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De acordo com o ensaio SPT, nota-se que o solo é predominantemente arenoso. Esse solo não possui grande
índice de coesão, ou seja, ele se movimenta com facilidade e é altamente permeável. Em contato com a água,
onde há lençóis freáticos, como é o caso do solo apresentado no ensaio, o solo arenoso pode permanecer
firme. Com isso, o solo arenoso requer fundações profundas com estacas. Geralmente é aplicada estacas
metálicas ou de concreto, e como não há a possibilidade de utilizar as estacas de metálicas, será utilizada a
estaca de concreto.
A estaca mais indicada para esse projeto é a estaca escavada de concreto. Além do fato de ser indicada para
solos arenosos, ela é executada com equipamento rotativo que não causa vibrações, evitando assim que haja
interferência nas fundações vizinhas.
Não é possível a execução de fundações rasas devido ao fato do lençol freático estar em um nível muito
abaixo, sendo necessária a execução de estacas profundas.
Questão 02
O ensaio de carga sobre placa é a verificação em campo das teorias, verificado a curva carga recalque
verdadeira do solo, este é o melhor método para checar a fundação.
O processo é bem simples, a viga de reação (normalmente uma viga de aço com uma disco de aço de diâmetro
entre 20 a 30 cm) e um conjunto de macacos hidráulicos aplicam a pressão para que o disco penetre no solo,
então o processo de deformação do solo acompanha o carregamento sobre a viga e o disco.
Aplicando as cargas variáveis, são analisados os processos deformatórios até um registro de suficiente de
energia elevada, posteriormente faz-se o processo de descarregamento exatamente igual aos processos de
adensamento. Os dados são armazenados e um gráfico tensão (kPa) por Recalque (mm) é gerado, assim
podemos determinar a tensão admissível dos solos.
Existem dois métodos, o primeiro método é o de tensão admissível de solos com predominância de ruptura
geral, que é dado pela fórmula:
𝜎𝑟
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
2,0
E o segundo método, tensão admissível de solos com predominância de ruptura localizada por puncionamento.
𝜎25
𝜎𝑎𝑑𝑚 → 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 𝑢𝑚 𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 𝑑𝑒 25 𝑚𝑚 (𝑟𝑢𝑝𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙)
≤{ 2
𝜎10 → 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 𝑢𝑚 𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 𝑑𝑒 10 𝑚𝑚 (𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒)
Tensão (kPa)
Recalque (mm)
𝜎25
→ 450
𝜎𝑎𝑑𝑚 ≤ { 2 = 225 𝑘𝑃𝑎
2 →∴ 𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟐𝟐𝟓 𝒌𝑷𝒂
𝜎10 → 225 𝑘𝑃𝑎
Areia fina a média, argilosa e 𝑁𝑠𝑝𝑡 = 2.
1° método – Terzaghi
o Peso Específico:
o Coesão:
𝑞 = 𝛾. ℎ → 𝑞 = 16.2 → 𝑞 = 32 𝑘𝑁/𝑚²
o Fato de segurança:
𝐹𝑆 = 3,0
o Fatores de Forma:
o Ruptura Local
Cap. 4 - Página 11
2° Método – Teixeira
Esse método foi desenvolvido para sapatas quadradas assentes à 1,5 m de profundidade em solos de areia pura e peso
específico de 18 kN/m³. Sendo assim, não sendo adequado a situação proposta, pois nossa sapata é retangular de acordo
com a base da coluna assentes à 2 m de profundidade e com peso específico de 16 kN/m³.
𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,05 + (1 + 0,4. 𝐵).
100
𝐵𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 2,85 𝑚
𝑁 2
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,05 + (1 + 0,4. 𝐵). → 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,05 + (1 + 0,4.2,85). → 𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟎, 𝟎𝟗𝟐𝟖 𝑴𝑷𝒂
100 100
Esse método somente é válido quando o Nspt estiver no intervalo de 5 ≤ N ≤ 20, não sendo válido para a situação
proposta, pois o Nspt de acordo com o ensaio é = 2.
Contudo, esse método é uma recomendação de Alonso (1983) para fundações rasas e que o Nspt ≤ 20.
Nspt (médio) 2+3+2+4+4
𝜎𝑎𝑑𝑚 = MPa → = → = 𝟎, 𝟑 𝑴𝑷𝒂
𝜎 𝑎𝑑𝑚
𝝈 𝒂𝒅𝒎
50 50
Esse método somente é valido quando o valor de para valores de Nspt estiver no intervalo 4 ≤ Nspt ≤ 16, não sendo
válido para a situação proposta, pois o Nspt de acordo com o ensaio é = 2.
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,1. (√𝑁 − 1) 𝑀𝑃𝑎 → 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,1. (√2 − 1) → 𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟎, 𝟎𝟒𝟏 𝑴𝑷𝒂
Não foram fornecidos os valores de B e L, para aplicar o Método e Vesic os valores adotados serão de 𝑩 = 𝟐, 𝟖𝟓 𝒆 𝑳 = 𝟒.
𝑁𝑐 = 25
= 𝑞𝑁 ﻟ20,72
l
𝑁𝛾 = 10,88
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 → 𝜑 = 25° 𝑁
❪ 𝑞 = 0,51
l 𝑁𝑐
𝗅𝑡𝑔𝜑 = 0,47
Cap. 4 - Página 16
𝐵 𝑁𝑞 2,85
= 𝑐𝑆ﻟ1 + ( ) . ( ) = 1 +
𝐿 𝑁 𝑐 4 . 0,51 = 1,36
l 𝐵 2,85
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 →
. 0,47 = 1,33
𝑆𝑞 = 1 + ( ) . 𝑡𝑔𝜑 = 1 + 4
❪ 𝐿 𝐵 2,85
l = 0,72
𝑆𝛾 = 1 − 0,4. ( ) = 1 − 4
𝗅0,4. 𝐿
o Coesão:
𝑞 = 𝛾. ℎ → 𝑞 = 16.2 → 𝑞 = 32 𝑘𝑁/𝑚²
180 cm
o Com b determinado, obtém-se o valor da excentricidade (e) e o valor do acréscimo de carga ∆𝑷:
𝑏−𝑏0 180−25
𝑒= = = 77,50 𝑐𝑚
2 2
Pilar P3
O eixo do pilar P3
𝑏−𝑏0 230−30
𝑒= 2 = 2 = 100 𝑐𝑚
𝑒 = 115 − 15 = 100 𝑐𝑚 (𝑙ó𝑔𝑖𝑐𝑎)
𝑒
∆𝑃3 = 𝑃3.
𝑑
→ 𝑑 = 550 − 15 + 10) + 15 + 2,5 − (100 + 15 + 2,5) = 445 𝑐𝑚
(
𝟏𝟎𝟎
→ ∆𝑷3 = 𝟐𝟐𝟎𝟎. = 𝟒𝟗𝟒, 𝟑𝟖 𝒌𝑵
𝟒𝟒𝟓
o Com ∆𝑷 determinado, obtém-se de R e a área final da sapata:
Pilar P2
∆𝑃1 ∆𝑃3 183,20 494,38
𝑁𝐵𝑅 6122 → 𝑃′ = 𝑃 − − → 𝑃′ = 1200 − − → 𝑃′ = 1200 − 91,60 − 247,19
2
2 2
2 2 2 2 2
→ 𝑃2′ = 861,21 𝑘𝑁
𝑎 − 𝑎0 = 𝑏 − 𝑏0 → 𝑎 − 50 = 𝑏 − 20 → 𝒂 = 𝒃 + 𝟑𝟎 [𝒄𝒎]
𝑃 861,21
𝑎. 𝑏 =
𝜎𝑎𝑑𝑚 → (𝑏 + 30). 𝑏 = 208,20 → 𝑏 + 30𝑏 = 4,14 𝑚 → 1 𝑚 = 10000 𝑐𝑚 → 𝒃 + 𝟑𝟎𝒃 = 𝟒𝟏𝟒𝟎𝟎 [𝒄𝒎 ]
2 2 2 2 𝟐 𝟐
𝑏′ = 189,02 𝑐𝑚 = 𝟏𝟗𝟎 𝒄𝒎
𝑏2 + 30𝑏 = 11400 → 𝑏 + 30𝑏 − 11400 = 0 → {
2
𝑏′′ = −219,02 𝑐𝑚
∴ 𝑎 = 𝑏 + 30 → 𝑎 = 190 + 30 → 𝒂 = 𝟐𝟐𝟎 𝒄𝒎
Checagem
𝑎
220
< 2,5 → = 1,16 < 2,5 𝑂𝐾!
𝑏 190
565 cm
400 cm
220 cm
180 cm 230 cm
190 cm
Como não foi disponibilizado pelo exercício a tensão admissível, adotei tensão admissível igual a 𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟎, 𝟓𝟎 𝑴𝑷𝒂
Tubulões