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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ – UNOCHAPECÓ

ESCOLA DE HUMANIDADES
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO II
SEMESTRE: 5º
PROFESSOR: JAURO SABINO VON GEHLEN
ALUNO: RANGEL MORRISSEY MANTELLI
DATA: 01/06/2022

O DESAFIO DA CRISE POLÍTICA

A história recente é marcada pelo surgimento de um novo vírus altamente contagioso e


prejudicial à saúde das pessoas. No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde
(OMS), devido à velocidade de disseminação da doença, declarou oficialmente a pandemia do
Coronavírus (ou Covid-19). Como resultado dessa declaração. foram adotadas medidas sanitárias e
restritivas em todo o mundo. Entre essas medidas é possível citar a quarentena, o isolamento e o
distanciamento social, as quais visaram conter o avanço do vírus e o consequente colapso dos sistemas
de saúde. A crise sanitária trouxe impactos sociais e econômicos sem precedentes em muitos países,
movimentando a máquina pública e toda a sociedade no combate à nova doença.

No Brasil, a necessidade do fechamento temporário das atividades comerciais gerou graves


problemas financeiros em diversos setores da economia, aumentando as taxas de desemprego e
conduzindo empresas ao estado de insolvência. Fato é que, dois anos depois do início da crise, foi
possível constatar a impossibilidade de separação absoluta entre os setores econômico, político e
social quando o objetivo principal é a superação de problemas com impactos globais. Em que pese a
crise tenha contornos sanitários, ficou nítido o quanto a saúde das pessoas é afetada por múltiplos
fatores: acesso aos medicamentos, vacinas e unidades de saúde, renda, capacidade de locomoção,
qualificação profissional, aspectos psicológicos relacionados à convivência social, etc.

Nesse sentido, penso que a crítica feita pelo autor do livro não traz um senso de
proporcionalidade, uma vez que este atribui um papel de protagonismo ao Estado nas ações que visam
a superação da crise. Esta é uma postura que minimiza a responsabilidade conjunta dos agentes da
sociedade – incluindo o setor privado e os cidadãos em geral – nas atitudes tomadas no dia a dia. Por
exemplo, não adianta o cidadão reclamar das restrições estabelecidas em decreto municipal se o
mesmo não consegue fazer o uso simples e adequado de uma máscara por cima do nariz. Diferente
do que Edgar Morin argumenta, o que vimos durante a pandemia foi um esforço muito grande do
Poder Público no sentido de pensar e executar ações para o benefício das pessoas em um contexto
inédito. É evidente a existência de falhas nesse processo. Entretanto, buscar a “redenção” do mundo
a partir de uma perspectiva socialista e de um Estado “forte” está longe de ser a solução ideal, o que
já está mais do que provado historicamente.

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