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Escola Básica dos 2º e 3º ciclos do Caniçal

Geografia

Sismo e Tsunami no Oceano Índico,


2004

Maria Eduarda Serrão de Freitas


9º1
Nº19
Índice:

Introdução---------------------------------------------------------------------------------------------------2
Localização da Catástrofe--------------------------------------------------------------------------------3
Acontecimentos da Catástrofe------------------------------------------------------------------------- 5
Suscetibilidade de ocorrer uma nova catástrofe e Vulnerabilidade---------------------------9
Consequências e Prevenções--------------------------------------------------------------------------10
Conclusão--------------------------------------------------------------------------------------------------12
Webgrafia--------------------------------------------------------------------------------------------------13

1
Introdução:

O Sismo e Tsunami do Oceano Índico em 2004 ( também conhecido pela


comunidade científica como terremoto de Sumatra-Andaman), foi uma catástrofe
natural que ocorreu no dia 26 de dezembro de 2004, por volta das 8h da manhã, com
hipocentro a cerca de 30 km de profundidade e o epicentro localizado entre Simeulue e
Sumatra.
O maremoto foi causado por uma subducção que desencadeou uma série de
Tsunamis devastadores ao longo da costa da maioria dos continentes banhados pelo
Oceano Índico, o que causou a morte de 227 898 pessoas em 14 países diferentes e
inundou comunidades costeiras com ondas até 30 metros de altura.
Com uma magnitude entre 9,1 e 9,3, este foi o maior terramoto registrado num
sismógrafo, tendo também a maior duração já observada, entre 8,3 e 10 minutos. Este
foi um dos maiores desastres naturais da história.

Figura 1- A cidade de Achém (Indonésia), em ruínas do dia 2 de janeiro de 2005.

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Localização da catástrofe:

Esta catástrofe natural foi causada por uma ruptura na zona de subducção onde
a placa tectónica da Índia mergulha por baixo da placa da Birmânia. Este sismo teve o
seu epicentro em pleno oceano, a oeste da ilha de Sumatra, nas coordenadas 3,298°N
(latitude) e 95,779°O (longitude).
A sua magnitude sísmica de 9,1, registada na Escala de Richter, fez com que todo
o planeta tremesse um centímetro, e deu origem a outros terramotos em pontos
distantes do epicentro, como o Alasca e os Estados Unidos.
Este Terramoto foi causado por uma ruptura na zona de subducção onde a placa
tectónica da Índia mergulha por baixo da placa da Birmânia. A energia libertada
provocou o sismo de magnitude elevada e a deslocação do fundo do oceano, das placas
tectónicas e dos sedimentos remobilizados pelo abalo, deram origem ao tsunami e á
alteração na rotação da Terra. Este Tsunami atravessou o Oceano Índico e devastou
diversas zonas incluindo zonas costeiras na África Oriental, nomeadamente na Tanzânia,
Somália e Quénia.
Os países mais afetados foram:
- Indonésia, ilha de Sumatra, estado de Banda Aceh;
- Sri Lanka;
- Índia, na Costa de Coromandel, nomeadamente os estados de Tamil Nadu, Andhra
Pradesh e os arquipélagos Andamão e Nicobar onde algumas ilhas ficaram totalmente
submersas;
- Tailândia, especialmente as estâncias turísticas das Ilhas Phi Phi e Ilhas Phuket;
- Malásia;
- Ilhas Maldivas, onde dois terços da capital, Malé, foram inundados pelo tsunami;
- Bangladesh;

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Figura 2- Diagrama do epicentro do terramoto e países afetados pelo Tsunami.

Figura 3- Mapa dos países afetados pelo Tsunami ao redor do mundo.

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Acontecimentos desta catástrofe:

Ínicio da catástrofe na Sumatra:


No dia 26 de dezembro de 2004, um dia depois do Natal, vários turistas Europeus
e Americanos aglomeravam-se nas praias da Tailândia, do Sri Lanka e da Indonésia para
escaparem ao frio do Inverno, num país tropical.
Às 7h59, um terramoto de magnitude 9,1 - um dos maiores já registrados -
atingiu uma falha submarina no Oceano Índico, impulsionando uma enorme coluna de
água em direção a praias desavisadas. O tsunami do Boxing Day seria o mais mortal da
história registrado, tirando 230.000 vidas em questão de horas.
A cidade de Banda Aceh, no extremo norte da Sumatra, era a mais próxima do
epicentro do poderoso terramoto e as primeiras ondas chegaram em apenas 20
minutos. Depressa uma onda de 30 metros “engoliu” a cidade costeira composta por
320.000 habitantes, matando instantaneamente mais de 100.000 homens, mulheres e
crianças. Prédios dobrados, árvores e carros foram arrastados pela onda, e praticamente
ninguém sobreviveu ao dilúvio.

Figura 4- Foto aérea que mostra as casas destruídas e a devastação perto da costa
marítima de Banda Aceh, na Indonésia.

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Chegada á Tailândia:

Com ondas a 800km/h através do Oceano Índico, o tsunami atingiu as províncias


costeiras de Phang Nga e Phuket, na Tailândia, uma hora e meia depois. Apesar do lapso
de tempo, moradores e turistas foram apanhados completamente alheios á destruição
iminente. Os banhistas curiosos até estranhamente recuaram, apenas para serem
perseguidos por uma parede de água agitada. O número de mortos na Tailândia foi de
quase 5.400, incluindo 2.000 turistas estrangeiros. Houve também milhares de
desaparecidos.

Figura 5- Ondas fortes na praia de Patong em Phuket, Tailândia, 2004

Figura 6- Turistas a correr de volta para a costa antes de o Tsunami começar e invadir a
praia de Hat Rai Lay, no sul da Tailãndia
5
Figura 7- Um barco que foi arrastado até ao quintal de uma casa, na cidade pescatória
de Ban Nam Khaem, na Tailândia.

Figura 8- Nomes e fotografias de pessoas desaparecidas num quadro de avisos na


Prefeitura Provençal de Phuket, no dia 1 de Janeiro de 2005.

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Chegada á Índia:
Uma hora depois, no lado oposto do Oceano Índico, as ondas atingiram a costa
sudeste da Índia perto da cidade de Chennai, empurrando quilômetros de água entupida
de destroços para o interior e matando mais de 10.000 pessoas, a maioria mulheres e
crianças, já que muitos dos homens estavam a pescar.

Figura 9- Praia da marina em Chennai, índia, a 26 de dezembro de 2004, após ondas


gigantescas atingirem a região.

Figura 10- Praia de Chennai na Índia após o Tsunami.


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Chegada ao Sri Lanka e por fim á África do Sul:

A pior parte da devastação foi reservada para a nação-ilha do Sri Lanka, onde
mais de 30.000 pessoas foram levadas pelas ondas e centenas de milhares ficaram
desabrigadas.
Como prova da força recorde do tsunami, as últimas vítimas do desastre do
Boxing Day morreram quase oito horas depois, quando o aumento do mar e ondas
violentas apanharam os nadadores de surpresa na África do Sul, a 5.000 milhas do
epicentro do terremoto.

Figura 11- Uma carruagem de um comboio arrastada pelo tsunami, no desastre


ferroviário de Peraliya.

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Suscetibilidade de ocorrer uma nova catástrofe
e vulnerabilidade de ocorrer, do local e
populações:
A suscetibilidade e a vulnerabilidade de ocorrer uma nova catástrofe neste países
em volta do Oceano Índico são de grande risco, devido á localização das placas
tectónicas, que situam-se maioritariamente nestes locais (anel de fogo do pacífico).

Figura 12- Localização das placas tectónicas.

Figura 13- Mapa do Índice de Risco Mundial.

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Consequências e prevenções para não se
repetirem catástrofes como esta:

Consequências:
- 13 países afetados: Indonésia, Sri Lanka, Índia, Tailândia, Madagascar, Maldivas,
Malásia, Mianmar, Seicheles, Somália, Quênia, Tanzânia e Bangladesh.

- 226.306 vítimas: 37 087 na Indonésia, 23 231 no Sri Lanka, 12 405 na Índia, 5395 na
Tailândia, 164 no leste da África, 82 nas Maldivas, 69 na Malásia, 61 em Mianmar e 2 em
Bangladesh.

- 1,8 milhão de desabrigados.

- 469 000 imóveis danificados ou destruídos.

- US$ 10,7 bilhões em prejuízo.

Prevenções:
Os países asiáticos são conhecidos por serem altamente preparados para
enfrentar terramotos e tsunamis. Parte dessa preparação envolve campanhas
frequentes de informação da população -- tanto dos moradores do país quando de
turistas de passagem. As cidades japonesas fazem treinamentos regulares de como
reagir em caso de terremoto e as crianças são ensinadas desde cedo, na escola. Em 2009,
a ONU recomendou aos países asiáticos mais propensos a catástrofes que reservassem
10 por cento das suas verbas de desenvolvimento para limitar o risco de desastres,
especialmente tendo em conta o impacto das alterações climáticas.
Além disso existem equipamentos detetores de tsunamis que alertam a
população e fazem com que estas sejam retiradas mais rapidamente dos locais, salvando
milhares de vidas.

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Figura 14- Orientações japonesas para o caso de terramotos.

Figura 15- Sensores de deteção de Tsunamis.

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Conclusão:

O Sismo e Tsunami de 2004 no Oceano Índico, irá ficar para sempre na memória
de milhões de pessoas e será lembrado por numerosos cientistas em todo o mundo. Um
tsunami violento originado por um terramoto com epicentro ao largo da ilha de
Sumatra, matou, feriu, assustou e desabrigou milhares de pessoas de aldeias
pescatórias, praias, centros turísticos e cidades litorais sem distinguir classes sociais.
Esta situação em que muitos povos e países em todo o mundo foram afetados,
provocou uma grande resposta humanitária, de um total de 14 bilhões de dólares em
ajuda humanitária, por parte da comunidade mundial.
Para se evitarem consequências catastróficas como estas equipamentos
detetores de tsunamis, e orientações impostas para caso de terramotos, podem fazer
com que milhares de vidas sejam salvas e não se volte a repetir uma das maiores
catástrofes naturais já registadas do mundo.

Figura 16- Vista aérea da entrega de suprimentos de emergência perto de uma


mesquita da cidade de Meulaboh, na ilha de Sumatra, Indonésia, após o tsunami.

12
Webgrafia:

▪ https://pt.wikipedia.org/wiki/Sismo_e_tsunami_do_Oceano_%C3%8Dndico_de
_2004

▪ https://www.history.com/news/deadliest-tsunami-2004-indian-
ocean#&gid=ci0234664b20012725&pid=6-tsunami-52487492

▪ https://www.bbc.com/portuguese/geral-46671825

▪ https://jornaldesacordo.com/2019/12/27/15-anos-do-tsunami-do-oceano-
indico-consequencias-e-relato-de-uma-sobrevivente/

▪ http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/03/saiba-mais-como-foi-o-tsunami-
de-2004-no-oceano-indico.html

13
FIM

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