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EDUCAÇÃO FÍSICA E
CIÊNCIAS DO ESPORTE
uma abordagem interdisciplinar
Volume 1
editora científica
Organizadores
Rogério de Melo Grillo
Márcio Moterani Swerts
EDUCAÇÃO FÍSICA E
CIÊNCIAS DO ESPORTE
uma abordagem interdisciplinar
Volume 1
1ª Edição
2020
editora científica
Copyright© 2020 por Editora Científica Digital
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos
autores. Permitido o download e compartilhamento desde que os créditos sejam atribuídos aos autores, mas sem a
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Editor Executivo
João Batista Quintela
Editor Científico
Prof. Dr. Robson José de Oliveira
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Jurídico
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CONSELHO EDITORIAL
Prof. Dr. Robson José de Oliveira - Universidade Federal do Piauí
Prof. Me. Ernane Rosa Martins - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
Prof. Me. Reinaldo Eduardo da Silva Sale - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
Prof. Me. Hudson Wallença Oliveira e Sousa - Instituto Nordeste de Educação Superior e Pós-Graduação
Prof. Dr. Wescley Viana Evangelista - Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado
Prof. Me. Marcelo da Fonseca Ferreira da Silva - Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
Profª. Ma. Juliana Campos Pinheiro - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Profª. Dra. Maria Cristina Zago - Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis de Atibaia
Profª. Dra. Gracielle Teodora da Costa Pinto Coelho - Centro Universitário de Sete Lagoas
Profª. Ma. Glória Maria de França - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Profª. Dra. Carla da Silva Sousa - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano
Valdomiro de Oliveira; Thaynara Szeremeta; Guilherme da Silva Gasparotto; Aguinaldo Souza dos Santos;
Gerson Flores-Gomes; Aline Bichels; Giseli Sikora; Mariana Lacerda Arruda; Gislaine Cristina Vagetti
DOI: 10.37885/201001880
CAPÍTULO 02........................................................................................................................................... 28
Maria Carolina Oliveira de Sá; João Luiz da Costa Barros; Chang Yen Yin
DOI: 10.37885/201102137
CAPÍTULO 03........................................................................................................................................... 36
Rogério de Melo Grillo; Eloisa Rosotti Navarro; Gilson Santos Rodrigues; Regina Célia Grando
DOI: 10.37885/201202665
CAPÍTULO 04........................................................................................................................................... 50
Valter Cordeiro Barbosa Filho; Deraldo Ferreira Oppa; Jorge Bezerra; Adair da Silva Lopes
DOI: 10.37885/200901392
CAPÍTULO 05........................................................................................................................................... 65
Denner Ferreira de Sousa; José Martins Juliano Eustaquio; Moacir Marocolo; Gustavo Ribeiro da Mota;
Octávio Barbosa Neto
DOI: 10.37885/201001832
CAPÍTULO 06........................................................................................................................................... 77
Wellington Danilo Soares; Amélia Sthefanie Noronha e Silva; Taloanne Lara Durães Chaves; Ludmila
Cotrim Fagundes; André Augusto Dias Silveira; Álvaro Parrela Piris; Daniel Antunes Freitas; Jomar Luiz
Santos de Almeida
DOI: 10.37885/201001866
SUMÁRIO
CAPÍTULO 07........................................................................................................................................... 86
DOI: 10.37885/201001892
CAPÍTULO 08........................................................................................................................................... 93
Gabriel Gomes da Rocha; Luis Carlos Feitosa; Ney Evangelista Junior; Marília Alves Moreira Pinto;
Lohayne Soares Viturino
DOI: 10.37885/201102244
CAPÍTULO 09......................................................................................................................................... 109
DOI: 10.37885/201001855
CAPÍTULO 10......................................................................................................................................... 124
DOI: 10.37885/200901390
CAPÍTULO 11......................................................................................................................................... 139
Alba Regina Azevedo Arana; Maíra Rodrigues Uliana; Marcus Vinicius Pimenta Rodrigues; Claudio Alves
Siqueira; Yasmin Bispo Camara Camara; Higor Maluta Maluta; Amanda Kelly de Cursio Tanus Barreiros;
Juliana Felipe; Fernanda Berguerand Xavier
DOI: 10.37885/201001836
CAPÍTULO 12......................................................................................................................................... 161
Aline Sutili Toledo; Gustavo Gonçalves Arliani; Paulo Henrique Schmidt Lara; Rodrigo Kallas Zogaib;
Moisés Cohen; Benno Ejnisman
DOI: 10.37885/201001845
SUMÁRIO
CAPÍTULO 13......................................................................................................................................... 170
DOI: 10.37885/201001885
CAPÍTULO 14......................................................................................................................................... 185
DOI: 10.37885/201101995
CAPÍTULO 15......................................................................................................................................... 201
DOI: 10.37885/201001876
CAPÍTULO 16......................................................................................................................................... 215
DOI: 10.37885/201102019
CAPÍTULO 17......................................................................................................................................... 227
Julyara Lima Pinheiro; Bernardo Porto Maia; Anderson Bentes de Lima; Robson José de Souza
Domingues; Fabíola Raquel Tenório Oliveira; Jofre Jacob da Silva Freitas; Katia Simone Kietzer
DOI: 10.37885/201102066
CAPÍTULO 18......................................................................................................................................... 239
João Francisco Severo Santos; João Vitor Silveira Santos; Fernanda Alves Silva Severo
DOI: 10.37885/201102209
SUMÁRIO
CAPÍTULO 19......................................................................................................................................... 257
DOI: 10.37885/201102170
CAPÍTULO 20......................................................................................................................................... 270
Michael Jeferson Pinheiro Pereira; Jandson Christian Pereira Mendes; Gustavo Rachid Mesquita Sauaia;
Elaynne Silva de Oliveira; Itânio da Silva Soares; Tomaz Antônio Sousa Soares; Lucio Carlos Dias Oliveira
DOI: 10.37885/201001912
CAPÍTULO 21......................................................................................................................................... 286
Carlos Aurílio Cobra Oliveira; Guilherme Azevedo Camilo; Yvan Fernandes Vilas Boas; Giuliano
Roberto da Silva
DOI: 10.37885/201102146
CAPÍTULO 22......................................................................................................................................... 294
André Luis Messias dos Santos Duque; Grazielle Villas Boas Huguenin; Luiz Fernando Rodrigues Junior
DOI: 10.37885/201102021
CAPÍTULO 23......................................................................................................................................... 306
DOI: 10.37885/201101956
CAPÍTULO 24......................................................................................................................................... 316
Ana Flávia Lopes Freitas-Silva; Andressa Ribeiro Contreira; Guilherme Futoshi Nakashima Amaro;
Lenamar Fiorese; Luciane Cristina Arantes da Costa
DOI: 10.37885/201102183
SUMÁRIO
CAPÍTULO 25......................................................................................................................................... 328
DOI: 10.37885/201001911
CAPÍTULO 26......................................................................................................................................... 339
DOI: 10.37885/201102044
CAPÍTULO 27......................................................................................................................................... 355
DOI: 10.37885/201101942
CAPÍTULO 28......................................................................................................................................... 368
Daniele Fernandes de Almeida; Carlos Alberto Silva; Thomaz Marquez; Bruno Ferreira Gonçalves Silva
DOI: 10.37885/201001796
CAPÍTULO 29......................................................................................................................................... 377
DOI: 10.37885/201102003
CAPÍTULO 30......................................................................................................................................... 385
DOI: 10.37885/201001867
CAPÍTULO 31......................................................................................................................................... 400
DOI: 10.37885/201202640
SUMÁRIO
CAPÍTULO 32......................................................................................................................................... 415
Daiane dos Santos; Helena Queiroz Morais; Thainá Busato Klosienski; Natália Boneti Moreira
DOI: 10.37885/201001886
CAPÍTULO 33......................................................................................................................................... 424
DOI: 10.37885/201001829
CAPÍTULO 34......................................................................................................................................... 437
Davi Perpétuo Assad; Fabrício Bruno Cardoso; Iris Lima e Silva; Énio Dias Júnior; Heron Beresford
DOI: 10.37885/201102242
Gerson Flores-Gomes
UFPR
10.37885/201001880
RESUMO
Este capítulo tem por objetivo apresentar o percurso metodológico adotado na constru-
ção e validação interna de um instrumento avaliativo cujo intuito é investigar a carreira
esportiva de atletas. Método: Para nortear as perguntas foi utilizado o Modelo PPCT
(Pessoa - Processo - Contexto - Tempo) de Bronfenbrenner e todos os aspectos cien-
tíficos necessários para a validação interna de instrumentos de avaliação. Resultados:
em relação às dimensões dos itens do questionário foi encontrado índice Kappa de 0,94
de concordância entre os juízes, o que indicou que os itens foram adequados à respec-
tiva dimensão. A fase seguinte consistiu em um teste piloto para verificar a viabilidade e
confiabilidade do instrumento. Participaram do estudo 118 atletas universitários por meio
do preenchimento do instrumento elaborado Questionário de Avaliação da Trajetória
Esportiva (QATE). Resultados: alpha de Cronbach = 0,92 e em média um coeficiente
de correlação intraclasse = 0,78. Considerações finais: o instrumento foi construído e
validado de acordo com os índices propostos pela literatura e alcançou o objetivo inicial
de sua concepção e validação interna para melhor compreender o papel do esporte na
carreira esportiva e na vida dos indivíduos atletas.
OBJETIVO
Este trabalho tem por objetivo apresentar o percurso metodológico adotado na cons-
trução e validação interna de um instrumento avaliativo, cujo intuito é investigar a carrei-
ra esportiva de atletas, denominado ‘Questionário de Avaliação da Trajetória da Carreira
MÉTODO
Tipo de estudo
Este estudo tem sua inserção na psicometria, uma vez que busca construir e validar
um questionário de investigação da trajetória esportiva sob a ótica do Modelo Bioecológico
de Bronfenbrenner. Inicialmente fora realizado um levantamento teórico a fim de fornecer
subsídios para compor a matriz analítica que norteou a construção dos itens do instrumento.
Uma vez que foi constatada a adequação dos itens construídos, com base na literatura
de Pasquali (2010), seguiu-se para os procedimentos empíricos e analíticos, que contem-
plaram a análise teórica dos itens, bem como o teste piloto. A construção e validação de
um instrumento são compostas de várias etapas, segundo o mesmo autor, que divide este
processo em procedimentos teóricos, experimentais e analíticos. Nos procedimentos teóricos,
são envolvidas as explicitações da teoria que envolve o construto em questão. Os procedi-
mentos empíricos envolvem a definição de etapas e aplicação de instrumento piloto. Já os
procedimentos analíticos envolvem as análises estatísticas e, quando necessários, processos
de normatização. Neste estudo foram enfatizados os procedimentos empíricos e analíticos.
Procedimentos
A análise desta etapa foi realizada com o uso do cálculo do teste de coeficiente de
validade de conteúdo (CVC) (Cassepp-Borges, et al., 2010) para os conceitos de clare-
za de linguagem, pertinência prática e relevância teórica e pelo índice Kappa (k) para a
dimensão teórica.
Os resultados foram interpretados conforme classificação sugerida por Cassepp-Borges,
et al. (2010) com CVC iguais ou maiores a 0,80 e conforme (Fleiss, 1981) que considera
valores do índice Kappa (k): se k < 0,4, ‘pobres’, de k =0,4 ≤ 0,75, ‘satisfatórios’ a ‘bons’, e
k ≥ 0,75, ‘excelentes’.
Ética no estudo
A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres
Humanos do Setor de Ciências da Saúde da UFPR sob o número de parecer 2.435.250 e
CAAE 79930317.3.0000.0102.
Em uma primeira análise observou-se que, na maioria dos itens, o CVC estava abaixo
do recomendado pela literatura (0,80) em mais de um dos aspectos propostos (clareza de
linguagem, relevância teórica e pertinência prática). Além disso, foram relatadas dificuldades
na compreensão do instrumento.
Desta maneira, optou-se por uma reformulação geral no instrumento. A princípio, o
‘tempo’ seria avaliado transversalmente em cada dimensão (pessoa, processo e contexto),
entretanto, na versão corrigida o ‘tempo’ foi considerado como uma dimensão.
Além disso, em cada dimensão foi adicionada uma frase que dizia respeito ao conteú-
do da categoria, por exemplo, na dimensão ‘pessoa’ a frase foi: ‘É possível afirmar que o
esporte contribuiu para:’, facilitando assim a compreensão do texto.
A versão corrigida do formulário de análise de conteúdo foi encaminhada para outros
três especialistas da área da pedagogia do esporte. Para verificar a concordância dos juízes
referente às dimensões foi utilizado o índice Kappa generalizado, visto que mais de dois
juízes avaliaram o instrumento (Fleiss, 1981).
Os juízes tiveram um índice de concordância de 0,94, em que os itens apontaram entre
adequados e muito adequados à dimensão proposta. Apesar de não existir um único valor
específico adequado, Fleiss (1981) considera o índice Kappa acima de 0,75 como excelente.
Assim, na segunda análise, averiguou-se que dos 119 itens, 97 obtiveram o CVC
conforme o que Cassepp-Borges, et al. (2010) propõem ser adequado, aproximadamente
82% do questionário. De forma geral, os valores de CVC para o item clareza de linguagem
(0,90), pertinência prática (0,90) e relevância teórica (0,88) se mostraram adequados, todos
acima de 0,80. Da mesma maneira, o CVC médio da escala também foi adequado com
um valor de 0,89.
Dos 22 itens que tiveram o CVC baixo em algum aspecto, apenas seis obtiveram
CVC inferior a 0,80 nos três aspectos. Os itens que obtiveram um CVC inferior a 0,80
receberam sugestões dos juízes que posteriormente foram analisadas e, então, os itens
foram reformulados.
Teste piloto
1 - Identificação
Nome:______________________________________Idade:____
Modalidade esportiva que praticou pelo maior período de tempo:
Por quanto tempo?
Outros esportes ou atividades que praticou:
Qual o seu grau de instrução?
( ) Analfabeto/ Fundamental incompleto
( ) Fundamental I completo/ Fundamental II incompleto
( ) Fundamental completo/ Médio incompleto
2 - Leia cada item com atenção e assinale com um “X” o quanto concorda com cada
afirmação de acordo com sua trajetória esportiva, considerando:
1 2 3 4 5
Discordo muito Discordo Nem discordo nem concordo Concordo Concordo muito
1. Me sentisse autorrealizado (a) e bem-sucedido (a) em minha vida (1) (2) (3) (4) (5)
2. Tivesse autoconfiança (1) (2) (3) (4) (5)
3. Fosse uma pessoa determinada (1) (2) (3) (4) (5)
4. Tivesse controle emocional (1) (2) (3) (4) (5)
5. Tivesse dedicação em minhas tarefas fora do esporte (1) (2) (3) (4) (5)
6. Aprendesse a resolver conflitos (1) (2) (3) (4) (5)
7. Melhorasse minha concentração (1) (2) (3) (4) (5)
8. Tivesse disciplina (1) (2) (3) (4) (5)
9. Desenvolvesse minha inteligência (1) (2) (3) (4) (5)
10. Fosse uma pessoa com iniciativa (1) (2) (3) (4) (5)
11. Fosse uma pessoa mais cooperativa (1) (2) (3) (4) (5)
12. Tivesse mais independência social (1) (2) (3) (4) (5)
13. Praticasse esporte para o resto da vida (1) (2) (3) (4) (5)
14. Tivesse um relacionamento melhor com as pessoas (1) (2) (3) (4) (5)
15. Proporcionasse a mim e a outros momentos alegres e divertidos (1) (2) (3) (4) (5)
16. Aprendesse valores sociais (1) (2) (3) (4) (5)
17. Desenvolvesse espírito ético (1) (2) (3) (4) (5)
18. Adquirisse mais responsabilidade (1) (2) (3) (4) (5)
19. Fizesse amigos (1) (2) (3) (4) (5)
20. Tivesse um relacionamento amoroso (por exemplo, namoro) (1) (2) (3) (4) (5)
21. Tivesse um relacionamento melhor com minha família (1) (2) (3) (4) (5)
22. Conhecesse novos lugares (1) (2) (3) (4) (5)
23. Melhorasse minha coordenação e habilidades motoras (saltar, correr, arremessar, etc.) (1) (2) (3) (4) (5)
24. Melhorasse minha saúde (1) (2) (3) (4) (5)
25. Tivesse uma melhor estética no meu corpo (1) (2) (3) (4) (5)
26. Melhorasse minha resistência física (1) (2) (3) (4) (5)
27. Melhorasse minha velocidade (1) (2) (3) (4) (5)
28. Melhorasse minha flexibilidade física (1) (2) (3) (4) (5)
29. Melhorasse minha força (1) (2) (3) (4) (5)
30. Melhorasse minha agilidade (1) (2) (3) (4) (5)
É possível afirmar que durante a minha trajetória esportiva
31. Conheci diversas modalidades esportivas (1) (2) (3) (4) (5)
32. Aprendi diversas modalidades esportivas (1) (2) (3) (4) (5)
33. Pratiquei diversas modalidades esportivas (1) (2) (3) (4) (5)
34. Me dediquei muito tempo em apenas uma modalidade esportiva (1) (2) (3) (4) (5)
35. A maior parte dos treinos era com exercícios físicos (1) (2) (3) (4) (5)
36. A maior parte dos treinos era com exercícios táticos (1) (2) (3) (4) (5)
37. A maior parte dos treinos era com exercícios técnicos (1) (2) (3) (4) (5)
DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. BRONFENBRENNER, U. Bioecologia do desenvolvimento humano: tornando os seres
humanos mais humanos. Porto Alegre: Artmed, 2011. 310 p. ISBN 978-85-363-2615-3.
4. FLEISS, J. L..; LEVIN, B.; PAIK, M. C. Statistical Methods for Rates and Proportions. 2ª.
ed. Columbia University: Wiley-Interscience, 1981. 223 p. ISBN 0471263702.
7. LANDIS, J. R.; KOCH, G. G. The Measurement of Observer Agreement for Categorical Data.
Biometrics, v. 33, n. 1, p. 159-174, Março 1977. Disponivel em: <https://www.jstor.org/stab-
le/2529310>. DOI: 10.2307/2529310.
10. ______, S. R. D. L.; OLIVEIRA, V. D.; VAGETTI, G. C. Luta Olímpica A TEORIA BIOECO-
LÓGICA NA FORMAÇÃO ESPORTIVA. Londrina: Sport Training, 2020. ISBN 978- 65-86090-
49-9. DOI: 10.29327/515523.
12. ______, V.; PAES, R. R.; VAGETTI, G. C. Basquetebol: Pedagogia, Aprendizagem e De-
senvolvimento. 1ª. ed. Londrina: Sport Trainning, v. 1, 2020. 332 p. ISBN 978-65-86090-49-9.
DOI: 10.29327/515523.
15. SANTOS, A. S. D. et al. Teoria bioecológica aplicada ao esporte: uma revisão integrativa. Re-
vista Brasileira de Psicologia do Esporte, Brasilia, v. 9, n. 3, p. 234-256, Dezembro 2019.
DOI: 10.31501/rbpe.v9i3.11358.
16. ______, A. S. D. et al. Percepción de atletas sobre sus trayectorias en el atletismo a partir del
Modelo Bioecológico de Bronfenbrenner. Lecturas: Educación Física Y Deportes, Buenos
Aires, v. 25 , n. 264, p. 94-111, 2020. DOI: 10.46642/efd.v25i264.1763.
20. THOMAS, J. R.; NELSON, J. K. Métodos De Pesquisa Em Atividade Física. 3ª. ed. Porto
Alegre: Artmed Editora, v. 1, 2002. 419 p. ISBN 1000237828070.
10.37885/201102137
RESUMO
O objetivo deste estudo foi identificar a conduta dos professores de Educação Física
diante de alunas grávidas. Treze professores de Educação Física de cinco escolas da
cidade de Manaus participaram do estudo respondendo ao questionário “Educação Física
Escolar diante da Gravidez na Adolescência”. Verificou-se que: aula exclusiva 15,38%,
liberação total das aulas 23,07%, assistir à aula prática sentada 30,76%, e orientação
à prática externa 30,76%. 46% dos professores de Educação Física tinham noção de
atuação com alunas grávidas, no entanto 54% não tinham noção de como atuar. 30,76 %
dos professores ministrou aula de temas transversais, no entanto 69,24% nunca ministrou
aula de temas transversais. Este estudo demonstrou que os professores de Educação
Física das redes públicas e particulares de Manaus não se sentem seguros em ministrar
aulas para alunas grávidas por conta do despreparo na área específica no currículo da
graduação em licenciatura.
Amostra
A amostragem foi não probabilística, ou seja, intencional, composta por treze profes-
sores de Educação Física, com média de idade de 32.4 anos, assim sendo oito do sexo
masculino e cinco do sexo feminino; dez formados em Manaus e três em cidades como:
Campinas, Rio de Janeiro e Fortaleza, sete foram formados por Instituições particulares e
seis formados por Instituições públicas federais ou estaduais, por unanimidade com ensino
presencial, todos participaram de congressos; simpósios; workshops; cursos e oficinas, mas
nenhum ligado à gravidez na adolescência com temas transversais para Educação Física
Escolar. Foi realizado em duas escolas particulares, duas escolas da rede pública estadual
e uma escola de caráter militar do exército. Os professores atuavam na Educação Básica,
doze deles no Ensino Fundamental II e Ensino Médio, e um desses professores também
com atuação na Educação Infantil; as aulas eram duas vezes por semana sendo uma vez
na semana aula prática; esportes coletivos como conteúdo de todas as aulas práticas e
apenas três professores relataram a “NÃO” desistência “FEMININA” das aulas práticas de
Educação Física, dez relataram a desistência acentuada de meninas. Todos os professores
entrevistados tiveram alunas grávidas.
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal
do Amazonas, segundo a resolução 466/2012 em: 01/07/2015, com o Parecer: 1.134.303 e
CAEE: 44286415.6.0000.5020. Os Professores de Educação Física assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) autorizando a realização do estudo e indicação
de anonimato para todos os professores e escolas.
Instrumentos/Procedimentos
Análise estatística
RESULTADOS
Esse estudo deu ênfase a três variáveis: A conduta utilizada nas aulas pelos professo-
res de Educação Física, Noção de Educação Física Escolar para alunas grávidas e Temas
transversais nas aulas de Educação Física.
Verificou- se que 15.38% dos professores realizou aula exclusiva com alunas grávidas,
no entanto 23.07% liberou as alunas, tanto da prática quanto da teórica, Contudo 30.76%
liberou as alunas da prática, mas das teóricas não, embora 30.76% tenham conduzido as
alunas para práticas externas. 54% dos professores não tiveram noção de Educação Física
Escolar para alunas grávidas, no entanto 46% tiveram noção de Educação Física Escolar
para alunas grávidas. 38.46% tem os temas transversais como conteúdo, porém 61.54%
não tem os temas transversais como conteúdo das aulas.
DISCUSSÃO
A conduta da maioria dos professores de Educação Física foi a de não ministrar aulas
práticas para essas alunas grávidas, onde foi verificado que os professores não tinham
em sua formação conteúdos para o mesmo e acabavam facilitando na evasão das mes-
mas. Os poucos que ministraram aulas utilizaram de conteúdos apreendidos durante a ex-
periência dos mesmos na vida profissional, porém sem curso específico na área, no entanto
foi percebido por eles a preocupação da Prática de Exercícios Físicos nesse período da
vida, diminuindo o volume e a intensidade. O exercício físico durante a gravidez traz benefí-
cios biológicos como: Menor ganho de peso e adiposidade materna; diminuição do risco de
diabetes; diminuição de complicações obstétricas; ausência de diferenças significativas em
idade gestacional, duração do parto, peso ao nascimento, tipo de parto, valores de APGAR
e complicações maternas e fetais; menor risco de parto prematuro; menor duração da fase
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. Brasil, Ministério da Educação e do Desporto. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Brasília: MEC, 1996.
3. Darido, S.C. Temas transversais e a educação física escolar. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL
PAULISTA. Prograd. Caderno de formação: formação de professores didática geral. São Paulo:
Cultura Acadêmica, 2012. p. 76-89, v. 16.
4. Freitas, J.C.R. Jovens grávidas na Educação Física Escolar: A quem compete ensinar? V
Encontro de pesquisas escolares em Pernambuco. 2013.
5. Matsudo, V.K.R; Matsudo, S.C. Atividade Física e Esportiva na Gravidez. Publicado no livro:
A Grávida. TEDESCO JJ (Editor), São Paulo, ATheneu, pp.59-81,2000. Acesso em: 23 de
setembro de 2015.
7. Pinheiro, D.C; Sales, I.K. Processo de inclusão da aluna gestante na aula de educação física
de escola pública. Trabalho de conclusão de curso de Educação Física, Universidade Federal
do Vale do Paraíba. 2016, 32 pág.
8. Santos, G.H.N; Martins, M.G; Souza, M.S. Gravidez na adolescência e fatores associados com
o baixo peso ao nascer. Revista Bras. Ginecol. Obstet. 2008. 30 (5): 224-31.
9. Santos, J.O; Silva, C.F.S; Petenão, E.; Soster, F.C.B; Bernard, M.B; Silva, S.R. Perfil das
adolescentes com reincidência de gravidez assistidas no setor público de Indaiatuba. Revista
Inst. Ciênc. Saúde. 2009, 27 (2): 115- 21.
10. Santos, S.C; Verpasiano, B.S. EXERCÍCIO FÍSICO NA GESTAÇÃO. Revista Info. Br. Acesso
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11. Silva, A.A.A; Coutinho, I.C, Katz, L.; Souza, A.S.R. Fatores associados à recorrência da gravi-
dez na adolescência em uma maternidade escola: estudo caso-controle. Cad. Saúde Pública,
Rio Janeiro, 29 (3): 496-506, mar, 2013.
10.37885/201202665
RESUMO
Num estudo recente, indicamos que, embora o jogo seja visto como um conteúdo clás-
sico, como defendem o Coletivo de Autores (1992; 2009), Soares (1996) e outros, o jogo não
é levado à sério na Educação Física escolar (GRILLO; NAVARRO; SANTOS RODRIGUES,
2020). Um dos argumentos levantados naquele texto e que coaduna com autores como
Mauriras-Bousquet (1991), Grillo (2018) e Grillo et al. (2020), dentre outros, é que não há uma
distinção entre jogo e lúdico em diversos documentos e pesquisas na área, mesmo que haja
discussões referentes ao tema e que isso não seja nenhuma novidade no campo acadêmico-
-científico. Possivelmente, um dos textos que melhor colabora com a distinção entre jogo e
lúdico seja o “O jogo humano” de Frederik Jacobus Johannes Buytendijk (1977). Buytendijk
foi um médico, professor, cientista e filósofo holandês que ao longo do século XX teve uma
extensa produção intelectual, embora seja relativamente desconhecido no Brasil.
F. J. J. Buytendijk fez contribuições ímpares aos campos da medicina, psicologia animal
e humana, fisiologia antropológica, antropologia filosófica e, entre outras áreas, a medicina
esportiva e, indiretamente, na Educação Física escolar. Nessa perspectiva, encontramos
autores da Educação Física brasileira (ou autores estrangeiros que tiveram certa influên-
cia nesta área de conhecimento no Brasil) que fizeram menções ao pensador holandês, a
exemplo de Kunz (1991; 1994), Hildebrandt-Stramann (2001), Trebels (2003) e Betti (2017),
os quais discutem a noção de movimento humano a partir da Teoria do Se-Movimentar
Humano (TSMH). Não podemos olvidar de Freire (2005), Scaglia (2003), Grigorowitschs
(2007), Zimmermann (2010) e Carneiro (2015) que, consequentemente, abordam o jogo/
jogar embasado, de certo modo, numa perspectiva da antropologia filosófica construída
pelo intelectual holandês. Apesar destas alusões, ainda é notório que há pouca interlocução
(ou quase nenhuma) com uma das obras propedêuticas de Buytendijk, que é Wesen und
Sinn des Spiels (obra publicada originalmente em 1932 na língua holandesa, e em 1933 na
língua alemã). A dificuldade do idioma e de acesso ao original, quiçá, seja o maior desafio,
contudo, aventamos a proficuidade de se analisar a supracitada obra.
A título de exemplo, há duas noções basilares de Buytendijk referentes ao jogo, que
foram usadas também por Fink, Scheuerl e Gadamer, e que igualmente foram apropriadas por
teóricos da Educação Física que, por seu turno, aproveitaram destas noções para “criarem”
a ideia de “Ser do Jogo”, “Senhor do Jogo” e “Mundo do Jogo” (SCAGLIA, 2003; FREIRE,
2005). Defendemos que esses três termos supracitados (Ser do Jogo, Senhor do Jogo e
Mundo do Jogo) deveriam ser atribuídos a F. J. J. Buytendijk, por ser um dos primeiros a
debater o fenômeno do assenhoramento/arrebatamento e da liberdade do jogador, em 1932;
a Eugen Fink, em 1946, 1957 e 1960, nos seus clássicos Nietzsches Metaphysik des Spiels,
Oase des Glücks Gedanken Zu Einer Ontologie des Spiel e Spiel als Weltsymbol, que, por
1 Nas palavras de Fink (2020, p. 522): “o jogar é o esquecer-se de si mesmo [...], é o esconder-se em uma “máscara”, na figura de uma
personagem do mundo do jogo.
Como afirma o psicólogo soviético Daniil B. Elkonin (1978/2009), o livro Wesen und Sinn
des Spiels de Buytendijk (1933/1935) não passou despercebido pelos intelectuais de jogo à
época de sua publicação, nos primórdios da década de 1930. As reações ao livro foram de
renomados intelectuais da época, tais como Karl Groos (1934) e Édouard Claparède (1934),
como também, de autores que somente depois passaram a ser reconhecidos nos estudos
de jogo e lúdico, como Johan Huizinga (1938/2012) e o próprio Elkonin (1978/2009). Em re-
lação a Groos e Claparède trata-se, na verdade, de reações às críticas que Buytendijk fez
às suas teorias de jogo como pré-exercício e de jogo como atividade funcional à vida adulta
e compensatória às atividades laborais (escolares ou não). Ambas ancoradas num viés
biologicista, sob a égide da teoria darwinista, e, sobretudo, com diálogos muito estreitos às
teorias da Recapitulação (G. Stanley-Hall) e da Canalização (H. Carr).
Em decorrência disso, Elkonin (2009) afirma que é sintomático o fato de a teoria bio-
logicista de Groos, para quem o jogo é pré-exercício para a vida adulta, ter sido uma teoria
dominante até a década de 1930. Logo, a reação de Groos foi rápida e igualmente con-
testadora quanto às ideias de Buytendijk. Embora haja outras teorias de jogo no período,
Groos logrou de uma soberania até a publicação de Wesen und Sinn des Spiels (essa
primazia se deve à validação dessa teoria por notórios intelectuais da época, em especial,
Claparède, Decroly, Cousinet e o próprio Piaget). Em linhas gerais, Groos (1912) depreende
o jogo (humano e animal) como um pré-exercício para a vida adulta, uma preparação para
as atividades sérias, como a caça, a luta etc., enfim, atividades de sobrevivência (GRILLO;
PRODÓCIMO; GÓIS JR., 2016; GRILLO, 2018).
No ensejo dessa discussão, Groos defende que o jogo emerge na infância com a fun-
ção bio-psicológica e “treinar”, exercitar ou preparar a criança para atividades da adultidade.
Buytendijk, por outro lado, inverte esse raciocínio. Como afirma Elkonin (2009, p.100) “[s]e
para este [K. Groos] o jogo explica a importância da infância, para aquele [Buytendijk], ao
À GUISE DE SÍNTESE
3 Para mais detalhes ver os textos: BERESIN, A.; BROWN, F.; PATTE, M. M. Brian Sutton-Smith’s Views on Play. In: SMITH, P. K.; RO-
OPNARINE, J. L. (Orgs.). The Cambridge Handbook of Play: Developmental and Disciplinary Perspectives. Cambridge: Cambridge
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Jorge Bezerra
UPE
10.37885/200901392
RESUMO
A interrupção da trajetória esportiva pode ser um processo que de mudança dos modos
de viver do ex-atleta. Os aspectos positivos ou negativos do término da carreira espor-
tiva podem influenciar fortemente na decisão do ex-atleta de continuar ou não adotar
comportamentos relacionados ao estado de saúde do indivíduo, como a prática regular
de atividade física (AF). Este estudo objetivou analisar a AF no lazer (AFL) em ex-atletas
de Atletismo participantes nos Jogos Abertos de Santa Catarina. Foram considerados
elegíveis 362 ex-atletas que foram medalhistas nas provas das competições de Atletismo,
de 1960 a 2006, cadastrados na secretaria de esporte regional, que encerraram a car-
reira esportiva há cinco ou mais anos e que estavam na faixa etária de 40 a 64.9 anos.
Destes, 51.4% (n=186, 64% de homens) responderam a pesquisa. Informações sobre
a AFL foram obtidas por meio do domínio do lazer do International Physical Activity
Questionnaire. Na análise dos dados foram utilizados procedimentos da estatística des-
critiva, Anova one-way com post-hoc de Tukey e o teste do Qui-quadrado. O nível de
significância foi estabelecido em 5%. Embora os ex-atletas atendiam as recomenda-
ções quanto à prática de atividades físicas: tempo médio de 504.40 (± 539.1) minutos
por semana de AF total (72 minutos/dia), 24.7% eram inativos no tempo de lazer. Não
foram observadas diferenças significativas entre os sexos e faixas etárias na AFL (p
> .05). Em conclusão, parece fundamental que estratégias sejam desenvolvidas para
motivar o ex-atleta a dedicar mais tempo na prática de atividade física durante o lazer,
após o término da carreira esportiva.
MÉTODO
Delineamento e Amostragem
Instrumentos e Procedimentos
Os dados foram obtidos por meio do autopreenchimento de questionário por parte dos
ex-atletas, enviados aos respondentes por documento eletrônico ou impresso. O preenchi-
mento dos questionários, quando necessário, foi acompanhado on-line ou presencialmente
pelo pesquisador a fim de esclarecer eventuais dúvidas que surgissem durante o processo
de preenchimento.
A AFL foi avaliada utilizado o instrumento International Physical Activity Questionnaire
(IPAQ) versão longa, no domínio do lazer. O IPAQ foi desenvolvido com o propósito de
ser um instrumento de medida do nível de AF que pudesse ser usado internacionalmente,
principalmente em levantamentos multinacionais (MATSUDO et al., 2001). Este instrumento
avalia a frequência e o tempo diário (o que permite calcular o volume semanal) em AF em
diferentes domínios, incluindo o lazer, transporte, atividades domésticas e ocupacionais,
considerando a semana prévia à pesquisa (IPAQ GROUP, 2005). Para o presente estudo,
foram consideradas somente as questões do domínio sobre a prática de AFL. Este domí-
nio abrange seis questões que tratam da frequência e tempo de sessões de caminhada e
da AF nos momentos livres e no lazer. As informações sobre a AFL foram tratadas de duas
formas. O tempo semanal de caminhada, AF moderada ou vigorosa no tempo de lazer foi
calculado ao multiplicar a frequência semanal pela duração diária. Em adição, as reco-
mendações internacionais de AF foram utilizadas para classificar o tempo de AFL em três
categorias: inativo, quando não reportou AFL na semana; insuficientemente ativo, quando
reportou até 149 minutos na semana; e suficientemente ativo, quando reportou 150 ou mais
minutos na semana (WHO, 2010).
Algumas variáveis foram consideradas para caracterização sociodemográfica e de
condições de saúde entre os ex-atletas. O questionário elaborado incluiu itens relacionados
ao sexo (masculino, feminino), faixa etária (40-49, 50-59 e 60-<65 anos), escolaridade (até
o ensino médio completo ou superior completo) situação ocupacional (continua trabalhando
ou aposentado/nunca trabalhou). Estes itens foram estruturados considerando o questioná-
rio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010). Adicionalmente, algumas
variáveis de saúde foram estudadas. O peso e a estatura foram autorreportados. O índice
de massa corporal (IMC, peso/estatura²) foi calculado e classificado conforme critérios in-
ternacionais para peso normal (IMC <25,0 kg/m²), sobrepeso (IMC entre 25-29,9 kg/m²) e
obesidade (IMC > 30 kg/m²) em adultos (WHO, 2000). Por fim, questões estruturadas para o
Análise Estatística
RESULTADOS
Mulheres 67 36,0
Faixa etária (anos)
40 – 49 92 49,5
50 – 59 74 39,8
60 – <65 20 10,8
Ocupação
Continua trabalhando 157 84,4
Não trabalha / Aposentou 29 15,6
TABELA 2. Média (desvio-padrão) do tempo semanal em Atividade Física no Lazer (AFL) de acordo com o sexo e a faixa
etária em ex-atletas
AFL vigorosa AFL total
Variáveis Caminhada (min./sem.)* AFL moderada (min./sem.)*
(min./sem.)* (min./sem.)*
Total 218,9 (247,8) 125,0 (200,3) 160,7 (225,3) 504,4 (539,1)
Sexo p = 0,860 p = 0,267 p = 0,118 p = 0,465
Homens 218,5 (268,6) 135,8 (224,4) 140,1 (217,6) 494,3 (584,1)
Mulheres 219,5 (207,5) 106,0 (147,9) 197,0 (236,0) 522,4 (451,8)
Faixa etária p = 0,195 p = 0,930 p = 0,151 p = 0,580
40-49 anos 215,9 (272,3) 128,9 (197,3) 176,6 (228,6) 521,3 (542,3)
50-59 anos 205,9 (225,6) 116,1 (184,1) 152,7 (209,6) 474,7 (522,1)
60-<65 anos 280,2 (205,8) 140,2 (270,9) 117,0 (268,4) 537,5 (606,4)
Nota: Valor de p obtido através do teste post-hoc de Tukey; min./sem= minutos por semana.
*As variáveis do tempo semanal em atividades físicas no lazer (AFL) foram transformadas para a execução do teste de Anova.
A Figura 2 apresenta o nível de AFL entre os ex-atletas de acordo com o sexo. Mais
da metade (55,4%) dos ex-atletas eram suficientemente ativos. Destaca-se que 24,7% dos
ex-atletas eram inativos. Não houve diferenças significativas entre os sexos para o nível
de AFL (p > 0,05). A Figura 3 apresenta o nível de AFL de acordo com a faixa etária entre
os ex-atletas. Não houve diferenças entre as faixas etárias para o nível de AFL (p > 0,05).
p = 0,923*
100
90
80
52,7
70 59,7
Muito ativo (150+ min/sem)
60
%
50 Pouco ativo (< 149 min/sem)
40 Inativo (0 min/sem)
25,2 10,4
30
20
29,9
10 21,8
0
Homens Mulheres
FIGURA 3. Nível de Atividade Física no Lazer de acordo com a faixa etária em ex-atletas.
p = 0,305*
100
90
80 40
70 57,6 56,8
Muito ativo (150+ min/sem)
60
% Pouco ativo (< 149 min/sem)
50
30 Inativo (0 min/sem)
40
19,6 17,6
30
20
25,7 30
10 22,8
0
40-49 anos 50-59 anos 60-64.9 anos
Agradecimentos
Contribuições
REFERÊNCIAS
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Moacir Marocolo
UFJF
10.37885/201001832
RESUMO
Introdução: O Jiu Jitsu Brasileiro (JJB) é um esporte individual, caracterizado por movi-
mentos corporais intermitentes cujo objetivo é a submissão (derrota) do oponente. Nesta
modalidade, há dois perfis táticos de lutadores, o guardeiro (GG) e o passador (GP), que
apresentam potenciais diferenças em relação aos padrões antropométricos e à modulação
autonômica cardíaca. Objetivos: Avaliar os efeitos dos diferentes estilos de luta do JJB
sobre a modulação autonômica cardíaca. Métodos: Participaram do estudo 12 atletas
com estilo de luta GP e 12 atletas com estilo de luta GG, ambos do sexo masculino e
com idades médias de 30,4 ± 1,9 e 30,6 ± 1,3 anos, respectivamente. Foram avaliados,
em repouso, o perfil antropométrico, a composição corporal e parâmetros hemodinâmi-
cos (pressão arterial [PA], frequência cardíaca [FC] basal e variabilidade da frequência
cardíaca [VFC], esta última através de análises lineares e não lineares). Resultados:
Lutadores do GP apresentaram maiores diâmetros da circunferência da cintura e do
quadril em comparação ao GG (p<0,05). Não houveram diferenças em relação aos pa-
râmetros hemodinâmicos basais da FC e da PA. A variabilidade total da FC, bem como
os índices da modulação parassimpática tanto no domínio do tempo como no domínio da
frequência, foram significativamente menores nos lutadores do GG quando comparados
aos lutadores do GP (p<0,05). Em contrapartida, os marcadores da modulação simpáti-
ca no domínio da frequência e o índice simpatovagal foram maiores no GG em relação
ao GP (p<0,05). O índice SD1 da análise não linear foi menor nos lutadores do GG quan-
do confrontados ao GP (p<0,05). Conclusão: Lutadores com estilo predominantemente
guardeiro apresentam menor modulação vagal e hiperatividade simpática cardíaca de
repouso em comparação aos lutadores passadores.
OBJETIVO
MATERIAL E MÉTODOS
Análise estatística
A normalidade da distribuição dos dados foi analisada pelo teste de Shapiro-Wilk. O tes-
te t- Student não pareado ou o teste de Mann-Whitney foi utilizado para a comparação
dos grupos (Guardeiro e Passador). Foram considerados significantes os valores de p <
0,05. Os dados estão apresentados como média ± EPM.
RESULTADOS
Tabela 1. Perfil antropométrico e composição corporal nos atletas de jiu-jitsu com diferentes estilos táticos de lutas
avaliados no estudo.
Guardeiro Passador
(n=12) (n=12) p
Idade (anos) 30,4 ± 1,9 30,6 ± 1,3 0,940
Valores estão expressos como média ± erro padrão da média (epm), valores de mediana (25,75 e percentis). IMC: índice
de massa corporal; Dir.: direito; Esq.: esquerdo; C/Q: cintura/quadril.
Figura 1. Parâmetros hemodinâmicos nos atletas de jiu-jitsu com diferentes estilos táticos de lutas, segundo frequência
cardíaca (1A), pressão arterial sistólica (1B), pressão arterial diastólica (1C) e pressão arterial média (1D).
Tabela 2. Índices de variabilidade da frequência cardíaca medidos nos atletas de jiu-jitsu nas diferentes táticas de lutas.
Guardeiro Passador
(n=12) (n=12) p
RR médio (ms) 892,8 ± 11,0 891,3 ± 17,6 0,944
Valores estão expressos como média ± erro padrão da média (epm), valores de mediana (25,75 e percentis). SDNN:
Desvio- padrão da média de todos os intervalos RR; RMSSD: Raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre
intervalos RR; pNN50: Percentagem de intervalos RR adjacentes com diferença de duração superior a 50 milissegundos;
MBF: Muito baixa frequência; BF: Baixa frequência; AF: Alta frequência; BF/AF: relação simpatovagal; SD1: desvio-
padrão da variabilidade instantânea batimento-a-batimento; SD2: desvio-padrão a longo prazo dos intervalos R-R
contínuos.
DISCUSSÃO
Os principais achados desse estudo foram que os atletas do JJB com predominância
do perfil tático guardeiro apresentaram, em relação aos lutadores com estilo de luta passa-
dor, alterações cardíacas representadas por reduzida variabilidade da frequência, atenuada
atividade vagal e elevada modulação simpática.
CONCLUSÃO
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10.37885/201001866
RESUMO
OBJETIVO
MÉTODOS
Os resultados encontrados a partir dos dados coletados estão apresentados nas tabe-
las abaixo. A tabela 1 nos mostra o mínimo, máximo, média e desvio padrão. Com a idade
variando de 15 a 17 anos, o índice de massa corporal apresentando abaixo, normal e acima
do peso frente a estatura e o peso de todos os participantes da pesquisa.Foi possível obser-
var na tabela 3 a prevalência das alterações posturais avaliadas, na coluna foi observado
um predomínio na hipercifose torácica em 22 atletas (75,9%) e no joelho foi encontrado 12
atletas com o geno recurvatum, equivalente a 41,4%.
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
A partir dos dados apresentados nesse estudo conclui-se que não houve correlação es-
tatisticamente significativa entre alterações posturais da coluna vertebral com a morfologia do
joelho, mas que algumas dessas modificações podem ser devido a posição tática do jogador.
É considerável que seja realizado mais pesquisas analisando a posição tática dos
jogadores com os desvios neles ponderados, pois a avaliação postural também pode auxi-
liar como uma estratégia diagnóstica para identificação dos desequilíbrios musculares nas
regiões corporais.
Sendo assim sugere- se novas investigações cientificas analisando a rotina de pre-
paração física com os exercícios e alongamentos detalhados para verificar se a sequência
passada possui correlação ou influencia a maior incidência de hipercifose torácica acompa-
nhada do geno recurvatum, pois, o treino desportivo com base em repetições traz consigo o
desenvolvimento de alterações de força, desequilíbrio osteoarticulares, flexibilidade, equilibro
e coordenação motora, sendo estes, alguns fatores para surgimento de problemas posturais.
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10.37885/201001892
RESUMO
Este artigo analisou a grade curricular dos cursos de graduação em Educação Física
da cidade de São Paulo no modo presencial desta nova tendência no campo da peda-
gogia dos esportes. O objetivo foi pesquisar quais cursos já contam com a disciplina
Pedagogia do Esporte na grade curricular ou nomes parecidos, na investigação foram
encontrados os nomes Pedagogia do Esporte, Fundamentos Didáticos Pedagógicos
do Esporte e Processos Pedagógicos do Desporto. A Pedagogia do Esporte no Brasil
teve forte influência de autores portugueses que discutiam o tema dentro dos esportes
coletivos e foram de suma importância para o avanço no campo teórico (BOLONHINI &
PAES, 2009). No estudo o ponto de partida foi o endereço eletrônico http://emec.mec.
gov.br/ que tem cadastrado 26 universidades com o curso de educação física. O próximo
passo e muito importante são as universidades pesquisadas que foram as que forneciam
a grade curricular em seu endereço eletrônico principal. Conclui-se que a Pedagogia do
Esporte está introduzida no ensino superior paulistano de forma inicial, pois ainda as
ideias consideradas tradicionais norteiam as disciplinas do curso.
MATERIAIS E MÉTODOS
Este estudo procurou abordar os cursos de Educação Física que oferecem na grade
curricular a disciplina de Pedagogia do Esporte ou similar na cidade de São Paulo. A pesquisa
se apoiou nos principais autores que estudam a Pedagogia do Esporte no Brasil, que fazem
parte da grade curricular do curso de pós-graduação latu senso da Universidade Gama Filho
em Pedagogia dos Esportes.
O ponto de partida deste estudo foi uma pesquisa documental no endereço eletrônico
http://emec.mec.gov.br que tem cadastrado todas as instituições de ensino superior do país.
Lüdke e André (1986) uma análise documental identifica informações factuais nos textos/
documentos tendo por base questões ou hipóteses levantadas. A análise documental é uma
técnica valiosa, porém pouco utilizada pelos pesquisadores do Brasil.
Em seguida selecionamos o estado de São Paulo, o município de São Paulo e o
curso de Educação Física de forma presencial, o endereço eletrônico forneceu 26 institui-
ções. No cadastro de cada instituição procuramos a informação sítio que fornece o endereço
eletrônico oficial de cada curso de Educação Física da cidade de São Paulo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos endereços eletrônicos das instituições foi encontrada a primeira dificuldade, pois
10 instituições não apresentaram as grades curriculares que formam o curso. Através dos
espaços fale conosco ou fale com o coordenador tentou-se pedir a matriz curricular com as
10 instituições, mas não se teve resposta.
Buscou-se então das 16 instituições restantes quais tinham a disciplina de Pedagogia
do Esporte ou algum nome similar podendo ser no curso de licenciatura ou bacharelado e
foram encontrados os nomes Pedagogia do Esporte, Fundamentos Didáticos e Pedagógicos
dos Esportes e Processos Pedagógicos do Desporto.
Essas disciplinas foram encontradas em 3 cursos da cidade de São Paulo que nos
mostra aproximadamente 15 por cento das instituições que ofereceram grade curricular. Dos
3 cursos dois professores responderam o questionário por livre e espontânea vontade, pois
um dos cursos estava sem professor no período da pesquisa.
Colocaremos a respostas dos dois questionários da seguinte maneira abaixo.
Apenas uma resposta significa que os dois professores assinalaram a mesma alternativa
enquanto duas respostas significa que cada professor optou por uma resposta.
5. Interdisciplinariedade.
A concepção que até os dias atuais prevalece em muitos cursos, na maioria institui-
ções privadas, é a de um currículo que enfatiza disciplinas práticas esportivas, execução e
demonstração dos movimentos por parte do aluno incluindo provas de habilidades práticas.
Este currículo denominado tradicional-esportivo teve início no final da década de 60 e se
firmou na década de 70 ajudando na esportivização da educação física (BETTI, 1996).
Na prática não se estava atendendo efetivamente ao mercado de trabalho em quantida-
de e qualidade que vivia um momento além das aulas de educação física na escola. Na for-
mação do profissional em Educação Física não havia matérias pedagógicas permitindo que
ex-atletas continuassem a ocupar espaços que necessitavam outro tipo de profissional que
seria formado por escolas superiores (SOUZA NETO, 2004).
Um dos obstáculos em Pedagogia do Esporte está relacionado à concepção que o
professor ou técnico tem sobre o processo de ensino e aprendizagem do esporte, não
CONCLUSÃO
Durante o curso e realizando o presente estudo fica claro o embate entre duas meto-
dologias da Educação Física. A que já existe na maioria dos currículos não só da cidade
de São Paulo e que ainda não sofreu grande alteração desde os anos 70 contra uma nova
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10.37885/201102244
RESUMO
O presente estudo é uma pesquisa descritiva, que segundo Gil (2006, p.44) “têm como
objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenô-
meno ou o estabelecimento de relações entre variáveis.” Dessa forma, através de um
questionário fechado e aberto buscou-se verificar análise pedagógica das vantagens
da prática judoista na escola para crianças do primeiro ao quinto ano. Sendo assim,
Identificar o judô promove o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor, verificar se o judô
promove a interdisciplinaridade e verificar se o judô promove inclusão social. Em virtude
das respostas dos professores entrevistados, sendo 100% deles, o desenvolvimento dos
aspectos cognitivo, afetivo e motor nas aulas é de extrema necessidade e fundamental
importância para o desenvolvimento dos alunos nessa faixa etária, em virtude do esporte
(judô) ser considerado um estilo de vida é notório a inserção da criança ao esporte.
Esquecemos muitas vezes é que as lutas não se resumem apenas a técnicas, elas
também ensinam aos seus praticantes a disciplina, valores tais como respeito, cidadania
e ainda buscam o autocontrole emocional, o entendimento da história da humanidade, a
filosofia que geralmente acompanha sua prática e acima de tudo, o mais importante, que é
respeito pelo seu próximo. (JÚNIOR E SANTOS, 2014)
Os PCNs dizem o seguinte: “as lutas são disputas em que os oponentes devem ser
subjugados, com técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão
de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa”. E seus objetivos
nas escolas são de compreensão por parte do educando do ato de lutar (por que lutar, com
quem lutar, contra quem ou contra o que lutar). (BRASIL,1998)
Os efeitos benéficos do judô são admiráveis, sendo ele adaptado a idade e as neces-
sidades do aluno; o mesmo não tendo seu corpo ainda formado irá ser prejudicado se for
exposto a exercícios intensos, mas o judô trabalhado de maneira certa pode trazer muitos
benefícios como: saúde e desenvolvimento. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs), “A construção do gesto nas lutas: vivência de situações que envolvam perceber,
relacionar e desenvolver as capacidades físicas e habilidades motoras presentes nas lutas
praticadas na atualidade (capoeira, caratê, judô etc.). (BRASIL,1998; p. 97)
O judô foi criado por Jigoro Kano no Japão em 1882, baseado na arte milenar deno-
minada Ju Jutsu, e tem por objetivo fortalecer físico, intelecto e o espírito, além de defesa
pessoal utilizando a força do oponente contra a si próprio. O mesmo pode ser introduzido
em qualquer idade, para a criança é uma atividade educativa bem notável e requer questões
não só no âmbito esportivo como no cultural, social e educacional e assim transformando
de forma positiva a criança e a instituição de ensino. (MESQUITA, 2014)
Para Queiroz (2010) os alunos praticantes de judô na escola tem uma melhoria não só
no âmbito escolar mais em sua vida pessoal, o fato do judô se tratar de uma luta totalmente
disciplinar, é notável nos alunos que há melhorias também nos aspectos sociais, os alunos
passam a ser mais participativos, diminui a agressividade, há melhoria no convívio familiar,
a conscientização dos seus deveres, e assim mostra que o judô praticado na escola vira
uma filosofia de vida levada pelo aluno a todos os lugares em que ele frequenta, formando
assim uma melhoria significativa no desenvolvimento do praticante como cidadão.
O judô ajuda na parte cognitiva da criança, pois segundo Jigoro Kano “O judô não é
só um esporte, é uma filosofia de vida”, onde o respeito e a disciplina são essenciais, com
isso podemos unir a história do judô passada para a criança com a teoria e vivencia na pra-
tica, nessa fase entre 6 á 10 anos a criança passa por mudanças e assim começam a fazer
semelhanças dos fundamentos teóricos coma prática. (SALLES, 2010, p.1)
OBJETIVO
METODOLOGIA
O presente estudo é uma pesquisa descritiva, que segundo Gil (2006, p.44) “têm como
objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno
ou o estabelecimento de relações entre variáveis.” Dessa forma, através de um questioná-
rio fechado e aberto buscou-se verificar os benefícios do judô na escola para crianças do
primeiro segmento do ensino fundamental.
O estudo foi composto por professores de Educação Física escolar da rede pública e
particular de ensino da cidade do Rio de Janeiro. Participaram da pesquisa 56 (cinquenta e
seis) professores de Educação Física escolar de ambos os sexos.
Coleta de Dados
Foi utilizado um questionário fechado e aberto com onze questões, validado por dois
doutores e um mestre do curso de Licenciatura em Educação Física do Centro Universitário
Celso Lisboa, aplicados aos professores de Educação Física de escolas públicas e parti-
culares da cidade do Rio de Janeiro, onde os professores receberam todas as orientações
sobre o preenchimento do mesmo.
Resultados
Gráfico 2. Durante suas aulas de judô na escola você promove algum momento de interdisciplinaridade?
Gráfico 3. Há algum relato significativo dos professores das demais disciplinas em relação ao comportamento dos alunos
a partir do momento em que começaram a prática do judô?
Gráfico 4. Há algum relato significativo dos familiares dos alunos referentes a melhoria dos aspectos sociais extra classe
dos mesmos?
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
Com base na pesquisa realizada observa-se que os benefícios do judô para o primeiro
segmento do ensino fundamental são positivos para a formação motora dos que praticam
o esporte e tendo como elemento validador o nosso questionário em que 100% dos nossos
entrevistados trabalham elementos da motricidade em seus alunos, isto é, o aluno que pratica
judô na escola estará trabalhando elementos da motricidade com esquema corporal, tônus
muscular, lateralidade e equilíbrio.
O judô trabalha também aspectos cognitivos com os alunos que praticam, e de acor-
do com a nossa pesquisa de campo conseguimos comprovar que o judô proporciona essa
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10.37885/201001855
RESUMO
Este artigo tem como objetivo analisar de que forma a educação física contribui no
desenvolvimento da criança, visto que, as instituições escolares têm como finalidade
proporcionar aos educandos não somente conhecimento voltado para a leitura, escrita e
raciocínio lógico, mas propiciar práticas esportivas que são essenciais para o desenvolvi-
mento da criança. Desta feita, é nas aulas de educação física que os educandos acabam
interagindo mais com o grupo, aceitando regras e normas, além de proporcionam novas
experiências através do corpo. No desenvolvimento metodológico utilizamos a pesquisa
qualitativa, os procedimentos técnicos utilizados incidem em pesquisa bibliográfica e
aplicação de questionário aos professores de educação física da educação infantil do
Município de Pacaraima. Dialogaremos no decorrer do estudo com autores que eviden-
ciam algumas concepções teóricas que consideram a importância da educação física
no desenvolvimento integral da criança. Portanto, é possível concluir que a educação
física contribui no desenvolvimento dos educandos, uma vez que garante que ambos
possam explorar seus corpos em diferentes atividades motoras, estimula a imaginação,
desenvolve a noção de espaço e tempo, além de tornar a aprendizagem motivadora,
garantindo o desenvolvimento físico, social e, sobretudo, cognitivo.
A educação física surge na Europa no final do século XVIII e no início do século XIX
disseminando os exercícios físicos como movimentos passíveis de controle tendo como
artefato uma cultura de jogos, como exemplo: ginástica, dança e equitação com a finalidade
constituir homens fortes e ágeis atendendo a necessidade de formação de uma nova socie-
dade. Cabe advertir que nesse período a educação física era conhecida como Gymnastica.
Diante disso, as primeiras experiências acerca dos exercícios físicos aparecem como
técnicas de ginásticas sendo inserida como componente curricular por causa da motiva-
ção que gera aos indivíduos, além disso, muitos acreditavam que a educação física seria
capaz de higienizar, corrigir e disciplinar os corpos da população, principalmente das insti-
tuições escolares.
Vasconcelos (2017) diz que a base da construção da identidade pedagógica da edu-
cação física esta estreitamente ligada às normas e valores próprios das instituições milita-
res, uma vez que as aulas de educação física eram ministradas por profissionais físicos do
exército, estes por sua vez, adotavam rígidos métodos de disciplina e hierarquias, visando,
sobretudo a construção de um projeto de homem disciplinado e obediente.
Vale ressaltar que, a Educação física no Brasil vem sofrendo inúmeras mudanças,
passando a ser uma disciplina voltada para práticas esportivas englobando uma serie de
manifestações culturais, não somente de caráter instrucional e técnico, mas, sobretudo de
caráter reflexivo. Sendo assim, Guedes (2001) adverte que a Educação Física Escolar atual
vem sofrendo influências no seu processo histórico, pois muitas literaturas apresentam relatos
de profissionais com discursos e teorias excepcionais, contudo as práticas pedagógicas na
maioria das vezes são excludentes.
Nesta premissa, a Educação Física Escolar passou a ser compreendida como campo
responsável pelo estudo e ensino do esporte, ocupando o centro das preocupações, desde
a formação dos professores até a organização do ensino e a partir dos anos de 1970 esta
passou a se fortalecer através da pedagogia tecnicista. Vale mencionar que a educação
física no Brasil inicia-se em 1851 tenho como idealizador Luiz Pereira do Couto Ferraz que
Sendo assim, quando falamos em educação física nos referimos a um extenso campo
de ações que tem como finalidade o movimento do corpo, de modo que WILLIAMS (1964) diz
que a Educação Física mesmo trabalhando com atividades físicas para educar as pessoas,
estava preocupada com os resultados educacionais que não eram inteiramente físicos, ou
seja a educação física acaba influenciando todas as áreas do desenvolvimento educacional.
Barrow (1971) diz que a educação física consiste em :
Júnior (2013) diz que os educadores de Educação Física carece tornar a sala de aula
um momento prazeroso para todos os alunos, englobando todos sem discriminação , ou
seja, a escola carece englobar a sua totalidade , como exemplos, alunos com corpo atlé-
ticos ou obeso, promovendo o bem-estar e saúde a todos independente de raça, gênero,
condição social , etc.
A Educação Física deve objetivar o desenvolvimento global dos alunos tornando-os
criativos, dinâmicos, responsáveis e independentes. Portanto na educação infantil o profes-
sor carece de condições metodológicas criativas e lúdicas que de fato chame a atenção das
crianças. Na qual, a criança ao iniciar o processo de escolarização começa a viver e observar
uma nova realidade. Diante disso, o professor não somente de educação física necessita se
relacionar com a criança e principalmente com o seu processo de ensino e aprendizagem.
Para tanto, é preciso que saibamos quais as mudanças que esse processo de escolarização
pode ocasionar tanto no intelecto das crianças, quanto em seu corpo físico.
Assim, de acordo com os autores ao pensar a educação física para e com as crian-
ças do ensino infantil é preciso considerar a brincadeira e o lúdico como principal objeto
do conhecimento.
Assim sendo, Medina (1984) diz que o profissional de educação infantil precisa viabilizar
as interações lúdicas como suporte para o reconhecimento das interações sociais, carecendo
evidenciar para as crianças conhecimentos advindos de papéis sociais.
Cabe aos educadores proporcionar as crianças essas vivencias que contribuirão para
sua formação corporal e para seus movimentos. Portanto, é necessário dar prioridades para
essas práticas corporais na educação Infantil, para que as crianças não tenham dificuldades
nas atividades diárias.
Neste viés, Freire (1999) diz que a Educação Física deve ser reconhecida como um
componente curricular, tão importante quanto os outros, visto que, é nas aulas de educação
física que a criança se relacionar com o grupo e através de seus movimentos, gestos e ações
que demonstra suas dificuldades.
Diante disso, é nos momentos de recreação e jogos esportivos que a criança evidencia
ter atitudes de respeito solidariedade para com o ``outro`` , reconhecendo e aceitando as
diferenças da cultura corporal dos diferentes grupos. Diante disso, vários são os benefícios
das aulas de educação física na escola, tais como: incentivo de praticas esportivas e ativida-
des físicas, favorece o desenvolvimento motor, contribui para a integração social , colabora
para que os alunos adquiram autoconfiança, melhora a autoestima, etc.
Portanto, ao praticar atividades físicas as crianças da educação infantil melhoram
sua saúde e diminuir riscos de doenças como obesidade, colesterol, doenças respiratórias,
entre outros, e cabe ressaltar que é nas instituições escolares que as crianças aprendem a
valorizar um estilo de vida saudável.
Desta feita, Mattos (2006) diz que:
Diante da citação acima , percebe-se que o mundo se modernizou e com ele as mudan-
ças de hábitos dos indivíduos. E podemos dizer que durante as atividades físicas, através de
cada ação que a criança se expressa e o professor observa suas carências e dificuldades.
Neira (2003) relata que:
Como citado anteriormente através das brincadeiras lúdicas e os dos exercícios físi-
cos que a criança desenvolve suas aptidões perceptivas, de modo que, a referente deve
desenvolver-se considerando os níveis de maturação biológica das crianças, para que estas
possam desenvolver seu controle mental (GALLARDO, 2005).
Mello (2009) complementa a fala acima dizendo que através de estímulos corporais,
é possível desenvolver o Sistema Nervoso Central (SNC),
De acordo com Mello (2009) os estímulos corporais são fundamentais para o desen-
volvimento de habilidades psicomotoras, além de proporcionar o desenvolvimento completo
do individuo, ou seja, o movimento permite que a criança explore o mundo através de ex-
periências concretas.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados obtidos através dos instrumentos de coleta de dados aplicados aos pro-
fessores que participaram da pesquisa revelaram os entendimentos dos sujeitos investigados
acerca do problema pesquisado. E para melhor apresentar os resultados, foi analisado o
questionário fazendo conexão quando possível com algumas citações de autores que dis-
cutem esta temática. Desta forma, podemos dizer que os elementos citados abaixo revelam
direta ou indiretamente o que os sujeitos da pesquisa entendem acerca da importância da
educação física no desenvolvimento das crianças no ensino infantil.
Vale mencionar que por uma questão de ética, na análise dos questionários, os nomes
dos participantes da pesquisa não serão expostos, de maneira que se possa preservar o sigilo
da identidade dos mesmos conforme a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS/MS)
466/12 que trata da pesquisa envolvendo seres humanos. E para identificar os mesmos foram
utilizadas letras seguidas de números P1, P2, P3. Cabe advertir que quanto à participação
dos sujeitos envolvidos na pesquisa entregamos os questionários a todos os professores
de educação física que trabalham na educação infantil no Município de Pacaraima, contudo
apenas três destes professores aceitaram participar do estudo. Acredita-se que todas as
Assim sendo, Gallahue (2005) diz que a educação física assume um papel extrema-
mente significativo na Educação Infantil, pois é através do brincar que a criança explora seu
corpo, interage com outros corpos e desenvolve seu crescimento cognitivo e motor e todos
os professores concordam igualmente que a educação física traz benefícios significativos no
desenvolvimento das crianças, contribuindo para a qualidade física, psicológica, socialização,
melhoria na aprendizagem, incentiva a prática de esportes, diminuir riscos de doenças além
de desenvolver a coordenação motora e raciocínio lógico . E todos esses benefícios citados
contribuem no desenvolvimento da criança.
Vale mencionar que apesar de todos os educadores concordarem igualmente que
a educação física traz benefícios no desenvolvimento das crianças na educação infantil,
contudo, os educadores ressaltam que nas escolas que ambos trabalham não possui mate-
riais adequados e disponíveis para a realização das atividades. Assim, podemos dizer que
as instituições escolares do Município de Pacaraima vão ao contrário do que diz a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB em relação a obrigatoriedade da disciplina,
bem como condições necessárias para prática destes exercícios.
Todos os educadores investigados concordam igualmente que a educação física é
importante na educação infantil, e que a mesma ajuda no desenvolvimento do aluno nesta
modalidade de ensino.
De acordo com o PCN (1997) a criança tem o respeito à dignidade e aos seus direitos
de crianças, na qual é necessário que as suas diferenças sejam elas sociais, individuais,
culturais. Diante disso, a educação física pode ser entendida como:
Deste modo, a educação física na primeira etapa da educação básica tem como fina-
lidade desenvolver a criança em sua totalidade e em seus aspectos sociais, morais, físicos,
psicológicos, intelectual e social e cabe aos educadores trabalhar os esportes durante as
aulas, mas sob o aspecto lúdico, de sociabilização e do conhecimento corporal. E vale
mencionar que os professores investigados relataram que durante as atividades físicas os
alunos mostram-se realizados e no decorrer das atividades as crianças evidenciam melhoras
significativas no processo de ensino e aprendizagem em todas as áreas de conhecimento.
Nesta conjuctura, foi perguntado aos educadores físicos da rede Municipal de Pacaraima,
de que forma as atividades físicas contribui no desempenho das crianças. Estes responderam:
P1: Nota-se que, após as aulas de educação física, as crianças têm melhora
significativa em seu desempenho.
P2: Dentro das metodologias implantadas, os jogos como fator importantíssimo
no desenvolvimento da criança, ampliando a sua capacidade de interagir e de
se comunicar. Estimulando as capacidades de pensamento e criatividade; além
de ser fator de desenvolvimento da força, do controle muscular, do equilíbrio
orgânico, estimular a coordenação motora, a saúde esquelética, à cooperação
social e psicológica da criança, entre outros fatores.
P3. Os alunos que praticam atividade física, além de desenvolver melhor o
raciocínio lógico e a memória, apresentam também reflexos mais apurados e
maior foco na realização das atividades.
Conforme as respostas acima, percebe-se que os educadores tem uma visão acer-
ca da importância da educação física no desempenho das crianças. P2 e P3 dizem ainda
que posteriormente as aulas de educação físicas as crianças ampliam sua capacidade de
interação, tem reflexos mais apurados e maior foco na realização das atividades e que os
jogos são de suma importância nesse processo. Portanto, as atividades físicas vivenciadas
Assim, podemos constatar que a Educação Física na Educação Infantil é alvo de muitos
debates, questionamentos e reflexões e que a mesma proporciona as crianças diversidades
de experiências, além de auxiliar o desenvolvimento da personalidade do indivíduo como
um ser social contribui para a construção de habilidades.
Através deste trabalho levantou-se uma discussão acerca das contribuições da educa-
ção física no desenvolvimento da criança na educação infantil, na qual foi possível analisar
a importância no ambiente escolar.
Desta forma, vale mencionar que na maioria das vezes esta é tida como uma discipli-
na fácil que apenas diverte as crianças, contudo de acordo com o levantamento de dados
percebe-se que a educação física promove inúmeros benefícios para a criança.
Portanto, esta é fundamental e obrigatória nos currículos escolares e tem função espe-
cial em relação ao desenvolvimento da criança, uma vez que desenvolve os educandos em
diversos aspectos sejam eles: psicologicamente, socialmente, mentalmente e fisicamente,
ou seja, através da educação física o ser humano desenvolve-se integralmente.
Neste sentido, por meio das aulas de educação física os professores juntamente como
seus alunos exploram uma variedade de experiência em diferentes dimensões. E nas institui-
ções escolares a educação física tem papel importantíssimo, visto que a referente despertar
nos alunos o interesse em envolver-se com as atividades e exercícios corporais reconhecendo
e respeitando as características físicas de si próprias e de outros indivíduos.
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10.37885/200901390
RESUMO
Adultos com um adoecimento mental severo são pessoas: (1) idade de 18 anos
ou mais, (2) que atualmente, ou em qualquer momento durante o ano passado,
(3) teve um distúrbio mental, comportamental ou emocional diagnosticável de
duração suficiente para cumprir os critérios de diagnóstico especificadas no
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM)-III-R, (4) que
resultou em prejuízo funcional que interfere substancialmente com os limites
de uma ou mais atividades principais da vida […] Todos esses transtornos têm
características episódicas, recorrentes ou persistentes, no entanto eles variam
em termos de gravidade e efeitos incapacitantes (FEDERAL REGISTER, 1993,
citado por INSEL, 2013), (tradução nossa).1
Nesse sentido, este estudo investigou a prática de atividade física em saúde mental
como adjunto terapêutico para pacientes psiquiátricos com doença mental severa.
1 “‘Adults with a serious mental illness are persons: (1) age 18 and over, (2) who currently or at any time during the past year, (3) have
a diagnosable mental, behavioral, or emotional disorder of sufficient duration to meet diagnostic criteria specified within the Diagnostic
and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM)-III-R, (4) that has resulted in functional impairment which substantially interferes with
or limits one or more major life activities…All of these disorders have episodic, recurrent, or persistent features; however, they vary in
terms of severity and disabling effects.’ Federal Register Volume 58 No. 96 published Thursday May 20, 1993, pages 29422-29425.”
2 Empresa irmã da EBSCO Information Services, a EBSCO Publishing é o fornecedor do EBSCOhost®, o recurso eletrônico pago mais
utilizado por bibliotecas ao redor do mundo. A EBSCO Publishing é o principal agregador de bases de dados do mundo, oferecendo
uma suíte de mais de 200 bases de dados de pesquisa em texto completo e resumo. Recuperado a partir de:http://www2.ebsco.com/
pt br/ProductsServices/ehostdatabases/Pages/index.aspx.
DISCUSSÃO
3 Termo usado frequentemente na clínica psiquiátrica e em muitos documentos de políticas governamentais em todo mundo (SMITH,
et al., 2007).
Aderência dos pacientes com doença mental severa a programas de tratamento que
incluem atividade física
A literatura sugere que pacientes com SMI apresentam baixos níveis de participação
em AF quando comparados a grupos controle de sujeitos que não se enquadram nessa ca-
tegoria (NYBOE; LUND, 2012). Nesse sentido, outro ponto discutido refere-se à importância
de realizar-se a atividade com pacientes com SMI de maneira supervisionada. Embora os
pacientes psiquiátricos demonstrem interesse em exercícios físicos (GIULIANI, et al., 2005;
RICHARDISON, et al., 2005; USSHER, et al., 2007; ZAGO; TERZIS, 2012), a aderência ao
4 Na extensão de toda a obra, usa-se o termo cuidador para designar profissionais da área de saúde (médicos, enfermeiros, psicólo-
gos, assistentes sociais, etc.), (OSÓRIO, 2007).
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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10.37885/201001836
RESUMO
OBJETIVO
Discutir a relação das áreas verdes urbanas com a atividade física, enfocando a saúde
e qualidade de vida das pessoas no espaço urbano. Esta contribuição se dá no contexto do
surgimento de novos parâmetros para o conceito de qualidade de vida na cidade e as relações
com as questões ambientais ligada a preservação de espaços verdes em ambientes urbanos.
MÉTODOS
Áreas verdes são locais de relaxamento, recreação, alívio do stress do dia a dia. Estudos
mostram que a vida em ambientes mais naturais influencia positivamente a auto percepção
de saúde das pessoas e leva a um menor risco de mortalidade (MAAS et al., 2008).
A oferta de Espaços Verdes Urbanos (EVU) seguros, limpos e confortáveis exerce
impactos na saúde, medidos de forma direta, por meio do estado de saúde auto avaliado
e da longevidade e, de forma indireta, pela melhoria da qualidade ambiental. A proximi-
dade dos EVU às áreas residenciais contribui para a melhoria da qualidade do ar, atenua
o efeito da poluição atmosférica e da “ilha de calor urbano”, proporcionando aos residen-
tes um ambiente físico que incentiva a prática de atividade física, incluindo a caminhada
(SANTANA et al., 2010).
Macedo e Sakata (2003, p. 24), consideram como parques urbanos
Para Barcellos (1999), as áreas de grandes dimensões não representam uma carac-
terística obrigatória para que o espaço livre seja considerado um parque urbano. Paiva e
Gonçalves (2002), por sua vez, vão mais além ao apreciarem o elemento árvore de forma
coletiva, evoluindo para um conceito mais abrangente e ecológico que é o da floresta urbana,
valorizando a árvore como um elemento que melhora o ambiente urbano.
Para Jacobs (1996), a variedade de um parque pode ser importante para que este
local seja frequentado:
Os parques de Curitiba são muito frequentados por sua população, com especial desta-
que para o parque Barigui, onde são realizadas, entre várias outras ações, algumas práticas
corporais como caminhadas e corridas, bem como atividades contemplativas capazes de
gerar encontros sociais e familiares entre sujeitos vindos de diferentes partes da cidade.
Situado na região central da cidade o parque Barigui, com área de 1.400.000 m2, possui
seu nome na origem indígena com significado de “rio do fruto espinhoso”, uma alusão às
pinhas das araucárias nativas. Foi criado em 1972 pelo prefeito Jaime Lerner e é formado
por bosques que trazem um misto de mata nativa primária e secundária que margeiam seu
enorme lago de 230.000 m² (Figura 2). Além disso, o parque apresenta fauna e flora tam-
bém nativas e migratórias, que se mesclam a uma estrutura de antigas construções locais
readequadas (como é o caso do bistrô e da academia de ginástica), além dos equipamentos
propícios às práticas corporais e exercícios físicos como: academia pública de ginástica,
pista de bicicross, canchas esportivas, pista de cooper, ciclovias, trilhas ecológicas, pista de
patinação, equipamentos de ginástica, entre outros (CURITIBA, 2015).
O local também abriga a sede da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e ainda ofe-
rece outras opções de vivências no tempo/espaço de lazer, como, por exemplo, o Museu
do Automóvel, restaurante, salão de atos, churrasqueiras e lanchonetes.
Outro parque urbano é o parque Areião, na cidade de Goiânia - GO (Figura 3), com
área de 215.000 m², localizado na região sul de Goiânia. Possui uma área de preservação
permanente com vegetação de floresta da galeria e vereda, abrigando espécies de fauna
nativa. Delimitado com base no traçado original da cidade, considerado como reserva am-
biental no Plano Original da Cidade de Goiânia e aprovado em 1938. Seu patrimônio natural
inclui três nascentes do Córrego Arreião e um braço do Córrego Botafogo, pertencente à
Bacia do Rio Meia Ponte. Possui uma pista de corrida de 2.400m totalmente iluminada, duas
estações de ginástica, um campo de futebol e parque infantil, além de um lago. Em sua
volta há um grande fluxo de veículos por estar localizado entre importantes avenidas na
cidade de Goiânia.
Jacobs (1996) afirma que os parques urbanos são de extrema importância para o
convívio social e a integração de pessoas para a prática de exercícios físicos. Segundo a
autora, esta “multifuncionalidade” do parque pode ser um fator positivo para “dar vida ao
parque”. Se o parque oferece, por exemplo, apenas as áreas para os fins contemplativos ou
encontros sociais e familiares, como o uso das churrasqueiras, ele estaria fadado a apenas
algumas vivências. No entanto, o fato de conter equipamentos para as práticas de exercícios
físicos oportuniza a sua utilização com outros intentos e finalidades nos interstícios do tempo
de trabalho para a realização de tais práticas.
Neste sentido, Jacobs (1996, p. 111) assevera que a diversidade de vizinhança do
parque é um fator preponderante para sua utilização:
• Faça exercícios ao ar livre pela manhã enquanto os níveis de poluição e calor es-
tiverem baixos. A hora do rush à tarde é o momento com maior concentração de
poluentes no ar.
• Evite exercitar-se em lugares de grande tráfego de automóveis, principalmente da-
queles que utilizam óleo diesel, como ônibus e caminhões.
• Dê preferência para as pistas e os locais internos quando for exercitar-se nos bos-
ques e parques da cidade. Evite os exercícios nos anéis externos, sobretudo próxi-
mo às vias de trânsitos de veículos.
• Se eventualmente, durante os exercícios, estiver em meio às emissões gasosas
dos automóveis, diminua a intensidade de seu treinamento para que possa respirar
somente pelo nariz. Este procedimento ajudará a remover o dióxido de enxofre e
alguns outros poluentes atmosféricos que ficam retidos nas mucosas nasais.
• Evite atividades extenuantes ao ar livre durante os períodos de alerta contra o calor
e o smog (fumaça e neblina). O efeito smog é formado quando há a condensação
de vapor d’água, porém em associação com a poeira, fumaça e outros poluentes, o
que dá um aspecto acinzentado ao ar (MIRANDA; BAPTISTA, 2009).
Nesse caso, percebe-se claramente que o ambiente - domínio V, com destaque para
lazer, além do ambiente físico propriamente dito - torna-se um elemento relevante para a
avaliação da qualidade de vida, principalmente no contexto urbano, no qual a poluição do
ar, a sonora e a visual podem influenciar diretamente no bem-estar da população (FLECK
MPA et al. 2000).
No entanto, o tema qualidade ambiental é bastante complexo, bem como seus padrões
e seus indicadores. Fatores subjetivos que levam em conta a percepção que o indivíduo tem
em relação ao seu ambiente e ao seu próprio modo de vida estão contidos nesses indica-
dores. Além disso, existem os fatores objetivos: econômicos, sociais, culturais e políticos,
que se manifestam distintamente no espaço possibilitando diversos tipos de interpretações,
e tornando difícil de chegar a uma conclusão (XAVIER, & ARANA,2018).
A despeito dessa dificuldade, há, porém, um consenso quando se relaciona qualida-
de ambiental urbana e vegetação. Considera-se que a qualidade ambiental satisfatória é
determinada por composições paisagísticas que privilegie, sobretudo, mas não somente, a
vegetação; vista desde um simples gramado às mais diversas espécies arbóreas. Nessas
condições, a vegetação constitui componente chave, embora outros componentes tam-
bém sejam necessários para o alcance de um padrão mínimo de qualidade do ambiente
(GOMES; SOARES, 2004).
A manutenção das áreas verdes urbanas sempre foi justificada pelo seu potencial em
propiciar qualidade ambiental à população. Ela interfere diretamente na qualidade de vida
DISCUSSÃO
Cada vez mais se fala sobre qualidade de vida. É uma concepção que envolve parâ-
metros das áreas de saúde, arquitetura, urbanismo, lazer, gastronomia, esportes, educação,
meio ambiente, segurança pública e privada, entretenimento, novas tecnologias e tudo o
que se relacione com o ser humano, sua cultura e seu meio. (ALMEIDA, 2011; ALMEIDA,
M., GUTIERREZ, L. E MARQUES, 2009).
Para melhor compreender a área de conhecimento em qualidade de vida é necessário
adotar uma perspectiva, ou um paradigma complexo de mundo, pois se expressa na relação
entre o Homem, a natureza e o ambiente que o cerca (Barbosa, 1998). Embora haja diferença
entre esferas de percepção deste conceito, para compreendê-las melhor é preciso que sejam
associadas, que a influência de uma sobre a outra seja considerada, formando um todo.
A compreensão sobre qualidade de vida lida com inúmeros campos do conhecimento
humano, biológico, social, político, econômico, médico, entre outros, numa constante inter-
-relação (ALMEIDA. 2011) Por ser uma área de pesquisa recente, encontra-se em processo
de afirmação de fronteiras e conceitos; por isso, definições sobre o termo são comuns, mas
nem sempre concordantes. Outro problema de ordem semântica em relação à qualidade de
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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RESUMO
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS
Idade (anos)
Média (Desvio padrão) 23.6 (4.2)
mínimo – máximo 18 – 35
Ano de avaliação
2009 26 (21.7)
2010 31 (25.8)
Table 2. Idade dos atletas de acordo com os resultados da avaliação da acuidade visual (n=120).
Acuidade visual – Olho Direito Acuidade visual – Olho Esquerdo
Idade
Normal Alterado Normal Alterado
Média (DP) 23.4 (4.4) 24.0 (3.8) 23.6 (4.6) 23.6 (3.2)
Mínimo – Máximo 17 – 35 19 – 31 17 – 35 19 – 31
Por fim, não foram encontradas associações significativas entre a posição do atleta e
os resultados das avaliações da biomicroscopia e fundoscopia. (Tabela 3)
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
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doi:10.1055/s-0035-1564103
Otávio Tavares
Ufes
10.37885/201001885
RESUMO
O objetivo foi analisar os grupos de congo do município de Vitória-ES, quanto aos ele-
mentos que os estruturam, como: expressões corporais, inserção de novos atores e a
relação com o Poder Público. Foram utilizadas entrevistas abertas com três lideranças
de grupos de congo e as análises pautaram-se nas categorias e conceitos identiflcados
nas falas dos entrevistados, conforme minayo (2007). Concluiu-se que há transforma-
ções no processo de expressões cor- porais advindos da entrada de novos atores nos
grupos, entre esses os jovens, que introduziram novas estéticas corporais. A relação com
o Poder Público possibilitou aos grupos se conhecerem e se relacionarem, aderindo a
novos arranjos estéticos. Identiflcou funções e noções de papéis quanto ao gênero dos
atores dos grupos analisados. Coletivamente as expressões corporais não possuem
destinações de papéis, mas revelou que individualmente o congo as reproduz.
Na formação da Região da Grande Vitória (Sec. XlX) por imigrantes italianos, negros
e índios, a convivência, nem sempre pacífica, esteve relacionada com as questões do do-
mínio cultural de um grupo pelo outro. O que queremos enfatizar é que a grande “guerra“
se deu no campo simbólico, ou seja, no campo das esferas culturais que adentravam na
materialidade subjetiva.
Para melhor analisar as características e singularidades das danças populares, é ne-
cessário que conheçamos o locus em que elas estão inseridas. As continuidades dessas
manifestações têm sido pela oralidade e pelos movimentos gestuais. Para Bastide (l978),
oralidade é toda maneira de pensar, sentir e agir que constitui uma expressão de expe-
riência peculiar da vida de qualquer coletividade humana, integrada numa sociedade. Essa
experiência tem sido preservada por meio da tradição oral, e grande parte dos elementos
populares encontra-se retida e acondicionada na memória popular coletiva.
Os elementos tradicionais são complexos e repletos de simbologias, representando
não somente o legado de nações africanas, como também os reinos sagrados e de simbo-
logias indígenas. Nas festas, muitas celebrações, em seus rituais, dramatizam e incluem o
levantamento de mastros, a produção de estandartes, a celebração de novenas, cortejos
solenes, a coroação de reis e rainhas, o cumprimento de promessas, a realização de rela-
ções de parentesco, cantos, danças e banquetes coletivos. Embora esses elementos este-
jam presentes, nem todos os grupos de congo se manifestam apropriadamente com essas
estruturas. Temos que entender que o estudo não pretende analisar se esses elementos
ainda são constitutivos dos grupos a serem analisados, mas, minimamente, discuti-los no
decorrer das análises a serem realizadas.
E o que as festas tradicionais da Região da Grande Vitória, sobre as quais estamos
dissertando, apresentam em suas estruturas estéticas e simbólicasŞ São festas que mantêm
entre si similaridades e diferenças construídas e cravadas em ritos originados de costumes
que se fixaram no âmago de cada uma das manifestações, possibilitando a compreensão
de suas particularidades. A festa em homenagem a São Benedito, na qual se reúnem as
bandas de congo anualmente, no município da Serra-ES, é um exemplo típico da continui-
dade dessa força cultural. Não se trata aqui de falar de festas sagradas e profanas, embora
possa parecer imperceptível ou insignificante, quando se observa de um modo superficial
ou generalizado, porém, em nosso estudo, vimos que essa diferença é visível, primordial e
é também geradora de discussões, portanto, essas festas devem ser tratadas com suporte
metodológico-científico e amparadas por conhecimentos políticos e sociais.
Cada um tem seu jeito, mas é na batida do tambor, da casaca, que a gente dá
os pas- sos. Quem pode dar mais passo dá mais. Quando tem muitos jovens
e a gente traz as crianças, daí tem um jeito diferente, cada um tem o seu lugar
e vai andando, dançando atrás da bandeira. Na batida do tambor, você vai pra
frente, pra traz, sozinho ou lado a lado. Tem hora que o ritmo é mais forte (mais
rápido). Os jovens conseguem, eles fazem diferentes dos mais velhos, eles
trazem passos diferentes para dança e fica bonito e a gente vai tentando imitar.
[...] a dança serve tanto para os homens como para as mulheres, não tem
diferença e também não dança um com o outro. Não existe, como nas danças
que tem por aí onde existe o par. Existe o homem que faz um jeito e a mulher
que faz outro jeito de dançar. Todo mundo dança do seu jeito e o ritmo pra um
é o mesmo que para o outro.
Aqui reside o fato de a dança do congo, na fala dos entrevistados, servir para ambos os
gêneros, pois não caracteriza o que é papel da mulher e do homem quanto aos movimentos
e ao ritmo colocados de acordo com a musicalidade. É interessante abordar essa questão,
pois, com essas práticas, pode-se pensar em outros estilos de dança, mais comumente ca-
racterizados como femininos ou masculinos, para que se faça uma reflexão sobre os motivos
de tal associação, descaracterizando qualquer manifestação de gênero nos movimentos.
Analiticamente falando sobre a indistin- ção de gênero quanto ao movimento corporal, tra-
ta–se do papel de cada ator na coletividade do grupo, contudo, individualmente, embora os
movimentos distintos sejam tributados ao figurino, histórica e socialmente, os movimentos
corporais na dança do congo estão sujeitos às construções sociais de gêneros.
A Antropologia Social vem abordando essa categoria, e entende a sua cons- trução
no interior das estruturas de relações de poder, onde atores sociais ocupam posições que
implicam ordenações hierárquicas, que, embora pequenas nas esferas sociais, contêm a
semente das relações de poder na sociedade (BUTLER, 2003).
Neste estudo, as posições ocupadas compreendem uma série de práticas e significados
que lhes conferem sentido, quando as expressões corporais se convertem em performances
de gênero, ou seja, estilizam o corpo e repercutem na aparência e no comportamento de
quem dança, produzindo e reproduzindo maneiras específicas de se viver a masculinidade
e a feminilidade.
Em se tratando de cântico, musicalidade e coreografia, cada grupo possui sua perfor-
mance estética, como o modo de tocar os tambores (guararás), que pode ser sentado sobre
eles, como se estivessem cavalgando, e assim o fazem quando estão parados. A casaca
e o chocalho, aos quais os negros ajuntaram a cuíca, são complementados por outros
A gente revê os colegas de outras cidades que faz tempo que não se vê e
depois você vê se o nosso grupo está bom ou não. Tem grupo usando outros
instrumentos que a gente ainda não usa... Tem grupo que tem até coreógrafo
que ensaiam eles. As viagens são boas por essa causa.
Ao final deste trabalho, as considerações conclusivas podem ser apontadas nas espe-
cificidades de cada objeto analisado. Por se tratar de um estudo de matri- zes socioantro-
pológicas, as questões afeitas às relações sociais são as primeiras em que descortinamos
as tradições pelas quais os grupos de congo se constituem. As relações de parentesco
garantem aos atores das bandas de congo, aproximações familiais constituídas no decorrer
das relações sociais. São essas aproximações que, num segundo momento, o das relações
entre os atores, o estudo apontou como a “festa“, aqui identificada com os ensaios e apre-
sentações performáticas. São nas festas que ocorrem os contextos para a continuidade
das relações permeadas pelos elementos do imaginário social. Esse imaginário constitui a
devoção individual dos atores, dado pelo caráter não institucionalizado da fé, garantindo a
reciprocidade e a continuidade do mundo social do grupo (MAUSS, 2003).
O estudo revelou implicitamente que o congo reproduz funções e papéis de gêneros,
pois os instrumentos musicais são pertinentes ao homem, embora as falas dos entrevista-
dos não tenham nitidamente desenhado tal face. Com efeito, a fala da liderança A2 indica
percepções de parentescos nas relações do grupo, e também de elementos estéticos, como
cantos, ritmos e figurinos. Quanto aos gestos e ex- pressões corporais, que, na fala dos
entrevistados foram explicitados como “dança“, eles não revelaram que os gestos e ex-
pressões são desempenhados distintamente pelos atores dos grupos. Contudo, o estudo,
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10.37885/201101995
RESUMO
Esse estudo tem por objetivo fazer discussões sobre o corpo e suas implicações na
Capoeira, trazendo uma visão sobre ela para a área da Educação Física. A partir de uma
pesquisa bibliográfica, busca-se relacionar a prática da Capoeira com a ideia do jogo
como dialogia corporal, visto que não foi encontrado nenhum trabalho que tivesse uma
análise do jogo da Capoeira enquanto dialogia. Para tanto, tenta-se abordar as relações
dos significados afluentes do corpo social, relacionando-o com o que chamamos de cor-
po capoeira. O corpo capoeira será explicitado a partir da metáfora dos vários corpos,
onde construímos a ideia da dialogia corporal como um processo. Buscamos identificar
a construção dialógica desse corpo capoeira através de processos que permeiam o jogo
dentro da roda. Entendemos que as considerações obtidas no final desse estudo apre-
sentam um ponto de partida para a discussão da Capoeira e, principalmente, de seu jogo.
Esse estudo tem por objetivo explorar alguns conceitos sobre linguagem e corpo, a
fim de relacioná-los à prática da Capoeira1 como expressão didática e pedagógica, dentro
do processo de aprendizagem. Entendemos a Capoeira como dialogia corporal. Trata-se
de um estudo de pesquisa bibliográfica que procura construir a ideia da Capoeira como
dialogia corporal, associado à sua prática esportivizada.2 Para a revisão da bibliografia, fize-
mos uma procura utilizando como palavra chave Capoeira, na base de dados da biblioteca
da Universidade Estadual de Campinas, bem como na Revista Brasileira de Ciências do
Esporte, onde lemos os artigos encontrados e delineamos ao tema proposto. Nesse senti-
do, buscou-se contribuir com o entendimento do “corpo capoeira”3 e da sua relação com as
diversas áreas da Educação Física.
Identificar a construção do corpo social como um dos vários elementos constitutivos do
corpo capoeira perpassa pelo olhar teórico antropológico, no qual questões são levantadas,
tais como: de que forma condutas são geradas para que se estabeleçam novos caminhos
de tensão4 entre as regras sociais e a postura do capoeirista; quais são os imperativos
dessas condutas; quais significados são “carregados” pelo corpo diante essas condutas?
Como ponto de partida, aproximamos as contribuições de Mauss (1974) sobre “técnicas
corporais” - aspectos da imitação prestigiosa que conduzem a uma especificidade do corpo
em contextos históricos culturais distintos, incorporados tradicionalmente.
Quando falamos sobre Capoeira como dialogia corporal, presume-se um embasa-
mento teórico a partir da dialogicidade da educação escrita por Freire (1983). Para o autor,
o diálogo verdadeiro é o meio pelo qual os seres humanos podem SER MAIS. O indivíduo
consciente, que dialoga sobre sua realidade, consegue, pela opinião dos outros, visualizar
sua realidade por ângulos diferentes, reforçando ou mudando suas opiniões, apropriando-se
1 Utiliza-se do termo Capoeira com “C” maiúsculo para referenciá-la como patrimônio cultural brasileiro (BRASIL, 2008), que engloba
todo o processo histórico cultural. E com “c” minúsculo, representa os jogadores de Capoeira.
2 A Capoeira não foge dos padrões sociais, é vinculada com a ideia do esporte principalmente a partir do século XX. Na verdade,
atualmente, o esporte liga-se com praticamente todas as práticas de exercícios físicos. Esse consentimento é fortalecido quando se
associa o esporte com a saúde, como se fosse a mesma coisa: faça esporte e terá saúde, resultado rápido e fácil. Dentro da Capo-
eira essa vinculação com o esporte aparece historicamente com seu reconhecimento social através de estudos como do “Guia do
capoeira ou gymnastica brasileira” (1907) e Burlamaqui (1928) e na prática com Manoel dos Reis Machado e outros. Conhecido como
Mestre Bimba, foi o primeiro a fazer tal atrelamento visando à construção de uma Capoeira mais digna, aquela aceita socialmente
(esportivizada). Mestre Pastinha (Vicente Joaquim Ferreira Pastinha), que também se valeu desse processo de esportivização para
consolidar a Capoeira Angola. E isso se estende até os dias atuais. Podemos pensar na Capoeira enquanto esporte, sendo uma
faceta dentre várias outras.
3 Esse termo concerne o que chamamos de metáfora dos vários corpos. Essa metáfora identifica a construção do corpo capoeira (po-
lissêmico) como a dialogia dos corpos. Essa dialogia é o que dá forma ao único corpo, o ser humano. A metáfora dos vários corpos
consiste: o corpo sociocultural, o corpo físico, o corpo psíquico e o corpo ético. Um corpo mais que uma simples prática.
4 Essa tensão visualiza o problema não como um limite, mas como uma fronteira de possibilidades. Paulo Freire cita em sua obra
Pedagogia da Esperança: um reencontro com pedagogia do oprimido esclarece outro termo com o mesmo princípio, chamando-o de
“inédito-viável.
Podemos dizer que a Educação Física surge a partir da existência do próprio corpo,
aonde vem se estabelecendo como área de conhecimento através da utilização do mesmo
nas diversas esferas de conhecimento (biológico, cultural, social, psíquico). Sendo assim,
podemos inferir que há uma apropriação de conceitos, mas não do corpo em si, uma vez
que ela o estuda e busca colocar em prática esses estudos, tornando-se esse o ponto de
partida para todo o restante do texto. Dentro da área, tradicionalmente, esse corpo era visto
apenas “como um conjunto de músculos e ossos e não expressão da cultura” (DAOLIO,
2007 p. 2). Após a predominância da influência biológica, a partir dos anos 80, surgiram
outras formas de discussão sobre o corpo, associadas às questões das ciências humanas,
as quais ampliaram as discussões da área.
Com essa mudança estrutural ideológica, o estudo da cultura propiciou para a Educação
Física, abrangência da visão do corpo como expressão, sendo essa a nossa noção de corpo.
Deixando explícito que “todas as manifestações corporais humanas são geradas na dimensão
cultural [...] expressando-se diversificadamente e com significados próprios no contexto de
grupos culturais específicos” (DAOLIO, 2007, p. 2).
Um dos precursores desse estudo do corpo através da cultura foi Mauss (1974 p. 40),
que identificou e nomeou “as maneiras pelas quais os homens, de sociedade a sociedade,
de forma tradicional, sabem servir-se de seu corpo”. O nome que deu para as formas desse
“servir-se” de seu corpo foi de “técnicas corporais”. Nessa obra, Mauss descreve algumas
situações do “servir-se” de seu corpo, conseguindo esclarecer de forma abrangente essa
relação do corpo com a cultura.
Sendo assim, essas técnicas são formadas a partir de uma imitação prestigiosa, onde
tanto a criança, como o adulto, imita movimentos que foram bem sucedidos por pessoas que
detém alguma autoridade ou confiança sobre ela (MAUSS, 1974). Uma de suas descrições
foi feita a partir de uma observação em Nova York, no hospital, quando verificou uma simi-
laridade do andar das suas enfermeiras com a lembrança do andar das jovens francesas,
sua terra natal. Após refletir, identificou que esse andar característico da cultura americana
foi disseminado pelos filmes americanos, através do cinema, para a cultura francesa.
A Capoeira se apresenta como uma técnica corporal que vem sendo passada de
geração a geração de forma tradicional. E ainda, tal descrição relaciona-se com o próprio
ensinamento da Capoeira, pois ela fora ensinada pela observação, sensação e imitação
dos movimentos e da roda, basicamente os Mestres mais antigos utilizavam essa forma de
ensinamento (ABIB, 2004).
Utilizando a observação de Mauss, permite-se perceber que as técnicas corporais
vão além do espaço de algum momento restrito, passa na realidade a compor os lugares
O corpo, diante da cultura, foi concebido por nós carregado de significados e valores,
sendo esses construídos diante das experiências dos indivíduos. Cada criatividade ideológica
pode ser representada como forma de expressão humana, assim, a Capoeira, o Futebol e
outros, tem seu próprio modo de orientação da realidade, englobando seus valores e suas
práticas. Todavia, a ideologia é formadora do discernimento das coisas, é o espaço não
visível onde a consciência recorre ao julgar o mundo. Quando o indivíduo olha a realidade,
toma consciência dela, seu pensamento volta-se para um ideal, acrescentando um modo
individual de interpretar, pensar e agir (como fizemos no capítulo anterior ao abordarmos
sobre o jogo da Capoeira). Favorece, assim, uma atitude fundamentada por um julgamento
intrínseco de coerência do que enxerga.7 Uma cadeia ideológica consiste no aparato das
ideias enquanto realidade do pensamento. É nela onde o indivíduo busca seus horizon-
tes. Se conseguires olhar a realidade, também consegues interpretá-la. Essa interpretação
passa por um ideal. A maneira de diferenciar o bom e o mau, o belo e o feio é, na verdade,
feita por reflexões sobre a ideia de um ideal - naquilo que crê - também influenciado pelo
estado emocional momentâneo.
Basicamente, quando olhamos para o jogo da Capoeira, visualizamos gestos motores
peculiares que, de alguma maneira, movimentam suas condutas ideológicas e também sua
corporeidade. Assim, toda roda de Capoeira é responsável por construir sua corporeidade,
já que faz parte desse processo de valores que existem numa prática corporal. Essas con-
dutas cheias de sentidos e significados interpelam suas regras, deixando claro para aqueles
e aquelas que a conhecem, o discernimento de sua representatividade no mundo. Se os
gestos fossem interpretados, assim como a escrita, encontraríamos algo parecido com
o livro sobre a libertação dos escravos no Brasil. Mesmo não se expressando tal como
as letras, a Capoeira se expressa pelos movimentos corporais, formando seu vocabulário
gestual. Um corpo imbuído de valores e significados, um corpo idealogizado. Esse corpo
idealogizado é o que chamaremos de “corpo capoeira”.
6 Entendemos o corpo em sua magnitude, onde os valores apreendidos dentro da roda da Capoeira acabam por influenciar todas as
aprendizagens futuras e os momentos da vida social do indivíduo.
7 Não estou falando sobre certas pessoas que tem algum tipo de distúrbio que distorce a visão da realidade, exemplo a anorexia: uma
doença onde a pessoa se enxerga gorda, mas que na verdade está magra. Doença que muda a realidade, onde a pessoa enxerga
o que quer e não aquilo que lhe é real. Outro exemplo, quando por vezes, a pessoa tem uma visão dificultada pela própria realidade,
num estado de opressão, o indivíduo está tão mergulhado dentro da situação que não consegue enxergar por novos outros ângulos.
Mas, mesmo quando isso acontece, a ideologia que é formada pelo viver diário, é a fonte de inspirações, superações na busca de
transformações, pelas tomadas de decisões. Pois, ao haver uma reflexão mínima, o indivíduo procura melhorar as suas condições de
vida. A Capoeira surge assim, diante a opressão, da consciência dos subjugados por uma vida mais digna, demonstrando que mesmo
na dificuldade há esperança, forma de enxergar a realidade diferentemente.
[...] a explicação científica não consiste, como fomos levados a imaginar, na re-
dução do complexo ao simples. Ao contrário, ela consiste, diz ele (Strauss), na
substituição de uma complexidade menos inteligível por outra mais inteligível.
8 Segundo Hall (2006), nessa era da pós-modernidade ou hiper-modernismo a individualidade está realçada, onde o diferente é a razão
do entender e julgar do senso comum. Não escapamos do senso comum, ele está em nós.
É um corpo que não se fecha em si, ele se completa e se expressa inten- cionalmen-
te. Determinando que os valores corporais apreendidos na roda da Capoeira são de suma
importância para o indivíduo, pois são transmitidos. Já que os indivíduos dialogiciam corpo-
ralmente, como isso acontece? Que valores estão atribuídos à dialogia corporal dentro da
Capoeira? E porque chamamos o jogo de capoeira como dialogia corporal? Essas perguntas
serão respondidas no decorrer do texto, não de forma completa, mas como introdução a
esse entendimento.
Figura 1. A vida da roda social: o que se aprende na roda de Capoeira transita pelos caminhos em que o ser humano
percorre, ainda quando, o valor atribuído dentro dessa prática fizer parte da realidade e daquilo que o indivíduo busca
ser como ser humano.
9 Esse termo condiciona a ideia da roda da Capoeira com a vida social do indivíduo, como mostrado na figura.
Quando os escravos foram trazidos da África ao Brasil dentro dos navios negreiros,
os senhores tinham o costume de dividir os africanos pelas diferentes etnias, dificultando,
assim, a comunicação e possíveis revoltas. Porém, com o convívio social, os escravos logo
encontraram similaridades culturais que, mesmo diante das dificuldades causadas pela se-
paração étnica e exploração, de algum modo, criou elos de identificação entre eles. (ABIB,
2004). Diante da dificuldade, esses elos representaram, através da ânsia pela liberdade,
uma união necessária à vida, que criava condutas de expressões. Uma conduta de lingua-
gem corporal. A favor da vida, essas condutas foram se alastrando pela cultura escrava,
caracterizando-se em um corpo ideologizado, que tomava formas discretas contra um sis-
tema opressor que tentava “calá-lo”. A necessidade de uma expressão compartilhada pelos
escravos impulsionou a criação10 de um dos pilares de sua identidade,11 a Capoeira.
Situamo-nos novamente na ideia do corpo capoeira prevalecendo à questão da dia-
logia dos corpos, por isso constituído pelas experiências da vida. O corpo formado nessa
ideia irriga os valores compreendidos na Capoeira, não só em seu espaço, mas na trans-
cendência desse espaço, atingindo formas de expressão social da realidade. Tal ideia se
remete à Educação Física, pois se sabe que a área utiliza dessa manifestação cultural para
promover práticas corporais. Se pensarmos nessa discussão, por exemplo, na escola que
prevê um direcionamento para tal conteúdo, fazendo emergir formas de atuar dentro da sala
de aula, fazendo parte da realidade do aluno como algo significativo, promoverá mudanças
nas atitudes do mesmo, havendo transformação social, ao passo que esse mesmo aluno se
relacionará com várias outras pessoas que serão beneficiadas com tais atitudes e valores.
Dessa forma, chamarei de dialogia12 o jogo que é feito na roda da Capoeira. Sabe-se
que o jogo presume duas pessoas no centro da roda, tendo como objetivo envolver seu par-
ceiro. Quando se joga não há a necessidade de embate, apenas de uma articulação entre
seus jogadores, feita de forma espiral. É claro que o nível de articulação muda conforme o
desenvolvimento e as capacidades dos indivíduos pelas necessidades que a prática exige,
como também, a reciprocidade existente entre o jogo. Ou seja, quanto mais dispostos e
10 A data da criação ou o surgimento da Capoeira é uma polêmica que “sobrevoa” as teorias que tentam explicá-la. Não existe nenhuma
documentação, apenas alguns fatos que nos ajudam a formular tal ideia. Esse parágrafo foi escrito com base na tese de doutorado
de Pedro Abib, para aqueles que queiram se aprofundar sobre a história da Capoeira.
11 Sobre identidade cultural, ler obra de Hall (2006).
12 O termo dialogia é constituído a partir da ideia central de Paulo Freire, na sua obra Pedagogia do Oprimido, sobre eo diálogo. Segun-
do o autor, a existência humana nunca pode ser mudada, e sim, falada. O diálogo, quando verdadeiro, é um processo crítico e criativo
que problematiza a realidade do indivíduo a buscar na práxis – ação/reflexão – transpor problemas geridos da vida. Sendo assim, o
diálogo não pode ser compreendido isoladamente, mas principalmente com relação aos outros diálogo já vividos por alguém, por isso,
pela formação dadialogia. Não cabe aqui discutir sobre toda proposta do autor, mas sim, tomar brevemente o conceito para aproximar
o leitor do tema. Sugerimos a leitura da Obra citada.
ÚLTIMAS PALAVRAS
Diante das palavras com as quais, em sua conjuntura, formaram esse estudo, procura-
mos atingir nosso objetivo, entendendo o jogo da Capoeira como uma dialogia corporal. Vimos
que a Capoeira, através de seu jogo, constrói significados corporais. Discutimos e explicamos
como se dá à construção dos significados culturais vinculados ao corpo. Posteriormente, esse
corpo foi dando cara ao que chamamos de corpo capoeira, sendo explicitado pela metáfora
dos vários corpos. Levantamos algumas nuances do jogo da Capoeira como uma dialogia
corporal, com seus aspectos de utilização dentro de uma perspectiva de olhar direcionada
para a Educação Física.
Dialogia em si, de indivíduos que utilizam os movimentos corporais, trans- mitindo
seus sentimentos e ideais, reverberando-os a cada tensão causada pela troca de gestos.
Indivíduos atores, descobrindo sua importância a partir do outro, aprendendo do que são
capazes a partir do que já sabem. Numa dialogia que de- sassocia, pelo menos em instante,
ganhador e perdedor - pódio maçante da vida cotidiana. Que alívio!
Permitimos olhar o corpo através do jogo da Capoeira, para realçá-lo, so- bretudo a
propósito da Educação Física. De certa forma, mudamos nossos olhares sobre ele e sobre
nós, seres humanos. Sendo importante considerar: se o corpo nos “fala”,13 parece que ele
tem mais a dizer do que a Educação Física tem conse- guido “escutar”. Como se ele gritasse:
Veja-me! O que quero lhes dizer? Prestem muita atenção!
Por fim, entendemos que esse estudo não é algo completo, apenas um passo adiante
no entendimento da Capoeira, não nos cabendo a análise do mesmo, mas, obviamente,
como tarefa aos críticos e estudiosos do tema.
13 A fala é uma forma de expressão que é formada pelos signos. A dialogia corporal também. O que muda é o significado e o sentido de
cada signo.
4. BRASIL. Ministério da Cultura. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Ca- dastro
nacional da capoeira. 15 jul. 2008. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDe-
talheConteudo.do?id=13983&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia .>Acesso em: 23 set. 2011.
7. DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. 2. ed. São Paulo: Ed.
34, 2000.
10. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 14. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. GEERTZ, C. A
interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989. HALL, S. A identidade
cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
11. GUIA do capoeira ou gymnastica brazileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Livraria Nacional, 1907.
(fac similar).
14. RODRIGUES, J. C. O corpo liberado? In: STROZENBERG. I. (Org.). De corpo e alma. Rio de
Janeiro: Comunicação Contemporânea, 1987. p. 90-100.
15. SANTIN, S. Educação Física: uma abordagem filosófica da corporeidade. 2. ed. Ijuí: Ed. da
Unijuí, 2003.
18. SILVA, E. L. O corpo na capoeira: introdução ao estudo do corpo na capoeira. Campinas: Ed.
da Unicamp, 2008.
19. SOARES, C. L. et. al. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
10.37885/201001876
RESUMO
Como parte da pesquisa de toda a pós-graduação do autor, este artigo objetiva apresentar
uma proposta de trabalho de um professor de dança nas disciplinas de Arte e Laboratório
Arte-Educação (LAE) com normalistas do Instituto de Educação CIEP 179 (SEEDUC/RJ)
de São João de Meriti-RJ. Através de uma Pesquisa Narrativa (CLANDININ E CONELLY,
2011), apresentam-se os diálogos entre os corpos mais cada linguagem artística previstas
pelos PCN-Arte (2000): corpos mais artes visuais; corpos mais música; corpos mais teatro;
e corpos mais dança. Dessa forma, a cada bimestre letivo, os diálogos entre os corpos
nos processos de criação artística apresentam resultados na exploração de possibilida-
des pedagógicas quando os/as normalistas estiverem exercendo a profissão docente.
Desde 2015 desenvolvo uma proposta de trabalho intitulada corpos mais, que consiste
na prática corporal em diálogo com as quatro linguagens artísticas previstas pelos PCN-Arte
(2000). Tratam-se de processos artísticos e pedagógicos que se edificam nos corpos dos/
as estudantes e buscam a construção de um corpo cênico (FABIÃO, 2010). Ao entrelaçar
os conceitos da pesquisa, traço um caminho entre “O ensino e o conhecimento do profes-
sor expressos em histórias sociais e individuais corporificadas [...] sob o título de pesquisa
narrativa” (CLANDININ E CONNELLY, 2011, p. 32).
O Instituto de Educação (IE) Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 179 –
Professor Cláudio Gama é uma escola de Ensino Médio vinculada à Secretaria de Estado
de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC) localizada em São João de Meriti, na Baixada
Fluminense, inscrita na modalidade Curso Normal. Isto é, segundo as diretrizes do ensi-
no nos Institutos de Educação (LDB 9.394/96) e da resolução 02/2015 do Ministério da
Educação (MEC) os/as alunos/as concluintes saem com o diploma de professor/a habilita-
do para lecionar na Educação Infantil, Ensino Fundamental I (até o 5º ano) e Educação de
Jovens e Adultos.
O quadro docente da escola é formado por professores/as da rede estadual, em grande
quantidade de professores/as licenciados/as em Pedagogia que lecionam disciplinas peda-
gógicasi. As disciplinas tratadas no estudo se referem à Arte no primeiro e terceiro anos e
Laboratório Arte- Educação (LAE) no segundo ano do Ensino Médio com carga horária de
1h40min e 50min semanais, respectivamente. O concurso prestado para a admissão de
professores/as de Arte e LAE na SEEDUC/RJ aceita quaisquer das quatro formações artís-
ticas previstas nos PCN-Arte (2000). No IE CIEP 179, há três professores/as da disciplina
de Arte: uma com formação em artes visuais; um com formação em dança; e outra com
formação em teatro. E, por sorte, há um professor de disciplinas pedagógicas que possui
formação musical no Conservatório Brasileiro de Música, o que proporciona aos/as alunos/
as um espaço privilegiado de contato com as artes.
Os/as estudantes têm, em maioria, idades entre 14 e 18 anos. Há um pequeno núme-
ro de alunos/as mais velhos/as de até 50 anos, inclusive reingressantes no Ensino Médio,
justamente em busca da formação no Curso Normal.
As relações entre diferentes agentes envolvidos tornam o IE CIEP 179 um lugar que
caracteriza nas palavras da diretora geral “uma grande família”. Essa “família IE CIEP 179”
vislumbra uma relação afetiva e significativa de envolvimento bastante profundo de alunos/
as, professores/as, equipe e comunidade escolar. Uma vez que estão em consonância
com o que é vivenciado lá dentro, as relações da profissão docente amadurecem com o
CORPOS MAIS
Assim, no que concerne à receptividade que o corpo exige para se tornar preenchi-
do, vivo, o exercício de voltar a atenção para o seu próprio corpo no espaço, e que age no
instante em que o/a ator/atriz/bailarino/a pode permitir abertura do seu corpo para o novo.
Sob esse pressuposto, Lecoq (2010) apresenta o silêncio e daí “só há dois meio de sair: a
palavra ou a ação.” (p. 58).
Foi então que passei a traçar um diálogo entre o silêncio, o estado de neutralidade
(LECOQ, 2010), a latência, a receptividade (FABIÃO, 2010) e pensei em alguns exercí-
cios introdutórios que pudessem trabalhar esses elementos na prática. Pedi aos/às estu-
dantes durante as aulas que se levantassem e se colocassem se colocassem na postura
inicial (figura 1).
Essa passou a ser a estrutura do corpo – a qual chamei de postura inicial – em todas
as aulas posteriores. A partir dessa base foi possível se pensar o trabalho artístico da ana-
tomia para os desdobramentos dinâmicos usando o ritmo, a voz e a consciência desses
corpos e suas propriedades, em diálogo com a prática docente desenvolvida no decorrer
de todo o ano letivo.
Com base nos conceitos mencionados, os exercícios começaram a ser aplicados supe-
rando diversos desafios. O primeiro deles foi o espaço. Exceto a quadra e o pátio da escola,
Figura 2. Fotografia de uma aluna no processo de criação dos corpos mais artes visuais/2017.
A partir dessas sequências, podem ser compostas as mais variadas frases rítmicas,
utilizando diversos instrumentos, principalmente percussivos e a voz cantada ou falada.
Inclusive iniciar a percepção sobre as noções do que seria pulso, compasso, tempo e con-
tratempo em música, utilizando os próprios corpos.
Os processos práticos de experimentação se deram em grande parte pedindo a todos/
as que levantassem, colocassem-se na postura inicial (figura 1), e iniciássemos o estudo d”O
Passo”. Eu mostrava primeiro cada sequência, depois fazíamos juntos e, por último, só os/
as alunos/as. Na medida em que eu percebia dificuldades, eu tentava fazer na frente do/a
estudante para que a lateralidade fosse visualizada com mais precisão. Pontuava também
que se tratava de um processo que demandava de estudo, e que nem todos/as conseguiriam
executar imediatamente. Sugeri ainda que as composições rítmicas fossem estudadas em
grupos para criar integrações entre quem teve mais facilidade com quem não teve.
A exigência do estudo das sequências fez com que os corpos ganhassem mais atenção
e ampliação das noções musicais a partir das experiências próprias, mas também perceben-
do a experiência nos outros corpos. Uma vez que há diversas formas de se estudar essas
partituras, eles/as poderiam escolher a forma com a qual mais lhe facilitaria o aprendizado.
Observando o/a colega, ouvindo os diferentes sons de cada sequência, gravando ou filmando
a sequência feita por ele/a mesmo/a, etc.
Muitas vezes a dança livre (FREIRE, 2001) se confundia com a livre improvisação e
experimentações sem nenhum propósito. Foi então que ofereci outro material como suporte
para desdobramentos na prática da dança: o conceito de kinesfera (LABAN, 1978) a partir
dos parâmetros espaço e forma (MOTTA, 2006) como inspiração para a criação em dan-
ça. O conceito de kinesfera (LABAN, 1978) representa os limites de ocupação do espaço de
Figura 4. kinesfera de Rudolf Laban (1978) representada em formato de cubo para representação do conceito para os/
as estudantes. Ilustração do autor.
A partir das narrativas consigo visualizar um ciclo, pois principiei com as ideias do que
eu gostaria de propor e como os processos se desencadearam. Como professor de dança,
o olhar sobre os corpos do IE CIEP 179 e as somas dos corpos mais também promoveram
uma exploração artística de forma crescente. Ao passo que alguns conceitos e processos
eram experienciados para um diálogo específico, outros eram aproveitados como desdo-
bramentos por já terem sido experienciados. Isto é, visualizei um corpo que entendeu suas
partes e articulações com o espaço na fotografia (estático), ganhou dinâmica a partir do rimo
com o método “O Passo”, reconheceu suas propriedades vocais em possíveis explorações
cênicas, e finalizou com a tradução poética dos movimentos corporais no espaço.
Passei por indagações que me fizeram analisar esmiuçadamente cada um dos proces-
sos de trabalho e buscar o melhor proveito pelos/as estudantes do que vinha sendo abor-
dado. Exercitei, sobretudo ao ouvir e perceber, o que precisava ser ajustado nos processos
e suas aplicações aliadas a uma formação de professores/as. Portanto, retorno à premissa
que norteia toda a minha pesquisa durante toda a minha pós-gradação: o quanto a prática
dos corpos mais pode propiciar a criação de materiais, vocabulários e repertórios artísticos.
Assim como o despertar de potencialidades criativas no sentido dos corpos carregarem em
si grandes capacidades de exploração com seus/suas futuros/as alunos/as.
REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº
9.394/96, de 20/12/1996.
4. CIAVATTA, L. O Passo: um passo sobre as bases de ritmo e som. Rio de Janeiro: 2009. FA-
BIÃO, E. Corpo cênico, estado cênico. Revista Contracorpos, v.10, n.3, set-dez 2010.
6. LABAN, R. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus, 1978. LECOQ, J. O Corpo Poético.
São Paulo: Editora Senac, 2010.
10.37885/201102019
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo verificar a correlação entre potência de membros
inferiores e características antropométricas em goleiros da base do Caçador Atlético
Clube. A amostra foi de 8 goleiros de futebol de campo, categoria sub - 18, com idade
média de 16 anos. Foram avaliados a estatura, estatura total, envergadura, % de gordu-
ra, e potência de membros inferiores em testes de impulsão horizontal e vertical. Para a
correlação dos dados, utilizou-se o teste de Correlação Múltipla de Pearson com nível
de significância adotado de p<0.05. Os principais resultados foram apresentados por
correlação de estatura total r=0.70 (p<0.009) e de impulsão vertical r=0.73 (p<0.006), se-
guidos de impulsão horizontal r=0.65 (p<0.01) e envergadura r=0.66 (p<0.01). Sugerindo
assim que melhorando os índices de estatura total, envergadura, impulsão horizontal e
impulsão vertical, melhora-se a probabilidade de defesa do goleiro em uma projeção
lateral. Sendo os aspectos de potencial genético principalmente referente à estatura e a
capacidade de evolução no trabalho de potência muscular, fatores determinantes para
um bom desempenho.
MATERIAIS E MÉTODOS
Amostra
Estatura
Na avaliação da estatura foi utilizado o protocolo de Delgado (2004), onde foi medida
a linha reta entre dois pontos, um tangente à planta dos pés e outro tangente ao ponto mais
alto da cabeça, estando o indivíduo em pé, descalços, com o corpo mais alongado o pos-
sível e a cabeça posicionada com o plano Frankfurt. A mensuração foi realizada em uma
balança profissional mecânica com estadiômetro até 150kg, Welmy, e os resultados obtidos
em centímetros (cm).
Na avaliação da estatura total foi utilizado o protocolo de Delgado (2004), onde foi
mensurada a distância do ponto dactylion (dedo médio) até a região plantar, estando o ava-
liado em posição ortostática, descalços, com o membro superior direito elevado na vertical
a 180° por sobre a cabeça e com o cotovelo estendido.
A mensuração foi realizada com uma fita métrica da marca Vonder e os resultados
foram obtidos em centímetros (cm).
Nesse teste foi utilizado o protocolo de Johnson e Nelson (1979), onde foi mensurada
indiretamente a potência dos membros inferiores. O avaliado ficou em pé, pernas ligeiramente
afastadas, atrás da linha do ponto zero.
Tomou impulso com ambas as pernas e saltou para frente o mais longe possível.
Marcou-se a distância entre a linha do ponto zero e o calcanhar mais próximo dessa linha.
Foi computado o melhor das três tentativas realizadas e a mensuração foi realizada
com uma fita métrica. Os resultados finais foram obtidos em centímetros (cm).
Nesse teste foi utilizado o protocolo de Johnson e Nelson (1979), mediu-se indireta-
mente a força dos membros inferiores. Mediu-se a estatura total do avaliado em pé com o
braço estendido. Posteriormente o avaliado realizou o salto o mais alto possível, fazendo aí
uma marca, usando os braços.
Foi realizada a mensuração da altura total atingida com o salto. Foram realizadas três
tentativas, utilizando a melhor marca entre elas.
A mensuração foi realizada com uma fita métrica da marca Vonder e os resultados
foram obtidos em centímetros (cm).
Para a realização do teste de salto lateral foi utilizado o protocolo de Johnson e Nelson
(1979) de impulsão vertical adaptado para salto lateral, com o cunho de mensurar indireta-
mente a força dos membros inferiores utilizando também a estatura total do avaliado para
medição do resultado final. Este teste serve para realizar a correlação dos dados coletados
com a possibilidade de defesa do goleiro.
Composição Corporal
Análise estatística
Inicialmente a análise descritiva de média ± desvio padrão (DP) foi utilizado para ca-
racterizar a amostra e o teste de normalidade de Shapiro-Wilk para determinar estatística
paramétrica ou não paramétrica.
Para verificar a relação entre salto lateral (variável dependente) e as variáveis inde-
pendentes (impulsão horizontal, impulsão vertical, envergadura e estatura total) utilizou-se
o teste de Correlação Múltipla de Pearson com nível de significância adotado de p<0.05.
Todas as avaliações foram feitas pelo programa Graph Pad Prisma 5.0.
RESULTADOS
Tabela 2. Analise descritiva da potência de membros inferiores dos goleiros das categorias sub-15 e sub-18 (média ± DP).
Posição Impulsão Vertical (cm) Impulsão Horizontal (cm) Salto Lateral (cm)
Gráfico 1. Correlação entre impulsão vertical e salto lateral em goleiros da categoria sub-15 e sub- 18 do CAC.
Gráfico 2. Correlação entre impulsão horizontal e salto lateral em goleiros da categoria sub-15 e sub-18 do CAC.
Gráfico 4. Correlação entre estatura total e salto lateral em goleiros da categoria sub-15 e sub-18 do CAC.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. Arnason, A.; Sigurdsson, S.B.; Gudmunssonn, A.; Holme, I.; Engebretsen, L.; Bahr, R. Physical
Fitness, Injuries and Team Performance in Soccer. Medicine & Science in Sports & Exercise.
Vol. 36. p. 278-285. 2004.
3. Boileau, R.A.; Lohman, T.G.; Slaughter, M.H. Exercise and body composition in children and
youth. Scandinavian Journal of Sports Sciences. Vol. 7. p.17-27. 1985.
4. Borin, J. P.; Gomes, A. C.; Mattar, M.; Vieira, N. A.; Braz, T. V.; Spigolon, L. M. P. Alteração
da capacidade de velocidade de deslocamento em futebolistas profissionais. In: VI Congresso
Internacional de Educação Física e Motricidade Humana. Revista Motriz. Vol. 15. p.8. 2009.
7. Gallo, C. R.; Zamai, C.A. Vendite, L.; Libardi, C.A. Analises das ações defensivas e ofensivas,
e perfil metabólico da atividade do goleiro de futebol profissional. Campinas: Revista Conexões.
Vol. 8. Núm.1. p.16-37. 2010.
8. Kraemer, W. J.; Häkkinen, K. Treinamento de força para o esporte. Porto Alegre. Artmed. 2004.
9. Johnson, B.L.; Nelson, J.K. Measurement of Physical Performance. Resource Guide with La-
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10.37885/201102066
RESUMO
Este estudo teve como objetivo verificar os possíveis efeitos do uso de esteroide ana-
bólico androgênico (EAA) sobre a morfologia e o metabolismo oxidativo do coração em
ratos exercitados e sedentários. Utilizou-se 24 ratos Wistar distribuídos em grupos que
realizavam exercício de corrida voluntaria (GT) e sedentário (GS), e faziam uso de EAA
(GAT, GAS). Durante os três meses do protocolo de corrida, os animais receberam
injeção intramuscular de 5mg/kg p.c. do EAA. Após o período de treinamento, houve
a eutanásia e remoção do coração dos ratos, para posterior avaliação da peroxidação
lipídica e da capacidade antioxidante, bem como análise morfométrica. Verificou-se que
os grupos anabolizados, GAS (0.3072 ± 0.0531) e GAT (0.2732 ± 0.0413), apresentaram
maior peroxidação lipídica quando comparados aos grupos não anabolizados GS (0.1705
± 0.0224) e GT (0.1785 ± 0.0340). Não houve alteração na capacidade antioxidante to-
tal bem como não houve alteração na espessura do septo interventricular e da parede
ventricular esquerda. Assim, o uso de EAA não provocou alterações morfológicas no
miocárdio, contudo alterou o metabolismo oxidativo. Verificou-se ainda que a prática
de exercício aeróbio não teve efeito protetor contra a peroxidação lipídica no miocárdio
provocada pelo uso de EAA.
METODOLOGIA
Delineamento do estudo
Casuística
Modelo Experimental
Estatística
RESULTADOS
TABELA 1. Espessura do ventrículo cardíaco esquerdo (µm) e do septo interventricular (µm) de ratos Wistar treinados e
sedentários tratados com esteróide anabólico androgênico Decanoato de Nandrolona.
Grupos Espessura Ventrículo Espessura Septo
Esquerdo Interventricular
GS 1781.1 ± 634.4 1468.4 ± 169.8
GT 313.5 ± 798.1 2077.6 ± 744.2
GAS 2436.8 ± 512.6 2011.3 ± 305.4
GAT 2474.2 ± 402.3 1955.6 ± 117.4
Fonte: Protocolo de pesquisa; n=6 por grupo; GS - Grupo sedentário,
GT- Grupo treinado, GAS - Grupo anabolizado sedentário, GAT - Grupo
anabolizado treinado; p ≥ 0,05 Anova-Tukey.
TABELA 2. Concentração de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (uMol/mg proteína) e capacidade antioxidante
total equivalente ao Trolox do miocárdio de ratos Wistar treinados e sedentários tratados com decanoato de nandrolona.
Grupos TBARS TEAC
GS 0.3533 ± 0.1260 0.1705 ± 0.0224
GT 0.2851 ± 0.0891 0.1785 ± 0.0340
GAS 0.3932 ± 0.1018 * 0.3072 ± 0.0531
GAT 0.3954 ± 0.0938 * 0.2732 ± 0.0413
Fonte: Protocolo de pesquisa; GS - Grupo sedentário, GT- Grupo treinado,
GAS - Grupo anabolizado sedentário, GAT - Grupo anabolizado treinado;
Anova-Tukey; TBARS - * p≤ 0.01; TEAC - p ≥ 0.05.
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
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10.37885/201102209
RESUMO
METODOS E TÉCNICAS
20 – 29 Preocupação grave
30 – 39 Preocupação possivelmente patológica
Fonte: Pope et al., (2000).
Para atender ao objetivo desse estudo, os sujeitos foram classificados em apenas duas
categorias: 1) Potencialmente Dismórficos (PD), os sujeitos cujos sintomas de preocupa-
ção com a imagem corporal são graves ou patológicos; e Não potencialmente Dismórficos
(ND), os sujeitos cujos sintomas de preocupação com a imagem corporal são leves ou
moderados, adotando como ponto de corte o escore de vinte pontos proposto na escala de
Pope et al. (2000).
Por fim, o terceiro bloco apresentou o teste perceptivo de silhuetas corporais (matriz
somatomórfica) proposto por Pope et al. (2009). Conforme De Silva e Viana (2016), esse
teste foi configurado como uma escala de silhuetas corporais composta por 12 figuras que
representam diversas formas de contorno corporal, abrangendo desde uma silhueta muito
magra e com baixíssima hipertrofia muscular (silhueta 1 = Fileira 1 da coluna A), até uma
silhueta grande (obeso) e com extrema hipertrofia muscular (silhueta 12 = Fileira 3 da colu-
na D), simbolizando, assim, um indicador da imagem corporal que pode ser utilizada para
verificação do grau de (in)satisfação dos sujeitos com a sua imagem corporal. Para isso,
cada voluntário respondeu duas questões relativas à matriz somatomórfica: na primeira os
participantes deveriam assinalar a imagem que melhor representava seu corpo; na segunda
questão, a imagem que representava o corpo que o voluntário gostaria de aparentar.
O grau de satisfação com a silhueta corporal (GSSc) foi obtido pela subtração entre
silhueta corporal desejada (Scd – cuja figura correspondia à silhueta que a pessoa gostaria
de possuir) e silhueta corporal atual (Sca - cuja figura correspondia à silhueta que melhor
representava seu corpo). Esse GSSc demonstra a magnitude da insatisfação com a silhueta
corporal; dessa forma, a magnitude pode ser positiva, caso o indivíduo queira aumentar a
silhueta corporal, ou pode ser negativa, caso o indivíduo queira diminuir a silhueta. Para a
caracterização da insatisfação corporal, sem levar em conta indivíduos que queriam aumentar
ou diminuir, o GSSc foi também utilizado em módulo [GSSc]. Assim, foram considerados: a)
Satisfeitos (Sa) – indivíduos onde não houvesse diferença entre a silhueta desejada a silhueta
autorreferida; b) Ligeiramente insatisfeitos (LI) – indivíduos cuja diferença entre a silhueta
desejada a silhueta autorreferida fosse menor ou igual a dois pontos; c) Substancialmente
insatisfeitos (SI) – indivíduos cuja diferença entre a silhueta desejada a silhueta autorreferida
fosse maior que dois pontos.
A coleta de dados ocorreu no período de três semanas letivas após a autorização da
direção da instituição de ensino superior. O procedimento adotado para acessar os possí-
veis participantes foi solicitar permissão de cada professor, que estava ministrando aulas na
semana de coleta, para ocupar um breve período de sua aula para expor o motivo da visita,
os objetivos da pesquisa e os critérios de inclusão, ressaltando que, não era obrigatória a
participação daqueles que se enquadrassem em tais critérios. Também foi informado que
RESULTADOS
O perfil dos praticantes envolvidos no estudo é caracterizado por sujeitos adultos jovens,
com experiência de aproximadamente um ano e meio de treinamento e frequência supe-
rior a quatro treinos por semana (Tabela 1). Constatou-se que nenhum participante relatou
frequência acima de seis treinos semanais, o que pode indicar, segundo as características
comportamentais associadas à DM, a inexistência de um dos principais sintomas patológicos
desse transtorno entre os participantes desse estudo.
Tabela 1. Medidas de tendência central e dispersão de acordo com as características de faixa etária, de experiência e de
frequência nos treinos semanais entre os participantes da pesquisa.
Características Média Desvio Padrão Mínimo Máximo
Idade (anos) 23,2 3,84 17 32
Tempo de treinamento (meses) 17,5 14,26 6 72
Frequência semanal de treino 4,2 0,86 3 6
Tabela 3. Distribuição percentual dos praticantes com desejo de aumentar ou diminuir sua silhueta corporal estratificada
por faixa etária, tempo de treinamento e frequência semanal
Diminuir Aumentar
Características*
f (%) F (%)
Idade
03 42,9 04 57,1
Até 19 anos
11 42,3 15 57,7
De 19 a 24 anos
14 63,6 08 36,4
Acima de 25 anos
Tempo de treinamento
14 51,9 13 48,1
Até 01 ano
08 44,4 10 55,6
De 01 a 02 anos
06 60 04 40
Acima de 02 anos
Com relação à silhueta considerada mais atraente e almejada como objetivo a ser
alcançado no conjunto dos participantes, as silhuetas 3 e 4 (fig. 1) foram as mais votadas
como apresentado na figura 2. Estas, por sua vez, configuram silhuetas com excesso de
Figura 2. Frequência de escolha das Silhuetas que representam o tipo de corpo mais desejado como objetivo a ser
alcançado pelos praticantes de musculação participantes do estudo.
14
12
10
Frequência
8
6
4
2
0
2 3 4 6 7 8
Silhueta
Tabela 4. - Frequência e proporção de cada sintoma comportamental relacionado à DM entre os participantes da pesquisa.
Sintomas Comportamentais f %
Tempo gasto com preocupações sobre a aparência maior que 60 min/dia. 27 49
Frequentemente triste, ansioso ou deprimido por causa da aparência. 12 22
Frequentemente evita que outras pessoas vejam seu corpo ou parte dele. 11 20
Tempo gasto com ações para melhorar a aparência maior que 60 min/dia. 37 67
Tempo gasto com atividades físicas para fins estético maior que 120 min/dia. 9 16
DISCUSSÃO
A imagem corporal pode ser entendida como a figuração na mente, mas ela não está
atrelada somente aos aspectos mentais, sendo, portanto, um constructo multifacetado for-
mado por aspectos fisiológicos, libidinais e sociais (Bégin et al., 2019; Malcolm et al., 2018;
Schilder, 1999). Nesse sentido, o presente estudo constatou que os participantes potencial-
mente dismórficos são cinco vezes mais prevalentes do que os não dismórficos. Contudo, a
maioria dos participantes (56,4%) apresentou ligeira insatisfação com sua imagem corporal
(Tabela 2). Dessa forma, revelou-se uma fraca associação e não significativa (τ = 0,33;
p=0,09) entre as duas variáveis. Isso sugere que os comportamentos relacionados a DM po-
dem resultar em configurações corporais que reduzem a insatisfação com a autoimagem.
Tais constatações não foram observadas em outros estudos sobre DM, com diferentes
populações, mas dentro da faixa etária de inclusão desse estudo (Longobardi et al., 2017;
Schneider et al., 2017; De Mello; Liberali, 2014; Damasceno et al, 2012; Bezarra, 2010;
Boas et al., 2010).
Os estudos sobre insatisfação corporal com praticantes de musculação demonstram que
o grau e a proporção de sujeitos insatisfeitos variam muito em relação aos diferentes ambien-
tes e regiões (Schneider et al., 2017; Floriano & D’Almeida, 2016; Frias et al., 2015). Apesar
das diferenças metodológicas entre os diversos estudos de levantamento sobre sintomas
de DM, os resultados encontrados entre os participantes desse estudo são preocupantes,
uma vez que 43,6% dos sujeitos estavam substancialmente insatisfeitos com sua imagem
CONCLUSÃO
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10.37885/201102170
RESUMO
MÉTODOS
Inicialmente, todos os títulos selecionados nas bases de dados (n=1.392) foram trans-
feridos para o software EndNote e, em seguida, foram excluídos os títulos repetidos (n=
72). O processo de revisão sistemática foi composto por quatro fases: A primeira fase
consistiu na leitura dos títulos, dos 1.320 (100%) títulos encontrados, 1.184 artigos (90%)
RESULTADOS
No total, 38.831 alunos da educação básica com faixas etárias entre 6 a 21 anos foram
avaliados nos estudos. Os delineamentos descritivos e transversais foram os mais frequentes
e 60% dos estudos foram publicados nos últimos 10 anos (Tabela 1).
Em relação ao local em que os estudos aconteceram 36% foram realizados em países
da Europa, 24% em países da Ásia e da América, 12% na África e somente 4% na Oceania
(Tabela 1). O Brasil realizou 5 estudos, sendo o país com maior número de pesquisas.
Com relação à prática esportiva estar relacionado com os DME, 60% dos estudos
encontraram algum tipo de associação, enquanto que 40% não encontrou nenhum tipo de
associação com os DME (Tabela 2). Os alunos que realizavam a prática esportiva por mais
de 3 horas semanais, que participavam de competições e de esportes coletivos foram rela-
cionados com os DME.
Tabela 3. Prevalência de DME em cada região anatômica dos estudos que apresentaram relação e não apresentaram
relação com a prática esportiva nos escolares da Educação Básica (Média ± DP)
DME relacionado com a DME não relacionado com a prática
Região Anatômica
prática esportiva esportiva
Pescoço 25,3 ± 13,2 22,8 ± 14,2
Ombros 28,2 ± 14,8 18,6 ± 17,3
Dorsal 24,8 ± 15,8 15,0 ± 14,0
Cotovelos 6,3 ± 0,0 1,3 ± 0,0
Punhos/mãos 14,0 ± 10,7 11,5 ± 0,0
Lombar 30,7 ± 16,4 23,3 ± 7,2
Quadril/coxas 13,7 ± 11,0 5,7 ± 0,0
Joelhos 25,9 ± 9,0 24,8 ± 0,0
Tornozelo/pé 19,2 ± 10,9 17,8 ± 0,0
Geral 20,9 ± 6,8 15,6 ± 8,1
Fonte: Os autores (2020).
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
3. BEN AYED, H; YAICH, S; TRIGUI, M; HMIDA, MB; JEMAA, MB; AMMAR, A et al. Prevalence,
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12-789.
10.37885/201001912
RESUMO
METODOLOGIA
Tipos de pesquisa
Períodos da pesquisa
Local
Análises de dados
Pesquisa com base no Parâmetro Curricular Nacional do Ensino Médio e suas refor-
mulações nas áreas de conhecimentos, em especial na educação física. Os dados foram
coletados através da pesquisa de Campo, logo após os dados foram tabulados e compara-
dos os resultados alcançados nos dois grupos avaliados, sendo os mesmos posteriormente
analisados e discutidos para apresentação.
Aspectos Éticos
tabela 01
materiais espor-
materiais texto Datashow jogos interativos música videoaulas
tivos
prof. 1 x x x
prof. 2 x x x x x
prof. 3 x x x
prof. 4 x x x x
prof. 5 x x
prof. 6 x x
prof. 7 x x
prof. 8 x x x
prof. 9 x
prof. 10 x x x x
A partir dos dados levantados, pode-se perceber que todos os alunos comentaram ter
aulas de caráter prático, Cerca de 40 alunos comentam que as aulas são baseadas apenas
nas práticas desportivas. Já 40 alunos afirmam ter apenas aulas teóricas e 97 alunos co-
mentam um haver um equilíbrio entre aulas teóricas e práticas.
80 80
70
60
50 50
40
30 30
Abordagem ENEM
20
10
0
Não Fala Explica e fala mas
trabalha não
explica
CONCLUSÃO
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10.37885/201102146
RESUMO
OBJETIVO
MÉTODOS
RESULTADOS
No Teste 1 (Figura 02), em que os jogadores estavam em situação normal, não inge-
riram bebida alcoólica, (80%) destes jogadores alcançaram 48mL/kg por minuto de VO2MÁX.
Porém no Teste 2 os 12 jogadores estavam com veisalgia e atingiram a seguinte meta:
(16,6%) dos jogadores no segundo alcançaram 47mL/kg/min de VO2MÁX;
(8,4%) atingiram 43ml/kg/min de VO2MÁX;
(41,6%) conseguiram 39ml/kg/min de VO2MÁX;
(16,7%) obtiveram 35ml/kg/min de VO2MÁX;
(16,7%) resultaram em 33ml/kg/minVO2MÁX.
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10.37885/201102021
RESUMO
OBJETIVO
Desenho do estudo
Randomização
Critérios éticos
O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), do Instituto
Nacional de Cardiologia (INC) em Agosto de 2017, (CAAE 68067517.0.0000.5272)
(Anexo A) nos termos da Resolução n.º 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, expedida
em 12/12/2012. A pesquisa foi autorizada pela direção da instituição escolar e em seguida
houve uma reunião com pais/responsáveis e escolares para que fossem esclarecidos todos
os procedimentos do estudo. Participaram do estudo os escolares que entregaram os termos
de assentimento e de consentimento livre e esclarecido datado e assinado.
Critérios de elegibilidade
Critérios de inclusão:
- Estar regularmente matriculado na instituição escolar;
- Possuir entre 9 e 15 anos;
- Entregar os termos de consentimento e assentimento datado e assinado.
Critérios de exclusão:
- Ser portador de alguma doença (hipertensão, cardiopatia, lesão muscular) que im-
possibilite a prática de exercício físico.
A amostra foi composta por 54 escolares de ambos os sexos com faixa etária entre 9
e 15 anos. O grupo controle foi composto por 28 escolares que não realizaram o programa
de exercício físico HIIT, porém assim como o grupo intervenção continuar a ter aulas de
educação física um dia na semana. O grupo intervenção, que realizou o programa de exer-
cício físico HIIT durante 4 meses, foi composto por 26 escolares.
Avaliações
O programa de exercício físico HIIT, realizado durante quatro meses em quadra po-
liesportiva localizada próxima à escola, ocorreu no contra turno escolar e foi dividido em
dois grupos: escolares entre 9 e 11 anos e 12 e 15 anos. O programa ocorreu 2 vezes por
semana (em dias que não havia aula de educação física), com duração de 30 minutos em
cada sessão e consistiu no seguinte protocolo: 8 minutos de aquecimento (1 minuto de
caminhada, 6 de trote e 1 de caminhada), 10 estímulos de 15 segundos em intensidade
máxima seguidos por 90 segundos de recuperação e 6 minutos de volta à calma. Durante
os estímulos (apito sonoro) de 15 segundos, cada escolar correu em velocidade máxima
(a 100% de sua capacidade), enquanto que a recuperação foi realizada de forma ativa (os
escolares caminharam lentamente durante os 90 segundos). Não foram realizados controle
de pressão arterial e frequência cardíaca. Todos os escolares de cada grupo realizavam o
protocolo ao mesmo tempo. Após o término de protocolo de HIIT, eram realizados exercícios
de alongamento para os principais grupos musculares dos membros superiores, inferiores,
tronco e pescoço.
Análise de dados
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
O presente estudo demonstrou que programa HIIT realizado duas vezes por semana,
durante quatro meses, foi capaz de aumentar a aptidão aeróbia em crianças e adolescentes
em idade escolar.
Não foram encontradas alterações estatisticamente significativas nas variáveis antro-
pométricas e bioquímicas entre os grupos controle e intervenção no final do programa HIIT,
todavia ao término do programa o grupo intervenção apresentou maiores níveis de aptidão
aeróbia (avaliada pela distância percorrida no t6min e pelo VO2, estimado pelo t6min), pas-
sando a ter diferença estatisticamente significativa (p=0,001) em relação ao grupo controle.
TABELA 02. Efeitos do HIIT nas variáveis analisadas após o término do programa
Distância t6min (m) 873,2±210,9 1016,3 ± 202,8 +130,3 +52,1 a 208,6 0,001
VO2 (6min) (ml/kg/min) 44,3 ±6,2 48,1 ± 6,5 +2,9 +1,1 a 4,6 0,001
Colesterol Total (mg/dl) 150,5 ± 24,6 165,4 ± 24,4 -6,3 -17,8 a +5,3 0,287
LDL-c (mg/dl) 60,6 (21,8 -85,0) 80,0 (64,0 – 100,8) -2,2 -22,8 a +18,4 0,832
HDL-c (mg/dl) 59,0 ± 10,1 65,9±10,9 +4,9 -0,2 a +10,0 0,062
Triglicerídeos (mg/dl) 72,0 (57,0 -97,0) 74,0 (61,0 – 92,0) -6,6 -27,0 a +13,7 0,523
Glicose (mg/dl) 79,2 ± 8,5 79,2±5,9 -1,5 -6,8 a +3,7 0,573
IMC (kg/m ) 2
20,7 ± 4,4 20,8±4,5 +1,1 -0,22 a +2,4 0,103
PC (cm) 70,8 ± 10,1 70,4±9,1 -0,8 -3,0 a +1,3 0,447
DCT (mm) 15,1 ± 5,2 14,3±5,7 -1,0 -3,1 a +1,1 0,372
DCSE (mm) 10,0 (6,0 – 14,0) 9,0 (7,0 – 11,5) -0,1 -2,8 a +2,5 0,914
PB (mm) 25,3 (21,5 – 28,0) 24,4 (21,6 – 25,9) -0,7 -1,4 a +0,1 0,085
Média±DP ou mediana (25 - 75). LDL-c: colesterol de baixa densidade; HDL-c: colesterol de alta densidade; IMC: índice de massa
corporal; PC: perímetro da cintura; DCT: dobra cutânea tricipal; DCSE: dobra cutânea subescapular; PB: perímetro de braço; RML:
resistência muscular localizada. β:valor de beta; IC:intervalo de confiança
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10.37885/201101956
RESUMO
Este estudo tem como objetivo relatar a experiência de ter nas aulas de Educação Física
o ensino da Esgrima e do Badminton, de uma turma do 4º ano do Ensino Fundamental
da Escola Municipal Juslany de Souza Flores, localizado no bairro Jardim Tropical, ci-
dade de Boa Vista/RR., a qual e atende 942 crianças do Ensino Fundamental. Ambos
esportes, proporcionaram o conhecimento sobre o jogos esportivo, assim como o de-
senvolvimento da capacidade criativa. A prática destes Esportes ficou marcante como
uma forma inovadora na Escola, devido os próprios alunos confeccionarem os materiais
para a prática da Esgrima e Badminton. A pesquisa se caracteriza de campo, natureza
qualitativa e quantitativa . O público alvo são os estudantes e os professores do 4º ano
do Ensino Fundamental, os quais responderam o questionário distintos, as informações
coletadas se apresentam neste estudo, com trato estatístico e interpretativos na forma
de gráficos e quadros.
OBJETIVO
MÉTODO
Este estudo tem como característica da pesquisa um estudo com análise descritiva e
de campo. Para o alcance das informações, foi aplicado um questionários aos participan-
tes da pesquisa. Caracterizando a iniciação esportiva da Esgrima e Badminton, de forma
inovadora através de recursos alternativos, tendo como foco atividades lúdicas nas suas
características e especificidades.
A natureza da pesquisa é quali-quantitativa. É qualitativa porque “sua preocupação está
centrada num nível de realidade que pode ser ou não quantificado” (GIL, 2010, p.70), ou
seja, trabalha com um universo de significados, motivos, aspirações, crenças, entre outros
aspectos, que não podem ser reduzidos a operacionalizações de variáveis mensuráveis e
com sentido pronto e acabado.
Também é quantitativa porque possibilita, entre outros aspectos, ao pesquisador, reunir,
de forma criteriosa, “técnicas e a confecção de instrumentos adequados de registro e leitura
dos dados colhidos em campo” (CHIZZOTTI, 2003, p.51).
Participaram da pesquisa de campo os alunos da turma de 4º ano da Escola Municipal
Juslany de Souza Flores, e os professores da respectiva turma.
Salientamos que o questionário dos alunos contem uma série de três perguntas fe-
chadas, considerando os esportes praticados no conteúdo de iniciação esportiva nas aulas
de Educação Física.
Dos professores de sala de aula, o questionário possui duas perguntas abertas, relativas
ao tema sendo um procedimento considerado clássico nas ciências sociais para obtenção
e registro de dados como finalidade verificar o grau de satisfação do Esporte que as aulas
de Educação Física trás para aos alunos.
RESULTADOS
Pergunta 02: Na sala de aula, após as aulas de educação física os alunos tecem co-
mentários sobre a aula de Educação Física?
Professor 2 Sim
Gráfico 1
Gráfico 02
Gráfico 03
DISCUSSÃO
Conforme os quadros 1 e 2 cabe salientar que a visão dos professores perante a apli-
cabilidade das aulas de Educação Física , é uma atitude na vida escolar que deve levar em
conta. Esse processo relacional tem haver não somente com o diálogo, mas também com a
forma de lecionar, os meios usados pela professora, envolvendo admiração, respeito, dentre
outros valores que geram uma convivência harmoniosa.
A ideia em realizar essa aula diferenciada a respeito dos objetos de conhecimento se
deu da necessidade de usar recursos criados pelos os aluno, sendo possível o desenvolvi-
mento da capacidade criativa e motivação para criação dos materiais necessários ao inicio
do conteúdo de iniciação esportiva da Esgrima e do badminton, contribuiu para o enrique-
cimento das aulas de Educação Física.
Soler (2003, p. 89) afirma que “o aluno tem o direito de conhecer toda cultura corporal
de movimento, formar sua bagagem motora, para no futuro escolher o que quer praticar”.
Desse modo, refletindo sobre a importância da aula e no potencial que os alunos pos-
suem, é percebido que é necessário buscar práticas alternativas que promovam a apren-
dizagem dos educandos, com todas essas evidências fica explicito o papel do professor
como agente educacional na formação de seus alunos, proporcionando o desenvolvimento
da formação humana.
Brasil (1997, p. 45)
CONCLUSÃO
A partir deste estudo fica evidente que as aulas de educação física realizadas duas
vezes na semana, é pouca e questionada pelos alunos. Quanto aos conteúdos em especifico
de iniciação esportiva da Esgrima e Badminton, é necessário ao professor a dedicação em
pesquisar e buscar aprender para que seja contemplado, visto que, durante a formação no
curso, estes esportes não fizeram parte da Matriz Curricular.
O professore da sala de aula e os alunos reconhecem a aplicabilidade da aula de
Educação Física, através da professora que a ministra, se apresentando favoráveis à
aprendizagem, uma vez que o ensinar e o aprender devem ser conduzidos em um am-
biente de harmonia.
Proporcionar ao aluno o entendimento sobre suas responsabilidades, que a prática
das aulas de Educação Física beneficia, por meio do autoconhecimento e autoconfian-
ça, socialização, desperta o espírito de equipe, melhora a autoestima, favorece o desen-
volvimento motor.
Enfim esse trabalho buscou apresentar uma forma inovadora de inserir a Esgrima e
Badminton, possibilitando o desenvolvimento da criatividade com base na confecção de
materiais alternativos para realização dos Esportes propostos.
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Lenamar Fiorese
UEM
10.37885/201102183
RESUMO
OBJETIVO
MÉTODOS
Caracterização do estudo
Instrumentos de Pesquisa
Procedimentos
Para fins de coleta de dados este projeto fez parte do projeto institucional “Processo
de desenvolvimento das variáveis psicológicas positivas no contexto esportivo”, aprovado
no Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer nº 1.324.411/2015.
A coleta de dados foi realizada no segundo semestre de 2016, com os atletas de
natação participantes do 59º Jogos Abertos do Paraná, no local de competição. Os atletas
foram convidados a participar da pesquisa, e assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) para os fins éticos de pesquisa.
A coleta foi realizada por acadêmicas do curso de Educação Física nos locais de
competição e alojamentos e os questionários foram aplicados de forma coletiva com preen-
chimento individual, sem sofrer influência do técnico ou de qualquer outro.
Os dados foram analisados a partir do software SPSS versão 20.0. Para verificação
da distribuição dos dados será utilizado o teste Kolmogorov Smirnov (n>50).
Foi utilizada a estatística descritiva (média e desvio-padrão ou mediana e intervalo
interquartílico) e estatística inferencial. Para a comparação da esperança e relacionamento
treinador-atleta de atletas paranaenses de natação em função do sexo foi utilizado o teste
t para amostras independentes ou U de Mann Whitney. Para verificar a correlação entre
a esperança e relacionamento treinador-atleta dos atletas paranaenses de natação foi uti-
lizado o coeficiente de correlação de Pearson ou de Spearman, adotando-se p<0,05 em
todas as análises.
O nível competitivo dos atletas (Tabela 4) apresentou valores próximos para as di-
mensões de RTA, indicando que, independentemente do nível de competição, os atletas de
modalidades individuais percebem de maneira similar o apoio, confiança e correspondência
do comportamento do treinador (p>0,05). Para a esperança os atletas apresentaram valo-
res similares para agência (estadual e nacional: Md=15,5; internacional: Md=16,0), assim
como também na dimensão caminhos (estadual: Md=16,5; nacional: Md=17; internacional:
Md=16), demonstrando que possuem a mesma capacidade para organizar e atingir suas
metas. Na esperança global os atletas os atletas também apresentaram valores similares,
não havendo diferença entre os grupos.
Tabela 4. Comparação do relacionamento treinador-atleta e da esperança em função do nível competitivo dos atletas
paranaenses de modalidades individuais
Estadual Nacional Internacional
Nível competitivo/
Md (Q1-Q3) Md (Q1-Q3) Md (Q1-Q3) p
Dimensões
n=4 n=18 n=7
RTA
Proximidade 6,25(5,18-6,81) 5,62(5,25-6,93) 6,5(6-7) 0,597
Comprometimento 5(3,83-6,33) 5,16(3,83-6,58) 6(4,33-7) 0,682
Complementaridade 5,87(5,06-6,5) 5,62(5,12-6,93) 6(5,25-7) 0,863
Esperança
Agência 15,5(13,75-18) 15,5(14-16,75) 16(14-18) 0,869
Caminhos 16,5(14,75-18) 17(15-18) 16(15-17) 0,838
Esperança 31,5(29,75-35) 31,5(30-34,5) 31(29-35) 0,972
* Significância adotada p<0,05.
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
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Regina Correa
Unopar
10.37885/201001911
RESUMO
OBJETIVO
MÉTODOS
Aspectos Éticos
Este projeto foi conduzido de acordo com as Resoluções 466/12 e 510/16 do Conselho
Nacional de Saúde, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNOPAR sob o
parecer n° 2.702.968. Depois de convidados a participar do estudo, os participantes fo-
ram esclarecidos sobre os objetivos e metodologia da pesquisa e assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido.
O estudo foi composto por 101 participantes de ambos os sexos com idade entre 18
e 65 anos que foram recrutados por conveniência. Após a inclusão no estudo, os partici-
pantes responderam um questionário sociodemográfico e formaram dois grupos distintos:
1) Grupo composto por praticantes de exercício físico regular (GEF) e 2) Grupo composto
por participantes que não praticavam exercício físico regular (insuficientemente ativos-GIA).
Critérios de Elegibilidade
Instrumentos de Avaliação
Fizeram parte do estudo 101 participantes. O grupo GEF (n=56), com idade média de
37,7(±13,9) anos, foi composto por 29 homens e 27 mulheres, enquanto que o grupo GIA
(n=45), de idade média de 37,3(±13,1) foi composto por 24 homens e 21 mulheres. O grupo
GIA apresentou maior quantidade de transtornos e a ansiedade foi o transtorno mais encon-
trado entre os participantes. Os resultados revelaram que 12 participantes do grupo GEF
e 16 do grupo GIA apresentaram mais de um transtorno, dentre estes 11 participantes do
grupo GIA apresentaram sintomas para os três transtornos contra 4 participantes do grupo
GEF. Os resultados para cada grupo são mostrados na tabela 1.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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Isabel Mesquita
Universidade do Porto
10.37885/201102044
RESUMO
MATERIAL E MÉTODOS
Participantes
Dado não existir questionário que respondesse aos problemas e objetivos em estudo,
foi construída uma nova ferramenta para avaliar o desenvolvimento do conhecimento decla-
rativo das praticantes através da aplicação do Meiga. A validação do referido instrumento
comportou duas fases. As questões foram elaboradas a partir de referências teóricas descritas
na literatura específica da GA (Carrasco, 1982; Corte-Real, 1995;Araújo, 2004; Nunomura
e Tsukamoto, 2009). As questões comportavam componentes críticas dos elementos, foi
indicada para cada uma delas uma escala dicotômica (verdadeiro ou falso, por exemplo: no
rolamento para frente você deve colocar o queixo ao peito?). Seguidamente, procedeu-se
à validação de conteúdo, no sentido de averiguar se as questões consideradas abrangiam
a totalidade dos problemas em estudo. Procedeu-se à validação por peritagem, com a par-
ticipação de dois peritos, doutorados em ciências do esporte, um da área da pedagogia do
esporte com vasta experiência em GA (mais de 20 anos como treinador), outro da área do
treinamento esportivo. Os peritos propuseram ajustes, especificamente na clareza das ques-
tões por faixa etária. Foi feito estudo-piloto, com as 10 praticantes que tinham as mesmas
idades das participantes do estudo e com vivências desportivas semelhantes. Correções
foram feitas na formulação das questões, de forma a torná-las mais explícitas, em confor-
midade com as praticantes. A tabela 2 apresenta os elementos acrobáticos e ginásticos
incluídos no questionário e as principais ações de execução deles.
Tabela 2. Elementos acrobáticos e ginásticos incluídos no questionário usado para a avaliação do desenvolvimento do
conhecimento declarativo em GA, na formação
RESULTADOS
DISCUSSÃO
Diversos estudos têm fornecido evidências de que as crianças têm dificuldade de fazer
tarefas específicas de habilidades cognitivas ou perceptivas antes de ter um conhecimento
de base sobre o elemento ou o fundamento técnico em questão (Thomas e Thomas, 1994a,
b; French e McPherson, 2004). Esses estudos sugerem que o conhecimento e as estraté-
gias cognitivas de base subjacentes ao desempenho motor desenvolvem gradualmente a
capacidade de responder eficazmente à prática de tarefas específicas (French et al., 1991;
McPherson, 1994). O presente estudo evidenciou que o grupo experimental aumentou sig-
nificativamente o conhecimento declarativo do pré-teste para o pós-teste, em contraponto
com o grupo controle, que manteve os níveis de resposta. Esses resultados atestam o
impacto significativo da aplicação do Miega na aquisição de conhecimento declarativo dos
elementos gímnicos e acrobáticos. Essa constatação é extensível a todas as pra- ticantes,
independentemente do seu nível de desempenho. Desse modo, o uso combinado de estra-
tégias de instrução direta, ensino de pares e aprendizagem cooperativa mostrou potenciar o
desenvolvimento do conhecimento declarativo das praticantes. O comportamento observado
em ambos os grupos indica que, possivelmente, em um período maior de investigação es-
sas modificações possam ser traduzidas, de forma estatisticamente significativa, como um
efeito positivo do treinamento.
Tabela 4 Frequências de respostas certas e erradas referentes ao conhecimento declarativo no pós-teste dos grupos
controle e experimental
Tabela 5 Frequências de respostas certas e erradas conhecimento declarativo no pós-teste do subgrupo nível inferior,
médio e superior
CONCLUSÃO
Conflitos de interesse
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10.37885/201101942
RESUMO
MÉTODO
Bloco 1 Bloco 2
Habilidade Psicológica
(Força) (Específico)
Descrição do atleta
sobre o objetivo prin- Principal consequência: nível de cansaço Principal consequência: Tempo do tiro/técnica
cipal de cada fase
Percepções em relação Plano em relação às Percepções em relação Plano em relação às
às habilidades psico- habilidades psicoló- às habilidades psico- habilidades psicoló-
lógicas gicas lógicas gicas
- Tirar o foco da dor; - Pensar no tempo;
- Focar no processo; - Pensar na estratégia –
- Foco em completar; Mais competitivo – co- tentar aplicar nos tiros;
Cansaço e dor dificul-
Concentração - Visão mais geral dos meçar a dar importân- - Buscar alcançar o que
tam a concentração
erros e acertos no cia pro resultado quer fazer na com-
nado; petição/ reproduzir
- Monitorar o corpo. características.
- Ver os ganhos passa- - Ver os ganhos passa-
dos (desse mesmo blo- dos (desse mesmo blo-
co em ciclos passados); Período de motivação co em ciclos passados);
Período de menor
Motivação - Saber o que quer; crescente pela aproxi- - Avaliação dos resulta-
motivação
- Saber o que motiva mação da competição dos do bloco 1;
– usar isso nos momen- - Aproximação do
tos mais difíceis. objetivo.
O próprio treino/ O próprio treino/
aquecimento já ativa aquecimento já ativa
Ativação o suficiente, sem gerar ____ o suficiente, sem gerar ____
estados excessivos de estados excessivos de
agitação ou ansiedade. agitação ou ansiedade.
Dificuldade: Dor
Estratégias: Pensamen-
to positivo; lembrança
Analisar o que aconte-
do que estou traba- Dificuldade é a frus-
ceu e confirmar com
Dor e estresse apare- lhando; interpretação tração (não conseguir
Resiliência técnicos, ter um plano
cem como dificuldades positiva da dor. fazer o que é ideal para
para melhorar, pensar
Dificuldade: Stress a prova)
no próximo treino.
Estratégia: Se afastar,
relevar mais, fazer as
coisas mais relaxado.
- Confiar no que está
- Confiar no que você
sendo passado (relação
fez antes.
Treinos bons dão do treino com resulta- Treinos bons dão
Confiança - Confiar em sua habili-
confiança dos anteriores); confiança
dade de executar o que
- Confiança no próprio
precisa.
empenho.
Tabela 3.Descrição das habilidades psicológicas reais e das possibilidades de mudança no polimento e na competição
Habilidade Psicológica Polimento Competição
Descrição do atleta
Principal consequência: Principal consequência:
sobre o objetivo prin-
Tempo e forma de execução/sensação do nado Tempo e forma de execução
cipal de cada fase
Percepções em relação Plano em relação às Percepções em relação Plano em relação às
às habilidades psico- habilidades psicoló- às habilidades psico- habilidades psicoló-
lógicas gicas lógicas gicas
- Foco nos detalhes da - Obter todas as infor-
Várias informações
execução; mações adequadas;
importantes! (você,
Período onde é mais - Importância do - Organizá-las e tomar
adversários, clima, cro-
Concentração fácil se manter concen- descanso; as decisões corretas;
nograma competição,
trado - Atenção ao tempo e - Conseguir focar ape-
estratégia, descanso,
a sensação do nado – nas no que é relevante
etc.).
busca do modo ideal. em cada momento;
Discussão <T>
O objetivo da intervenção apresentada foi obter a descrição do atleta sobre seu próprio
funcionamento e as estratégias utilizadas em relação às habilidades psicológicas de con-
centração, motivação, ativação, resiliência e confiança. Esse relato foi organizado a partir
da periodização de treinamento do atleta, considerando os diferentes blocos de treinamento
e o momento da competição.
A importância de desenvolver a capacidade de descrição está na relação estabelecida
entre autoconhecimento e ação. O autoconhecimento (descrever o próprio funcionamento)
possibilita ao indivíduo melhores condições para prever e controlar seu próprio comporta-
mento (Skinner, 2006/1974). Neste sentido, desenvolver a descrição sobre si mesmo faz
com que o atleta consiga desenvolver, de forma mais adequada, estratégias que possibilitam
maior controle sobre eventos internos e sobre seu próprio comportamento.
Segundo Rothlin et al. (2016), o treinamento de habilidades psicológicas inclui o uso
de técnicas como autofala, visualização, estabelecimento de metas e regulação da ativa-
ção. O objetivo primordial é modificar estados internos e comportamentos com a finalidade
de colocar o atleta em melhor condição de desempenho.
Em relação aos benefícios das habilidades psicológicas Strack, Linden e Wilson (2011)
afirmam que as mesmas permitem que o atleta alcance o nível de conhecimento e controle
sobre si mesmo que o auxilia a desempenhar-se correspondendo às exigências do esporte,
mesmo nos momentos críticos da competição.
Na intervenção apresentada no presente artigo é possível perceber significativo grau de
conhecimento do atleta sobre seu próprio funcionamento. Esse autoconhecimento foi um dos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. Verificar a relação entre o estado que o atleta geralmente está em cada fase de trei-
namento e o estado ideal. Se os estados são parecidos identificar e anotar as estraté-
gias utilizadas para que ele mantenha seu funcionamento ideal. Se houver diferenças,
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Thomaz Marquez
UNIP
10.37885/201001796
RESUMO
MATERIAL E MÉTODO
Procedimentos metodológicos
A metodologia utilizada é estudo de caso que conta com uma pessoa adulta, do sexo
feminino, de vinte e nove anos. Com diagnóstico de asma desde a infância. Os resultados
são descritos através de construção de gráficos e tabelas fazendo uso da estatística descri-
tiva. A pesquisa não oferece riscos aos participantes e o exame é indolor.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados desse estudo que foi realizado ao longo de seis anos, sugerem que a
prática do Karatê consiste em uma atividade física com significativo componente aeróbio,
sendo uma modalidade de alta intensidade, independentemente do sexo, idade e peso cor-
poral da pessoa e demonstra a eficiência dos exercícios.
A espirometria permite medir os volumes de ar inspirado e expirado e os fluxos respi-
ratórios, sendo útil a análise dos dados derivados da manobra expiratória forçada e por isso
os valores obtidos no exame devem ser comparados a valores de referência adequados,
ou seja, os valores previstos.
Sua interpretação deve ser feita a partir dos dados clínicos e levar em consideração:
Idade, peso, sexo, altura e se é fumante ou não.
É importante considerar que o seguinte estudo sugere benefícios através desse método
de treinamento, na saúde e na qualidade de vida do indivíduo com asma. Ao longo deste
trabalho surgiram novas possibilidades que não foram desenvolvidas, pois tornariam este
trabalho muito extenso. As duas principais possibilidades são a analisar resultados de outros
asmáticos e de sedentários.
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Fabrízio Di Masi
UFRRJ
10.37885/201102003
RESUMO
OBJETIVO
Descrever as possíveis causas dos eventos fatais em águas abertas e sugerir ações
para tornar mais segura esta atividade.
MÉTODOS
Este capítulo se caracteriza-se como uma breve revisão de literatura em forma de co-
mentário, que tem por finalidade sintetizar a opinião dos autores acerca das mortes durante
provas de águas abertas e seus respectivos motivos, buscando esclarecimentos e medidas
para redução de óbitos.
Foram realizadas buscas de estudos relacionados às mortes em águas abertas e suas
respectivas causas nas principais bases de dados, tais como PubMed, Google acadêmico,
Lilacs e Periódico Capes.
DISCUSSÃO
Apesar de não haver uma causa específica definida, os tópicos a seguir abordarão as
possíveis causas ponto a ponto, entretanto, é mister ressaltar que as vantagens da prática
regular de exercícios são muito importantes para combater os efeitos deletérios de uma
vida sedentária. De maneira alguma o assunto deve ser interpretado como um desestímulo
à prática de esportes.
Água Quente
O caso mais emblemático diz respeito ao grande atleta Francis Crippen que faleceu
durante prova do circuito mundial de águas abertas em 2010. O provável gatilho desta
morte foi a água quente, pois nesta prova muitos nadadores passaram mal e/ou ficaram
desidratados (EICHNER, 2011). A água é boa condutora de calor, o que normalmente é
um ponto favorável para a prática de exercícios, uma vez que a água que circunda o corpo
dissipa o calor com mais facilidade (condução e convecção). Entretanto na água quente os
mecanismos de troca de calor ficam praticamente fechados, o que pode levar o indivíduo a
desidratação e hipertermia (EICHNER, 2011; BRASIL; DI MASI, 2006). Após este episódio
fatal as regras da competição foram modificadas, inclusive a temperatura máxima permitida.
Água fria
O ambiente de águas abertas não pode ser controlado como nas piscinas e muitas
vezes a água se apresentará fria para uma competição. O corpo pode experimentar: hiperven-
tilação, suspensão da respiração, aumento na circulação de hormônios ligados ao estresse,
aumento da pressão arterial (PA) e aumento da demanda miocárdica de O2 (HARRIS et al.,
2017; IKÄHEIMO, 2018) e ainda pode induzir a uma alta incidência de arritmias cardíacas
(SHATTOCK; TIPTON, 2012).
Os efeitos da água fria podem ajudar a desencadear alguns efeitos que serão citados
nos próximos tópicos.
Conflito autonômico
Uma ativação simultânea dos drives simpático e parassimpático tem sido relacionado ao
desenvolvimento de arritmias cardíacas (SHATTOCK; TIPTON, 2012). A provável explicação
é que o esforço, apneia, imersão facial e temperatura da água fria podem causar ativação
dos sistemas nervoso simpático e o parassimpático através do “reflexo de mergulho”. Isso
juntamente com o medo pode causar quantidades aumentadas de extra-sístoles ventriculares
(LAZAR et al., 2013). A ativação simultânea poderia então ser responsável por arritmias em
alguns indivíduos mais vulneráveis.
Edema Pulmonar
Alguns casos de edema pulmonar ao nadar ou durante mergulho são relatados na li-
teratura. Água fria, exercício, elevada pressão inspiratória e estresse emocional são fatores
de risco (GRÜNIG et al., 2017). Um estudo de revisão demonstrou que as ocorrências em
provas de natação de águas abertas pode ser um problema de saúde pública, pois, envolve
a participação de centenas de participantes e, frequentemente são subnotificadas, sendo
necessário um maior conhecimento e controle dos fatores de risco (SPENCER et al., 2018).
Ataques de Pânico
O início de uma prova, os contornos de boias são geralmente um ponto desafiador para
a maioria dos atletas. Competições com um grande número de pessoas, pode representar
um risco para todos os participantes, uma vez que existe o contato, podendo inclusive cau-
sar traumas. A provas em águas abertas per se podem provocar certo receio por parte dos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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10.37885/201001867
RESUMO
Este artigo versa sobre a explicação da estrutura epistemológica erigida pela teoria his-
tórico- cultural que permite definir o jogo protagonizado como a atividade principal das
crianças pré- escolares. Parte do pressuposto de que a educação física se vem aproprian-
do indevidamente de alguns constructos elaborados por Vygotsky, leontiev e Elkonin, difi-
cultando, assim, a compreensão do arcabouço filosófico que orienta os referidos autores
e o possível estabeleci- mento de intervenções que alavanquem o desenvolvimento dos
mais diversos alunos e alunas para outros patamares qualitativos. Termina ressaltando
a importância do jogo protagonizado, desde que corretamente mediado, na configuração
de relações sociais mais democráticas e na apropriação de diversos conhecimentos.
Destarte, o professor de educação física deve mediante suas múltiplas atividades criar
novos desejos e despertar a aventura em conhecer o novo, o inusitado, enfim, organizar
sua atividade docente objetivando provocar novas experiências corporais para as crianças,
fato que contribui para a complexificação e o estabelecimento de novas inter-relações psí-
quicas. Para tanto, cabe ao professor de educação física criar um espaço social em suas
aulas que organize as mais distintas manifestações da cultura corporal do movimento, fa-
zendo as crianças assumirem diversos papéis sociais, em diferentes contextos, culturas e
épocas, mas, sem se esquecer de problematizar e contextualizar esses papéis em relação a
sociedade que nos circunscreve, buscando também o desenvolvimento de vínculos afetivos,
amistosos e colaborativos, enfim, vivendo na carne a riqueza da cultura humana, pois como
ressalta Marx (1987), só por meio da riqueza objetivamente desenvolvida do ser humano é
que em parte se cultiva e em parte se cria a riqueza da sensibilidade subjetiva humana, que
o ouvido se torna tonal, que o olho se desenvolve para a beleza das formas, ou seja, que
passamos a perceber a natureza como natureza humanizada. Quando assume esse papel
o jogo efetivamente atua como criador de zonas de desenvolvimento proximais, voltando
nosso desenvolvimento projetivamente para um futuro cada vez mais rico e humanizador.
O JOGO PROTAGONIZADO
Para Elkonin (1998), o jogo surgiu historicamente quando a sociedade humana atin-
giu determinado nível de desenvolvimento nas relações de produção, sendo que, na forma
protagonizada, representa a forma cardeal de apropriação das conquistas da humanidade
no período pré-escolar, cuja origem gênica está relacionada ao processo de divisão social
do trabalho que afasta as crianças das esferas produtivas e a superação da fase do ego-
centrismo infantil mediante vínculos colaborativos que configuram o coletivo como elemento
crucial para o transcorrer de tal atividade. Especificamente sobre a estrutura da atividade
lúdica, Elkonin (1998) destaca que os jogos estão relacionados com a diversão, passatempo,
manipulação ou movimentação corpórea, presença de riscos que não podem ser materiali-
zados na vida cotidiana, sendo, destarte, uma atividade livre, pois o jogador não é obrigado
a participar de tal processo; delimitada, já que está circunscrita aos limites de espaço e
tempo; regrada, posto não haver jogos sem regras, inclusive os protagonizados, apesar das
situações fictícias aí criadas; improdutiva em termos materiais (não geram, produzem ou
reproduzem riquezas, quando muito, podem movimentá-las), mas, extremamente produti-
va no que tange ao desenvolvimento do ser humano. O jogo protagonizado caracteriza-se
pela riqueza e predomínio das situações fictícias sobre regras rigidamente estabelecidas,
embora essa relação não seja bem de oposição, pois ao teatralizar as relações sociais a
criança se apropria e assume determinadas regras incorporadas pelos papéis sociais que
Esperamos que este artigo possa contribuir para um repensar sobre alguns conceitos
importados da psicologia histórico-cultural para a área da educação física. Encerramos o
texto destacando que a classificação do jogo como atividade principal se aplica apenas ao
jogo protagonizado realizado no estádio pré-escolar de desenvolvimento e não a qualquer
atividade lúdica realizada pelos seres humanos, além de ressaltar que a proficuidade desses
jogos não se dá por sua simples prática, mas por uma mediação que alavanque a possibili-
dade de reflexão sobre a realidade circundante, o que na pré-escola consiste em uma tarefa
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28. zINCHENKO, P. I. The problem of involuntary memory. Soviet Psychology, n. 2, p. 55-111, 1984.
29. Endereço para correspondência Gustavo martins Piccolo Alameda Estevo, 330 – Centro, Ga-
vião Peixoto-SP, CEP 14813-000. Email: gupiccolo@yahoo.com.br
10.37885/201202640
RESUMO
ÚLTIMAS JOGADAS...
Avaliamos, num sentido geral, que todas as pesquisas analisadas no presente texto têm
as suas contribuições significativas para a área da Educação Física escolar, proporcionan-
do distintas reflexões sobre o jogo/brincadeira na Educação Física, levando em conta suas
vertentes pedagógicas, seus objetivos, conteúdos e o papel do professor. Por outro lado,
as pesquisas analisadas não apresentam uma proposta pedagógica que use a socialização
de ideias como sistematização e problematização dos conhecimentos produzidos de jogo
e, além disso, que oportunize às crianças e jovens-estudantes um espaço de legitimação
de suas vozes, autonomia e livre expressão. Ora, subentendemos que o “hiato” deixado
por estes estudos, afora o já descrito no desenrolar do texto, diz respeito à ausência de
um conjunto de ações, as quais correspondam à uma metodologia de ensino e formas de
avaliação para o jogo/brincadeira, na qualidade de área de conhecimento explorada pela
Educação Física escolar.
Por outra perspectiva, as pesquisas analisadas deixam várias lacunas para se pesqui-
sarem essas possibilidades didático-metodológicas para o referido tema, tais como o papel
do professor na organização da situação social de ensino (ambiente de aprendizagem), as
formas de mediação semiótica que emergem do jogo/brincadeira, quais objetivos, conteúdos
e conhecimentos de que trata o jogo/brincadeira na Educação Física escolar. As formas de
avaliação e valorização da cultura lúdica das crianças e jovens-estudantes, bem como, de
seu contexto histórico-cultural.
Considerando tudo o que foi debatido no presente capítulo, especificamente, a breve
apresentação a propósito de os documentos curriculares e pesquisas relativas ao jogo/brin-
cadeira na Educação Física escolar, refletimos que estes materiais debatem superficialmente
a respeito de o jogo/brincadeira como uma potencial área de conhecimento que é tematizada
pela Educação Física (ora é tido como “atividade lúdica livre”, ora é ideado como “prática
corporal”, ora é visto como “método de ensino para outros conteúdos”). Além disso, estes
materiais, ao que tudo indica, não consideram o jogo/brincadeira como uma importante
manifestação histórico-cultural, cujo valor educativo, para crianças e jovens-estudantes,
REFERÊNCIAS
1. BERNARDI, Veridiana Desordi. Jogos tradicionais nas aulas de educação física infantil: possi-
bilidades pedagógicas. 2017. 60f. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Universidade
Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS: 2017.
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cação Fundamental. Brasília, 2018.
5. CARNEIRO, Kleber Tüxen. O jogo na educação física escolar: uma análise sobre as concep-
ções atuais dos professores. Dissertação (Mestrado em Educação Escolar). Universidade
Estadual Paulista, Araraquara, SP, 2009.
6 Em termos gerais, parte dessa problemática se deve ao fato de o jogo/brincadeira ainda ser ideado como uma manifestação cultural
puramente infantil (infantilização do jogo), tanto que o jogo/brincadeira não está presente na maior parte dos documentos de Educa-
ção Física do Ensino Médio (quando se faz presente, é tido como utilitário). Para mais detalhes, ver: Grillo (2018).
8. FREIRE, João Batista. O jogo: entre o riso e o choro. Campinas, SP: Autores Associados, 2002.
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Nova” no contexto da sala de aula: Maceió, 1927-1931. Educação em Revista, v. 32, n. 4,
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em aulas de Educação Física. In: ALMEIDA, Flávio José Wirtzbiki de; ALMEIDA, Marcos Teo-
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Instituto Nexos, 2020b. p. 441-477.
14. PASSOS, Kátia Cristina Montenegro. O lúdico essencial e o lúdico instrumental: o jogo nas
aulas de educação física escolar. 147f. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Uni-
versidade Gama Filho, Rio de Janeiro, 1995.
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(Mestrado em Educação Física). Universidade Gama Filho. Rio de Janeiro, 1995.
22. TAVARES, Marcelo Soares. O ensino do jogo na escola: uma abordagem metodológica para
a prática pedagógica dos professores de educação física. 152f. Dissertação (Mestrado em
Educação). Universidade Estadual de Pernambuco. Recife, PE: 1994.
10.37885/201001886
RESUMO
Este artigo consiste em uma revisão de literatura, com o objetivo de apresentar uma
lesão que acomete muitos atletas de voleibol, a tendinose patelar. Tendinose patelar é uma
lesão que acomete atletas que realizam muitos saltos ou grandes forças de impactos repe-
tidamente, também conhecida como “joelho do saltador” ou “jumper’s knee” é caracterizada
pela tendinite patelar ou do tendão do quadríceps. O tratamento para tendinose patelar pode
ser feito de duas formas: conservador que incluem estratégias de repouso e redução de
carga, crioterapia, massagem transversa profunda, exercícios de fortalecimento excêntrico,
imobilizações funcionais e a eletroterapia, ou cirúrgico.
OBJETIVO
MÉTODOS
Este artigo consiste em uma revisão de literatura, realizada a partir de quatro bancos
de dados eletrônicos Lilacs, Scielo, Pedro e Pubmed. As palavras-chave utilizadas na bus-
ca dos manuscritos foram tendinose, tendinopatia, voleibol, lesões esportivas. Os artigos
originais relacionados a temática foram pesquisados nas línguas portuguesa e inglesa,
compreendidos entre o período de 2004 a 2014.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Lesões esportivas
O voleibol foi criado nos Estados Unidos em 1895, pelo americano Wilian G. Morgan, dire-
tor de Educação Física da Associação Cristã de Moços na cidade Holyoke, em Massachusetts.
É um esporte praticado em uma quadra retangular, medindo 18x9 metros, dividida por
uma rede. Sua equipe é composta em média por doze jogadores, um técnico, um assis-
tente técnico, um preparador físico e um médico. É um esporte onde não há quase contato
físico entre os jogadores, porém considerado de alto impacto, o que aumenta o risco de
lesão. É de grande importância a compreensão da biomecânica dos movimentos deste es-
porte para que se possam avaliar todas as tensões que essa atividade esportiva impõe a
musculatura, ligamentos e articulações envolvidos no movimento. Esta é uma modalidade
que como todas as outras, requer muito esforço físico, resultando em impactos excessivos
em determinadas partes do corpo, devido há inúmeros saltos realizados pelos atletas durante
as partidas ou treinamentos ocasionando lesões. Na atualidade, as lesões têm sido constan-
tes entre os jogadores principalmente os da linha de ataque devido aos fatores extrínsecos
(saltos, quedas). A exigência que há sobre o atleta hoje é muito maior, principalmente em
relação à estatura e preparo físico. Possivelmente as lesões destes atletas são decorrentes
dessa exigência.
Em sua grande maioria, essas lesões ocorrem por overuse (sobreuso) e overload
(sobrecarga), isso mostra que os atletas estão ultrapassando os seus limites, ocasionando
microtraumas nos músculos e tendões, que levam a tendinites, rupturas ou fraturas por stress.
Vieira et al (2007) e Carvalho et al (2007) citados por Antônio e Santos (2012), apontam
em suas pesquisas que as lesões que mais acometem esses jogadores são as de joelho,
tornozelo, ombros e distensões musculares. Podendo ter origem intrínseca ou extrínseca,
a identificação da causa é necessária para minimiza-las ou eliminá-las.
Durante as partidas os membros mais afetados eram os MMII, ele relata que isso ocorre
porque os saltos causam um grande estresse nos membros inferiores na fase de impulsão
onde gera mais esforço da musculatura do atleta e é neste momento que acontecem os
maiores números de lesões no joelho, frequentemente ocorrem lesões na etapa de queda
do salto, que ocasionam torção de joelho, originada do impacto. (Ribeiro, 2007)
Arena (2005) mencionado por Gomes et al (2014), observou que a lesão mais comum
no voleibol foi a tendinite a qual acomete a região do joelho. Isso se dá devido à demanda
solicitada sobre o mecanismo extensor da articulação, que pode ocasionar desequilíbrios
entre os músculos extensores e flexores, causando sobrecarga das estruturas muscoloten-
díneas em torno da articulação.
O tendão patelar é formado de tecido conectivo, composto por células e pela matriz
extracelular. A matriz extracelular é composta por densas camadas de fibras de colágeno e
pela substância fundamental. Originando-se ao nível do polo inferior da patela e insere-se
na metade superior da tuberosidade anterior da tíbia.
A vascularização do tendão se dá por três formas: as que dão entrada nos locais de
inserção do tendão, as que entram na interface músculo-tendinosa e as de substância in-
termédia adjacentes aos tecidos moles.
Há uma unanimidade, onde o tratamento de tendinose patelar pode ser feito de duas
formas: conservador ou cirúrgico.
Segundo Cook & Khan (2000), citados por Jardim (2005, p. 41), não se trata mais
tendinose patelar baseando-se em uma doença inflamatória, mas sim como uma lesão
degenerativa. Independentemente do estágio da lesão o primeiro passo será um procedi-
mento conservador.
A partir de então, várias combinações de intervenções foram propostas, como: estraté-
gias de repouso, redução de carga, crioterapia, massagem ou fricção profunda, fortalecimento
excêntrico, imobilização funcional e eletroterapia.
• Crioterapia
A indicação de gelo para lesões no tendão patelar deve-se ao seu efeito analgésico, a
redução na produção metabólica e o retardo do processo inflamatório. Contudo, ainda não
existe um consenso sobre a aplicação da crioterapia. O gelo não deve ser utilizado antes
das práticas esportivas, pois pode camuflar a dor da tendinopatia.
A Massagem Transversal Profunda deve ser acompanhada pelo estiramento, para uma
melhora na extensibilidade dos tecidos e na redução das aderências na unidade músculo-
-tendinosa. A mobilização dos tecidos moles é uma técnica de mobilização não invasiva, e
tem sido utilizada com êxito no tratamento das tendinopatias. Alguns autores defendem que
este tipo de procedimento, tanto pode ser prejudicial como benéfico, traduzindo-se por parte
dos clínicos, numa incerteza quanto ao tempo do seu uso no período de tratamento. Sabe-
se que a tendinopatia patelar, pode se beneficiar com os estímulos mecânicos provocados
pelas fricções profundas.
Cyriax (1980), explica que:
• Imobilização funcional
• Eletroterapia
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos fatos apresentados, pode-se observar que a tendinose patelar é uma lesão
que ocorre com bastante frequência em atletas de alto rendimento devido a intensidade de
treinamento e sobrecarga na articulação do joelho, pois atualmente há uma solicitação muito
alta sobre os atletas em relação a condicionamento físico o que leva muitos a ultrapassarem
seus limites, muitas vezes resultando em lesões.
O tratamento para tendinose patelar é feito de duas formas: conservadora ou cirúr-
gica. A atuação fisioterapêutica contribui muito para a recuperação desta lesão com uma
variedade de modalidades de tratamento.
A Fisioterapia em relação ao tratamento conservador é muito importante para estes
atletas, pois necessitam de um retorno breve aos treinos e jogos. Com isso o trabalho intenso
junto a Fisioterapia traz bons resultados na reabilitação, muitas vezes em tempos menores
do que o previsto se houver colaboração dos atletas e da equipe envolvida.
3. CYRIAX, J. Manipulation trials. Britishi Journal of Sports Medicine, p.111, jan. 1980.
4. COHEN, M. et al. Tendinopatia patelar. Revista Brasileira de Ortopedia, São Paulo, v. 43,
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7. COOK, J. et al. Overuse Tendinosis, Not Tendinitis – Part 2: Applying the New Approach to
Pattelar Tendinopathy. The Physician and Sportsmedicine, v. 28, n. 6, 2000.
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Britishi Journal of Sports Medicine, v. 35, p. 290-293. 2001.
10. GARMS, E. et al. Avaliação da altura patelar em atletas com tendinopatia crônica do aparelho
extensor do joelho. Acta Ortopédica Brasileira, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 17-21, 2011.
10.37885/201001829
RESUMO
A tomada de decisão vem sendo um aspecto cada vez mais influente nas diversas
situações proporcionadas pelo futebol. Uma melhor percepção situacional antecede a
qualidade de execução dos fundamentos, ou seja, as decisões tomadas interferem conse-
quentemente no desempenho das equipes. O objetivo deste trabalho é analisar a tomada
de decisão e as ações técnicas dos jogadores de futebol sete durante o último passe
(UP) e finalização (F). Foram observadas as videogravações de oito jogos disputados
por duas equipes de futebol sete (A e B) em uma competição no estado do RS. Os dados
foram coletados através de um scout técnico. Os resultados evidenciaram o UP mais uti-
lizado pela equipe A (CB com 64,15%), e equipe B (CB com 66,10%). A F mais utilizada,
equipe A (CD com 86,42%) e equipe B (CD com 76,29%). As F terminadas em gols da
equipe A 16,05%, equipe B 15,46%, e as ações conjuntas que terminaram em gols da
equipe A (último passe CB e finalização com CD 61,54%) e equipe B (último passe CB e
finalização com CD 46,67%). Observa-se ainda uma carência de informações científicas
sobre o futebol sete, contudo estes parâmetros corroboram com os autores de estudos
sobre o futebol onze, contribuindo assim para a conscientização dos atletas sobre a
qualidade das suas decisões. Conclui-se que as variáveis contribuem para identificação,
exposição, e avaliação das decisões técnicas, servindo também como aplicação para
o planejamento técnico-tático dos treinadores e aprimoramento da tomada de decisão
de seus jogadores.
– Curto por baixo (CB): envolve o último passe desferido de curta a média distância
pelo solo (ou mais próximo a ele).
– Curto pelo Alto (CA): envolve o último passe desferido de curta a média distância
pelo alto (nível da cabeça, inclusive arremessos laterais contabilizados como assis-
tências diretas).
– Longo por baixo (LB): envolve o último passe desferido de longa distância pelo solo
(ou mais próximo a ele).
– Longo pelo alto (LA): envolve o último passe desferido de longa distância pelo alto
(nível da cabeça, inclusive arremessos laterais).
– Passe contrário (PC): envolve o passe desferido pelo adversário de forma “involuntária”
– Para fora (PF): envolve a conclusão a gol desferida para fora da goleira.
– Defesa do goleiro (DG): envolve a conclusão a gol desferida e defendida pelo go-
leiro (inclusive conclusões na trave e interceptação de bola pela defesa (dentro da
área)).
– Gol (G): envolve a conclusão revertida em gol.
Tabela 8. Distribuição das assistências e finalizações que resultaram em gol de todos os jogos da equipe B.
Tipo de passe Tipo de finalização
Ação CB CA LB LA D CD C
1º Tempo 4 1 0 0 0 6 0
2º Tempo 4 2 1 0 1 8 0
Total 8 3 1 0 1 14 0
% 66,66% 25% 8,34% 0% 6,67% 93,33% 0%
Legenda: CB = curto/baixo; CA = curto/alto; LB = longo/baixo; LA = longo/
alto; D = com drible; CD = com chute direto; C = com cabeceio.
DISCUSSÃO
Após a análise das respectivas ações, podemos entender a influência das decisões
tomadas pelos jogadores no desempenho técnico das equipes durante a competição.
Devido a momentânea carência de estudos sobre a observação das ações técnicas
no futebol sete, fez-se necessário discutir e equiparar informações com o esporte que deu
origem a esta modalidade, o futebol onze.
Conforme Cassol e Fernandes (2008), sobre uma partida de futebol onde são mui-
tas as valências físicas e técnicas utilizadas pelos atletas, é exigido um ótimo nível de
Através dos resultados obtidos foi verificado que a análise contribui para conscientiza-
ção e avaliação das ações e decisões técnicas no futebol sete.
Desta forma os treinadores poderiam dar mais atenção a equipe utilizando-se do scout
nestas situações de jogo, aplicando ao planejamento técnico-tático sessões de aprimora-
mento da capacidade decisional de seus jogadores.
Além disso, esta pesquisa demonstra a carência de estudos existente no FS sobre a ob-
servação da capacidade de decisão dos atletas, e o desempenho das equipes em competições.
No entanto, esses dados referem-se a um evento curto entre equipes recém- forma-
das na modalidade.
Portanto, sugere-se novas investigações sobre a tomada de decisão dos jogadores e o
seu universo de possibilidades, oportunizando a identificação das ações técnicas, agregando
conhecimento, apresentando novos resultados, e servindo de incentivo para que o futebol
sete torne-se um esporte cada vez mais dinâmico e extraordinário.
REFERÊNCIAS
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do mundo de futebol de Sub 20. Dissertação
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cial do processo ofensivo da seleção espanhola no campeonato da Europa Austria/Suiça 2008.
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futebol, a partir do tracking computacional. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual
Paulista. Instituto de Biociências. Departamento de Educação Física. Rio Claro, São Paulo.
2006.

12. Redondo, M. P. J. Análise das transições ofensivas na última etapa de formação no futebol.
Estudo no escalão de Sub-19. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências do Desporto
e Educação Física da Universidade de Coimbra. Portugal. 2016.
Heron Beresford
10.37885/201102242
RESUMO
OBJETIVO
MÉTODOS
Para compor o universo do estudo, adotou-se como critério de inclusão estar na faixa
etária compreendida entre os 13 a 15 anos de idade, completos no dia da pesquisa e estar
matriculado somente no futsal. Além disto, os participantes deviam ter a mínima capacidade
de ler e interpretar o MJT_xt, sendo assim, alunos estrangeiros que não conheciam bem o
idioma português foram afastados pelo critério de exclusão da amostra. Desta maneira, o
universo do estudo foi composto por 26 adolescentes, de 13 a 15 anos de idade, 20 do sexo
masculino e 6 do sexo feminino
Os adolescentes foram submetidos ao instrumento de avaliação utilizado no presente
estudo, que foi o Moral Judgment Test extended (MJT_xt). O MJT foi elaborado em 1977,
por Gerog Lind, professor da Universidade de Konstanz. A tradução e validação do MJT
para o contexto brasileiro foi realizado por Bataglia (2001).
O MJT_xt consiste em avaliar em que medida o grupo (e não o sujeito individualmente)
é capaz de avaliar a qualidade de argumentos morais ou fica preso à sua própria opinião,
ou seja, avalia o índice de competência moral. A tarefa proposta pelo MJT_xt é a avaliação
de contra-argumentos (BATAGLIA et al., 2010).
Isso ocorre através da exposição de 3 dilemas morais. O primeiro dilema é a respeito
de um operário que decide arrombar a empresa em que trabalha e roubar provas de ativi-
dades irregulares da gerência para denunciá-la junto a instâncias superiores. O segundo
é o dilema clássico da eutanásia, em uma situação em que o paciente terminal pede para
que o médico realize algum procedimento que abrevie seu sofrimento. O terceiro dilema é
a respeito da decisão de um juiz, que permite a tortura de uma terrorista visando prevenir
um grande ataque (LIND, 2009).
Em cada uma delas, o personagem principal é colocado em uma situação de dilema.
Qualquer que seja sua decisão estará entrando em conflito com algumas regras de conduta
social e talvez pessoal. O personagem toma uma decisão e o sujeito é solicitado em primeiro
lugar a avaliar a decisão do protagonista. Em seguida, é convidado a avaliar 6 argumentos a
favor da decisão do protagonista e 6 contrários. Tais argumentos representam os diferentes
RESULTADOS
DISCUSSÃO
REFERÊNCIAS
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Comportamento: 367
A
Confiança: 356, 359, 360, 361
Ações Técnicas: 425
Congo: 171, 174, 175
Adolescência: 29, 30, 31, 33, 34, 35, 268
Conhecimento Declarativo: 340
Adolescente: 295
Coração: 228
Adolescentes: 438
Corpo: 123, 192, 193, 213, 253
Ansiedade: 329, 332
Corpos Mais: 201, 206, 208, 210, 211
Aprendizagem Motora: 107
Criança: 94, 295
Aprimoramento: 425
Crioterapia: 420
Aptidão Física: 157
Cultural: 172, 399, 402, 445
Áreas Verdes: 140, 141, 142, 144, 149, 150,
151, 152, 153, 154, 156, 157, 159, 160 D
Asma: 369, 375, 376 Dança: 202, 213, 214, 315
Atividade Física: 63, 124, 125, 139, 304, 337, Depressão: 329, 332, 337, 338
369, 376
Desempenho: 267, 326, 327, 423
Atividade Motora: 51
Desenvolvimento da Criança: 110
Atleta: 162, 317, 319, 326
Dialogia: 198
Atletas: 74
Dismorfia Muscular: 239, 240
Atletismo: 27, 51, 53, 54, 59, 61, 62
E
Avaliação: 14, 15, 19, 21, 85, 158, 161, 165,
218, 219, 225, 226, 255, 260, 332, 360, 361, 422 Educação Física: 29, 48, 110, 112, 123, 159,
270, 272, 314, 315
B
Educação Física Escolar: 48, 123, 315
Badminton: 307, 309, 310, 314, 315
Educação Infantil: 110
Basquetebol: 26, 436
Ensino: 31, 92, 117, 118, 202, 203, 206, 271,
C 272, 273, 275, 276, 277, 278, 281, 283, 284, 307,
308, 311, 315, 336, 340, 405, 406, 412, 413, 435
Capoeira: 185, 186, 187, 188, 189, 190, 191,
192, 193, 194, 195, 196, 197, 198, 199 Escola: 6, 30, 47, 94, 117, 157, 253, 268, 272,
284, 304, 307, 308, 310, 311, 315, 343, 387,
Coluna Vertebral: 78 413, 435
G N
Ginástica: 85, 308, 340, 342 Natação: 317, 319, 378
Gordura: 70 O
Gravidez na Adolescência: 29, 35 Obesidade: 57
Psicometria: 14, 26
Q
Qualidade de Vida: 157, 159, 160
R
Relacionamento Treinador: 317, 321
Representação: 273
S
Saúde: 19, 30, 35, 51, 62, 63, 64, 117, 125, 128,
135, 140, 141, 150, 152, 155, 158, 159, 160,
218, 225, 230, 253, 254, 255, 258, 260, 267,
293, 296, 297, 305, 329, 330, 331, 335, 337,
338, 370, 376, 413, 416, 422
Segurança: 378
Sexo: 56, 57
Sistema Cardiovascular: 66
Sobrepeso: 57
T
Temas Transversais: 29, 32, 34
V
Voleibol: 416, 422