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D’artagnam Gomes Nascimento Filho

Responsável técnico por diversas unidades de tratamento e controle de qualidade de água


da EMBASA (1986/2006). Pesquisador de métodos e técnicas, não convencionais, de
tratamento de água para consumo humano. Diretor Técnico da QUIMIL tratamento de águas,
gerindo os processos de industrialização de produtos, contratos de serviços e suporte
tecnologico a carreira de clientes. Na atualidade Diretor Técnico da WWT (Wellan Water
Treatment), coordenando ações de tratamento de água, efluente e reuso.
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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• Vamos nos entender !!!!!!
 PROGRAMAÇÃO DE WEBCONFERÊNCIAS

1) Seg - 24/05 - 19h às 21h30 - JORDÃO


2) Qua - 26/05 - 19h às 21h30 - JOSÉ CAVALCANTI
3) Sex - 28/05 - 19h às 21h30 – CARLOS CHERNICHARO
4) Seg - 31/05 - 19h às 21h30 – CARLOS CHERNICHARO
5) Qua - 02/06 - 19h às 21h30 – D`ARTAGNAM
6) Ter - 08/06 - 19h às 21h30 – JOÃO ROSA
7) Qui - 10/06 - 19h às 21h30 – ANA FAVARO
8) Seg - 14/06 - 19h às 21h30 – D`ARTAGNAM
9) Qua - 16/06 - 19h às 21h30 – D`ARTAGNAM
10)Sex - 18/06 - 19h às 21h30 - GIORDANO

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

CURSO OPERAÇÀO DE ETE`S 2.0 – UCCW

 Efluentes Industriais,
conceitos, minimização da
geração na fonte,
principais tratamentos
físico-químicos e
biológicos e seus
recentes avanços
tecnológicos;
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
DEFINIÇÂO
Toda a atividade industrial gera “sub produtos” descartáveis em maior
ou menor grau dependendo do processo industrial e de seu grau de
modernidade.
São representados por três tipos de descarte:
• Emissões atmosféricas
• Despejos industriais
• Resíduos sólidos
• Emissões atmosféricas
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
O QUE SÃO?
Despejos industriais são correntes líquidas ou ainda suspensões
originadas de processos, operações e/ou utilidades, podendo
também vir acompanhados de águas pluviais e esgotos
sanitários

São decorrentes de desperdícios de matérias primas e insumos,


bem como de descartes de produtos fora de especificação.

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
DIFERENÇAS
Os despejos industriais (wastes) possuem características físicas, químicas
e bioquímicas bastante diversificadas incluindo componentes biológicos

Os esgotos domésticos possuem características físicas, químicas e


biológicas relativamente uniformes. Pode-se dizer que constituem um
caso particular de despejo. (sewage)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
DIFERENÇAS

Os compostos potencialmente presentes nos despejos líquidos (esgotos


sanitários e efluentes industriais) são os seguintes:

 Compostos orgânicos dissolvidos.


 Sólidos dissolvidos totais
 Sólidos em suspensão totais
 Gases dissolvidos ionizáveis

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
DIFERENÇAS
Mais especificamente, os compostos presentes nos esgotos sanitários
podem ser agrupados da seguinte forma:

 Carbohidratos
 Proteínas
 Lipídios
 Sais minerais
 Microorganismos
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
DIFERENÇAS
Já os compostos presentes nos despejos industriais agregam toda uma
gama variada de compostos orgânicos e inorgânicos oriundos das
matérias primas e insumos utilizados no processo produtivo, assim
como produtos de reação, resultando em:

 Despejos com características predominantemente orgânicas


Despejos com características predominantemente inorgânicas

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
Tipos de indústrias com
despejos com características predominantemente orgânicas
Matadouros e frigoríficos Refino de petróleo
Texteis Farmacêuticos
Curtumes Açúcar e álcool
Petroquímicos Plásticos
Lacticínios Celulose e papel
Bebidas Alimentícia

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
Tipos de indústrias com
despejos com características predominantemente orgânicas
Principais poluentes
DBO Amônia
DQO Surfactantes
Fenóis BTXE
Óleos e graxas vegetais e animais Sulfetos
Metais pesados Corantes AZO

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
Tipos de indústrias com
despejos com características predominantemente inorgânicas

Siderúrgicas Mineração
Metalúrgicas Cerâmica
Acabamento de metais Automobilística
Pilhas e baterias
Circuitos impressos

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
Tipos de indústrias com
despejos com características predominantemente inorgânicas
Principais poluentes
Metais pesados DQO
Óleos e graxas minerais Boro
Arsênio Fluoreto
Cianetos Bário
Selênio Orgânicos
Selênio
BárioJose Eduardo Cavalcanti
Eng.°

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEITOS GERAIS

Porque é um problema?

 Despejos industriais só constituem problema em maior ou menor grau


quando lançados em corpos receptores, ou seja, no meio ambiente.

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEITOS GERAIS
Como minimizá-los através de práticas de gestão?

 Adoção de processos produtivos sustentáveis


 Não gerá-los desnecessariamente
 Reciclá-los com ou sem tratamentos prévios
 Pré condicioná-los se tiver que lança-los em rede pública de esgotos
 Tratá-los se tiver de lança-los em corpo receptor

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEITOS GERAIS
Como minimizá-los?
Adoção de processos produtivos sustentáveis

 Uma tendência que vai ao encontro da indústria 4.0 também


chamada de Quarta Revolução Industrial

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEITOS GERAIS
Como minimizá-los?
Reciclagens de águas com ou sem tratamentos prévios

 Reciclagens internas entre processos produtivos e utilidades

 Reuso de efluentes tratados em conformidade com finalidades


específicas.

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEITOS GERAIS

Como minimizá-los?
Reciclagens de águas com ou sem tratamentos prévios

Reuso de condensado de vapor


Coleta e aproveitamento de águas de chuvas

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEITOS GERAIS
Como minimizá-los?
Pré condicionamento para lançamento em rede pública de esgotos de
acordo com as normas.

 Somente utilizar este descarte após cessadas as possibilidades de


reaproveitamento interno dos efluentes
 Minimização dos constituintes dos efluentes, incluindo vazão, que
possam impactar o OPEX e a tarifa.
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEITOS GERAIS
Como minimizá-los?
Tratamento de efluentes para lançamento em corpo receptor de acordo
com as normas.

 Utilizar este procedimento somente após cessadas as possibilidades


de reaproveitamento interno dos efluentes.
 Minimização da carga energética, vazão e das concentrações de
substâncias que impactam o corpo receptor.
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEITOS GERAIS
Como minimizá-los?
Não gerar despejos desnecessariamente

 Procedimentos de Produção + Limpa


Relaciona-se ao processo produtivo

 Adoção de práticas de “housekeeping in plant”


Usos de mangueira com gatilho
Limpezas a seco ou com alta pressão
Coleta de água de chuva para reuso
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Primórdios
Decreto 23777 de 23 de janeiro de 1934:

Dispunha sobre o laçamento de resíduo industrial das usinas açucareiras


nas águas fluviais.
O Decreto considerava que estes resídos conhecidos como tiborna,
vinhoto ou caxixi constituía um problema de solução urgente a fim de
evitar a sua ação nociva sobre a vida dos peixes.
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Primórdios
O Decreto estabelecia no Art. 1º a obrigatoriedade do lançamento dos
resíduos industriais das usinas açucareiras nos rios principais longe das
margens em lugar fundo e correntoso.

O Art. 2º rezava que na impossibilidade do cumprimento do Artigo


anterior as usinas eram obrigadas a adotar tanques de decantação e e
utilizar o resíduo como adubo (§ 1º)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Primórdios
São Paulo

Em 1968 a CICPAA – Comissão Intermunicipal de Controle da Poluição


do Ar e da Água, envolvendo os municípios de Santo André, São
Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Mauá, estabeleceu normas
e limites para o lançamento de efluentes líquidos na bacia do rio
Tamanduateí

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti


DESPEJOS INDUSTRIAIS
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Primórdios
Padrões de emissão estabelecidos pelo CICPAA

Temperatura <40°C
pH entre 5 e 9
Ssed. < 1 ml/L
DBO <100 mg/L
O&G < 75 mg/L
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Primórdios
Estado da Guanabara (Atual estado do Rio de Janeiro)

Decreto “E” Nº 2889 de 10 de junho de 1969, Capítulo XI: Aprova o


Regulamento do Despejo Industrial do Estado da Guanabara.

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Primórdios

Decreto nº 73.030, de 30 de Outubro de 1973


Cria, no âmbito do Ministério do Interior, a Secretaria Especial do Meio
Ambiente – SEMA.

Portaria GM/nº 0013 de 15 de janeiro de 1976 estabelece a classificação


das águas interiores e padrões de lançamento.
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
Natureza dos despejos

Como identificar plenamente um despejo industrial em termos


quantitativos e qualitativos?

 Determinação da vazão e de suas variações ao longo do tempo das


correntes de despejos.

 Determinação de suas características qualitativas e de suas variações.


Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
Natureza dos despejos
Determinação da vazão

 Através de avaliações indiretas com base no balanço de massa

 Através de medições diretas no “end of pipe”utilizando-se:


 Calhas e vertedores
 Cubagem
 Traçadores

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
Natureza dos despejos
Determinação das características físico-químicas e biológicas

 Elaboração de um Plano de Amostragem


 Tipo de amostras (simples ou compostas)
 Seleção dos parâmetros de caracterização
Periodicidade
Frequência
Tipo de preservação

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
Natureza dos despejos

Determinação das características físico-químicas e biológicas


 Elaboração de análises no local de coleta e em laboratório nas
amostras coletadas segundo parâmetros:
 Físicos
Químicos
Biológicos
Bacteriológicos

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
Natureza dos despejos
Determinação das características físico-químicas e biológicas

Características Físicas
Temperatura, Sólidos ( dissolvidos e em suspensão, fixos e voláteis),
Condutividade

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
Natureza dos despejos
Determinação das características físico-químicas e biológicas
Características Quimicas
pH, Alcalinidade, Dureza, Faixa de Sólidos, OD, Ciclo de Nitrogênio, P,
Surfactantes, O&G, Fenois, CN, F, Metais pesados (Sb, As, Ba, Bo, Cd,
Pb,Cu, Cr, Hg,Ni, Se,Zn), DQO, COT e DBO.
Outros Compostos Químicos
PHACS ou PPCPS,EDCS, e POPs

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
Natureza dos despejos
FAIXA DE SÓLIDOS
Sólidos totais fixos e voláteis (ST) (mg/L)
Sólidos em suspensão totais, fixos e voláteis (SST) (mg/L)
Sólidos Dissolvidos Totais, fixos e voláteis (SDT) (mg/L)
ST=SST + SDT
Sólidos sedimentáveis são parte dos sólidos em suspensão que
decantam (ml/L)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

Natureza dos despejos


UNIDADES DE MEDIDAS
A maior parte dos parâmetros tem suas concentrações medidas em
mg/L. Fazem exceção, Temperatura, pH, Condutividade e Solidos
sedimentáveis
LEMBREM-SE
1 ppm =1 mg/L = 1 g/m3 = 0.001Kg/m3
1% = 10 g/L

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

Natureza dos despejos


CICLO DO NITROGÊNIO
NITROGENIO TOTAL
Nitrogênio Amoniacal (NH3 OU NH4)+ Nitrogenio Abuminoide +
Nitrogênio Orgânico + Nitrito + Nitrato
NITROGÊNIO TOTAL KJELDAHLL (TKN)
Nitrogênio Amoniacal (NH3 OU NH4)+ Nitrogênio Orgânico

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
Natureza dos despejos
Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo
A avaliação do conteúdo orgânico de um despejo pode ser feito através
de 3 parâmetros:

 TOC (Carbono Orgânico Total) (mg/L)


 DQO (Demanda Química de Oxigênio) (mg/L)
 DBO ( Demanda Bioquímica de Oxigênio) (mg/L)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

Natureza dos despejos


Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo
TOC (Carbono Orgânico Total)
O Carbono Orgânico Total é a quantidade de carbono unido a um
composto orgânico em uma reação de oxidação.
Os contaminantes orgânicos podem advir de uma variedade de fontes
como lactose, álcool, fenóis, petróleo, produtos derivados de plástico,
etc.

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
Natureza dos despejos
Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo
TOC (Carbono Orgânico Total)
Exemplo empírico: Lactose

C6H6O +O2 6CO2 + 3H2O (reação de oxidação)


TOC= (1 x12/30) x 100
TOC = 40 mg/L

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
Natureza dos despejos
Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo
TOC (Carbono Orgânico Total)
Exemplo empírico: Fenol
C6H6O +7O2 6CO2 + 3H2O (reação de oxidação)
TOC= (6 x12/94) x 100
TOC = 7.7 mg/L

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

Natureza dos despejos


Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo

DQO (Demanda Química de Oxigênio)

A Demanda Química de Oxigênio é a quantidade de oxigênio necessária


para oxidar compostos orgânicos e inorgânicos em uma reação de
oxidação pelo Dicromato de Potássio
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

Natureza dos despejos


Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo
DQO (Demanda Química de Oxigênio)
Exemplo empírico: Lactose
CH2O +O2 CO2 + H2O (reação de oxidação)
TOC= (1 x32 g/30 g) x 100
DQO = 107 mg/L

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

Natureza dos despejos


Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo
DQO (Demanda Química de Oxigênio)
Exemplo empírico: Fenol
C6H6O +702 6CO2 + 3H2O (reação de oxidação)
TOC= (7 x12 g/94 g) x 100
DQO = 28.8 mg/L

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

Natureza dos despejos


Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo
OD (Oxigênio Dissolvido)
A dissolução do oxigênio na água depende de três fatores:
Temperatura, Salinidade e Altitude (pressão atmosférica)

O OD a 0°C, 760 mm de Hg e salinidade zero é de 14.6 mg/L

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

Natureza dos despejos


Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo
DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio)

A DBO, expressa em mg/L, revela a quantidade de oxigênio que


será consumida na degradação de um composto orgânico sem a
necessidade de se conhecer a concentração de todos os seus
constituintes

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

Natureza dos despejos


Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo
DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio)
DE ONDE PROVÉM A DBO ?
Sólidos dissolvidos, coloidais e em suspensão voláteis
biodegradáveis
Gases dissolvidos
Líquidos orgânicos biodegradáveis miscíveis (álcool)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

Natureza dos despejos


Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo
DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio)

A Demanda Bioquímica de Oxigênio é a quantidade de oxigênio


necessária para a oxidação aeróbica da matéria orgânica
biodegradável do despejo após 5 dias de incubação a 20°C.
DBO = OD (medida no início da análise) - OD (após 5 dias)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

Natureza dos despejos


Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo
DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio)
Exemplo:
Uma amostra coletada de um rio acusou OD de 5 mg/L. Após 5
dias incubada a 20°C o OD medido foi de 2 mg/L
A DBO foi então de 5-2 = 3 mg/L (não contando as diluições)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo
DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) - Exemplo
DQO/4/ OD1- OD no
Aliquotas DQO DQO/4 40 Adotado OD1 OD5 OD5 frasco Na diluição DBO

(mL) (mg/L) (mg/L) (vezes) (vezes) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/0,3L) (mg/L) (mg/L)

40 1058 264,5 6,6125 5 6,69 4,71 1,98 0,594 14,85 74,25

25 1058 264,5 6,6125 5 6,71 4,96 1,75 0,525 21 105

15 1058 264,5 6,6125 5 6,71 5,25 1,46 0,438 29,2 146

10 1058 264,5 6,6125 5 6,75 5,26 1,49 0,447 44,7 223,5

5 1058 264,5 6,6125 5 6,89 6,25 0,64 0,192 38,4 192

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

DBO- Demanda Bioquímica de Oxigênio


Frasco de DBO de 300 mL

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO


INDUSTRIAL
O QUE DEVE SER FORNECIDO AO PROPONENTE
 Caracterização quantitativa e qualitativa dos efluentes
 Padrões de emissão e/ou reuso almejados
 Modalidade de fornecimento desejada: projetos básico e/ou
detalhado) ou “turn key”
 Outras informações
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO
INDUSTRIAL
O QUE DEVE SER EXIGIDO DO PROPONENTE NA APRESENTAÇÃO DA
PROPOSTA TÉCNICA NA MODALIDADE “TURN KEY”

o Visita ao local e relato acerca do conhecimento do problema


o Concepção do sistema de tratamento e justificativas
o Fluxograma de engenharia (P&ID) completo para discussão prévia
de modo a subsidiar a proposta comercial
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO


INDUSTRIAL
O QUE DEVE SER EXIGIDO DO PROPONENTE NA APRESENTAÇÃO DA
PROPOSTA TÉCNICA NA MODALIDADE PROJETO
o Relato acerca do conhecimento do problema
o Plano de trabalho e metodologia a ser empregada
o Descrição das atividades de projeto (básico e/ou detalhado
envolvendo todas as modalidades)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO


INDUSTRIAL
O QUE NA PRÁTICA REALMENTE ACONTECE (CONTRATANTE)
 Prazos exíguos para apresentação da proposta
 Dados insuficientes fornecidos para a preparação da proposta
 Deficiência técnica por parte do contratante para avaliação
técnica das propostas muitas vezes com escopos diferentes
 Contratação da proposta de menor CAPEX

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

 CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO


INDUSTRIAL
O QUE NA PRÁTICA REALMENTE ACONTECE
FORNECEDOR DE “TURN KEY”
Apresentação de proposta incompleta sem justificativas de concepção,
ausência de dados de dimensionamento, sem dados de OPEX e com
especificação incompleta de equipamentos e instrumentação

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO


INDUSTRIAL
LEVANTAMENTO DE DADOS GERAIS
 Natureza da indústria
 Grau de sustentabilidade ambiental
 Padrões de emissão, de qualidade ou de reuso requeridos
 Situação sanitária atual da indústria
 Nova Estação de Tratamento ou “retrofit”

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO


INDUSTRIAL
LEVANTAMENTO DE DADOS PARA PROJETO
 Caracterização quantitativa e qualitativa dos efluentes
• Ensaios de tratabilidade
• Concepção de tratamento
• Análise de CAPEX e OPEX

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO


INDUSTRIAL
 CARACTERIZAÇÃO QUANTI E QUALITATIVA DOS EFLUENTES
• Identificação dos “ends of pipes”
• Medição de vazão (indireta ou direta)
• Plano de amostragem definindo-se os parâmetros
• Amostragem em função da vazão ( periodicidade e frequência)
• Processamento dos resultados
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO


INDUSTRIAL
 CARACTERIZAÇÃO QUANTI E QUALITATIVA DOS EFLUENTES
Processamento dos resultados
Com base na caracterização quantitativa e qualitativa, é possível
determinar a vazão e carga orgânica de projeto (m3/dia ou me3/ ton
de produto e Kg DBO/dia ou Kg DBO/ ton de produto, bem como
parâmetros de projeto.

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO


INDUSTRIAL
 ENSAIOS DE TRATABILIDADE (BANCADA OU PLANTA PILOTO)
MODALIDADES
Ensaios por métodos físicos
Ensaios por métodos químicos
Ensaios por métodos biológicos

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL
 ENSAIOS DE TRATABILIDADE (BANCADA OU PLANTA PILOTO)
ENSAIOS POR MÉTODOS FÍSICOS
SEDIMENTAÇÃO/FILTRAÇÃO/FLOTAÇÃO/ADSORÇÃO
Remoção de DQO ou DBO
Volume de lodos ou concentrados
Tipo e quantidade de adsorventes
Necessidade de produtos químicos
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL


 ENSAIOS DE TRATABILIDADE (BANCADA OU PLANTA PILOTO)
ENSAIOS POR MÉTODOS FÍSICO-QUÍMICOS
COAGULAÇÃO/ FLOCULAÇÃO OU OXIDAÇÃO QUÍMICA
Remoção de DQO e DBO
Tipo e consumo de reagentes
Tempos de detenção e taxas de aplicação
Volumes de lodo
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL

 ENSAIOS DE TRATABILIDADE (BANCADA OU PLANTA PILOTO)


ENSAIOS POR MÉTODOS BIOLÓGICOS
Remoção de DQO E DBO
Tempos de detenção e taxasde aplicação
Produção de lodo
Identificação de substâncias interferentes
Necessidade de nutrientes
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO
INDUSTRIAL

 CONCEPÇÃO DE TRATAMENTO
Tipos de tratamento
Tratamentos físicos e químicos, clássicos e/ou avançados
Tratamentos biológicos clássicos ou avançados
Combinação das modalidade de tratamento

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO


INDUSTRIA

 ANÁLISE DE CAPEX E OPEX

Tipo de tratamento
Tratamento em fluxo contínuo ou “batch”
Tratamento convencional ou compacto

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO


INDUSTRIAL
TRATAMENTOS FÍSICOS CLÁSSICOS
Gradeamento
Peneiramento
Filtração de areia ou carvão
Sedimentação
Flotação

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE TRATAMENTOS DE DESPEJO INDUSTRIAL


TRATAMENTOS FÍSICOS AVANÇADOS

FILTRAÇÃO
Microfiltração
Ultrafiltração
Nanofiltração
Osmose reversa
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO
INDUSTRIAL

TRATAMENTOS FÍSICOS CLÁSSICOS


FLOTAÇÃO/DECANTAÇÃO

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL

TRATAMENTOS FÍSICOS AVANÇADOS


MEMBRANAS 1
1 nn = 0.001 micras = 10 A
1m = 1000 000 micras

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL

TRATAMENTOS FÍSICOS AVANÇADOS


MEMBRANAS
1 nn = 0.001 micras = 10 A
1m = 1000 000 micras

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL

TRATAMENTOS FÍSICOS AVANÇADOS


MEMBRANAS
1 nn = 0.001 micras = 10 A
1m = 1000 000 micras

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL

TRATAMENTOS FÍSICOS AVANÇADOS


MEMBRANAS

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE TRATAMENTOS DE DESPEJO INDUSTRIAL
TRATAMENTOS FÍSICO-QUÍMICOS
ADSORÇÃO
MECANISMO
A adsorção é um fenômeno de superfície de um material particulado
ou poroso com grande área superficial podendo de dar fisicamente
(fisiosorção) ou quimicamente (quimiosorção) de um líquido ou gás
com a finalidade de remover poluentes e odores.
1 grama de carvão ativo pode comter de 300 a 2000 m2 de área
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL

ADSORÇÃO EM CARVÃO ATIVO

1 GRAMA DE CARVÃO ATIVO


PODE CONTER DE 200 A 2000 m2

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE TRATAMENTOS DE DESPEJO INDUSTRIAL
TRATAMENTOS FÍSICO-QUÍMICOS
COAGULAÇÃO/FLOCULAÇÃO seguida de DECANTAÇÃO/ FLOTAÇÃO
MECANISMO
A coagulação objetiva agregar sólidos em suspensão muito pequenos de
carga negativa permitindo que se sedimentem ou flotem.
Para tanto se utiliza de um sal catiônico de carga positiva como
coagulante para que haja atração entre as partículas

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE TRATAMENTOS DE DESPEJO INDUSTRIAL
FLOCULAÇÃO/DECANTAÇÃO

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL


TRATAMENTOS BIOLÓGICOS
Processos aeróbios Processos anaeróbios

Lodos ativados e suas variações Lagoas de estabilização


Filtros biológicos UASB e assemelhados
Lagoas de estabilização

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL


TRATAMENTOS BIOLÓGICOS
PRINCÍPIO BÁSICO
Processo biológico em que a matéria orgânica complexa é
metabolizada por microorganismos aeróbios, anaeróbios e/ou
facultativos transformando-a em substâncias mais simples

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO


INDUSTRIAL
TRATAMENTOS BIOLÓGICOS ANAERÓBIOS
Processo de tratamento em que a matéria orgânica é
metabolizada por microorganismos anaeróbios na retirada do
hidrogênio que se transfere para qualquer outro composto
receptor de elétrons que não o oxigênio.
CH3COOH CO2 +CH4 + Energia

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL
TRATAMENTOS BIOLÓGICOS ANAERÓBIOS
Processo de tratamento em que a matéria orgânica é
metabolizada por microorganismos anaeróbios na retirada do
hidrogênio que se transfere para qualquer outro composto
receptor de elétrons que não o oxigênio.
CH3COOH CO2 +CH4 + Energia

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO


INDUSTRIAL
TRATAMENTOS BIOLÓGICOS AERÓBIOS
LODOS ATIVADOS
Processo aeróbio em que a matéria orgânica é metabolizada por
microorganismos aeróbios em presença de oxigênio sob mistura
completa em um reator aeróbio. Após a separação de fases em
um “separador” o lodo já ativado retorna ao reator

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO
INDUSTRIAL
TRATAMENTOS BIOLÓGICOS AERÓBIOS

LODOS ATIVADOS

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL

LODOS ATIVADOS
CÁLCULO DO VOLUME DO REATOR (V)
Carga orgânica afluente (CO) (Kg DBO/dia)
Relação alimento/microorganismos (A/M) (Kg DBO/ Kg SSV.dia)
Teor de SSV no reator aeróbio (SSV) ( Kg/m3.dia)
V (m3) = CO /(SSV x A/M)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

SISTEMAS DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL


LODOS ATIVADOS
EXEMPLO
Calcular o volume de um reator aerado e a área do decantador
em um sistema de lodos ativados clássico para uma vazão de 100
m3/dia e uma DBO de 1700 mg/L
(Adotar A/M de 0.1 Kg DBO/ Kg SSV. dia, teor de SSV de 4 g/L e
velocidade de decantação de 16 m/h

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

SISTEMAS DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL


LODOS ATIVADOS
EXEMPLO
Volume do reator =(100m3/dia x 1.7kg/m3)/(0.15 Kg DBO/Kg SSV.dia
x 4 Kg/m3) = 283 m3
Área do decantador = 100 m3/dia/(15 m/h) = 7 m2
(Diâmetro = 3 m)
Tempo de retenção no reator = 283 m3 / 100 m3/dia = 2.83 dias h
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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL
TRATAMENTOS BIOLÓGICOS AERÓBIOS

LODOS ATIVADOS
(MBBR)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE TRATAMENTOS DE DESPEJO INDUSTRIAL

TRATAMENTOS BIOLÓGICOS AERÓBIOS AVANÇADOS


LODOS ATIVADOS (MBR)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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LODOS ATIVADOS (MBR)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
LODOS ATIVADOS (MBR)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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LODOS ATIVADOS (MBR)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE TRATAMENTOS DE DESPEJO INDUSTRIAL

TRATAMENTOS BIOLÓGICOS AERÓBIOS AVANÇADOS


LODOS ATIVADOS (MABR)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

TRATAMENTOS BIOLÓGICOS
AERÓBIOS AVANÇADOS
LODOS ATIVADOS (MABR)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO
INDUSTRIAL
TRATAMENTOS BIOLÓGICOS ANAERÓBIOS
UASB

Processo anaeróbio em que a matéria orgânica é metabolizada


por microorganismos anaeróbios em um reator em que o
despejo afluente atravessa em fluxo acendente uma manta de
lodo até um separador trifásico que separa efluente, lodo e gás.
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO
INDUSTRIAL
UASB
Vazão afluente (Q) m3/dia
Carga orgânica afluente (S) (DQO ou SSV em mg/L)
Velocidade ascensional (v) (m/s)
Carga orgânica volumétrica (COV) ( Kg/m3.dia)
Volume V (m3) = (Q x S)/(COV x 0,85))

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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CONCEPÇÃO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE DESPEJO
INDUSTRIAL
UASB
Área A = Q/v (m2)
Altura da fase líquida (Hl) = V/A (m)
Altura para armazenamento de gás (Hg) = 25% x Hl (m)
Altura total do reator (Ht) =Hl + Hg (m)
Tempo de detenção hidráulico (TDH) = Q/V (horas)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

SISTEMAS DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL


UASB
EXEMPLO
Calcular as dimensões de um UASB para um despejo agroindustrial de
1000 m3/dia e um teor de SSV de 1700 mg/L.
(Considerar uma Carga Orgânica Volumétrica (COV) de 8 Kg de
SSV/m3.dia e velocidade ascensional de 1 m/h)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

SISTEMAS DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL


UASB
EXEMPLO
Volume =(1000m3/dia x 1.7kg/m3)/8 Kg SSV/m3.dia = 212.5 m3
Área = 1000 m3/dia/(1 m/h x 24 h) = 41.67 m2 (Diâmetro = 7 m)
Altura = 212.5 m3/41.67 m2 = 5 m (mais 25% para o gás) = 6.3m
Tempo de retenção = 250 m3 x 24 h/ 1000 m3/dia = 6 h

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE TRATAMENTOS DE DESPEJO INDUSTRIAL


TRATAMENTOS BIOLÓGICOS CLÁSSICOS

Processo misto
(aeróbio+ anaeróbio)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE TRATAMENTOS DE DESPEJO INDUSTRIAL


TRATAMENTOS BIOLÓGICOS CLÁSSICOS
NITRIFICAÇÃO/ DENITRIFICAÇÃO

Consiste em oxidar, por meio de microorganismos aeróbios,


N-NH3 em NO3
Numa segunda fase o NO3 é reduzido, por microorganismos anóxicos,
a N gasoso
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DESPEJOS INDUSTRIAIS
NITRIFICAÇÃO/DENITRIFICAÇÃO

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

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DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL

TRATAMENTOS FÍSICOS AVANÇADOS

ELETRODEIONIZAÇÃO

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE TRATAMENTO DE DESPEJO INDUSTRIAL
TRATAMENTOS QUIMICOS AVANÇADOS

OXIDAÇÃO AVANÇADA

Muitos compostos orgânicos complexos não biodegradáveis passam


a ser biodegradáveis através de oxidação com oxidantes fortes,
catalizados, que formam radicais hidroxilas (.OH) ( forma neutra do
OH-) decompondo estes compostos em substâncias mais simples
Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE TRATAMENTOS DE DESPEJO INDUSTRIAL
OXIDAÇÃO AVANÇADA
PROCESSO FENTON
OZÔNIO
ULTRAVIOLETA
DIÓXIDO DE TITÂNIO
OBJETIVO: PRODUÇÃO DE RADICAIS HIDROXILAS(.OH) QUE TEM
FORTE AÇÃO OXIDANTE

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

DESPEJOS INDUSTRIAIS

CONCEPÇÃO DE TRATAMENTOS DE DESPEJO INDUSTRIAL

OXIDAÇÃO AVANÇADA
PROCESSO FENTON

Este processo consiste em oxidar o despejo industrial com


peróxido de hidrogênio (H2O2) catalizado com Ferro II na
forma de Fe SO4 a fim de produzir radicais hidroxilas (.OH)

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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DESPEJOS INDUSTRIAIS
CONCEPÇÃO DE TRATAMENTOS DE DESPEJO INDUSTRIAL
OXIDAÇÃO AVANÇADA

PROCESSO FENTON

Ensaios com o corante téxtil Preto Biozol UC indicou que o processo


foto-Fenton remoção de cor (95,4%) e DQO (73,0%), em pH = 3, com
concentrações de [H2O2] = 1.500 mg/L e [Fe2+] = 75 mg/L

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

PROCESSO FENTON

Eng.° Jose Eduardo Cavalcanti

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