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A Pérola

“A pérola” é uma novela do escritor John Steinbeck. John Ernest Steinbeck Jr era um escritor
norte americano que nasceu na Califórnia a 27 de fevereiro de 1902 e faleceu 20 de
dezembro de 1968 em Nova Iorque. Assim que acabou o liceu, foi estudar para a
universidade de Stanford, onde precisou de trabalhar em vários sítios para poder a
pagar. Em 1925 tornou-se jornalista, pois procurava um editor para os seus livros ainda
não escritos. Em 1932 e 1933, publicou os seus dois primeiros livros, mas mesmo assim
não conseguiu assegurar a profissão de escritor.
Nos anos seguintes criou os seus três romances mais importantes: “Luta Incerta” em
1936, “Ratos e Homens” em 1937 e “As vinhas da Ira” em 1939, que considera a sua
obra-prima.
Desde aí, John escreveu dezenas de obras, das quais algumas apenas foram publicadas
após a sua morte. Também recebeu bastantes prémios graças às suas criações, sendo
um deles um Óscar de melhor história pelo filme “Um barco e nove destinos”, e um
prémio nobel da literatura em 1962 devido á sua maneira realista e imaginativa de
escrever.
Antes de explicar o enredo da história temos de saber quem são as personagens que aparecem
neste livro. Este livro é constituído por 3 personagens principais, Kino, um homem mexicano,
Juana sua mulher e Coyotito, o seu único filho. Ao longo do livro vão aparecendo mais
personagens, como Juan Tomas irmão de Kino e sua mulher Apolónia, um médico e o seu
ajudante, o povo da cidade, 4 avaliadores de perolas, uns quantos assaltantes e 3 batedores.

Conhecendo já as personagens, podemos então passar á ação. Este livro conta a história de
uma família de pescadores mexicanos com bastantes problemas financeiros. Esta família vivia
numa pequena cabana numa cidade chamada La Paz. Um dia quando Coyotito estava no
caixote onde dormia, este foi picado por um escorpião, e mesmo tendo a mãe sugado grande
parte deste veneno, a criança ficou bastante doente pois o veneno espalhou-se pelo seu
sangue, o que fez com que os pais levassem a criança a um médico. Mas nesta altura os
médicos só queriam dinheiro por isso o medico ao olhar para o apesto dos pais percebeu que
estes eram pobres e não quis auxiliar a criança.

Para além de pescadores os pais eram também procuradores de pérolas, por isso rezaram a
Deus para Deus os ajudar a encontrar uma pérola grande suficiente para poderem pagar o
tratamento do filho, e conseguiram encontrar essa pérola, a ostra onde esta pérola foi
encontrada, foi descrita de uma maneira bastante mais aprofundada do que as outra, passo a
citar o excerto da página 21 “uma ostra muito grande, isolada, sem irmãs suas agarradas a ela.
A concha estava parcialmente aberta, porque a saliência protegia aquela ostra antiga, e, no
manto semelhante a um lábio, Kino vislumbrou um brilho, antes que a concha se fechasse”.
Quando o medico soube destas notícias, foi logo a correr para ajudar a criança e depois de a
curar pediu a sua recompensa, mas como nesse dia Kino ainda não tinha ido trocar a pérola
pelo dinheiro, este iria receber o seu pagamento no dia seguinte, e é aí quando começa a
desordem total.

No início do livro, o narrador fala nos sobre uma canção da família, que Kino ouve sempre que
está a passar um bom tempo com família, e ao longo do livro fala-nos de mais duas canções, a
canção da perola, que era uma canção que lhe dava esperança felicidade quando via a perola,
e a canção do mal que como indica o nome é uma canção que aparece quando vai acontecer
algo de mal, como uma espécie de presságio trágico. Ao longo da obra há inúmeros presságios
trágicos, como conseguimos ver por exemplo na página 37, quando Juana diz “aquela perola é
como um pecado, vai destruir nos” de seguida Juana diz para Kino atirar a perola ao mar
porque esta dá azar, mas este já cego pela possibilidade de se tornar rico e poder dar um bom
ensino ao filho ignora os avisos de Juana levando ao fim trágico da obra.

Continuando o resumo da história, depois do encontro com o medico Kino escondeu a perola
para que esta não lha fosse roubada durante a noite, e assim que acordou no dia seguinte foi
tentar troca-la por dinheiro, mas nenhum dos quatro avaliadores quis pagar mais do que 1500
pesos pela perola pois, apesar de ser grande era desajeitada, o que a torna uma curiosidade e
não uma relíquia. Kino não aceitou este dinheiro e disse que ia a capital procurar uma oferta
melhor, e é durante esta viagem que acontece algo trágico que o faz atirar a perola de novo
para o mar, mas para saber o que esse algo trágico é vão ter de ler a obra.

Ao longo do texto são abordados vários tópicos que eram bastante comuns, tanto na
época em que o livro foi escrito como na atualidade.
O primeiro é a ganância do médico, como vemos na seguinte passagem da página 15
“Ele tem dinheiro? -perguntou o médico- Não, eles nunca têm dinheiro. Eles acham
que eu, apenas eu, tenho de trabalhar de graça… e eu estou farto disso. Vai ver se ele
traz dinheiro!”. Ainda na mesma página percebemos também que o médico é racista,
quando o médico diz e passo a citar “E eu não tenho mais nada que fazer senão curar
picadas de insetos dos «pobres indios»? Eu sou médico não sou veterinário”,
comparando assim coyotito a um animal.
Também é possível verificar a presença de materialismo ao longo do texto por parte de
Kino, que apesar de ser algo normal para um pobre índio ou qualquer outra pessoa,
dava demasiada importância à perola, o que lhe causou bastantes desastres e fez com
que se tornasse uma pessoa agressiva e violenta.
Um dos aspetos que achei mais importante foi a lealdade Juan para com Kino. Apesar
dos perigos que Juan podia correr, ele não hesita em ajudar o seu irmão como poderão
ver caso leiam a obra. Acho até que possa ser uma mensagem do autor para que o
leitor seja o mais atencioso possível e ajude sempre a sua família em qualquer
circunstância.
Eu acho que a mensagem que John Steinback queria passar ao leitor, é para este não
ser materialista, e que o dinheiro não é tudo, e não devia ser a prioridade nas nossas
vidas, o que faz com que esta obra seja importante ainda na atualidade.
Eu escolhi este livro pois, acho interessante este tipo de histórias que envolvem um
pouco de mistério, ação e suspense. É um ótimo livro que tanto nos conta uma triste,
mas bela história sobre uma família e os problemas que até hoje encontramos. Tal
como o autor refere na Sinopse: “A Pérola constitui uma inesquecível parábola poética
sobre as grandezas e as misérias do mundo em que vivemos”
Admito que quando comecei a ler este livro não estava muito empolgada, porque a
sua introdução não é muito cativante, porque é muito descritiva, a introdução conta
um pouco sobre a história e a rotina de kino, descreve a casa onde eles vivem e
pessoalmente não adoro esse tipo de descrições. Pensei até em desistir do livro, mas
não podia julgar um livro só pelas suas primeiras dez páginas, por isso continuei a ler, e
achei o livro bastante interessante. No resto do livro não haviam grandes discrições,
sem ser no inicio de cada capitulo, mas isso é normal. Acho também que o último
capitulo foi um pouco forçado, não me pareceu natural a forma com que o livro
acabou e parecia que o autor queria só acabar o livro e arranjou uma forma rápida de
o fazer, mas não acho que tenha feito grande sentido, e acho até que faltam uns
quantos pormenores, como por exemplo como é que ele paga ao médico se atira a
pérola de novo para o mar.
Mas para além destes aspetos gostei bastante do livro e recomendo a todos que o
leiam

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