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Tópicos de Planejamento Educacional IV – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

Prof.
Produção: Equipe Pedagógica GranLeandro
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TÓPICOS DE PLANEJAMENTO EDUCACIONAL IV

(CONTINUAÇÃO)

Quando se falou sobre os níveis de planejamento, o primeiro nível apontado foi


justamente o PNE, observando que ele é de responsabilidade do Governo Federal
(UNIÃO) com a colaboração dos Estados, Municípios e seus respectivos sistemas.
A duração do PNE é de 10 (dez) anos, por isso ele é considerado dece-
nal e tem a característica de ser um plano de estado, já que, independente de
mudança de governo, a sua vigência é garantida por lei.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE)

• Vigência: 2014 a 2024.


O PNE foi sancionado em 2014 e tem eficácia até 2024, somando, por-
tanto, um decênio.
• Segundo o plano, o investimento em educação crescerá paulatinamente
até 2024, atingindo o equivalente a 10% do PIB ao ano — quase o dobro do
praticado atualmente (5,3%). Em 2019, no quinto ano de vigência do plano,
o valor já deve estar em 7%.

Esquematizando o percentual de investimento do PIB em educação, pode-se


dizer que:
2014 – 5,3%
2019 – 7%
2024 – 10%

PNE: Metas

O PNE possui 20 (vinte) metas. Assim, serão abordadas cada uma delas.
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• Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as


crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educa-
ção infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por
cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação estabelece que a educa-


ção infantil contempla crianças de até 3 (três) anos e 11 (onze) meses de idade.
A Constituição Federal (CF) define que existe o princípio da gratuidade e o da
obrigatoriedade. Quando se fala da obrigatoriedade da garantia da oferta e da
vaga, a CF e a LDB definem que a garantia deve contemplar crianças e jovens
dos 4 (quatro) aos 17(dezessete) anos de idade e, também, que eles deverão
estar, obrigatoriamente, matriculados em uma escola pública ou privada.
Como a garantia da vaga se inicia aos 4 anos de idade, isso significa que ela
se estende da pré-escola (e não da educação infantil) ao ensino médio.

• Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a


população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95%
(noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade reco-
mendada, até o último ano de vigência deste PNE.

Atualmente, tem-se Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação para o


ensino fundamental de 9 (nove) anos, que se subdivide em anos iniciais (1° ao
5° ano) e anos finais (6° ao 9° ano).
Assim, universaliza o acesso ao ensino fundamental para toda a população
que tenha entre 6 (seis) a 14 (quatorze) anos, ou seja, a criança inicia o 1° ano
do ensino fundamental aos 6 (seis) anos e o termina, caso não tenha nenhuma
reprovação ou retenção nesse processo, aos 14 (quatorze) anos.

IMPORTANTE!
Caso a banca examinadora troque, na expressão “pelo menos 95% (noventa e
cinco por cento) dos alunos”, as palavras “pelo menos” por “até”, o item estará
errado.
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• Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a popu-


lação de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período
de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para
85% (oitenta e cinco por cento).

A universalização para a população entre 15 (quinze) e 17 (dezessete) anos


refere-se ao ensino médio.
Para elevar a taxa líquida de matrículas no ensino médio, deve-se garantir
não só o acesso do aluno à escola, mas também a sua permanência.

• Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete)


anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habi-
lidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento
educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino,
com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos mul-
tifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou con-
veniados.

IMPORTANTE!
Se a banca examinadora trocar, na expressão “preferencialmente na rede
regular de ensino”, a palavra “preferencialmente” por qualquer outra ou a
sentença “rede regular” por “rede oficial”, tornará o item errado. Rede oficial
é de âmbito público e a rede regular é de natureza pública ou privada.

• Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro)


ano do ensino fundamental.

Atualmente, tem-se um ciclo básico de alfabetização entre o 1° e o 3° anos


(alunos com 6 a 8 anos de idade). No DF, este ciclo recebe o nome de BIA (Bloco
Inicial de Alfabetização).
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Dessa forma, a meta 5 estabelece a alfabetização até o 3° ano (8 anos de


idade). Esse é o objetivo básico proposto pelo PNAIC (Pacto Nacional para a
Alfabetização na Idade Certa).

• Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cin-


quenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos,
25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica.

• Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e


modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo
a atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB: 6,0 nos anos iniciais
do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no
ensino médio.

São etapas da educação básica:


• Educação infantil.
• Ensino fundamental.
• Ensino médio.

Cada escola pública possui um IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educa-


ção Básica), que é calculado a cada 2 (dois) anos. Subentende-se que o IDEB é
único para todos os estados e municípios e correspondente a todas as escolas.
Isso é considerado um erro, já que as metas são variadas. Existe uma planilha
no site do INEP (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)
onde se relacionam as metas e os índices que o IDEB espera para cada sistema
de ensino.
Logo, no DF existe um índice específico a ser alcançado até os anos de
2021/2022 e isso ocorre em todos os estados e municípios. Cada sistema tem os
seus índices específicos, já que é necessário observar as disparidades regionais
existentes em nosso país, ou seja, as metas são elaboradas de acordo com a
história política, econômica e educacional de cada respectivo sistema.
Assim, as médias nacionais do IDEB são:
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• 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental.


• 5,5 nos anos finais do ensino fundamental.
• 5,2 no ensino médio

Lembre-se de que, em 2021, alguns estados e municípios alcançarão índi-


ces superiores à média nacional, outros sequer vão conseguir chegar à meta
estabelecida. O conjunto dos resultados obtidos pelo sistema de ensino tem de
chegar, pelo menos, à meta nacional, pois é o que se espera desde que o IDEB
foi constituído.

• Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29


(vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de
estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do
campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco
por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não
negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-
tica (IBGE).

As políticas de cotas raciais em vestibulares, em algumas instituições de


ensino do país e em concursos públicos são estratégias que veem ao encontro
da meta 8, no sentido de elevar a escolaridade desse público que, teoricamente,
sempre sofreram preconceito racional e desigualdades sociais e econômicas.

• Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos


ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento)
até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo
absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo
funcional.

• Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrícu-
las deeducação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na
forma integrada à educação profissional.
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A LDB, a CF e as Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação apontam


a importância da integração da Educação de Jovens e Adultos (EJA) ao ensino
técnico profissional. Há algumas políticas públicas federais que intensificam essa
relação através dos Institutos Federais, das Escolas Técnicas Federais, do Sis-
tema S (formado pelo Senai, pelo Senac e pelo Sesi) etc.

Obs.: Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos
Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor
Leandro Gabriel.
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