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Fukushima vítima de novo sismo 10 anos após o

desastre nuclear de 2011


Foi no dia 13 de fevereiro de 2021 que ocorreu um
sismo que atingiu a zona de Fukushima de magnitude
7,3 na escala de Richter.. Há 10 anos atrás terá
ocorrido um outro sismo de maior magnitude que
provocou uma catástrofe nuclear, seguida de um
violento tsunami.
O sismo terá sido sentido pelas 23h07 na hora local
onde ocorreram também cerca de 12 réplicas de
magnitude 5,3 (na escala de Richter).
Tanto em Fukushima como em Miyagi, o terramoto atingiu o nível 6 na escala de Shindu
(escala de intensidade japonesa).
A distribuidora de energia elétrica em Tóquio e outras regiões informou que foram
registados, em mais de 830.000 casas apagões elétricos, sendo que a eletricidade foi
restabelecida pouco tempo depois.
Em termos de danos, foram registados 186 feridos, 16 em estado grave e 1 morto. Este
sismo foi sentido com mais intensidade, para além de Fukushima, em Sendai e com menos
intensidade em Tóquio. Ainda que o mesmo pudesse ter causado um tsunami, o alerta do
mesmo não foi lançado.

Contexto Tectónico
De acordo com o jornal “Público”, pensa-se que as causas
do sismo de há 10 anos atrás tenham sido semelhantes à
do sismo de 2021. Existe uma falha geológica com um
intervalo preenchido de argila fina que, ao oferecer pouca
resistência, faz com que as ondas sísmicas se propaguem
mais lentamente, acabando por ter maior amplitude,
causando assim bastantes danos. Neste caso, os danos
não foram tão elevados, porém, o Japão é uma das regiões
com elevada probabilidade de ocorrência de sismos de
grande amplitude devido à constituição à volta desta falha, para
além das consequências que a mesma traz consigo.
Esta zona de subducção é responsável pela Fossa do Japão,
sendo que o sismo de 2011 teve origem na falha “Tohoku-
Oki”, localizada na fronteira entre as placas que
convergem entre si nesta situação (norte-americana e do
pacífico).
Para além dos danos causados pelos sismos, estas razões
serão as mesmas para justificar a violenta intensidade do
tsunami de há 10 anos que poderá voltar a acontecer.
Como já é do conhecimento das entidades científicas, o Japão localiza-se perto do Anel de
Fogo do Pacífico, uma zona de grande subducção entre a placa do pacífico e a placa

Mafalda Festas André & Ana Rita Cruz


norte-americana. Ao subductar relativamente à placa norte-americana, a placa do Pacífico
origina um limite convergente (zona de subducção) responsável pela intensa atividade
vulcânica aí presente. Como tal, ao encontrar-se perto desta zona característica, os sismos
resultantes da atividade vulcânica do Anel de Fogo do Pacífico propagam-se com elevada
magnitude, afetando o Japão.

Medidas de prevenção e proteção de sismos


Para garantir a proteção da
população e das estruturas da
região que poderá ser afetada pelo
sismo, devemos ter em conta
algumas medidas, tanto individuais
como coletivas, as quais, estas
últimas, muitas vezes são
organizadas pelo governo nacional.
Como medidas individuais, devemos
considerar as mesmas antes,
durante e após um sismo. Assim,
antes de um sismo, devemos elaborar um kit de emergência, identificar os locais mais
seguros e perigosos para definir locais onde nos possamos abrigar, escolher um ponto de
encontro, fixar móveis, estantes e outras estruturas às paredes da habitação, promovendo
assim a segurança própria e etc. Durante um sismo devemos proceder ao abrigo debaixo de
estruturas sólidas, não utilizar elevadores e, se possível, escadas e manter-se afastado de
espelhos, objetos de vidro ou que possam partir ou cair. Finalmente, após um sismo,
devemos desligar a água, gás e luz, ter em atenção os objetos que possam estar caídos no
chão, principalmente objetos cortantes e dirigir-se a um local aberto, longe do mar (devido
à possível ocorrência de tsunamis) e de edifícios, postos de eletricidade ou algo que possa
cair.

Link da notícia utilizada:

Mafalda Festas André & Ana Rita Cruz


https://observador.pt/2021/02/13/japao-sismo-de-magnitude-7-1-atinge-fukushima/

Mafalda Festas André & Ana Rita Cruz

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