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Manual Prático

de
Viola Caipira

Por
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Introdução ao Manual Prático de Viola Caipira

Este material trata-se de uma compilação bibliográfica feita através de


artigos, livros, métodos, etc., que foram extraídos em sua maioria da internet,
fato que não foi possível citar todos os autores.
A intenção primeira deste manual foi popularizar esse instrumento tão
nosso, devido principalmente à dificuldade de material didático a respeito.
Após alguns meses de pesquisa pude observar a grande dificuldade de se
obter material da nossa viola caipira, assim tive a idéia de compilar o que estava
disponível através da rede mundial de computadores com alguns livros antigos
para que o aluno interessado em aprender ou até mesmo aprimorar seus estudos
tivesse um acesso mais facilitado ao tema.
Sugiro que o manual de aprendizado de Viola Caipira seja seguido na
ordem dos capítulos, mas nada impede que sejam estudados somente os
capítulos que forem de interesse particular de cada um.
Ainda, sugiro fortemente que seja estudada a parte de Teoria Musical que é
desenvolvida com base nas suas aplicações práticas na Viola Caipira. O estudo
da teoria musical aplicada à viola caipira permite o entendimento mais profundo
do instrumento, fazendo com que o estudante possa ter uma gama maior de
recursos para utilizar ao tocar.
Entretanto, o Manual Prático de Viola Caipira está estruturado de forma
que sem a Teoria Musical o estudante tenha condições de tocar, mas sem ter um
conhecimento mais profundo do que está por trás do que se está tocando.
Qualquer dúvida ou problema entre em contato.

Ótimos estudos.
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Prólogo

O Caipira

Caipira é uma denominação nascida da primeira miscigenação entre o


branco e o índio. "Kaai 'pira" na língua indígena significa, o que vive afastado,
("Kaa"-mato ) ( "Pir" corta mata ) e ( "pira"- peixe). Também o cateretê,
inicialmente uma dança religiosa indígena, na qual os Índios batiam palmas,
seguindo o ritmo da batida dos pés, deu origem a "catira". A catira passou a ser
um costume de caboclos, antigamente chamados de "caboclos". Com o avanço
dos brancos em direção ao Mato Grosso e Paraná a cultura caipira foi junto,
levada principalmente pelos tropeiros. Hoje o termo "Caipira" generalizou-se
sendo para o citadino uma figura estereotipada. Mas esse ser escorregadio e
desconfiado por natureza, resiste às imposições vindas de fora. Tem uma espécie
de cultura independente, como a dos Índios. Infelizmente alguns intelectuais
passaram de modo errôneo a imagem do caipira. Hoje as festas "caipiras" que se
encontram nas cidades e nas escolas não passam de caricaturas de uma realidade
maior. Foi criada uma deturpação do que o povo brasileiro possui de mais
profundo e encantador em suas raízes. "A primeira mistura", a pedra
fundamental. O falar errado do caipira não é proposital. Permanecendo ele
afastado das cidades, mantém no seu dialeto, muito conhecimento, que o homem
da cidade já perdeu, com sua prosperidade aparente. O caipira conhece as horas
apenas olhando para o céu e vendo a posição do sol. Sabe se no dia seguinte virá
chuva ou não, pois conhece a fundo o mundo natural. Tem um chá para cada
doença, uma simpatia para cada tristeza... Para o citadino o caipira virou motivo
de divertimento, quando deveria ser o exemplo de amor a terra.
Do antepassado Índio ele herdou a familiaridade com a mata, o faro na caça, a
arte das ervas, o encantamento das lendas. Do branco a língua, costumes,
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crenças e a viola, que acabou sendo um dos símbolos de sua resistência pacífica.
Muitos são os ritmos executados na viola, da valsa ao cateretê. Temos Cateretê
baião; Chula polca; Toada de reis: Cateretê- batuque, Landú, Toada; Pagode,
etc. Apesar de parecer um homem rústico, de evolução lenta, nas suas mãos
calejadas ,ele mantém o equilíbrio e a poesia da fusão duas etnias. E traduz seu
sentimento acompanhado da viola, companheira do peito, onde canta suas
esperanças, tristezas e as belezas do nosso país. A música rural, criativa,
contrapõe-se aos modismos vindos do exterior. Ainda é uma forma resistente de
brasilidade, feita por um do povo que conhece muito o chão do nosso país. Hoje
estão querendo fazer uma fusão cultural, a do "caipira" com o "country"
americano. O que infelizmente se vê, é gente fantasiada de "cowboy"!? Para
homenagear o verdadeiro caipira dedico esta compilação bibliográfica.
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Capítulo 1: História da Viola Caipira

Toda cultura em qualquer parte do mundo possui um ícone. Quando se fala em


Brasil, lembramos do Carnaval, quando se fala em Itália, lembramos das massas,
pizzas. Na música isso também acontece. Quando falamos, por exemplo em
música russa, lembramos da Balaika; da música portuguesa, o Fado; da Espanha,
a música flamenca e o Violão. Nosso país tem uma cultura musical imensa e que
muitas vezes não conhecemos. Por isso, tenho o grande prazer de apresentar a
vocês um instrumento que talvez seja o mais importante da cultura brasileira: a
nossa Viola Caipira. A Viola é um instrumento presente em quase todas as festas
do nosso interior (festas do divino, festa de reis, entre outras). Foi o primeiro
instrumento musical a chegar ao país. Se a MPB faz jus ao nome (como toda
música popular produzida no Brasil), então a Viola foi o instrumento precursor
de tudo o que temos hoje. É com certeza o instrumento mais popular do país,
mas que graças a influência da mídia, quase desapareceu do ouvido dos
brasileiros.
Um instrumento de som belíssimo, mas que sofre um preconceito enorme por ter
estampada em seu nome a palavra “Caipira”. Acima de tudo isso, a Viola é um
instrumento que está voltando a crescer graças a nomes como Almir Sater,
Renato Teixeira, Mazinho Quevedo. Por estas linhas você irá conhecer a sua
origem, suas particularidades, seus ícones (como Tião Carreiro, Tonico e
Tinoco), seus ritmos e descobrir muitas novas possibilidades para seu
instrumento seja você guitarrista ou violonista.
Vamos conhecer um pouco da nossa Viola Caipira ?
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História da Viola Caipira – 2ª parte

Apesar de hoje a Viola Caipira ser considerada um instrumento tipicamente


brasileiro, temos historicamente que afirmar que esta colocação é errada. Nossa
Viola Caipira supostamente nasceu na Europa por volta do ano 1000, vindo de
um instrumento árabe chamado Guitarra Mourisca. Voltando um pouco no
tempo, por volta do ano 3000AC, os únicos instrumentos de cordas que
tínhamos notícias eram as harpas. Instrumentos que podiam apenas tocar uma
nota por corda e eram baseadas em escalas pentatônicas (escalas de cinco notas).
Sumérios, Egípcios, Chineses a utilizaram durante muitos milênios. Nesta
época, descobriu-se que esticando uma corda em uma superfície qualquer, a
mesma podia dar inúmeras alturas de som com apenas um toque do dedo.
Acredita-se então que a primeira providência foi colocar em uma harpa um
pequeno braço de madeira e esticar suas cordas até a extremidade das mesmas.
Surgiu então um instrumento mais complexo, capaz de sobrepujar a música até
então realizada. Com o tempo, descobriu-se também que uma corda esticada em
um recipiente acusticamente favorável (como uma carapaça de quelônio)
produzia um som mais alto. Surgia na região da Arábia o antecessor do Alaúde,
um instrumento que tinha como bojo uma carapaça de quelônio com um couro
esticado como tampo, e braço. Por volta do ano 2000AC, os árabes resolveram
construir de madeira este instrumento imitando em seu bojo a curvatura das
carapaças dos quelônios. Surgia então o A´lud ou Alaùde que em árabe significa
"madeira". Perto do ano 900AC, este instrumento sofreu uma ruptura. Dele
surgiria o Alaúde que nós conhecemos hoje, com um braço menor. Nesta época,
acredita-se que o Alaúde já usava cordas duplas para aumentar sua sonoridade.
O Alaúde original de braço comprido utilizado por mouros e egípcios ganhou o
nome de Guitarra Mourisca.
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Com a invasão árabe na península ibérica por volta do ano 650 de nossa era,
toda cultura árabe foi despejada na região que conhecemos hoje por Portugal e
Espanha. Com ela vieram à música e os instrumentos típicos. O Alaúde teve
como alteração apenas o adicionamento de trastes, enquanto a Guitarra
Mourisca começou a passar por uma lenta transformação. Primeiramente seu
corpo passou a ganhar um leve acinturamento na região central, e seu bojo curvo
começou a perder esta característica (fato que levou por volta de mil anos)
ganhando forma plana. Já por volta do ano 1000, temos um instrumento com
quatro pares de corda chamado Guitarra Latina (mais tarde conhecido por
Guitarra Renascentista). Por volta do ano 1400 surgiram na Espanha dois
instrumentos derivados da Guitarra Renascentista: a Guitarra Barroca com cinco
pares de corda e a Vihuela com seis pares de cordas.
Estes dois instrumentos foram então introduzidos em Portugal com o nome de
Viola (aportuguesamento de Vihuela) por volta do ano1450. No baixo latim
encontramos: vidula, vitula, viella ou fiola, mas nenhum destes vocábulos serviu
para designar a nossa viola. Tratava-se de um violino pequeno, um tetracórdio.
Era a viola de arco, uma espécie de rabeca. Com a expansão ultramarítima
portuguesa, os portugueses introduziram em suas colônias seus costumes e
cultura. Com os jesuítas, chegou ao Brasil por volta de 1550 a Viola de cinco
pares de corda. Utilizada primeiramente na catequese dos índios, ganhou o
interior brasileiro e perdeu sua imagem tão erudita, passando a ser construída
pelos nossos próprios caboclos com madeiras toscas. Surgia a nossa Viola
Caipira.
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História da Viola Caipira – 3ª PARTE


Durante os próximos 300 anos a Viola foi rapidamente se transformando no
instrumento mais popular do Brasil (o Violão como conhecemos hoje só surgiu
porvolta de 1800). Um violeiro brasileiro fez fama nas cortes portuguesas. Era
este Domingos Caldas Barbosa (1740-1800). Em 1817, um censo demonstrava
que a Viola era o instrumento mais popular do Brasil. Mas com o surgimento do
Violão (que já veio da Europa com métodos e toda uma escola formada), a Viola
passou a ser confinada cada vez mais para o interior.
O Violão passou a ser um instrumento urbano e a Viola um instrumento rural.
Em 1929, o paulista Cornélio Pires, amante da cultura caipira, levou para o
estúdio a música caipira e com ela a Viola. Pela primeira vez era gravado e
lançado em disco o som de uma Viola. O sucesso foi imediato e várias duplas
surgiram a partir daí, como Alvarenga e Ranchinho. Em pouco tempo a música
caipira era o gênero que mais vendia no país. Nomes como Tonico e Tinoco
eram considerados como vedetes.
Na década de 50, surgiu um nome que iria mudar o conceito até então de música
caipira. Era José Dias Nunes que foi imortalizado com o apelido de Tião
Carreiro. Ele revolucionou o modo de tocar o instrumento, estando para a Viola
o que Hendrix foi para a Guitarra elétrica. Na década de 60, com o êxodo rural,
milhares de famílias que viviam em zonas rurais vieram para as cidades,
principalmente as capitais, e cessou-se então um ciclo de aprendizado. Até então
os ensinamentos da Viola Caipira eram passados de pai para filho. O
instrumento passou a ser colocado em um segundo plano. Também nesta
década, as várias influências de músicas de outros países, como os ritmos
paraguaios, mexicanos deram ênfase a outros instrumentos como a sanfona e os
metais (trumpetes, por exemplo).
A musica caipira sofre uma ruptura e lentamente vai surgindo a música sertaneja
de hoje. A Viola então começa a caminhar outros horizontes. Em 1968 é
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gravado o primeiro disco de música erudita totalmente gravado com Viola e


Tião Carreiro grava samba e choro com o instrumento. A década de 80 traria um
novo crescimento para o instrumento. Em 1981, Almir Sater grava seu primeiro
disco, mostrando os ritmos pantaneiros e mostrando o lado MPB da Viola.
A TV Cultura abre um programa totalmente dedicado ao instrumento, o "Viola
Minha Viola", hoje apresentado por Inezita Barroso. Em 1990 a Viola volta à
mídia com a novela Pantanal, aonde Almir Sater mostra para todo o Brasil a
força do instrumento, repetindo a dose em 1992 com a novela Ana Raio e Zé
Trovão e em 1996 com a novela Rei do Gado. Nossa música Caipira perde Tião
Carreiro em 1993. A década de 90 foi uma década movimentada. Hoje o
instrumento volta a ter grande popularidade, multiplicam-se professores de
Viola.
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Viola Caipira - O Instrumento


A viola caipira possui vários nomes, dependendo da região do país. A
forma da viola, como encontrada na sua grande maioria atualmente, assemelha-
se muito à forma do violão, sendo a principal diferença o tamanho reduzido da
escala e da caixa de ressonância. A madeira utilizada na maioria das violas é o
pinho, podendo, entretanto, ser utilizado o jacarandá e outros tipos.
Ela possui algumas características que a tornam um instrumento único. A
primeira consiste na disposição das cordas: 10 cordas unidas aos pares,
montando 5 pares. Os dois pares mais agudos são afinados em uníssono (mesma
nota, na mesma altura). Os outros três pares são afinados em oitavas (mesma
nota, com diferença de alturas de uma oitava). Ainda, sempre se tocam as duas
cordas do par juntas.
A segunda é o fato de ser menor que um violão, tanto no que diz respeito
ao tamanho da sua caixa de ressonância, quanto no tamanho da escala.
A maneira de se tocar viola também é diferente da maneira de se tocar um
violão comum. Primeiro, devido às cordas que são tocadas aos pares, e não
individualmente como no violão comum.
Segundo, por causa das afinações. Existem diversas afinações utilizadas,
diferentemente do violão. Na viola, as afinações, normalmente, formam acordes
abertos (como Cebolão em Mi maior ou Ré maior somente para exemplificar),
fato que não ocorre com a afinação do violão.
Terceiro, o toque da viola caipira utiliza muito as cordas soltas. Assim,
suas afinações, seu tamanho peculiar e a maneira de se tocar e pontear utilizando
muito as cordas soltas, lhe confere um som característico, único.
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Anatomia da Viola
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Caixa de Ressonância

A caixa de ressonância é conhecida pelas seguintes designações: caixa, bojo, ou


corpo.
A caixa é composta de um aro e duas tampas. O aro pode ser inteiriço, ou em
dois pedaços, sendo coladas as suas extremidades quando na forma, ficando a
emenda embutida no taco de segurança do cavalete. Usam cola vegetal de
sumbaré. O aro é que tem as curvas. Para execução dessas curvas, uns
fabricantes usam formas, outros fazem a "olho" Aliás o "olhômetro" é o grande
aparelho de precisão com patente nacional brasileira.
Na tampa da frente, ou "peito da viola", ficam o cavalete e a boca, isto é, uma
abertura, que põe em comunicação a caixa de ressonância com o exterior.
Paralelamente ao cavalete fica o rastilho, peça não fixa de taquara. A tampa
posterior ou "costa" é inteiriça, uma tábua só sem emenda.
Na construção da caixa de ressonância entram as seguintes peças: 3 travessas
para sustento da tampa posterior, 2 travessas para sustento da tampa anterior,
taco de segurança do cavalete, armação para o braço (ficando para o lado de fora
o gastalho). O aro, onde internamente são grudadas as viras de filete, para
resistência, ou contra-fortes, onde serão coladas as tampas.
Empregam-se as seguintes madeiras no aro: guaiuvira (preferivelmente),
jacarandá, canela saçafrás. A espessura do aro é de 2 mm. Nunca é mais grosso
porque a madeira tem que entrar na forma fazendo as curvas, quanto mais fina,
mais flexível. As tampas são feitas preferivelmente de pinho, porque dá maior
sonoridade. O tampa das costas às vezes pode ser feita de cedro ou canela, mas a
da frente sempre é de pinho. Devem ser madeiras bem secas. Dizem que a
madeira deve ser cortada na lua minguante de mês que não tem "r" para durar
mais, ser flexível e também não carunchar. As tampas que são de 2 a 3 mm de
espessura, geralmente feitas de tábua de caixão de pinho.
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A largura do bojo é de 25 centímetros, onde se cola o cavalete, e a menor é de


18 centímetros, na parte inferior deste, no centro da cintura que dá um pequeno
estrangulamento fica a abertura, a boca.
A caixa de ressonância às vezes é envernizada.

Boca

A abertura que põe em comunicação a caixa de ressonância com o exterior é a


"boca". A boca da viola pode ter diversas formas, sendo a mais comum em
forma de coração para as feitas à mão, e circulares, as estandardizadas pela
máquina.
Outros tipos de "boca" encontradas entre as violas feitas à mão: dois corações,
estrelas, coração e raramente o losangular.
Ao redor da "boca" é costume fazer alguns desenhos, rosários ou encastoar
malacacheta. Os desenhas são pirogravados. No litoral encastoam pedaços de
conchas, e no serra-acima, malacacheta.
Os rosários, "enfeito" como dizem, em geral são pirogravados, mas também
temos encontrado feitos a lápis, tinta de escrever, e em Piracicaba, uma
riquíssima viola com uns desenhos a óleo e o apelido daquela cidade, "Noiva da
Colina".
Há violeiros que mandam escrever seus nomes ou apenas iniciais. Outros,
algumas frases, nome de mulher.
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O Preparo da Viola

Nas violas que são feitas em série (compradas em lojas de instrumentos) em


alguns casos são necessários alguns pequenos reparos que o próprio comprador
poderá lazer, e que melhorarão em muito o instrumento tanto no som quanto na
facilidade de execução.
Para conseguirmos aplicar as técnicas aqui apresentadas ou até mesmo um
simples dedilhado, vão aqui alguns detalhes que devemos observar no
instrumento:
A Distância Das Cordas nos Pares
Note que se os pares estiverem abertos será muito difícil o loque em duas cordas
do par ao mesmo tempo; já com as cordas mais próximas uma dasoulras (no par)
além de facilitar o Loque nas duas cordas do par teremos uma distância maior
entre um e outro o que facilitará a execução de dedilhados e ponleios.
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A Altura da Ação
Outra adaptação que geralmente se faz necessário é o rebaixamento do rastilho
(pecinha branca encaixada no cavalete).

Ao rebaixarmos o rastilho obteremos uma ação mais baixa, ou seja, uma viola
mais macia; para juntarmos os pares e as cordas faremos um pequeno sulco no
rastilho, obtendo assim a distância desejada de uma corda para a outra no par.

Braço e Palheta

A haste ou "braço" compõe-se de duas partes distintas: braço e palheta. Muitos


violeiros chamam aos dois tão somente de braço. Aliás, na viola há muitos
nomes das partes do corpo humano usados para denominações e isso revela que
o nossa caipira empresta ao instrumento predileto um pouco da anatomia
humana: boca, "cacunda" ou costa, braço, pestana, cintura, ilharga, cabeça da
tarraxa e o mais importante é que a viola tem alma. E o inverso também serve
para comparação: moça bonita de corpo bem proporcionado é "corpo de viola",
e com as nádegas um pouco avantajadas é "corpo de violão", ou "cintura de
violão".
Mas, voltemos ao braço da viola. Nele estão os trastos, trastes ou pontos,
divisões de metal. Na parte superior do braço está à palheta e como já
apontamos ela é enfeitada, lisa ou "trabalhada".
Na palheta estão os artifícios onde se ajustam as cravelhas para a afinação.
Cravelha vem do latim, clave, que deu chave, "cravelha", chave pequena e ficou
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cravelha. Nela distinguimos três partes distintas: orelha ou chapinha, corpo e


pique ou furo onde a corda é enroscada ou enfiada.
Quando nos referimos ao número de cordas, convém lembrar que há uma
diferença entre as violas, e é comum encontrar-se uma outra corda que não
atinge o braço todo e a cravelha não se aloja na palheta; há, grudado por fora do
gastalho um pequeno dispositivo onde está a pequena cravelha. A este conjunto
chamam de "piriquito" ou benjamim.

Cordas, Ordem e Tempero.

Em geral as cordas são de metal, mas já houve tempo em que se fazia corda das
tripas de mico, macaco, coati e até ouriço. E houve muitas violas cujas primas,
segundas e terceiras e contra-canotilho eram de origem animal. Hoje as cordas
são de seda e até de nylon.
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Nomenclatura das Cordas


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Quanto à ordem das cordas da viola, indicaremos o de uma encordoada por


violeiro destro e não canhoto. Alguns caipiras guardam ainda o termo folclórico
para designar as cordas de aço nº 9 e 10, chamam-nas de verdegais, o que nos
fazem lembrar o nome das cordas da guitarra portuguesa. Aliás, a origem dos
nomes das cordas nos dizem que o vocábulo conotilho vem do italiano
"canatiglia". Toeira vem de toar, isto é, dar som forte, soar. E o mesmo nome
usado na guitarra, são as imediatas aos bordões. A toeira é a corda que tem som
forte. A requinta é além de uma espécie de clarinete de som agudo, a
denominação de viola ou guitarra, pequenas, muita menores do que essas
comuns nossas conhecidas. E a turina, donde virá? De Turim? Não.
Analogicamente sua origem deve vir de turi, espécie de clarim usado na Índia
durante o cerimonial da cremação. E dizem os violeiros que os turinas são as
cordas mais chorosas da viola!
Tomam cuidados especiais para que a viola, quando guardada não fique com as
cordas encostadas à parede porque ela "constipa", isto é, se resfria. A umidade
enrouquece a corda.
Duas causas fazem a viola sofrer: calor ou frio intensos. No entanto, ela é muita
mais sensível ao mau olhado e a inveja que destemperam a viola, e jamais
pegará afinação. Para evitar, usam dentro da caixa de ressonância, um pequeno
galho de arruda, lasca de guiné, dente de alho. E para dar eletricidade às cordas,
maior sonoridade, só o guizo de cascavel.
É, e não resta dúvida, magia simpática. E violeiro que se preza não se esquece
de colocar um guizo de cascavel em sua viola.
Tempero é a afinação. Esta varia muito. Dizem alguns caipiras que há vinte e
cinco afinações diferentes. Mas o número 25 para eles significa imensidade, o
incontável, multidão. Conhecemos as seguintes afinações para violas da serra-
acima, rio acima, paulista, cebolão, cebolinha, ré-abaixo, castelhana, quatro-
pontos, oitavado, tempero-mineiro, tempero-pro-meio, guariano, guaianinho,
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guaianão, temperão, som-de-guitarra, cana-verde, do sossego, pontiado-do-


Paraná.
A preferência pelas afinações varia muito. Para cantar moda, a melhor afinação
é o quatro-pontos e para cururu é afinação cana-verde. Cebolinha é boa também
para moda. Cebolão é muito usada para dança do cateretê. Os violeiros mais
jovens não conhecem tais afinações, suas violas são afinadas principalmente em
Cebolão em Mi Maior ou até como violão.
O cebolão, também boa afinação para sapateado é: ré, sol, si, ré, sol. A
cebolinha (simples), boa afinação para cantar moda, e, pestaneando no segundo
trasto é ótima afinação para sapateado é: mi, si, mi, sol sustenido e si. A
cebolinha (três cordas), ou ré-acima ou cebolinha-pelo-meio, muito usada para
execução de solos musicais é: ré, sol, ré, fá sustenido e lá. A cana-verde ou
cururu: ré, sol, si, mi, lá. O oitavo ou pontiado-do-Paraná ou guitarra, outros
nomes de tal afinação é ótima para fandango e muito usada para pontear uma
moda: ré, sol, dó, fá, lá sustenido. Do sossego, também chamada castelhana
porque é mais comum usar somente ao tocar, as três primeiras cordas: ré, fá
sustenido, lá, dó sustenido, fá. A Quatro-pontos, generalizada nas rádios é como
a afinação do violão: lá, ré, sol, si, mi. Mas para uniformizar o aprendizado
usaremos o Cebolão em Mi Maior: si, mi, sol sustenido, si e mi.

Posição ou Empunhadura

O geral, o comum é segurar o braço da viola com a mão esquerda e com a direita
dedilhar as cordas. Das várias maneiras de planger as cordas da viola ou
"pinicar" como genericamente se referem a esta ação, podemos destacar a mais
delicada, maneirosa e suave delas, que é o ponteio, "jeito choroso" para
acompanhar as modas de "causos" e "assucedidos" que provocam
enternecimento e até lágrimas, bem como o riscado para acompanhar as músicas
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de cunho religioso como sejam as de folia do Divino ou de Reis, dança de São


Gonçalo. Há as maneiras vigorosas usadas em geral para danças: batidas e
rasqueado e o maião (malhão, vem de malhar, bater), toque característico do
cururu.
Hoje, por causa do descobrimento das maneiras de dedilhar a viola, tais
denominações tornaram-se gêneros: rasqueado, batido, ponteio, maião.

As doenças da Viola
Basta haver amor por determinada coisa, para que o homem lhe empreste
imediatamente certos atributos humanos. A viola, instrumento que maior
número de amantes tem tido entre o povo do meio rural brasileiro, por isso
mesmo padece das muitas doenças que atormentam o ser humano. A viola se
resfria, se "constipa", apanha "quebranto", fica rouca ou fanhosa, se
"destempera" e chega até a ficar reumática.
As doenças da viola seriam provenientes desse antropomorfismo que lhe é
atribuído, pois tem braço, costas, boca, ilharga, orelhas (cravelhas), "cacunda",
pestana, etc., ou da afeição que identifica instrumento e tocador?
De médico, poeta e louco todo mundo tem um pouco e o violeiro cuida da
saúde de sua viola: contra quebranto, galhinho de arruda no seu interior, jogado
boca adentro em noite de 6ª feira, na primeira após a compra do instrumento; há
um processo de magia simpática para dar melhor "voz" às cordas, colocando um
guizo de cascavel. E contra todos os fluidos prejudiciais, nada melhor do que
uma fita vermelha para desviar o mau olhado e a inveja. E bom violeiro é
sempre invejado!
Quer ver violeiro contrariado, é um estranho tocar em sua viola ou pedir licença
para "arranhar as cordas". Lá com seus botões o violeiro fica mandando ele
pinicar... Bem, não diz nada, mas pensa. A mão de estranho "destempera"
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porque transmite eflúvios maléficos ao seu instrumento. . . é pior do que se


"botasse mau olhado".
Além da fita, e esta não deve ser confundida com aquelas de promessa
que os violeiros das folias de Divino carregam como ex-votos, raro é o violeiro
que não tenha escondido um amuleto: uma figa, um signo de Salomão,
intrometido na palheta.
Há violas que se "constipam", isto é, que se resfriam só pelo fato de serem
guardadas com as cordas encostadas á parede que lhe transmite umidade.
Violeiro que se preza não a dependura assim e sim a mete num saco para
guardar num gancho ou prego. À noite estando sozinha, sente frio, porque nas
braços do violeiro, ela sente calor. Mas, há violas que precisam tomar sereno
para ficar com boa voz, para "declarar bem". Outras, com o sol se arruínam e
chegam a se "destripar", descolam o tampo dos aros: é a insolação.
Antes de guardar a viola, deve-se passar um pano sobre as cordas, num sentido
só, "para não lhe tirar o sentido", endoidecê-la: do trasto para a palheta, assim
ela não ficará fanhosa.
Até o enfeite das violas é amuleto: a pintura de flores em sua tampa ajuda a
afastar o quebranto. É a constância de certos traços culturais que permanecem.
Não há viola lunática, mas todas sofrem influência da lua. Na lua nova e "na
força da lua" não se guarda viola afinada, ela pode ficar "corcunda", entortar,
"estuporar", bem como rebentar a corda. Madeira para viola deve ser cortada nos
meses que não tem "r" (maio, junho julho, agosto) e na minguante para nunca
apanhar caruncho, Viola com caruncho é leprosa...
Violeiro que se preza não carrega viola debaixo do braço e sim na mão,
segurando-a pelo seu braço. "Viola é mulher, e quem sai com ela na rua, vai de
braço dado. Violeirinho de meia pataca é que põe a viola debaixo do braço. O
sovaco é lugar de encostar a muleta e não a viola". Viola carregada debaixo do
braço fica reumática, não afina mais, fica mancando das cordas.
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Embora a viola tenha lá suas doenças, é inegável o poder que ela possui para
curar as doenças quando tocada em romarias e folia de reis. A viola nas danças
do santo português - padroeira dos violeiros, além de arrumar casamento para as
moças que vão ficando para "tias", cura também reumatismo. Quem num
cateretê "pisar nas cordas da viola", isto é seguir-lhe o ritmo, sem errar, jamais
ficará doente dos pés, das pernas, nunca terá "veia quebrada" - varizes. E,
portanto um preventivo maravilhoso que só os catireiros têm o privilégio de
possuir.
Se por um lado há doenças da viola, por outro ela tem grande função
medicinal. Ela cura as doenças, mata a saudade, elimina a tristeza, realiza a
psicoterapia profunda melo-medicinal. Acontece que a função medicinal da
música é coisa velhíssima.
Repete-se com o instrumento predileto do nosso caipira - a viola - o mesmo
destino medicinal da harpa bíblica - ela cura as doenças dos homens tristes.
Quem resiste à alegria contagiante de um cateretê riscado nas cordas de uma
viola? Qual é o reumático que não entra e desenferruja os ossos sob o ritmo
desencarangador de uma dança?
A lei da compensação ai está: o bom violeiro cuida de sua viola para que
ela não apanhe doenças, seja sempre sã, e ela recompensa, uma boa viola, bem
tocada dá alegria para o homem e já dizia Salomão nos seus Provérbios: "O
coração alegre aformoseia o rosto, mas pela dor do coração, o espírito se abate".
E é por isso que "violeiro morre é de velho"
Afinações da Viola

Em geral as afinações da viola são conhecidas por nomes regionais, populares


assim: cebolinha, cebolão, do sossego, etc... Por exemplo, afinação em Mi é a
Cebolão. E como muitos violeiros só conhecem uma afinação, afirmam que na
viola não há "tom menor", dando só a posição "maior".
23

As afinações variam de região para região brasileira, assim é que existem as


chamadas goiana, goianão, ponteado do Paraná, etc. Assim é que muitos
nordestinos gostam de afinar suas violas em: mi-si-sol-ré-lá. É claro que a inter-
relação favorece a influência e a adoção de novos padrões. No entanto, os
violeiros genuínos continuam a dar preferência ao Cebolão. É claro que as
referências também podem variar.
A afinação Cebolão é a mais comum de todas, encontrada em quase todas
as regiões do país, sendo seguida pela segunda mais popular que é a Rio-
Abaixo.
A Cebolão pode ser feita em Mi maior ou Ré maior, dependendo da
conveniência do violeiro. A Rio-Abaixo é feita em Sol Maior.
A afinação Cebolão era muito usada em Mi Maior, entretanto, cada vez
mais, os violeiros têm optado por utilizá-la em Ré Maior, ou seja, um tom
abaixo do tradicional Mi Maior.
Isso ocorre, pois quando a viola é afinada em Mi, as cordas ficam com uma
tensão mais alta, portanto mais dura para ser tocada. O som emitido é mais alto,
mais forte, a viola "grita" mais. Além da cordas ficarem mais duras, elas
costuma arrebentar mais.
Assim, quando se afina em Ré, a viola fica com um toque mais suave, mais
macia. O volume de som é um pouco menor, mas praticamente elimina-se o
problema de cordas que estouram.
São inúmeras as afinações que se usa na viola. Muitas vezes os violeiros
alteram a afinação a seu gosto para determinada música, sem adotar
necessariamente uma afinação pré-definida. Esse texto não tem a intenção de
apresentar todas as afinações utilizadas, principalmente porque isso seria
impossível de se conseguir. Nosso intuito aqui é somente deixar claro que
existem inúmeras possibilidades de se afinar este instrumento peculiar.
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Na tabela abaixo apresentamos algumas afinações mais utilizadas:

Cebolão D Cebolão E Boiadeira Rio Abaixo Natural


5º par A B G G A
4º par D E D D D
3º par F# G# F# G G
2º par A B A B B
1º par D E D D E
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Capítulo 2: Notação Musical e sistema de Cifragem

Para usarmos este método, deveremos aprender um pouco sobre o sistema de


cifragem. A notação musical é posterior à linguagem, e surgiu pela necessidade
de preservar e de transmitir as manifestações musicais sem as imprecisões e os
inconvenientes da transmissão oral. Os gregos, já antes de Pitágoras (portanto
anteriormente ao século V A.C.), tinham desenvolvido um sistema de notação
baseado nas letras do alfabeto. Os romanos, herdeiros da cultura e, portanto, da
música grega, reduziram a notação (que compreendia 15 letras) a apenas 7.
Como a escala grega começava pela nota que hoje chamamos de Lá, ficou assim
essa redução:

LÁ SI DO RÉ MI FA SOL
A B C D E F G
Esta denominação se conservou intacta através dos séculos até nossos dias e até
hoje ainda é usada preferencialmente, nos países de língua inglesa e na
Alemanha. O sistema de cifragem para designar acordes de acompanhamento
usado em todo o mundo emprega essa notação. Junto destas letras também são
usados alguns sinal denominados acidentes:
# (sustenido) - aumenta a nota em 1 semitom
b ( bemol ) - diminui a nota em 1 semitom
x ( dobrado sustenido) aumenta a nota em 1 tom
bb ( dobrado bemol ) diminui a nota em 1 tom
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Para explicarmos a palavra TOM e SEMITOM, vamos pegar por base as teclas
de um piano:

A notação musical ocidental (que é diferente da oriental) possui 12 semitons.


Isso pode ser percebido quando você vai de uma tecla branca para uma tecla
preta que vem em seguida. Por exemplo: DO e DO#, DO# e RE, MI e FA. Para
termos um semitom, apenas andamos uma tecla para frente ou para trás. Já para
termos 1 TOM, precisamos de 2 semitons, ou seja, andarmos 2 teclas para
frente. Por exemplo: DO e RE, MI e FA#, SOL e LA. Para achar estas distâncias
no braço da viola, basta imaginar que para cada tecla, você tem 1 casa:
27

Capítulo 3: Afinações da Viola Caipira

Agora que já temos noção de leitura de cifras, podemos falar sobre algumas
afinações utilizadas na viola.
A viola caipira é um instrumento que diferente do violão, utiliza diversas
afinações como já vimos anteriormente no primeiro capitulo, como cebolão, rio
abaixo, rio acima, natural, entre outras. Para o nosso método, iremos usar a
afinação CEBOLÃO EM MI MAIOR.

Para uma perfeita afinação em sua viola, sugerimos a aquisição de um afinador


eletrônico ou diapasão.
Uma boa afinação é necessária para se tocar em grupo. Imagine se cada um em
um grupo afinar seu instrumento de "qualquer jeito". Para isso emprega-se o Lá
(440 Hz )que é o Lá do diapasão.
Sabendo a afinação da viola, seremos capazes então de saber o nome da nota em
cada casa do instrumento.
Por exemplo:

Uma boa sugestão de estudo é desenhar o braço do instrumento e fazer como o


exemplo acima, corda por corda, assim ficará mais fácil visualizar as notas
quando for necessário.
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RITMOS

Rasqueado (rápido) / Guarânia (lento)

Ritmo Jovem (rápido) / Toada (lento)

Bolero Mambo (rápido) / Balanço (lento)

Cururu

Batidão ou Pagode

“Só me sinto feliz quando venço uma dificuldade”.


Ludwig Van Beethoven
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Polca Paraguaya

Chamamé

Cateretê

Querumana

Vamos então entrar em nosso primeiro ritmo que é o CURURU:


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CURURU
O cururu é um rítimo bastante usado na música caipira. Nasceu quando o Jesuíta
para ensinar catequese aos índios faziam uma festa chamada de "Festa da Santa
Cruz". O Índio, por não conseguir falar a palavra cruz, dizia "curuz" e com o
tempo o ritmo ganhou o nome de cururu. Há vários tipos de cururu, como o
piracicabano, por exemplo que é um desafio feito entre os violeiros assim como
as emboladas. No nosso caso, cururu é um ritmo básico da viola que veremos a
seguir.
O rítmo está expresso pelo seguinte desenho:

P significa polegar, e a seta indica descer o polegar.


I significa indicador, e a seta indica subir com o indicador.
R significa rasqueado, e a seta indica descer com rasqueado.
O rasqueado é feito com a parte da frente da mão, descendo com a ponta das
unhas sobre a corda. Visa um som mais forte do instrumento.
Escute as músicas indicadas acima e procure treinar o ritmo para que o mesmo
tenha o andamento certo. A seguir vem algumas músicas cifradas para você
tocar com este ritmo. Segue também um glossário de acordes para você poder
tocá-las:
31

Capítulo 3: Os Acordes na Viola Caipira

Para os que estão começando agora nesse novo curso dediquei este capítulo para
abordar sobre a posição dos acordes a fim de vocês terem em mente e fixá-los
para que possam tocar uma canção na sua viola.
Veja abaixo a lista dos acordes mais usados com suas devidas posições no braço
da viola. Este é um dicionário com afinação em MI, ok?
PRINCIPAIS ACORDES - C
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33

PRINCIPAIS ACORDES - D
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PRINCIPAIS ACORDES – E
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36

PRINCIPAIS ACORDES – F
37
38

PRINCIPAIS ACORDES – G
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PRINCIPAIS ACORDES – A
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PRINCIPAIS ACORDES – B
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Capítulo 4: Escala Cromática

Olá, tudo bem??? Fiquei sabendo que com o conteúdo da aula passada você já
está conhecido em sua região como o "rei do cururu"!!! Parabéns. Vamos então
a mais um passo
A ESCALA CROMÁTICA nada mais é do que a escala musical que contém
todas as notas do nosso alfabeto musical. É como o nosso alfabeto e todas as
suas letras. Temos então na escala cromática:

Como já dissemos na aula passada, nossa escala musical é formada por 12 notas
e que a distância entre elas é de 1 semitom, ou seja, de DÒ para DÒ# existe a
distância de 1semitom, de RÈ# para MI exista também a distância de 1 semitom,
de MI para FÀ também existe a distância de 1 semitom. Cabe ressaltar uma
regra básica para se decorar (ou entender, o que é melhor) esta escala. Toda
nota terminada em "i" NÂO tem sustenido, ou seja, MI e SI. Continuando,
podemos também concluir que de DÒ para RÈ temos a distância de um tom,
assim como de RÈ# para FÀ, temos também a distância de um tom.
Mas para produzirmos música popular, não é necessário que você use todas as
12 notas da escala cromática e sim apenas um pequeno grupo de 7 (sete) notas
que são as conhecidas ESCALAS MAIORES e ESCALAS MENORES. O que
irá diferenciar uma da outra é a distância entre semitom e tom que há entre uma
nota e outra. Vamos ver?
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ESCALA MAIOR
Você já deve ter ouvido isso?

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ

Isso é um exemplo de escala maior, no caso DÓ MAIOR.


Vamos entender a estrutura desta escala?

De DÒ para RE temos a distância de 1 tom


De RÈ para MI temos a distância de 1 tom
De MI para FÀ temos a distância de 1 semitom
De FÀ para SOL temos a distância de 1 tom
De SOL para LÀ temos a distância de 1 tom
De LÀ para SI temos a distância de 1 tom
De SI para DÒ temos a distância de 1 semitom

Portanto a estrutura de uma escala MAIOR é:


TOM – TOM – SEMITOM – TOM – TOM – TOM – SEMITOM
Podemos aplicar esta regra em outras tonalidades também:
SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ# - SOL
Esta escala é uma escala de Sol Maior e como você pode observar, a nota FÀ
está com um sinal de sustenido. Este sinal foi colocado pois houve a necessidade
de se alterar a escala para que ela pudesse conter a mesma estrutura de uma
escala maior. Vejamos

De SOL para LÀ temos a distância de 1 tom


De LÀ para SI temos a distância de 1 tom
De SI para DÒ temos a distância de 1 semitom
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De DÒ para RÈ temos a distância de 1 tom


De RÈ para MI temos a distância de 1 tom
De MI para FÀ temos a distância de 1 semitom, mas preciso ter 1 tom, então
coloco um sustenido no FÀ para aumentar a distância de 1 semitom para 1 tom.
Portanto, de MI para FÀ# temos 1 tom
De FÀ# para SOL temos 1 semitom ( se fosse FÀ para SOL teríamos 1 tom, o
que também fica fora do que nós precisávamos ).
Espero que você tenha compreendido a lição desta aula teórica. Com as regras
aqui passadas você pode testar outras tonalidades, mas lembre-se que a ajuda de
um bom professor é fundamental para a compreensão desta matéria. No próximo
capítulo iremos ver ESCALAS MENORES.
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Capítulo 5: Cateretê
O Cateretê é um ritmo ternário ( conta-se 1...2...3...1...2...3...) e é muito usado
em músicas caipiras, principalmente aquelas músicas mais românticas e tristes.

Vamos ao Ritmo:

Neste ritmo, o polegar desce duas vezes, o indicador sobe duas vezes e desce
rasqueando.
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Capítulo 5: Escala Menor


Olá pessoal, tudo bem?
Depois de passar pela escala maior em nossa aula passada, vamos agora
conhecer outra escala muito importante que é a ESCALA MENOR.
Esta escala possui uma estrutura diferente da maior.
Observe o exemplo abaixo:

Na escala maior temos TOM-TOM-SEMITOM-TOM-TOM-TOM-SEMITOM


Na escala menor temos TOM-SEMITOM-TOM-TOM-SEMITOM-TOM-TOM
Vamos observar por exemplo a escala de Lá Menor

A–B–C–D–E–E–F–G–A

De Lá para Si temos 1 TOM


De Si para Dó temos 1 SEMITOM
De Dó para Ré temos 1 TOM
De Ré para Mi temos 1 TOM
De Mi para Fá temos 1 SEMITOM
De Fá para Sol temos 1 TOM
De Sol para Lá temos 1 TOM
Assim como na escala maior, você pode experimentar outras tonalidades,
sempre atentando para a estrutura da escala que deve ser mantida, para que ela
tenha característica sonora de uma escala menor. Por exemplo:
Escala de E menor

E – F# - G – A – B – C – D – E

De Mi para Fá sustenido temos 1 TOM ( Mi para Fá tem apenas 1 SEMITOM )


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De Fá# para Sol temos 1 SEMITOM


De Sol para Lá temos 1 TOM
De Lá para Si temos 1 TOM
De Si para Dó temos 1 SEMITOM
De Dó para Ré temos 1 TOM
De Ré para Mi temos 1 TOM
Espero que você tenha compreendido bem nossa aula teórica de hoje.
Volto a relembrar que a ajuda de um bom professor de viola é fundamental
para um bom aprendizado. E temos muitos profissionais de altíssimo nível
espalhado por este país. .
Na aula que vem veremos formação de escalas duetadas, que é o tipo de solo
característico do nosso amado instrumento.
47

TOADA
Vamos agora para a parte rítmica, com a toada.
A Toada é um dos ritmos mais bonitos da viola. Temos verdadeiros clássicos
tocados este ritmo como por exemplo "Chico Mineiro", "Cabocla Tereza",
“Pingo d’Água” “Tristezas do Jeca” entre muitas outras. Vamos ver como é o
seu ritmo?

Neste ritmo deve-se reparar que ele começa com polegar e termina com polegar,
ou seja, colocado em seqüência, teremos dois polegares descendo um após o
outro. .
Há a mudança de acorde, o mesmo entrará entre os polegares como no exemplo
abaixo:
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Capítulo 6: Formação de Acordes


Agora que você viu os dois modos de escalas (maior e menor) e fez os
exercícios propostos em todos os tons, vamos ver como se formam os acordes.
Temos duas categorias principais de acordes: tríades e tétrades. As tríades como
o próprio nome já diz são acordes formados por três notas e as tétrades por
quatro notas. Vamos conhecê-las:
a) Tríades
Para a formação de um acorde é necessário que se tenham no mínimo três notas
de uma determinada escala. Geralmente se usa a 1ª nota (também chamada de
tônica), a 3ª e a 5ª nota. Por exemplo, vamos pegar a escala de Mi Maior:
E - F# - G# - A - B - C# - D# - E
O acorde de Mi Maior seria formado pelas notas E, G# e B.
Quando você bate sua viola sem apertar acorde nenhum, automaticamante você
estará tocando um acorde de mi maior, certo? Confira então as notas que você
está tocando. A afinação da viola é da mais grave para a mais fina: B, E, G#, B,
E. E então, bateu? Veja que todas as notas do acorde de Mi maior estão
presentes. É assim que se forma um acorde.
Vamos pegar agora a escala de Mi Menor: E - F# - G - A - B - C - D - E
Fazendo o mesmo procedimento, veremos que o acorde de Mi Menor é formado
pelas notas E, G e B. Relembre de nossa primeira aula que cada casa da viola
tem um semitom. Então basta procurar no braço as notas do acorde. Veja o
desenho a seguir:
49

Veja que apertando as notas certas teremos da mais grave para a mais fina B, E,
B, B, G. Observe que todas as notas fazem parte da escala de Mi Menor.
Um bom exercício é pegar todas as escalas maiores e menores que você fez e
formar tríades. Lembre-se que o acorde irá ganhar o nome da escala e do modo a
que ele pertence. Se você pega e faz a tríade da escala de Dó Maior, obviamente
o acorde também se chamará Dó Maior. Na aula que vem veremos como se
formam as tétrades.

QUERUMANA
Dando continuidade à parte rítmica, vamos conhecer hoje a Querumana. Este
ritmo não é lá muito conhecido, mas está presente num dos maiores sucessos da
música caipira dos últimos anos: “Meu Reino Encantado”. Vamos ver o seu
desenho?

Este ritmo é muito fácil, porém você tem que observar que ele tem 6 tempos e
você toca apenas nos 4 primeiros deixando os dois últimos sem bater. Por
exemplo, conte até seis. Depois toque contando os quatro primeiros tempos e no
5 e 6 abafe as cordas para não tocar.
Este ritmo é bem audível na música “Encantos da Natureza”, dos nossos
saudosos Tião Carreiro e Pardinho.
50

Capítulo 7: Intervalos
Vamos estudar este mês os intervalos. Os intervalos musicais são como
distâncias entre um ponto e outro e muito importante para a compreensão de
certos acordes como E9, A11 entre outros. Vamos conhecê-los. Para este
exemplo vou pegar uma escala cromática que comece pela nota MI :

E - T - Tônica - é a primeira nota da escala. A palavra tom vem dela


F - 2m ou b9 - segunda menor ou bemol nove
F# - 2M ou 9 - segunda maior ou nona
G - 3m - terça menor
G# - 3M - terça maior
A - 4J ou 11 - quarta justa ou décima primeira
A# - b5 - bemol cinco ou quinta diminuta
B - 5J - quinta justa
C - 6m ou b13 - sexta menor ou bemol treze
C# - 6M ou 13 - sexta maior ou décima terceira
D - 7m - sétima menor
D# - 7M - sétima maior
E - 8J - oitava justa

Convém estudar em todos os tons. O que mudará são as notas, mas a seqüência
de Tônica á Oitava Justa é sempre a mesma. Mão á obra!!!
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CIPÓ PRETO

Dando continuidade à parte rítmica, vamos conhecer hoje o Cipó-preto. Este


ritmo é bastante diferente dos outros, pois é feito no contra tempo.
Em vez de descer o dedo no tempo um, você abafa. É o ritmo usado pelo violão
no pagode de viola. Preste bem atenção a ele. Vamos ver o seu desenho?

A - abafado
R - rasqueado
I - indicador

Este ritmo é bem fácil desde que você observe que ele não é igual aos outros.
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Capítulo 8: Pagode de Viola


E aí pessoal, hoje dando continuidade ao nosso curso vamos ver o ritmo mais
amado pelos violeiros do nosso país. Sim, é o pagode de viola. O pagode nasceu
nas mãos do saudoso Tião Carreiro no final da década de 50. Tião na época
fazendo dupla com Carreirinho estava numa rádio em Maringá e em um
momento de descanso pegou o violão e começou a brincar com os ritmos. Ao
achar o ritmo que seria conhecido por cipó-preto, ele o gravou em um gravador
que havia ali. Com o violão gravado ele pegou a viola e começou a procurar
outro ritmo que se encaixasse ali. Nascia o pagode de viola. Tião eufórico, na
sua chegada em São Paulo mostrou o ritmo para o compositor e parceiro
Lourival dos Santos que disse: “Parece um pagode”. Pagode naquela época
queria dizer festa de fundo de quintal, bagunça, Somente nos anos 80 o samba
carioca tocado em rítmo mais lento seria conhecido por este nome. Vamos
conhecê-lo:
O pagode é o ritmo mais difícil de todos pela sua necessidade de coordenação da
mão direita e da mão esquerda. Para começar nosso treino, pegue sua viola e
toque na corda mi grave a segunda casa com o dedo indicador de sua mão
esquerda e sem tirar o dedo dela e sem tocá-la novamente, bata com o dedo
anelar na quarta corda como um martelo. Bata e fique com o dedo ali, pois se
você levantar o dedo, o som morrerá. Isso se chama “ligado” ou em ternos
americanizados “hammer-on”. Segue abaixo uma explicação gráfica.

Toque com o dedo indicador na segunda casa da corda mi grave e segure o som,
não o deixe morrer.
53

Em seguida bata com o dedo anelar na quarta casa e segure o som, não solte
nem o indicador e nem o anelar.
Treine bastante até conseguir fazê-lo o mais limpo possível. Vamos agora ver a
parte rítmica. Vamos conhecer a batida seca.
A batida seca é um rasqueado seco, ou seja, toque um rasqueado forte e com o
peso da mão na descida, abafe a corda com a palma da mão. O som tem que sair
percussivo. Para testar, faça acordes e toque sua batida seca. Se o som do acorde
sair é porque ela ainda não está perfeita. Treine bastante isso.
Bom, com o “ligado” e a “batida seca” treinada, vamos ao ritmo:

BS – batida seca
I – indicador
Repare que há um espaço separando a última batida seca e indicador. Este
espaço tem sentido. Dê este espaço para tocar. Juntando dois compassos, ele fica
assim:
54

Treine bastante sempre ouvindo as músicas para ter noção do tempo e do ritmo.
Agora vamos ver os acordes usados nele.

1- na saída dos solos: repare no que a viola faz na saída de um solo no pagode.
Os acordes usados ali são:

Acorde 1

Acorde 2

Colocando os acordes junto ao ritmo fica:

2 – Para o ritmo no acorde de mi maior: quando precisar manter o acorde mais


de um compasso, use o acorde 2:
55

E o gráfico da levada fica

2 – Para levada do ritmo no acorde de si com sétima ( B7 ) use o acorde 1:

E o gráfico da batida fica:


56

4- Para outros acordes, como Lá Maior (A), Mi maior com Sétima Menor, faça o
acorde normal, mas substituindo o ligado pela descida do polegar:

Bom, espero que você tenha gostado da aula. Treine bastante e lembre-se de que
seu som tem que ficar o mais nítido possível.
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Capítulo 9: As Escalas Duetadas

Um dos menores capítulos em páginas deste método e, no entanto, um dos mais


importantes na arte de tocar a viola.
As escalas aqui apresentadas são usadas para tocar no tom das cordas soltas, ou
seja, Mi Maior. As escalas duetadas juntamente com as técnicas de mão direita
para ponteio, facilitarão a execução de solos e ponteios na viola.
Escalas Duetadas
58

Assim que as escalas duetadas tenham sido memorizadas, entraremos na prática


com alguns exercícios para ponteio.
Forma de execução
Os braços da viola que irão aparecer nesta fase, virão com as escalas duetadas
ou pontos marcados para mão esquerda. Exemplo:

* Prenderemos a corda, um ponto por vez, subindo e descendo a escala. Quanto


a mão direita, usaremos o seguinte método:

Aqui indicamos com qual dedo da mão direita vamos ferir a corda.
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* * Estes números indicam a sequência que devemos executar o dedilhado da


mão direita. Neste caso temos a primeira balida no 4º par, a segunda batida no 2º
par e a terceira batida no lº par.
* * * As setas aparecerão sempre em frente à corda que deverá ser tocada,
indicando em que sentido o dedo vai ferir a corda.

Executaremos os exercícios da seguinte forma:


Para cada ponto ou Posição Na Escala Duetacla Teremos uma sequência
completa do dedilhado sugerido.
Exemplo:
Ponteio de Três

Fazendo sempre uma sequência completa de Mão direita para cada Posição da
Escala na mão esquerda iremos até o fim do braço e voltaremos ao começo.
60

Capítulo 10: Técnicas para Ponteado de Viola

Vão aqui algumas técnicas para o ponteio de viola que são muilo usadas e
que, se forem executadas com destreza, darão um "molho" todo especial à viola:
Na maior parte desses ponteios podemos usar o dedo anular da mão direila
apoiado no tampo da viola.
Nesse caso, cada violeiro achará seu melhor ponto de apoio, podendo também
executar o ponteio sem esse recurso.
Ponteio de Três:

Observe que o primeiro e o quarto par estão soltos, enquanto trabalhamos as


notas presas no terceiro par.
Ponteio de Três (lª inversão):
Podemos usar o mesmo processo no 5º, 4º e lº par:

Ponteio de Três (2a inversão):


61

Esse ponteio, na verdade, é um dedilhado bem simples onde para cada nota ou
batida no polegar damos uma batida com o indicador e outra com o médio. Só
então pegaremos outra nota com o polegar. O ideal é trabalhar o ponteio com o
máximo de rapidez para se conseguir um efeito bonito.

Ponteio de Três (3a inversão):


Aqui, uma variação do ponteio de três com detalhe: os dedos do indicador e
médio da mão direita tocam nos dois sentidos.

Note que a partir dessa variação podemos criar batidas diferentes conforme a
música que se vai tocar. Podemos também variar os pares:

ou
62

Ponteio de Quatro
Para o ponteio de quatro teremos variações:

Note que, nesse ponteio, teremos uma batida do indicador de baixo para cima
para cada batida do polegar.

Ponteio de Quatro (lª inversão):

Nesse ponteio temos uma batida de indicador e outra do médio para cada batida
do polegar.

Ponteio de Quatro (2ª inversão):


A partir desta variação entramos numa fase de técnicas específicas para viola,
onde os dedos da mão direita trabalham tanto para cima quanto para baixo.
63

Aqui aparece uma escala duetada na mão esquerda, onde trabalharemos a


digitação conforme os números dos dedos da mão esquerda indicados nos
desenhos, para obtermos maior rapidez na execução.
No ponteio acima teremos uma batida para cima e outra para baixo com o
indicador (na mesma corda) Para cada duas batidas do polegar.

Ponteio de Quatro (3ª inversão):

Nesta variação note que abrimos as batidas do polegar em duas cordas.


64

Ponteio de Quatro (4a inversão):


Nesta variação teremos uma batida de polegar (3ºpar) e uma do indicador (lº par)
para cada duas batidas do polegar no 4º par solto:

Ponteio de Quatro (5ª inversão):


Com essa técníca de ponteio conseguiremos o trémulo em dois pares de corda ao
mesmo tempo. Esse é o ponteio de mais difícil execução. Nele precisaremos que
a unha do polegar esteja num bom tamanho, ou então podemos recorrer ao uso
da dedeira.
Aconselho que se pratique bem devagar mantendo sincronia de tempo,
objetivando a limpeza do som. A velocidade vem com a prática e a paciência.

Apesar de apresentarmos esse ponteio junto com uma escala duetada, pode-se
praticar o exercício no 3º e lº par soltos, para que se consiga certa agilidade para
depois pegar as notas presas na mão esquerda.
Ponteio de Quatro (6ª inversão):

Bons Estudos.
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Bibliografia

Prólogo por Vanda Catarina P. Donadio


http://www.violatropeira.com.br

Junior da Viola
http://www.juniordaviola.com.br

Braz Roberto da Costa (Braz da Viola)


A viola caipira técnicas de mão direita para ponteio
Editora Ricordi Brasileira S.A.

Luciano Queiroz
Dicionário de acordes
http://www.lucianoqueiroz.com

Ricardo Anastácio
http://www.violatropeira.com.br

Eric Aversari Martins


http://www.ericmartins.mus.br

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