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1) As Sociedades Ameríndias: O canto triste dos conquistados: os últimos dias

de Tenochtitlán Nos caminhos jazem dardos quebrados; os cabelos estão


espalhados.
Destelhadas estão as casas, Vermelhas estão as águas, os rios, como se
alguém as tivesse tingido, Nos escudos esteve nosso resguardo, mas os
escudos não detêm a desolação…
O texto é um registro asteca, cujo sentido está relacionado ao(à)
a) tragédia causada pela destruição da cultura desse povo.
b) tentativa frustrada de resistência a um poder considerado superior.
c) extermínio das populações indígenas pelo Exército espanhol.
d) dissolução da memória sobre os feitos de seus antepassados.
e) profetização das consequências da colonização da América.

2) Quando Bernal Díaz avistou pela primeira vez a capital asteca, fcou sem
palavras. Anos mais tarde, as palavras viriam: ele escreveu um alentado relato
de suas experiências como membro da expedição espanhola liderada por
Hernán Cortés rumo ao Império Asteca. Naquela tarde de novembro de 1519,
porém, quando Díaz e seus companheiros de conquista emergiram do
desfladeiro e depararam-se pela primeira vez com o Vale do México lá
embaixo, viram um cenário que, anos depois, assim descreveram:
“vislumbramos tamanhas maravilhas que não sabíamos o que dizer, nem se o
que se nos apresentava diante dos olhos era real”.
O texto mostra um aspecto importante da conquista da América pelos
espanhóis, a saber,
a) a superioridade cultural dos nativos americanos em relação aos europeus.
b) o caráter amistoso do primeiro encontro e da posterior convivência entre
conquistadores e conquistados.
c) a surpresa dos conquistadores diante de manifestações culturais dos nativos
americanos.
d) o reconhecimento, pelos nativos, da importância dos contatos culturais e
comerciais com os europeus.
e) a rápida desaparição das culturas nativas da América Espanhola.

3) As Sociedades Ameríndias: Os povos tupi correspondiam no século XV a um


enorme conjunto populacional étnico-linguístico que se espalhava por quase
toda a costa atlântica sul do continente americano, desde o atual Ceará, até a
Lagoa dos Patos, situada nos dias de hoje no Rio Grande do Sul. De acordo
com registros de missionários jesuítas e de exploradores portugueses dos
primeiros anos da colonização portuguesa, os povos tupi se disseminaram pelo
que é hoje a costa brasileira, numa dinâmica combinada de crescimento
populacional e fragmentação sociopolítica. Ao mesmo tempo, uma utopia
ancestral cultivada pelos diversos grupos tupi da busca de uma “terra sem
males”, teria contribuição para sua expansão territorial. Os tupi chegaram no
início do século XVI à Amazônia, ocupando a Ilha Tupinambarana como ponto
final de sua peregrinação. No caminho percorrido, os povos tupi viviam numa
atmosfera de guerra constante entre si e com outros povos não-tupi. Guerras,
captura e canibalização dos inimigos alimentavam a fragmentação, a dispersão
territorial e o revanchismo. Em termos simbólicos, o sentido da antropofagia,
resultante do enfrentamento entre indígenas pouco antes do início da
colonização portuguesa, tem relação com:
a) a necessidade de exterminar os inimigos na totalidade, inclusive pela
ingestão física, de modo a interditar lhes qualquer forma de sobrevivência ou
resquício material.
b) o interesse em assimilar as potencialidades guerreiras e a bravura dos
inimigos, bem como incorporar seu universo social e cosmológico adicionado
ao grupo do vencedor.
c) a profunda diferença sociocultural entre os povos tupi, que ao longo da
expansão tendiam a considerar-se como estrangeiros, habitando regiões
contíguas.
d) a interferência de navegadores europeus que alimentavam as dissensões
entre os povos indígenas como meio de conquistá-los posteriormente.
e) a disputa territorial com os povos não-tupi, que foram praticamente expulsos
da costa e obrigados a adentrar o interior do continente.
 
 
4) As Sociedades Ameríndias: Leia o documento a seguir.
A admiração que os cavalos causaram aos índios logo que os viram excede a
todo encarecimento: porque, quase em todas as províncias da América,
tomaram o cavalo e o cavaleiro como uma só pessoa. Em suma, não houve
coisa de quantas da Europa se trouxeram que mais os admirasse e
assombrasse. Ficavam como fora de si de estupor vendo um espanhol a cavalo
com um peitoral de guizos.
A narração do cronista espanhol sobre a Conquista do Peru, no século XVI,
conduz à compreensão sobre um componente do imaginário nativo que
favoreceu a ação dos europeus. Esse componente se associa à:
a) interpretação cíclica da história, que levava a incorporar os invasores como
deuses a pressagiar o fim dos tempos.
b) crença religiosa politeísta, que pressupunha a aceitação de deuses
estrangeiros para controlar os conflitos entre tribos distintas.
c) devoção à natureza, que implicava no respeito aos animais poupados nas
batalhas contra os invasores europeus.
d) concepção matriarcal vigente, que excluía a preparação para a guerra como
tarefa para a defesa das sociedades nativas.
e) forma de combate utilizado na guerra, que privilegiava a utilização do corpo
como meio de legitimar o heroísmo do guerreiro.
5) As Sociedades Ameríndias: Observe o mapa.

A região que aparece no mapa corresponde ao território que os Incas


dominaram por alguns séculos antes da chegada dos espanhóis ao continente
americano. Esse povo ficou conhecido por saber aproveitar todos os recursos
naturais, inclusive de áreas distantes ou de condições climáticas não muito
favoráveis à agricultura. A forma como esse povo conseguiu lidar com a
natureza, extraindo dela os recursos naturais necessários ao seu
abastecimento está relacionada com:
a) o uso de avançados instrumentos de ferro na agricultura e de animais de
tração para auxiliar nas atividades de plantio e colheita.
b) o conhecimento dos mais variados pisos ecológicos, onde podiam caçar,
pescar e coletar pequenos frutos silvestres, visto que desconheciam a
agricultura.
c) a sabedoria xamânica sobre astronomia, técnicas hidráulicas e fertilização
química de solos, que lhes permitia alcançar grande produção agrícola.
d) o domínio de irrigação, conhecimento dos solos e da hibridização de
sementes e técnica de construção de degraus para plantio nas encostas da
Cordilheira dos Andes.
e) a perfeita relação do homem com a natureza, que permitia a produção
abundante de alimentos sem grande participação de mão de obra humana.
 
6) As Sociedades Ameríndias: “(…) a religião desempenhava papel central nas
relações entre o Estado e a sociedade. A guerra era sagrada, pois através dela
se obtinham escravos para o sacrifício humano, elemento central na ligação
entre a comunidade e o Estado.
(…) reinavam sobre um império aberto a dois oceanos (…) Em 1519 (…), com
cerca de 5 milhões de habitantes, era a maior concentração urbana do mundo”.
O texto apresenta características dos:
a) tupis.
b) incas.
c) maias.
d) mexicas.
e) araucanos.
 
7) As Sociedades Ameríndias: O Império Inca, que corresponde principalmente
aos territórios da Bolívia e do Peru, chegou a englobar enorme contingente
populacional. Cuzco, a cidade sagrada, era o centro administrativo, com uma
sociedade fortemente estratificada e composta por imperadores, nobres,
sacerdotes, funcionários do governo, artesãos, camponeses, escravos e
soldados. A religião contava com vários deuses, e a base da economia era a
agricultura. Principalmente o cultivo da batata e do milho.
A principal característica da sociedade inca era a
a) ditadura teocrática, que igualava a todos.
b) existência da igualdade social e da coletivização da terra.
c) estrutura social desigual compensada pela coletivização de todos os bens.
d) existência de mobilidade social, o que levou à composição da elite pelo
mérito.
e) impossibilidade de se mudar de extrato social e a existência de uma
aristocracia hereditária.
 
8) Analise as afirmações sobre as sociedades americanas:
I. Os povos americanos, durante milhares de anos antes da chegada dos
europeus, ocuparam a grande variedade dos ecossistemas do continente,
desenvolvendo uma multiplicidade de culturas com as especifcidades próprias
da sua adaptação ao meio ambiente.
II. Astecas e Incas, na medida em que aproveitaram e aprimoraram o legado
das inúmeras culturas que os precederam nos ecossistemas da Mesoamérica e
América Andina, puderam desenvolver civilizações sofisticadas com alto índice
de urbanização.
III. A exploração exaustiva dos recursos naturais, como a devastação das
florestas para a extração da madeira usada na construção e ampliação dos
templos religiosos, provocou significativas mudanças ambientais que
contribuíram para acelerar o declínio da civilização Maia.
IV. É possível encontrar, na história da América portuguesa, registros da
ocorrência de alianças entre índios e negros que resistiram à escravidão e
construíram alternativas à sociedade e à economia coloniais, como os
quilombos, núcleos com ampla adaptação a regiões isoladas e mais seguras
no interior, dotados de uma produção mais diversificada e uma sociedade mais
horizontal que a da casa grande e da senzala.
Estão corretas
a) apenas I e II.
b) apenas I e III.
c) apenas II e IV.
d) apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.
 
 9) As Sociedades Ameríndias: Os astecas sacrificavam prisioneiros de guerra
para alimentar seus deuses. O capturado tinha seu coração arrancado, era
decapitado e tinha seu sangue bebido pelo captor que, depois, levava o corpo
para casa, esfolava-o, comia-o com milho e vestia sua pele.
É correto afirmar que estes rituais no mundo dos astecas eram de ordem
simbólica, uma vez que:
a) Os vencidos deveriam pagar um tributo de sangue aos astecas, que viam a
si próprios como deuses.
b) Os sacerdotes astecas exigiam oferendas de sangue para que não faltasse
alimento em seus templos.
c) Um grande número de sacrifícios representava um reforço do abastecimento
alimentar, evitando a carestia
d) O captor do prisioneiro se vingava do inimigo, comendo suas carnes e
vestindo sua pele.
e) Os deuses exigiam oferendas do bem mais precioso que os homens
possuíam, a vida, para que o mundo fosse preservado.

10) As expedições que foram para a América durante os primeiros anos da


colonização espanhola precisavam obter a autorização da Coroa Espanhola na
chamada Casa de Contratación, que ficava na cidade de Sevilla. As
expedições autorizadas pela Casa de Contratación tinham como obrigação
primordial:
a) pagar o quinto das riquezas obtidas.
b) levar um número determinado de nativos para trabalhar na Espanha como
escravos.
c) garantir a conversão dos nativos.
d) construir igrejas nos locais em que se instalavam.
e) implantar tribunais da Santa Inquisição para perseguir a fé nativa.

1) b;

2) c;

3) b;

4) a;

5) d;

6) d;

7) e;

8) e;

9) e;

10) a;
Tema da redação
Redação: A cultura indígena e seus desafios.20 a 30 linhas

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