ENGENHARIA CIVIL
Projeto de Aeroportos
ALUNOS:
Matheus Gomes Damasceno - 041595
Ricardo Izaias Mendonça - 041901
Stéfhanny Maria Mendes Marinho – 041674
Victor de Souza Carvalho - 043476
BRASÍLIA – DF
Projeto de uma Pista de Pouso e Decolagem
PROJETO DA DISCIPLINA DE
AEROPORTOS DO CURSO DE
ENGENHARIA CIVIL DO
CENTRO UNIVERSITÁRIO EURO
AMERICANO
BRASÍLIA – DF 2021
Sumário
1. INFORMAÇÕES DE PROJETO ....................................................................................... 5
1.1. Localidade .................................................................................................................... 5
1.2. Temperatura de Referência .......................................................................................... 5
1.3. Anemógama ................................................................................................................. 5
1.4. Movimento Anual ........................................................................................................ 5
2. ANEMÓGRAMA ............................................................................................................... 5
2.1. Anemograma ................................................................................................................ 6
2.2. Anemógrama sobreposto ao aeroporto ........................................................................ 6
3. ESTUDO DO MOVIMENTO OPERACIONAL .............................................................. 8
3.1. A319-100 ..................................................................................................................... 8
3.2. A320-200 ..................................................................................................................... 9
3.3. A321-200 ................................................................................................................... 10
3.4. B727-200 ................................................................................................................... 11
3.5. 737-300 ...................................................................................................................... 11
3.6. Determinação do código de referência do aeródromo ............................................... 12
3.7. Determinação do comprimento da pista de pouso e decolagem corrigido ................ 13
3.8. Determinação e representação gráfica das distâncias declaradas para a pista de
pouso e decolagem................................................................................................................ 14
3.8.1. Faixa de Pista ...................................................................................................... 14
3.8.2. Acostamento ....................................................................................................... 14
3.8.3. Área de Segurança .............................................................................................. 14
3.8.4. Pista de Decolagem e Pouso ............................................................................... 15
3.9. Dimensionamento do pavimento flexível da pista de pouso e decolagem ................ 16
3.10. Determinação da resistência do pavimento – PCN ................................................ 17
4. PISTAS DE TAXIAMENTO ........................................................................................... 22
4.1. Pista de Táxi............................................................................................................... 22
4.2. Pista de táxi de saída rápida ....................................................................................... 24
5. TERMINAL DE PASSAGEIROS ................................................................................... 25
6. ZONAS DE PROTEÇÃO DO AERÓDROMO ............................................................... 26
6.1. Tipo de operação da cabeceira: CAT I ...................................................................... 27
6.2. Código de referência do aeródromo: 4C .................................................................... 27
6.3. Categoria de Performance das Aeronaves ................................................................. 28
6.4. Aproximação (Superfície indicada na figura com o nº 1).......................................... 29
6.5. Decolagem (Superfície indicada na figura com o nº 2) ............................................. 29
6.6. Transição (Superfície indicada na figura com o nº 3) ................................................ 29
6.7. Horizontal Interna (Superfície indicada na figura com o nº 4) .................................. 29
6.8. Cônica (Superfície indicada na figura com o nº 5) .................................................... 29
6.9. Aproximação Interna (Superfície indicada na figura com o nº 6) ............................. 30
6.10. Transição Interna (Superfície indicada na figura com o nº 7) ................................ 30
6.11. Pouso Interrompido (Superfície indicada na figura com o nº 8) ............................ 30
6.12. Horizontal Externa (Superfície indicada na figura com o nº 9) ............................. 30
6.13. Proteção do Voo Visual (Superfície indicada na figura com o nº 10) ................... 30
6.14. Determinação e representação gráfica do Plano Básico de Zoneamento de Ruído
(PBZR) 31
1. INFORMAÇÕES DE PROJETO
1.1. Localidade
O Aeródromo será construído na cidade de Rio Branco (AC) e espera-se construir uma pista
de pouso e decolagem cujo tipo de aproximação é do tipo PA1.
1.2. Temperatura de Referência
A temperatura de referência será obtida através dos Gráficos Anuais de Estações Automáticas
do Instituto Nacional de Meteorologia através do link
https://tempo.inmet.gov.br/GraficosAnuais/. Para esta análise, considere a estação Rio Branco
(A104) e leve em consideração as médias mensais apresentadas no site Windfinder.
1.3. Anemógama
As informações referentes ao regime de ventos podem ser encontradas por meio do seguinte
link: https://pt.windfinder.com/windstatistics/rio-branco-aeroporto.
1.4. Movimento Anual
O Movimento Anual de Passageiros esperado é de 308.721 passageiros sendo 391 passageiros
na hora-pico do aeroporto. O Movimento Anual de Aeronaves esperado é de 6.923 operações
aeroviárias (pouso e decolagens) cuja composição é representada pelas aeronaves a seguir:
2. ANEMÓGRAMA
Os anemógramas indicam intensidade, direção e duração dos ventos de determinada região.
Sendo que foi utilizado o site do INMET para a coleta de dados da hora, dia, mês, ano, direção
e velocidade do vento e pela observação do anemograma.
Os dados foram inseridos no software WRPLOT, por meio de uma planilha editada no Excel.
Nessa planilha contem dados referente ao período de janeiro a outubro de 2021. O próprio
software gera o anemógrama, que será demonstrado a seguir.
2.1. Anemograma
Como observado na figura em que mostra a direção do vento, as direções que indica a maior
incidência são as apontando para o NNO e também há incidências para o NO. Será considerado
proporcionalmente essas duas direções. Como o vento possui uma incidência maior para o
NNO, será considerado um valor de 330º.
330º
315º
337,5º
Já para a declividade magnética possui um valor de 10º34’ para Oeste, como mostrada na figura
abaixo.
A319-100 75.500
A320-200 75.500
A321-200 75.500
B727-200 83.900
B737-300 61.234
Comprimento para pista tanto de decolagem quanto para de pouso, foi usado os ábacos abaixo
retirados do manual de cada aeronave.
3.1. A319-100
3.2. A320-200
3.3. A321-200
3.4. B727-200
3.5. 737-300
Peso Máximo de Decolagem Comprimento Básico de
Aeronave
[kg] Pista [m]
A319-100 34,10
A320-200 34,10
A321-200 34,10
B727-200 32,92
B737-300 28,88
Comprimento Envergadura Classificação do
Aeronave
Básico de Pista [m] [m] código referência
Como pode-se notar a aeronave critica é a B272-200 onde foi estabelecido para execução de
um comprimento de pista de 3.791m.
3.8.2. Acostamento
De acordo com o item 154.203 da RBAC nº 154 emenda nº 06, não precisa de acostamento por
se tratar de uma pista com letra do código de referência C.
Envergadura
Aeronave OMGWS
[m]
A319-100 34,10 8,9
A320-200 34,10 8,9
A321-200 34,10 8,9
B727-200 32,92 7,1
B737-300 28,88 6,4
Após isso analisar o quadro abaixo retirado da RBAC nº 154 emenda nº 06, com o código de
referência e o OMGWS, com isso foi determinado à largura de 45m.
Todos os materiais abaixo foram adotados para testes sucessivos no software, para avaliar se
estes materiais seriam os adequados.
● Revestimento: P-401, Hot Mix Asphalt (HMA) Surface – Camada Granular
● Base: P-209, Crushed Aggregate – Camada Granular
● Sub-base: P-154 Uncrushed Aggregate -
● Subleito: CBR de 10% (valor adotado)
● Ciclo de projeto: 20 anos
Todos os dados acima foram inseridos no programa, inclusive as aeronaves, seu peso e o
tráfego anual, que faz o dimensionamento demonstrando todas as espessuras como mostrado
na figura abaixo.
As espessuras acabaram aumentando para que o consumo de fadiga fosse igual a 1 e com o
cálculo de consumo de fadiga é possível analisar pelo faarfield que apenas 13% da camada
asfáltica está sendo solicitada nesse período de projeto.
Primeiramente será utilizado o ábaco de cada aeronave de acordo com os seus manuais, para a
determinação do Número ACN com a utilização do CBR do subleito de 10% e o peso de cada
aeronave.
• A319-100
• A320-200
• A321-200
• B727-200
• B737-300
Posteriormente será determinado o PCN de acordo com a seção 153.103 do RBAC nº 153, que
é apresentado por meio de um código que utiliza, nesta ordem, os seguintes elementos: número
de classificação do pavimento (PCN), tipo de pavimento para determinação do valor
ACN/PCN, resistência do subleito, pressão máxima admissível nos pneus, método de
avaliação.
O primeiro código é analisado pelo tipo de pavimento que deve ser classificado: pelo código
“R”, para pavimentos rígidos ou pelo código “F”, para pavimentos flexíveis ou mistos.
O segundo código é a resistência do subleito, que leva em consideração o CBR do subleito, de
acordo com a tabela abaixo. Sabendo que CBR adotado foi de 10%, a categoria do subleito é
média e tem um código B.
O próximo será o de pressão dos pneus que deve ser classificada: pelo código “W”, para
pavimentos rígidos ou pelo código correspondente da coluna [2] da Tabela 5.3-3, para
pavimentos flexíveis ou mistos. Este deverá ser feito para cada aeronave, sabendo que a pressão
é obtida através do manual de cada uma.
Já para o último código, deverá ser classificado: pelo código “T”, se adotado o método de
avaliação técnica ou pelo código “U” se adotado o método experimental. Foi adotado o método
experimental que consiste na determinação dos valores de ACN para cada aeronave autorizada
a utilizar o pavimento.
Tabela com o código final para cada aeronave:
A319-100 41 F B Y U
A320-200 37 F B Y U
A321-200 47 F B Y U
B727-200 47 F B Y U
B737-300 33 F B Y U
4. PISTAS DE TAXIAMENTO
4.1. Pista de Táxi
A pista de taxiamento deve ser projetada de modo que a largura entre as rodas externas do trem
de pouso principal e a borda da pista de taxiamento seja de 3m, conforme mostrado na tabela
a seguir, retirado da Resolução n° 465 de 13.03:18 da ANAC.
Aeronave OMGWS
A319-100 8,9
A320-200 8,9
A321-200 8,9
B727-200 7,1
B737-300 6,4
As partes retilíneas da pista de táxi não devem ter largura inferior 15 m, como apresentada
abaixo, retirada da Resolução n° 465 de 13.03:18.
A distância mínima de separação para pistas de táxi é de 158m, por se tratar de uma pista de
aproximação do tipo PA1 e ter letra do código de referência C, como apresentado na tabela a
seguir, retirada da Resolução n° 465 de 13.03:18.
Na tabela são apresentadas outras distancia de acordo com letra do código de referência C, o
D1 será de 44 m, o D2 será de 26 m, o D3 será de 40,5 m e o D4 será de 22,5 m.
Conforme o item 154.217 letra f da RBAC nº 154 emenda nº 06, as declividades longitudinais
e transversais da pista de táxi será de 1,5%, pois a letra do código de referência é a C.
Por ter um número anual de passageiro relativamente pequeno, o terminal deve ser do tipo
centralizado, onde o processamento é realizado em um único modulo de edifício. O terminal
será linear o que requer uma menor distância a ser realizada entre o meio-fio e o terminal e a
orientação se torna mais fácil ao usuário.
Utilizando o a tabela abaixo do método empírico de Medeiros, se determina a área total do
terminal de passageiros, utilizando o nível de serviço e o tipo de aeroporto.
Altura de Decisão (DH): Significa uma específica altura acima do solo, em um procedimento
de aproximação por instrumentos, na qual o piloto deve decidir se inicia imediatamente um
procedimento de aproximação perdida (arremetida) caso não tenha avistado uma referência
visual requerida ou se prossegue na aproximação para pouso. A altura de decisão é expressa em
pés acima do nível do solo
Altura Mínima de Descida (MDH): Consiste na altura especificada em um procedimento de
aproximação de não-precisão ou aproximação para circular em que a descida para pouso não
pode ser feita sem a referência visual adequada.
Alcance Visual de Pista (RVR): distância até a qual o piloto de uma aeronave que se encontra
sobre o eixo de uma pista pode ver a sinalização horizontal ou a sinalização luminosa do seu
contorno ou do seu eixo.