[1] O documento discute a história e técnicas da moxabustão, incluindo sua aplicação para melhorar a saúde e tratar condições médicas. [2] Ele descreve os efeitos fisiológicos da moxabustão e as diferentes técnicas japonesas, como o uso de cones de moxa. [3] Também fornece exemplos de tratamentos que usam a moxabustão para problemas como dor de cabeça, cólicas e diarreia.
[1] O documento discute a história e técnicas da moxabustão, incluindo sua aplicação para melhorar a saúde e tratar condições médicas. [2] Ele descreve os efeitos fisiológicos da moxabustão e as diferentes técnicas japonesas, como o uso de cones de moxa. [3] Também fornece exemplos de tratamentos que usam a moxabustão para problemas como dor de cabeça, cólicas e diarreia.
[1] O documento discute a história e técnicas da moxabustão, incluindo sua aplicação para melhorar a saúde e tratar condições médicas. [2] Ele descreve os efeitos fisiológicos da moxabustão e as diferentes técnicas japonesas, como o uso de cones de moxa. [3] Também fornece exemplos de tratamentos que usam a moxabustão para problemas como dor de cabeça, cólicas e diarreia.
O estudo e modernização da moxaterapia é relativamente mais tardio em relação
a acupuntura. Desenvolve-se grandemente durante a dinastia Ming (1368 – 1644 d.C.). A moxabustão consiste basicamente em aplicação de calor através da queima de uma planta que é seca e processada, a Artemísia annua, planta de folhas verdes com um caule de cor acastanhada, ereto e com nervuras, que cresce naturalmente de 30 a 100 centímetros de altura. Na tradição japonesa, comumente é utilizada através da confecção de cones também chamada de Okyu e aplicação sobre a pele, e por fim acesos com um incenso. Com a aplicação do Okyu busca-se alcançar dois grandes efeitos, a suplementação de Qi e efeitos biológicos através da queimadura da pele. A aplicação do Okyu beneficia a resposta anti-inflamatória na área em que é aplicada. No passado existia detalhava-se ricamente a forma de confecção do cone Okyu para os diferentes tipos de estímulos que é possível no local onde é aplicado na pele, e com isso as respostas diferentes alcançadas em consequência. Os monges budistas observaram as formas de aplicações da moxa, e utilizavam em seus métodos espirituais. Semelhante a homeopatia, quando utilizamos menos de 10 cones de moxa em cada ponto, estamos tratando os órgãos e suas funções, porém ao aplicarmos mais cones, como por exemplo 20, 50 ou mais estamos influenciando a energia mais sutil do corpo, a energia dos miasmas encontrados na aura, produto de Karma espiritual passado. A moxa tradicionalmente também é utilizada para alcançar a longevidade, famosa pela aplicação nos pontos E36, VG4, VC6 e VG20 aplicada diariamente, esses pontos ajudam o organismo recuperar-se do cansaço. Efeitos Fisiológicos
Pesquisas efetuadas pelo Dr. Hara, comprovaram os seguintes efeitos
fisiológicos referente a aplicação da moxa (estudos esses com a aplicação da moxa direta à 70ºC sobre a pele e provocando uma pequena e leve queimadura): 1. Aumento dos níveis de produção de linfócitos. Este mecanismo se ativa imediatamente após a aplicação e se mantém em seu ponto máximo até 24 horas depois. Este efeito se normalizará em quatro dias; 2. Aumento da atividade fagocitária dos linfócitos. Esta atividade tem seu pico máximo em três dias, mantendo-se acima do nível habitual durante uma semana. Está comprovado que o hábito de moxabustão pode prolongar consideravelmente este efeito; 3. Aumento da produção de hemácias e hemoglobina; 4. Aumento do nível de sedimentação das hemácias; 5. Aumento da velocidade de coagulação; 6. Aumento do nível de Ca no sangue; 7. Aumento dos complementos séricos (as proteínas do complemente séricos aumentam as respostas de processos inflamatórios e infecciosos). 8. Aumento da capacidade de produção de anticorpos.
Esses efeitos são derivados do aumento de uma proteína desnaturada
(histotoxina – qualquer substancia tóxica para os tecidos corporais) no sangue que também segundo o Dr. Hara, seria responsável pelo efeito sobre o sangue e o sistema imunológico. Inclusive por conta do aumento desta histotoxina o Dr. Hara recomenda moderação na quantidade do uso, quantidade de cones pontos e medidas.
Quantos aos efeitos fisiológicos os cones de Okyu incrementam a capacidade
da energia defensiva (Wei Qi), no entanto, se conseguirmos que o calor de Okyu penetre mais profundamente, estimularemos o Qi nutritivo (Ying Qi). Em resumo isso significa que ao incrementar o Wei Qi fortalecemos o corpo contra os agentes patogênicos externos e estimulando o Ying Qi estamos estimulando o funcionamento dos órgão e vísceras. Ao aplicar o Okyu sem técnicas que favoreçam seu aprofundamento ou com baixa intensidade estaremos estimulando apenas o Wei Qi. Técnicas de Moxabustão Japonesa
As subdivisões da moxabustão japonesa são:
• Moxabustão indireta: a. Farmacológica/Isolante (utilizando alho, gengibre, sal, misso e Daizakyu como ‘camada’ para colocar a moxa sobre a pele) b. Aquecimento (Onkkyu, Biwakyu, Hakokyu, Bokyu Ontake, utilizando utensílios com a moxa acesa dentro, aplicando-os deslizando ou parados sobre a pele) c. Agulhamento + Aquecimento (Kyutoshin – caracteriza-se pela puntura e pela aplicação de moxa sob a agulha, pode-se ser considerado moxabustão direta quando utilizado o Okyu sob o pé da agulha sob a pele) d. Suplementação/Drenagem (Chinetsukyu – cone de moxa maior onde o calor não chega tão próximo da pele quanto o Okyu) • Moxabustão direta: a. Cauterização (Shoshakukyu. – para tratamento de verrugas, calosidades ou picadas de insetos, Danokyu – queimadura utilizando substancias que as favoreçam) b. Calor que penetra (Tonetsukyu – Estilo Fukaya)
Algumas considerações sobre os diferentes tipos de aplicação:
Onkyu é uma das formas mais seguras de aplicação, devido a aplicação utilizando algum meio isolante evitando assim as possibilidades de queimaduras. Tem ação sobre o sistema nervoso parassimpático e sobre a circulação sanguínea local e portanto o relaxamento local. Utilizado em tratamento de natureza muscular ou digestiva. Utilizada com diversos materiais como cerâmica, madeira ou bambu (Ontake). Daizakyu são cones pré-fabricados presos a uma superfície adesiva, Chinetsukyu embora pareça uma forma de aplicação direta, deve-se aplicar o cone no tamanho aproximado de uma bola de gude, em forma cônica, e retirado quando o paciente sentir um leve calor, nesse momento o cone esta com queima próxima ao segundo terço e o terceiro terço agirá como a forma farmacológica/isolante. Não é necessário um grande estimulo de calor para o tratamento energético, neste caso, essa técnica se destaca no contexto de terapia dos meridianos e muitas vezes não é nem percebido pelo sistema nervoso. Tem ação sobre o Wei Qi, Pode ser utilizado para o tratamento de endurecimentos, tensão muscular, edemas, estimular a transpiração e reduzir o calor. Para acende-los o melhor é usar uma vareta de incenso, pois permite lentificar o processo de combustão. Os cones são colocados e retirados com as mãos não apertando para evitar queimaduras. Por fim o cone deve ser retirado em três possíveis situações: O paciente relata notar o calor suavemente, se já foram queimados 2/3 do cone, e se a fumaça do cone começa a circular em direção à pele. Okyu é o nome utilizado para descrever de forma geral a forma de aplicação de moxa direta. É utilizado o nome Tonetsukyu para aplicação de pequenos cones de moxa sob a pele, e encontram-se categorizado por tamanho dos cones: Shijokyu: medida da largura do fio de linha Gomatsubudai: medida de uma semente de gergilim Hanbeiryudai: medida de meio grão de arroz Beiyudar: medida de um grão de arroz Bakuryudai: medida de um grão de trigo Nezumifundai: medida das fezes de rato
Esses tamanhos são utilizados pois o que vai condicionar a profundidade do
tratamento utilizando o okyu é o tamanho de sua base.
Em quatro etapas, são aplicados sobre a pele:
1. Confeccionando o cone pelo rolamento da moxa entre os dedos indicador e polegar tomando cuidado pra não apertar demais o cone. 2. Aplicando, tradicionalmente umedecendo a base do cone e após aplicando-o sobre a pele. 3. Acendendo o cone, recomenda-se utilizar o incenso. 4. Controlando o calor e apagamento
Quanto as técnicas de aplicação:
1. O cone em 80%. 2. Controlar o oxigênio até apagar o cone. 3. Apagar com um ligeiro golpe. 4. Deixar apagar e utilizar o tubo de Fukaya. 5. Deixar apagar livremente sobre a pele. Recomenda-se aplicação nos pontos considerados ponto vivos (pontos com rigidez, doloridos, katakori) por serem mais insensíveis causando a sensação de penetração agradável. Toda a terapia é guiada pela sensação de calor do paciente. Após as cinzas pela forma clássica são deixadas no local, porém quando há muitas cinzas é necessário retira-las. No caso quando se busca o efeito de drenagem é recomendável que retire as cinzas a cada aplicação pois favorece esse efeito. Uma característica do Okyu, é que, quando aplicado entre duas lesões de igual intensidade, sua energia se encaminhará para as duas assim como nosso mecanismo de defesa. Agora se for lesões de intensidades diferentes ela se direcionará para lesão de maior gravidade/calibre. Podemos interferir nessa direção aplicando pressão digital na direção oposta a qual queremos direcionar o calor do okyu. Tratamentos utilizando a moxabustão
• Tratamentos que não pertencem a nenhum estilo
o Aplicação e pontos específicos, aplicando após retirar as agulhas de acupuntura para complementar o tratamento. o Transtornos articulares inflamatórios. Aplicando ao redor da articulação ou região que deseja tratar. Para criar um estimulo intra-articular é importante acender os cones sincronizadamente para um efeito mais potente. o Transtornos tendinosos, entorses e roturas de fibras.
Tratamento Taikyoku de Sawada utiliza onze a quinze pontos regulares e
especiais. Utilizando pontos reativos, ou seja, deve-se sempre apalpar e procura-los para um tratamento eficaz. Entre esses pontos os mais utilizados são VC12, VG12, E36 e IG11. Seguidos por VC6, TA4 (lado esquedo) R3 de Sawada (localiza no ponto de intersecção entre uma linha vertical que sai de R3 e uma linha horizontal que sai de R6). O tratamento de Sawada aumenta de forma imediata a circulação sanguínea de todo o corpo, alcaliniza o sangue e estimula a capacidade de recuperação do corpo.
Outros tratamentos utilizando a moxaterapia:
• Cefaleia: V20, VG16, VG12, B10 e IG10. • Cólica: R16, V12, VC6, B50, VB33 (à 3cun abaixo de VB32) • Diarreia: E34, B33 e B60 • Dor de dente: o Superior B14, E44, TA10 e IG10 o Inferior IG7, B13 e IG4. • Espasmo gástrico: E34, B50 e F13. • Constipação: C7, BA14 (esquerdo) e B25. • Hemorroidas: P6, B33 e VG2. • Laringite: R3, P5, VG12, B11, P7 e TA17. • Náuseas matinais: VC12, TA4 e B17. • Otite: TA17, VB2, R3, C3, TA9 e IG10. • Úlcera de estomago: VB34, E34, B20, B18, B21, B50 e B17. • Vertigem: VB43 e VB12. Contraindicações e recomendações do uso do Okyu
• Deve-se explicar previamente ao paciente todo o processo.
• Deve-se evitar tratar enquanto o paciente faz a digestão. • Indicar que nos avise sobre todas as sensações que sinta. • Não aplicar moxabustão em casos de doenças graves: Câncer ou febre alta. Não recomenda em fébres acima de 38ºC. • Evitar tomar banhos quentes, de imersão, antes ou depois do tratamento. • Evitar exercícios físicos de alta intensidade antes ou depois do tratamento. • Não tomar álcool antes ou depois do tratamento. Podem ocorrer reações imprevisíveis. • Não plicar okyu sobre lesões tissulares (pele rasgada ou feridas abertas). • Ao tratarmos endurecimentos e estes não se modificarem em nenhum sentido ou aumentarem de tamanho, deve-se recomendar ao paciente que procure seu médico para descartar outras possíveis diagnósticos. • Não se aplica okyu sobre vasos sanguíneos. • Evitar as queimaduras em pacientes diabéticos, neuropáticos e pessoas com problemas de cicatrização e/ou transtornos circulatórios. As regiões com pobre circulação podem • Ter dificuldades para se recuperar da ação da moxa. Em pessoas idosas, recomenda-se evitar as queimaduras, pois costumam ter pele frágil. Neste casos, deve-se retirar o cone antes que sua combustão chegue à pele ou, então, usar proteções. • Não aplicar moxa direta em pacientes com a pressão arterial descompensada. • Evitar o uso de okyu em pacientes com transtornos psiquiátricos severos como esquizofrenia ou psicoses. • Evitar aplicar okyu na face, pode fazer, mas cuidar em relação as cicatrizes. • Não aplicar moxa onde também é proibido a inserção de agulhas durante a gestação. • Evitar as técnicas de moxabustão direta em pacientes terminais, pois o corpo requer a energia que ainda possui para manter suas funções vitais. Neste caso pode utilizar as técnicas de aplicação indireta ou de suplementação.