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A PESCA NO RIO TOCANTINS

Construindo pontes entre o


conhecimento local e a pesquisa

Foto: Henrique Negrello


RESULTADOS DO PROJETO DE PESQUISA

ACOMPANHANDO MUDANÇAS: CONHECIMENTO LOCAL E


TRADICIONAL NA GOVERNANÇA DE BACIAS HIDROGRÁFICAS

Autores: Fotos:
Carolina Nunes Henrique Negrello
Márcia Dutra Paula Pereyra
Paula Pereyra Renato Silvano
Cristiane Cunha Sarah Longhi Kunzler
Renato Azevedo Matias Silvano

Dep. Ecologia, UFRGS


Laboratório de Ecologia Humana e de Peixes
renato.silvano@ufrgs.br

Foto: Renato Silvano


RIO TOCANTINS E A PESCA LOCAL
A Bacia Amazônica
Onde encontra-se o rio Tocantins, é a maior bacia
hidrográfica do mundo e possui uma grande
biodiversidade de peixes, com cerca de 2.200
espécies reconhecidas.
A vida às margens do rio Foto: Renato Silvano
Quem vive ao longo das planícies de inundação
dos rios amazônicos tem uma economia mista
baseada principalmente na pesca, na agricultura
e na pecuária.
Pesca artesanal
Na Amazônia o consumo médio de peixe por
habitante é um dos mais altos do mundo e a
maioria dos peixes é capturada pela pesca
Foto: Renato Silvano
artesanal de pequena escala.
OBJETIVOS DESTA CARTILHA

Visamos promover uma troca entre os saberes


científicos e tradicionais a fim de possibilitar a
conscientização das comunidades ribeirinhas Juntos podemos construir o
acerca da conservação e do uso sustentável conhecimento e preservar
dos recursos pesqueiros e hídricos
disponíveis;
esse ambiente tão único e
especial!
Apresentar os desafios enfrentados devido às
ações humanas na região;

Compartilhar com as comunidades os


resultados encontrados em nossos estudos.
ÁREA DE ESTUDO
O estudo foi desenvolvido na região
sudeste do Pará, em um trecho na
porção média do Rio Tocantins e rio
Araguaia.
As coletas e entrevistas foram
realizadas em áreas próximas às
corredeiras (pedrais), entre os
municípios de Itupiranga e Marabá
(PA), até o trecho próximo à
confluência com o Rio Araguaia.
!
Rio Tocantins

Essa região encontra-se ameaçada


por dois empreendimentos de larga
escala: a usina hidrelétrica de
Marabá e a hidrovia Araguaia-
Tocantins.
COMO ESTE TRABALHO FOI FEITO

Com a ajuda dos Realizamos entrevistas Reunimos alguns dos


pescadores, colocamos com os pescadores nas resultados das entrevistas Foto: Henrique Negrello
malhadeiras na margem comunidades e da coleta de peixes
e na coluna d'água do rio neste livreto

3 5
1
4 Foto: Renato Silvano
2

Analisamos os resultados
Os peixes coletados foram
das pesquisas
medidos, pesados e identificados

Foto: Sarah Kunzler


Dados socioeconômicos
Não estudou
Visitamos 4
comunidades, onde

20%
20%
entrevistamos 32
Ens. Superior pescadores
Incompleto

3.3%
3.3%
29 homens e 3 mulheres
Ens. Médio
Incompleto
3.3%

Os pescadores entrevistados
Ens.
vivem, em média, há 40 anos em
na comunidade.
73.4%

Fundamental
Incompleto
73.4%
A colaboração dos
pescadores foi
essencial para a
realização deste
trabalho

Foto: Renato Silvano Foto: Renato Silvano

Foto: Paula Pereyra Foto: Renato Silvano Foto: Paula Pereyra


Principais apetrechos de pesca
De acordo com as entrevistas, são utilizados 11
tipos diferentes de apetrechos para pescar.
30
Número de entrevistados

Os mais utilizados são a


Foto: Renato Silvano
20 malhadeira e a tarrafa.

10

0
ira

ol

el

ha

ão

a
af

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ch

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C

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M

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Apeptrechos de pesca

A
Foto: Renato Silvano
Curimatá
Peixes mais pescados
De acordo com as entrevistas, estes são os
peixes mais pescados no médio rio Tocantins.

Fotos: Renato Silvano


30
Tucunaré
Número de entrevistados

Os peixes mais pescados na região


são o Curimatá, Tucunaré e Piau
20

10

Piau
0
á

au

or

cu

ú
qu
at

ar

ad

nh

Ja
na

ad
Pi

Pa
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M

Pe
Tu
C

ra
B
Peixes mais pescados
Tucunaré
O Tucunaré (Cichla kelberi) é uma espécie Foto: Renato Silvano

endêmica da sub-bacia do Tocantins- Araguaia.


Foi introduzido em diversos reservatórios no
sudeste do Brasil, se tornando uma possível
ameaça para ás espécies nativas destes locais;
Se alimenta de peixes e crustáceos (carnívoro)

Constrói ninhos e cuida ferozmente de seus Comunidades em que foi coletado:

filhotes até que consigam sobreviver sozinhos; Apinagés

Nº coletado Média de Tam.


A mãe coloca dos filhotes dentro da boca Valores
referentes
para levar até o ninho ou para proteção
1 20.6
cm às coletas
diante de um predador.
Fontes: [19;7]
Cará
O Cará (Retroculus lapidifer) é um peixe que vive
em trechos de corredeiras dos rios Araguaia e
Tocantins;

Morfologicamente adaptado ao ambiente de


corredeiras, onde pode fossar o substrato
Foto: Renato Silvano
pedregoso do fundo do rio;

Alimenta-se principalmente de larvas de insetos Comunidades em que foi coletado:

Realiza migrações reprodutivas; Palestina

! Esta espécie já sofreu impactos negativos com o Nº coletado Média de Tam.

Fontes: [2; 6; 11]


represamento da UHE Tucuruí e pode sofrer ainda
mais com empreendimentos na área de corredeiras e 1 10.5
cm
pedrais, por ser dependente destes ambientes.
Acaratinga Existem poucos estudos sobre a biologia e
ecologia desta espécie, reforçando a
O acaratinga (Geophagus neambi) é uma importância de conservação
espécie endêmica do Tocantins-Araguaia;

É onívoro, alimenta-se de pequenos

Foto: Renato Silvano


invertebrados aquáticos e terrestres,
sementes, detritos orgânicos e sedimentos;

São explorados como peixes ornamentais;

Fontes: [2; 16]


Comunidades em que foi coletado:
O macho e a fêmea cuidam dos filhotes; Apinagés-Espírito Santo
Palestina- Santa Cruz- Vila Tauri

Essa espécie guarda os filhotes recém- Nº coletado Média de Tam. Tam. máximo Tam. Mínimo
nascidos dentro da boca para proteger de
38 11.6 18 5.5
possíveis predadores. cm cm cm
Por ser um dos peixes mais explorados na
Pescada
pesca artesanal no Médio Rio Tocantins,
A pescada (Plagioscion squamosissimus) é muito possui alta importância para segurança
importante para o consumo e comércio; alimentar.
Ocorre naturalmente na bacia Amazônica e
habita regiões de lagos e lagoas. Introduzida
em diversos reservatórios da região sudeste
do Brasil, ameaça a sobrevivência de espécies
nativas;

Fontes: [7;4; 10]


Foto: Renato Silvano
Alimenta-se de insetos quando jovens e de Comunidades em que foi coletado:
peixes e camarões quando adultos. Apinagés Espírito Santo
Vila Tauri
Não realiza migrações e possui hábitos noturnos
Nº coletado Média de Tam. Tam. máximo Tam. Mínimo
Na época de reprodução os machos 22.4 40 14.3
“cantam”, emitindo roncos que às vezes 121 cm cm cm
podem ser ouvidos até mesmo fora da água.
Pacu Branco Foto: Renato Silvano

Os Pacus brancos (Myleus setiger), alimentam-se


de frutos e sementes;
Seus dentes são especializados para quebrar
frutos e sementes;

Realizam migrações reprodutivas;

Habitam ambientes com correnteza, como as

Fontes: [7; 11]


corredeiras. Comunidades em que foi coletado:

! Espírito Santo

Essa espécie teve sua abundância reduzida devido ao


Nº coletado Média de Tam.
represamento da UHE Tucuruí, que impediu a migração
reprodutiva ascendente e limitou a recolonização no
1 8
trecho à jusante a partir da montante. cm
Tometes anchylorhynchus É uma espécie endêmica do Tocantins-
Araguaia;
Essa espécie foi descrita em 2016;

Vive em ambientes com correnteza e fundo


rochoso;
Quando adultos são herbívoros, os juvenis
podem se alimentar de invertebrados;
Foto: Renato Silvano
Apresenta associação com plantas
Podostemaceae em todas as fases de vida. Comunidades em que foi coletado:

!
Espírito Santo

Nº coletado Média de Tam.

Fontes: [3]
Essa associação com as plantas deixa a
espécie mais vulnerável as hidrelétricas.
1 cm
Esta e outras espécies semelhantes estão
Curimatá atualmente entre as mais importantes na pesca
A Curimatá (Prochilodus nigricans) é o peixe mais comercial e de subsistência na Amazônia
pescado no médio Tocantins- Araguaia;
Se alimenta de matéria orgânica depositada no

Fontes: [17;11;8]
fundo dos rios, de algas e de microrganismos
(Detritívoro);
Forma cardumes e faz longas migrações
Foto: Renato Silvano

!
reprodutivas. A reprodução provavelmente
ocorre em locais do médio rio Tocantins e
médio rio Araguaia, em áreas à montante da Estudos demonstram que está espécie
UHE Tucuruí; sofreu impactos negativos com o
represamento do rio devido a construção
da UHE Tucuruí, levando a diminuição
Por ser detritívora, desempenha um importante
drástica de sua abundância, claramente
papel ecológico nos rios da América do Sul, atuando relacionada à interrupção das rotas
na ciclagem de matéria orgânica migratórias
Piau
O Piau (Leporinus fasciatus) é o terceiro peixe
mais pescado na região;

É onívoro, alimenta-se de material vegetal,


larvas de insetos, sementes e frutos;
Foto: Renato Silvano

Quando está em fase reprodutiva, na época de


enchente, realiza migrações

Fontes: 12;11]
Comunidades em que foi coletado:
Apinagés
Habita a margem de rios e lagos
Espírito Santo

Comunidades tradicionais acreditam que o consumo Nº coletado Média de Tam. Tam. máximo Tam. Mínimo
deste peixe por pessoas doentes e mulheres
13.3 20 11.3
grávidas traz benefícios 12 cm cm cm
Mandi
Mandi (Pimelodus blochii) é onívoro. Alimenta-se A despeito do tamanho não muito
avantajado, é considerada importante para
de frutos, detritos, invertebrados e pequenos consumo local.
peixes;
Foto: Renato Silvano
Desova no início da enchente

Formam cardumes no período da seca, os quais


são explorados pela pesca comercial em

Fontes: [6;7;11]
algumas regiões da Amazônia
Comunidades em que foi coletado:

!
Apinagés- Palestina
Vila Tauri
Após o represamento da UHE Tucuruí, sua Nº coletado Média de Tam. Tam. máximo Tam. Mínimo
abundância diminuiu no trecho de corredeiras.
22 13.96 70 12.30
cm cm cm
Cangati Durante o período reprodutivo os machos
desenvolvem ossificações nos maxilares, como
Cangati (Auchenipterus nuchalis) é carnívoro,
chifres e o espinho da nadadeira dorsal
consumindo invertebrados, principalmente
aumenta de tamanho
microcrustáceos e insetos;
Foto: Renato Silvano
Nada próximo à superfície à procura de
insetos ou outros itens alimentares;

Apresenta hábito crepuscular ou noturno;

Fontes: [6; 7;11]


Comunidades em que foi coletado:
Desova no início da enchente. Apinagés- Espírito Santo-
Santa Cruz-Vila Tauri
! Nº coletado Média de Tam. Tam. máximo Tam. Mínimo
Está entre as espécies afetadas pelo 15.62 30 12.70
55
represamento da UHE Tucucuí cm cm cm
Foto: Renato Silvano
Cuiu-cuiu
Cuiu-cuiu (Oxydoras niger) é um peixe bastante
popular entre os pescadores ribeirinhos na bacia
dos rios Tocantins e Araguaia; Comunidades em que foi coletado:
Se alimenta no fundo de rios e lagos, consome Espírito Santo
principalmente detritos ou sedimento, mas
invertebrados aquáticos, frutos, sementes e Nº coletado Média de Tam.
plantas também fazem parte de suas refeições;

Fontes: [15;11]
26
Entre espécies semelhantes (doradídeo) têm sido 1 cm
considerado o maior da bacia Amazônica,
podendo chegar a até 20 kg e 1,2 m. !
Está entre ás espécies afetadas pelo
Quando retirados da água, fazem um som
represamento da UHE Tucucuí
peculiar, semelhante a um ronco.
Acari
O Acari (Baryancistrus niveatus) vive em
ambientes de pedrais e corredeiras longo dos
rios Araguaia e Tocantins;
Encontra-se ameaçada pela construção de
usinas hidrelétricas nestas regiões; Foto: Renato Silvano

É consumida para alimentação de subsistência, e

Fontes: [15;11]
explorada no mercado de peixes ornamentais; Comunidades em que foi coletado:
Santa Cruz

! Esta espécie enfrenta risco extremamente Nº coletado


Espírito Santo

Média de Tam. Tam. máximo Tam. Mínimo


elevado de extinção na natureza, a principal
ameaça é a construção de hidroelétricas no 13 21.9 29.5 14
cm cm cm
ambiente em que vive.
Bodós Hypostomus sp.
Os Bodós (Hypostominae) são espécies que
normalmente vivem pedrais e corredeiras;

Fontes: [9;11]
Foto: Renato Silvano
São detritívoros, alimentam-se de restos
Comunidades em que foi coletado:
orgânicos e algas.
Santa Cruz-Espírito Santo
Vila Tauri
Nº coletado Média de Tam. Tam. máximo Tam. Mínimo
Foto: Renato Silvano
Ancistrus ranunculus
12.3 18 6
Comunidades em que foi coletado: 11 cm cm
cm
Vila Tauri
São espécies essenciais para um ecossistema
Nº coletado Média de Tam.

1 12.5
cm
! equilibrado, já que fazem a ciclagem de nutrientes.
Essas e outras espécies detritívoras sofrem impactos
negativos ligados à UHE Tucuruí.
Squaliforma emarginata
Bodós
Assim como outros Bodós (Hypostominae), estas
espécies também podem sofrer impactos Foto: Renato Silvano

negativos com empreendimentos em seu habitat. Comunidades em que foi coletado:


Espírito Santo- Palestina-
Peckoltia sp.
Santa Cruz- Vila Tauri
Nº coletado Média de Tam. Tam. máximo Tam. Mínimo
Fontes: [13;14;16]

Foto: Renato Silvano


17.2 27.6 13.2
38 cm cm cm

!
Comunidades em que foi coletado:
Espírito Santo
Vila Tauri Outras espécies do gênero Perckotia já estão
ameaçadas de extinção devido a construção de
Nº coletado Média de Tam. Tam. máximo Tam. Mínimo
barragens. Squaliforma emarginata teve a sua
6 7.80 11 5.6 abundância reduzida drasticamente com a
cm cm cm construção da UHE Tucuruí.
IMPACTOS AMBIENTAIS
O rio Tocantins é um dos rios mais modificados
da bacia Amazônica, sendo utilizado
principalmente na produção de energia através
das hidrelétricas. Além disso, o uso da terra na
região tem se intensificado por conta da
agricultura e da agropecuária. Essas atividades,
em menor ou maior escala, podem impactar
negativamente a qualidade da água do rio.

!
Atualmente, existem 7 usinas hidrelétricas
em funcionamento ao longo de todo o rio
Tocantins.
Foto: Divulgação
Nas entrevistas realizadas nas comunidades 73% Poluição
dos pescadores relataram perceber mudanças Ocorre a partir do escoamento de fertilizantes e
negativas na qualidade da água do rio. pesticidas provenientes da agricultura, do garimpo
Dentre os motivos citados para justificar essa e do desmatamento que liberam mercúrio na água.
mudança, estão:
Barragens
Poluição Podem alterar a temperatura da água, interferir na
Não respondeu 25% conectividade dos rios, no seu fluxo e vazão e
29.1%
impactar a dinâmica do transporte de sedimentos.

Cheia
Em períodos de cheia, as águas bem oxigenadas do
rio tornam-se propícias para a proliferação de algas
e microrganismos.
Barragens Desmatamento
Desmatamento 16.7% Pode aumentar a temperatura da água, a
12.5%
quantidade de sedimento suspenso e liberar
Cheia mercúrio no rio.
16.7%
RIO TOCANTINS: DESAFIOS NO HORIZONTE
Derrocamento do Pedral do Lourenço

O projeto visa melhorar a navegabilidade da


hidrovia do rio Tocantins através da implosão de
trechos do rio, entre eles o Pedral de Lourenço,
formação rochosa de 43 km de extensão Foto: Agência Pará
localizada no município de Itupiranga. Segundo
os pescadores, a região dos pedrais é de extrema
importância para a pesca, visto que diversas
espécies de peixes vivem na região.

! A região dos pedrais localiza-se próximo à


barragem de Tucurui, implementada em 1984.
Desde então, a região é afetada pelo
empreendimento. Foto: Agência Pará
O derrocamento e a ameaça à biodiversidade
Além de ameaçar espécies importantes para a pesca,
a implosão dos pedrais coloca em risco outros
diversos animais que vivem na região.

Tartarugas Boto
A implosão compromete o Além disso, o projeto pode
local de desova do Tracajá impactar negativamente o
(Podocnemis unifilis) e da
Podocnemis unifilis habitat de uma espécie de
Tartaruga-da-Amazônia boto endêmica da bacia
(Podocnemisexpansa.
Podocnemis expansa) Tocantins-Araguaia, o Inia
Inia
araguaiaensis, descrito em
!
araguaiensis
2014.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1-Affonso, A. G., Barbosa, C., & Novo, E. M. L. M. 2011. Water quality changes in floodplain lakes due to the amazon river flood pulse: Lago grande
de curuaí (Pará). Brazilian Journal of Biology, 71: 601–610.

2. Akama, A. 2017. Impacts of the hydroelectric power generation over the fish fauna of the Tocantins river, Brazil: Marabá dam, the final blow.
Oecologia Australis.

3. Andrade, M. C., Jégu, M., & Giarrizzo, T. 2016. Tometes kranponhah and Tometes ancylorhynchus (Characiformes: Serrasalmidae), two new
phytophagous serrasalmids, and the first Tometes species described from the Brazilian Shield. Journal of fish biology, 89: 467–494.

4. Bennemann, S. T., Capra, L. G., Galves, W., & Shibatta, O. A. 2006. Dinâmica trófica de Plagioscion squamosissimus (Perciformes, Sciaenidae)
em trechos de influência da represa Capivara (rios Paranapanema e Tibagi). Iheringia - Serie Zoologia, 96: 115–119.

5. Chicrala, P. C. M. S., de Lima, L. K. F., Vitti Moro, G., Neuberger, A. L., Marques, E. E., & Freitas, I. S. 2013. Catálogo de peixes comerciais do lago
da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhaes : Tocantins /Brasil. Brasília: Embrapa.

6. Ferreira, E. J. G., Jansen, S. A., & Santos, Z. G. M. 1998. Peixes Comerciais do Médio Amazonas: Região de Santarém, Pará. IBAMA/ProVárzea

7. Kullander, S. O., & Ferreira, E. J. G. 2006. A review of the South American cichlid genus Cichla, with descriptions of nine new species (Teleostei:
Cichlidae). Ichthyological Exploration of Freshwaters.

8. Magarelli, G., & Fostier, A. H. 2005. Influence of deforestation on the mercury air/soil exchange in the Negro River Basin, Amazon. Atmospheric
Environment, 39: 7518–7528.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9. Mérona, B. de, Juras, A. A., Santos, G. M. dos, & Cintra, I. H. A. 2010. Os Peixes e a Pesca no Baixo Tocantins. Ministério de Minas e Energia (Vol. 1).

10. Moreira, S. S., & Zuanon, J. 2000. Dieta de Retroculus lapidifer (perciformes : cichlidae ), um peixe reofílico do rio araguaia , estado do introdução o
conhecimento da dieta de peixes é importante para a obtenção de na utilização do alimento. Acta Amazonica, 32: 691–705.

11. Queiroz, L. J. ; Vilara-Torrente, G.; Ohara, W. M.; Pires, T. H. S. ; Zuanon, J.; Doria, C. R. C. 2013. Peixes do Rio Madeira.

12. Ribeiro, A. C., Vilara, G. T., Filho, J. A. L., & Doria, C. R. da C. 2016. Ecologia e biologia de peixes do rio Madeira.

13. Ríos-Villamizar, E. A., Piedade, M. T. F., Junk, W. J., & Waichman, A. V. 2017. Surface water quality and deforestation of the Purus river basin,
Brazilian Amazon. International Aquatic Research, 9: 81–88.

14. Rosa, R. S., & Lima, F. C. T. 2018. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção: Volume VI – Peixes. Brasília, DF: ICMBio/MMA.

15. Santos, G. M., Ferreira, E. J. G., & Zuanon, J. A. S. 2006. Peixes comerciais de Manaus.

16. Schindler, I., & Staeck, W. 2006. Geophagus gottwaldi sp. n.-a new species of cichlid fish (Teleostei: Perciformes: Cichlidae) from the drainage of
the upper río Orinoco in Venezuela. Zoologische Abhandlungen (Dresden), 91–97.

17. Silvano, R. A. M., Keppeler, F. W., Hallwass, G., Nunes, M., Lopes, P. F. M., Raynner, F., Ribeiro, V., Canto, C. S., & Colares, A. L. 2017. Conservação,
Pesca e Ecologia de Peixes do Baixo Rio Tapajós, Amazônia Brasileira.

18. Zuanon, J., Mendoça, F. P., Espírito-Santo, H. M. V, Dias, M. S., Galuch, A. V, & Akama, A. 2015. Guia de Peixes da Reserva Ducke.
AGRADECIMENTOS

Instagram
@lehpe.ufrgs

Foto: Henrique Negrello Foto: Henrique Negrello

A equipe de pesquisadores do projeto Aos pescadores Facebook


e do Laboratório de Ecologia Humana @Lehpe Ufrgs
e de Peixes

A PROREXT pelas bolsas


no projeto de extensão

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