconder; colocar em um
local secreto.
Empalmar: segurar um objeto pequeno na mão de modo que, combinado com
instruções errôneas, a sua audiência não perceba que está ali. Há diversos
modos de empalmar: de frente, de costas, com os dedos, etc.

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Troca: uma substituição secreta, na qual um objeto é subrepticiamente


substituído por outro. Escamoteação: um movimento de mão secreto usado
para conseguir um efeito.
Carregar: introduzir algo secretamente no recipiente, antes ou durante o truque
no qual aquilo é magicamente produzido.
Furtar: apossar-se de um item secretamente. Orientar: dirigir a atenção da
plateia para um ponto diferente em que o "trabalho" por trás do efeito está
sendo realizado. No palco, isso pode ser feito com som, luzes ou pessoas se
movendo ou apenas olhando em uma direção diferente. Para pequenas
audiências, isso pode incluir palavras, olhares e outras formas de linguagem
corporal.
Acessório: qualquer objeto usado em uma performance que não seja parte do
traje do conjurador.
Varinha: uma varinha padrão de mágico tem comprimento de 30 a 40
centímetros e cerca de 2 centímetros de diâmetro. Isto é o símbolo e a
essência do poder do feiticeiro.
Aparato: acessórios especialmente preparados para truques, em oposição aos
artigos comuns.
Dispositivo: um aparelhinho secreto que faz o truque funcionar.
Servante: uma prateleira oculta ou um bolso suspenso escondido por trás de
uma mesa ou cadeira para receber os itens descartados ou trocados.

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CONJURAÇÕES ILUSÓRIAS (MAGIA DO GLAMOUR)


Ao se iniciar na conjuração, não tente exagerar o número de ilusões
apresentadas em uma única performance. Duas, três ou quatro já serão
suficientes. Você logo aprenderá quanto se pode fazer antes que as pessoas
comecem a perder o interesse. Alguns dos mágicos mais famosos do mundo já
divertiram plateias durante longas carreiras com pouco menos de meia dúzia
de truques. Os seguintes efeitos e ilusões exigem preparação antecipada de
equipamentos e dispositivos especiais. Lembre-se: pratique bastante antes de
mostrar!
Ilusão: você pode tirar coisas de um envelope vazio ou transformar as coisas
em outras.
Arcano: pegue um envelope branco comum. Corte um pedaço de papel branco
(cartolina) exatamente do mesmo tamanho do envelope para que se encaixe
perfeitamente dentro. Dessa forma, você obtém um envelope duplo com duas
seções. Para fazer as coisas (lenços de seda, flores, notas, etc.) saírem do
envelope vazio, primeiro esconda-as no compartimento de trás e mantenha
esse bolso fechado com o polegar enquanto mostra à plateia que o da frente
está vazio. Depois feche a aba do envelope e ao abri-la novamente, desta vez
enfie o polegar no bolso de trás para mantê-lo aberto enquanto esvazia o
conteúdo na mão de alguém. Ao esvaziar o bolso de trás, mostra ao público
apenas o lado do envelope que não tem a abertura ou ele vai perceber o bolso
duplo. Use o mesmo truque para fazer as coisas se transformarem em outras.
Você pode transformar uma folha em uma pena, pétalas em uma flor ou
pedaços rasgados de uma folha em uma folha inteira.
Garrafa de Gênio: Efeito: você enfia uma ponta de um cordão comum na boca
de uma garrafa e a garrafa fica suspensa no ar enquanto você segura a outra
ponta da corda. Você pode até mesmo rodá-la e ela não vai cair. Em seguida, a
corda é removida e os objetos são passados pelo púbico para Inspeção.
Arcano: o segredo é uma pequena bola de borracha com o tamanho certo para
passar facilmente pelo gargalo da garrafa. A garrafa deve ser opaca, com
pescoço. A corda deve ter cerca de I centímetro de espessura. Mantenha a
bola de borracha no bolso até que chegue a hora de usar o cordão; deixe que a
plateia examine a garrafa. Empalme a bola na mão que segura a corda e deixe-
a cair na garrafa enquanto enfia a corda. Depois, vire a garrafa de cabeça para
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baixo, prendendo a corda e a bola no gargalo da garrafa. Quando tiver acabado


de sacudir e balançar a garrafa, puxe a corda delicadamente com a bola e,
cuidadosamente, empalme a bola assim que sair. Coloque-a no bolso
subrepticiamente e ofereça a corda e a garrafa para a plateia examinar
novamente.
Levitação de cartas: Efeito: você, e apenas você, pode fazer uma carta elevar-
se de um copo a seu comando. Você põe um copo vazio na mesa e um
baralho. Pede a um voluntário que escolha qualquer carta do baralho e passe a
você, que põe a carta no copo e desafia a voluntária a tentar fazê-la levitar.
Nada acontece. Você chama outro voluntário. Nada. Quando é a sua vez, você
pega a carta e faz alguma coisa "mística" (esfrega a carta na manga, diz uma
palavra mágica, bate nela com a varinha ... ). Coloca-a no copo e diz: "levite!".
Dessa vez, a carta lentamente levita a seu comando. Arcano: é preciso um
copo com os lados inclinados, mais estreito no fundo, com a abertura do
mesmo tamanho da largura da carta. O copo foi preparado de antemão;
esfregou-se um pedaço de sabão seco do lado de dentro, de lados opostos,
deixando duas listras de 1,5 centímetro de largura. Para inserir as cartas dos
voluntários, coloque-as do lado sem sabão. Quando for a sua vez, empurre a
carta pelos lados ensaboados e ela vagarosamente escorregará para cima pela
película de sabão.

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A VERDADEIRA CONJURAÇÃO NA MAGIA


A Conjuração é a capacidade de usar magia para convocar qualquer coisa à
sua presença, desde seres e objetos até elementos. É uma forma de Magia.
O usuário é capaz de utilizar uma forma de magia capaz de trazer à sua
presença qualquer coisa que ele deseje ter por perto, usando-a em seu
benefício. Ele pode conjurar seres de diversas naturezas para ajudá-lo em
combate ou fora dele (como monstros, espíritos, demônios e divindades, por
exemplo), objetos com qualquer utilidade, elementos ou energia mágica para
serem usados como ataque ou defesa, portais para transitar entre locais, entre
outras formas de uso.
- Habilidades:
 Criação - O usuário é capaz de conjurar qualquer coisa, mesmo que ela
não exista naquele momento ou local.
 Invocação - O usuário é capaz de usar suas conjurações para invocar
uma grande variedade de seres ou objetos.
 Feitiçaria - O usuário é capaz de conjurar feitiços de diversos tipos e
utilidades.
 Geração Elemental - Através de sua conjuração, o usuário pode adquirir
uma série de feitiços de ataque e defesa baseados em elementos.
 Geração de Energia - O usuário pode conjurar feitiços que usam energia
(geralmente energia mágica) como base para atacar ou defender.
 Teletransporte Mágico - O usuário pode conjurar feitiços para transportar
a si mesmo ou a outros indivíduos instantaneamente para um local
desejado.
 Criação de Portal Mágico - O usuário é capaz de conjurar portais para
levá-lo ao local que desejar.

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MAGIA DO CAOS
A Magia do Caos é relativamente nova, tendo sido criada em meados do
século passado. O termo aparece pela primeira vez na década 70, nas
publicações d‟O Livro dos Resultados de Ray Shervin e Liber Null do Peter
Carroll, que posteriormente fundaria a IOT, uma ordem que nasce se auto
proclamando herdeira mágica do Zos Kia, o sistema mágico pessoal de Austin
Spare, um artista e ocultista que morreu na década de 50.
Com forte influência da Wicca e Thelema, a ideia principal do Zos Kia, tal qual
é a ideia da Magia do Caos, era desmistificar o “oculto” e deixá-lo acessível a
todos, sem a necessidade de buscar conhecimento dentro de ordens mágicas
fechadas. E também a ideia de que cada um pode criar seu próprio sistema
mágico.
Embora hoje as pessoas pensem na Magia do Caos como um sistema mágico,
ela não é exatamente um sistema, mas sim uma filosofia. É basicamente a
ideia de que não precisamos de dogmas, doutrinas ou até mesmos
paradigmas, para fazer a magia acontecer, com o bônus de que podemos
utilizar qualquer sistema mágico, existente ou inventado, para realizar nossa
vontade.
Mas para entender por quê a Magia do Caos existe, vamos fazer um resumo
sobre a magia em geral.
Breve história da Magia
A magia sempre esteve presente na história da humanidade e é definida como
a possibilidade de realizar algo, sem necessariamente agir fisicamente nessa
realização. Todos nós conhecemos vários tipos de magia, sendo os mais
comuns as simpatias e as orações. Pedimos algo a uma entidade, a natureza,
ou ao universo em si, fazemos o ritual “necessário” e então esperamos que
nossa vontade seja magicamente satisfeita.
Existem vários sistemas mágicos, no entanto é possível dividí-los quanto aos
métodos e a egrégoras. No animismo, paganismo e xamanismo observa-se
que a natureza é a egrégora mais forte, separada em diversas egrégoras
menores. Assim você verá um culto geral a Gaia, Terra Mãe, Deusa, etc, além
do culto de cada elemento da natureza, como Lua, Sol, Chuva, Animais.

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Através de rituais primitivos nós pedimos a entidades naturais que realizem


nossas vontades, seja fazendo uma dança da chuva, seja pedindo proteção da
natureza, ou vestindo a pele e garantindo para si a força de um urso, por
exemplo.
Com o desenvolvimento da comunicação foi possível passar para as geração,
de forma inicialmente oral, as crenças e modus operandi dos sistemas mágicos
primitivos e também foi possível personificar esses elementos naturais, que se
tornaram deuses para aqueles que acreditavam.
Não mais se fazia rituais para a primavera, por exemplo, mas sim para Ostara,
que personificava a estação do ano mais importante para nós humanos. Não
se pensava no sol como uma estrela, mas sim como Aram, o Deus amarelo de
fogo, que posteriormente seria também Apolo.
Como existiram diversas tribos, cidades e cultura, cada elemento da natureza
teve uma personificação própria, mas a maioria deles era baseado em um
elemento natural importante e, normalmente, essencial para a manutenção da
vida humana. Por esse motivo os elementos básicos foram matéria prima para
criação da maioria das entidades que conhecemos.
Observe que por muito tempo a magia era feita em contato com a natureza e
com as egrégoras que se formavam em torno da crença. Não se sacrificava
animais por que o sacrifício em si tinha poder, mas sim por que o sacrifício era
uma oferenda a uma das entidades a qual o ser humano necessitava de
alguma coisa.
Ou seja, durante muitos milênios o ser humano acreditava que a magia residia
em fatores externos. Mas aos poucos, humanos que pareciam ter um contato
maior com a magia começaram a se sobressair, se tornando uma “egrégora”
por si próprios, na medida que seus pares acreditavam em seu poder. Muito
embora eles continuassem se portando como se fosse apenas uma conexão
com entidades conhecidas, o poder dessa conexão criava uma aura de poder
pessoal, fazendo com o que a magia começasse a ser percebida como uma
habilidade do próprio ser humano. Nesse cenário que as pessoas começavam
a serem vista como bruxas, magos e feiticeiros.
Normalmente os grandes feiticeiros de tribos sempre alcançaram postos de
liderança em comunidades onde existia algum tipo de hierarquia. Por sua vez
as hierarquias precisavam de regras para se manterem e se justificarem, o que
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foi transformado em dogmas e doutrinas, ingredientes essenciais para a


formação das religiões.
Nesse ponto a magia se tornou um instrumento de poder, em vez do natural
instrumento de sobrevivência. As crenças eram fortalecidas e passadas de
geração para geração. Assim a magia, sob a forma da religião, era o poder
absoluto, ou pelo menos o poder paralelo dentro das tribos e posteriormente
cidades ou reinos.
Com o advento das grandes religiões monoteístas a magia foi colocada em
apenas um recipiente. Apenas um Deus todo poderoso detinha poder mágico,
e apenas as pessoas “escolhidas” poderiam ter conexão com esse deus.
Quanto mais pessoas acreditassem em um Deus específico, mais forte ele se
transformava, assim como mais forte se tornava a instituição que fazia a
manutenção de sua crença. Quando as cidades começaram a se tornar mais
conectadas, essas religiões primitivas, que já tinham se tornado foco de poder,
começaram a fazer sua guerra santa, em que ou você era convertido ou era
morto. Essa parte da história todos conhecemos bem e As Cruzadas e A
Inquisição são as histórias mais sangrentas de nosso tempo.

Sistemas Mágicos
Apesar do monoteísmo ter conseguido matar quase todos aqueles que
praticavam qualquer outra forma de magia que não fosse rezar para o Deus
Abraâmico, muitos magos e bruxas sobreviveram e mantiveram os sistema
mágicos “naturais” e conseguiram manter a chama desse conhecimento viva,
embora marginalizada.
Com o monopólio monoteísta constituído, todas as demais formas de magia
foram jogadas no bolo do paganismo, que embora se manteve enfraquecido
por séculos, se manteve atuante e retornou a crescer, principalmente no
começo do século passado.
Wicca, Voodoo, Druidismo e diversos outros sistemas mágicos sobreviveram
ou foram organizados a partir de crenças antigas em novos sistemas e todos
eles se mantiveram marginais aos sistemas monoteístas, se tornando a
resistência ao sistema hegemônico da cultura local.
Desses sistema nasceram as Ordens Mágicas, que basicamente se utilizavam
das mesmas técnicas das religiões para se solidificarem, criando hierarquias
Sacerdotisa Aisha de Hela Página 19
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doutrinas e dogmas. O que acabava criando um exclusivismo e marginalização,


tal qual as grandes religiões criaram.

A Magia do Caos
Assim como sistemas menores criaram sua resistência às religiões
hegemônicas, a Magia do Caos surge como resistência geral a qualquer tipo de
hierarquia, dogma ou doutrina. É por isso que não podemos chamar a Magia
do Caos de sistema mágico, ela chega como uma filosofia, não como um
sistema.
A principal filosofia da Magia do Caos é que não importa qual crença, sistema
ou método você está utilizando, o que importa é se funciona ou não. Você pode
utilizar qualquer parte de qualquer sistema mágico para atingir seu objetivo,
assim como pode utilizar qualquer egrégora ou conjunto de egrégoras, ou
mesmo não utilizar sistema nenhum e focar apenas no poder de sua própria
vontade.
Essa é a ideia mais revolucionária na filosofia da Magia do Caos pois ela retira
o poder das religiões e das ordens mágicas e dá o poder ao indivíduo. Você
não precisa passar pelos rituais de iniciações de alguma ordem para conseguir
realizar mágica, você só precisa de conhecimento e vontade.
A vontade é um elemento que pode ser abundante e não precisa
necessariamente de fatores externos, mas o conhecimento não era assim tão
abundante um século atrás, e o conhecimento criado pelas ordens mágicas
eram restritos. Não atoa a Magia do Caos surge no início da era da informação,
quando o conhecimento começa a ser acessível a todos.
Não mais precisamos percorrer diversos níveis dentro de uma ordem secreta
para obter mais conhecimento, tudo que precisamos é de buscar esse
conhecimento. A revolução que a Magia do Caos trás é justamente essa, a de
distribuir o poder que antes estava concentrado em ordem fechadas, ou em
religiões que mantiveram conhecimento protegido até mesmo de seus próprios
seguidores.
Hoje temos acesso a praticamente qualquer tipo de conhecimento e é por isso
que a Magia do Caos floresce, principalmente neste século. Pelo fato da
filosofia da Magia do Caos beber do conhecimento de vários sistemas mágicos,
muitas pessoas definem a Magia do Caos como um meta-sistema, pela sua
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possibilidade de estudar qualquer um dos outros sistemas e se usufruir da


sabedoria deles, sem necessariamente ser escravo de um sistema específico.
Outra parte da filosofia da Magia do Caos é que “nada é verdadeiro, tudo é
permitido”, baseado diretamente na Lei da Thelema que prega “faz o que tu
queres pois há de o todo da lei”. Essa parte da filosofia vem com a ideia de nos
despir de várias crenças limitantes as quais fomos condicionados ao longo da
vida, principalmente pelas grandes religiões monoteístas. Qualquer um que
tenha sido criado em um país majoritariamente cristão, como no caso do Brasil,
cresce acreditando no dogma e na doutrina cristã, principalmente quanto às
proibições.
A moral é um mecanismo de controle, assim como as regras e proibições são
feitas especificamente para nos manter reféns da doutrina e impedir que
consigamos obter qualquer êxito que não seja dentro do dogma a qual somos
obrigados a seguir.
É por isso que na filosofia da Magia do Caos há um grande foco em nosso
descondicionamento. É muito difícil deixar para trás as crenças limitantes que
nos foram condicionadas desde criança, mas é importante, para que seja
possível usufruir de outros sistema mágicos, ou mesmo criar seu próprio
sistema mágico.
Um exemplo prático de uma crença limitante que os cristãos em geral estão
condicionados é que magia é coisa do demônio e que quem pratica magia vai
para o inferno. Claro que hoje temos ciência de que isso foi uma bem sucedida
campanha de marketing para que o cristianismo mantivesse sua hegemonia.
Não há como uma religião se manter deixando que seus adeptos conheçam
outros sistemas mágicos ou religiões, afinal isso deixaria um espaço para que
haja evasão do adepto. É essencial manter um sentimento de culpa no adepto,
ele não pode ser muito livre.
A Magia do Caos trás a boa nova: você é livre para fazer o que quiser, você é
livre para fazer valer sua vontade, você é livre para usar qualquer forma de
magia, você é livre para conhecer tudo que quiser conhecer.

O papel da crença
Visto que a Magia do Caos trás uma filosofia da liberdade e da desconstrução,
fica parecendo que a crença não tem um papel claro inicialmente, no entanto
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ela tem um papel primordial, mas não a crença em alguma coisa, mas sim a
crença por si própria.
Quando um católico está orando para seu Deus e pedindo alguma coisa ele
está usando o mecanismo da crença. Se ele não acreditasse que um ser divino
pudesse resolver seus problemas ele sequer rezaria para esse ser.
Da mesma forma, se nós não acreditarmos ser possível realizar um intento
através de nossa vontade, não teremos nenhum resultado, pois nossa própria
dúvida cria um bloqueio nessa realização. Afinal para quê gastar energia em
algo que não acreditamos que dará resultado?
Portanto a crença permanece importante pois ela que vai te manter no foco de
sua vontade. Troque suas crenças limitantes por crenças fortalecedoras. Ao
praticar algum ato mágico acredite em um resultado positivo, acredite que é
possível.

Sigilos e Servidores
Embora a Magia do Caos não tenha um sistema próprio, as técnicas
de sigilização e criação de Servidores Astrais se tornaram muito populares
entre os praticantes. Não são ideias novas, elas foram agregadas a partir de
outros sistemas mágicos mais antigos.
As técnicas de criação de sigilo foram reinventadas por Austin Spare e Peter
Carrol, mas já existiam em outras culturas, como a nórdica e africana. Sem a
limitação de dogmas a sigilização se tornou mais popular, afinal qualquer
pessoa pode criar um sigilo mágico para alcançar seu intento.
Fazer um sigilo não é nada mais do que criar um símbolo que representa um
desejo. A técnica mais comum é escrever o seu desejo, preferencialmente no
momento presente, como se já o tivesse alcançado. Retirar da frase as letras
repetidas, e então usar uma das variadas técnicas de sigilização para
transformar essas letras em um símbolo.
Existem várias formas de ativar o sigilo, sendo a mais comum através da
gnose, que é basicamente focar no sigilo em estado meditativo (conhecido
também como estado alpha). Existem diversas outras técnicas que utilizam
estados alterados de consciência, seja a exaustão, a raiva, a catarse, a paixão,
orgasmos ou através de substâncias químicas que alterem o estado de
consciência.
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A criação de Servos Astrais é parecida, no entanto você não cria um símbolo


de uma vontade específica, mas sim uma entidade mágica, com
características, personalidade e habilidades. É como um amigo imaginário, mas
também é como um ajudante. O servo pode realizar tarefas por tempo
indeterminado e seu objetivo não precisa ser específico.
Por exemplo, se você precisa tirar uma nota alta na prova do Enem desse ano,
você faz um sigilo especificando explicitamente que você quer passar nessa
prova. Ou você pode criar um servidor que, sempre que ativado, vai te ajudar a
passar em qualquer prova que você precise passar.

Servos Públicos
Com a facilidade da internet e popularização da Magia do Caos, algumas
pessoas começaram a não só criar um Servo Astral, mas deixá-lo livre para
que qualquer pessoa possa usufruir de suas habilidades.
Existem diversos Servos Astrais Públicos espalhados pela internet, sendo os
mais famosos os 40 Servos de Tommie Kelly, que são um tipo de
modernização de egrégoras que já são muito bem conhecidas por todos.
Outros Servos Astrais tem fins mais específicos como o Niro, que é um Servo
feito para facilitar sonhos lúcidos e viagens astrais.

Servos Públicos versus Servos Individuais


Embora muita gente tenha receio de utilizar Servos Públicos, a utilização de
egrégoras coletivas é muito comum em qualquer ordem mágica, inclusive é
mais comum utilizar egrégoras coletivas do que a gente criar uma nova
egrégora. Por exemplo, qualquer cristão pode rezar para qualquer santo
católico, mas para se tornar um santo católico o caminho é muito mais longo.
A filosofia da Magia do Caos aponta que podemos sim criar egrégoras e nos
tornarmos “magos” através de auto iniciação. Ela foca no “faça você mesmo”,
no entanto também somos livres para utilizar outros sistemas, inclusive
qualquer egrégora existente, sendo assim não há problema em utilizar Servos
Públicos, desde que eles se mostrem eficientes.
Outro ponto interessante dos Servos Públicos é que a egrégora deles tendem a
se tornar mais fortes quanto mais pessoas usarem. Um grande exemplo de um
Servo Público que evoluiu foi o brasileiro Abralas, que se tornou tão conhecido
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e respeitado, principalmente por ser eficiente, que já ascendeu ao posto de


divindade.
Servos Públicos vem como uma solução pronta e fácil de usar para as coisas
mais corriqueiras da vida. Todo mundo pode criar seu próprio Servo Astral para
conseguir o que quer, mas uma vez que você usa um servidor pronto que já
tem uma egrégora forte, você gasta menos energia e tempo no processo,
podendo direcionar essa energia para outra área de sua vida. Para além da
facilidade de uso, conhecer outros Servos aumenta nosso conhecimento e
ganhamos assim mais ferramentas para a criação de nossos próprio Servos,
ou mesmo na criação de nosso próprio sistema mágico.

Meu primeiro servidor (por Maryê Correia)


Essa é a história da minha primeira experiência com um servidor próprio, já
destruído inclusive. Eu só havia utilizado Fotamecus até então… Vou deixar
minhas dicas e compartilhar o que eu aprendi, foi uma experiência bem
interessante.
Eu havia descoberto a Magia do Caos recentemente e fiquei deslumbrada,
como se infinitas portas tivessem surgido diante de mim. O universo dos
servidores chamou minha atenção pela vasta liberdade criativa proporcionada,
o que já é uma característica do Caoísmo por si só. Resolvi então criar um
servidor pra chamar de meu.
Por quê?
Na época eu sofria com sentimentos bem ruins, típicos de um mapa astral
recheado de escorpião. Sim, estou falando principalmente de ciúmes. Aquilo
estava drenando minha energia e eu precisava agir, psicoterapia foi opção
apenas por um tempo.
“Vou criar um servidor pra eliminar o ciúme e promover o desapego emocional
em mim” -pensei.
A Criação:
Estabeleci o objetivo
Criei o nome do servo (um nome em inglês que tinha a ver com a função, aliás,
não recomendo vincular o servo à palavras já conhecidas por você, creio que
você não vá querer lembrar dele sempre que ouvir a palavra, certo? De

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qualquer forma, se você encontrar boas razões para fazê-lo, por quê não
fazer?)
Separei um objeto para ser o seu corpo físico (um pingente de chaveiro)
Criei uma frase de comando contendo a função dele e fiz um sigilo mântrico
que ao ser entoado deveria ativar um estado de espírito específico (a intenção
era usar só em momentos onde o sentimento ruim aflorasse)
Fiz um sigilo pictórico com base na imagem mental do servo
No contrato eu defini funções, tempo de vida, permissões e proibições,
forma de alimentação e destruição.
Também escrevi o ritual de ativação e o reli algumas vezes pra garantir estar
bem preparada no momento do ritual.
O Sopro de Vida:
Decidi seguir uma ritualística mais padronizada, por ser minha primeira criação.
Escolhi uma sexta feira, dia de Vênus. Tudo a ver com o propósito, que se
baseava em desenvolver o amor-próprio em contrapartida aos sentimentos
ruins.
Me preparei com um banimento, o RmP – Ritual menor do Pentagráma
Com o receptáculo (pingente) à frente fui meditando até estar num estado
alterado de consciência. Comecei com uma visualização dele criando vida,
sendo preenchido com minha energia e ficando cada vez maior, brilhante e
colorido. Tempo suficiente depois, oficializei sua ativação com um sopro de
vida em sua direção.
Me apresentei e li o contrato para ele
Terminei com algumas palavras e estava feito!! Depois disso fui dançar
loucamente.
Durante sua existência eu sentia sua presença através de arrepios e até já vi
seu nome em tiragens de tarot virtual, inclusive a definição da carta tinha tudo a
ver com ele. Essas sincronicidades são uma das melhores partes da magia!
Funcionou?
Posso dizer que sim, quando entoava o mantra eu sentia a paz ancorada, me
ajudou em muitos momentos críticos. Não foi exatamente como eu imaginava
(expectativas irreais rs), não extingui o ciúme da minha vida e virei um
buda, certamente minha inexperiência influenciou bastante no resultado. Outro
detalhe importante é que após um tempo, situações de perda começaram a
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surgir, ou melhor dizendo, sofri mudanças radicais e basicamente toda minha


vida antiga ficou pra trás e eu tive que recomeçar (não estou dizendo que isso
foi ruim, mas foi um processo bem chato, da forma como ocorreu). Até hoje eu
não comprovei se realmente o servidor teve algo a ver com a situação,
não quis investigar também, só sei que foi muito necessário lidar com níveis
elevados de desapego durante esse período!
Uma experiência intensa que me trouxe muito aprendizado, entre
eles: Atenção ao quê você deseja e como deseja!

Alguns Servidores Públicos

Imagem: sigilo de Fotamecus (por Fenwick Rysen).


FOTAMECUS

“Fotamecus era um sigilo que depois adquiriu consciência e se tornou um


servidor. Foram feitas modificações no Sigilo original de modo a torná-lo um
servidor viral.
A palavra Fotamecus em si é o sigilo mântrico original a partir do qual foi criado
o sigilo gráfico. Além de se concentrar no sigilo gráfico, existe a possibilidade
de se focar pela audição entoando o sigilo mântrico “fo-tuh-meh-kus”.
Fotamecus é um servidor que tem como foco manipular a percepção de
passagem do tempo. Seus criadores relatam uma situação onde um trecho
considerável foi percorrido em 15 minutos em uma viagem de carro. Porém, os
autores alertam que, como um efeito colateral, um trecho de tempo posterior foi
expandido de 15 minutos para 1 hora. Além disso, os criadores de Fotamecus
permitiram que este se duplicasse, portanto cada magista pode criar sua cópia
de Fotamecus, mediante um ritual simples de ativação, para que este o
acompanhe. Alternativamente, um magista pode solicitar a ajuda de um

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Fotamecus que já tenha sido criado, que virá até ele para realizar uma
atividade pontual, indo embora em seguida.

Imagem: sigilo de Abralas (por Victor Vieira).


ABRALAS

“ABRALAS é um Deus dos Caminhos, uma divindade que trabalha como


Facilitador de Fluxos e abrevia as burocracias da vida cotidiana, uma Chave
Mestra por excelência. Também chamado de Abridor de Caminhos, um „Natura
Solvente Universalis‟, seu trabalho consiste em mobilizar situações
complicadas ou inertes, ordenando-as e as fazendo fluir com maior
naturalidade, alcançando o progresso inteligente da melhor forma possível.
ABRALAS é um agente sintrópico do universo”.
Como diz o manifesto público do servidor, Abralas, que vem do termo Abre
Alas, é uma entidade famosa criada no Brasil, com a inspiração de Ganesha e
de seu antecessor Fotamecus (no sentido de produzir algo que ganhasse um
status de deus moderno, criado para ser viral), e sua fama nos círculos de
Magia do Caos é notável. Com centenas de declarações e agradecimentos
públicos, de longe é um dos servidores mais eficazes e famosos atuando no
país. Os muitos adeptos de sua função, que realizaram trabalhos pedindo que
usasse sua energia para gerar sincronicidades e situações que abrissem seus
caminhos, relataram continuamente uma eficácia intraduzível e hoje existe uma
lenda e especulação grandes sobre a possibilidade de Abralas ter evoluído de
sua condição de servidor simples para uma forma-deus, uma entidade
independente e poderosa, com uma atuação muito maior do que aquela para a
qual foi conduzido originalmente.

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Imagem: sigilo de Niro (por Viggor Indolori).

NIRO

“Niro vem de “onironauta”, que seria um termo para aqueles que trafegam
pelos sonhos. Niro é na verdade um psicopompo, um condutor das almas
focado no plano astral. Sua especialidade é facilitar o acesso ao inconsciente e
também aos planos sutis, de forma que ele atua tanto interna quanto
externamente, conciliando a psiquê do magista e trabalhando sua consciência
constantemente.
Os efeitos esperados do uso contínuo de Niro são: o aumento da capacidade
de se lembrar dos sonhos; a regulação de uma rotina de sono saudável; a
manutenção da pineal, de forma a aperfeiçoá-la; e o aumento da taxa de
projeções astrais conscientes”.
Outro servidor que vem sendo bastante utilizado nos círculos de Magia do
Caos, Niro é relacionado aos sonhos, aparecendo geralmente como um
dragão-serpente envolto em nuvens ou como uma escada prateada que leva o
magista ao mundo Onírico. Como descrito anteriormente, pode realizar vários
efeitos relativos a sonhos e projeções astrais, mas sua atuação busca sempre
o bem-estar do utilizador, minimizando-se assim efeitos nocivos ou colaterais.

Imagem: sigilo do Veado de Sete Chifres (por Felix Mecaniotes).


O VEADO DE SETE CHIFRES

“Pensando nos riscos, na violência e nos problemas de aceitação enfrentados


pela população LGBT, o Círculo da Viada Chama Púrpura decidiu criar um

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servidor que operasse exatamente nesta esfera, não só nos protegendo de


ataques físicos, assim também como ataques psicológicos”.
Como descrito na explicação, o servidor trabalha também na esfera da
aceitação de amigos e familiares, conjunção com os ancestrais da Viada
Chama e também emponderamento pessoal. Também atua prevenindo o
suicídio, que é uma causa muito comum de mortes LGBT no mundo. O Veado
de Sete Chifres pode ser energizado ou evocado a qualquer momento,
desenhando-se o sigilo mentalmente ou em meio físico.

Como estudar Magia do Caos?


Hoje existem diversos livros e sites sobre a Magia do Caos, mas o ponto
principal é a auto desconstrução. Para além de sigilos e servidores o essencial
é se desconstruir e para isso você precisa se conhecer e se entender. Por esse
motivo a meditação tem grande importância na magia do caos (assim como em
qualquer ordem mágica), pois ela dá uma base para esse auto conhecimento
uma vez que te tira do modo automático e te coloca no momento presente. O
ideal é ter uma rotina diária para a meditação, fazer com que ela se torne parte
de sua vida, lembrando que não importa qual tipo de meditação você vá utilizar,
só é importante que você pratique diariamente.
Então a primeira etapa para qualquer caoísta não é fazer sigilos ou servidores,
mas sim buscar pelo autoconhecimento, e mesmo nessa etapa você pode
utilizar qualquer sistema para isso, seja o taoísmo, o budismo ou mesmo ramos
da ciência, como a psicologia e neurologia. Você estuda a si e estuda o ser
humano em geral. É importantíssimo entender como nós funcionamos, para a
partir disso começar o caminho da mudança que queremos em nós.
Outra técnica importante além da meditação é a manutenção de um diário
mágico, algo que também está em vários sistemas mágicos por um
motivo: funciona. Embora existam exceções, nós humanos não temos uma boa
memória, e para evoluir conscientemente precisamos lembrar dos caminhos
que já percorremos, do conhecimento que foi adquirido, das ações que foram
realizadas.
O Diário Mágico, além de servir como um grimório de fácil acesso, também vai
solidificar melhor nosso conhecimento e nossas práticas. E não precisa ser um
diário só sobre magia, é importante que falemos sobre tudo que tem acontecido
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em nossa vida: vontades, projetos, sucessos, fracassos, vida amorosa e social,


arrependimentos e tudo mais.

Como já sabemos quem não conhece sua própria história tende a repetir os
mesmos erros, a ideia é manter acesa a nossa memória para não cometer os
mesmos erros e assim evoluir.
Para além desses instrumentos básicos, o próximo elemento essencial é o
conhecimento. Normalmente tendemos a algum tipo de objetivo inicial, então o
ideal é adquirir conhecimento que vão nos ajudar a realizar esses objetivos
básicos e esse conhecimento pode vir de qualquer sistema mágico ou não
mágico.
O conhecimento básico para qualquer um que inicia o caminho do despertar
são as próprias ciências. Felizmente temos grande acesso a qualquer um das
ciências, portanto não há obstáculos. Estude história, filosofia, psicologia,
sociologia, antropologia, neurologia e qualquer outra área da ciência que você
não domine. Costumo dizer que a ciência é o sistema mágico mais eficiente de
todos, não importa no que você acredita, mas certamente acredita na ciência
pois é através dela que você teve acesso a esse texto, por exemplo.
A próxima etapa é a prática. Não importa em qual nível de conhecimento você
esteja, você certamente pode tentar realizar magia da forma que bem entender.
O mais importante é praticar sempre e anotar os resultados. Observe que o
método é parecido com o método científico, mas aplicado de forma individual,
você realiza o teste, vê se funciona e registra.
Se não sabe por onde começar na prática, então faça o que for mais fácil
inicialmente, como a criação de um sigilo, ou o uso de um Servo Astral Público.
Existem diversas outras práticas para iniciar, como viagens astrais, sonhos
lúcidos e inúmeros tipos de divinação.
Hoje temos um acúmulo enorme de conhecimento tudo que precisamos é
buscar por ele. Mas lembre-se, cada um tem seu próprio caminho, não se
prenda no caminho de outros, a filosofia da Magia do Caos é experimental e
pessoal por natureza. Portanto medite, leia, escreva e pratique, isso é tudo que
você precisa para percorrer o caminho para ao despertar.

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