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Algumas pessoas perguntam: -Por que a palavra feminista? Por que não só dizer que você
acredita nos direitos humanos ou algo assim? Porque isso seria um jeito de fingir que não
são as mulheres que têm, por séculos, sido excluídas. Isso seria uma forma de negar que os
problemas de gênero afetam as mulheres. – Chimamanda Ngozi Adichie.
O feminismo é, como dito, um movimento social. Não apenas social, pois hoje já se tornou
também político, filosófico e que propõe em linhas gerais que haja direitos iguais entre
homens e mulheres, passando pelo fim de padrões patriarcais impostos pela sociedade
tradicional ocidental. São grandes os obstáculos, são inúmeras as resistências, é um vai-e-
vem de avanços e retrocessos. Ademais, a mulher, por muito tempo, foi tida como “sexo
frágil”, sempre em posição inferior em relação aos homens, não desfrutando dos mesmos
privilégios e de acesso a direitos básicos como: ler, escrever, eleger seus representantes,
participar de assuntos políticos e /ou ser candidata. A figura feminina de então era fruto de
construção de uma sociedade patriarcal, na qual suas atribuições eram restritas quase que
apenas aos trabalhos domésticos.
O surgimento do que seria um esboço do movimento feminista pode ter se iniciado
na época dos acontecimentos da Revolução Francesa (1789), pois dali foi emanada a
“Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”. Para contrapor a este documento,
alguns intelectuais da época afirmavam que as mulheres possuiriam os mesmos direitos
que os homens, se opondo à ideia de que aquele conteúdo não serviria para elas.