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Lição 01 02/07/2022

Plano e Propósito de Deus com a Nação


Judaica
Verso Áureo: Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o
SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Jeremias
29:11.

1) No que os judeus fundamentaram suas esperanças por mais de um milênio?


Porém, quando Ele veio, o que aconteceu?

Por mais de mil anos aguardara o povo judeu a vinda do Salvador. Nesse
acontecimento fundamentara suas mais gloriosas esperanças. No cântico e na profecia,
no ritual do templo e nas orações domésticas, haviam envolvido o Seu nome.
Entretanto, por ocasião de Sua vinda, não O conheceram. O Bem-Amado do Céu foi
para eles ”como raiz duma terra seca”; não tinha ”parecer nem formosura” (Isa. 53:2);
e não Lhe viam beleza nenhuma para que O desejassem. ”Veio para o que era Seu, e os
Seus não O receberam.” João 1:11. DTN 27.

2) Com que propósito Deus separou a descendência de Abraão? O que é tornado


evidente pelos profetas? Deuteronômio 4:5-8; 26:18-19.

Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor meu
Deus; para que assim façais no meio da terra a qual ides a herdar. Guardai-os pois, e
cumpri-os, porque isso será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os
olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é
nação sábia e entendida. Pois, que nação há tão grande, que tenha deuses tão
chegados como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que o invocamos? E que nação
há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje
ponho perante vós?
Deuteronômio 4:5-8.

E o Senhor hoje te declarou que tu lhe serás por seu próprio povo, como te tem dito,
e que guardarás todos os seus mandamentos.
Para assim te exaltar sobre todas as nações que criou, para louvor, e para fama, e
para glória, e para que sejas um povo santo ao Senhor teu Deus, como tem falado.
Deuteronômio 26:18,19

Todavia Deus escolhera a Israel. Ele o chamara para conservar entre os homens
o conhecimento de Sua lei, e dos símbolos e profecias que apontavam ao Salvador.
Desejava que fosse como fonte de salvação para o mundo. O que Abraão fora na terra
de sua peregrinação, o que fora José no Egito e Daniel nas cortes de Babilônia, devia ser
o povo hebreu entre as nações. Cumpria-lhe revelar Deus aos homens.
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Na vocação de Abraão, Deus dissera: ”Abençoar-te-ei, ... e tu serás uma bênção
... e em ti serão benditas todas as famílias da Terra.” Gên. 12:2 e 3. O mesmo ensino foi
repetido pelos profetas. Ainda depois de Israel haver sido arruinado por guerras e
cativeiros, pertencia-lhe a promessa: ”Então os restos de Jacó estarão no meio de
muitos povos, como um orvalho que vem do Senhor, e como gotas de água que caem
sobre a erva, sem dependerem de ninguém, e sem esperarem nada dos filhos dos
homens.” Miq. 5:7. A respeito do templo de Jerusalém, o Senhor declarou por intermédio
de Isaías: ”Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.” Isa. 56:7.
DTN 27.

3) O que se seguia a toda reforma em Israel? Se houvessem sido leais a Deus, o


que teria se realizado?

Mas os israelitas fixaram suas esperanças em mundanas grandezas. Desde o


tempo de sua entrada na terra de Canaã, apartaram-se dos mandamentos de Deus e
seguiram os caminhos dos gentios. Era em vão que Deus enviava advertências por
Seus profetas. Em vão sofriam eles o castigo da opressão gentílica. Toda reforma era
seguida de mais profunda apostasia.
Houvessem os filhos de Israel sido leais ao Senhor, e Ele teria podido cumprir Seu
desígnio, honrando-os e exaltando-os. Houvessem andado nos caminhos da
obediência, e tê-los-ia exaltado ”sobre todas as nações que fez, para louvor, e para
fama, e para glória” Deut. 26:19. ”Todos os povos da Terra verão que és chamado pelo
nome do Senhor”, disse Moisés; ”e terão temor de ti.” Deut. 28:10. ”Os povos ... ouvindo
todos estes preceitos” dirão: ”Eis um povo sábio e inteligente, uma nação grande.”
Deut. 4:6. Devido a sua infidelidade, porém, o desígnio de Deus só pôde ser executado
através de contínua adversidade e humilhação. DTN 28.

4) (A) Como ficaram durante o cativeiro babilônico? (B) O que era o sistema de
sacrifícios dos pagãos? (C) Qual oportunidade tiveram os judeus fiéis?
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Foram levados em sujeição a Babilônia, e espalhados pelas terras dos pagãos.
Em aflição renovaram muitos sua fidelidade ao concerto de Deus. Enquanto
penduravam suas harpas nos salgueiros, e lamentavam o santo templo posto em
ruínas, a luz da verdade brilhava por meio deles, e difundia-se entre as nações o
conhecimento de Deus. O pagânico sistema de sacrifícios era uma perversão do
sistema que Deus indicara; e muitos dos sinceros observadores dos ritos pagãos
aprenderam dos hebreus o significado do serviço divinamente ordenado, apoderando-
se, com fé, da promessa do Redentor. DTN 28.
Na aflição, muitos deles se arrependeram de suas transgressões e buscaram
ao Senhor. Dispersos pelos países dos gentios, disseminaram largamente o
conhecimento do verdadeiro Deus. Os princípios da lei divina entraram em conflito
com os costumes e práticas das nações. Os idólatras buscaram esmagar a fé
verdadeira. Em Sua providência, o Senhor pôs Seus servos Daniel, Neemias e Esdras,
face a face com reis e governadores, para que esses idólatras tivessem oportunidade de
receber a luz. Assim a obra que Deus dera a Seu povo na prosperidade, dentro de
suas fronteiras, mas que fora negligenciada devido à infidelidade, teve de ser por
eles realizada em cativeiro, sob grande provação e dificuldades. (Ano: 1885). 5 TI
455.

5) (A) O que sofreram muitos exilados? (B) De qual mal foram realmente curados?
(C) Por qual motivo muitos buscavam obedecer a Deus? (D) De que forma foram
mal interpretadas as instruções mosaicas?

Muitos dos exilados sofreram perseguição. Não poucos perderam a vida em


virtude de sua recusa de violar o sábado e observar as festividades pagãs. Quando
idólatras se levantaram para esmagar a verdade, o Senhor levou Seus servos à
presença de reis e governadores, para que estes e seu povo pudessem receber a luz.
Repetidamente os maiores reis foram levados a proclamar a supremacia do Deus a
quem seus cativos hebreus adoravam.
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Mediante o cativeiro de Babilônia, os israelitas foram realmente curados do culto
de imagens de escultura. Durante os séculos que se seguiram, sofreram opressão de seus
inimigos gentios, até que se firmou neles a convicção de que sua prosperidade dependia
da obediência prestada à lei de Deus. Mas com muitos deles a obediência não era
motivada pelo amor. Tinham motivo egoísta. Prestavam a Deus um serviço exterior
como meio de atingir a grandeza nacional. Não se tornaram a luz do mundo, mas
excluíram-se do mundo a fim de fugir à tentação da idolatria. Nas instruções dadas a
Moisés, Deus estabeleceu restrições à associação deles com os idólatras; estes ensinos,
porém, haviam sido mal interpretados. Visavam preservá-los contra as práticas dos
gentios. Mas foram usados para estabelecer uma parede de separação entre Israel e
todas as outras nações. Os judeus consideravam Jerusalém como seu Céu, e tinham
reais ciúmes de que Deus mostrasse misericórdia aos gentios. DTN 28.

6) O que aconteceu depois da volta de Babilônia?

Depois da volta de Babilônia, foi dispensada muita atenção ao ensino religioso.


Ergueram-se por todo o país sinagogas, nas quais a lei era exposta pelos sacerdotes e
escribas. E estabeleceram-se escolas que, ao par das artes e ciências, professavam
ensinar os princípios da justiça. Esses agentes perverteram-se, porém. Durante o
cativeiro, muitos do povo haviam adquirido idéias e costumes pagãos, os quais foram
introduzidos em seu culto. Conformaram-se, em muitos aspectos, com as práticas dos
idólatras. DTN 29.

7) (A) O que perderam de vista em grande parte? (B) O que fizeram a fim de repor
o que haviam perdido? (C) Em que situação ficaram as pessoas? Mateus 23:4.
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Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens;
eles, porém, nem com seu dedo querem movê-los;
Mateus 23:4.
À medida que se apartavam de Deus, os judeus perderam de vista em grande
parte os ensinos do serviço ritual. Esse serviço fora instituído pelo próprio Cristo. Era,
em cada uma de suas partes, um símbolo dEle; e mostrara-se cheio de vitalidade e
beleza espiritual. Mas os judeus perderam a vida espiritual de suas cerimônias,
apegando-se às formas mortas. Confiavam nos sacrifícios e ordenanças em si
mesmos, em lugar de descansar nAquele a quem apontavam. A fim de suprir o que
haviam perdido, os sacerdotes e rabis multiplicavam exigências por sua conta; e quanto
mais rígidos se tornavam, menos manifestavam o amor de Deus. Mediam sua santidade
pela multidão de cerimônias, ao passo que tinham o coração cheio de orgulho e
hipocrisia.
Com todas as suas minuciosas e enfadonhas imposições, era impossível
guardar a lei. Os que desejavam servir a Deus, e procuravam observar os preceitos
dos rabinos, arrastavam um pesado fardo. Não podiam encontrar sossego das
acusações de uma consciência turbada. Assim operava Satanás para desanimar o
povo, rebaixar sua concepção do caráter de Deus, e levar ao desprezo a fé de Israel.
Esperava estabelecer a pretensão que manifestara quando de sua rebelião no Céu -
que as reivindicações de Deus eram injustas, e não podiam ser obedecidas. Mesmo
Israel, declara ele, não guardava a lei. DTN 29.

8) De qual conceito lhes faltava uma visão clara e que caminho foi preparado?

Ao passo que os israelitas desejavam o advento do Messias, não tinham um reto


conceito da missão que Ele vinha desempenhar. Não buscavam redenção do pecado,
mas libertação dos romanos. Olhavam o Messias por vir como um conquistador, para
quebrar a força do que os oprimia, e exaltar Israel ao domínio universal. Assim estava
preparado o caminho para rejeitarem o Salvador. DTN 30.
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9) Em que condição estava a nação ao tempo do nascimento de Cristo? Em que
situação se encontrava o cargo de sumo-sacerdote?

Ao tempo do nascimento de Cristo, a nação estava irritada sob o governo de


seus dominadores estrangeiros, e atormentada por lutas internas. Fora permitido aos
judeus manterem a forma de um governo separado; mas coisa alguma podia
disfarçar o fato de se acharem sob o jugo romano, ou reconciliá-los com a restrição
de seu poder. Os romanos pretendiam o direito de indicar ou destituir o sumo
sacerdote, e o cargo era muitas vezes obtido pela fraude, o suborno e até pelo
homicídio. Assim o sacerdócio se tornava mais e mais corrupto. Todavia os sacerdotes
ainda ostentavam grande poder, e o empregavam para fins egoístas e mercenários. O
povo estava sujeito a suas desapiedadas exigências, e era também pesadamente
onerado pelos romanos. Esse estado de coisas causava geral descontentamento. Os
levantes populares eram freqüentes. A ganância e a violência, a desconfiança e
apatia espiritual estavam corroendo o próprio âmago da nação. DTN 30.

10) O que o povo ansiava? O que não observaram nas profecias?

O ódio dos romanos, bem como o orgulho nacional e espiritual, levaram os


judeus a apegar-se ainda rigorosamente a suas formas de culto. Os sacerdotes
tentavam manter reputação de santidade mediante escrupulosa atenção às cerimônias
religiosas. O povo, em seu estado de trevas e opressão, e os príncipes, sedentos de poder,
ansiavam a vinda dAquele que havia de vencer seus inimigos e restaurar o reino a Israel.
Eles tinham estudado as profecias, mas sem percepção espiritual. Esqueciam, portanto,
os textos que apontavam à humilhação do primeiro advento de Cristo, e aplicavam mal
os que falavam da glória do segundo. O orgulho lhes obscurecia a visão. Interpretavam
a profecia segundo seus desejos egoístas. DTN 30.

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