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Português 9.

º Ano
2012 /2013

Os Lusíadas – Episódio “Inês de Castro” (III, 118-138) Correção


1. As frases que se seguem sintetizam o episódio de Inês de Castro.
1.1. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem pela qual essas informações aparecem no texto.
Começa a sequência pela letra (C)
(A) Perante o rei, Inês faz um discurso, apresentando um conjunto de argumentos que visam suscitar a piedade
do rei.
(B) D. Afonso IV, vendo que não conseguia casar D. Pedro conforme as necessidades do reino, decide mandar
matar Inês.
(C) Inês vivia tranquilamente nos campos do Mondego, recordando a felicidade vivida com D. Pedro.
(D) D. Afonso IV mostra-se sensibilizado.
(E) Os algozes levam Inês à presença de D. Afonso IV.
(F) O narrador repudia a atitude do rei, comparando esta atitude do rei a outras atrocidades conhecidas.
(G) A Natureza chora a morte de Inês e são as lágrimas choradas pela Natureza que fazem nascer a Fonte dos
Amores.
(H) Mais uma vez, impelido pelas razões do reino e pelos murmúrios do povo, D. Afonso IV mantém a
determinação de mandar tirar a vida a Inês.
(I) Inês é executada.
(C) (B) (E) (A) (D) (H) (I) (F) (G)
(C) Inês vivia tranquilamente nos campos do Mondego, recordando a felicidade vivida com D. Pedro.
(B) D. Afonso IV, vendo que não conseguia casar D. Pedro conforme as necessidades do reino, decide mandar matar
Inês.
(E) Os algozes levam Inês à presença de D. Afonso IV.
(A) Perante o rei, Inês faz um discurso, apresentando um conjunto de argumentos que visam suscitar a piedade do
rei.
(D) D. Afonso IV mostra-se sensibilizado.
(H) Mais uma vez, impelido pelas razões do reino e pelos murmúrios do povo, D. Afonso IV mantém a
determinação de mandar tirar a vida a Inês.
(I) Inês é executada.
(F) O narrador repudia a atitude do rei, comparando esta atitude do rei a outras atrocidades conhecidas.
(G) A Natureza chora a morte de Inês e são as lágrimas choradas pela Natureza que fazem nascer a Fonte dos
Amores.

1.2. Copia as frases já organizadas para o teu caderno e revê o texto:


 evitando as repetições assinaladas a itálico, recorrendo, por exemplo, à elipse (omissão de palavras que
podem ser subentendidas) ou a sinónimos, pronomes e determinantes;
 introduzindo os marcadores discursivos sugeridos nos locais que te pareçam apropriados:
assim por fim quando porém de seguida então
O texto final deverá estar organzado em quatro parágrafos, não devendo ultrapassar as 125 palavras.

Inês vivia tranquilamente nos campos do Mondego, recordando a felicidade vivida com D. Pedro, quando D. Afonso
IV, vendo que não conseguia casar o filho conforme as necessidades do reino, decide mandar matá-la. Então, os algozes
levam-na à presença do rei.
Perante o monarca, a donzela faz um discurso, apresentando um conjunto de argumentos que visam suscitar a sua
piedade. D. Afonso IV mostra-se sensibilizado. Porém, mais uma vez, impelido pelas razões do reino e pelos murmúrios
do povo, mantém a sua determinação. Assim, Inês é executada.
De seguida, o narrador repudia a atitude do rei, comparando-a a outras atrocidades conhecidas.
Por fim, a Natureza chora a morte de Inês e são estas lágrimas que fazem nascer a Fonte dos Amores.
(121 palavras)
2. Lê as estrofes 134 e 135 do Canto III de Os Lusíadas, a seguir transcritas, e responde, de forma completa
e bem estruturada, ao item que se segue. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

Assi como a bonina1, que cortada VOCABULÁRIO


Antes do tempo foi, cândida2 e bela, 1 bonina – flor do campo.
Sendo das mãos lacivas3 maltratada 2 cândida – branca; pura.
Da minina que a trouxe na capela4, 3 lacivas – lascivas; traquinas.
4 capela – coroa de flores; grinalda.
O cheiro traz perdido e a cor murchada:
Tal está, morta, a pálida donzela,
Secas do rosto as rosas e perdida
A branca e viva cor, co a doce vida.

As filhas do Mondego a morte escura


Longo tempo chorando memoraram,
E, por memória eterna, em fonte pura
As lágrimas choradas transformaram.
O nome lhe puseram, que inda dura,
Dos amores de Inês, que ali passaram.
Vede que fresca fonte rega as flores,
Que lágrimas são a água e o nome Amores!
Luís de Camões, Os Lusíadas, edição de A. J. da Costa Pimpão, 5.ª ed., Lisboa, MNE – IC, 2003

Escreve um texto expositivo, com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, no qual explicites o conteúdo das
estrofes 134 e 135.
O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão.
Organiza a informação da forma que considerares mais pertinente, tratando os tópicos apresentados a seguir.
• Identificação do episódio a que pertencem as estrofes.
• Explicitação dos dois elementos que são comparados na primeira estrofe e referência a duas características comuns
a ambos.
• Indicação da reação das «filhas do Mondego» (verso 9) à situação descrita.
• Referência à origem da «fresca fonte» (verso 15).
• Explicação do nome atribuído à fonte referida na segunda estrofe.
(Exame Nacional de Língua Portuguesa – 2011, 2ª chamada)

Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando
esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos
algarismos que o constituam (ex.: /2010/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de 70 e um máximo de 100 palavras –, há que
atender ao seguinte:
– a um texto com extensão inferior a 23 palavras é atribuída a classificação de 0 (zero) pontos;
– nos outros casos, um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (10%) do texto produzido.

Bom trabalho! 
Proposta de correção
As duas estrofes apresentadas pertencem ao episódio “Inês de Castro”, d’Os Lusíadas.
Na primeira estrofe, Inês é comparada a uma flor do campo “cortada antes do tempo” pois foi
assassinada quando era jovem. Tal como a “bonina”, também a donzela era branca e bela e perdeu as cores
do rosto ao perder a vida.
As “filhas do Mondego” reagiram com profunda tristeza à morte de Inês, lembrando-a durante muito
tempo e chorando tantas lágrimas que estas deram origem a uma “fresca fonte”.
Assim, o amor de D. Inês por D. Pedro nunca será esquecido, pois a fonte dos Amores recebeu este
nome em sua memória.
(105 palavras)

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