Você está na página 1de 91

Cursos e Treinamentos Profissionais

(47) 3349-2482
www.inbraep.com.br

CAPACITAÇÃO EM PRIMEIROS
SOCORROS

Módulo: BÁSICO

Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP


Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 6

2 PROCEDIMENTOS GERAIS ............................................................................................................ 9


2.0.1 Observação ............................................................................................................................................. 9
2.0.2 Palpação ...............................................................................................................................................10
2.0.3 Diálogo ..................................................................................................................................................10
2.1 Princípios para os Primeiros Socorros ..................................................................................... 10

3 LEGISLAÇÃO SOBRE O ATO DE PRESTAR SOCORRO ..........................................................12


3.1 Aspectos Legais....................................................................................................................... 12

4 URGÊNCIAS COLETIVAS.............................................................................................................. 14

5 CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS............................................................................................. 15

6 PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA – PCR .................................................................................. 16


6.1 Parada Respiratória ................................................................................................................. 16
6.1.1 Sinais de Parada Respiratória ...............................................................................................................17
6.2 Parada Cardíaca ...................................................................................................................... 17
6.2.1 Sinais de Parada Cardíaca .....................................................................................................................17
6.3 Procedimentos para Parada Cardiorrespiratória ...................................................................... 18
6.3.1 Obstrução das Vias Aéreas ...................................................................................................................19
6.4 Reanimação Cardiopulmonar (RCP) ........................................................................................ 20

6.5 Modo de fazer a massagem cardíaca ...................................................................................... 21


6.5.1 Procedimentos......................................................................................................................................21
6.6 Infarto ...................................................................................................................................... 23
6.6.1 Sinais e Sintomas ..................................................................................................................................23
6.6.2 Fatores de risco e prevenção ................................................................................................................24
6.6.3 Procedimentos......................................................................................................................................24
7 AFOGAMENTO .............................................................................................................................. 25
7.1 Procedimento........................................................................................................................... 25
7.1.1 Técnicas de respiração boca a boca .....................................................................................................26
8 DISTÚRBIOS CAUSADOS PELA TEMPERATURA .....................................................................27
8.1 Queimaduras ........................................................................................................................... 27
8.1.1 Profundidade ou Grau das Queimaduras .............................................................................................28
8.1.2 Queimaduras elétricas ..........................................................................................................................31
8.1.3 Queimaduras provocadas por substância químicas .............................................................................31
8.1.4 Queimaduras nos Olhos .......................................................................................................................32
8.2 Insolação ................................................................................................................................. 32
8.2.1 Sinais e Sintomas ..................................................................................................................................33

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 2
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
8.2.2 Providências..........................................................................................................................................33
8.3 Intermação ............................................................................................................................... 34
8.3.1 Sinais e Sintomas ..................................................................................................................................34
8.3.2 Providências..........................................................................................................................................34
8.3.3 Temperatura Corporal ..........................................................................................................................35
9 CHOQUES ELÉTRICOS ................................................................................................................ 36
9.1 Procedimentos para choque elétrico ........................................................................................ 36
9.1.1 Para evitar ou prevenir acidentes de origem elétrica ..........................................................................37
10 ESTADO DE CHOQUE ................................................................................................................ 38
10.1 Sinais e sintomas ................................................................................................................... 38

10.2 Providencias a serem tomadas .............................................................................................. 39


10.2.1 Deitar a Vitima ....................................................................................................................................39
10.2.2 Como colocar a vítima em posição lateral ..........................................................................................40
10.2.3 Respiração ..........................................................................................................................................41
10.2.4 Pulso ...................................................................................................................................................41
10.2.5 Conforto..............................................................................................................................................41
10.2.6 Tranquilizar a Vítima ...........................................................................................................................41
11 INTOXICAÇÕES........................................................................................................................... 42
11.1 Intoxicação Alimentar ............................................................................................................. 43
11.1.1 Sinais e Sintomas de Intoxicação Alimentar .......................................................................................43
11.1.2 Procedimentos....................................................................................................................................43
11.1.3 Prevenção para Intoxicação Alimentar ...............................................................................................44
11.2 Intoxicação Medicamentosa ................................................................................................... 45
11.2.1 Sinais e sintomas de Intoxicação por Medicamentos.........................................................................45
11.2.2 Procedimentos....................................................................................................................................46
11.2.3 Prevenção ...........................................................................................................................................46
11.3 Intoxicação por substâncias Químicas ................................................................................... 47
11.3.1 Ingestão ..............................................................................................................................................47
11.3.2 Inalação ..............................................................................................................................................48
11.3.3 Contato Direto com a Pele .................................................................................................. 49

11.4 Intoxicação por Drogas .......................................................................................................... 49


11.4.1 Overdose ............................................................................................................................................49
11.4.2 Intoxicação..........................................................................................................................................51
12 PICADAS E MORDIDAS DE ANIMAIS ......................................................................................... 52
12.1 Serpentes .............................................................................................................................. 52
12.1.1 Procedimentos....................................................................................................................................54
12.1.2 O que não deve ser feito ....................................................................................................................55

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 2
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
12.2 Escorpiões e Aranhas ............................................................................................................ 55
12.2.1 Aranhas ...............................................................................................................................................55
12.2.2 Escorpiões...........................................................................................................................................56
12.3 Gatos e Cachorros ................................................................................................................. 57
12.3.1 Animal Raivoso ...................................................................................................................................58
12.3.2 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................58
12.3.3 Providências........................................................................................................................................58
12.3.4 Prevenção ...........................................................................................................................................58
13 FERIMENTOS .............................................................................................................................. 59
13.1 Contusão ............................................................................................................................... 59
13.1.2 Procedimentos....................................................................................................................................59
13.2 Escoriações ........................................................................................................................... 60
13.2.1 Procedimentos....................................................................................................................................60
13.3 Amputações ........................................................................................................................... 61
13.3.1 Procedimentos....................................................................................................................................61
13.4 Ferimentos no Tórax .............................................................................................................. 62
13.4.1 Procedimentos....................................................................................................................................62
13.5 Ferimentos no Abdome .......................................................................................................... 63
13.5.1 Procedimentos....................................................................................................................................63
13.6 Ferimentos nos Olhos ............................................................................................................ 63
13.6.1 Procedimentos....................................................................................................................................63
13.7 Ferimento com Objeto Encravado .......................................................................................... 63

14 HEMORRAGIA ............................................................................................................................. 64
14.1 Hemorragia Externa ............................................................................................................... 64
14.1.1 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................64
14.1.2 Procedimentos....................................................................................................................................65
14.1.3 Regiões para compressão das Artérias...............................................................................................65
14.2 Hemorragia Interna ................................................................................................................ 66
14.2.1 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................66
14.2.2 Procedimentos....................................................................................................................................66
14.2.3 O que não fazer ..................................................................................................................................67
14.3 Hemorragia Nasal .................................................................................................................. 67
14.3.1 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................67
14.3.2 Procedimentos....................................................................................................................................68
15 ENTORSES, LUXAÇÕES E FRATURAS ..................................................................................... 69
15.1 Entorse .................................................................................................................................. 69
15.1.1 Procedimentos....................................................................................................................................69
15.2 Luxações ............................................................................................................................... 70
15.2.1 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................70

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 2
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
15.2.2 Procedimentos....................................................................................................................................70
15.3 Fraturas ................................................................................................................................. 70
15.3.2 Procedimentos....................................................................................................................................71
16 VERTIGENS, DESMAIOS E CONVULSÕES ................................................................................ 72
16.1 Vertigens................................................................................................................................ 72
16.1.1 Causas .................................................................................................................................................73
16.1.2 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................73
16.1.3 Procedimento .....................................................................................................................................73
16.2 Desmaios ............................................................................................................................... 74
16.2.1 Causas .................................................................................................................................................74
16.2.2 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................74
16.2.3 Procedimentos....................................................................................................................................75
16.3 Convulsões ............................................................................................................................ 75
16.3.1 Causas .................................................................................................................................................75
16.3.2 Sinais e sintomas ................................................................................................................................76
16.3.3 Procedimentos....................................................................................................................................76
17 TÉCNICAS PARA REMOÇÃO E TRANSPORTE DE ACIDENTADOS ......................................... 77
17.1 Transporte em Maca .............................................................................................................. 77

17.2 Transporte Sem Maca............................................................................................................ 80


17.2.1 Transporte com um socorrista ...........................................................................................................80
17.2.2 Transporte com dois socorristas.........................................................................................................81
17.2.3 Transporte com três socorristas .........................................................................................................82
17.2.4 Transporte com quatro socorristas ....................................................................................................82
18 CORPOS ESTRANHOS NO ORGANISMO .................................................................................. 83
18.1 Corpo Estranho nos Olhos ..................................................................................................... 83
18.1.1 Procedimentos....................................................................................................................................83
18.2 Corpo Estranho na Pele ......................................................................................................... 84
18.3 Corpo Estranho no Ouvido ..................................................................................................... 84
18.3.1 Procedimentos....................................................................................................................................85
18.4 Corpo Estranho no Nariz ........................................................................................................ 85
18.5 Corpo Estranho na Garganta ................................................................................................. 86
18.5.1 Procedimentos....................................................................................................................................86
19 AVC - ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL / DERRAME ............................................................. 88
19.1 Sinais e Sintomas .................................................................................................................. 88
19.2 Recomendações .................................................................................................................... 89
19.3 Fatores de risco ..................................................................................................................... 89
19.4 Procedimentos ....................................................................................................................... 89

20 TELEFONES ÚTEIS ..................................................................................................................... 90

21 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 91

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 2
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

1 INTRODUÇÃO

Primeiros Socorros são as primeiras providências tomadas no local do acidente. É o


atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro profissional. Geralmente, presta-se
atendimento no próprio local.
As providências a serem tomadas inicialmente são:
• Uma rápida avaliação da cena e vítima;
• Aliviar as condições que ameacem a vida ou que possam agravar o quadro da vítima,
com a utilização de técnicas simples;
• Acionar corretamente um serviço de emergência local.
• Atuar conforme o seu conhecimento.
• Assistir a vítima até que chegue o socorro médico.
Anualmente, milhares de pessoas se acidentam nas ruas, nas rodovias, em casa e no
trabalho. Geralmente, são quedas, queimaduras, envenenamentos, cortes, choques, e situações que
exigem, na maioria das vezes, socorro imediato.
É importante lembrar que, como adulto, a pessoa é responsável pela própria segurança e,
muitas vezes, também pela segurança de terceiros, principalmente, de crianças e de idosos. Eles
precisam e devem ser protegidos.
Apesar das medidas de segurança comumente adotadas e dos cuidados que as pessoas têm
com as próprias vidas, nem todos os acidentes podem ser evitados, porque nem todas as causas
podem ser controladas. Assim, os riscos de acidente fazem parte do cotidiano, o que requer a
presença de pessoas treinadas para atuar de forma rápida.
Cada vez se investe mais na prevenção e no atendimento às vítimas. No entanto, por mais
que se aparelhem hospitais e prontos-socorros, ou se criem os Serviços de Resgate e SAMU’s –
Serviços de Atendimento Móvel de Urgência – sempre vai haver um tempo até a chegada do
atendimento profissional. Nesses minutos, muita coisa pode acontecer. Nesse tempo, as únicas

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 6
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

pessoas presentes são as que foram envolvidas no acidente e as que estavam ou passaram pelo
local.
Somente a equipe especializada é composta por socorristas, ou seja, socorrista é a pessoa
que está preparada, treinada e habilitada a fazer os primeiros socorros e transporte de acidentados.
A pessoa que presta os primeiros socorros, em casos de acidentes ou mal súbitos, deve ter
noções de primeiros socorros. Esta função é importante, pois pode manter a vítima viva até a
chegada do socorro adequado, bem como não ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes.
A pessoa que presta os primeiros socorros deve agir com bom senso, tolerância, calma e ter
grande capacidade de improvisação.
Prestar os primeiros socorros é uma atitude humana, que requer coragem e o conhecimento
das técnicas adequadas em face de ser pessoa capaz de auxiliar em uma emergência. O socorro
imediato evita que um ferimento se agrave ou que uma simples fratura se complique, ou que um
desmaio resulte na morte do acidentado.
É comum que as pessoas se sintam incomodadas e até não gostem de socorrer uma pessoa
estranha. No entanto, não se esqueça de que qualquer pessoa ou amigos também podem ser
vítimas de acidentes ou de um mal súbito.
Os primeiros socorros ou socorro básico de urgência são as medidas iniciais e imediatas
dedicadas à vítima, fora do ambiente hospitalar, executadas por qualquer pessoa treinada, para
garantir a vida, proporcionar bem-estar e evitar agravamento das lesões existentes.
O conhecimento e a aplicação dos primeiros socorros têm como objetivo fundamental salvar
vidas. Se a pessoa não tiver condições emocionais de prestar socorro direto à vítima, procure por
alguém que o auxilie no atendimento e, em seguida, acione os serviços especializados: médicos,
ambulâncias, SAMU e bombeiros. Não deixe uma pessoa acidentada sem uma palavra de apoio nem
um gesto de solidariedade, nem deixe de adotar os procedimentos cabíveis.
Existem várias maneiras de ajudar em um acidente, até um simples ato de chamar
assistência especializada como ambulância e bombeiros, sendo de suma importância para o
atendimento adequado. Ao pedir ajuda, a pessoa deve procurar passar o máximo de informações,
como endereço do acidente, ponto de referência, sexo da vítima, idade aproximada, tipo de acidente
e número de vítimas. Prestar os primeiros socorros não significa somente fazer respiração artificial,
colocar um curativo em um ferimento ou levar uma pessoa ferida para o hospital. Significa chamar a
equipe especializada (Bombeiros, SAMU), pegar na mão de alguém que está ferido, tranquilizar os
que estão assustados ou em pânico, dar um pouco de si.
Define-se o socorrista como o profissional em atendimento de emergência. Portanto, uma
pessoa que possui apenas o curso básico de primeiros socorros não deve ser chamada de socorrista
e sim de atendente de emergência.
É importante entender que quem presta socorro deve saber que não é sua tarefa realizar o
diagnóstico, mas sim, ocupar-se em prover os cuidados necessários para o suporte básico à vida.
Sendo assim, existem algumas regras básicas que devem ser seguidas em qualquer situação de
emergência, que são:
a) socorrista sempre inicia sua ação executando a avaliação primária da vítima;
b) a vítima não deve ser movimentada desnecessariamente, e não deve ser permitido a ela
que se movimente bruscamente;
c) as roupas e sapatos da vítima devem ser afrouxados;
d) deve ser impedida a aglomeração em torno do local do atendimento;
e) não se deve oferecer líquidos, alimentos ou medicamentos, sem indicação médica;
f) conforto da vítima deve ser priorizado, além do apoio emocional.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 7
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

A importância dos primeiros socorros reside no fato de que, apesar da grande maioria dos
acidentes poderem ser evitadas, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos simples podem
diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas. No entanto, do mesmo
modo, um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 8
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

2 PROCEDIMENTOS GERAIS

Um atendimento adequado depende, antes de tudo, de uma rápida avaliação da situação,


que indicará as prioridades.

Há três passos básicos para uma avaliação que são:

• Observação
• Palpação
• Diálogo

2.0.1 Observação

A pessoa que está preparada e treinada deve fazer uma observação detalhada da cena,
certificando-se de que o local em que se encontra a vítima está seguro, analisando a existência de
riscos, como desabamentos, atropelamentos, colisões, afogamento, eletrocussão, agressões entre
outros.
Socorrer alguém pode ser perigoso. Não descuide de sua segurança pessoal. Não corra
riscos em resgates heroicos.
Somente depois de assegurar-se da segurança da cena é que a pessoa deve se aproximar
da vítima para prestar assistência. Não adianta tentar ajudar e, em vez disso se tornar mais uma
vítima. Lembre-se: primeiro você, depois as demais pessoas e por ultimo a vítima.

Após a avaliação da cena, identificado os riscos existentes e verificando que não há


ameaças, a pessoa que irá prestar os primeiros socorros poderá se aproximar da vítima.

A observação da vítima pode revelar vários fatos como:

• Alteração ou ausência da respiração


• Hemorragias externas
• Deformidades de partes do corpo
• Coloração diferente da pele
CURSO PRIMEIROS SOCORROS
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 9
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

• Presença de suor intenso


• Inquietação
• Expressão de dor

2.0.2 Palpação

Antes de examinar a vítima, a pessoa deve se proteger para evitar riscos de contaminação
por meio do contato com sangue, secreções ou por produtos tóxicos. Por isso, é importante a
utilização de kits de primeiros socorros como: luvas, óculos, máscaras, entre outros. Na ausência
desses dispositivos, vale o improviso com sacos plásticos, panos ou outros utensílios que estejam
disponíveis.

2.0.3 Diálogo

Sempre que possível, deve-se interagir com a vítima, procurando acalmá-la e, ao mesmo
tempo, avaliar as condições destas, enquanto conversa com ela. A tentativa de diálogo com a vítima
permite perceber:

• Nível de consciência
• Sensação e localização da dor
• Incapacidade de mover o corpo ou partes dele
• Perda ou sensibilidade em alguma parte do copo

Uma vez definida e analisada a situação, a ação deve ser dirigida para:

• Pedido de ajuda qualificada e especializada


• Avaliação das vias áreas
• Avaliação da respiração e dos batimentos cardíacos
• Prevenção do estado de choque
• Aplicação de tratamento adequado para as lesões menos graves
• Preparação da vítima para remoção segura
• Providências para transporte e tratamento médico (dependendo das condições)

A pessoa que presta os primeiros socorros deve lembrar que sua tarefa se restringe sempre
em só prestar o socorro básico de urgência. Não deve fazer nada que não seja rigorosamente
essencial para a vida do acidentado, enquanto aguarda o auxílio médico.
As situações de emergência podem variar desde um corte até uma parada cardíaca e, neste
caso, a vítima corre risco de vida. O objetivo do primeiro atendimento deve ser o de mantê-la viva e
protegê-la de novos e maiores riscos até a chegada da equipe especializada.

2.1 Princípios para os Primeiros Socorros

Os principais princípios para atendimento de primeiros socorros são:


• Agir com calma e confiança – evitar o pânico;
• Ser rápido, mas não precipitado;
• Usar bom senso, sabendo reconhecer limitações;
CURSO PRIMEIROS SOCORROS
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 10
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

• Usar criatividade para improvisação;


• Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança;
• Se houver condições solicitar ajuda de alguém do mesmo sexo da vítima;
• Manter a atenção voltada para a vítima, quando estiver interrogando-a;
• Falar de modo claro e objetivo;
• Aguardar a resposta da vítima;
• Não atropelar com muitas perguntas;
• Explicar o procedimento antes de executá-lo;
• Responder honestamente as perguntas que a vítima fizer;
• Usar luvas descartáveis para proteção contra doenças de transmissão por sangue;
• Atender a vítima em local seguro (removê-la do local se houver risco de explosão,
desabamento ou incêndio).

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 11
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

3 LEGISLAÇÃO SOBRE O ATO DE PRESTAR SOCORRO

Devido à importância do ato de prestar socorro, há artigos específicos na legislação brasileira


acerca do assunto. Para o Código Penal Brasileiro, por exemplo, todo indivíduo tem o dever de
ajudar um acidentado ou chamar o serviço especializado para atendê-lo, a omissão de socorro
constitui crime previsto no Artigo 135.
Código Penal - Art. 135 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em
grave e iminente perigo; ou pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.
Pena – detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único – A pena é aumentada de metade, se a omissão resulta lesão corporal ou de
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

3.1 Aspectos Legais

Durante uma emergência, as pessoas podem se deparar com questões jurídicas, por tanto
são comentados os principais tópicos penais, que podem ser de interesse.

Homicídio simples
Art. 121 - Matar alguém.
Pena - Reclusão de seis a vinte anos.
Parágrafo 3º - Se o homicídio é culposo.
Pena - Detenção de um a três anos.

Nulidade do crime
Art. 19 - Não há crime quando o agente pratica o fato.
I- Em estado de necessidade.
II - Em legítima defesa.
III - Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito

Estado de necessidade
Art. 20 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 12
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

modo evitar direito próprio ou alheio, cujo sacrifício nas circunstâncias, não era
razoável exigir-se.
Parágrafo 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem
tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
Parágrafo 2º - Embora reconheça que era razoável exigir-se o
sacrifício do direito ameaçado, o Juiz pode reduzir a pena de um a dois
terços.

Lesões corporais
Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou saúde de outrem.
Pena - Detenção de um a três anos.

Omissão de socorro: Art. 135 - deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo
sem risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública.

Exposição ao perigo
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e eminente.

As questões jurídicas em relação aos Primeiros Socorros são bem complexas, visto que
deixar de prestar socorro como no item 3.1 código penal art. 135, a omissão de socorro é crime, cujo
sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, mesmo que não tenha o dever jurídico de prestar assistência.
Esta assistência vai desde chamar o serviço especializado, até de fato iniciar os Primeiros Socorros.
Por outro lado o artigo 129 não permite ofender a integridade corporal ou saúde de outrem.
Por este motivo, a pessoa deve estar muito confiante, preparada e treinada para iniciar os
procedimentos de primeiros socorros, utilizando de bom senso sempre, para avaliar a melhor forma
de manter a vítima viva.
Uma coisa é certa, sempre se deve chamar o serviço especializado e prestar uma assistência
psicológica para a vítima, especialmente, quando a pessoa não se sinta preparada para iniciar
manobras complexas.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 13
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

4 URGÊNCIAS COLETIVAS

Acidentes em locais em que há aglomeração de pessoas costumam envolver um grande


número de vitimas e, nesses casos, geralmente, o atendimento é muito confuso.

Urgências coletivas podem acontecer em:

• Igrejas;
• Estádios;
• Casa de Espetáculo;
• Protestos, entre outros.

Ao se deparar com uma urgência coletiva, a pessoa deve tomar as seguintes medidas:

• Providenciar comunicação imediata com os serviços de saúde, defesa cível,


bombeiros e polícia;
• Isolar o local, para proteger vítimas e demais pessoas;
• Determinar locais diferentes para a chegada dos recursos e saída das vítimas;
• Retirar as vítimas que estejam em local instável;
• Determinar as prioridades de atendimento, fazendo uma triagem rápida das vítimas
para que as mais graves possam ser removidas em primeiro lugar;
• Providenciar o transporte, de forma adequada, para não complicar as lesões (Somente
quando a vitima está correndo risco em permanecer no local).

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 14
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

5 CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS

É importantíssimo e recomendável ter em casa, no trabalho e no carro uma caixa de primeiros


socorros, para que no caso de algum inconveniente a pessoa esteja preparada.

Há alguns itens necessários para uma caixa de primeiros socorros como:


• Compressas de gaze (preferencialmente esterilizadas);
• Rolos de atadura de crepe ou de gaze (tamanhos diversos);
• Esparadrapo;
• Tesoura de ponta arredondada;
• Pinça;
• Soro fisiológico ou água bidestilada;
• Luvas de látex;
• Lanterna.

Lembra-se que não é recomendável dar qualquer tipo de medicação para vítimas.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 15
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

6 PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA – PCR

A parada cardiorrespiratória é a parada dos movimentos cardíacos e respiratórios, ou seja, é


a ausência das funções vitais, movimentos respiratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência isolada
de uma delas só existe em curto espaço de tempo, a parada de uma acarreta a parada da outra. A
parada cardiorrespiratória leva à morte no período de 3 a 5 minutos. O atendimento bem-feito é vital.

6.1 Parada Respiratória

Como se sabe, o ser humano não vive sem o ar (oxigênio), quando ocorre por alguma razão
uma parada respiratória, a pessoa para de respirar ou sofre uma asfixia.
A parada respiratória pode ocorrer por diversas situações, como afogamento, sufocação,
aspiração excessiva de gases venenosos ou vapores químicos, soterramento, presença de corpos
estranhos na garganta, choque elétrico, parada cardíaca, entre outros.

Há um modo bem simples para perceber os movimentos respiratórios da vítima, chegando


bem próximo da boca e do nariz da vítima e verificar:

• Se o tórax se expande;
• Se há algum ruído de respiração;
• Sentir na própria face se há saída de ar.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 16
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

6.1.1 Sinais de Parada Respiratória

Os sinais de parada respiratória são:


• Inconsciência;
• Tórax imóvel;
• Ausência de saída de ar pelas vias aéreas (nariz e boca).

6.2 Parada Cardíaca

Ocorrendo uma parada respiratória é importante ficar atento, pois pode ocorrer uma parada
cardíaca simultaneamente, ou seja, pode parar os batimentos do coração.
As pulsações cardíacas indicam a frequência e a força com que o coração está enviando o
sangue para o corpo, estas pulsações seguem sempre o mesmo ritmo e força em situações normais.
Porém, quando isso não ocorre, pode estar havendo um problema com a circulação do sangue, ou
seja, pode estar havendo uma parada cardíaca.

6.2.1 Sinais de Parada Cardíaca

Os sinais de parada cardíaca são:


• Inconsciência;
• Ausência de pulsação (batimentos cardíacos);
• Ausência de som de batimentos cardíacos.

Para verificar as pulsações é necessário senti-las nas artérias principais, que passam pelo
corpo, as mais utilizadas são as que passam pelo pescoço, denominadas carótidas. Quando ocorre
ausência de pulsação, nessas artérias, é possível dizer que se está diante de um dos sinais mais
evidentes de que ocorreu uma parada cardíaca.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 17
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

Quando a pessoa ficar com dúvida ou não conseguir verificar as pulsações, deve observar se
a vítima apresenta algum sinal de circulação como:
• Respiração
• Tosse ou emissão de som
• Movimentação

Em casos em que esses sinais não são evidentes, deve-se considerar que a vítima está sem
circulação e iniciar as compressões torácicas.

6.3 Procedimentos para Parada Cardiorrespiratória

Em condição de estar diante de uma parada cardiorrespiratória, a pessoa deve observar:


primeiramente, realizar a verificação de segurança do local, em seguida, deve falar com a vítima
buscando saber se ela está consciente ou não. Após confirmação do estado de inconsciência, a
prioridade é pedir auxílio qualificado.
Deve-se lembrar de que antes de avaliar as condições da vítima, é importante usar os
dispositivos de proteção possíveis ou improvisados, como: luvas, panos ou sacos plásticos.

A iniciação deve começar com o ABC da vida, que consiste em avaliar:

• A - Vias Aéreas;
• B - Boca (Respiração) ou Boa respiração;
• C – Circulação.

Caso se confirme uma parada cardiorrespiratória (PCR), esta deverá ser tratada com a
Reanimação Cardiopulmonar (RCP).

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 18
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

6.3.1 Obstrução das Vias Aéreas

A obstrução das vias aéreas (nariz e boca) é uma das principais causas de morte em pessoas
inconscientes, as vias aéreas podem estar obstruídas em função de várias situações, como: sangue,
secreções e corpos estranhos, mas a principal causa de obstrução é a “queda da língua”. Quando a
pessoa está inconsciente, o relaxamento da musculatura do maxilar faz com que a língua caia para
trás, impedindo a passagem do ar.

6.3.1.1 O que fazer em casos de obstrução

Diante de uma situação de urgência, algumas situações devem ser observadas como:
• Remover dentadura, pontes dentárias, excesso de secreção, dentes soltos etc.
• Na obstrução por presença de sangue ou secreção, deve-se limpar a boca e nariz da
vítima com um pano limpo e virar a cabeça para o lado facilitando a saída do líquido.
• Colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e com a outra elevar o queixo, essa
manobra reposicionará corretamente a língua, desobstruindo as vias aéreas.
• Em casos de suspeitas de a vítima ter sofrido algum tipo de traumatismo, por queda e
acidente de trânsito, agressão entre outros fatores é necessário proteger a coluna
cervical (pescoço). A manobra a ser aplicada é a de “elevação modificada da
mandíbula”, que consiste simplesmente no posicionamento dos dedos bilateralmente
por detrás dos ângulos da mandíbula do paciente, seguido do deslocamento destes
para frente, ou seja, mantendo a cabeça e o pescoço em uma posição neutra abrindo
somente a boca da vítima.
• Em caso de presença de secreção com suspeita de traumatismo, para retirar esta
secreção deve-se virar a cabeça junto com o corpo (sendo necessários três
socorristas ou pessoas treinadas), mantendo assim a coluna cervical alinhada.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 19
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

É importante salientar que virar a cabeça da vítima não corrige a queda da língua, mas é uma
tentativa de evitar que a pessoa aspire para os pulmões as secreções, que estão na cavidade oral.

6.3.1.2 Respiração

A pessoa que presta os primeiros socorros deve ser capaz de observar, de ouvir e sentir a
respiração. E caso a vitima esteja respirando, esta pessoa deverá avaliar a pulsação.
Em parada cardiorrespiratória o tempo é fundamental, pois dependendo do tempo pode levar
a vítima a ter lesão cerebral.
ATENDIMENTO LESÃO CEREBRAL
Até 4 minutos Improvável
De 4 a 6 minutos Provável
Em mais de 6 minutos Muito provável

6.4 Reanimação Cardiopulmonar (RCP)

Se os procedimentos de obstrução das Vias Aéreas não foram suficientes para a vítima
retornar a respirar, ou até mesmo se a vítima não apresenta pulsação será necessário aplicar
manobras para a reanimação cardiopulmonar (RCP).
Nova regra de ressuscitação dá prioridade à massagem cardíaca, pois leigos não precisam
fazer respiração boca a boca, essa nova regra começou a valer a partir de 2010.
Pesquisas americanas recentes mostram que a massagem aumenta em três vezes as
chances de vida. Até então, no Brasil, 95% dos que sofreram ataque repentino morreram antes de
chegarem ao hospital.
A mudança ocorre com o intuito de facilitar o processo e impedir que pessoas desistam de
fazê-lo pelo receio de encostar a boca na boca de desconhecidos.
Segundo a AHA (American Heart Association), órgão americano que divulgou as novas
normas, as chances de sucesso em salvar a vida de uma pessoa por meio de massagem cardíaca
recebida corretamente são praticamente as mesmas de quem recebe a massagem e a respiração
artificial, além de contar com a vantagem de se ganhar tempo, considerado essencial no processo.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 20
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

Pela nova norma, a respiração artificial deve ainda ser padrão para os profissionais de saúde,
que sabem fazê-la com a qualidade e a agilidade adequada, além de possuírem os equipamentos de
proteção necessários.
Se a vítima da parada cardíaca não receber nenhuma ajuda em até oito minutos, a chance de
esta vítima sobreviver não passa de 15%. Já ao receber a massagem, a chance aumenta para quase
50% até a chegada da equipe de socorro, que assumirá o trabalho.

6.5 Modo de fazer a massagem cardíaca

A massagem cardíaca deve ser realizada no meio do peito (entre os dois mamilos), com o
movimento das mãos entrelaçadas (uma em cima da outra) com os braços retos, que devem fazer ao
menos cem movimentos de compressão por minuto, de forma rápida e forte.

Os movimentos servem para retomar a circulação do sangue e, consequentemente, de


oxigênio, para o coração e o cérebro, que é interrompida, quando o coração para. Não espere mais
de dez segundos para começar a compressão e a faça até o resgate chegar, sem qualquer
interrupção.
Como esta atividade demanda esforço físico é importante revezar com outra pessoa, de
forma coordenada, se puder.

6.5.1 Procedimentos

Os procedimentos a serem aplicados para a massagem cardíaca implicam:


CURSO PRIMEIROS SOCORROS
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 21
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

• Realizar o procedimento, apenas quando tiver certeza de que o coração da vítima


parou.
• Manter a vítima deitada de barriga para cima, em uma superfície rígida e plana como
um solo ou uma taboa. Caso a superfície não seja rígida e plana, deve-se colocar uma
bandeja entre as costas e o leito.
• Ajoelhar-se ao lado da vítima.
• Entrelaçar os seus dedos, estendendo-os de forma que não toquem no meio do peito
da vítima (entre os dois mamilos).

• Posicionar os ombros diretamente acima das mãos sobre o peito da vítima.


• Manter os braços retos e os cotovelos estendidos.
• Pressionar o osso esterno para baixo, aproximadamente 5 centímetros.

• Fazer as compressões uniformemente e com ritmo.


• As compressões devem ser feitas até o resgate chegar ou a vítima voltar a respirar ou
ter pulso.
• Durante as compressões deve-se flexionar o tronco ao invés dos joelhos.
• Evite que os dedos apertem o peito da vítima durante as compressões.

Deve-se verificar a cada minuto se a vítima voltou a respirar ou a ter pulso, caso contrário, é
importante continuar com as manobras até a chegada do socorro médico.
Se a vítima for uma criança, aquele que presta socorre deverá usar somente uma das
mãos na massagem.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 22
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

Fonte: Senac
Já em bebes ele é feita apenas com dois dedos. Em todos os casos o ponto da
massagem é o mesmo: terço inferior do esterno, na linha entre os mamilos.

Fonte: Senac

ATENÇÂO: As manobras de Primeiros Socorros sempre são reformuladas sendo necessário


o aluno sempre estar buscando se atualizar.

6.6 Infarto

Infarto do miocárdio é a necrose de uma parte do músculo cardíaco causada pela ausência
da irrigação sanguínea, que leva nutrientes e oxigênio ao coração. Esta situação é o resultado de
uma série complexa de eventos acumulados ao longo dos anos, mas pode ser caracterizado pela
oclusão das artérias coronárias em razão de um processo inflamatório associado à aderência de
placas de colesterol em suas paredes.

O desprendimento de um fragmento dessas placas ou a formação de um coágulo de sangue,


um trombo, dentro das artérias acarreta o bloqueio do fluxo de sangue causando sérios e
irreparáveis danos ao coração (necrose do músculo cardíaco).

6.6.1 Sinais e Sintomas

Os sinais e sintomas identificados para um infarto podem ser:

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 23
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

• Dor fixa no peito, que pode variar de fraca a muito forte, ou sensação de compressão
no peito que, geralmente, dura cerca de trinta minutos;
• Ardor no peito, muitas vezes confundido com azia, que pode ocorrer associado ou não
à ingestão de alimentos;
• Dor no peito que se irradia pela mandíbula e/ou pelos ombros ou braços (mais
frequentemente do lado esquerdo do corpo);
• Ocorrência de suor, náuseas, vômito, tontura e desfalecimento;
• Ansiedade, agitação e sensação de morte iminente.

6.6.2 Fatores de risco e prevenção

• Não há dúvida de que a melhor maneira de evitar o infarto é reduzir a exposição aos
fatores de risco: fumo, obesidade, diabetes, hipertensão, níveis altos de colesterol,
estresse, vida sedentária e/ou histórico pessoal ou familiar de doenças cardíacas.

• Assumir uma atitude mental confiante e positiva é um passo decisivo para a


recuperação dos infartados. É importante deixar claro que pessoas que sobrevivem a
um infarto e adotam estilos de vida saudável, em sua maioria, conseguem retornar à
vida normal e reassumir as atividades profissionais.

6.6.3 Procedimentos

• Ao surgirem os primeiros sintomas, a pessoa deve procurar socorro imediatamente. A


pessoa não deve dirigir automóvel e deve evitar andar ou carregar peso mesmo que a
dor seja mínima;

• Se estiver com alguém que apresente sintomas de infarto por mais de dez minutos,
não perca tempo: procure socorro urgente. Mantenha a pessoa aquecida e calma.
Salvo orientação médica em contrário, não lhe dê coisa alguma para beber ou comer;

• Desde que a pessoa consiga engolir sem dificuldade e não seja alérgica ao
medicamento, dê-lhe um comprimido de aspirina;

• Se a pessoa desfalecer, verifique a respiração e o pulso dela. Na ausência desses


sinais vitais inicie, imediatamente, os procedimentos adequados de recuperação
cardiopulmonar, mantendo-os até que o socorro chegue. Não tente transportar a
pessoa desfalecida, porque ela corre sério risco de morrer no caminho. Coloque-a em
posição confortável, levemente inclinada, e afrouxe suas roupas;

• Não se iluda com a aparência de sintomas de azia intensa, pois eles podem indicar,
na verdade, alterações cardíacas importantes;

• Transmita confiança ao infartado e evite entrar em pânico. Os primeiros socorros são


fundamentais para salvar vidas.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 24
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

7 AFOGAMENTO

Sabe-se que afogamentos são constantes em praias, rios e até mesmo em piscinas,
principalmente, no verão.
Calor e água combinam perfeitamente, mas o que costuma estragar essa harmonia são as
imprudências dos banhistas. Segundo o Corpo de Bombeiros, o afogamento é a segunda causa de
óbitos em jovens e adultos, só perdendo para os acidentes de trânsito.
O consumo de álcool e de outras drogas está entre os principais motivos de afogamento, e
não é difícil de entender o motivo pelo qual o indivíduo perde a percepção do local e dos perigos que
corre, dificultando uma reação rápida caso caia em um buraco ou mesmo seja levado por uma onda.
Além disso, o banhista pode vomitar, e isso acelera o afogamento.
Se uma pessoa presenciar algum afogamento deve chamar, rapidamente, um salva-vidas,
pois o salvamento aquático é de alto risco e exige treinamento e preparo físico. Se não houver um
salva-vidas por perto, é preciso manter a calma e ajudar com recursos como: boias, cordas e
pedaços de madeira.
A tentativa de salvamento só deve ser feita por alguém que saiba nadar e tenha boa
resistência física, juntamente com outra pessoa para auxiliar. Esta ajuda deve ocorrer da seguinte
maneira, enquanto uma pessoa conversa com a vítima, tentando acalmá-la, a outra se aproxima por
trás e lhe dá apoio ou a segura, ajudando a retirá-la da água. Esse procedimento evita que o afogado
se agarre na pessoa que irá socorrê-la, tornando difícil e perigoso o salvamento.

7.1 Procedimento

Após retirar a vítima da água, é necessário:

• Posicioná-la deitada de costas, paralelamente ao mar, de modo que a cabeça fique


alinhada com o tórax. (Cabeça mais baixa que o corpo)
• Verificar o ABC da vida, ou seja, avaliar as vias Aéreas, a Boa Respiração e a
Circulação. (Conforma já visto nos procedimentos para a parada cardiorrespiratória).

Caso a vítima apresente uma parada cardiorrespiratória por afogamento, os procedimentos


são diferentes da parada cardiorrespiratória que foram vistos anteriormente.
Apesar de a nova norma mundial não exigir a respiração artificial em reanimação
cardiopulmonar desde 2010, para uma suposta vítima de afogamento ou por asfixia, a prioridade é

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 25
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

fornecer cerca de cinco ciclos (aproximadamente dois minutos) de RCP - Reanimação


Cardiopulmonar convencionais, incluindo resgate de respiração.
A relação entre compressões e ventilações varia segundo a faixa etária da vítima:

• Adultos: Cada ciclo corresponde a duas respirações boca a boca e trinta massagens
cardíacas;
• Crianças de 0 a 8 anos: uma ventilação e cinco compressões.
• Maiores de 8 anos: uma ventilação e quinze compressões.

7.1.1 Técnicas de respiração boca a boca

Para desenvolver a respiração boca a boca, alguns procedimentos em técnica devem ser
observados como:
• Manter a cabeça da vítima estendida para trás, sustentando o queixo e mantendo as
vias aéreas abertas.
• Fechar as narinas da vítima.
• Cobrir toda a boca da vítima com a sua boca e sobrar duas vezes com um intervalo
entre as ventilações.
• Liberar as narinas para que saia o ar que foi insuflado.
• Observar se o tórax da vítima se expande (sobe), enquanto está recebendo ventilação.
• Aplicar uma respiração boca a boca a cada 5 ou 6 segundos;
• Continuar até que a vítima volte a respirar ou o atendimento médico chegue ao local.
• Não tentar retirar água dos pulmões ou do estômago da vítima, tampouco provocar
vômito. Se isso ocorrer, de forma natural, deve-se colocar a vítima de lado para que
esta não aspire ao vômito para os pulmões.
• Mantenha a vítima aquecida e encaminhe para a avaliação médica.
• Ao movimentar ou transportar a vítima é importante cercar-se de todo o cuidado,
imobilizando-a em tábua longa, pois esta pode ter sofrido algum traumatismo na
coluna antes do afogamento.

No caso de atendimento a um bebê, deve-se cobrir a boca e o nariz com a sua própria boca,
para realizar a ventilação.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 26
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

8 DISTÚRBIOS CAUSADOS PELA TEMPERATURA

A temperatura, calor ou frio, e os contatos com gases, eletricidade, radiação e produtos


químicos podem causar lesões diferenciadas no corpo humano.
A temperatura do corpo humano, em um determinado momento, é o resultado de vários
agentes que atuam como fatores internos ou externos, aumentando ou reduzindo a temperatura.
Mecanismos homeostáticos internos atuam para manter a vida com a constância da temperatura
corporal dentro de valores ideais para a atividade celular.
O contato com chamas e substâncias superaquecidas, a exposição excessiva ao sol e até
mesmo à temperatura ambiente muito elevada provocam reações no organismo humano, que podem
se limitar à pele ou afetar funções orgânicas vitais.

8.1 Queimaduras

Queimaduras são lesões provocadas pela temperatura, geralmente calor, que podem atingir
graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa, dependendo de
localização, extensão e grau de profundidade.
A tabela a seguir se refere à extensão da área lesada, ajudando assim a avaliar a gravidade
de uma queimadura.

ÁREA ATINGIDA EXTENSÃO


Cabeça 7%
Pescoço 2%
Tórax e Abdome 18%
Costas e Região Lombar 18%
Cada Braço 9%
Cada Perna 18%
Genitália 1%

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 27
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

8.1.1 Profundidade ou Grau das Queimaduras

Dependendo da profundidade queimada do corpo, as queimaduras são classificadas em


graus para melhor compreensão e adoção de medidas terapêuticas adequadas.
São consideradas grandes queimaduras aquelas que atingem mais de 15% do corpo, no caso
de adultos, e mais de 10% do corpo, no caso de crianças de até dez anos.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 28
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

8.1.1.1 Queimadura de Primeiro Grau

A queimadura de primeiro grau é a mais comum, pois deixa a pele avermelhada, além de
provocar ardor e ressecamento, sendo a lesão considerada como superficial.
Trata-se de um tipo de queimadura causado, quase sempre, por exposição prolongada à luz
solar ou por contando breve com líquidos ferventes.

Providências

As queimaduras de 1º grau podem ser tratadas sem recurso ao hospital, a não ser que
atinjam uma área muito grande ou ocorram com bebês e idosos. Este tipo de queimadura melhora
em três dias.

8.1.1.2 Queimadura de Segundo Grau

A queimadura de segundo grau é mais grave do que a de primeiro grau, essa queimadura é
aquela que atinge as camadas um pouco mais profundas da pele.
Caracteriza-se pelo surgimento de bolhas, desprendimento das camadas superficiais da pele,
com formação de feridas avermelhadas e muito dolorosas.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 29
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

8.1.1.3 Providências

Queimaduras do 1º e 2º grau (de baixa gravidade) podem ser tratadas sem recurso ao
hospital. Em situações consideradas como casos mais graves, a vítima deve ser encaminhada ao
hospital.

Algumas providências podem ser tomadas, pois se deve fazer:

• Aplicação de água fria até alivio da dor, pelo menos cinco minutos;
• Secagem da zona afetada com compressa esterilizada;
• Cobrir com um pano limpo;
• Aplicação de gaze vaselinada (não aderente) sobre a queimadura e um penso
absorvente para absorver exsudado, que deve ser mudado regularmente;
• Não devem ser estouradas as bolhas;
• Os cremes/loções calmantes só estão indicados para as queimaduras de 1º grau;
• Não colocar nenhum produto caseiro.

Nota: Não se deve usar algodão, porque este tende a aderir à ferida.

8.1.1.4 Queimadura de Terceiro Grau

As consideradas queimaduras de terceiro grau são aquelas em que todas as camadas da


pele são atingidas, podendo ainda alcançar músculos e ossos. Essas queimaduras se apresentam
secas, esbranquiçadas ou de aspecto carbonizado, fazendo com que a pele se assemelhe ao couro,
diferentemente do que acontece nas queimaduras de primeiro e segundo graus.

Esse tipo de queimadura não produz dor intensa, já que provoca a destruição dos nervos, que
transmitem a sensação de dor.
Geralmente, a queimadura de terceiro grau é causada por contato direto com chamas,
líquidos inflamáveis ou eletricidade. Este tipo de queimadura é grave e representa sérios riscos para
a vítima, sobretudo, se atingir grande extensão do corpo.

8.1.1.5 Providências

O tratamento de queimaduras, de modo geral, pode ser feito da seguinte forma, podendo ser
aplicado para as queimaduras de primeiro, segundo ou terceiro grau.
CURSO PRIMEIROS SOCORROS
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 30
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

• Deve-se resfriar com água o local atingido, pelo menos 5 minutos.


• Proteger o local com um pano limpo.
• Providenciar atendimento médico.

Esse atendimento médico pode ser dispensado apenas no caso de queimaduras de primeiro
e segundo grau, em que a área lesada não seja muito extensa.

8.1.2 Queimaduras elétricas

As queimaduras elétricas requerem urgência hospitalar, pois podem afetar áreas não visíveis,
como órgãos internos.

8.1.3 Queimaduras provocadas por substância químicas

As queimaduras provocadas por substâncias químicas precisam ser bem analisadas, uma vez
que se a substância que provocou a queimadura for líquida (ácidos, removedores, tintas etc.) deve-
se lavar o local afetado com bastante água, para retirar todo o qualquer resíduo do produto. Depois
de lavar a área, esta deve ser protegida, em especial, as feridas com gazes ou um pano limpo.

Se a substância for sólida (geralmente em pó), antes de lavar o local em que ocorreu a
queimadura, esta substância deve ser retirada com um pano limpo, observando a exclusão de todo e
qualquer resíduo do produto, para depois lavar e proteger a região com gazes ou um pano limpo.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 31
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

8.1.4 Queimaduras nos Olhos

Havendo queimadura nos olhos, por terem sido atingidos por substância química (ácidos, cal,
gasolina etc.), estes devem ser lavados de imediato, pois a visão poderá ser seriamente afetada.
O ideal é fazer a lavagem direta na torneira, mas caso não seja possível, usa-se então uma
garrafa, mangueira etc. Se apenas um olho foi atingido, é preciso tomar cuidado para não prejudicar
o outro olho.
Depois de ser lavado, o olho afetado deve ser coberto com um curativo de gaze ou um pano
limpo, sendo a pessoa encaminhada, rapidamente, para o atendimento médico.

Se os olhos sofrerem queimaduras causadas por irradiações, fachos de luz intensos ou luz
artificial deve-se encaminhar a pessoa para um especialista.
Esse tipo de lesão ocorre, geralmente, com quem trabalha com solda elétrica e não usa
equipamento de proteção. Apesar de não ser uma queimadura, que se manifesta somente pela
ardência e irritação dos olhos (como se contassem grãos de areia), trata-se de casos sérios, que
podem levar à cegueira.

8.2 Insolação

A insolação é uma enfermidade provocada pela exposição excessiva aos raios solares,
podendo se manifestar subitamente, quando a pessoa cai desacordada, mantendo presentes, porém
a pulsação e a respiração.
A insolação acontece quando o organismo fica incapacitado de controlar a temperatura.
Quando a pessoa tem insolação, sua temperatura corporal aumenta rapidamente, o mecanismo de

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 32
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

transpiração falha e o corpo fica incapacitado de se resfriar. A temperatura corporal de uma pessoa
com insolação pode subir até 41 graus, ou mais, em 10 a 15 minutos. Insolação pode causar morte
ou incapacitação permanente se o tratamento de emergência não for providenciado.

8.2.1 Sinais e Sintomas


São sinais e sintomas de insolação:
• Tontura;
• Enjoo;
• Dor de cabeça;
• Pele seca e quente;
• Rosto avermelhado;
• Febre alta;
• Pulso rápido;
• Respiração difícil.

Não é comum esses sinais aparecerem todos ao mesmo tempo, geralmente, observam-se
apenas alguns deles.

8.2.2 Providências
Em condição de identificação de ocorrência de insolação, algumas providências devem ser
tomadas como:
• Remover a vítima para lugar fresco e arejado;
• Aplicar compressas frias sobre sua cabeça;
• Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas
umedecidas;
• Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma frequente (caso esteja
consciente);
• Manter a pessoa deitada;
• Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;
• Providenciar transporte adequado;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.

O ideal é deixar que a temperatura corporal diminua bem lentamente, para não ocorrer um
colapso, devido quedas bruscas de temperatura.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 33
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

8.3 Intermação

A intermação ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados (nas
fundições, padarias, caldeiras etc.) com temperaturas muito altas. A intermação acarreta uma série
de alterações no organismo, com graves consequências para a saúde da vítima.

8.3.1 Sinais e Sintomas

São sinais e sintomas da intermação:


• Temperatura do corpo elevada;
• Diferentes níveis de consciência;
• Pele úmida e fria;
• Palidez ou tonalidade azulada no rosto;
• Cansaço;
• Calafrios;
• Respiração superficial;
• Diminuição da pressão arterial;
• Náuseas.

Para prevenir a intermação, a pessoa não deve permanecer por longos períodos de tempo
em ambientes quentes e fechados, é necessário ingerir muito líquido e alimentos que contenham sal.

8.3.2 Providências

Em situação em que se identifique ocorrência de intermação, algumas providências devem


ser observadas como:
• Remover a vítima para lugar fresco e arejado;
• Manter a pessoa deitada com o tronco ligeiramente elevado;
• Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, aplicando compressas de pano
umedecido com água;
• Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;
• Encaminhar imediatamente para atendimento hospitalar.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 34
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

8.3.3 Temperatura Corporal

Foi visto que um dos sinais da intermação é a temperatura corporal elevada. Assim, expõe-se
um pouco mais sobre o assunto.
A Temperatura Corporal implica a avaliação do grau de calor do corpo. Em temperatura
normal, o corpo fica entre 36,2ºC e 37ºC. Quando a temperatura de uma pessoa ultrapassa os 37ºC
diz-se que esta pessoa está com febre. Esse fato, por si só, não constitui uma moléstia (Doença;
mal-estar, sofrimento físico), mas pode ser um sinal de alguma doença.

8.3.3.1 Sinais e sintomas de Febre

Podem ser descritos como sinais e sintomas de febre:


• Sensação de frio;
• Mal-estar geral;
• Respiração rápida;
• Rubor facial;
• Sede;
• Olhos brilhantes e lacrimejantes;
• Pele quente.

8.3.3.2 Procedimentos
Sendo identificada situação de febre em um indivíduo, alguns procedimentos podem ser
realizados como:
• Retirar qualquer tipo de agasalho, deixando apenas uma roupa leve, até que a
temperatura volte ao normal.
• Dar bastante líquido para a pessoa beber.
• Por panos molhados com água gelada sobre a testa, nas axilas e nas virilhas, e
manter as compressas frias até que a febre ceda.
• Havendo condições, dar um banho prolongado, de banheira, chuveiro ou mesmo de
bacia, com água na temperatura ambiente, abaixo da temperatura da pessoa com
febre.

Febre muito alta e persistente, se não for controlada, torna-se perigosa podendo provocar
delírios e convulsões. Para prestar informações mais detalhadas ao médico, é importante saber
quando a febre começou, quanto tempo durou e como cedeu.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 35
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

9 CHOQUES ELÉTRICOS

Com o avanço da tecnologia cada vez mais a sociedade está circulada por máquinas, por
aparelhos e equipamentos eletrônicos. Por isso, as ocorrências de choques elétricos se tronam mais
frequentes. Em casos de alta voltagem, os choques podem ser fortes e provocar queimaduras
graves, às vezes, levando até a morte. Os choques causados por correntes elétricas residenciais,
apesar de apresentarem riscos menores, por serem de baixa voltagem, também merecem atenção e
cuidado, pois em alguns casos também podem levar à morte.
Em um acidente que envolva eletricidade, a rapidez no atendimento é fundamental. A vítima
de choque elétrico, às vezes, apresenta no corpo queimaduras nos lugares percorridos pela corrente
elétrica, além de poder sofrer arritmias cardíacas se a corrente elétrica passar pelo coração.
Em algumas vezes, dependendo da corrente elétrica, a vítima que leva o choque fica presa
no equipamento ou nos fios elétricos, isso pode ser fatal. Se a pessoa que irá prestar os primeiros
socorros tocar na vítima, a corrente também irá atingi-la, por isso, antes de tudo é necessário
desligar o aparelho, tirando-o da tomada ou até mesmo desligando a chave geral.

9.1 Procedimentos para choque elétrico

Como visto anteriormente, antes de tocar a vítima, deve-se desligar a corrente elétrica, caso
não seja possível, separar a vítima do contato utilizando qualquer material que não seja condutor de
eletricidade como: um pedaço de madeira, cinto de couro, borracha grossa, luvas e etc.

Para atender uma vítima de choque elétrico é importante seguir alguns passos básicos como:

• Realizar avaliação primária (grau de consciência, respiração e pulsação);


• Deite a vítima e flexione a cabeça dela para trás, de modo a facilitar a respiração.
• Se constatar parada cardiorrespiratória, aja imediatamente, aplicando massagem
cardíaca.
• Caso esteja respirando normalmente e com batimentos cardíacos, verifique se ocorreu
alguma queimadura, cuidando delas de acordo com o grau de extensão que tenha
atingido. Depois prestar os primeiros socorros, providencie assistência médica
imediata.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 36
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

As correntes de alta tensão se localizam, por exemplo, nos cabos elétricos que são vistos nas
ruas, quando ocorre algum choque envolvido com esses cabos, geralmente, há morte instantânea.
Apenas pessoas autorizadas ou da central elétrica podem desligar a corrente elétrica que passa por
tais cabos. Nesse caso, entre em contato com a central, os bombeiros ou a polícia, indicando o local
exato do acidente. Procedendo dessa maneira, certamente, é possível evitar novos acidentes.
Lembre-se: não deixe que ninguém se aproxime da vítima, nem tente ajudá-la antes de a
corrente elétrica ser desligada, sendo a distância mínima recomendada de quatro metros, somente
depois de desligada é que é possível prestar socorro.

Dependendo das condições da vítima e das características da corrente elétrica, o acidentado


pode apresentar:
• Sensação de formigamento;
• Contrações musculares fracas que poderão tornar-se fortes e dolorosas;
• Inconsciência;
• Dificuldade respiratória ou parada respiratória;
• Alteração do ritmo cardíaco ou parada cardíaca;
• Queimaduras;
• Traumatismos como fraturas e rotura de órgãos internos.

No acidente elétrico, a vítima pode ficar presa ou ser violentamente projetada à distância.

9.1.1 Para evitar ou prevenir acidentes de origem elétrica:

Para que se possam evitar ou prevenir acidentes de origem elétrica, é importante observar
alguns aspectos, como:
• Muito cuidado ao trabalhar nas proximidades de rede ou chaves elétricas de alta
tensão (AT).
• Nunca improvise em eletricidade, mesmo em situação de emergência.
Não solte pipas junto a fios de eletricidade.
• Não mexa em fio caído no solo e que ainda esteja preso à rede elétrica.
• Sempre mantenha em condições adequadas o funcionamento de instalações e
equipamentos elétricos residenciais.
• Contrate só profissionais qualificados e com curso de NR-10, para fazer as revisões
nas instalações elétricas.
• Se precisar trocar um fusível ou desligar a chave geral e estiver no escuro, use
lanterna ou velas para iluminar.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 37
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

10 ESTADO DE CHOQUE

O estado de choque se caracteriza pela falta de circulação e de oxigenação dos tecidos do


corpo, provocada pela diminuição do volume de sangue ou pela deficiência do sistema
cardiovascular.
Em todos os casos, os resultados do choque são exatamente os mesmos. Existe circulação
insuficiente de sangue por meio dos tecidos para fornecer nutrientes e oxigênio necessários a eles.
Todos os processos corporais normais ficam afetados. Quando uma pessoa está em choque, as
funções vitais diminuem e se as condições que causam o choque não forem interrompidas e
revertidas imediatamente, logo ocorrerá a morte.
As principais causas do estado de choque são: hemorragias e queimaduras graves, choque
elétrico, ataque cardíaco, dor intensa de qualquer origem, infecção grave e envenenamento por
produtos químicos.
O estado de choque é um complexo grupo de síndromes cardiovasculares agudas, que não
possuem uma definição única que compreenda todas as diversas causas e origens. Didaticamente, o
estado de choque ocorre, quando há mal funcionamento entre o coração, vasos sanguíneos (artérias
ou veias) e o sangue, instalando-se um desequilíbrio no organismo.
O estado de choque põe em risco a vida da vítima, sendo assim uma grave emergência
médica. O correto atendimento exige ação rápida e imediata.

10.1 Sinais e sintomas

O estado de choque pode se manifestar de diferentes formas. A vítima pode apresentar


diversos sinais de sintomas ou apenas alguns deles, dependendo da intensidade em cada caso. O
quadro clínico, portanto é praticamente o mesmo, não importando a causa que desencadeou o
estado de choque.
A vítima de estado de choque ou na iminência de entrar em choque apresenta, geralmente,
os seguintes sintomas:
• Pele pálida, úmida, pegajosa e fria. Cianose (arroxeamento) de extremidades, orelhas,
lábios e pontas dos dedos.
• Suor intenso na testa e palmas das mãos.
• Fraqueza geral.
• Pulso rápido e fraco.
• Sensação de frio, pele fria e calafrios.
• Respiração rápida, curta, irregular ou muito difícil.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 38
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

• Expressão de ansiedade ou olhar indiferente e profundo, com pupilas dilatadas,


agitação.
• Medo (ansiedade).
• Sede intensa.
• Visão nublada.
• Náuseas e vômitos.
• Respostas insatisfatórias a estímulos externos.
• Perda total ou parcial de consciência.
• Taquicardia.
• Queda de pressão arterial.
• Tonturas e calafrios.

10.2 Providências a serem tomadas

O passo inicial no tratamento do estado de choque é reconhecer a sua presença.


Algumas providências podem ser tomadas para evitar o estado de choque. No entanto,
infelizmente, não há muitos procedimentos de primeiros socorros a serem tomados para tirar a vítima
do choque.

10.2.1 Deitar a Vitima

• A primeira atitude é tentar acalmar a vítima que esteja consciente.


• Vítima deve ser deitada de costas, com as pernas elevadas (30 cm) e a cabeça virada
para o lado, evitando assim, caso ela vomite, que aspire podendo provocar
pneumonia. (Caso não houver suspeita de lesão ou fraturas na coluna).
• No caso de ferimentos no tórax que dificultem a respiração ou de ferimento na cabeça,
os membros inferiores não devem ser elevados.
• Afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e cintura, para facilitar a respiração e a
circulação.
• Verificar se há presença de prótese dentária, objetos ou alimento na boca e os retirar.
No caso de a vítima estar inconsciente, ou se estiver consciente, mas sangrando pela boca
ou nariz, deitá-la na posição lateral de segurança (PLS), para evitar asfixia, conforme demonstrado
na Figura.

Obs.: se a vitima sofreu alguma lesão grave que possa ter causado algum dando na coluna a
vitima não deve ser movimentada.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 39
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

10.2.2 Como colocar a vítima em posição lateral

A Posição Lateral de Segurança (PLS) é também conhecida como Posição de Descanso.

• Deite-a de barriga para cima.


• Coloque-se de um lado da vítima e ajoelhe-se de frente para ela.
• Flexione a perna da vítima que está mais próxima de você.

• Pegue a mão da vítima que está desse mesmo lado e coloque-a sob a nádega, com a palma
da mão virada para baixo.

• Com cuidado e vagarosamente, vire a vítima para o seu lado.


• Posicione a cabeça da vítima de lado, de modo que, se ela vomitar, a secreção saia
facilmente da cavidade oral, impedindo que seja aspirada para os pulmões.

• Feche a mão livre da vítima e a coloque sob o queixo ou a bochecha, para evitar que a face
vire para baixo.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 40
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

10.2.3 Respiração

Verificar quase que simultaneamente se a vítima respira. Deve-se estar preparado para iniciar
a reanimação cardiopulmonar, caso a vítima pare de respirar.

10.2.4 Pulso

Enquanto as providências já indicadas anteriormente são executadas, é importante observar


o pulso da vítima. No choque, o pulso da vítima apresenta-se rápido e fraco (taquisfigmia).

10.2.5 Conforto

Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da
melhor maneira possível. Isso significa observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se
for preciso, a vítima deve ser agasalhada com cobertor ou algo semelhante, como uma lona ou
casacos.

10.2.6 Tranquilizar a Vítima

Se o socorro médico estiver demorando, tranquilizar a vítima, mantendo-a calma sem


demonstrar apreensão quanto ao seu estado. Permanecer em vigilância junto à vítima para dar-lhe
segurança e para monitorar alterações em seu estado físico e de consciência.

Atenção: Em todos os casos de reconhecimento dos sinais e sintomas de estado de choque,


providenciar imediatamente assistência especializada. A vítima vai necessitar de tratamento
complexo, que só pode ser feito por profissionais e recursos especiais para intervir nestes casos.
Não se deve dar nada para beber.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 41
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

11 INTOXICAÇÕES

As intoxicações constituem problemas médicos mais frequentes nos atendimentos de


urgência.
As intoxicações podem acontecer por contato, inalação, contato ou ingestão e por uso
indevido de medicamentos e agrotóxico, alimentos mal conservados ou contaminados, contatos com
animais peçonhentos, plantas tóxicas, etc.
Dentre os acidentais, os mais frequentes são os profissionais, isto é, aqueles relacionados à
exposição a substâncias potencialmente tóxicas usadas no serviço, como: agrotóxicos, material de
limpeza e produtos químicos.
Em geral, o veneno destrói ou pelo menos prejudica o lugar pelo qual passa ou se instala.
Pode irritar os olhos, pulmões, a pele e também causar danos em todo o organismo, quando vai para
o sangue.
A substância tóxica pode penetrar por qualquer via. As mais comuns, por ordem de
frequência, são a boca, o nariz e a pele.
O tratamento adequado a ser aplicado depende do tipo de veneno e da reação da vítima, mas
nem sempre é possível identificar o que causou o problema. Às vezes, a pessoa ignora sua
exposição à substância tóxica, ou fica impossibilitada de se comunicar por já se encontrar
inconsciente.
Quando a vítima puder se comunicar, é importante que conte o que aconteceu, há quanto
tempo e, se souber informar a substância causadora da intoxicação. Também se deve perguntar se
ela já tomou alguma providência e qual.
Essas informações vão ajudar muito a quem estiver atendendo a vítima, pois o tratamento
visa eliminar a substância tóxica, neutralizar a ação e combater os efeitos.
O atendimento a uma vítima de Intoxicação é muito variado, dependendo do produto, forma e
quantidade de substância que está no organismo da vítima, por isso sempre que surgir alguma
dúvida deve-se ligar para o Centro de Informações Toxicológicas.
O CIT/SC mantém um serviço de plantão 24 horas, em que se prestam informações
específicas em caráter de urgência para profissionais de saúde, principalmente, médicos da rede
hospitalar e ambulatorial e de caráter educativo/preventivo à população em geral, diretamente ou por
meio de ligação gratuita pelo telefone:

0800 643 5252


CURSO PRIMEIROS SOCORROS
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 42
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

11.1 Intoxicação Alimentar

A intoxicação alimentar é uma infecção causada ao consumir alimento contaminado com


bactéria patogênica, toxinas, vírus, príons ou parasitas. A contaminação, geralmente, decorre do
modo inapropriado de manusear, preparar ou estocar comida. Intoxicação alimentar também pode
ser causada ao adicionar pesticidas ou medicamentos ao alimento, ou ao acidentalmente consumir
substâncias naturalmente venenosas como alguns cogumelos e peixes. O contato entre alimento e
pestes, especialmente moscas, ratos e baratas, também é causa de contaminação do alimento. A
boa higiene antes, durante e depois da preparação do alimento pode reduzir as chances de sofrer
intoxicação alimentar.

11.1.1 Sinais e Sintomas de Intoxicação Alimentar


Os sintomas de intoxicação alimentar, geralmente, começam várias horas depois da ingestão
e, dependendo do agente envolvido, pode incluir alguns dos seguintes aspetos:

• Enjoo
• Vômito
• Diarreia
• Suor abundante (sudorese)
• Palidez
• Febre
• Dor no abdome por irritação gástrica ou por cólica intestinal

11.1.2 Procedimentos
No tipo de intoxicação alimentar se deve:

• Manter a vítima deitada após o vômito.


• Não dar remédio para interromper a diarreia.
• Procurar orientação médica.
• Iniciar o mais rápido possível a reidratação, com o soro caseiro.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 43
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

11.1.2.1 Soro Caseiro

Hoje em dia, já há nos postos de saúde a mistura do soro caseiro, sendo necessário somente
acrescentar água para o soro estar pronto para o consumo.
A função do soro caseiro, dado por via oral, é repor água e sais minerais perdidos com os
vômitos e diarreia.
O soro deve ser tomado à vontade, a cada 20 minutos, e após cada evacuação líquida ou
vômito.
Caso não tenha sache com soro caseiro pronto, há duas formas de fazê-lo:

1ª Preparo do Soro Caseiro com Colher Padrão

Para evitar erros na concentração, preconiza-se a utilização de uma colher-padrão (disponível


em todo posto de saúde) que apresenta as medidas corretas para a preparação do soro:

• Duas medidas rasas de açúcar (medida maior da colher-padrão);


• Uma medida rasa de sal (medida menor da colher-padrão);
• Um copo (200 ml) de água filtrada e/ou fervida.

2ª Preparo do Soro Caseiro sem Colher Padrão

O soro não deve ser nem mais doce do que água-de-coco ou mais salgado que lágrima.

Caso não se disponha de colher-padrão, pode ser feito o soro da seguinte forma:

Modo 1: com uma balança de cozinha


- 40g de açúcar;
- 3,5g de sal;
- 1 litro de água filtrada e/ou fervida.

Modo 2: com as próprias mãos


- três pitadas de açúcar (alguns textos descrevem como um punhado);
- uma pitada (de três dedos) de sal;
- um copo (200 ml) de água filtrada e/ou fervida.

Obs.: Não se esqueça de lavar as mãos antes de preparar o soro!

11.1.3 Prevenção para Intoxicação Alimentar

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 44
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

São muitas as providências que auxiliam a prevenir a intoxicação alimentar como:

Consumir só produtos, cujo rótulo contenha tanto o registro do órgão fiscalizador quanto o
prazo de validade.
Conservar alimentos cozidos, de um dia para o outro, na geladeira.
Desprezar latas amassadas, enferrujadas, estufadas ou que apresentam espuma ou
vazamento.
Só comprar e consumir carnes vermelhas ou brancas e frutos do mar (camarões, ostras,
mexilhões) que estejam frescos, e cuja origem seja conhecida.

11.2 Intoxicação Medicamentosa

A intoxicação medicamentosa pode ocorrer quando alguém ingere quantidade excessiva de


um medicamento, mistura vários medicamentos ou até quando toma remédios fora do prazo de
validade.
Os sinais e sintomas variam conforme o tipo de medicamento e a via de penetração (boca,
injeção no músculo ou na veia, pele etc.), a quantidade ingerida e a sensibilidade de cada organismo.
É importante saber que um medicamento injetado age no organismo de forma muito mais
rápida do que um medicamento ingerido.

11.2.1 Sinais e sintomas de Intoxicação por Medicamentos

Como visto anteriormente, os sinais e sintomas de intoxicação medicamentosa variam, mas


de modo geral os sintomas e sinais são:

• Azia
• Náuseas e vômitos
• Diarreia
• Sonolência
• Sensação de fraqueza
• Suor
CURSO PRIMEIROS SOCORROS
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 45
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

• Palidez
• Inconsciência
• Dificuldade respiratória
• Parada cardiorrespiratória

Havendo alguma suspeita de intoxicação por medicamentos (confirmada pelas informações


da vítima ou de testemunhas que estejam próximas, pelos sinais e sintomas ou pela presença de
medicamentos nas proximidades da cena), independentemente da causa, deve-se providenciar
assistência médica imediata.

11.2.2 Procedimentos

Enquanto se aguarda o atendimento especializado deve-se:

• Manter a vítima aquecida;


• Observar o ritmo da respiração e a frequência cardíaca, e se identificar algum
problema, realizar os procedimentos necessários (Parada Cardiorrespiratória);
• Sempre que possível, levar para o médico a embalagem ou o nome do medicamento
que causou a intoxicação e informações, mesmo que aproximadas, sobre a
quantidade ingerida.

11.2.3 Prevenção

Há algumas medidas que devem ser tomadas para evitar a intoxicação por medicamentos
como:

• Apenas usar medicamentos se houver orientação médica e jamais indicá-los para


alguém, só porque eles surtiram efeitos em você ou em algum conhecido.
• Guardar os medicamentos em locais fora do alcance das crianças.
• Manter os medicamentos sempre em suas embalagens originais, preservando o rótulo
e observando tanto o prazo de validade quanto as condições ideais para o
armazenamento.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 46
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

11.3 Intoxicação por substâncias Químicas

A intoxicação por substâncias químicas pode ocorrer por ingestão (via oral), inalação (via
respiratória) e pelo contato direto com a pele.

11.3.1 Ingestão

11.3.1.1 Sinais e sintomas de Ingestão de Substâncias Químicas

• Respiração ou hálito com cheiro de veneno ou tóxico;


• Mudança de cor de lábios (que podem ficar descorados e, em uma fase mais tardia,
apresentar um tom azul-escuro causado por falta de oxigenação);
• Dor ou sensação de ardência na garganta e no estômago;
• Inconsciência, perturbação mental ou mal-estar súbito;
• Vômito.

A suspeita é reforçada quando existe a possibilidade de uma pessoa ter tido acesso a
venenos ou quando forem encontrados frascos de veneno no local. Deste modo, deve-se agir com
rapidez antes que o veneno seja absorvido pelo organismo e o atendimento médico deve ser
providenciado com urgência.

11.3.1.2 Procedimentos

Se a vítima estiver inconsciente deve-se:

Eliminar da boca da vítima o resto de vômito e de alimento, retirando também a prótese


dentária (se houver), de modo que ela não sufoque.
Deixar a vítima em repouso e agasalhada até a chegada do socorro médico.

11.3.1.3 Prevenção

Para evitar a intoxicação por ingestão de produtos químicos deve-se:

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 47
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

• Manter venenos, ácidos, tintas e outras substâncias tóxicas nas embalagens originais
e, quando for necessário mudar de frasco, providenciar rótulos que identifiquem os
produtos.
• Guardar sempre as substâncias tóxicas longe do alcance das crianças.

11.3.2 Inalação

11.3.2.1 Sinais e Sintomas de Inalação de Substâncias Químicas

Podem ser entendidos como sinais e sintomas de inalação de substancias químicas:


• Dor de cabeça;
• Sonolência;
• Enjoo;
• Fraqueza muscular;
• Respiração difícil;
• Inconsciência (em casos graves);
• Mudança da cor da pele (em casos graves).

Em atendimentos a vítimas de intoxicação por inalação, deve-se tomar cuidado para não se
transformar em mais uma vítima, expondo-se a intoxicação.

11.3.2.2 Procedimentos

Em situações de intoxicação identificada em uma pessoa, alguns procedimentos devem ser


observados como:
• Afastar imediatamente a vítima do ambiente contaminado e levá-la para um local
arejado;
• Observar o pulso e respiração, adotando os procedimentos adequados caso haja
necessidade. (Caso haja uma parada cardiorrespiratória);
• Manter a vítima quieta e agasalhada;
• Encaminhá-la imediatamente para o atendimento médico.

11.3.2.3 Prevenção

Os casos de inalação de substâncias químicas podem ser evitados se foram tomados alguns
cuidados como:

• Fechar o registro de gás após o uso;


• Ao utilizar substâncias tóxicas (querosene, produtos de limpeza etc.) abrir portas e janelas
para deixar sair o cheiro do veneno;
• Não deixar o carro ligado em ambiente fechado;
• Ao trabalhar com substâncias químicas sempre utilizar os Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) adequados ao tipo de trabalho e da substância.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 48
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

11.3.3 Contato Direto com a Pele

Há substâncias que penetram no organismo por meio da pele, como: inseticidas usados na
lavoura, tintas e vários outros produtos químicos. Em contato com a pele, algumas dessas
substâncias são absorvidas sem provocar lesões aparentes. Outras, no entanto, podem causar
queimaduras.

11.3.3.1 Queimaduras por contato direto com Substância Química

Caso ocorram queimaduras por contato com substância química deve-se:

• Retirar da vítima as roupas contaminadas pela substância e colocá-las em um saco,


identificando-o como material contaminado.
• Lavar a pele da vítima com bastante água (de chuveiro, torneira ou mangueira);
• Encaminhar a vítima ao médico.

11.4 Intoxicação por Drogas

11.4.1 Overdose

A overdose é também denominada como superdose ou dose excessiva. Overdose é um


termo, em inglês, utilizado cientificamente para indicar a exposição do organismo a alta dose de uma
ou mais substâncias químicas, lícitas ou ilícitas, tais como: drogas de abuso, medicamento, álcool,
ou alguma outra substância.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 49
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

Esta dose excessiva é capaz de provocar efeitos adversos agudos, físicos e/ou mentais,
acusando sintomas clínicos que debilitam o organismo, levando à falência de órgãos vitais, como
coração e pulmões, causando graves consequências ao indivíduo, inclusive a morte.
Geralmente, liga-se o termo overdose à droga de abuso, e à dependência química, porém
sabe-se que o corpo humano tem seus limites, e várias substâncias. quando utilizadas acima do que
este possa suportar, poderão desencadear reações imprevisíveis e desagradáveis.

11.4.1.1 Fisiologicamente o que ocorre?

A metabolização, ou seja, a eliminação da droga ingerida, geralmente, é feita pelo fígado.


Nesta metabolização, as drogas são decompostas, resultando em outros compostos mais simples e
menos tóxicos que estas. Quando a ingestão é maior que a velocidade de metabolização, ocorre no
corpo um acúmulo de substâncias tóxicas (intoxicação), alcançando níveis capazes de provocar
parada cardíaca ou respiratória, ou ainda depressão total do SNC (Sistema Nervoso Central), sendo
fatal.
Como exemplo pode-se citar o álcool, quando o nível de ingestão atinge 0,4% a 0,5% no
sangue, equivalendo a 600 ml de uísque bebido em um período igual ou inferior a 60 minutos,
provoca o coma. Quando o nível ingerido atinge 0,6% a 0,7%, o equivalente a 750 ml, no mesmo
período de tempo, todo o cérebro e medula entram em depressão profunda, provocando paralisia do
centro respiratório e, consequentemente, a morte. Já a quantidade suficiente de cocaína capaz de
causar uma overdose, seguida de parada cardíaca é de 1,2 g, porém os usuários desenvolvem
tolerância.

11.4.1.2 Sinais de overdose

Normalmente, os efeitos podem variar de indivíduo para indivíduo, devido aos vários fatores,
tais como: tipo de droga ingerida, quantidade desta, via de administração utilizada, procedência da
droga, constituição física e psicológica, circunstâncias em que ocorre a overdose. No entanto, de um
modo geral, são: problemas respiratórios e perda de consciência.
A overdose pode ser acidental, provocada, fatal ou não, porém torna-se difícil estabelecer um
critério para cada uma dessas situações, uma vez que na grande maioria dos casos, ela ocorre
quando o usuário busca maiores efeitos, e perde o controle das doses, encaminhando-se às vezes,
acidentalmente, e outras vezes consciente do risco que corre para quadros que poderão levá-lo à
morte.
A overdose é hoje uma das principais causas de morte entre os dependentes químicos.
Um grande número de mortes por overdose poderia ser evitado, desde que o indivíduo em
crise por overdose recebesse socorro adequado e imediato de um atendimento especializado. Deve-
se ressaltar que os amigos ou a(s) pessoa(s) que o socorrem terão o direito ao anonimato, não
correndo o risco de serem delatados.
Uma das coisas que não se deve fazer é provocar vômitos, o que em caso de overdose não
auxiliaria, e seria ainda mais prejudicial. O ideal é que sempre se procure um serviço médico
especializado, com profissionais preparados para esse tipo de atendimento, em que se encontra na
rede hospitalar pública ou privada.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 50
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

11.4.2 Intoxicação

O Consumo de Drogas (Álcool, Maconha, Cocaína, etc.) vem aumentando significativamente


a cada dia, por mais que se comprovem os malefícios por elas causados. As reações ao uso variam
conforme o tipo de droga e a quantidade consumida, considerando-se também o estado geral de
cada usuário.
De todas as formas, o álcool é a droga mais consumida. E seus efeitos podem se tornar muito
mais graves, quando o uso for combinado ao de outras drogas. De um modo geral, as reações se
assemelham em qualquer que seja o tipo de droga consumido.

11.4.2.1 Sinais e Sintomas do uso excessivo de drogas

Os principais sinais e sintomas do uso excessivo de drogas são:

• Agitação Motora ou Sonolência/Inconsciência;


• Alucinações;
• Respiração Acelerada (podendo evoluir para respiração lenta);
• Batimentos cardíacos acelerados (que podem se tornar lentos);
• Salivação Excessiva;
• Suor Abundante.

11.4.2.2 Providências

No tratamento de emergência, deve-se:

• Observar o nível de consciência, ficando atento para o fato de a vítima se mostrar


desorientada e com alucinações.
• Em caso de agitação, conter a vítima, para evitar que ela machuque a si mesma ou quem
estiver próximo.
• Se a vítima estiver inconsciente, verificar o ABC da vida, ou seja, as vias Aéreas, a Boa
respiração e a Circulação.
• Providenciar atendimento médico de imediato.

Jamais dê líquidos, alimentos ou qualquer medicamento a uma vítima de uso excessivo


de drogas, sem orientação médica.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 51
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

12 PICADAS E MORDIDAS DE ANIMAIS

Em diversos ambientes há presença de animais peçonhentos e é muito importante tomar


certos cuidados com eles, pois as picadas destes podem provocar intoxicação ou envenenamento.
Até os animais que partilham o convívio doméstico, às vezes, apresentam diversos riscos para o
homem.

É muito importante tomar cuidado com os animais, sejam eles domésticos (gato, cachorro) ou
não. Com os peçonhentos, então, a atenção deve ser redobrada.

Animais peçonhentos ou venenosos são todos aqueles que expelem substâncias tóxicas
(venenos) e que têm órgãos específicos para esta inoculação. Entre eles, os mais importantes, pelo
número de acidentes que provocam são as serpentes (cobras), os escorpiões e as aranhas.

12.1 Serpentes

As serpentes são classificadas em venenosas e não venenosas. A picada das serpentes não
venenosas não provoca manifestações gerais, mas pode causar alterações locais, como dor
moderada e, eventualmente, discreta inchação. Já uma picada de cobra venenosa, se não forem
tomadas as providências imediatas em atendimento, pode levar a vítima à morte. Por isso, é tão
importante que todos aqueles que trabalham em espaços confinados, que estão sujeitos à aparição
de cobras, tenham informações suficientes que permitam identificá-las.
CURSO PRIMEIROS SOCORROS
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 52
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

As cobras venenosas distinguem-se das não venenosas por vários fatores. Um deles tem a
ver com o comportamento: enquanto as venenosas ficam agressivas e tomam posição para dar o
bote na presença de outro animal ou pessoa, as cobras não venenosas se tornam medrosas e
fogem. Segundo o Instituto Butantã, aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas é fatal,
quando a vítima não é socorrida a tempo.

Principais diferenças entre cobras venenosas e não venenosas:

Venenosas Não Venenosas

Cabeça chata, triangular, bem destacada. Cabeça estreita, alongada, mal destacada.

Olhos pequenos, com pupila em fenda Olhos grandes, com pupila circular, fosseta
vertical e fosseta loreal entre os olhos e as lacrimal ausente.
narinas (quadradinho preto).

Escamas do corpo alongadas, pontudas, Escamas achatadas, sem carena, dando ao


imbricadas, com carena mediana, dando ao tato uma impressão de liso, escorregadio.
tato uma impressão de aspereza.

Cabeça com escamas pequenas Cabeça com placas em vez de escamas.


semelhantes às do corpo.

Cauda curta, afinada bruscamente. Cauda longa, afinada gradualmente.

Quando perseguida, toma atitude de ataque, Quando perseguida, foge.


enrodilhando-se.
CURSO PRIMEIROS SOCORROS
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 53
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

Tudo poderá ser facilmente verificado, se houver um animal morto ou imobilizado, que poderá
ser examinado com calma e minuciosamente. Na prática, quando ocorrem os acidentes, a situação é
bem outra. No entanto, há algumas observações que, geralmente, são possíveis de fazer.

1) Verifique a coloração do corpo do animal que lhe mordeu. Os característicos anéis


coloridos das cobras corais são gritantes. Você poderá dizer ao médico se foi ou não uma
cobra coral. A confusão com as serpentes corais falsa é irrelevante, pois não trará nenhum
perigo a sua saúde.
2) Se não for coral, veja bem a cauda da cobra se tem ou não o chocalho típico da cascavel.
O chocalho também se ouve: antes de dar o bote, a cascavel balança, vigorosamente, a
cauda para espantar com o ruído. Repete-se que o chocalho é muito óbvio e fácil de ser
reconhecido. Já a escama eriçada da cauda da surucucu é muito mais difícil de ver.

As serpentes crescem rapidamente após o nascimento e alcançam


a maturidade após dois anos (as grandes cobras, jiboia e sucuri,
após 4 ou 5). Durante suas vidas, os ofídios mudam a pele
regularmente e é comum encontrar-se cascas de serpentes
Chocalho abandonadas no campo. A cascavel, por razões não bem
entendidas, em vez de sair completamente de sua pele antiga,
mantém parte dela enrolada na cauda em forma de um anel
cinzento grosseiro. Com o correr dos anos, estes pedaços de
epiderme ressecados formam os guizos que, quando o animal vibra
a cauda, balançam e causam o ruído característico. A finalidade é
de advertir a presença e espantar os animais de grande porte, que
lhe poderiam fazer mal. É uma ótima chance de evitar o confronto.

3) Tome nota da hora em que você foi picado. É uma informação preciosa ao posto de
socorro. Por exemplo, poderá servir ao médico para diferenciar a cobra coral verdadeira da
falsa: se após pouco tempo você não tem nenhum dos sintomas clínicos de
envenenamento ofídico, ficará algum tempo em observação sem tomar soro. O tempo
decorrido entre o acidente e a intensidade dos sintomas também é fundamental para
avaliar a gravidade do caso e guiará a terapêutica a ser aplicada.
4) Se não tiver nenhuma observação sobre a cobra, pelo menos informe os aspectos do local
em que aconteceu o acidente: floresta, areia, rochas expostas, etc.

12.1.1 Procedimentos

Como o veneno se difunde para os tecidos nos primeiros trinta minutos após a picada, a ação
precisa ser rápida, seja qual for a cobra que tenha provocado o acidente.

• Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário
procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma.
• Retirar anéis se o dedo for atingindo, pois o edema pode tornar-se intenso e produzir
garroteamento.
• Lavar o local com bastante água corrente.
• Compressas de gelo ou água fria retardam os efeitos do veneno.
CURSO PRIMEIROS SOCORROS
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 54
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

• Mantenha o local da mordida sempre que possível, abaixo do nível do coração.


• Remover a vítima rapidamente para o local mais próximo, que disponha de soro
antiofídico, único tratamento eficiente para combater os males causados por serpentes
venenosas.

12.1.2 O que não deve ser feito


Os cuidados que devem ser observados incluem não executar certas atividades, como:
• Não dar álcool a vítima, sedativos ou aspirinas.
• Nunca fazer cortes ou incisões.
• O uso do torniquete é contraindicado.
• Não deixe a vítima ir caminhando em busca de atendimento médico, pois quanto mais
ela se movimentar mais risco há de o veneno se espalhar pelo organismo.

Os primeiros socorros são úteis e importantes até trinta minutos depois da picada, portanto
encaminhar a vítima para atendimento médico, com a maior rapidez, é fundamental.

12.2 Escorpiões e Aranhas

Tanto os escorpiões quanto as aranhas representam perigo não só para o homem, mas
também para as próprias espécies, pois estes se devoram mutuamente. São também seus inimigos
naturais: pássaros, galinhas, seriemas, corvos e alguns anfíbios, principalmente sapos, e no caso
dos escorpiões: e lagartos, camaleões, sapos e pássaros, no caso das aranhas. Ambos têm como
característica comum o fato de não serem agressivos e de picarem somente quando molestados ou
para se defender. As picadas que provocarem dor intensa podem ser graves.
Segundo o instituto Butantã, cerca de 4% das vítimas de ferroadas de escorpião morrem.
Quanto maior for o número de ferroadas, mais grave será o envenenamento.

12.2.1 Aranhas
Nem todas as aranhas representam perigo de vida. Isto faz tomar pouco cuidado com elas.
Algumas espécies, porém, são muito venenosas.
Deve-se dar ênfase às precauções, para que as picadas não ocorram.

Caranguejeira é preta e peluda.

Tarântula é marrom-clara e peluda. Vive nos gramados e jardins.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 55
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

Armadeira não tem pelos e fica na posição de bote para atacar, apoiada nas pernas de trás e com
as da frente levantadas. Sua cor é marrom-café.

A aranha marrom tem o corpo escuro e as pernas mais claras. É pouco agressiva e não causa dor
local, assim, a mordida deste aracnídeo pode passar despercebida. Os sintomas aparecem depois
de oito a vinte horas, com inchaço local e bolhas são os mais comuns. Nos casos graves, a urina do
acidentado fica com uma cor marrom escura.

12.2.1.1 Sintomas

Configura acidente grave o aparecimento de tremores, vômitos, espasmos musculares e


dificuldade respiratória.
Neste caso, procure assistência médica imediata.

12.2.1.2 Procedimentos

• Em caso de acidente com aracnídeos, se for possível apanhar o animal, deve-se levá-
lo junto, quando a pessoa for ao hospital. Deste animal será extraído o antídoto que
poderá salvar a vida do acidentado.
• Nunca se deve fazer torniquete em um membro picado.
• A vítima deve ser mantida no mais completo repouso para que o veneno não se
espalhe no organismo, sendo importante providenciar ou aguardar o atendimento
médico.
• Lavar o local afetado com água corrente.

12.2.2 Escorpiões

O veneno de escorpiões pode levar crianças e pessoas desnutridas à morte. Estes animais
têm hábitos noturnos e não são agressivos.

12.2.2.1 Sintomas de uma picada:

Os sintomas de uma picada de escorpião são:

• Formigamento no local, podendo espalhar-se por todo o corpo.


CURSO PRIMEIROS SOCORROS
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 56
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

• Dor moderada a intensa.


• Se aparecerem outros sintomas, como taquicardia, aumento da pressão arterial,
temperatura baixa, suores intensos seguidos de tremores ou salivação exagerada,
enjoos ou vômitos, procure um pronto-socorro.
• Nas primeiras vinte e quatro horas após a picada do escorpião, a pessoa corre risco
de vida.

12.2.2.2 Procedimentos

Em condições de picada de escorpiões, alguns procedimentos devem ser observados como:


• Se for possível pegar o escorpião, este deve ser guardado para levar ao médico, que
extrairá dele o antídoto contra o veneno da picada.
• O repouso é importante para que o veneno não se espalhe pelo corpo da vítima.
• Torniquete não é aconselhado.
• Aplicação de compressas frias nas primeiras horas.
• Ir imediatamente à procura de atendimento médico, não espere o aparecimento dos
sintomas mais graves.
A pessoa acidentada deverá ficar em observação por um período de seis a oito horas.

12.3 Gatos e Cachorros

A raiva, ou hidrofobia, é uma doença viral causada por um RNA vírus do gênero Lyssavirus,
transmitida via mordedura, lambida ou arranhadura de um animal infectado. O contato com a urina,
fezes ou sangue desses indivíduos, embora menos frequentes, são outras formas de contágio, sendo
o período de incubação compreendido entre um mês e um ano após a exposição.

Apesar de ser associada a cães de rua, a raiva pode ser transmitida por diversos outros
mamíferos, como morcegos e macacos, tanto urbanos quanto selvagens.

O quadro se agrava em pouco tempo, levando o indivíduo a óbito em mais de 99% dos casos,
se as devidas providências pós-exposição não forem tomadas.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 57
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

12.3.1 Animal Raivoso

Pode-se reconhecer um animal raivoso quando este:

• Mostra alteração no comportamento.


• Apresenta boca espumante com baba.
• Fica impossibilitado de comer e de beber.
• Repele a claridade.
• Morre no período de cinco a sete dias após ter contraído a doença.

12.3.2 Sinais e Sintomas

Os principais sinais e sintomas de uma pessoa contaminada são:

• Dor de cabeça.
• Febre.
• Mal-estar geral.
• Dor e dificuldade para engolir.
• Intolerância ao vento e à luz.
• Convulsão e paralisia respiratória (em situações graves).

Caso um animal com suspeita de raiva morda uma pessoa, este não deve ser sacrificado,
mas precisa ser confinado e observado por dez dias. Se nesse período não manifestar sinais da
doença, pode ser solto. E a pessoa mordida por este animal pode ficar tranquila, pois não corre
perigo. No entanto, se o animal apresentar algum sinal indicativo de raiva (hidrofobia), fugir ou
morrer, a vítima tem que ser tratada o mais rápido possível.
Há também para diagnóstico, a análise de material córneo ou epidérmico, sendo também
requeridos exames salivares ou sanguíneos.

12.3.3 Providências
O tratamento de emergência consiste em:
• Lavar o ferimento com bastante água e sabão.
• Encaminhar a vítima para o posto de saúde mais próximo. Lá serão tomadas as
providências cabíveis.

12.3.4 Prevenção

Quanto à prevenção, é necessário evitar o contato com animais selvagens e de rua, bem
como vacinar cães, gatos, e outros animais de convívio com pessoas. Biólogos, veterinários e outros
profissionais que têm contato direto com mamíferos devem fazer o uso da vacina preventiva.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 58
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

13 FERIMENTOS

13.1 Contusão

A contusão é uma lesão sem o rompimento da pele, tratando-se de uma forte compressão
dos tecidos moles, como pele, camada de gordura e músculos, conta os ossos.
Em alguns casos, quando a batida é muito forte, pode ocorrer rompimento de vasos
sanguíneos na região, originando um hematoma.

13.1.2 Procedimentos
Em situação de lesão, alguns procedimentos podem ser tomados como:
• Manter em repouso a parte contundida.
• Aplicar compressas frias ou saco de gelo até que a dor melhore e a inchação se
estabilize.
• Caso utilize o gelo, deve-se proteger a parte afetada com um pano limpo para evitar
queimaduras na pele.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 59
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

13.2 Escoriações

As consideradas escoriações são lesões simples da camada superficial da pele ou mucosas,


apresentando solução de continuidade do tecido, sem perda ou destruição do mesmo, com
sangramento discreto, mas que costumam ser extremamente dolorosas. Não representam risco à
vítima, quando isoladas. Geralmente, as escoriações são causadas por instrumento cortante ou
contundente.
As escoriações acontecem quando o objeto atinge apenas as camadas superficiais da pele.
Esse tipo de ferimento acontece, geralmente, em consequência de quedas, quando a pele de certas
partes do corpo sofre arranhões em contato com as asperezas do chão, que são as escoriações
mais frequentes.

13.2.1 Procedimentos

Em situações que se identificam escoriações, alguns procedimentos precisam ser


observados, como:
• Lavar as mãos com água e sabão e protegê-las para não se contaminar.
• Lavar a ferida com água e sabão para não infeccionar.
• Secar a região machucada com um pano limpo.
• Verificar se existe algum vaso com sangramento. Se houver, comprimir o local até
cessar o sangramento.
• Proteger o ferimento com uma compressa de gaze ou um curativo pronto. Caso não
seja possível, usar um lenço ou pano limpo.
• Prender o curativo ou pano com cuidado, sem apertar nem deixar que algum nó fique
sobre o ferimento.
• Manter o curativo limpo e seco.

As feridas devem ser cobertas para estancar a hemorragia e também evitar contaminação.
Lembre-se: Em casos graves, depois do curativo feito deve-se encaminhar a vítima para
atendimento médico.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 60
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

13.3 Amputações

As amputações são definidas como lesões em que há a separação de um membro ou de uma


estrutura protuberante do corpo. Podem ser causadas por objetos cortantes, por esmagamentos ou
por forças de tração.
O reimplante é a primeira opção para pessoas que perderam um membro (se houver
esmagamento em qualquer parte do membro, as chances de reimplante diminuem). A primeira
providência, ao presenciar esse tipo de acidente, é ligar para 193 (serviço de resgate móvel). Se a
cidade dispuser de SAMU (Serviço de Atendimento Municipal ao Usuário), deve-se ligar para 192.

13.3.1 Procedimentos

Em situações em que se identifique amputação de um membro, os procedimentos a serem


observados incluem:

• Chamar ajuda: tempo é crucial nesse tipo de trauma. Quanto mais


rápido for feito o atendimento, maiores as chances de sucesso no
reimplante. Primeiro chamar o socorro e depois cuidar da vítima.

• Assistência à vítima: Se a vítima estiver consciente fazer o possível


para acalmá-la. Providenciar compressas (panos limpos) e fazer
compressão no local da amputação, isso evita grandes perdas
sanguíneas, pois com a ruptura de vasos a hemorragia é constante.

• Compressas: Envolver a parte amputada em panos limpos. Muito


Importante: não trocar os panos usados para fazer a compressão.
Desse modo, a equipe médica poderá dimensionar a perda
sanguínea.

• Recuperar o membro: Colocar o membro dentro de dois sacos


plásticos.

• Isopor e gelo: Colocar o membro embalado dentro de um isopor


com gelo e tampar, caso haja tampa. Nunca colocar a parte
amputada diretamente em contato com o gelo, pois isso pode
causar morte celular e não haverá possibilidade de reimplante.


Encaminhar para hospital: Enviar o seguimento com a vítima na
ambulância. Caso isso não seja possível, deve-se ter o cuidado de
enviar a parte amputada para o mesmo hospital em que a vítima
está sendo atendida.
É bom sempre lembrar que a vítima deve ser vista como um todo, mesmo nos casos de
ferimentos que pareçam sem importância. Uma pequena contusão pode indicar a presença de lesões
internas graves, com rompimento de vísceras, hemorragia interna ou mesmo estado de choque.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 61
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

13.4 Ferimentos no Tórax

Os ferimentos no Tórax podem ser muito graves, principalmente, se os pulmões forem


atingidos.
Quando o pulmão é atingindo de forma a ter um orifício de tamanho considerável na parede
do tórax, pode-se ouvir o ar saindo ou ver o sangue que sai borbulhando por esse mesmo orifício.

13.4.1 Procedimentos

Em situação em que se pode identificar existência de ferimentos no tórax, alguns


procedimentos devem ser observados como:
• Utilizar um pedaço de plástico limpo ou gazes.
• Fazer curativo de três pontas (três lados fechados e um lado aberto).
• Encaminhar a vítima imediatamente para atendimento médico.

O curativo impedirá a entrada de ar na inspiração, mas permitirá a saída de ar na expiração.

Caso não se consiga fazer o curativo de três pontas, deve-se cobrir o ferimento todo com uma
compressa ou um pano limpo e levar a vítima imediatamente para o hospital.
Atenção: a ferida só deve ser totalmente coberta no momento exato em que terminou uma
expiração, ou seja, após a saída do ar.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 62
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

13.5 Ferimentos no Abdome

Os ferimentos profundos no abdome costumam ser graves, podendo atingir algum órgão
abdominal. Dependendo do tipo de ferimento, este pode perfurar a parede abdominal, deste modo,
partes de algum órgão (ex: intestino) podem vir para o exterior. Neste caso, não tente de forma
alguma colocá-los no lugar.

13.5.1 Procedimentos
Em condição de identificação de ferimentos no abdome, alguns procedimentos devem ser
observados, como:
• Chamar atendimento especializado (SAMU 192, Bombeiros 193).
• Cobrir as partes expostas com panos limpos, umedecidos com água e mantidos
úmidos.
• Nunca se devem cobrir os órgãos expostos com material aderentes (papel, toalha,
papel higiênico, algodão), que deixam resíduos difíceis de serem removidos.
• Caso tenha algum objeto encravado não se deve tentar retirá-lo.

13.6 Ferimentos nos Olhos

Os olhos são órgãos muito sensíveis e, quando feridos, somente um especialista dispõe de
recursos para tratá-los. Portanto, é importante tomar muito cuidado para não ferir ainda mais os
olhos, que estiverem sendo tratados.

13.6.1 Procedimentos
Em situação de ferimentos nos olhos, alguns procedimentos devem ser observados, como:
• Nunca retirar dos olhos um objeto, que esteja entranhado ou encravado.
• Cobrir os olhos com gazes ou pano limpo.
• Prenda o curativo com duas tiras de esparadrapos, pois esta ação evitará mais
irritação.

Cubra o olho não acidentado para evitar a movimentação do olho atingido. Essa manobra não
deve ser feita, quando a vítima precisa do olho sadio para se salvar.

13.7 Ferimento com Objeto Encravado

Quando houver ferimento causado por faca, canivete, lasca de madeira, vidro ou outro objeto
e algum objeto ficar encravado, em princípio ele não deve ser retirado, pois isso pode provocar
hemorragias graves ou lesão de nervos e músculos próximos à região afetada.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 63
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

14 HEMORRAGIA

Hemorragia é a perda de sangue que acontece quando há rompimento de veias ou artérias,


provocado por cortes, amputações, esmagamentos, fraturas, úlceras, tumores e outras situações.
As hemorragias podem ser classificadas, inicialmente, em arteriais e venosas e, para fins de
primeiros socorros, em internas e externas.
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em três a cinco minutos.
O sangue de uma hemorragia pode sair como fluxo contínuo e não muito intenso
(sangramento venoso) ou pode esguichar em ondas, que correspondem aos batimentos cardíacos.
Esta segunda situação é a característica de um ferimento arterial e precisa de maior atenção.
Como visto, as hemorragias podem ser externas ou internas. As externas são aquelas em
que ocorre o derramamento de sangue para fora do corpo, sendo esta situação o caso dos cortes ou
esmagamentos. Já nas hemorragias internas, o sangue se acumula dentro das cavidades do corpo.
A hemorragia interna é provocada por ferimentos no fígado, no baço, no cérebro e outros órgãos.

14.1 Hemorragia Externa

Hemorragia externa é causada pela perda de sangue alterando o fluxo normal da circulação
devido ao rompimento de um vaso sanguíneo (veia ou artéria). Se não for prestado atendimento,
esta condição pode levar ao estado de choque. Uma hemorragia externa não controlada pode até
mesmo causar a morte em três a cinco minutos.

14.1.1 Sinais e Sintomas

Identificam-se como sinais e sintomas da hemorragia:


• Sangramento visível;
• Nível de consciência variável decorrente da perda sanguínea;
• Palidez de pele e mucosa.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 64
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

14.1.2 Procedimentos

Em situação de hemorragia, alguns procedimentos devem ser tomados, como:


• Comprimir o local usando um pano limpo. (Quantidade excessiva de pano pode
mascarar o sangramento);
• Manter a compressão até os cuidados definitivos;
• Se possível, elevar o membro que está sangrando; (Nunca eleve o membro se existir a
possibilidade de fratura.)
• Não utilizar qualquer substância estranha para coibir o sangramento;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.

Se essas medidas não forem suficientes, então se faz necessário comprimir a artéria afetada
um pouco acima da lesão.

14.1.3 Regiões para compressão das Artérias:


De acordo com as figuras a seguir, observe as regiões que pode ser utilizada compressão:

Nunca use torniquete. O uso de torniquete pode levar a amputação cirúrgica do membro,
caso não seja afrouxado corretamente e no tempo certo.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 65
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

14.2 Hemorragia Interna

A hemorragia interna é o extravasamento de sangue para o interior do corpo. Geralmente,


precedido de história de trauma no abdome ou tórax, como socos, contusão do tórax no volante em
acidente automobilístico e outros.
Uma contusão ou fratura de costela pode lesar uma artéria do pulmão, causando hemorragia
pulmonar.
No abdome, uma compressão externa, por um dos motivos acima citados, pode romper o
baço, fígado, rins ou intestino fazendo-os sangrar internamente.
Pode ainda haver "explosão" de órgãos ocos como estômago, intestinos e bexiga.

14.2.1 Sinais e Sintomas

As hemorragias internas, geralmente, não são fáceis de serem identificadas, mas alguns
sinais e sintomas podem ser observados:
• Sangramento geralmente não visível;
• Nível de consciência variável dependendo da intensidade e local do sangramento;
• Sangramento pela urina;
• Sangramento pelo ouvido;
• Palidez;
• Sede;
• Fratura de fêmur;
• Dor com rigidez abdominal;
• Vômitos ou tosse com sangue;
• Aumento dos batimentos cardíacos;
• Traumatismos ou ferimentos penetrantes no crânio, tórax ou abdome.

14.2.2 Procedimentos

Havendo identificação de sinais e sintomas desta situação de hemorragia interna, alguns


procedimentos devem ser realizados como:
• Chamar urgente o atendimento hospitalar especializado;

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 66
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

• Manter a vítima aquecida e deitada, acompanhando os sinais vitais e atuando


adequadamente;
• Afrouxar a roupa apertada (no pescoço, peito e na cintura);
• Retirar da boca da vítima, caso haja, prótese dentária, goma de mascar ou qualquer
alimento;
• Observar a respiração e os batimentos cardíacos e, se for necessário, providenciar a
reanimação ou respiração artificial.

14.2.3 O que não fazer

Da mesma forma que alguns procedimentos em cuidados devem ser observados, em caso de
hemorragia há procedimentos que não devem ser realizados como:
• Não dar qualquer tipo de alimento ou bebida para a vítima, uma vez que esta pode
tornar-se inconsciente, vomitar e aspirar ao alimento e/ou água.
• Se a vítima se queixar muito de sede, molhe um lenço apenas para umedecer a
língua.
• Não retire objetos incrustados no ferimento como gravetos, hastes metálicas
(vergalhões, facas, etc.)

14.3 Hemorragia Nasal

As hemorragias nasais são muito comuns devido à grande quantidade de vasos sanguíneos
no nariz.
Quase todas as pessoas já tiveram uma hemorragia nasal pelo menos uma ou várias vezes.
A epistáxis (hemorragias nasais) anterior é mais comum nas crianças e nos adultos jovens ao passo
que a epistáxis posterior ocorre com mais frequência nos doentes idosos, porque têm vasos frágeis
devido a situações como: hipertensão, aterosclerose, distúrbios da coagulação sanguínea ou
debilidade dos tecidos.

A epistáxis tem dois picos de incidência: dos dois aos dez e dos cinquenta aos oitenta anos
de idade. Afeta da mesma maneira ambos os sexos.

14.3.1 Sinais e Sintomas

Pode ser visto como sinais e sintomas da hemorragia nasal:


• Sangramento nasal visível.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 67
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

14.3.2 Procedimentos

Em condição de hemorragia nasal, alguns procedimentos podem ser feitos, como:


• Tentar acalmar a vítima;
• Colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, e apertar-lhe
a(s) narina(s) durante cinco minutos;
• Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente o lado da narina que está
sangrando e colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco
com gelo;
• Se, mesmo assim a hemorragia não ceder, encaminhar para atendimento hospitalar.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 68
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

15 ENTORSES, LUXAÇÕES E FRATURAS

Quedas, pancadas e encontrões podem lesar os ossos e as articulações e provocar entorses,


luxações ou fraturas.

15.1 Entorse

A entorse é a separação momentânea das superfícies ósseas articulares, provocando o


estiramento ou rompimento dos ligamentos, quando há um movimento brusco.
Caso no local afetado apareça mancha escura em vinte e quatro horas ou quarenta e oito
horas após o acidente pode ter havido fratura, assim, deve-se procurar atendimento médico de
imediato.

15.1.1 Procedimentos

Em situação que ocorra entorse se deve proceder da seguinte forma:


• Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas;
• Após este tempo aplicar compressas mornas;
• Imobilizar o local (por meio de enfaixamento, usando ataduras ou lenços);
• A imobilização deverá ser feita na posição que for mais cômoda para o acidentado;
• Dependendo do caso, encaminhar para atendimento médico.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 69
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

15.2 Luxações

As luxações ocorrem por meio da perda de contato permanente entre duas extremidades
ósseas em uma articulação.
Na luxação, as superfícies articulares deixam de se tocar de forma permanente. É comum
ocorrer junto com a luxação uma fratura.

15.2.1 Sinais e Sintomas


Em condição de luxação é possível identificar os seguintes sinais e sintomas:
• Dor local intensa;
• Dificuldade ou impossibilidade de movimentar a região afetada;
• Hematoma;
• Deformidade da articulação;
• Inchaço.

15.2.2 Procedimentos

Em condição de luxação, alguns procedimentos devem ser observados como:


• Manipular o mínimo possível o local afetado;
• Não colocar o osso no lugar;
• Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima (caso seja muito necessário);
• Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.

15.3 Fraturas

Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso.


Como nem sempre é fácil identificar uma fratura, o mais recomendável é que as situações de
entorse ou luxação sejam atendidas como possíveis fraturas.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 70
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

Existem dois tipos de fraturas:

• Fechadas: sem exposição óssea.


• Expostas: o osso está ou esteve exposto.

15.3.2 Procedimentos

Em situação de possibilidade de ter ocorrido uma fratura, deve-se observar alguns cuidados:
• Manipular o mínimo possível o local afetado;
• Não colocar o osso no lugar;
• Proteger ferimentos com panos limpos e controlar sangramentos nas lesões expostas;
• Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima (caso seja muito necessário);
• Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado (fratura fechada);
• Encaminhar para atendimento hospitalar.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 71
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

16 VERTIGENS, DESMAIOS E CONVULSÕES

A sensação de um mal-estar e a impressão de tudo girar em volta pode ser resultado de uma
vertigem. O desmaio caracteriza-se pela perda temporária e repentina da consciência, causada pela
diminuição do sangue. Já na convulsão, a perda da consciência é acompanhada de contrações
musculares violentas.

16.1 Vertigens

A vertigem não é uma doença, mas uma manifestação de um problema orgânico ou de um


desajuste funcional dos elementos que participam na manutenção do equilíbrio corporal. Deve-se a
uma falha na informação recebida pelo cérebro sobre a posição do corpo e os seus movimentos,
uma informação proveniente de três fontes: a sensibilidade, que registra a posição das diferentes
CURSO PRIMEIROS SOCORROS
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 72
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

partes do corpo; a visão, que determina a relação do corpo relativamente ao espaço circundante; e o
órgão do equilíbrio do aparelho vestibular, que pressente os movimentos da cabeça. Com a
informação proveniente destas fontes, o cérebro pode avaliar o estado estático ou dinâmico do corpo
e ordenar os ajustes necessários para manter o equilíbrio. No entanto, se estas fontes de informação
falham ou, ainda, se a informação for contraditória, esta causa perturbações funcionais ou orgânicas,
de forma que o cérebro não pode elaborar convenientemente os dados que recebe e surge, então, a
sensação de vertigem.
As causas das vertigens são muito diversas e, em muitos casos, não chega a ser possível
determinar a origem do problema. Classicamente, distingue-se a vertigem devido a um problema no
aparelho vestibular do ouvido interno (vertigem periférica) e como tendo a origem em uma disfunção
do sistema nervoso central (vertigem central). O motivo mais habitual da vertigem corresponde a
uma alteração no ouvido interno: doença de Ménière, processos inflamatórios (labirintite) ou
infecciosos, traumatismos, intoxicações, perturbações vasculares, tumores, entre outras. No entanto,
a origem também pode radicar em lesões ou alterações circulatórias do tronco cerebral e do
cerebelo, doenças gerais, problemas oculares e até problemas de natureza psicológica.

16.1.1 Causas

As vertigens podem ter diversas causas, como:


• Alturas elevadas;
• Mudanças bruscas de pressão atmosférica;
• Ambientes abafados;
• Movimentos giratórios rápidos;
• Mudanças bruscas de posição.

16.1.2 Sinais e Sintomas

• Sensação de mal-estar;
• Zumbidos;
• Surdez momentânea;
• Vertigem acompanhada de náuseas;
• Pode manter-se consciente.

16.1.3 Procedimento

Diante de um quadro de vertigem, deve-se:

• Colocar a vitima deitada de barriga para cima (em decúbito dorsal), mantendo a
cabeça sem travesseiro ou qualquer outro apoio.
• Impedir que a vítima realize qualquer movimento brusco, sobretudo com a cabeça.
• Afrouxar toda a roupa da vítima para que a circulação sanguínea se restabeleça sem
dificuldade.
• Animar a vítima com palavras confortadoras.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 73
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

16.2 Desmaios

Os desmaios são vistos como a perda breve e repentina da consciência, geralmente, com
rápida recuperação, podendo ocorrer devido a múltiplas causas, desde um simples susto (ansiedade,
tensão emocional) até um quadro encefálico.
Existe prevalência elevada em pessoas de idade.

16.2.1 Causas
Podem ser consideradas causas dos desmaios:
• Jejum prolongado (hipoglicemia);
• Permanência em ambiente abafado com muitas pessoas;
• Condições psicológicas (emoção forte);
• Fadiga;
• Condições patológicas (arritmias, infarto do miocárdio, etc.);
• Grande perda de sangue.

16.2.2 Sinais e Sintomas


Configuram-se como sinais e sintomas dos desmaios:
• Fraqueza;
• Tontura;
• Perda da consciência, com queda do paciente;
• Relaxamento muscular;
• Pupilas dilatadas;
• Escurecimento da vista;
• Sudorese fria;
• Palidez;
• Pulso filiforme;
• Pode apresentar respiração superficial

O desmaio pode ser visto como situação grave, quando causado por grandes hemorragias,
ferimentos e traumatismos na cabeça.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 74
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

16.2.3 Procedimentos

Ao atender uma pessoa com sensação de desmaio, deve-se:

• Colocar a vítima deitada de barriga para cima, com os pés ligeiramente elevados ou
sentá-la com a cabeça abaixada.

• Conversar com ela, orientando-a para que respire profunda e lentamente.


• Permanecer ao lado da vítima para, em caso de perda da consciência, fazer a
avaliação das vias aéreas, da respiração e da circulação.

Enquanto a vítima estiver inconsciente e respirando normalmente, é aconselhável mudá-la


para uma posição lateral mais segura (PLS). Conforme já visto no capítulo 10 item 10.2.2 “Como
colocar a vítima em posição lateral.”

• Nunca deixe uma pessoa que acabou de se recuperar de um desmaio levantar-se ou


andar de súbito, pois o esforço despendido nessas tentativas poderá causar novo
desmaio.
• Não acorde uma pessoa que está inconsciente com atitudes como jogar água fria,
colocá-la de pé ou sacudi-la, dar tapas no rosto ou oferecer-lhe substâncias para
cheirar.

16.3 Convulsões

Convulsões são contrações musculares involuntárias de parte ou de todo o corpo, decorrente


do funcionamento anormal do cérebro. Tem duração aproximada de três a cinco minutos.
A crise convulsiva pode ter como causa febre muito alta, intoxicações ou, ainda, epilepsia ou
lesões cerebrais.

16.3.1 Causas
Podem ser vistas como causas das convulsões:
• Hipertermia;

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 75
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

• Intoxicações;
• Epilepsia;
• Meninge encefalite;
• Traumatismos crânio-encefálicos;
• Tumores;
• Tétano;
• Lesões cerebrais e etc.

16.3.2 Sinais e sintomas

Consideram-se como sinais e sintomas das convulsões:


• Perda da consciência;
• Movimentação brusca e involuntária dos músculos;
• Enrijecimento da mandíbula, travando os dentes;
• Salivação excessiva;
• Queda abrupta, em qualquer lugar, com riscos de ferimentos, fraturas e outros tipos de
lesões.
• Pode apresentar cianose devido à dificuldade respiratória relacionada, principalmente,
com o tempo de duração da crise;
• Frequentemente, ocorre relaxamento esfincteriano com micção e/ou evacuação após
a crise.

16.3.3 Procedimentos

Alguns procedimentos devem ser observados em situações de convulsões:


• Deitar a vítima ao chão e afastar tudo que esteja ao redor desta e possa machucá-la.
• Retirar prótese dentária, óculos, colares e outros objetos que possam se quebrar e
machucar ou sufocar a vítima.
• No caso de a vítima ter cerrado os dentes, não tentar abrir a boca.
• Proteger a língua da pessoa, colocando uma trouxinha de pano ou, se tiver, uma
cânula de Guedell (não forçar se os dentes estiverem travados).
• Afrouxar a roupa da vítima e deixar que ela se debata livremente.
• Colocar um pano debaixo da cabeça da vítima para evitar que ela se machuque.
• Observar a respiração durante e após a crise convulsiva.
• Encaminhar esta vítima ao médico o mais rápido possível.

Não se deve jogar água ou oferecer algo para cheirar durante a crise

Durante uma crise convulsiva, jamais impeça os movimentos da vítima e tampouco dê a ela
qualquer líquido ou medicação pela boca.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 76
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

17 TÉCNICAS PARA REMOÇÃO E TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de
Bombeiros, SAMU entre outros).
O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões, provocando sequelas
irreversíveis ao acidentado.
A vítima somente deverá ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, em que
não é possível contar com equipes especializadas em resgate ou se o local apresenta um grande
risco de morte.
OBS: É imprescindível a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte
seguro.
A melhor forma de transporte de uma vítima é feito por maca. Se por acaso não houver uma
disponível no local, esta maca pode ser improvisada com duas camisas ou um paletó e dois bastões
resistentes, ou até mesmo enrolando-se um cobertor várias vezes em uma tábua larga.
Porém, em alguns casos, na impossibilidade de uso de maca, o transporte pode ser feito de
outra maneira, porém tomando-se todos os cuidados para não agravar o estado da vítima.
A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não há suspeita de
lesões na coluna vertebral e bacia.

17.1 Transporte em Maca

A maca é a melhor maneira de transportar uma vítima, mas dependendo do local em que o
acidente tenha acontecido, muitas vezes será necessário improvisar uma. Dessa forma, o mais
importante é saber colocar a vítima sobre a maca.
A maca improvisada com uma porta ou uma tábua de aproximadamente 50 cm de largura é
muito eficiente, usada nos casos de suspeita de lesão da coluna vertebral, com a vítima imobilizada.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 77
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

Maca improvisada com porta. Fonte: Senac

Exceto a maca improvisada com porta ou tábua, todas as demais têm como base cabos de
vassouras ou galhos de árvores, varas, guarda-chuvas grandes entre outros. O que irá variar é a
superfície sobre a qual a vítima será colocada.
Para utilizar o transporte em maca feita por varas, é imprescindível que as mesmas sejam
resistentes para suportar do peso da vítima.

Para transportar para a maca uma vítima com indícios de lesão na coluna ou na bacia, são
necessários três socorristas ou pessoas altamente treinadas.

Como deve ser feito o transporte para maca:

• Em primeiro lugar, alguém coloca a maca bem perto da vítima.


• Estando a vítima deitada de barriga para cima, os socorristas se ajoelham ao lado dela
e todos, ao mesmo tempo, passam os braços por sobe o corpo da vítima, de modo
que ele fique todo no mesmo nível.
• Com bastante cuidado, vão levantando a vitima, sem deixar que ele dobre qualquer
parte de seu corpo, e a colocam sobre a maca.

Caso a suspeita da coluna seja na cervical, um dos socorristas ou pessoa treinada deverá
cuidar, exclusivamente, da cabeça da vítima, de forma a mantê-la estabilizada.
Deve-se suspeitar de lesão na coluna, quando a vítima apresentar marcas de trauma no
tronco ou ainda das clavículas, ou ainda, se estiver inconsciente.
Se houver suspeitas de fratura na coluna ou na bacia, a vítima deverá, necessariamente, ser
transportada em maca plana e rígida (do tipo porta ou tábua)
A seguir são expostos alguns exemplos de como fazer macas improvisadas com cabo(s):
• Pegue camisas ou paletós e enfie as mangas para dentro, no caso de paletós ou
similares, abotoe-os inteiramente e passe os cabos pelas mangas.
• Consiga cobertores, toalhas, colchas ou lençóis e enrole o tecido em torno dos cabos
CURSO PRIMEIROS SOCORROS
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 78
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

ou dobre as laterais do tecido sobre eles.


• Usando sacos de estopa, de aniagem ou náilon trançado, enfie um cabo em cada
lateral do saco.
• Pegue cintos, cordas ou tiras largas de tecido e amarre-os aos dois cabos, em cada
lateral.

Fonte: Senac

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 79
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

17.2 Transporte Sem Maca

Na impossibilidade do uso de maca ou padiola e sendo vital a remoção de uma pessoa


acidentada, o transporte terá que ser feito de outra maneira, porém tomando-se todos os cuidados
para não agravar o estado da vitima.

17.2.1 Transporte com um socorrista

Transporte de Apoio

Esses são recursos a serem adotados, quando o acidentado está


consciente e tem apenas ferimentos leves:

• Passar um dos braços da vítima em torno do seu pescoço.

• Colocar um de seus braços em torno da cintura da vítima e segurá-la


pelo punho. Dessa forma, a vítima pode caminhar apoiada no
socorrista.

Transporte nas Costas

• De costas para a vítima (que deve estar de pé),


passar os braços dela em torno do seu pescoço.
• Com seu corpo um pouco inclinado para frente,
levantar e carregar a vítima.

Se a pessoa tiver condições de se firmar no


tronco do socorrista, este poderá usar os braços para
segurá-la pelas pernas, o que proporciona maior
firmeza durante o transporte.
Transporte nos Braços
O transporte nos braços se apresenta como recurso
adequado quando a vítima está consciente, porém com
ferimentos nos pés ou nas pernas que a impedem de caminhar.

• Colocar um braço sob os joelhos e o outro em


torno da parte superior do tórax da vítima, e
levantá-la. Quanto mais alta for a posição da
vítima no colo do socorrista, menos este vai se
cansar.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 80
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

17.2.2 Transporte com dois socorristas

Transporte em cadeirinha

Com os braços, os socorristas formam um pequeno assento, para a vítima, que deverá se
manter segura.

• Faça a cadeirinha conforme figura.


Passe os braços da vítima o redor do pescoço
dos socorristas e estes podem levantar a
vítima.

Transportes pelas extremidades

• Um socorrista segura a vítima por debaixo


dos braços e o outro pelas pernas.

Esse tipo de transporte só deve ser feito


se não houver suspeita de fraturas na coluna
ou nos membros da vítima.

Transporte por cadeira

• Sentar a vítima em uma cadeira.


• Um socorrista segura a cadeira pelas pernas e o outro pelo encosto.

Por proporcionar maior estabilidade, esse é o tipo de transporte mais adequado para vítimas,
que apresentam problemas respiratórios.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 81
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

17.2.3 Transporte com três socorristas

Transporte no Colo

Para esse transporte é exigida a presença de três socorristas, e só é valido caso a vítima não
tenha suspeitas de fratura na coluna ou na bacia.

• Estando a vítima deitada de barriga para cima, os três socorristas se ajoelham ao lado
dela: um próximo à extremidade superior do corpo, outro no meio e o terceiro próximo
aos pés.
• Pegando a vítima por baixo, em um tempo só, os três a carregam juntos ao tórax.

17.2.4 Transporte com quatro socorristas


Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima impedindo
qualquer tipo de deslocamento.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 82
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

18 CORPOS ESTRANHOS NO ORGANISMO

Corpos estranhos são pequenas partículas de vidro, de madeira, de poeira, de carvão, de


areia ou de limalha, bem como de grãos diversos, de sementes, de insetos, de mosquitos, de
formigas, de moscas, de besouros, que podem penetrar nos olhos, nariz e ouvidos. Crianças
pequenas podem, acidentalmente, introduzir objetos nas cavidades do corpo, em especial no nariz,
na boca e nos ouvidos. Estes objetos são, na maioria das vezes, peças de brinquedos, sementes,
moedas, bolinhas de papel e grampos. Se houver asfixia, a vítima apresentará pele azulada e
respiração difícil ou ausente.
Assim, corpo estranho pode ser qualquer material, que entrando em contato com algum local
do organismo (olhos, nariz, garganta, pele) pode causar desconforto, ferimento ou prejuízo de
alguma função.

Um cisco, uma farpa no dedo, um inseto dentro do ouvido, uma espinha de peixe entalada na
garganta, um corpo estranho no nariz, a primeira vista, são situações corriqueiras e de fácil solução
que, às vezes, a pessoa que presta os primeiros socorros ou a própria vítima pode resolver. Outras
vezes, porém estas situações podem provocar problemas sérios, exigindo atendimento
especializado.
Quando há a presença de um corpo estranho, é de fundamental importância conhecer
técnicas apropriadas para cada caso e agir de acordo com elas.

18.1 Corpo Estranho nos Olhos

Os olhos são muito delicados e, se atingidos por poeira, areia, insetos ou outros pequenos
corpos estranhos, estes podem sofrer irritação, inflamações e ferimentos mais sérios podendo até as
vezes acarretar na perda de visão. Mesmo pequenos cortes ou arranhões infeccionam e prejudicam
a visão se não forem bem cuidados.

São frequentes também os acidentes causados por brinquedos pontiagudos ou que lancem
projéteis, por exemplo, espingardas de chumbinho, atiradeiras e arco e flecha.

Se algum corpo estranho ficar encravado no globo ocular, não tente retirá-lo.

18.1.1 Procedimentos

Quando um corpo estranho entrar em contato com os olhos deve-se:

• Lavar os olhos atingido com água ou soro fisiológico em abundância.


• Protegê-lo com gaze ou um pano limpo (de preferência com um curativo macio),
mesmo que o corpo estranho lá permaneça.
CURSO PRIMEIROS SOCORROS
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 83
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

• Cobrir também o olho não atingido para evitar qualquer movimento do olho afetado.
• Caso necessário, deve-se encaminhar imediatamente a pessoa para o socorro
médico.

Não permita, de forma alguma, que a vítima esfregue o olho afetado, já que esse movimento
pode aumentar o ferimento

18.2 Corpo Estranho na Pele

Quando corpos estranhos ficam encravados na pele, podem causar ferimentos e infecções.
Deve-se remover o corpo estranho com uma pinça limpa ou agulha flambada (aquecida em uma
chama até ficar em brasa). Nunca use canivete ou faca.
Se o corpo estranho estiver muito encravado e difícil de retirar, encaminhe a vítima ao pronto-
socorro. Não esqueça, mesmo em casos leves, é melhor encaminhar o paciente ao serviço médico,
do que agravar a lesão, principalmente, porque não configura uma emergência.
Em qualquer caso de ferimento da pele faça uma limpeza com água e sabão e adote as
medidas apropriadas aos casos de ferimento.

18.3 Corpo Estranho no Ouvido

A presença de um corpo estranho no ouvido, geralmente, não se constitui em um problema


de urgência e, por isso, não há necessidade de afobação ou desespero. Caso o objeto introduzido

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 84
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

esteja obstruindo totalmente o ouvido, a vítima sentirá um pequeno mal-estar por ouvir menos. Deste
modo, a ida ao médico poderá ser providenciada com calma.

Quando o corpo estranho for um inseto, este provocará um ruído que desespera a vítima,
podendo gerar estado de inquietação e de irritabilidade. Neste caso, deve-se agir rápido para aliviar
de imediato a vítima.

18.3.1 Procedimentos

18.3.1.1 Retirada de Inseto

Caso o corpo estranho seja um inseto:

• Deve-se puxar a orelha para trás e dirigir o facho de luz, sendo uma lanterna, por
exemplo, para o canal auditivo. Isso serve para atrair o inseto. O inseto atraído pela
luminosidade, deverá sair com certa facilidade.

• Caso o inseto permaneça no ouvido, pingue uma gota de azeite e procure atendimento
médico para que possa ser realizada uma lavagem do ouvido e a consequente
retirada de inseto.

18.3.1.2 Retirada de Grãos de Cereais ou Fragmentos Metálicos

Caso o corpo estranho seja um grão de cereal ou algum fragmento metálico, para retirá-lo
deve-se:

• Inclinar a cabeça da vítima para baixo e para o lado do ouvido atingido.

• Com o punho ou a vítima ou o socorrista devem dar leves toques na cabeça no lado
do ouvido afetado pelo corpo estranho.

Não se deve tentar retirar corpo estranho do ouvido com cotonete, pinça ou outro
instrumento qualquer, pois corre-se o risco de empurrá-lo ainda mais para dentro. Ele pode
atingir o tímpano, perfurando-o, podendo provocar até surdez.

18.4 Corpo Estranho no Nariz

Quando o órgão em que se encontra um corpo estranho for o nariz, deve-se comprimir a
narina que esteja livre e pedir que a vítima mantenha a boca fechada e tente expelir ar pela narina
tampada.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 85
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

É necessário avisar a vítima para que não assoe o nariz com muita violência. Isto poderia ferir
a cavidade nasal.

Em nenhuma hipótese deve-se introduzir algum instrumento na narina atingida. Isso


pode provocar outras complicações ou empurrar o que está obstruindo ainda mais para
dentro.

É comum crianças muito pequenas introduzirem corpos estranhos no nariz. Se a pequena


vítima não souber assoar o nariz sozinha, deve-se encaminhar a criança ao pronto-socorro
imediatamente, pois o objeto pode estar prejudicando a respiração.

18.5 Corpo Estranho na Garganta

Um corpo estranho localizado na garganta pode provocar obstrução (completa ou incompleta)


das vias aéreas.

Na obstrução incompleta, o ar continua passando pelas cordas vocais e a vítima consegue


emitir sons e tossir. Já na obstrução completa, o ar deixa de passar pelas cordas vocais e a vítima,
além de não emitir qualquer tipo de som, apresenta uma coloração arroxeada. Em qualquer das duas
situações, a primeira providência a se tomar é acalmar a vítima, para que se possa proceder da
forma mais eficaz.

18.5.1 Procedimentos

18.5.1.1 Obstrução incompleta

Em casos de obstrução incompleta deve-se:

• Encorajar a vítima a tossir para expelir o corpo estranho sem, no entanto, bater nas
costas desta.

• Encaminhá-la para atendimento médico, caso a medida adotada não surta efeito.

18.5.1.2 Obstrução Completa (Vítima Consciente)

Em casos de obstrução completa em uma vítima consciente deve-se:

• Abraçar a vítima pelas costas, posicionando as mãos acima do umbigo dela.

• Realizar compressões para dentro e para cima do abdome da vítima, observando se


ela expele o corpo estranho.

É importante saber que sendo esta vítima uma gestante ou uma pessoa obesa, as
compressões devem ser feitas no tórax, no mesmo local da massagem cardíaca (o osso esterno, na
linha entre os mamilos).

Se a manobra das compressões não der resultado, provavelmente, a vítima perderá a


consciência, pela falta de oxigênio no cérebro.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 86
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

18.5.1.3 Obstrução Completa (Vítima Inconsciente)

Caso a vítima de obstrução completa fique inconsistente, será necessário:

• Deitá-la no chão (de barriga para cima).


• Posicionar as mãos sobre o umbigo dela e realizar cinco compressões no abdome,
para dentro e para cima, tentando expulsar o corpo estranho.
• Logo após a quinta compressão, abrir a boca da vítima e tentar visualizar o corpo
estranho.
• Se conseguir vê-lo, procurar retirá-lo, passando o dedo indicador (protegido) pela
lateral do objeto e puxando-o de trás para frente.

Mesmo após a expulsão do corpo estranho, a vítima pode continuar inconsciente. Nesse
caso, deve-se verificar se a respiração e pulso da vítima, para identificar se a pessoa está em parada
cardiorrespiratória. Estando a vítima em Parada Cardiorrespiratória, é preciso iniciar os
procedimentos cabíveis.

18.5.1.4 Obstrução em Bebês

Para desobstruir as vias aéreas de um bebê deve-se:

• Sentar-se e apoiar o braço direto sobre a perna direita ou braço esquerdo sobre a
perna esquerda.
• Colocar o bebê sobre o braço apoiado, de barriga para baixo e ligeiramente inclinado.
• Com a mão, manter a boca do bebê aberta, para desobstruir as vias aéreas.
• Dar cinco palmadas nas costas do bebê, no sentido do chão.
• Se a manobra não surtir efeito, virar o bebê, de barriga para cima, apoiado no outro
braço, mantê-lo ligeiramente inclinado e fazer cinco compressões no tórax, usando
apenas dois dedos, na mesma região da massagem cardíaca externa.
• Verificar se há algum corpo estranho na boca do bebê e proceder da mesma forma
que com um adulto. (Retirando de dentro para fora).
• Repita a manobra quantas vezes forem necessárias.
• Providenciar socorro médico ou remoção realizando a manobra de reanimação
durante o transporte.

Nunca se deve introduzir o dedo na boca de uma vítima consciente, quando o corpo
estranho não estiver visível.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 87
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

19 AVC - ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL / DERRAME

O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, pode
ser de dois tipos:

a) Acidente Vascular Isquêmico – falta de circulação nem uma área do cérebro


provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou
embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol
elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes.

b) Acidente Vascular Hemorrágico – sangramento cerebral provocado pelo rompimento


de uma artéria ou vaso sanguíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na
coagulação do sangue, traumatismos. Pode ocorrer em pessoas mais jovens e a
evolução é mais grave.

19.1 Sinais e Sintomas

a) Acidente Vascular Isquêmico

• Perda repentina da força muscular e/ou da visão;


• Dificuldade de comunicação oral;
• Tonturas;
• Formigamento nem um dos lados do corpo;
• Alterações da memória.

Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios, sendo denominado de ataque
isquêmico transitório (AIT). Nem por isso tais situações deixam de exigir cuidados médicos
imediatos.

b) Acidente Vascular Hemorrágico

• Dor de cabeça;
• Edema cerebral;
• Aumento da pressão intracraniana;
• Náuseas e vômitos;
• Déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 88
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

19.2 Recomendações

• Controle a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Hipertensos e diabéticos


exigem tratamento e precisam de acompanhamento médico permanente. Pessoas
com pressão e glicemia normais raramente têm derrames;
• Procure manter abaixo de 200 o índice do colesterol total. Às vezes, só se consegue
esse equilíbrio com medicamentos. Não os tome nem deixe de tomá-los por conta
própria. Ouça sempre a orientação de um médico;
• Adote uma dieta equilibrada, reduzindo a quantidade de açúcar, de gordura, de sal e
de bebidas alcoólicas;
• Não fume. Está provado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes
vasculares;
• Estabeleça um programa regular de exercícios físicos. Faça caminhadas de 30
minutos diariamente;
• Informe seu médico se em sua família houver casos doenças cardíacas e neurológicas
como o AVC;
• Procure distrair-se para reduzir o nível de estresse. Encontre os amigos, participe de
atividades culturais, comunitárias, etc.

19.3 Fatores de risco

Os fatores de risco para AVC são os mesmos que provocam ataques cardíacos, como:

• Hipertensão arterial;
• Colesterol elevado;
• Fumo;
• Diabetes;
• Histórico familiar;
• Ingestão de álcool;
• Vida sedentária;
• Excesso de peso;
• Estresse.

19.4 Procedimentos

Acidente vascular cerebral é uma emergência médica. O paciente deve ser encaminhado
imediatamente para atendimento hospitalar. Trombolíticos e anticoagulantes podem diminuir a
extensão dos danos. A cirurgia pode ser indicada para retirar o coágulo ou êmbolo (endarterectomia),
aliviar a pressão cerebral ou revascularizar veias ou artérias comprometidas.
Infelizmente, células cerebrais não se regeneram nem há tratamento que possa recuperá-las.
No entanto, existem recursos terapêuticos capazes de ajudar a restaurar funções, movimentos e fala
e, quanto antes começarem a ser aplicados, melhores serão os resultados.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 89
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

20 TELEFONES ÚTEIS

CORPO DE BOMBEIROS (RESGATE) ......................................................................... 193


AMBULÂNCIA SAMU .................................................................................................... 192
POLÍCIA MILITAR .......................................................................................................... 190
POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL. ................................................................................191
CENTRO DE INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS ...................................... 0800-643-5252
EM CASO DE INTOXICAÇÃO LIGUE .......................................................... 0800-721-3000

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 90
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br

21 REFERÊNCIAS

AYRES, J. A., NITSCHE, M. J. T. - Primeiros socorros: guia básico. São Paulo: UNESP, 2000, 33
p.
Caderno de Primeiros Socorros – Cruz Vermelha Brasileira – São Paulo - 1996
CARDOSO, Telma Abdalla de Oliveira, Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação
Oswaldo Cruz, 2003. Printed in Brazil
FORD. Atendimento pré-hospitalar: suporte básico da vida. São Bernardo do Campo, SP, [s.d.].
39 p.
Manual de Fundamentos de Bombeiros / Corpo de Bombeiros - São Paulo – 1998.
MANUAL, Primeiros Socorros, como agir em situações de emergência, Rio de Janeiro, 2002 –
Senac.

CURSO PRIMEIROS SOCORROS


Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 91

Você também pode gostar