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A Historia Da Geometria Da Plana A Espacial e Suas Tecnologias
A Historia Da Geometria Da Plana A Espacial e Suas Tecnologias
Resumo: O presente artigo consiste em uma reflexão histórica e tecnológica a respeito de Educação Geométrica,
buscando o desenvolvimento na área da geometria plana e espacial, por meio do ensino e aprendizagem. O
objetivo da pesquisa foi de apresentar uma reflexão da história da Geometria a ser desenvolvida por professores
como forma de subsidiar a aprendizagem geométrica, além facilitar o processo de ensino e aprendizagem.
Considera-se pertinente abordar conceitos geométricos, e suas tecnologias através desta temática, pois além de
contribuir para o ensino da Geometria Plana e Espacial, tendo por base o desenvolvimento da Matemática,
também serve de incentivo para a aprendizagem dos alunos, possibilitando a reflexão no ensino da Geometria
Plana e Espacial e de suas tecnologias.
INTRODUÇÃO
S
r=
2π ,
S2 1 2
A=π x 2 = S .
4π 4π
Utilizando π =3 , teremos
1 2
A= S .
12
1
De acordo com o sistema de numeração dos babilônicos, =5 , e fazendo as
12
devida conversão à sua simbologia, verificamos que o tablete ilustrado na figura abaixo
(FIGURA 1), representa o cálculo do círculo feito na época.
Figura 1 – YBC 7302
Fonte: Livro Tópicos de História da Matemática
A geometria para os egípcios também era voltada para a mensuração prática de figuras
planas e espaciais. O cálculo da área do retângulo era semelhante ao que conhecemos, mas há
uma divergência no que se refere ao cálculo da área do triângulo, para alguns autores eles
tomavam a medida da base do triângulo multiplicada pela medida de um dos seus lados como
a forma de calcular sua área, essa forma só está correta para triângulos retos.
Uma curiosidade que surge ao se falar sobre a geometria do Egito, é sobre seus
conhecimentos relacionados à geometria das pirâmides. Ao que parece, a resposta para essa
curiosidade é frustrante, uma vez que ao que parece, eles só sabiam sobre a inclinação dos
lados de uma pirâmide, o volume da pirâmide e do tronco de pirâmide.
Fossa (2012) explica que a matemática pré-grega tinha baixo nível de abstração,
voltada à resolução de problemas práticos. Cita ainda que um aspecto que une as duas
civilizações é a ligação da matemática com o misticismo. Ambas acreditavam que os
elementos geométricos, além de ligados à questões da astronomia – que tratava dos corpos
celestiais, supostos divinos, estavam ainda ligadas à propriedades místicas.
Para Fossa (2012) a ligação entre uma geometria voltada tanto para a realidade quanto
para o misticismo é um tanto paradoxal, mas explica que na época, a religião voltava-se para
que os seres divinos protegessem os interesses mundanos dos suplicantes, estando assim
aliadas religião e prática.
Quando a geometria dos egípcios e babilônicos foi absorvida pelos gregos, sofreu uma
grande transformação. Um dos primeiros nomes a destacar-se na Matemática Grega foi Tales
de Mileto (640 a.C. – 546 a.C.). Atribui-se a ele a demonstração de vários teoremas,
mostrando uma preocupação não apenas em resolver problemas práticos, mas com sua
generalização, elevando a Matemática à um nível mais teórico.
Posteriormente, sobressaiu-se Pitágoras (572 a.C. – 501 a.C.), cujos estudos (bastante
associado à forças cósmicas) convergiam a deduzir que tudo no universo era advindo dos
números, sendo que tudo poderia ser explicado pelos números e suas razões. Fundou uma
sociedade que ganhou com o tempo forte expressão política. Mais tarde um dos membros,
Hippasus, trouxe a questão da incomensurabilidade, que veio a balançar as convicções do
grupo, uma vez que ainda não eram conhecidos os números irracionais, e isso veio a
atrapalhar que o grupo chegasse à ideia de infinitude.
Durante esse período, não há indícios de rigor na matemática desenvolvida pelos
gregos. Neste contexto surge a figura de Platão, que passa a criticar os geômetras, sendo esse
um campo favorável ao trabalho de Eudoxo (408 a.C. – 355 a.C.), que propõe-se a explicar a
Matemática por meio dos incomensuráveis, sendo o primeiro que se tem notícias à formular
axiomas explícitos.
O método, axiomático propriamente dito, foi inventado por Aristóteles (384 a.C. – 322
a.C.), segundo Fossa (2012), baseando-se na reflexão de que “é impossível demonstrar toda
proposição verdadeira porque toda demonstração apela a outras preposições (premissas) que
encerram a evidência para a proposição ser demonstrada”. Aristóteles chama essas
preposições de axiomas ou postulados, e diz ainda que eles devem ser tão evidentes a ponto
de que o mundo os aceite sem contestar.
As novas tecnologias surgem aqui como instrumentos para serem usados livre e
criativamente por professores e alunos, na realização das atividades mais diversas.
Esta perspectiva (...) pode ser enquadrada numa lógica de trabalho de projeto,
possibilitando um claro protagonismo do aluno na aprendizagem. Mas esta
perspectiva tem igualmente suas limitações (...) a utilização das TIC pode como
ferramenta tanto ser perspectivada no quadro de atividades de projeto e como
recurso de investigação e comunicação, como pode ser reduzida a uma simples
aprendizagem, por processos formais e repetitivos, de uns tantos softwares e
programas utilitários.
Tanto em uma sala de aula que disponha de diferentes recursos tecnológicos como
naquela que unicamente faça uso de lápis e papel, a qualidade da aprendizagem está
diretamente vinculada à eficiência desses recursos e à forma como eles são utilizados.
No final dos anos 80 os primeiros sistemas de geometria dinâmica começaram a ser
produzidos, incluindo ferramentas que permitem que o usuário manipule formas na tela do
computador direta e dinamicamente.
No ensino de Geometria há uma variedade de softwares disponíveis gratuitamente.
Pode-se citar, por exemplo, o Geogebra (Figura 1). Este é um aplicativo eficiente e que pode
ser utilizado tanto para construções e atividades de geometria plana como espacial e que
também oferece a possibilidade de exploração de objetos algébricos. Esse software foi
desenvolvido em 2001 por Markus Hohenwarter na Universidade de Salzburgo. O aplicativo
pode ser baixado diretamente no computador a partir da página https: www.geogebra.org ou
utilizado online, e oferece uma variedade de recursos para o estudo de conceitos geométricos.
Fonte: https://sites.google.com/site/oficinageogebra/geogebra/atividades-ludicas-1
Fonte: http://www.ime.usp.br/~ddalmon/files/danilo_mjose_VSimposioIME.pdf
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1747
Santos e Martinez (1999), fundamentados em estudos de King e Schattschneider
(1997), apontam aspectos positivos gerados pela utilização desses recursos digitais no
processo de ensino e aprendizagem de Geometria: precisão e visualização, pois os conceitos
podem ser compreendidos pela visualização e redução de construções imprecisas que podem
induzir à conclusões errôneas; exploração e descoberta, pois a manipulação de construções
possibilita a descoberta de novas relações e propriedades; simulação e micromundos,
considerando que as simulações podem ilustrar conceitos de outros campos do conhecimento,
como a Física por exemplo, bem como vivenciar experiências geométricas pela exploração
interativa ou pela criatividade do estudante.
Aprendizagens em Geometria também podem ser favorecidas mediante a utilização de
materiais concretos. Esses recursos aproximam o estudante das formas reais, permitem o
estabelecimento de comparações, a realização e medidas e simulações. Tais características
possibilitam a atribuição de significado aos conceitos e propriedades estudados, favorecendo a
aprendizagem significativa dos conteúdos geométricos. Desse modo, o material concreto,
além de facilitar a aprendizagem, torna as aulas mais significativas e prazerosas, estimula o
raciocínio dos alunos, desenvolve suas habilidades e a capacidade em compreender conteúdos
geométricos. Sua utilização “desenvolve a noção espacial, a capacidade de visualização e a
interpretação das propriedades de cada figura, usando a comparação entre as figuras e os
objetos de seu cotidiano para a introdução das figuras espaciais” (BOZZA, 2015, p. 136).
Cabe salientar que a escolha dos materiais a serem utilizados e as atividades que sejam
propostas devem ser realizadas, segundo Bozza (2015), através de uma análise da realidade e
contexto educacional, que o professor considere os fatores externos e internos, ou cognitivos,
dos estudantes e proponha atividades em que os estudantes exercitem sua autonomia e utilize
sua criatividade na resolução das situações-problema.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e Educação Matemática. Belo Horizonte:
Autêntica Editora, 2001.
BOZZA, M. Pensando o ensino de geometria espacial: estratégias didáticas que utilizam o
software Geogebra e materiais concretos. Scientia cum Industria. 2015, v.3, n.3, p. 134-138.