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CAPACITAÇÃO EM PRIMEIROS
SOCORROS
Módulo: BÁSICO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 6
4 URGÊNCIAS COLETIVAS.............................................................................................................. 14
14 HEMORRAGIA ............................................................................................................................. 64
14.1 Hemorragia Externa ............................................................................................................... 64
14.1.1 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................64
14.1.2 Procedimentos....................................................................................................................................65
14.1.3 Regiões para compressão das Artérias...............................................................................................65
14.2 Hemorragia Interna ................................................................................................................ 66
14.2.1 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................66
14.2.2 Procedimentos....................................................................................................................................66
14.2.3 O que não fazer ..................................................................................................................................67
14.3 Hemorragia Nasal .................................................................................................................. 67
14.3.1 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................67
14.3.2 Procedimentos....................................................................................................................................68
15 ENTORSES, LUXAÇÕES E FRATURAS ..................................................................................... 69
15.1 Entorse .................................................................................................................................. 69
15.1.1 Procedimentos....................................................................................................................................69
15.2 Luxações ............................................................................................................................... 70
15.2.1 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................70
21 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 91
1 INTRODUÇÃO
pessoas presentes são as que foram envolvidas no acidente e as que estavam ou passaram pelo
local.
Somente a equipe especializada é composta por socorristas, ou seja, socorrista é a pessoa
que está preparada, treinada e habilitada a fazer os primeiros socorros e transporte de acidentados.
A pessoa que presta os primeiros socorros, em casos de acidentes ou mal súbitos, deve ter
noções de primeiros socorros. Esta função é importante, pois pode manter a vítima viva até a
chegada do socorro adequado, bem como não ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes.
A pessoa que presta os primeiros socorros deve agir com bom senso, tolerância, calma e ter
grande capacidade de improvisação.
Prestar os primeiros socorros é uma atitude humana, que requer coragem e o conhecimento
das técnicas adequadas em face de ser pessoa capaz de auxiliar em uma emergência. O socorro
imediato evita que um ferimento se agrave ou que uma simples fratura se complique, ou que um
desmaio resulte na morte do acidentado.
É comum que as pessoas se sintam incomodadas e até não gostem de socorrer uma pessoa
estranha. No entanto, não se esqueça de que qualquer pessoa ou amigos também podem ser
vítimas de acidentes ou de um mal súbito.
Os primeiros socorros ou socorro básico de urgência são as medidas iniciais e imediatas
dedicadas à vítima, fora do ambiente hospitalar, executadas por qualquer pessoa treinada, para
garantir a vida, proporcionar bem-estar e evitar agravamento das lesões existentes.
O conhecimento e a aplicação dos primeiros socorros têm como objetivo fundamental salvar
vidas. Se a pessoa não tiver condições emocionais de prestar socorro direto à vítima, procure por
alguém que o auxilie no atendimento e, em seguida, acione os serviços especializados: médicos,
ambulâncias, SAMU e bombeiros. Não deixe uma pessoa acidentada sem uma palavra de apoio nem
um gesto de solidariedade, nem deixe de adotar os procedimentos cabíveis.
Existem várias maneiras de ajudar em um acidente, até um simples ato de chamar
assistência especializada como ambulância e bombeiros, sendo de suma importância para o
atendimento adequado. Ao pedir ajuda, a pessoa deve procurar passar o máximo de informações,
como endereço do acidente, ponto de referência, sexo da vítima, idade aproximada, tipo de acidente
e número de vítimas. Prestar os primeiros socorros não significa somente fazer respiração artificial,
colocar um curativo em um ferimento ou levar uma pessoa ferida para o hospital. Significa chamar a
equipe especializada (Bombeiros, SAMU), pegar na mão de alguém que está ferido, tranquilizar os
que estão assustados ou em pânico, dar um pouco de si.
Define-se o socorrista como o profissional em atendimento de emergência. Portanto, uma
pessoa que possui apenas o curso básico de primeiros socorros não deve ser chamada de socorrista
e sim de atendente de emergência.
É importante entender que quem presta socorro deve saber que não é sua tarefa realizar o
diagnóstico, mas sim, ocupar-se em prover os cuidados necessários para o suporte básico à vida.
Sendo assim, existem algumas regras básicas que devem ser seguidas em qualquer situação de
emergência, que são:
a) socorrista sempre inicia sua ação executando a avaliação primária da vítima;
b) a vítima não deve ser movimentada desnecessariamente, e não deve ser permitido a ela
que se movimente bruscamente;
c) as roupas e sapatos da vítima devem ser afrouxados;
d) deve ser impedida a aglomeração em torno do local do atendimento;
e) não se deve oferecer líquidos, alimentos ou medicamentos, sem indicação médica;
f) conforto da vítima deve ser priorizado, além do apoio emocional.
A importância dos primeiros socorros reside no fato de que, apesar da grande maioria dos
acidentes poderem ser evitadas, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos simples podem
diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas. No entanto, do mesmo
modo, um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima.
2 PROCEDIMENTOS GERAIS
• Observação
• Palpação
• Diálogo
2.0.1 Observação
A pessoa que está preparada e treinada deve fazer uma observação detalhada da cena,
certificando-se de que o local em que se encontra a vítima está seguro, analisando a existência de
riscos, como desabamentos, atropelamentos, colisões, afogamento, eletrocussão, agressões entre
outros.
Socorrer alguém pode ser perigoso. Não descuide de sua segurança pessoal. Não corra
riscos em resgates heroicos.
Somente depois de assegurar-se da segurança da cena é que a pessoa deve se aproximar
da vítima para prestar assistência. Não adianta tentar ajudar e, em vez disso se tornar mais uma
vítima. Lembre-se: primeiro você, depois as demais pessoas e por ultimo a vítima.
2.0.2 Palpação
Antes de examinar a vítima, a pessoa deve se proteger para evitar riscos de contaminação
por meio do contato com sangue, secreções ou por produtos tóxicos. Por isso, é importante a
utilização de kits de primeiros socorros como: luvas, óculos, máscaras, entre outros. Na ausência
desses dispositivos, vale o improviso com sacos plásticos, panos ou outros utensílios que estejam
disponíveis.
2.0.3 Diálogo
Sempre que possível, deve-se interagir com a vítima, procurando acalmá-la e, ao mesmo
tempo, avaliar as condições destas, enquanto conversa com ela. A tentativa de diálogo com a vítima
permite perceber:
• Nível de consciência
• Sensação e localização da dor
• Incapacidade de mover o corpo ou partes dele
• Perda ou sensibilidade em alguma parte do copo
Uma vez definida e analisada a situação, a ação deve ser dirigida para:
A pessoa que presta os primeiros socorros deve lembrar que sua tarefa se restringe sempre
em só prestar o socorro básico de urgência. Não deve fazer nada que não seja rigorosamente
essencial para a vida do acidentado, enquanto aguarda o auxílio médico.
As situações de emergência podem variar desde um corte até uma parada cardíaca e, neste
caso, a vítima corre risco de vida. O objetivo do primeiro atendimento deve ser o de mantê-la viva e
protegê-la de novos e maiores riscos até a chegada da equipe especializada.
Durante uma emergência, as pessoas podem se deparar com questões jurídicas, por tanto
são comentados os principais tópicos penais, que podem ser de interesse.
Homicídio simples
Art. 121 - Matar alguém.
Pena - Reclusão de seis a vinte anos.
Parágrafo 3º - Se o homicídio é culposo.
Pena - Detenção de um a três anos.
Nulidade do crime
Art. 19 - Não há crime quando o agente pratica o fato.
I- Em estado de necessidade.
II - Em legítima defesa.
III - Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito
Estado de necessidade
Art. 20 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro
modo evitar direito próprio ou alheio, cujo sacrifício nas circunstâncias, não era
razoável exigir-se.
Parágrafo 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem
tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
Parágrafo 2º - Embora reconheça que era razoável exigir-se o
sacrifício do direito ameaçado, o Juiz pode reduzir a pena de um a dois
terços.
Lesões corporais
Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou saúde de outrem.
Pena - Detenção de um a três anos.
Omissão de socorro: Art. 135 - deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo
sem risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública.
Exposição ao perigo
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e eminente.
As questões jurídicas em relação aos Primeiros Socorros são bem complexas, visto que
deixar de prestar socorro como no item 3.1 código penal art. 135, a omissão de socorro é crime, cujo
sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, mesmo que não tenha o dever jurídico de prestar assistência.
Esta assistência vai desde chamar o serviço especializado, até de fato iniciar os Primeiros Socorros.
Por outro lado o artigo 129 não permite ofender a integridade corporal ou saúde de outrem.
Por este motivo, a pessoa deve estar muito confiante, preparada e treinada para iniciar os
procedimentos de primeiros socorros, utilizando de bom senso sempre, para avaliar a melhor forma
de manter a vítima viva.
Uma coisa é certa, sempre se deve chamar o serviço especializado e prestar uma assistência
psicológica para a vítima, especialmente, quando a pessoa não se sinta preparada para iniciar
manobras complexas.
4 URGÊNCIAS COLETIVAS
• Igrejas;
• Estádios;
• Casa de Espetáculo;
• Protestos, entre outros.
Ao se deparar com uma urgência coletiva, a pessoa deve tomar as seguintes medidas:
Lembra-se que não é recomendável dar qualquer tipo de medicação para vítimas.
Como se sabe, o ser humano não vive sem o ar (oxigênio), quando ocorre por alguma razão
uma parada respiratória, a pessoa para de respirar ou sofre uma asfixia.
A parada respiratória pode ocorrer por diversas situações, como afogamento, sufocação,
aspiração excessiva de gases venenosos ou vapores químicos, soterramento, presença de corpos
estranhos na garganta, choque elétrico, parada cardíaca, entre outros.
• Se o tórax se expande;
• Se há algum ruído de respiração;
• Sentir na própria face se há saída de ar.
Ocorrendo uma parada respiratória é importante ficar atento, pois pode ocorrer uma parada
cardíaca simultaneamente, ou seja, pode parar os batimentos do coração.
As pulsações cardíacas indicam a frequência e a força com que o coração está enviando o
sangue para o corpo, estas pulsações seguem sempre o mesmo ritmo e força em situações normais.
Porém, quando isso não ocorre, pode estar havendo um problema com a circulação do sangue, ou
seja, pode estar havendo uma parada cardíaca.
Para verificar as pulsações é necessário senti-las nas artérias principais, que passam pelo
corpo, as mais utilizadas são as que passam pelo pescoço, denominadas carótidas. Quando ocorre
ausência de pulsação, nessas artérias, é possível dizer que se está diante de um dos sinais mais
evidentes de que ocorreu uma parada cardíaca.
Quando a pessoa ficar com dúvida ou não conseguir verificar as pulsações, deve observar se
a vítima apresenta algum sinal de circulação como:
• Respiração
• Tosse ou emissão de som
• Movimentação
Em casos em que esses sinais não são evidentes, deve-se considerar que a vítima está sem
circulação e iniciar as compressões torácicas.
• A - Vias Aéreas;
• B - Boca (Respiração) ou Boa respiração;
• C – Circulação.
Caso se confirme uma parada cardiorrespiratória (PCR), esta deverá ser tratada com a
Reanimação Cardiopulmonar (RCP).
A obstrução das vias aéreas (nariz e boca) é uma das principais causas de morte em pessoas
inconscientes, as vias aéreas podem estar obstruídas em função de várias situações, como: sangue,
secreções e corpos estranhos, mas a principal causa de obstrução é a “queda da língua”. Quando a
pessoa está inconsciente, o relaxamento da musculatura do maxilar faz com que a língua caia para
trás, impedindo a passagem do ar.
Diante de uma situação de urgência, algumas situações devem ser observadas como:
• Remover dentadura, pontes dentárias, excesso de secreção, dentes soltos etc.
• Na obstrução por presença de sangue ou secreção, deve-se limpar a boca e nariz da
vítima com um pano limpo e virar a cabeça para o lado facilitando a saída do líquido.
• Colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e com a outra elevar o queixo, essa
manobra reposicionará corretamente a língua, desobstruindo as vias aéreas.
• Em casos de suspeitas de a vítima ter sofrido algum tipo de traumatismo, por queda e
acidente de trânsito, agressão entre outros fatores é necessário proteger a coluna
cervical (pescoço). A manobra a ser aplicada é a de “elevação modificada da
mandíbula”, que consiste simplesmente no posicionamento dos dedos bilateralmente
por detrás dos ângulos da mandíbula do paciente, seguido do deslocamento destes
para frente, ou seja, mantendo a cabeça e o pescoço em uma posição neutra abrindo
somente a boca da vítima.
• Em caso de presença de secreção com suspeita de traumatismo, para retirar esta
secreção deve-se virar a cabeça junto com o corpo (sendo necessários três
socorristas ou pessoas treinadas), mantendo assim a coluna cervical alinhada.
É importante salientar que virar a cabeça da vítima não corrige a queda da língua, mas é uma
tentativa de evitar que a pessoa aspire para os pulmões as secreções, que estão na cavidade oral.
6.3.1.2 Respiração
A pessoa que presta os primeiros socorros deve ser capaz de observar, de ouvir e sentir a
respiração. E caso a vitima esteja respirando, esta pessoa deverá avaliar a pulsação.
Em parada cardiorrespiratória o tempo é fundamental, pois dependendo do tempo pode levar
a vítima a ter lesão cerebral.
ATENDIMENTO LESÃO CEREBRAL
Até 4 minutos Improvável
De 4 a 6 minutos Provável
Em mais de 6 minutos Muito provável
Se os procedimentos de obstrução das Vias Aéreas não foram suficientes para a vítima
retornar a respirar, ou até mesmo se a vítima não apresenta pulsação será necessário aplicar
manobras para a reanimação cardiopulmonar (RCP).
Nova regra de ressuscitação dá prioridade à massagem cardíaca, pois leigos não precisam
fazer respiração boca a boca, essa nova regra começou a valer a partir de 2010.
Pesquisas americanas recentes mostram que a massagem aumenta em três vezes as
chances de vida. Até então, no Brasil, 95% dos que sofreram ataque repentino morreram antes de
chegarem ao hospital.
A mudança ocorre com o intuito de facilitar o processo e impedir que pessoas desistam de
fazê-lo pelo receio de encostar a boca na boca de desconhecidos.
Segundo a AHA (American Heart Association), órgão americano que divulgou as novas
normas, as chances de sucesso em salvar a vida de uma pessoa por meio de massagem cardíaca
recebida corretamente são praticamente as mesmas de quem recebe a massagem e a respiração
artificial, além de contar com a vantagem de se ganhar tempo, considerado essencial no processo.
Pela nova norma, a respiração artificial deve ainda ser padrão para os profissionais de saúde,
que sabem fazê-la com a qualidade e a agilidade adequada, além de possuírem os equipamentos de
proteção necessários.
Se a vítima da parada cardíaca não receber nenhuma ajuda em até oito minutos, a chance de
esta vítima sobreviver não passa de 15%. Já ao receber a massagem, a chance aumenta para quase
50% até a chegada da equipe de socorro, que assumirá o trabalho.
A massagem cardíaca deve ser realizada no meio do peito (entre os dois mamilos), com o
movimento das mãos entrelaçadas (uma em cima da outra) com os braços retos, que devem fazer ao
menos cem movimentos de compressão por minuto, de forma rápida e forte.
6.5.1 Procedimentos
Deve-se verificar a cada minuto se a vítima voltou a respirar ou a ter pulso, caso contrário, é
importante continuar com as manobras até a chegada do socorro médico.
Se a vítima for uma criança, aquele que presta socorre deverá usar somente uma das
mãos na massagem.
Fonte: Senac
Já em bebes ele é feita apenas com dois dedos. Em todos os casos o ponto da
massagem é o mesmo: terço inferior do esterno, na linha entre os mamilos.
Fonte: Senac
6.6 Infarto
Infarto do miocárdio é a necrose de uma parte do músculo cardíaco causada pela ausência
da irrigação sanguínea, que leva nutrientes e oxigênio ao coração. Esta situação é o resultado de
uma série complexa de eventos acumulados ao longo dos anos, mas pode ser caracterizado pela
oclusão das artérias coronárias em razão de um processo inflamatório associado à aderência de
placas de colesterol em suas paredes.
• Dor fixa no peito, que pode variar de fraca a muito forte, ou sensação de compressão
no peito que, geralmente, dura cerca de trinta minutos;
• Ardor no peito, muitas vezes confundido com azia, que pode ocorrer associado ou não
à ingestão de alimentos;
• Dor no peito que se irradia pela mandíbula e/ou pelos ombros ou braços (mais
frequentemente do lado esquerdo do corpo);
• Ocorrência de suor, náuseas, vômito, tontura e desfalecimento;
• Ansiedade, agitação e sensação de morte iminente.
• Não há dúvida de que a melhor maneira de evitar o infarto é reduzir a exposição aos
fatores de risco: fumo, obesidade, diabetes, hipertensão, níveis altos de colesterol,
estresse, vida sedentária e/ou histórico pessoal ou familiar de doenças cardíacas.
6.6.3 Procedimentos
• Se estiver com alguém que apresente sintomas de infarto por mais de dez minutos,
não perca tempo: procure socorro urgente. Mantenha a pessoa aquecida e calma.
Salvo orientação médica em contrário, não lhe dê coisa alguma para beber ou comer;
• Desde que a pessoa consiga engolir sem dificuldade e não seja alérgica ao
medicamento, dê-lhe um comprimido de aspirina;
• Não se iluda com a aparência de sintomas de azia intensa, pois eles podem indicar,
na verdade, alterações cardíacas importantes;
7 AFOGAMENTO
Sabe-se que afogamentos são constantes em praias, rios e até mesmo em piscinas,
principalmente, no verão.
Calor e água combinam perfeitamente, mas o que costuma estragar essa harmonia são as
imprudências dos banhistas. Segundo o Corpo de Bombeiros, o afogamento é a segunda causa de
óbitos em jovens e adultos, só perdendo para os acidentes de trânsito.
O consumo de álcool e de outras drogas está entre os principais motivos de afogamento, e
não é difícil de entender o motivo pelo qual o indivíduo perde a percepção do local e dos perigos que
corre, dificultando uma reação rápida caso caia em um buraco ou mesmo seja levado por uma onda.
Além disso, o banhista pode vomitar, e isso acelera o afogamento.
Se uma pessoa presenciar algum afogamento deve chamar, rapidamente, um salva-vidas,
pois o salvamento aquático é de alto risco e exige treinamento e preparo físico. Se não houver um
salva-vidas por perto, é preciso manter a calma e ajudar com recursos como: boias, cordas e
pedaços de madeira.
A tentativa de salvamento só deve ser feita por alguém que saiba nadar e tenha boa
resistência física, juntamente com outra pessoa para auxiliar. Esta ajuda deve ocorrer da seguinte
maneira, enquanto uma pessoa conversa com a vítima, tentando acalmá-la, a outra se aproxima por
trás e lhe dá apoio ou a segura, ajudando a retirá-la da água. Esse procedimento evita que o afogado
se agarre na pessoa que irá socorrê-la, tornando difícil e perigoso o salvamento.
7.1 Procedimento
• Adultos: Cada ciclo corresponde a duas respirações boca a boca e trinta massagens
cardíacas;
• Crianças de 0 a 8 anos: uma ventilação e cinco compressões.
• Maiores de 8 anos: uma ventilação e quinze compressões.
Para desenvolver a respiração boca a boca, alguns procedimentos em técnica devem ser
observados como:
• Manter a cabeça da vítima estendida para trás, sustentando o queixo e mantendo as
vias aéreas abertas.
• Fechar as narinas da vítima.
• Cobrir toda a boca da vítima com a sua boca e sobrar duas vezes com um intervalo
entre as ventilações.
• Liberar as narinas para que saia o ar que foi insuflado.
• Observar se o tórax da vítima se expande (sobe), enquanto está recebendo ventilação.
• Aplicar uma respiração boca a boca a cada 5 ou 6 segundos;
• Continuar até que a vítima volte a respirar ou o atendimento médico chegue ao local.
• Não tentar retirar água dos pulmões ou do estômago da vítima, tampouco provocar
vômito. Se isso ocorrer, de forma natural, deve-se colocar a vítima de lado para que
esta não aspire ao vômito para os pulmões.
• Mantenha a vítima aquecida e encaminhe para a avaliação médica.
• Ao movimentar ou transportar a vítima é importante cercar-se de todo o cuidado,
imobilizando-a em tábua longa, pois esta pode ter sofrido algum traumatismo na
coluna antes do afogamento.
No caso de atendimento a um bebê, deve-se cobrir a boca e o nariz com a sua própria boca,
para realizar a ventilação.
8.1 Queimaduras
Queimaduras são lesões provocadas pela temperatura, geralmente calor, que podem atingir
graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa, dependendo de
localização, extensão e grau de profundidade.
A tabela a seguir se refere à extensão da área lesada, ajudando assim a avaliar a gravidade
de uma queimadura.
A queimadura de primeiro grau é a mais comum, pois deixa a pele avermelhada, além de
provocar ardor e ressecamento, sendo a lesão considerada como superficial.
Trata-se de um tipo de queimadura causado, quase sempre, por exposição prolongada à luz
solar ou por contando breve com líquidos ferventes.
Providências
As queimaduras de 1º grau podem ser tratadas sem recurso ao hospital, a não ser que
atinjam uma área muito grande ou ocorram com bebês e idosos. Este tipo de queimadura melhora
em três dias.
A queimadura de segundo grau é mais grave do que a de primeiro grau, essa queimadura é
aquela que atinge as camadas um pouco mais profundas da pele.
Caracteriza-se pelo surgimento de bolhas, desprendimento das camadas superficiais da pele,
com formação de feridas avermelhadas e muito dolorosas.
8.1.1.3 Providências
Queimaduras do 1º e 2º grau (de baixa gravidade) podem ser tratadas sem recurso ao
hospital. Em situações consideradas como casos mais graves, a vítima deve ser encaminhada ao
hospital.
• Aplicação de água fria até alivio da dor, pelo menos cinco minutos;
• Secagem da zona afetada com compressa esterilizada;
• Cobrir com um pano limpo;
• Aplicação de gaze vaselinada (não aderente) sobre a queimadura e um penso
absorvente para absorver exsudado, que deve ser mudado regularmente;
• Não devem ser estouradas as bolhas;
• Os cremes/loções calmantes só estão indicados para as queimaduras de 1º grau;
• Não colocar nenhum produto caseiro.
Nota: Não se deve usar algodão, porque este tende a aderir à ferida.
Esse tipo de queimadura não produz dor intensa, já que provoca a destruição dos nervos, que
transmitem a sensação de dor.
Geralmente, a queimadura de terceiro grau é causada por contato direto com chamas,
líquidos inflamáveis ou eletricidade. Este tipo de queimadura é grave e representa sérios riscos para
a vítima, sobretudo, se atingir grande extensão do corpo.
8.1.1.5 Providências
O tratamento de queimaduras, de modo geral, pode ser feito da seguinte forma, podendo ser
aplicado para as queimaduras de primeiro, segundo ou terceiro grau.
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Esse atendimento médico pode ser dispensado apenas no caso de queimaduras de primeiro
e segundo grau, em que a área lesada não seja muito extensa.
As queimaduras elétricas requerem urgência hospitalar, pois podem afetar áreas não visíveis,
como órgãos internos.
As queimaduras provocadas por substâncias químicas precisam ser bem analisadas, uma vez
que se a substância que provocou a queimadura for líquida (ácidos, removedores, tintas etc.) deve-
se lavar o local afetado com bastante água, para retirar todo o qualquer resíduo do produto. Depois
de lavar a área, esta deve ser protegida, em especial, as feridas com gazes ou um pano limpo.
Se a substância for sólida (geralmente em pó), antes de lavar o local em que ocorreu a
queimadura, esta substância deve ser retirada com um pano limpo, observando a exclusão de todo e
qualquer resíduo do produto, para depois lavar e proteger a região com gazes ou um pano limpo.
Havendo queimadura nos olhos, por terem sido atingidos por substância química (ácidos, cal,
gasolina etc.), estes devem ser lavados de imediato, pois a visão poderá ser seriamente afetada.
O ideal é fazer a lavagem direta na torneira, mas caso não seja possível, usa-se então uma
garrafa, mangueira etc. Se apenas um olho foi atingido, é preciso tomar cuidado para não prejudicar
o outro olho.
Depois de ser lavado, o olho afetado deve ser coberto com um curativo de gaze ou um pano
limpo, sendo a pessoa encaminhada, rapidamente, para o atendimento médico.
Se os olhos sofrerem queimaduras causadas por irradiações, fachos de luz intensos ou luz
artificial deve-se encaminhar a pessoa para um especialista.
Esse tipo de lesão ocorre, geralmente, com quem trabalha com solda elétrica e não usa
equipamento de proteção. Apesar de não ser uma queimadura, que se manifesta somente pela
ardência e irritação dos olhos (como se contassem grãos de areia), trata-se de casos sérios, que
podem levar à cegueira.
8.2 Insolação
A insolação é uma enfermidade provocada pela exposição excessiva aos raios solares,
podendo se manifestar subitamente, quando a pessoa cai desacordada, mantendo presentes, porém
a pulsação e a respiração.
A insolação acontece quando o organismo fica incapacitado de controlar a temperatura.
Quando a pessoa tem insolação, sua temperatura corporal aumenta rapidamente, o mecanismo de
transpiração falha e o corpo fica incapacitado de se resfriar. A temperatura corporal de uma pessoa
com insolação pode subir até 41 graus, ou mais, em 10 a 15 minutos. Insolação pode causar morte
ou incapacitação permanente se o tratamento de emergência não for providenciado.
Não é comum esses sinais aparecerem todos ao mesmo tempo, geralmente, observam-se
apenas alguns deles.
8.2.2 Providências
Em condição de identificação de ocorrência de insolação, algumas providências devem ser
tomadas como:
• Remover a vítima para lugar fresco e arejado;
• Aplicar compressas frias sobre sua cabeça;
• Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas
umedecidas;
• Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma frequente (caso esteja
consciente);
• Manter a pessoa deitada;
• Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;
• Providenciar transporte adequado;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.
O ideal é deixar que a temperatura corporal diminua bem lentamente, para não ocorrer um
colapso, devido quedas bruscas de temperatura.
8.3 Intermação
A intermação ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados (nas
fundições, padarias, caldeiras etc.) com temperaturas muito altas. A intermação acarreta uma série
de alterações no organismo, com graves consequências para a saúde da vítima.
Para prevenir a intermação, a pessoa não deve permanecer por longos períodos de tempo
em ambientes quentes e fechados, é necessário ingerir muito líquido e alimentos que contenham sal.
8.3.2 Providências
Foi visto que um dos sinais da intermação é a temperatura corporal elevada. Assim, expõe-se
um pouco mais sobre o assunto.
A Temperatura Corporal implica a avaliação do grau de calor do corpo. Em temperatura
normal, o corpo fica entre 36,2ºC e 37ºC. Quando a temperatura de uma pessoa ultrapassa os 37ºC
diz-se que esta pessoa está com febre. Esse fato, por si só, não constitui uma moléstia (Doença;
mal-estar, sofrimento físico), mas pode ser um sinal de alguma doença.
8.3.3.2 Procedimentos
Sendo identificada situação de febre em um indivíduo, alguns procedimentos podem ser
realizados como:
• Retirar qualquer tipo de agasalho, deixando apenas uma roupa leve, até que a
temperatura volte ao normal.
• Dar bastante líquido para a pessoa beber.
• Por panos molhados com água gelada sobre a testa, nas axilas e nas virilhas, e
manter as compressas frias até que a febre ceda.
• Havendo condições, dar um banho prolongado, de banheira, chuveiro ou mesmo de
bacia, com água na temperatura ambiente, abaixo da temperatura da pessoa com
febre.
Febre muito alta e persistente, se não for controlada, torna-se perigosa podendo provocar
delírios e convulsões. Para prestar informações mais detalhadas ao médico, é importante saber
quando a febre começou, quanto tempo durou e como cedeu.
9 CHOQUES ELÉTRICOS
Com o avanço da tecnologia cada vez mais a sociedade está circulada por máquinas, por
aparelhos e equipamentos eletrônicos. Por isso, as ocorrências de choques elétricos se tronam mais
frequentes. Em casos de alta voltagem, os choques podem ser fortes e provocar queimaduras
graves, às vezes, levando até a morte. Os choques causados por correntes elétricas residenciais,
apesar de apresentarem riscos menores, por serem de baixa voltagem, também merecem atenção e
cuidado, pois em alguns casos também podem levar à morte.
Em um acidente que envolva eletricidade, a rapidez no atendimento é fundamental. A vítima
de choque elétrico, às vezes, apresenta no corpo queimaduras nos lugares percorridos pela corrente
elétrica, além de poder sofrer arritmias cardíacas se a corrente elétrica passar pelo coração.
Em algumas vezes, dependendo da corrente elétrica, a vítima que leva o choque fica presa
no equipamento ou nos fios elétricos, isso pode ser fatal. Se a pessoa que irá prestar os primeiros
socorros tocar na vítima, a corrente também irá atingi-la, por isso, antes de tudo é necessário
desligar o aparelho, tirando-o da tomada ou até mesmo desligando a chave geral.
Como visto anteriormente, antes de tocar a vítima, deve-se desligar a corrente elétrica, caso
não seja possível, separar a vítima do contato utilizando qualquer material que não seja condutor de
eletricidade como: um pedaço de madeira, cinto de couro, borracha grossa, luvas e etc.
Para atender uma vítima de choque elétrico é importante seguir alguns passos básicos como:
As correntes de alta tensão se localizam, por exemplo, nos cabos elétricos que são vistos nas
ruas, quando ocorre algum choque envolvido com esses cabos, geralmente, há morte instantânea.
Apenas pessoas autorizadas ou da central elétrica podem desligar a corrente elétrica que passa por
tais cabos. Nesse caso, entre em contato com a central, os bombeiros ou a polícia, indicando o local
exato do acidente. Procedendo dessa maneira, certamente, é possível evitar novos acidentes.
Lembre-se: não deixe que ninguém se aproxime da vítima, nem tente ajudá-la antes de a
corrente elétrica ser desligada, sendo a distância mínima recomendada de quatro metros, somente
depois de desligada é que é possível prestar socorro.
No acidente elétrico, a vítima pode ficar presa ou ser violentamente projetada à distância.
Para que se possam evitar ou prevenir acidentes de origem elétrica, é importante observar
alguns aspectos, como:
• Muito cuidado ao trabalhar nas proximidades de rede ou chaves elétricas de alta
tensão (AT).
• Nunca improvise em eletricidade, mesmo em situação de emergência.
Não solte pipas junto a fios de eletricidade.
• Não mexa em fio caído no solo e que ainda esteja preso à rede elétrica.
• Sempre mantenha em condições adequadas o funcionamento de instalações e
equipamentos elétricos residenciais.
• Contrate só profissionais qualificados e com curso de NR-10, para fazer as revisões
nas instalações elétricas.
• Se precisar trocar um fusível ou desligar a chave geral e estiver no escuro, use
lanterna ou velas para iluminar.
10 ESTADO DE CHOQUE
Obs.: se a vitima sofreu alguma lesão grave que possa ter causado algum dando na coluna a
vitima não deve ser movimentada.
• Pegue a mão da vítima que está desse mesmo lado e coloque-a sob a nádega, com a palma
da mão virada para baixo.
• Feche a mão livre da vítima e a coloque sob o queixo ou a bochecha, para evitar que a face
vire para baixo.
10.2.3 Respiração
Verificar quase que simultaneamente se a vítima respira. Deve-se estar preparado para iniciar
a reanimação cardiopulmonar, caso a vítima pare de respirar.
10.2.4 Pulso
10.2.5 Conforto
Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da
melhor maneira possível. Isso significa observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se
for preciso, a vítima deve ser agasalhada com cobertor ou algo semelhante, como uma lona ou
casacos.
11 INTOXICAÇÕES
• Enjoo
• Vômito
• Diarreia
• Suor abundante (sudorese)
• Palidez
• Febre
• Dor no abdome por irritação gástrica ou por cólica intestinal
11.1.2 Procedimentos
No tipo de intoxicação alimentar se deve:
Hoje em dia, já há nos postos de saúde a mistura do soro caseiro, sendo necessário somente
acrescentar água para o soro estar pronto para o consumo.
A função do soro caseiro, dado por via oral, é repor água e sais minerais perdidos com os
vômitos e diarreia.
O soro deve ser tomado à vontade, a cada 20 minutos, e após cada evacuação líquida ou
vômito.
Caso não tenha sache com soro caseiro pronto, há duas formas de fazê-lo:
O soro não deve ser nem mais doce do que água-de-coco ou mais salgado que lágrima.
Caso não se disponha de colher-padrão, pode ser feito o soro da seguinte forma:
Consumir só produtos, cujo rótulo contenha tanto o registro do órgão fiscalizador quanto o
prazo de validade.
Conservar alimentos cozidos, de um dia para o outro, na geladeira.
Desprezar latas amassadas, enferrujadas, estufadas ou que apresentam espuma ou
vazamento.
Só comprar e consumir carnes vermelhas ou brancas e frutos do mar (camarões, ostras,
mexilhões) que estejam frescos, e cuja origem seja conhecida.
• Azia
• Náuseas e vômitos
• Diarreia
• Sonolência
• Sensação de fraqueza
• Suor
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• Palidez
• Inconsciência
• Dificuldade respiratória
• Parada cardiorrespiratória
11.2.2 Procedimentos
11.2.3 Prevenção
Há algumas medidas que devem ser tomadas para evitar a intoxicação por medicamentos
como:
A intoxicação por substâncias químicas pode ocorrer por ingestão (via oral), inalação (via
respiratória) e pelo contato direto com a pele.
11.3.1 Ingestão
A suspeita é reforçada quando existe a possibilidade de uma pessoa ter tido acesso a
venenos ou quando forem encontrados frascos de veneno no local. Deste modo, deve-se agir com
rapidez antes que o veneno seja absorvido pelo organismo e o atendimento médico deve ser
providenciado com urgência.
11.3.1.2 Procedimentos
11.3.1.3 Prevenção
• Manter venenos, ácidos, tintas e outras substâncias tóxicas nas embalagens originais
e, quando for necessário mudar de frasco, providenciar rótulos que identifiquem os
produtos.
• Guardar sempre as substâncias tóxicas longe do alcance das crianças.
11.3.2 Inalação
Em atendimentos a vítimas de intoxicação por inalação, deve-se tomar cuidado para não se
transformar em mais uma vítima, expondo-se a intoxicação.
11.3.2.2 Procedimentos
11.3.2.3 Prevenção
Os casos de inalação de substâncias químicas podem ser evitados se foram tomados alguns
cuidados como:
Há substâncias que penetram no organismo por meio da pele, como: inseticidas usados na
lavoura, tintas e vários outros produtos químicos. Em contato com a pele, algumas dessas
substâncias são absorvidas sem provocar lesões aparentes. Outras, no entanto, podem causar
queimaduras.
11.4.1 Overdose
Esta dose excessiva é capaz de provocar efeitos adversos agudos, físicos e/ou mentais,
acusando sintomas clínicos que debilitam o organismo, levando à falência de órgãos vitais, como
coração e pulmões, causando graves consequências ao indivíduo, inclusive a morte.
Geralmente, liga-se o termo overdose à droga de abuso, e à dependência química, porém
sabe-se que o corpo humano tem seus limites, e várias substâncias. quando utilizadas acima do que
este possa suportar, poderão desencadear reações imprevisíveis e desagradáveis.
Normalmente, os efeitos podem variar de indivíduo para indivíduo, devido aos vários fatores,
tais como: tipo de droga ingerida, quantidade desta, via de administração utilizada, procedência da
droga, constituição física e psicológica, circunstâncias em que ocorre a overdose. No entanto, de um
modo geral, são: problemas respiratórios e perda de consciência.
A overdose pode ser acidental, provocada, fatal ou não, porém torna-se difícil estabelecer um
critério para cada uma dessas situações, uma vez que na grande maioria dos casos, ela ocorre
quando o usuário busca maiores efeitos, e perde o controle das doses, encaminhando-se às vezes,
acidentalmente, e outras vezes consciente do risco que corre para quadros que poderão levá-lo à
morte.
A overdose é hoje uma das principais causas de morte entre os dependentes químicos.
Um grande número de mortes por overdose poderia ser evitado, desde que o indivíduo em
crise por overdose recebesse socorro adequado e imediato de um atendimento especializado. Deve-
se ressaltar que os amigos ou a(s) pessoa(s) que o socorrem terão o direito ao anonimato, não
correndo o risco de serem delatados.
Uma das coisas que não se deve fazer é provocar vômitos, o que em caso de overdose não
auxiliaria, e seria ainda mais prejudicial. O ideal é que sempre se procure um serviço médico
especializado, com profissionais preparados para esse tipo de atendimento, em que se encontra na
rede hospitalar pública ou privada.
11.4.2 Intoxicação
11.4.2.2 Providências
É muito importante tomar cuidado com os animais, sejam eles domésticos (gato, cachorro) ou
não. Com os peçonhentos, então, a atenção deve ser redobrada.
Animais peçonhentos ou venenosos são todos aqueles que expelem substâncias tóxicas
(venenos) e que têm órgãos específicos para esta inoculação. Entre eles, os mais importantes, pelo
número de acidentes que provocam são as serpentes (cobras), os escorpiões e as aranhas.
12.1 Serpentes
As serpentes são classificadas em venenosas e não venenosas. A picada das serpentes não
venenosas não provoca manifestações gerais, mas pode causar alterações locais, como dor
moderada e, eventualmente, discreta inchação. Já uma picada de cobra venenosa, se não forem
tomadas as providências imediatas em atendimento, pode levar a vítima à morte. Por isso, é tão
importante que todos aqueles que trabalham em espaços confinados, que estão sujeitos à aparição
de cobras, tenham informações suficientes que permitam identificá-las.
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As cobras venenosas distinguem-se das não venenosas por vários fatores. Um deles tem a
ver com o comportamento: enquanto as venenosas ficam agressivas e tomam posição para dar o
bote na presença de outro animal ou pessoa, as cobras não venenosas se tornam medrosas e
fogem. Segundo o Instituto Butantã, aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas é fatal,
quando a vítima não é socorrida a tempo.
Cabeça chata, triangular, bem destacada. Cabeça estreita, alongada, mal destacada.
Olhos pequenos, com pupila em fenda Olhos grandes, com pupila circular, fosseta
vertical e fosseta loreal entre os olhos e as lacrimal ausente.
narinas (quadradinho preto).
Tudo poderá ser facilmente verificado, se houver um animal morto ou imobilizado, que poderá
ser examinado com calma e minuciosamente. Na prática, quando ocorrem os acidentes, a situação é
bem outra. No entanto, há algumas observações que, geralmente, são possíveis de fazer.
3) Tome nota da hora em que você foi picado. É uma informação preciosa ao posto de
socorro. Por exemplo, poderá servir ao médico para diferenciar a cobra coral verdadeira da
falsa: se após pouco tempo você não tem nenhum dos sintomas clínicos de
envenenamento ofídico, ficará algum tempo em observação sem tomar soro. O tempo
decorrido entre o acidente e a intensidade dos sintomas também é fundamental para
avaliar a gravidade do caso e guiará a terapêutica a ser aplicada.
4) Se não tiver nenhuma observação sobre a cobra, pelo menos informe os aspectos do local
em que aconteceu o acidente: floresta, areia, rochas expostas, etc.
12.1.1 Procedimentos
Como o veneno se difunde para os tecidos nos primeiros trinta minutos após a picada, a ação
precisa ser rápida, seja qual for a cobra que tenha provocado o acidente.
• Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário
procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma.
• Retirar anéis se o dedo for atingindo, pois o edema pode tornar-se intenso e produzir
garroteamento.
• Lavar o local com bastante água corrente.
• Compressas de gelo ou água fria retardam os efeitos do veneno.
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Os primeiros socorros são úteis e importantes até trinta minutos depois da picada, portanto
encaminhar a vítima para atendimento médico, com a maior rapidez, é fundamental.
Tanto os escorpiões quanto as aranhas representam perigo não só para o homem, mas
também para as próprias espécies, pois estes se devoram mutuamente. São também seus inimigos
naturais: pássaros, galinhas, seriemas, corvos e alguns anfíbios, principalmente sapos, e no caso
dos escorpiões: e lagartos, camaleões, sapos e pássaros, no caso das aranhas. Ambos têm como
característica comum o fato de não serem agressivos e de picarem somente quando molestados ou
para se defender. As picadas que provocarem dor intensa podem ser graves.
Segundo o instituto Butantã, cerca de 4% das vítimas de ferroadas de escorpião morrem.
Quanto maior for o número de ferroadas, mais grave será o envenenamento.
12.2.1 Aranhas
Nem todas as aranhas representam perigo de vida. Isto faz tomar pouco cuidado com elas.
Algumas espécies, porém, são muito venenosas.
Deve-se dar ênfase às precauções, para que as picadas não ocorram.
Armadeira não tem pelos e fica na posição de bote para atacar, apoiada nas pernas de trás e com
as da frente levantadas. Sua cor é marrom-café.
A aranha marrom tem o corpo escuro e as pernas mais claras. É pouco agressiva e não causa dor
local, assim, a mordida deste aracnídeo pode passar despercebida. Os sintomas aparecem depois
de oito a vinte horas, com inchaço local e bolhas são os mais comuns. Nos casos graves, a urina do
acidentado fica com uma cor marrom escura.
12.2.1.1 Sintomas
12.2.1.2 Procedimentos
• Em caso de acidente com aracnídeos, se for possível apanhar o animal, deve-se levá-
lo junto, quando a pessoa for ao hospital. Deste animal será extraído o antídoto que
poderá salvar a vida do acidentado.
• Nunca se deve fazer torniquete em um membro picado.
• A vítima deve ser mantida no mais completo repouso para que o veneno não se
espalhe no organismo, sendo importante providenciar ou aguardar o atendimento
médico.
• Lavar o local afetado com água corrente.
12.2.2 Escorpiões
O veneno de escorpiões pode levar crianças e pessoas desnutridas à morte. Estes animais
têm hábitos noturnos e não são agressivos.
12.2.2.2 Procedimentos
A raiva, ou hidrofobia, é uma doença viral causada por um RNA vírus do gênero Lyssavirus,
transmitida via mordedura, lambida ou arranhadura de um animal infectado. O contato com a urina,
fezes ou sangue desses indivíduos, embora menos frequentes, são outras formas de contágio, sendo
o período de incubação compreendido entre um mês e um ano após a exposição.
Apesar de ser associada a cães de rua, a raiva pode ser transmitida por diversos outros
mamíferos, como morcegos e macacos, tanto urbanos quanto selvagens.
O quadro se agrava em pouco tempo, levando o indivíduo a óbito em mais de 99% dos casos,
se as devidas providências pós-exposição não forem tomadas.
• Dor de cabeça.
• Febre.
• Mal-estar geral.
• Dor e dificuldade para engolir.
• Intolerância ao vento e à luz.
• Convulsão e paralisia respiratória (em situações graves).
Caso um animal com suspeita de raiva morda uma pessoa, este não deve ser sacrificado,
mas precisa ser confinado e observado por dez dias. Se nesse período não manifestar sinais da
doença, pode ser solto. E a pessoa mordida por este animal pode ficar tranquila, pois não corre
perigo. No entanto, se o animal apresentar algum sinal indicativo de raiva (hidrofobia), fugir ou
morrer, a vítima tem que ser tratada o mais rápido possível.
Há também para diagnóstico, a análise de material córneo ou epidérmico, sendo também
requeridos exames salivares ou sanguíneos.
12.3.3 Providências
O tratamento de emergência consiste em:
• Lavar o ferimento com bastante água e sabão.
• Encaminhar a vítima para o posto de saúde mais próximo. Lá serão tomadas as
providências cabíveis.
12.3.4 Prevenção
Quanto à prevenção, é necessário evitar o contato com animais selvagens e de rua, bem
como vacinar cães, gatos, e outros animais de convívio com pessoas. Biólogos, veterinários e outros
profissionais que têm contato direto com mamíferos devem fazer o uso da vacina preventiva.
13 FERIMENTOS
13.1 Contusão
A contusão é uma lesão sem o rompimento da pele, tratando-se de uma forte compressão
dos tecidos moles, como pele, camada de gordura e músculos, conta os ossos.
Em alguns casos, quando a batida é muito forte, pode ocorrer rompimento de vasos
sanguíneos na região, originando um hematoma.
13.1.2 Procedimentos
Em situação de lesão, alguns procedimentos podem ser tomados como:
• Manter em repouso a parte contundida.
• Aplicar compressas frias ou saco de gelo até que a dor melhore e a inchação se
estabilize.
• Caso utilize o gelo, deve-se proteger a parte afetada com um pano limpo para evitar
queimaduras na pele.
13.2 Escoriações
13.2.1 Procedimentos
As feridas devem ser cobertas para estancar a hemorragia e também evitar contaminação.
Lembre-se: Em casos graves, depois do curativo feito deve-se encaminhar a vítima para
atendimento médico.
13.3 Amputações
13.3.1 Procedimentos
•
Encaminhar para hospital: Enviar o seguimento com a vítima na
ambulância. Caso isso não seja possível, deve-se ter o cuidado de
enviar a parte amputada para o mesmo hospital em que a vítima
está sendo atendida.
É bom sempre lembrar que a vítima deve ser vista como um todo, mesmo nos casos de
ferimentos que pareçam sem importância. Uma pequena contusão pode indicar a presença de lesões
internas graves, com rompimento de vísceras, hemorragia interna ou mesmo estado de choque.
13.4.1 Procedimentos
Caso não se consiga fazer o curativo de três pontas, deve-se cobrir o ferimento todo com uma
compressa ou um pano limpo e levar a vítima imediatamente para o hospital.
Atenção: a ferida só deve ser totalmente coberta no momento exato em que terminou uma
expiração, ou seja, após a saída do ar.
Os ferimentos profundos no abdome costumam ser graves, podendo atingir algum órgão
abdominal. Dependendo do tipo de ferimento, este pode perfurar a parede abdominal, deste modo,
partes de algum órgão (ex: intestino) podem vir para o exterior. Neste caso, não tente de forma
alguma colocá-los no lugar.
13.5.1 Procedimentos
Em condição de identificação de ferimentos no abdome, alguns procedimentos devem ser
observados, como:
• Chamar atendimento especializado (SAMU 192, Bombeiros 193).
• Cobrir as partes expostas com panos limpos, umedecidos com água e mantidos
úmidos.
• Nunca se devem cobrir os órgãos expostos com material aderentes (papel, toalha,
papel higiênico, algodão), que deixam resíduos difíceis de serem removidos.
• Caso tenha algum objeto encravado não se deve tentar retirá-lo.
Os olhos são órgãos muito sensíveis e, quando feridos, somente um especialista dispõe de
recursos para tratá-los. Portanto, é importante tomar muito cuidado para não ferir ainda mais os
olhos, que estiverem sendo tratados.
13.6.1 Procedimentos
Em situação de ferimentos nos olhos, alguns procedimentos devem ser observados, como:
• Nunca retirar dos olhos um objeto, que esteja entranhado ou encravado.
• Cobrir os olhos com gazes ou pano limpo.
• Prenda o curativo com duas tiras de esparadrapos, pois esta ação evitará mais
irritação.
Cubra o olho não acidentado para evitar a movimentação do olho atingido. Essa manobra não
deve ser feita, quando a vítima precisa do olho sadio para se salvar.
Quando houver ferimento causado por faca, canivete, lasca de madeira, vidro ou outro objeto
e algum objeto ficar encravado, em princípio ele não deve ser retirado, pois isso pode provocar
hemorragias graves ou lesão de nervos e músculos próximos à região afetada.
14 HEMORRAGIA
Hemorragia externa é causada pela perda de sangue alterando o fluxo normal da circulação
devido ao rompimento de um vaso sanguíneo (veia ou artéria). Se não for prestado atendimento,
esta condição pode levar ao estado de choque. Uma hemorragia externa não controlada pode até
mesmo causar a morte em três a cinco minutos.
14.1.2 Procedimentos
Se essas medidas não forem suficientes, então se faz necessário comprimir a artéria afetada
um pouco acima da lesão.
Nunca use torniquete. O uso de torniquete pode levar a amputação cirúrgica do membro,
caso não seja afrouxado corretamente e no tempo certo.
As hemorragias internas, geralmente, não são fáceis de serem identificadas, mas alguns
sinais e sintomas podem ser observados:
• Sangramento geralmente não visível;
• Nível de consciência variável dependendo da intensidade e local do sangramento;
• Sangramento pela urina;
• Sangramento pelo ouvido;
• Palidez;
• Sede;
• Fratura de fêmur;
• Dor com rigidez abdominal;
• Vômitos ou tosse com sangue;
• Aumento dos batimentos cardíacos;
• Traumatismos ou ferimentos penetrantes no crânio, tórax ou abdome.
14.2.2 Procedimentos
Da mesma forma que alguns procedimentos em cuidados devem ser observados, em caso de
hemorragia há procedimentos que não devem ser realizados como:
• Não dar qualquer tipo de alimento ou bebida para a vítima, uma vez que esta pode
tornar-se inconsciente, vomitar e aspirar ao alimento e/ou água.
• Se a vítima se queixar muito de sede, molhe um lenço apenas para umedecer a
língua.
• Não retire objetos incrustados no ferimento como gravetos, hastes metálicas
(vergalhões, facas, etc.)
As hemorragias nasais são muito comuns devido à grande quantidade de vasos sanguíneos
no nariz.
Quase todas as pessoas já tiveram uma hemorragia nasal pelo menos uma ou várias vezes.
A epistáxis (hemorragias nasais) anterior é mais comum nas crianças e nos adultos jovens ao passo
que a epistáxis posterior ocorre com mais frequência nos doentes idosos, porque têm vasos frágeis
devido a situações como: hipertensão, aterosclerose, distúrbios da coagulação sanguínea ou
debilidade dos tecidos.
A epistáxis tem dois picos de incidência: dos dois aos dez e dos cinquenta aos oitenta anos
de idade. Afeta da mesma maneira ambos os sexos.
14.3.2 Procedimentos
15.1 Entorse
15.1.1 Procedimentos
15.2 Luxações
As luxações ocorrem por meio da perda de contato permanente entre duas extremidades
ósseas em uma articulação.
Na luxação, as superfícies articulares deixam de se tocar de forma permanente. É comum
ocorrer junto com a luxação uma fratura.
15.2.2 Procedimentos
15.3 Fraturas
15.3.2 Procedimentos
Em situação de possibilidade de ter ocorrido uma fratura, deve-se observar alguns cuidados:
• Manipular o mínimo possível o local afetado;
• Não colocar o osso no lugar;
• Proteger ferimentos com panos limpos e controlar sangramentos nas lesões expostas;
• Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima (caso seja muito necessário);
• Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado (fratura fechada);
• Encaminhar para atendimento hospitalar.
A sensação de um mal-estar e a impressão de tudo girar em volta pode ser resultado de uma
vertigem. O desmaio caracteriza-se pela perda temporária e repentina da consciência, causada pela
diminuição do sangue. Já na convulsão, a perda da consciência é acompanhada de contrações
musculares violentas.
16.1 Vertigens
partes do corpo; a visão, que determina a relação do corpo relativamente ao espaço circundante; e o
órgão do equilíbrio do aparelho vestibular, que pressente os movimentos da cabeça. Com a
informação proveniente destas fontes, o cérebro pode avaliar o estado estático ou dinâmico do corpo
e ordenar os ajustes necessários para manter o equilíbrio. No entanto, se estas fontes de informação
falham ou, ainda, se a informação for contraditória, esta causa perturbações funcionais ou orgânicas,
de forma que o cérebro não pode elaborar convenientemente os dados que recebe e surge, então, a
sensação de vertigem.
As causas das vertigens são muito diversas e, em muitos casos, não chega a ser possível
determinar a origem do problema. Classicamente, distingue-se a vertigem devido a um problema no
aparelho vestibular do ouvido interno (vertigem periférica) e como tendo a origem em uma disfunção
do sistema nervoso central (vertigem central). O motivo mais habitual da vertigem corresponde a
uma alteração no ouvido interno: doença de Ménière, processos inflamatórios (labirintite) ou
infecciosos, traumatismos, intoxicações, perturbações vasculares, tumores, entre outras. No entanto,
a origem também pode radicar em lesões ou alterações circulatórias do tronco cerebral e do
cerebelo, doenças gerais, problemas oculares e até problemas de natureza psicológica.
16.1.1 Causas
• Sensação de mal-estar;
• Zumbidos;
• Surdez momentânea;
• Vertigem acompanhada de náuseas;
• Pode manter-se consciente.
16.1.3 Procedimento
• Colocar a vitima deitada de barriga para cima (em decúbito dorsal), mantendo a
cabeça sem travesseiro ou qualquer outro apoio.
• Impedir que a vítima realize qualquer movimento brusco, sobretudo com a cabeça.
• Afrouxar toda a roupa da vítima para que a circulação sanguínea se restabeleça sem
dificuldade.
• Animar a vítima com palavras confortadoras.
16.2 Desmaios
Os desmaios são vistos como a perda breve e repentina da consciência, geralmente, com
rápida recuperação, podendo ocorrer devido a múltiplas causas, desde um simples susto (ansiedade,
tensão emocional) até um quadro encefálico.
Existe prevalência elevada em pessoas de idade.
16.2.1 Causas
Podem ser consideradas causas dos desmaios:
• Jejum prolongado (hipoglicemia);
• Permanência em ambiente abafado com muitas pessoas;
• Condições psicológicas (emoção forte);
• Fadiga;
• Condições patológicas (arritmias, infarto do miocárdio, etc.);
• Grande perda de sangue.
O desmaio pode ser visto como situação grave, quando causado por grandes hemorragias,
ferimentos e traumatismos na cabeça.
16.2.3 Procedimentos
• Colocar a vítima deitada de barriga para cima, com os pés ligeiramente elevados ou
sentá-la com a cabeça abaixada.
16.3 Convulsões
16.3.1 Causas
Podem ser vistas como causas das convulsões:
• Hipertermia;
• Intoxicações;
• Epilepsia;
• Meninge encefalite;
• Traumatismos crânio-encefálicos;
• Tumores;
• Tétano;
• Lesões cerebrais e etc.
16.3.3 Procedimentos
Não se deve jogar água ou oferecer algo para cheirar durante a crise
Durante uma crise convulsiva, jamais impeça os movimentos da vítima e tampouco dê a ela
qualquer líquido ou medicação pela boca.
O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de
Bombeiros, SAMU entre outros).
O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões, provocando sequelas
irreversíveis ao acidentado.
A vítima somente deverá ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, em que
não é possível contar com equipes especializadas em resgate ou se o local apresenta um grande
risco de morte.
OBS: É imprescindível a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte
seguro.
A melhor forma de transporte de uma vítima é feito por maca. Se por acaso não houver uma
disponível no local, esta maca pode ser improvisada com duas camisas ou um paletó e dois bastões
resistentes, ou até mesmo enrolando-se um cobertor várias vezes em uma tábua larga.
Porém, em alguns casos, na impossibilidade de uso de maca, o transporte pode ser feito de
outra maneira, porém tomando-se todos os cuidados para não agravar o estado da vítima.
A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não há suspeita de
lesões na coluna vertebral e bacia.
A maca é a melhor maneira de transportar uma vítima, mas dependendo do local em que o
acidente tenha acontecido, muitas vezes será necessário improvisar uma. Dessa forma, o mais
importante é saber colocar a vítima sobre a maca.
A maca improvisada com uma porta ou uma tábua de aproximadamente 50 cm de largura é
muito eficiente, usada nos casos de suspeita de lesão da coluna vertebral, com a vítima imobilizada.
Exceto a maca improvisada com porta ou tábua, todas as demais têm como base cabos de
vassouras ou galhos de árvores, varas, guarda-chuvas grandes entre outros. O que irá variar é a
superfície sobre a qual a vítima será colocada.
Para utilizar o transporte em maca feita por varas, é imprescindível que as mesmas sejam
resistentes para suportar do peso da vítima.
Para transportar para a maca uma vítima com indícios de lesão na coluna ou na bacia, são
necessários três socorristas ou pessoas altamente treinadas.
Caso a suspeita da coluna seja na cervical, um dos socorristas ou pessoa treinada deverá
cuidar, exclusivamente, da cabeça da vítima, de forma a mantê-la estabilizada.
Deve-se suspeitar de lesão na coluna, quando a vítima apresentar marcas de trauma no
tronco ou ainda das clavículas, ou ainda, se estiver inconsciente.
Se houver suspeitas de fratura na coluna ou na bacia, a vítima deverá, necessariamente, ser
transportada em maca plana e rígida (do tipo porta ou tábua)
A seguir são expostos alguns exemplos de como fazer macas improvisadas com cabo(s):
• Pegue camisas ou paletós e enfie as mangas para dentro, no caso de paletós ou
similares, abotoe-os inteiramente e passe os cabos pelas mangas.
• Consiga cobertores, toalhas, colchas ou lençóis e enrole o tecido em torno dos cabos
CURSO PRIMEIROS SOCORROS
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Fonte: Senac
Transporte de Apoio
Transporte em cadeirinha
Com os braços, os socorristas formam um pequeno assento, para a vítima, que deverá se
manter segura.
Por proporcionar maior estabilidade, esse é o tipo de transporte mais adequado para vítimas,
que apresentam problemas respiratórios.
Transporte no Colo
Para esse transporte é exigida a presença de três socorristas, e só é valido caso a vítima não
tenha suspeitas de fratura na coluna ou na bacia.
• Estando a vítima deitada de barriga para cima, os três socorristas se ajoelham ao lado
dela: um próximo à extremidade superior do corpo, outro no meio e o terceiro próximo
aos pés.
• Pegando a vítima por baixo, em um tempo só, os três a carregam juntos ao tórax.
Um cisco, uma farpa no dedo, um inseto dentro do ouvido, uma espinha de peixe entalada na
garganta, um corpo estranho no nariz, a primeira vista, são situações corriqueiras e de fácil solução
que, às vezes, a pessoa que presta os primeiros socorros ou a própria vítima pode resolver. Outras
vezes, porém estas situações podem provocar problemas sérios, exigindo atendimento
especializado.
Quando há a presença de um corpo estranho, é de fundamental importância conhecer
técnicas apropriadas para cada caso e agir de acordo com elas.
Os olhos são muito delicados e, se atingidos por poeira, areia, insetos ou outros pequenos
corpos estranhos, estes podem sofrer irritação, inflamações e ferimentos mais sérios podendo até as
vezes acarretar na perda de visão. Mesmo pequenos cortes ou arranhões infeccionam e prejudicam
a visão se não forem bem cuidados.
São frequentes também os acidentes causados por brinquedos pontiagudos ou que lancem
projéteis, por exemplo, espingardas de chumbinho, atiradeiras e arco e flecha.
Se algum corpo estranho ficar encravado no globo ocular, não tente retirá-lo.
18.1.1 Procedimentos
• Cobrir também o olho não atingido para evitar qualquer movimento do olho afetado.
• Caso necessário, deve-se encaminhar imediatamente a pessoa para o socorro
médico.
Não permita, de forma alguma, que a vítima esfregue o olho afetado, já que esse movimento
pode aumentar o ferimento
Quando corpos estranhos ficam encravados na pele, podem causar ferimentos e infecções.
Deve-se remover o corpo estranho com uma pinça limpa ou agulha flambada (aquecida em uma
chama até ficar em brasa). Nunca use canivete ou faca.
Se o corpo estranho estiver muito encravado e difícil de retirar, encaminhe a vítima ao pronto-
socorro. Não esqueça, mesmo em casos leves, é melhor encaminhar o paciente ao serviço médico,
do que agravar a lesão, principalmente, porque não configura uma emergência.
Em qualquer caso de ferimento da pele faça uma limpeza com água e sabão e adote as
medidas apropriadas aos casos de ferimento.
esteja obstruindo totalmente o ouvido, a vítima sentirá um pequeno mal-estar por ouvir menos. Deste
modo, a ida ao médico poderá ser providenciada com calma.
Quando o corpo estranho for um inseto, este provocará um ruído que desespera a vítima,
podendo gerar estado de inquietação e de irritabilidade. Neste caso, deve-se agir rápido para aliviar
de imediato a vítima.
18.3.1 Procedimentos
• Deve-se puxar a orelha para trás e dirigir o facho de luz, sendo uma lanterna, por
exemplo, para o canal auditivo. Isso serve para atrair o inseto. O inseto atraído pela
luminosidade, deverá sair com certa facilidade.
• Caso o inseto permaneça no ouvido, pingue uma gota de azeite e procure atendimento
médico para que possa ser realizada uma lavagem do ouvido e a consequente
retirada de inseto.
Caso o corpo estranho seja um grão de cereal ou algum fragmento metálico, para retirá-lo
deve-se:
• Com o punho ou a vítima ou o socorrista devem dar leves toques na cabeça no lado
do ouvido afetado pelo corpo estranho.
Não se deve tentar retirar corpo estranho do ouvido com cotonete, pinça ou outro
instrumento qualquer, pois corre-se o risco de empurrá-lo ainda mais para dentro. Ele pode
atingir o tímpano, perfurando-o, podendo provocar até surdez.
Quando o órgão em que se encontra um corpo estranho for o nariz, deve-se comprimir a
narina que esteja livre e pedir que a vítima mantenha a boca fechada e tente expelir ar pela narina
tampada.
É necessário avisar a vítima para que não assoe o nariz com muita violência. Isto poderia ferir
a cavidade nasal.
18.5.1 Procedimentos
• Encorajar a vítima a tossir para expelir o corpo estranho sem, no entanto, bater nas
costas desta.
• Encaminhá-la para atendimento médico, caso a medida adotada não surta efeito.
É importante saber que sendo esta vítima uma gestante ou uma pessoa obesa, as
compressões devem ser feitas no tórax, no mesmo local da massagem cardíaca (o osso esterno, na
linha entre os mamilos).
Mesmo após a expulsão do corpo estranho, a vítima pode continuar inconsciente. Nesse
caso, deve-se verificar se a respiração e pulso da vítima, para identificar se a pessoa está em parada
cardiorrespiratória. Estando a vítima em Parada Cardiorrespiratória, é preciso iniciar os
procedimentos cabíveis.
• Sentar-se e apoiar o braço direto sobre a perna direita ou braço esquerdo sobre a
perna esquerda.
• Colocar o bebê sobre o braço apoiado, de barriga para baixo e ligeiramente inclinado.
• Com a mão, manter a boca do bebê aberta, para desobstruir as vias aéreas.
• Dar cinco palmadas nas costas do bebê, no sentido do chão.
• Se a manobra não surtir efeito, virar o bebê, de barriga para cima, apoiado no outro
braço, mantê-lo ligeiramente inclinado e fazer cinco compressões no tórax, usando
apenas dois dedos, na mesma região da massagem cardíaca externa.
• Verificar se há algum corpo estranho na boca do bebê e proceder da mesma forma
que com um adulto. (Retirando de dentro para fora).
• Repita a manobra quantas vezes forem necessárias.
• Providenciar socorro médico ou remoção realizando a manobra de reanimação
durante o transporte.
Nunca se deve introduzir o dedo na boca de uma vítima consciente, quando o corpo
estranho não estiver visível.
O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, pode
ser de dois tipos:
Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios, sendo denominado de ataque
isquêmico transitório (AIT). Nem por isso tais situações deixam de exigir cuidados médicos
imediatos.
• Dor de cabeça;
• Edema cerebral;
• Aumento da pressão intracraniana;
• Náuseas e vômitos;
• Déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico.
19.2 Recomendações
Os fatores de risco para AVC são os mesmos que provocam ataques cardíacos, como:
• Hipertensão arterial;
• Colesterol elevado;
• Fumo;
• Diabetes;
• Histórico familiar;
• Ingestão de álcool;
• Vida sedentária;
• Excesso de peso;
• Estresse.
19.4 Procedimentos
Acidente vascular cerebral é uma emergência médica. O paciente deve ser encaminhado
imediatamente para atendimento hospitalar. Trombolíticos e anticoagulantes podem diminuir a
extensão dos danos. A cirurgia pode ser indicada para retirar o coágulo ou êmbolo (endarterectomia),
aliviar a pressão cerebral ou revascularizar veias ou artérias comprometidas.
Infelizmente, células cerebrais não se regeneram nem há tratamento que possa recuperá-las.
No entanto, existem recursos terapêuticos capazes de ajudar a restaurar funções, movimentos e fala
e, quanto antes começarem a ser aplicados, melhores serão os resultados.
20 TELEFONES ÚTEIS
21 REFERÊNCIAS
AYRES, J. A., NITSCHE, M. J. T. - Primeiros socorros: guia básico. São Paulo: UNESP, 2000, 33
p.
Caderno de Primeiros Socorros – Cruz Vermelha Brasileira – São Paulo - 1996
CARDOSO, Telma Abdalla de Oliveira, Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação
Oswaldo Cruz, 2003. Printed in Brazil
FORD. Atendimento pré-hospitalar: suporte básico da vida. São Bernardo do Campo, SP, [s.d.].
39 p.
Manual de Fundamentos de Bombeiros / Corpo de Bombeiros - São Paulo – 1998.
MANUAL, Primeiros Socorros, como agir em situações de emergência, Rio de Janeiro, 2002 –
Senac.