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Grupo I
Um sismo de 4,9 foi registado esta segunda-feira, em Arraiolos, segundo a informação divulgada
pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). «Este sismo, de acordo com a
informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi
sentido com intensidade máxima IV (escala de Mercalli modificada) na região de Elvas», diz
o IPMA, em comunicado. Segundo vários relatos, o tremor de terra foi sentido em várias localidades,
nomeadamente em Évora, Lisboa, Coimbra e até Aveiro. Também há relatos nas redes sociais de
um abalo sentido em Espanha. O sismo foi registado às 11:51, a 12 quilómetros de profundidade.
Em Évora, a 30 quilómetros do epicentro, o abalo “fortíssimo” também foi sentido e várias pessoas
saíram para a rua. A Proteção Civil local garante que não há danos a registar. Em Elvas, o
comandante dos bombeiros confirmou que uma escola foi evacuada temporariamente e que não há
danos a registar. «Dezenas de alunos saíram do edifício e depois voltaram ao funcionamento normal
das aulas», disse Tiago Bugio. Houve pelo menos três réplicas com magnitude entre 2,5 e 2,7.
Baseado em https://tvi24.iol.pt/socieadade/15-01-2018/sismo-de-4-9-em-arraiolos [consult. abr 2021]
Figura 1. Resultados dos inquéritos macrossísmicos levados a cabo pelo ICT, usando o formulário do IPMA. Foram
consideradas 614 respostas para o apuramento de resultados. A estrela representa o epicentro do sismo de Arraiolos. A
escala de cinzentos indica o valor da intensidade sísmica.
Baseado em Marreiros, C. et al. (2019, abril). Os shakemaps do sismo de Arraiolos de 15 de janeiro de 2018 (ML 4,9). Paper apresentado no 11.º
congresso Nacional de Sismologia e Engenharia Sísmica. Disponível em
https://www.researchgate.net/publication/338490202_OS_SHAKEMAPS_DO_SISMO_DE_ARRAIOLOS_DE_15_DE_JANEIRO_DE_2018_ML_49
1. O valor de 4,9 calculado a partir da análise do sismograma avalia
(A) a perceção que as pessoas têm do sismo.
(B) os estragos causados nos edifícios.
(C) a energia libertada no hipocentro.
(D) o número de pessoas que sentiram o sismo.
2. A intensidade de um sismo é
(A) sempre a mesma e não depende da distância ao epicentro.
(B) variável e depende da distância ao epicentro.
(C) medida usando a escala de Richter modificada.
(D) a quantificação da energia libertada.
4. O epicentro corresponde
(A) à fratura na rocha ao longo da qual ocorre o movimento.
(B) ao registo gráfico das vibrações do solo.
(C) ao ponto à superfície situado na vertical do foco sísmico.
(D) ao instrumento que regista as vibrações do solo.
8. Indica como se designa o registo do sismo a partir do qual é calculada a sua magnitude.
10. A TERRA TREME é um exercício organizado anualmente pela Autoridade Nacional de Proteção
Civil que pretende alertar e sensibilizar a população para as formas de agir antes, durante e depois
da ocorrência de um sismo.
Explica a importância da realização destes simulacros, referindo como os alunos de Elvas deveriam
ter procedido durante o sismo.
Grupo II
Embora a frequência da sismicidade seja muito inferior à de outros pontos do Globo, Portugal
apresenta algumas zonas de risco. Em Portugal continental, os sismos podem ser de dois tipos:
interplaca ou intraplaca. Os primeiros são gerados no oceano, na confluência das placas, e têm
magnitudes elevadas. Foi o caso do terramoto de 1755, que se supôs inicialmente ter tido início na
zona do banco de Gorringe, 200 quilómetros a sudoeste do Algarve, mas que atualmente já se
coloca o epicentro mais junto à costa, na falha Marquês de Pombal. O banco de Gorringe expõe
uma porção da superfície oceânica constituída por peridotitos sobrepostos por gabros.
Os sismos intraplaca têm origem em falhas dentro do próprio território português. Foi o caso do
terramoto que destruiu por completo a vila de Benavente em 1909. A Área Metropolitana de Lisboa,
a península de Setúbal, o Algarve e a faixa litoral a sul da Figueira da Foz, incluindo o vale inferior
do Tejo, são as zonas de maior risco. Um motivo de preocupação são as construções em alvenaria,
um material obtido através da junção de blocos de pedra ou tijolos com argamassa, que foi
amplamente usado em Portugal até à segunda década do século XX e que caracteriza a maioria
dos edifícios históricos. Quando uma parede em alvenaria é sujeita a forças perpendiculares ao
plano, a sua resistência é muito limitada, sobretudo se não existir um pavimento rígido. A partir de
1930, o betão armado foi progressivamente introduzido na construção. No entanto, durante muito
tempo, era produzido artesanalmente e de forma pouco controlada. De acordo com os especialistas,
a falta de rigor e a tentativa de construir barato geraram muitos prédios de fraca qualidade.
Baseado em http://www.superinteressante.pt/index.php/tecnologia/artigos/2246-quando-tudo-treme
Baseado em Direção Nacional de Planeamento de Emergência/ Núcleo de Riscos e Alerta (2010). Estudo do Risco Sísmico e de
Tsunamis do Algarve. Autoridade Nacional de Proteção Civil. Disponível em prociv.pt/bk/Documents/ERSTA_ANPC.pdf
Figura 3. Caracterização do parque habitacional da região do Algarve com base nos Censos 2001.
Baseado em Direção Nacional de Planeamento de Emergência/ Núcleo de Riscos e Alerta (2010). Estudo do Risco Sísmico e de
Tsunamis do Algarve. Autoridade Nacional de Proteção Civil. Disponível em prociv.pt/bk/Documents/ERSTA_ANPC.pdf
4. Durante os últimos 250 anos, uma cidade sofreu 23 sismos com intervalos regulares. Estes
sismos ocorreram
(A) a cada 50 anos.
(B) a cada 100 anos.
(C) a cada 10 anos.
(D) a cada 5 anos.
7. De acordo com a figura 3, relativamente aos edifícios de alvenaria construídos entre 1961 e 1985,
(A) cerca de 10 000 apresentam três pisos.
(B) cerca de 17 000 apresentam apenas um piso.
(C) apenas cerca de mil apresentam cinco ou mais pisos.
(D) predominam os edifícios com dois pisos.
Figura 4.
10. Faz corresponder a cada uma das características relativas às zonas da estrutura interna da
Terra, referidas na coluna A, a respetiva designação, que consta da coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Zona constituída essencialmente por ferro e níquel no estado líquido. (1) Núcleo interno
(b) Zona constituída essencialmente por rochas ricas em silício e (2) Núcleo externo
alumínio. (3) Manto
(c) Zona constituída essencialmente por rochas ricas em silício e (4) Astenosfera
magnésio. (5) Litosfera
(d) Zona constituída por peridotitos com comportamento plástico e (6) Crusta continental
deformável. (7) Crusta oceânica
(e) Zona constituída pela crusta e pela parte superior do manto. (8) Mesosfera