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É o processo que se segue ao rigor mortis, no qual as enzimas da própria carne hidrolisam as
moléculas de proteína e separam-nas em moléculas mais simples e menores. A gordura
também é hidrolisada para ácidos graxos que contribuem para o sabor da carne. O tecido
conjuntivo não sofre ação das enzimas, por isso, carnes com grandes quantidades de tecido
conjuntivo são mais duras e fibrosas. A importância da maturação é conferir sabor e maciez à
carne.
3) A carne “in natura” pode sofrer alterações em sua cor devido a reações químicas. Cite e
explique como ocorrem tais alterações. Cite a estrutura química de cada um.
A estrutura da mioglobina in natura é composta por um íon de ferro bivalente (Fe++ - ferroso)
contento seis valências, que tem capacidade de se ligar à cinco átomos de nitrogênio, sendo
que um desses átomos de nitrogênio faz parte da composição de uma proteína de baixo peso
molecular, a globina. A Sexta valência do íon ferro pode combinar-se com água, monóxido de
carbono, dióxido de carbono, oxigênio molecular ou óxido nitroso, conferindo à carne cores
diferentes.
4) A metamioglobina caracteriza a cor vermelho marrom da carne “in natura”. Alguns fatores
podem influenciar aumentando ou diminuindo a formação da metamioglobina. Cite quais são
esses fatores e explique como influenciam a formação da metamioglobina.
7) Quais são os fatores que influenciam negativamente a cocção das carnes? Explique-
os.
A maciez da carne não é igual para todos os tipos de cortes, bem como o efeito
produzido pelo calor sobre sua maciez. A palatabilidade da carne é julgada pela maciez
(determinada pela idade e pelo sexo do animal) e pela quantidade e deposição de
gordura. No estado “cru”, a proteína muscular da carne é semifluida (macia). A
exposição prolongada ao calor, torna esta proteína dura, rija, seca e encolhida.
O colágeno (tecido conjuntivo) é rijo, porém, na presença de calor úmido, é capaz de
converter-se em “gelatina”, tornando a carne macia.
Cortes que contêm pouco colágeno tendem durante o processo de cocção, ao maior
endurecimento das fibras musculares em relação ao amaciamento resultante da
conversão do colágeno em gelatina. Essa carne ao invés de ficar mais macia, pode
tornar-se mais dura.
O efeito total do calor na maciez da carne dependerá do equilíbrio entre a maciez do
tecido conjuntivo e o endurecimento das fibras musculares.
Existem vários processos que podem favorecer o amaciamento das carnes. Os
métodos domésticos mais usados são: bater, cortar, picar, moer e o acréscimo de
substâncias como o sal, vinagre ou enzimas.
Ação Enzimática: As enzimas que digerem proteínas são usadas, com frequência, para
o amaciamento da carne. A enzima mais comumente usada é a papaína, extraída do
mamão verde. Outras enzimas com propriedade proteolítica, para uso como
amaciadores de carne são: bromelina, extraída do abacaxi, ficina, extraída do figo,
tripsina, extraída do pâncreas de animais e a Rhozyma, extraída dos fungos. Deve-se
tomar cuidado com a quantidade do produto enzimático adicionado em relação à
quantidade de carne, pois o amaciamento em excesso resulta em uma carne de
textura friável (gelatinosa), semelhante ao fígado.