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PONTA GROSSA
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PONTA GROSSA
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2010
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MINHA HISTÓRIA
O estresse é considerado uma doença psicossomática, a qual os fatores que alteram o estado
emocional fazem com que este interfira diretamente no estado físico. As causas do estresse
variam de indivíduo a indivíduo. Considerando a Pirâmide das necessidades de Maslow, o
estresse pode surgir quando o indivíduo não consegue suprir suas necessidades primárias
(fisiológicas e de segurança) e secundárias (sociais, auto-estima, auto-realização). O estresse
pode ser crônico ou agudo. O estresse crônico é considerado como uma doença do ser
humano moderno gerado muitas vezes em ambiente de trabalho (Sídrome de Burnout). Hans
Selye descreveu os sintomas do estresse nomeando-os como Síndrome Geral de Adaptação,
composto de três fases sucessivas: alarme, resistência e esgotamento. Baseando-se na Teoria
de Selye, a psicóloga Marilda Emmanuel Novaes Lipp, identificou no decorrer de seus estudos
uma quarta fase do processo de estresse, nomeada como “quase-exaustão”. Em função disso,
o objetivo desta pesquisa foi avaliar o estresse do enfermeiro em unidade de emergência
hospitalar. Trata- se de um estudo de caso do tipo experimental com sete enfermeiros de um
P.S. de uma cidade do interior do Paraná, por meio do Inventário dos Sintomas do Stress de
Lipp e três questões fechadas de múltipla escolha. Utilizou-se a análise de conteúdo para
discutir os dados, a partir da qual se definiram os fatores estressores no ambiente de trabalho.
Conclui-se que o processo de trabalho do enfermeiro que atua em unidade de emergência é
considerado estressante. Tem como função prestar assistência em situações de urgência e
emergência, executar o tratamento, coordenar a equipe de enfermagem, além de exercer
funções burocráticas. Para isso, deve ter além do conhecimento técnico-científico o
discernimento, a iniciativa, boa comunicação, habilidade de ensinar, maturidade, estabilidade
emocional e capacidade de liderança, que provoca uma sobrecarga de trabalho. Essa situação
pode gerar um desgaste físico e mental, resultando em estresse.
ABSTRACT
Stress is considered a psychosomatic illness, which factors that alter the emotional state make
it to interfere directly in the physical state. The causes of stress vary from individual to
individual. Considering Maslow's pyramid of needs, stress can arise when the individual fails to
meet their basic needs (physiological and safety) and secondary (social, self-esteem, self-
realization). Stress can be acute or chronic. Chronic stress is considered a disease of modern
humans often generated in the workplace (Sídrome Burnout). Hans Selye described the
symptoms of stress naming them as General Adaptation Syndrome, which consists of three
stages: alarm, resistance and exhaustion. Based on the theory of Selye, psychologist Marilda
Emmanuel Novaes Lipp, identified in the course of their studies a fourth stage of stress, named
as "quasi-exhaustion." As a result, the objective was to assess stress of nurses in a hospital
emergency ward. This is a case study of an experimental nature with seven nurses from a PS to
an inland city of Paraná, using the Inventory of the Lipp Stress Symptoms and three closed
questions multiple choice. We used content analysis to discuss the data from which were
defined stressors in the workplace. We conclude that the working process of the nurse working
in emergency rooms is considered stressful. Its function to assist in emergency situations and
emergency, to perform the treatment, to coordinate the nursing staff, in addition to exerting
bureaucratic functions. To do so, must have knowledge beyond the technical and scientific
insight, initiative, good communication, ability to teach, maturity, emotional stability and
leadership, which causes an overload of work. This situation can generate a physical and
mental, resulting in stress.
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................13
2. OBJETIVOS...........................................................................................16
2.1. GERAL............................................................................................16
2.2. ESPECÍFICOS................................................................................16
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................17
3.1. HISTÓRIA DA ENFERMAGEM..................................................17
4. METODOLOGIA...................................................................................50
13
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................63
7. REFERENCIAS.....................................................................................67
8. APÊNDICES..........................................................................................79
9. ANEXOS................................................................................................84
14
1. INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL:
2.2 ESPECÍFICOS:
18
Figura 1.
Pirâmide hierárquica das necessidades de Maslow
24
Extraída de:
http://3.bp.blogspot.com/_WOu99KE4Kyk/SSv2x2BuJJI/AAAAAAAAA9o/_YeCZFGxTeg/s1600-
h/BW08.jpg
28
Figura 3.
Tabela dos comportamentos de pessoas Tipo A.
Alguns comportamentos que caracterizam as pessoas do Tipo A
(baseado em Friedman & Rosenman)
Figura 4.
Tempos modernos (Charles Chaplin)
Extraída de:
http://www.montgomerycollege.edu/Departments/hpolscrv/Pics/ModernTimesCog.jpg
Figura 5.
Antigo paradigma
C
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A ssistente
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da Cçhefia
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S upervisores
Cliente
Segundo Fernandes; Spagnol (2004, p.160), “a configuração
clássica apresentada pela maioria dos hospitais causa dificuldades gerenciais e
de liderança nestas instituições, tais como: concentração de poder, falha na
comunicação e demora em se obter respostas aos problemas emergenciais.”
Muitas vezes esta configuração clássica impossibilita a organização
de atingir metas e objetivos. A forma encontrada principalmente nos grandes
hospitais demonstra que as estruturas organizacionais verticalizadas e
centralizadas são as que configuram o serviço de enfermagem. Historicamente
a enfermagem tem adotado princípios da escola científica e clássica da
administração para gerenciar o seu trabalho (SPAGNOL; FERNANDES, 2004,
p.161).
A posição de Responsável técnica (RT) é ocupada geralmente pela
chefia no serviço de enfermagem, responsável pelas ações de enfermagem
desenvolvidas em todo hospital, respondendo legalmente perante o Conselho
Regional de Enfermagem (COREn) por todas as atividades técnicas e
administrativas (SPAGNOL; FERNANDES, 2004, p.161).
Por carregar consigo esta responsabilidade, na maioria dos
hospitais, a estrutura organizacional da enfermagem configura uma estrutura
rígida com centralização do poder decisório, dificultando sobremaneira a
operacionalização da resolução dos problemas ocorridos nos setores de
trabalho, uma vez que estes são passados por todos os níveis de chefia até
chegar à chefia geral do serviço (SPAGNOL; FERNANDES, 2004, p.161).
O modelo de liderança mais comum na estrutura organizacional da
enfermagem é o modelo rígido, autocrático, diretivo e centralizador. Porém,
este modelo de liderança impede a visão de novas perspectivas e a
contribuições à melhoria da assistência de enfermagem e do trabalho em
equipe (SPAGNOL; FERNANDES, 2004, p.161).
As estruturas administrativas da enfermagem de modo geral, em
vários hospitais ainda apresentam concepções rígidas de poder decisório e
autoridade, impondo-se de forma distanciada e isolada da base operacional,
apresentando um fluxo de comunicação truncado, não permitindo que os atores
institucionais entrem em sintonia com os seus parceiros e com os próprios
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Figura 6.
Estrutura Hierárquica Organizacional do Serviço de Enfermagem
Novo paradigma
Cliente
Auxiliares de Enfermagem
Ténicos de Enfermagem
Unidades
Enfermeiros Chefes de
Supervisores
a chefia
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Quando nos “alistamos” para ser o líder, nos dispomos a assumir uma
tremenda responsabilidade. Afinal, seres humanos são confiados aos
nossos cuidados e há muita coisa em jogo (HUNTER, 2006, p.23).
4. METODOLOGIA DA PESQUISA
Figura 6.
Enfrentamento do estresse
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“[...] viver com dignidade, ser tratado com respeito, ter direitos de cidadão,
moradia, educação e saúde (enfermeiro IV).”
Figura 7.
Causas do estresse ocupacional por ordem de preferência
0
Fal Est Pre Sal Exp Tom Fal Car Con
“Se pudesse mudar algo em meu trabalho, mudaria minha equipe, pois
considero esta como a maior dificuldade (enfermeiro II).”
“Acredito que nós como Enfermeiros, não somos heróis, mas somos
GUERREIROS! Porque todo dia é uma batalha que temos que estar
preparados a enfrentar. Poucos profissionais atuando, sobrecarga de
pacientes, número de macas insuficientes, pacientes irritados, salário
incompatível, o que nos leva muitas vezes a exercer mais de um emprego
(enfermeiro III).”
(1) Fase de alarme: mãos e/ou pés frios, boca seca, nó no estômago,
aumento de sudorese, tensão muscular, aperto na mandíbula/ ranger os
dentes, diarréia passageira, insônia, roer as unhas/ponta da caneta,
taquicardia, respiração ofegante, hipertensão súbita e passageira, mudança
de apetite, aumento súbito de motivação, entusiasmo súbito, vontade súbita
de iniciar novos projetos (LIPP; GUEVARA, 1994).
Figura 8.
62
G1
2.5
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Fase de Alerta Fase de Resistencia Fase Quase Exaustão
Figura 10.
63
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Figura 11.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS
COSTA, R.; PADILHA, M.I.; AMANTE, L.N.; COSTA, E.; BOCK, L.F.; O
legado de Florence Nightingale: uma viagem no tempo. Texto contexto
enfermagem. vol.18 n.4 Florianópolis. 2009. Acesso em: 03/07/2010 às
11h50min. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v18n4/07.pdf >
em:<http://www.cve.saude.sp.gov.br/agencia/bepa26_estresse.htm>
Acesso em: 03/07/2010 às 12h18min.
APÊNDICES
Eu,
estou plenamente de acordo em participar da pesquisa “AVALIAÇÃO DO
ESTRESSE DO ENFERMEIRO EM UNIDADE DE EMERGENCIA” , que tem
como objetivo “avaliar o estresse do enfermeiro em unidade de emergência”
,sabendo que o propósito desta pesquisa é coletar informações que ajude a
desenvolver serviços para promover a saúde mental dos enfermeiros.
A coleta de dados será obtida por meio de um questionário,
composto de perguntas fechadas. As informações obtidas e registradas serão
garantidos o sigilo e anonimato dos sujeitos. A participação é consensual,
havendo liberdade para ausentar-se em qualquer etapa. O conteúdo final da
investigação estará disponível aos sujeitos e instituições envolvidos, antes de
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Nome:
Assinatura:
R.G:
_________________________________________________________
Assinatura do Sr.(a):
__________________________________________________
Testemunha:
________________________________________________________
QUESTIONÁRIO
Idade: Sexo: F ( ) M( )
1. Em quais situações sinto maior estresse durante o trabalho?
( ) Equipe de enfermagem (relacionamento interpessoal)
( ) Recursos físicos
( ) Trabalho repetitivo
( ) Carga horária
( ) Odores, situações desagradáveis
( ) Exposição constante a riscos
( ) Falta de equipamentos
( ) Pressão no trabalho
( ) Lidar com a morte; paciente terminal
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ANEXOS
PARTE 1:
Marque um (X) nos sintomas que tem experimentado nas últimas 24 horas:
( ) diarréia passageira
( ) insônia
( ) taquicardia
( ) hiperventilação (respirar ofegante, rápido)
( ) hipertensão arterial súbita e passageira (pressão alta)
( ) mudança de apetite (pouca ou muita apetite)
( ) aumento súbito de motivação (agitação)
( ) entusiasmo súbito
PARTE 2:
Marque um (X) nos sintomas que tem experimentado na última semana:
PARTE 3
Marque um (X) nos sintomas que tem experimentado no último mês:
( ) diarréia freqüente
( ) dificuldades sexuais
( ) insônia
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( ) náusea
( ) tiques nervosos
( ) hipertensão arterial confirmada (continuada)
( ) problemas dermatológicos prolongados
( ) mudança extrema de apetite
( ) excesso de gases
( ) tontura freqüente
( ) úlcera, colite ou outro problema digestivo sério
( ) enfarte
( ) impossibilidade de trabalhar
( ) pesadelos freqüentes
( ) sensação de incompetência em todas as áreas
( ) angústia
( ) apatia, depressão ou raiva prolongada
( ) cansaço constante e excessivo
( ) pensar e falar constantemente em um só assunto
( ) irritabilidade freqüente sem causa aparente
( ) angústia, ou ansiedade, ou medo diariamente
( ) hipersensibilidade emotiva
( ) perda do senso de humor
( ) formigamentos nas extremidades
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