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Lei nº 10.

180/2001

1. LEI No 10.180, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2001.

1.1. Conversão da Medida Provisória nº 2.112-88, de 2001

1.2. Organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de


Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de
Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder
Executivo Federal, e dá outras providências.

1.3. Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA adotou a


Medida Provisória nº 2.112-88, de 2001, que o Congresso
Nacional aprovou, e eu, Antonio Carlos Magalhães,
Presidente, para os efeitos do disposto no parágrafo único
do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei:

2. TÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO SISTÊMICA

2.1. CAPÍTULO ÚNICO - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


2.1.1. Art. 1º Serão organizadas sob a forma de sistemas as
atividades de planejamento e de orçamento federal, de
administração financeira federal, de contabilidade federal
e de controle interno do Poder Executivo Federal.

3. TÍTULO II DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE ORÇAMENTO


FEDERAL

3.1. CAPÍTULO I - DAS FINALIDADES

3.1.1. Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orçamento


Federal tem por finalidade:

3.1.1.1. I - formular o planejamento estratégico nacional;

3.1.1.2. II - formular planos nacionais, setoriais e


regionais de desenvolvimento econômico e social;

3.1.1.3. III - formular o plano plurianual, as diretrizes


orçamentárias e os orçamentos anuais;

3.1.1.4. IV - gerenciar o processo de planejamento e


orçamento federal;
3.1.1.5. V - promover a articulação com os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, visando a
compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos
Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e
municipal.

3.2. CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS

3.2.1. Art. 3º O Sistema de Planejamento e de Orçamento


Federal compreende as atividades de elaboração,
acompanhamento e avaliação de planos, programas e
orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas sócio-
econômicas.

3.2.2. Art. 4º Integram o Sistema de Planejamento e de


Orçamento Federal:

3.2.2.1. I - o Ministério do Planejamento, Orçamento e


Gestão, como órgão central;

3.2.2.2. II - órgãos setoriais;


3.2.2.3. III - órgãos específicos.

3.2.2.4. § 1º Os órgãos setoriais são as unidades de


planejamento e orçamento dos Ministérios, da
Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa
Civil da Presidência da República.

3.2.2.5. § 2º Os órgãos específicos são aqueles


vinculados ou subordinados ao órgão central do
Sistema, cuja missão está voltada para as atividades de
planejamento e orçamento.

3.2.2.6. § 3º Os órgãos setoriais e específicos ficam


sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica
do órgão central do Sistema, sem prejuízo da
subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa
estiverem integrados.

3.2.2.7. § 4º As unidades de planejamento e orçamento


das entidades vinculadas ou subordinadas aos
Ministérios e órgãos setoriais ficam sujeitas à orientação
normativa e à supervisão técnica do órgão central e
também, no que couber, do respectivo órgão setorial.
3.2.2.8. § 5º O órgão setorial da Casa Civil da Presidência
da República tem como área de atuação todos os órgãos
integrantes da Presidência da República, ressalvados
outros determinados em legislação específica.

3.2.3. Art. 5º Sem prejuízo das competências constitucionais


e legais de outros Poderes, as unidades responsáveis
pelos seus orçamentos ficam sujeitas à orientação
normativa do órgão central do Sistema.

3.2.4. Art. 6º Sem prejuízo das competências constitucionais


e legais de outros Poderes e órgãos da Administração
Pública Federal, os órgãos integrantes do Sistema de
Planejamento e de Orçamento Federal e as unidades
responsáveis pelo planejamento e orçamento dos demais
Poderes realizarão o acompanhamento e a avaliação dos
planos e programas respectivos.
3.3. Seção I -Do Planejamento Federal

3.3.1. Art. 7º Compete às unidades responsáveis pelas


atividades de planejamento:

3.3.1.1. I - elaborar e supervisionar a execução de planos


e programas nacionais e setoriais de desenvolvimento
econômico e social;

3.3.1.2. II - coordenar a elaboração dos projetos de lei do


plano plurianual e o item, metas e prioridades da
Administração Pública Federal, integrantes do projeto de
lei de diretrizes orçamentárias, bem como de suas
alterações, compatibilizando as propostas de todos os
Poderes, órgãos e entidades integrantes da
Administração Pública Federal com os objetivos
governamentais e os recursos disponíveis;

3.3.1.3. III - acompanhar física e financeiramente os


planos e programas referidos nos incisos I e II deste
artigo, bem como avaliá-los, quanto à eficácia e
efetividade, com vistas a subsidiar o processo de
alocação de recursos públicos, a política de gastos e a
coordenação das ações do governo;
3.3.1.4. IV - assegurar que as unidades administrativas
responsáveis pela execução dos programas, projetos e
atividades da Administração Pública Federal mantenham
rotinas de acompanhamento e avaliação da sua
programação;

3.3.1.5. V - manter sistema de informações relacionados a


indicadores econômicos e sociais, assim como
mecanismos para desenvolver previsões e informação
estratégica sobre tendências e mudanças no âmbito
nacional e internacional;

3.3.1.6. VI - identificar, analisar e avaliar os investimentos


estratégicos do Governo, suas fontes de financiamento
e sua articulação com os investimentos privados, bem
como prestar o apoio gerencial e institucional à sua
implementação;

3.3.1.7. VII - realizar estudos e pesquisas sócio-


econômicas e análises de políticas públicas;
3.3.1.8. VIII - estabelecer políticas e diretrizes gerais para
a atuação das empresas estatais.

3.3.1.9. Parágrafo único. Consideram-se empresas


estatais, para efeito do disposto no inciso VIII, as
empresas públicas, as sociedades de economia mista,
suas subsidiárias e controladas e demais empresas em
que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria
do capital social com direito a voto.

3.4. Seção II -Do Orçamento Federal

3.4.1. Art. 8º Compete às unidades responsáveis pelas


atividades de orçamento:

3.4.1.1. I - coordenar, consolidar e supervisionar a


elaboração dos projetos da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária da União,
compreendendo os orçamentos fiscal, da seguridade
social e de investimento das empresas estatais;
3.4.1.2. II - estabelecer normas e procedimentos
necessários à elaboração e à implementação dos
orçamentos federais, harmonizando-os com o plano
plurianual;

3.4.1.3. III - realizar estudos e pesquisas concernentes


ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento do processo
orçamentário federal;

3.4.1.4. IV - acompanhar e avaliar a execução


orçamentária e financeira, sem prejuízo da competência
atribuída a outros órgãos;

3.4.1.5. V - estabelecer classificações orçamentárias,


tendo em vista as necessidades de sua harmonização
com o planejamento e o controle;

3.4.1.6. VI - propor medidas que objetivem a


consolidação das informações orçamentárias das
diversas esferas de governo.
4. TÍTULO III DO SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
FEDERAL

4.1. CAPÍTULO I - AS FINALIDADES

4.1.1. Art. 9º O Sistema de Administração Financeira Federal


visa ao equilíbrio financeiro do Governo Federal, dentro
dos limites da receita e despesa públicas.

4.2. CAPÍTULO II - A ORGANIZAÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS

4.2.1. Art. 10. O Sistema de Administração Financeira


Federal compreende as atividades de programação
financeira da União, de administração de direitos e
haveres, garantias e obrigações de responsabilidade do
Tesouro Nacional e de orientação técnico-normativa
referente à execução orçamentária e financeira.

4.2.2. Art. 11. Integram o Sistema de Administração


Financeira Federal:

4.2.2.1. I - a Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão


central;
4.2.2.2. II - órgãos setoriais.

4.2.2.3. § 1º Os órgãos setoriais são as unidades de


programação financeira dos Ministérios, da Advocacia-
Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa Civil da
Presidência da República.

4.2.2.4. § 2º Os órgãos setoriais ficam sujeitos à


orientação normativa e à supervisão técnica do órgão
central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao
órgão em cuja estrutura administrativa estiverem
integrados.

4.2.3. Art. 12. Compete às unidades responsáveis pelas


atividades do Sistema de Administração Financeira
Federal:

4.2.3.1. I - zelar pelo equilíbrio financeiro do Tesouro


Nacional;

4.2.3.2. II - administrar os haveres financeiros e


mobiliários do Tesouro Nacional;
4.2.3.3. III - elaborar a programação financeira do Tesouro
Nacional, gerenciar a Conta Única do Tesouro Nacional e
subsidiar a formulação da política de financiamento da
despesa pública;

4.2.3.4. IV - gerir a dívida pública mobiliária federal e a


dívida externa de responsabilidade do Tesouro Nacional;

4.2.3.5. V - controlar a dívida decorrente de operações


de crédito de responsabilidade, direta e indireta, do
Tesouro Nacional;

4.2.3.6. VI - administrar as operações de crédito sob a


responsabilidade do Tesouro Nacional;

4.2.3.7. VII - manter controle dos compromissos que


onerem, direta ou indiretamente, a União junto a
entidades ou organismos internacionais;

4.2.3.8. VIII - editar normas sobre a programação


financeira e a execução orçamentária e financeira, bem
como promover o acompanhamento, a sistematização e a
padronização da execução da despesa pública;
4.2.3.9. IX - promover a integração com os demais
Poderes e esferas de governo em assuntos de
administração e programação financeira.

4.2.4. Art. 13. Subordinam-se tecnicamente à Secretaria do


Tesouro Nacional os representantes do Tesouro Nacional
nos conselhos fiscais, ou órgãos equivalentes das
entidades da administração indireta, controladas direta ou
indiretamente pela União.

4.2.4.1. Parágrafo único. Os representantes do Tesouro


Nacional nos conselhos fiscais deverão ser,
preferencialmente, servidores integrantes da carreira
Finanças e Controle que não estejam em exercício nas
áreas de controle interno no ministério ou órgão
equivalente ao qual a entidade esteja vinculada.

5. TÍTULO IV DO SISTEMA DE CONTABILIDADE FEDERAL


5.1. CAPÍTULO I - AS FINALIDADES

5.1.1. Art. 14. O Sistema de Contabilidade Federal visa a


evidenciar a situação orçamentária, financeira e
patrimonial da União.

5.1.2. Art. 15. O Sistema de Contabilidade Federal tem por


finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a
administração orçamentária, financeira e patrimonial da
União e evidenciar:

5.1.2.1. I - as operações realizadas pelos órgãos ou


entidades governamentais e os seus efeitos sobre a
estrutura do patrimônio da União;

5.1.2.2. II - os recursos dos orçamentos vigentes, as


alterações decorrentes de créditos adicionais, as
receitas prevista e arrecadada, a despesa empenhada,
liquidada e paga à conta desses recursos e as
respectivas disponibilidades;
5.1.2.3. III - perante a Fazenda Pública, a situação de
todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas,
efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela
pertencentes ou confiados;

5.1.2.4. IV - a situação patrimonial do ente público e suas


variações;

5.1.2.5. V - os custos dos programas e das unidades da


Administração Pública Federal;

5.1.2.6. VI - a aplicação dos recursos da União, por


unidade da Federação beneficiada;

5.1.2.7. VII - a renúncia de receitas de órgãos e entidades


federais.

5.1.2.8. Parágrafo único. As operações de que resultem


débitos e créditos de natureza financeira não
compreendidas na execução orçamentária serão,
também, objeto de registro, individualização e controle
contábil.
5.2. CAPÍTULO II - A ORGANIZAÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS

5.2.1. Art. 16. O Sistema de Contabilidade Federal


compreende as atividades de registro, de tratamento e de
controle das operações relativas à administração
orçamentária, financeira e patrimonial da União, com vistas
à elaboração de demonstrações contábeis.

5.2.2. Art. 17. Integram o Sistema de Contabilidade Federal:

5.2.2.1. I - a Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão


central;

5.2.2.2. II - órgãos setoriais.

5.2.2.3. § 1º Os órgãos setoriais são as unidades de


gestão interna dos Ministérios e da Advocacia-Geral da
União.

5.2.2.4. § 2º O órgão de controle interno da Casa Civil


exercerá também as atividades de órgão setorial
contábil de todos os órgãos integrantes da Presidência
da República, da Vice-Presidência da República, além de
outros determinados em legislação específica.
5.2.2.5. § 3º Os órgãos setoriais ficam sujeitos à
orientação normativa e à supervisão técnica do órgão
central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao
órgão em cuja estrutura administrativa estiverem
integrados.

5.2.3. Art. 18. Compete às unidades responsáveis pelas


atividades do Sistema de Contabilidade Federal:

5.2.3.1. I - manter e aprimorar o Plano de Contas Único da


União;

5.2.3.2. II - estabelecer normas e procedimentos para o


adequado registro contábil dos atos e dos fatos da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos
e nas entidades da Administração Pública Federal;

5.2.3.3. III - com base em apurações de atos e fatos


inquinados de ilegais ou irregulares, efetuar os
registros pertinentes e adotar as providências
necessárias à responsabilização do agente,
comunicando o fato à autoridade a quem o responsável
esteja subordinado e ao órgão ou unidade do Sistema de
Controle Interno;
5.2.3.4. IV - instituir, manter e aprimorar sistemas de
informação que permitam realizar a contabilização dos
atos e fatos de gestão orçamentária, financeira e
patrimonial da União e gerar informações gerenciais
necessárias à tomada de decisão e à supervisão
ministerial;

5.2.3.5. V - realizar tomadas de contas dos ordenadores


de despesa e demais responsáveis por bens e valores
públicos e de todo aquele que der causa a perda,
extravio ou outra irregularidade que resulte dano ao
erário;

5.2.3.6. VI - elaborar os Balanços Gerais da União;

5.2.3.7. VII - consolidar os balanços da União, dos


Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com
vistas à elaboração do Balanço do Setor Público
Nacional;

5.2.3.8. VIII - promover a integração com os demais


Poderes e esferas de governo em assuntos de
contabilidade.
6. TÍTULO V DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO PODER
EXECUTIVO FEDERAL

6.1. CAPÍTULO I - AS FINALIDADES

6.1.1. Art. 19. O Sistema de Controle Interno do Poder


Executivo Federal visa à avaliação da ação governamental
e da gestão dos administradores públicos federais, por
intermédio da fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, e a apoiar o
controle externo no exercício de sua missão institucional.

6.1.2. Art. 20. O Sistema de Controle Interno do Poder


Executivo Federal tem as seguintes finalidades:

6.1.2.1. I - avaliar o cumprimento das metas previstas no


plano plurianual, a execução dos programas de governo
e dos orçamentos da União;

6.1.2.2. II - comprovar a legalidade e avaliar os


resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas
entidades da Administração Pública Federal, bem como
da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado;

6.1.2.3. III - exercer o controle das operações de crédito,


avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da
União;

6.1.2.4. IV - apoiar o controle externo no exercício de sua


missão institucional.

6.2. CAPÍTULO II - A ORGANIZAÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS

6.2.1. Art. 21. O Sistema de Controle Interno do Poder


Executivo Federal compreende as atividades de avaliação
do cumprimento das metas previstas no plano plurianual,
da execução dos programas de governo e dos orçamentos
da União e de avaliação da gestão dos administradores
públicos federais, utilizando como instrumentos a auditoria
e a fiscalização.
6.2.2. Art. 22. Integram o Sistema de Controle Interno do
Poder Executivo Federal:

6.2.2.1. I - a Secretaria Federal de Controle Interno, como


órgão central;

6.2.2.2. II - órgãos setoriais.

6.2.2.3. III - o Departamento Nacional de Auditoria do


Sistema Único de Saúde (Denasus), como órgão central
do Sistema Nacional de Auditoria do SUS. (Incluído pela
Lei nº 13.328, de 2016)

6.2.2.4. III - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.464,


de 2017)

6.2.2.5. § 1º A área de atuação do órgão central do


Sistema abrange todos os órgãos do Poder Executivo
Federal, excetuados aqueles indicados no parágrafo
seguinte.

6.2.2.6. § 2º Os órgãos setoriais são aqueles de controle


interno que integram a estrutura do Ministério das
Relações Exteriores, do Ministério da Defesa, da
Advocacia-Geral da União e da Casa Civil.
6.2.2.7. § 2º Os órgãos setoriais são aqueles de controle
interno que integram a estrutura do Ministério das
Relações Exteriores, do Ministério da Defesa, da
Advocacia-Geral da União, da Casa Civil da Presidência
da República e do Departamento Nacional de Auditoria
do SUS - Denasus do Ministério da Saúde. (Redação dada
pela Medida Provisória nº 765, de 2016)

6.2.2.8. § 2º Os órgãos setoriais são aqueles de controle


interno que integram a estrutura do Ministério das
Relações Exteriores, do Ministério da Defesa, da
Advocacia-Geral da União e da Casa Civil.

6.2.2.9. § 3º O órgão de controle interno da Casa Civil tem


como área de atuação todos os órgãos integrantes da
Presidência da República e da Vice-Presidência da
República, além de outros determinados em legislação
específica.
6.2.2.10. § 4º Os órgãos central e setoriais podem
subdividir-se em unidades setoriais e regionais, como
segmentos funcionais e espaciais, respectivamente.

6.2.2.11. § 5º Os órgãos setoriais ficam sujeitos à


orientação normativa e à supervisão técnica do órgão
central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao
órgão em cuja estrutura administrativa estiverem
integrados.

6.2.2.12. § 5º Os órgãos setoriais e o Denasus ficam


sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica
do órgão central do Sistema, sem prejuízo da
subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa
estiverem integrados. (Redação dada pela Lei nº 13.328,
de 2016)

6.2.2.13. § 5º Os órgãos setoriais ficam sujeitos à


orientação normativa e à supervisão técnica do órgão
central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao
órgão em cuja estrutura administrativa estiverem
integrados. (Redação dada pela Medida Provisória nº
765, de 2016)
6.2.2.14. § 5º Os órgãos setoriais sujeitam-se à
orientação normativa e à supervisão técnica do órgão
central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao
órgão a cuja estrutura administrativa estiverem
integrados. (Redação dada pela Lei nº 13.464, de 2017)

6.2.3. Art. 23. Fica instituída a Comissão de Coordenação de


Controle Interno, órgão colegiado de coordenação do
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal,
com o objetivo de promover a integração e homogeneizar
entendimentos dos respectivos órgãos e unidades.

6.2.4. Art. 24. Compete aos órgãos e às unidades do


Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal:

6.2.4.1. I - avaliar o cumprimento das metas


estabelecidas no plano plurianual;

6.2.4.2. II - fiscalizar e avaliar a execução dos programas


de governo, inclusive ações descentralizadas realizadas
à conta de recursos oriundos dos Orçamentos da União,
quanto ao nível de execução das metas e objetivos
estabelecidos e à qualidade do gerenciamento;

6.2.4.3. III - avaliar a execução dos orçamentos da União;

6.2.4.4. IV - exercer o controle das operações de crédito,


avais, garantias, direitos e haveres da União;

6.2.4.5. V - fornecer informações sobre a situação físico-


financeira dos projetos e das atividades constantes dos
orçamentos da União;

6.2.4.6. VI - realizar auditoria sobre a gestão dos


recursos públicos federais sob a responsabilidade de
órgãos e entidades públicos e privados;

6.2.4.7. VII - apurar os atos ou fatos inquinados de ilegais


ou irregulares, praticados por agentes públicos ou
privados, na utilização de recursos públicos federais e,
quando for o caso, comunicar à unidade responsável
pela contabilidade para as providências cabíveis;

6.2.4.8. VIII - realizar auditorias nos sistemas contábil,


financeiro, orçamentário, de pessoal e demais sistemas
administrativos e operacionais;

6.2.4.9. IX - avaliar o desempenho da auditoria interna


das entidades da administração indireta federal;

6.2.4.10. X - elaborar a Prestação de Contas Anual do


Presidente da República a ser encaminhada ao
Congresso Nacional, nos termos do art. 84, inciso XXIV,
da Constituição Federal;

6.2.4.11. XI - criar condições para o exercício do controle


social sobre os programas contemplados com recursos
oriundos dos orçamentos da União.
6.2.4.12. Parágrafo único. As competências previstas
neste artigo, excetuando-se as previstas nos incisos III,
IV e IX, bem como a que está estabelecida no § 1º do art.
6o da Lei no 8.689, de 27 de julho de 1993, estendem-se,
somente no âmbito do Sistema Único de Saúde, ao
Denasus, sem prejuízo das atribuições desempenhadas
pelo órgão central do Sistema de Controle Interno do
Poder Executivo federal. (Incluído pela Lei nº 13.328, de
2016) (Revogado pela Lei nº 13.464, de 2017)

7. TÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

7.1. SEM CAPITULO

7.1.1. Art. 25. Observadas as disposições contidas no art.


117 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, é vedado
aos dirigentes dos órgãos e das unidades dos Sistemas
referidos no art. 1o exercerem:
7.1.1.1. I - atividade de direção político-partidária;

7.1.1.2. II - profissão liberal;

7.1.1.3. III - demais atividades incompatíveis com os


interesses da Administração Pública Federal, na forma
que dispuser o regulamento.

7.1.2. Art. 26. Nenhum processo, documento ou informação


poderá ser sonegado aos servidores dos Sistemas de
Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder
Executivo Federal, no exercício das atribuições inerentes
às atividades de registros contábeis, de auditoria,
fiscalização e avaliação de gestão.

7.1.2.1. § 1º O agente público que, por ação ou omissão,


causar embaraço, constrangimento ou obstáculo à
atuação dos Sistemas de Contabilidade Federal e de
Controle Interno, no desempenho de suas funções
institucionais, ficará sujeito à pena de responsabilidade
administrativa, civil e penal.
7.1.2.2. § 2º Quando a documentação ou informação
prevista neste artigo envolver assuntos de caráter
sigiloso, deverá ser dispensado tratamento especial de
acordo com o estabelecido em regulamento próprio.

7.1.2.3. § 3º O servidor deverá guardar sigilo sobre


dados e informações pertinentes aos assuntos a que
tiver acesso em decorrência do exercício de suas
funções, utilizando-os, exclusivamente, para a
elaboração de pareceres e relatórios destinados à
autoridade competente, sob pena de responsabilidade
administrativa, civil e penal.

7.1.2.4. § 4º Os integrantes da carreira de Finanças e


Controle observarão código de ética profissional
específico aprovado pelo Presidente da República.

7.1.3. Art. 27. O Poder Executivo estabelecerá, em


regulamento, a forma pela qual qualquer cidadão poderá
ser informado sobre os dados oficiais do Governo Federal
relativos à execução dos orçamentos da União.

7.1.4. Art. 28. Aos dirigentes dos órgãos e das unidades do


Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e
dos órgãos do Sistema de Contabilidade Federal, no
exercício de suas atribuições, é facultado impugnar,
mediante representação ao responsável, quaisquer atos
de gestão realizados sem a devida fundamentação legal.

7.1.5. Art. 29. É vedada a nomeação para o exercício de


cargo, inclusive em comissão, no âmbito dos Sistemas de
que trata esta Lei, de pessoas que tenham sido, nos
últimos cinco anos:

7.1.5.1. I - responsáveis por atos julgados irregulares por


decisão definitiva do Tribunal de Contas da União, do
tribunal de contas de Estado, do Distrito Federal ou de
Município, ou ainda, por conselho de contas de
Município;
7.1.5.2. II - punidas, em decisão da qual não caiba
recurso administrativo, em processo disciplinar por ato
lesivo ao patrimônio público de qualquer esfera de
governo;

7.1.5.3. III - condenadas em processo criminal por prática


de crimes contra a Administração Pública, capitulados
nTítulos II e da Parte Especial do Código Penal Brasileiro,
na Lei no 7.492, de 16 de junho de 1986, e na Lei no
8.429, de 2 de junho de 1992.

7.1.5.4. § 1º As vedações estabelecidas neste artigo


aplicam-se, também, às nomeações para cargos em
comissão que impliquem gestão de dotações
orçamentárias, de recursos financeiros ou de
patrimônio, na Administração direta e indireta dos
Poderes da União, bem como para as nomeações como
membros de comissões de licitações.
7.1.5.5. § 2º Serão exonerados os servidores ocupantes
de cargos em comissão que forem alcançados pelas
hipóteses previstas nos incisos I, II e III deste artigo.

7.1.6. Art. 30. Os servidores das carreiras de Planejamento


e Orçamento e Finanças e Controle, os ocupantes dos
cargos efetivos de Técnico de Planejamento P-1501 do
Grupo TP-1500, de Técnico de Planejamento e Pesquisa do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, nível
intermediário do IPEA e demais cargos de nível superior do
IPEA, poderão ser cedidos para ter exercício nos órgãos e
nas unidades dos Sistemas referidos nesta Lei,
independentemente da ocupação de cargo em comissão
ou função de confiança.

7.1.7. Art. 31. Os incisos I, II, IV, V e VI do art. 1o e o inciso I


do art. 30 da Lei no 9.625, de 7 de abril de 1998, passam a
vigorar com a seguinte redação:
7.1.7.1. "Art. 1o ................................................................

7.1.7.2. I - da carreira de Finanças e Controle, quando em


exercício no Ministério da Fazenda ou nos órgãos e nas
unidades integrantes dos Sistemas de Administração
Financeira Federal, de Contabilidade Federal, de
Controle Interno do Poder Executivo Federal e de
Planejamento e Orçamento Federal;

7.1.7.3. II - da Carreira de Planejamento e Orçamento e do


cargo de Técnico de Planejamento P-1501 do Grupo
TP-1500, quando em exercício no Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão ou nos órgãos e nas
unidades dos Sistemas de Planejamento e Orçamento,
de Administração Financeira Federal, de Contabilidade
Federal e de Controle Interno do Poder Executivo
Federal;

7.1.7.4. ...........
7.1.7.5. IV - de Técnico de Planejamento e Pesquisa do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, quando
em exercício no Ministério da Fazenda, no Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, no IPEA ou nos
órgãos e nas unidades dos Sistemas de Planejamento e
Orçamento, de Administração Financeira Federal, de
Contabilidade Federal ou de Controle Interno do Poder
Executivo Federal;

7.1.7.6. V - de nível superior do IPEA, não referidos no


inciso anterior, quando em exercício no Ministério da
Fazenda, no Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, no IPEA ou nos órgãos e nas unidades dos
Sistemas de Planejamento e Orçamento, de
Administração Financeira Federal, de Contabilidade
Federal ou de Controle Interno do Poder Executivo
Federal, no desempenho de atividades de elaboração de
planos e orçamentos públicos;
7.1.7.7. VI - de nível intermediário do IPEA, quando nele
em exercício ou no Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, no desempenho de atividades de
apoio direto à elaboração de planos e orçamentos
públicos, em quantitativo fixado no ato a que se refere o
§ 3º do art. 2o desta Lei.

7.1.7.8. ...." (NR)

7.1.7.9. "Art. 30. .........

7.1.7.10. I - da carreira de Finanças e Controle, nos


órgãos centrais dos Sistemas de Administração
Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de
Controle Interno do Poder Executivo Federal;

7.1.7.11. ..." (NR)

7.1.8. Art. 32. Os cargos em comissão, no âmbito do Sistema


de Controle Interno do Poder Executivo Federal, assim
como os cargos de Assessor Especial de Ministro de
Estado incumbido de funções de Controle Interno, serão
providos, preferencialmente, por ocupantes dos cargos
efetivos da carreira de Finanças e Controle.
7.1.9. Art. 32. Os cargos em comissão, no âmbito da
Secretaria Federal de Controle Interno da Corregedoria-
Geral da União, assim como os cargos de Assessor
Especial de Ministro de Estado incumbido de funções de
Controle Interno, serão providos, preferencialmente, por
ocupantes dos cargos efetivos da carreira de Finanças e
Controle. (Redação dada pelo Decreto nº 4.427, de
17.10.2002

7.1.9.1. § 1º Na hipótese de provimento dos cargos do


Grupo-Direção e Assessoramento Superiores por não
integrantes da carreira de Finanças e Controle, no
âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal, excluídos os órgãos setoriais, será
exigida a comprovação de experiência de, no mínimo,
cinco anos em atividades de auditoria, de finanças
públicas ou de contabilidade pública.
7.1.9.2. § 1º Na hipótese de provimento dos cargos de
que trata este artigo por não integrantes da carreira de
Finanças e Controle, será exigida a comprovação de
experiência de, no mínimo, cinco anos em atividades de
auditoria, de finanças públicas ou de contabilidade
pública. (Redação dada pelo Decreto nº 4.427, de
17.10.2002)

7.1.9.3. § 2º A indicação para o cargo de Assessor


Especial de Ministro de Estado incumbido de funções de
Controle Interno será submetida previamente à
apreciação do órgão central do Sistema.

7.1.10. Art. 33. Fica o Ministério da Fazenda autorizado a


requisitar, até 31 de dezembro de 2000, servidores
públicos de suas entidades vinculadas, inclusive
empresas públicas e sociedades de economia mista, para
terem exercício na Secretaria do Tesouro Nacional e nos
seus órgãos setoriais e na Secretaria Federal de Controle
Interno, independentemente da ocupação de cargo em
comissão ou função de confiança.
7.1.10.1. Parágrafo único. Os servidores públicos em
exercício, em 31 de dezembro de 1998, na Secretaria do
Patrimônio da União do Ministério da Fazenda,
transferida para o âmbito do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, poderão permanecer em exercício
naquela Secretaria, com os mesmos direitos e vantagens
até então auferidos.

7.1.11. Art. 34. Fica acrescido ao art. 15 da Lei no 8.460, de


17 de setembro de 1992, parágrafo único com a seguinte
redação:

7.1.11.1. "Parágrafo único. Nas unidades setoriais do


Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal,
poderá, excepcionalmente, ser designado para o
exercício de FG servidor efetivo dos quadros de órgãos
em que a unidade tiver atuação." (NR)

7.1.12. Art. 35. Os órgãos e as entidades da Administração


direta e indireta da União, ao celebrarem compromissos
em que haja a previsão de transferências de recursos
financeiros, de seus orçamentos, para Estados, Distrito
Federal e Municípios, estabelecerão nos instrumentos
pactuais a obrigação dos entes recebedores de fazerem
incluir tais recursos nos seus respectivos orçamentos.

7.1.12.1. § 1º Ao fixarem os valores a serem transferidos,


conforme o disposto neste artigo, os entes nele
referidos farão análise de custos, de maneira que o
montante de recursos envolvidos na operação seja
compatível com o seu objeto, não permitindo a
transferência de valores insuficientes para a sua
conclusão, nem o excesso que permita uma execução
por preços acima dos vigentes no mercado.

7.1.12.2. § 2º Os órgãos e as unidades do Sistema de


Controle Interno do Poder Executivo Federal zelarão
pelo cumprimento do disposto neste artigo, e, nos seus
trabalhos de fiscalização, verificarão se o objeto
pactuado foi executado obedecendo aos respectivos
projeto e plano de trabalho, conforme convencionado, e
se a sua utilização obedece à destinação prevista no
termo pactual.

7.1.12.3. § 3º Os órgãos e as unidades do Sistema de


Controle Interno do Poder Executivo Federal, ao
desempenhar o seu trabalho, constatando indícios de
irregularidades, comunicarão ao Ministro supervisor da
unidade gestora ou entidade e aos respectivos órgãos
de controle interno e externo dos entes recebedores
para que sejam tomadas as providências de suas
competências.

7.1.12.4. § 4º Quando ocorrer prejuízo à União, os órgãos


e as unidades do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal adotarão as providências de sua
competência, previstas na legislação pertinente, com
vistas ao ressarcimento ao erário.

7.1.12.5. Art.36. Os órgãos e as entidades de outras


esferas de governo que receberem recursos financeiros
do Governo Federal, para execução de obras, para a
prestação de serviços ou a realização de quaisquer
projetos, usarão dos meios adequados para informar à
sociedade e aos usuários em geral a origem dos
recursos utilizados.

7.1.12.6. Art.37. A documentação comprobatória da


execução orçamentária, financeira e patrimonial das
unidades da Administração Federal direta permanecerá
na respectiva unidade, à disposição dos órgãos e das
unidades de controle interno e externo, nas condições e
nos prazos estabelecidos pelo órgão central do Sistema
de Contabilidade Federal.
7.1.13. Art. 38. O Poder Executivo disporá, em regulamento
e no prazo de sessenta dias, sobre a competência, a
estrutura e o funcionamento dos órgãos componentes dos
Sistemas de que trata esta Lei, bem como sobre as
atribuições de seus titulares e demais dirigentes.

7.1.14. Art. 39. Ficam convalidados os atos praticados com


base na Medida Provisória no 2.112-87, de 27 de dezembro
de 2000.

7.1.15. Art. 40. Esta Lei entra em vigor na data de sua


publicação.

7.1.16. Art. 41. Revogam-se o Decreto-Lei no 2.037, de 28 de


junho de 1983, e o § 2º do art. 19 da Lei no 8.490, de 19 de
novembro de 1992.

7.1.16.1. Congresso Nacional, em 6 de fevereiro de 2001;


180o da Independência e 113o da República
DECRETO No 3.591, DE 6 DE SETEMBRO 2000

1. DECRETO No 3.591, DE 6 DE SETEMBRO 2000

1.1. (Vide Decreto nº 4.113, de 2002)

1.2. Dispõe sobre o Sistema de Controle Interno do Poder


Executivo Federal e dá outras providências.

1.3. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições


que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, e
tendo em vista o disposto na Medida Provisória no 2.036-82,
de 25 de agosto de 2000,

2. DECRETA:

2.1. Art. 1o O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo


Federal visa à avaliação da ação governamental e da gestão
dos administradores públicos federais, com as finalidades,
atividades, organização, estrutura e competências
estabelecidas neste Decreto.
3. CAPÍTULO I - DAS FINALIDADES

3.1. Art. 2o O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo


Federal tem as seguintes finalidades:

3.1.1. I - avaliar o cumprimento das metas previstas no


Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e
dos orçamentos da União;

3.1.2. II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados,


quanto à eficácia e à eficiência da gestão orçamentária,
financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da
Administração Pública Federal, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado;

3.1.3. III - exercer o controle das operações de crédito,


avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da
União;

3.1.4. IV - apoiar o controle externo no exercício de sua


missão institucional.

4. CAPÍTULO II - DAS ATIVIDADES


4.1. Art. 3º O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal compreende o conjunto das atividades relacionadas
à avaliação do cumprimento das metas previstas no Plano
Plurianual, da execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União e à avaliação da gestão dos
administradores públicos federais, bem como o controle das
operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da
União.

4.1.1. § 1o A avaliação do cumprimento das metas do Plano


Plurianual visa a comprovar a conformidade da sua
execução.

4.1.2. § 2o A avaliação da execução dos programas de


governo visa a comprovar o nível de execução das metas,
o alcance dos objetivos e a adequação do gerenciamento.

4.1.3. § 3o A avaliação da execução dos orçamentos da


União visa a comprovar a conformidade da execução com
os limites e destinações estabelecidos na legislação
pertinente.
4.1.4. § 4o A avaliação da gestão dos administradores
públicos federais visa a comprovar a legalidade e a
legitimidade dos atos e a examinar os resultados quanto à
economicidade, à eficiência e à eficácia da gestão
orçamentária, financeira, patrimonial, de pessoal e demais
sistemas administrativos e operacionais.

4.1.5. § 5o O controle das operações de crédito, avais,


garantias, direitos e haveres da União visa a aferir a sua
consistência e a adequação dos controles internos.

4.2. Art. 4º O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo


Federal utiliza como técnicas de trabalho, para a consecução
de suas finalidades, a auditoria e a fiscalização.

4.2.1. § 1o A auditoria visa a avaliar a gestão pública, pelos


processos e resultados gerenciais, e a aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado.

4.2.2. § 2o A fiscalização visa a comprovar se o objeto dos


programas de governo corresponde às especificações
estabelecidas, atende às necessidades para as quais foi
definido, guarda coerência com as condições e
características pretendidas e se os mecanismos de
controle são eficientes.

4.3. Art. 5º O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo


Federal prestará apoio ao órgão de controle externo no
exercício de sua missão institucional.

4.3.1. Parágrafo único. O apoio ao controle externo, sem


prejuízo do disposto em legislação específica, consiste no
fornecimento de informações e dos resultados das ações
do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal.

4.4. Art. 6º O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo


Federal prestará orientação aos administradores de bens e
recursos públicos nos assuntos pertinentes à área de
competência do controle interno, inclusive sobre a forma de
prestar contas, conforme disposto no parágrafo único do art.
70 da Constituição Federal.
4.5. Art. 7º As atividades a cargo do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal destinam-se,
preferencialmente, a subsidiar:

4.5.1. I - o exercício da direção superior da Administração


Pública Federal, a cargo do Presidente da República;

4.5.2. II - a supervisão ministerial;

4.5.3. III - o aperfeiçoamento da gestão pública, nos


aspectos de formulação, planejamento, coordenação,
execução e monitoramento das políticas públicas;

4.5.4. IV - os órgãos responsáveis pelo ciclo da gestão


governamental, quais sejam, planejamento, orçamento,
finanças, contabilidade e administração federal.

5. CAPÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO E DA ESTRUTURA

5.1. Art. 8º Integram o Sistema de Controle Interno do Poder


Executivo Federal:

5.1.1. I - a Controladoria-Geral da União, como Órgão


Central, incumbido da orientação normativa e da
supervisão técnica dos órgãos que compõem o Sistema;
(Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 2002)

5.1.2. II - as Secretarias de Controle Interno (CISET) da Casa


Civil, da Advocacia-Geral da União, do Ministério das
Relações Exteriores e do Ministério da Defesa, como
órgãos setoriais;

5.1.3. III - as unidades de controle interno dos comandos


militares, como unidades setoriais da Secretaria de
Controle Interno do Ministério da Defesa;

5.1.4. § 1o A Secretaria Federal de Controle Interno


desempenhará as funções operacionais de competência
do Órgão Central do Sistema, na forma definida no
regimento interno, além das atividades de controle interno
de todos os órgãos e entidades do Poder Executivo
Federal, excetuados aqueles jurisdicionados aos órgãos
setoriais constantes do inciso II. (Redação dada pelo
Decreto nº 4.304, de 2002)
5.1.5. § 2o As unidades regionais de controle interno
exercerão as competências da Controladoria-Geral da
União que lhes forem delegadas ou estabelecidas no
regimento interno, nas respectivas unidades da federação,
além daquelas previstas no § 1o do art. 11 deste Decreto.
(Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 2002)

5.1.6. § 3o A Secretaria de Controle Interno da Casa Civil


tem como área de atuação todos os órgãos integrantes da
Presidência da República e da Vice-Presidência da
República, além de outros determinados em legislação
específica.

5.1.7. § 4o A Secretaria de Controle Interno da Casa Civil é


responsável pelas atividades de controle interno da
Advocacia-Geral da União, até a criação do seu órgão
próprio.

5.2. Art. 9º A Comissão de Coordenação de Controle Interno -


CCCI é órgão colegiado de função consultiva do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal, sendo
composta: (Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 2002)
5.2.1. I - pelo Ministro de Estado do Controle e da
Transparência, que a presidirá: (Redação dada pelo
Decreto nº 6.692, de 2008)

5.2.2. II - pelo Secretário-Executivo da Controladoria-Geral


da União; (Redação dada pelo Decreto nº 6.692, de 2008)

5.2.3. III - pelo Secretário Federal de Controle Interno;


(Redação dada pelo Decreto nº 6.692, de 2008)

5.2.4. IV - pelo Chefe da Assessoria Jurídica da


Controladoria-Geral da União; (Redação dada pelo Decreto
nº 6.692, de 2008)

5.2.5. V - pelo Coordenador-Geral de Normas e Orientação


para o Sistema de Controle Interno; (Redação dada pelo
Decreto nº 6.692, de 2008)

5.2.6. VI - por um Secretário de órgão setorial de Controle


Interno do Poder Executivo Federal; (Redação dada pelo
Decreto nº 6.692, de 2008)

5.2.7. VII - por um Assessor Especial de Controle Interno


em Ministério; e (Redação dada pelo Decreto nº 6.692, de
2008)
5.2.8. VIII - por dois titulares de unidades de auditoria
interna da administração pública federal indireta. (Redação
dada pelo Decreto nº 6.692, de 2008)

5.2.9. Parágrafo único. Os membros referidos nos incisos


VI, VII e VIII serão indicados e designados pelo Ministro de
Estado do Controle e da Transparência, após anuência do
titular do órgão ou entidade respectiva, para período de
um ano, permitida uma única recondução, por igual
período. (Redação dada pelo Decreto nº 6.692, de 2008)

6. CAPÍTULO IV - DAS COMPETÊNCIAS

6.1. Art. 10. Compete à CCCI: (Redação dada pelo Decreto nº


6.692, de 2008)

6.1.1. I - efetuar estudos e propor medidas visando


promover a integração operacional do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal;

6.1.2. II - opinar sobre as interpretações dos atos


normativos e os procedimentos relativos às atividades a
cargo do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal;
6.1.3. II - homogeneizar as interpretações sobre
procedimentos relativos às atividades a cargo do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal; (Redação
dada pelo Decreto nº 6.692, de 2008)

6.1.4. III - sugerir procedimentos para promover a


integração do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal com outros sistemas da Administração
Pública Federal;

6.1.5. IV - formular propostas de metodologias para


avaliação e aperfeiçoamento das atividades do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo federal; e (Redação
dada pelo Decreto nº 6.692, de 2008)

6.1.6. V - efetuar análise e estudo de casos propostos pelo


Ministro de Estado do Controle e da Transparência, com
vistas à solução de problemas relacionados com o
Controle Interno do Poder Executivo Federal. (Redação
dada pelo Decreto nº 6.692, de 2008)
6.1.7. Parágrafo único. As propostas formuladas pela CCCI
serão encaminhados para análise, aprovação e publicação
pelo Ministro de Estado do Controle e da Transparência.
(Incluído pelo Decreto nº 6.692, de 2008)

6.2. Art. 11. Compete à Secretaria Federal de Controle


Interno: (Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 2002)

6.2.1. I - propor ao Órgão Central a normatização,


sistematização e padronização dos procedimentos
operacionais dos órgãos e das unidades integrantes do
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal;
(Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 2002)

6.2.2. II - coordenar as atividades que exijam ações


integradas dos órgãos e das unidades do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal, com vistas à
efetividade das competências que lhe são comuns;

6.2.3. III - auxiliar o Órgão Central na supervisão técnica


das atividades desempenhadas pelos órgãos e pelas
unidades integrantes do Sistema de Controle Interno do
Poder Executivo Federal; (Redação dada pelo Decreto nº
4.304, de 2002)

6.2.4. IV - consolidar os planos de trabalho das unidades de


auditoria interna das entidades da Administração Pública
Federal indireta;

6.2.5. V - apoiar o Órgão Central na instituição e


manutenção de sistema de informações para o exercício
das atividades finalísticas do Sistema de Controle Interno
do Poder Executivo Federal; (Redação dada pelo Decreto
nº 4.304, de 2002)

6.2.6. VI - prestar informações ao Órgão Central sobre o


desempenho e a conduta funcional dos servidores da
carreira Finanças e Controle; (Redação dada pelo Decreto
nº 4.304, de 2002)

6.2.7. VII - subsidiar o Órgão Central na verificação da


consistência dos dados contidos no Relatório de Gestão
Fiscal, conforme estabelecido no art. 54 da Lei
Complementar no 101, de 4 de maio de 2000; (Redação
dada pelo Decreto nº 4.304, de 2002)
6.2.8. VIII - auxiliar o Órgão Central na elaboração da
prestação de contas anual do Presidente da República, a
ser encaminhada ao Congresso Nacional, nos termos do
art. 84, inciso XXIV, da Constituição Federal; (Redação dada
pelo Decreto nº 4.304, de 2002)

6.2.9. IX - exercer o controle das operações de crédito,


avais, garantias, direitos e haveres da União;

6.2.10. X - avaliar o desempenho da auditoria interna das


entidades da administração indireta federal;

6.2.11. XI - planejar, coordenar, controlar e avaliar as


atividades de controle interno de suas unidades
administrativas;

6.2.12. XII - verificar a observância dos limites e das


condições para realização de operações de crédito e
inscrição em Restos a Pagar;

6.2.13. XIII - verificar e avaliar a adoção de medidas para o


retorno da despesa total com pessoal ao limite de que
tratam os arts. 22 e 23 da Lei Complementar no 101, de
2000;
6.2.14. XIV - verificar a adoção de providências para
recondução dos montantes das dívidas consolidada e
mobiliária aos limites de que trata o art. 31 da Lei
Complementar no 101, de 2000;

6.2.15. XV - verificar a destinação de recursos obtidos com


a alienação de ativos, tendo em vista as restrições
constitucionais e as da Lei Complementar no 101, de 2000;

6.2.16. XVI - avaliar o cumprimento das metas estabelecidas


no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias;

6.2.17. XVII - avaliar a execução dos orçamentos da União;

6.2.18. XVIII - fiscalizar e avaliar a execução dos programas


de governo, inclusive ações descentralizadas realizadas à
conta de recursos oriundos dos orçamentos da União,
quanto ao nível de execução das metas e dos objetivos
estabelecidos e à qualidade do gerenciamento;

6.2.19. XIX - fornecer informações sobre a situação físico-


financeira dos projetos e das atividades constantes dos
orçamentos da União;
6.2.20. XX - propor medidas ao Órgão Central visando criar
condições para o exercício do controle social sobre os
programas contemplados com recursos oriundos dos
orçamentos da União; (Redação dada pelo Decreto nº
4.304, de 2002)

6.2.21. XXI - auxiliar o Órgão Central na aferição da


adequação dos mecanismos de controle social sobre os
programas contemplados com recursos oriundos dos
orçamentos da União; (Redação dada pelo Decreto nº
4.304, de 2002)

6.2.22. XXII - realizar auditorias sobre a gestão dos


recursos públicos federais sob a responsabilidade de
órgãos e entidades públicos e privados, bem como sobre a
aplicação de subvenções e renúncia de receitas;

6.2.23. XXIII - realizar auditorias e fiscalização nos sistemas


contábil, financeiro, orçamentário, de pessoal e demais
sistemas administrativos e operacionais;

6.2.24. XXIV - manter atualizado o cadastro de gestores


públicos federais;
6.2.25. XXV - apurar os atos ou fatos inquinados de ilegais
ou irregulares, praticados por agentes públicos ou
privados, na utilização de recursos públicos federais, dar
ciência ao controle externo e ao Órgão Central e, quando
for o caso, comunicar à unidade responsável pela
contabilidade, para as providências cabíveis. (Redação
dada pelo Decreto nº 4.304, de 2002)

6.2.26. § 1o Aplicam-se às unidades regionais do Sistema


de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no âmbito
de sua jurisdição, as competências estabelecidas nos
incisos XI a XXV.

6.3. Art. 12. Compete às Secretarias de Controle Interno, no


âmbito de sua jurisdição, além do estabelecido nos incisos IX
a XXV do artigo anterior:

6.3.1. I - assessorar o Vice-Presidente da República, o


Ministro de Estado, o Advogado-Geral da União e os
titulares dos órgãos da Presidência da República nos
assuntos de competência do Sistema de Controle Interno
do Poder Executivo Federal;
6.3.2. II - apoiar o órgão central do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal na elaboração da
prestação de contas anual do Presidente da República, a
ser encaminhada ao Congresso Nacional, nos termos do
art. 84, inciso XXIV, da Constituição Federal;

6.3.3. III - encaminhar ao órgão central os planos de


trabalho das unidades de auditoria interna das entidades
vinculadas;

6.3.4. IV - orientar os administradores de bens e recursos


públicos nos assuntos pertinentes à área de competência
do controle interno, inclusive sobre a forma de prestar
contas;

6.3.5. V - apoiar a supervisão ministerial e o Controle


Externo nos assuntos de sua missão institucional;

6.3.6. VI - subsidiar a verificação da consistência do


Relatório de Gestão Fiscal, conforme estabelecido no art.
54 da Lei Complementar no 101, de 2000.

6.3.7. § 1o As auditorias e fiscalização a cargo dos órgãos


setoriais que necessitem ser executadas de forma
descentralizada nos Estados, inclusive na execução de
convênios, acordos, contratos e outros instrumentos
similares, poderão ser realizadas pela Secretaria Federal
de Controle Interno, observada a solicitação da
correspondente Secretaria de Controle Interno.

6.3.8. § 2o Compete às unidades setoriais de controle


interno, no âmbito de sua jurisdição, além do estabelecido
nos incisos IX a XXV do artigo anterior, assessorar o
Comandante das Forças Armadas nos assuntos de
competência do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal.

6.4. Art. 13. A Controladoria-Geral da União contará com o


apoio dos Assessores Especiais de Controle Interno nos
Ministérios, incumbidos de: (Redação dada pelo Decreto nº
4.304, de 2002)

6.4.1. I - assessorar o Ministro de Estado nos assuntos de


competência do controle interno;
6.4.2. II - orientar os administradores de bens e recursos
públicos nos assuntos pertinentes à área de competência
do controle interno, inclusive sobre a forma de prestar
contas;

6.4.3. III - submeter à apreciação do Ministro de Estado os


processos de tomadas e prestação de contas, para o fim
previsto no art. 52 da Lei no 8.443, de 16 de julho de 1992;

6.4.4. IV - auxiliar os trabalhos de elaboração da prestação


de contas anual do Presidente da República;

6.4.5. V - acompanhar a implementação, pelos órgãos e


pelas unidades, das recomendações do Sistema de
Controle Interno e do Tribunal de Contas da União;

6.4.6. VI - coletar informações dos órgãos da jurisdição,


para inclusão de ações de controle nos planos e
programas do órgão central do Sistema, com vistas a
atender às necessidades dos ministérios.

6.4.7. Parágrafo único. Os Assessores Especiais de


Controle Interno, ao tomar conhecimento da ocorrência de
irregularidades que impliquem lesão ou risco de lesão ao
patrimônio público, darão ciência ao respectivo Ministro
de Estado e à Controladoria-Geral da União, em prazo não
superior a quinze dias úteis, contados da data do
conhecimento do fato, sob pena de responsabilidade
solidária. (Redação dada pelo Decreto nº 6.692, de 2008)

7. CAPÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS

7.1. Art. 14. As entidades da Administração Pública Federal


indireta deverão organizar a respectiva unidade de auditoria
interna, com o suporte necessário de recursos humanos e
materiais, com o objetivo de fortalecer a gestão e
racionalizar as ações de controle. (Redação dada pelo
Decreto nº 4.440, de 2002)

7.1.1. Parágrafo único. No caso em que a demanda não


justificar a estruturação de uma unidade de auditoria
interna, deverá constar do ato de regulamentação da
entidade o desempenho dessa atividade por auditor
interno.
7.2. Art. 15. As unidades de auditoria interna das entidades da
Administração Pública Federal indireta vinculadas aos
Ministérios e aos órgãos da Presidência da República ficam
sujeitas à orientação normativa e supervisão técnica do
Órgão Central e dos órgãos setoriais do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal, em suas respectivas
áreas de jurisdição. (Redação dada pelo Decreto nº 4.440, de
25.10.2002)

7.2.1. § 1o Os órgãos setoriais do Sistema de Controle


Interno do Poder Executivo Federal ficam, também,
sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica do
Órgão Central. (Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de
2002)

7.2.2. § 2o A unidade de auditoria interna apresentará ao


órgão ou à unidade de controle interno a que estiver
jurisdicionada, para efeito de integração das ações de
controle, seu plano de trabalho do exercício seguinte.
(Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 2002)
7.2.3. § 3o A auditoria interna vincula-se ao conselho de
administração ou a órgão de atribuições equivalentes.
(Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 2002)

7.2.4. § 4o Quando a entidade da Administração Pública


Federal indireta não contar com conselho de
administração ou órgão equivalente, a unidade de
auditoria interna será subordinada diretamente ao
dirigente máximo da entidade, vedada a delegação a outra
autoridade. (Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 2002)

7.2.5. § 5o A nomeação, designação, exoneração ou


dispensa do titular de unidade de auditoria interna será
submetida, pelo dirigente máximo da entidade, à
aprovação do conselho de administração ou órgão
equivalente, quando for o caso, e, após, à aprovação da
Controladoria-Geral da União. (Redação dada pelo Decreto
nº 4.304, de 2002)

7.2.6. § 6o A auditoria interna examinará e emitirá parecer


sobre a prestação de contas anual da entidade e tomadas
de contas especiais. (Redação dada pelo Decreto nº 4.304,
de 2002)
7.2.7. § 7o A prestação de contas anual da entidade, com o
correspondente parecer, será encaminhada ao respectivo
órgão do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal, no prazo por este estabelecido. 1(Alínea incluída
pelo Decreto nº 4.304, de 2002)

7.2.8. § 8o O Órgão Central do Sistema de Controle Interno


do Poder Executivo Federal poderá recomendar aos
serviços sociais autônomos as providências necessárias à
organização da respectiva unidade de controle interno,
assim como firmar termo de cooperação técnica,
objetivando o fortalecimento da gestão e a racionalização
das ações de controle. (Incluído pelo Decreto nº 4.440, de
2002)

7.2.9. § 9o A Secretaria Federal de Controle Interno poderá


utilizar os serviços das unidades de auditoria interna dos
serviços sociais autônomos, que atenderem aos padrões e
requisitos técnicos e operacionais necessários à
consecução dos objetivos do Sistema de Controle Interno.
(Incluído pelo Decreto nº 4.440, de 2002)
7.3. Art. 16. A contratação de empresas privadas de auditoria
pelos órgãos ou pelas entidades da Administração Pública
Federal indireta somente será admitida quando comprovada,
junto ao Ministro supervisor e ao Órgão Central do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal, a
impossibilidade de execução dos trabalhos de auditoria
diretamente pela Secretaria Federal de Controle Interno ou
órgãos setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal. (Redação dada pelo Decreto nº 4.440, de
2002)

7.3.1. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se


aplica às contratações para as auditorias previstas no § 3o
do art. 177 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, às
contratações que tenham por objeto as demonstrações
financeiras do Banco Central do Brasil e dos fundos por
ele administrados, nem às contratações realizadas por
empresas públicas que tenham a obrigação legal ou
estatutária de ter suas demonstrações financeiras
avaliadas por auditores independentes, desde que as
unidades de auditoria interna de que trata o art. 15 sejam
mantidas pelas entidades contratantes, sendo vedada a
transferência das competências dessas unidades às
empresas privadas contratadas. (Redação dada pelo
Decreto nº 4.440, de 2002)
8. CAPÍTULO VI - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

8.1. Art. 17. A sistematização do controle interno, na forma


estabelecida neste Decreto, não elimina ou prejudica os
controles próprios dos sistemas e subsistemas criados no
âmbito da Administração Pública Federal, nem o controle
administrativo inerente a cada chefia, que deve ser exercido
em todos os níveis e órgãos, compreendendo: (Redação
dada pelo Decreto nº 4.440, de 2002)

8.1.1. I - instrumentos de controle de desempenho quanto


à efetividade, eficiência e eficácia e da observância das
normas que regulam a unidade administrativa, pela chefia
competente; (incluído pelo Decreto nº 4.440, de 2002)

8.1.2. II - instrumentos de controle da observância das


normas gerais que regulam o exercício das atividades
auxiliares, pelos órgãos próprios de cada sistema; e
(incluído pelo Decreto nº 4.440, de 2002)
8.1.3. III - instrumentos de controle de aplicação dos
recursos públicos e da guarda dos bens públicos. (incluído
pelo Decreto nº 4.440, de 2002)

8.2. Art. 18. As atividades de análise da legalidade dos atos


de admissão, desligamento, aposentadorias e pensões
continuarão a ser exercidas pelos órgãos e pelas unidades
do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal,
até que sejam definidos novos responsáveis.

8.2.1. Art. 19. O regimento interno da CCCI será aprovado


pelo Ministro de Estado do Controle e da Transparência,
por proposta do colegiado. (Redação dada pelo Decreto nº
6.692, de 2008)

8.3. Art. 20. O órgão central expedirá as normas


complementares que se fizerem necessárias ao
funcionamento do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal.

8.4. Art. 20-A. O Órgão Central do Sistema de Controle Interno


do Poder Executivo Federal disponibilizará, para consulta e
apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade,
durante todo o exercício, as contas apresentadas pelo
Presidente da República, conforme dispõe o art. 49 da Lei
Complementar no 101, de 2000. (Artigo incluído pelo Decreto
nº 4.304, de 2002)

8.5. Art. 20-B. Os órgãos e entidades do Poder Executivo


Federal, sujeitos a tomada e prestação de contas, darão
ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso
público, ao relatório de gestão, ao relatório e ao certificado
de auditoria, com parecer do órgão de controle interno, e ao
pronunciamento do Ministro de Estado supervisor da área
ou da autoridade de nível hierárquico equivalente, em até
trinta dias após envio ao Tribunal de Contas da União.
(Incluído pelo Decreto nº 5.481, de 2005)
8.5.1. § 1o O órgão ou entidade responsável pela
publicação informará, em todas as situações previstas no
caput, a circunstância de suas contas estarem sujeitas a
julgamento pelo Tribunal de Contas da União,
independentemente das manifestações emanadas do
órgão de controle interno. (Incluído pelo Decreto nº 5.481,
de 2005)

8.5.2. § 2o É assegurada aos dirigentes responsáveis pelos


atos de gestão em que tenham sido apontadas
irregularidades ou impropriedades a divulgação, pelo
mesmo meio adotado para a divulgação dos relatórios
referidos no caput, dos esclarecimentos e justificativas
prestados ao órgão de controle interno durante a fase de
apuração. (Incluído pelo Decreto nº 5.481, de 2005)

8.6. Art. 21. Ficam revogados o Decreto no 93.216, de 3 de


setembro de 1986, o Decreto no 93.874, de 23 de dezembro
de 1986, o art. 144 do Decreto no 93.872, de 23 de dezembro
de 1986, o Decreto no 96.774, de 26 de setembro de 1988, e
os arts. 7o e 8o do Decreto no 2.251, de 12 de junho de 1997.
8.7. Art. 22. Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação.

8.7.1. Brasília, 6 de setembro de 2000; 179o da


Independência e 112o da República.

8.7.2. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

8.7.3. Pedro Malan

8.7.4. Este texto não substitui o publicado no DOU de


8.9.2000

8.7.5. *

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