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"Para Que Eles Sejam Um, Assim Como Nós Somos Um" –

Volume 2
por T. Austin-Sparks

Reunião 31 – O Espírito Santo Veio Especialmente para o Propósito de Criar


uma Ordem Espiritual de Coisas

Trigésima primeira Reunião


( Fevereiro 28, 1964 A.M )

Esta manhã vamos para o que sinto ser uma das mensagens mais importantes que
temos ido dando. Temos visto que a Carta aos Gálatas é a concentração da grande
mudança que deu lugar com a vinda do Senhor Jesus. Isto é, que a vinda de Cristo
a este mundo mudou as dispensações, e mudou inteiramente a natureza das
coisas. Todo o sistema do Judaísmo que tinha existido até o tempo de Sua vinda,
foi deixado de lado quando Ele veio. Desde aquele momento, como Ele disse, uma
nova ordem foi introduzida, e isso é representado pela Sua frase repetitiva, “a hora
vem e agora é”. Nesta manhã, vamos considerar a natureza essencial dessa grande
divisão. Como a nova dispensação e a nova ordem diferem da velha. Isto é um
assunto de suprema importância para nós nesta manhã, e para todos os cristãos,
se apenas o aceitarem, porque o Cristianismo tal como o conhecemos, tem sido
largamente constituído sobre a velha dispensação. A grande diferença entre a velha
e a nova não tem sido completamente reconhecida. Então, vamos para o assunto e
tentemos entender a diferença entre a velha e a nova.

A natureza obvia da velha dispensação judaica era toda na esfera dos sentidos
naturais. Em primeiro lugar, era na esfera dos sentidos físicos. Tudo era um
assunto de ver com o olho físico, ouvir com o ouvido físico, sentir com a mão física.
Era algo que podia ser apalpado, algo que era tangível, algo no que você podia
colocar a mão. E também era uma questão de cheirar fisicamente. A oferenda e o
incenso eram uma questão de olfato físico. Eles podiam cheirar o doce incenso. E
assim também era um assunto do paladar físico. Todas as festas dos judeus eram
um assunto do paladar. Isso não precisa de argumento; isso é perfeitamente claro
e simples. para começar, todo o sistema deles repousava sobre os sentidos físicos.

Mas não ficou aí, também foi até a esfera da alma. Entendemos a alma como sendo
composta de três coisas, razão, emoção e vontade, aquilo que apela à razão
natural, ao sentimento natural, e à vontade natural. Logo você vê que o corpo e a
alma governava tudo. Deus deu a eles um tabernáculo que eles podiam ver e
manusear; Deus lhes deu o incenso que eles podiam cheirar; Deus lhes deu as
festas que eles podiam experimentar; no entanto, eles estavam cegos para o
significado destas coisas. Em resumo, essa era a natureza de tudo no velho sistema
judaico.

Passemos a ver a diferença na nova ordem espiritual. Qual é a natureza essencial


daquilo que tem vindo com Jesus Cristo? É uma ordem espiritual. Não é mais um
assunto dos sentidos naturais. Toda esta nova ordem começa num outro ponto.
Estamos nos mantendo bem perto da Carta aos Gálatas. Suponho que não seria
justo se fosse perguntar a você quantos têm lido a Carta aos Gálatas durante esta
semana. Uma das vantagens de conhecer a Palavra de Deus é que você será capaz
de ver o que é certo. Existem muitas outras vantagens. Mas nesta Carta aos
Gálatas, a palavra “Espírito” ocorre doze vezes, e essa é bem largamente a chave
para esta carta. Não é mais segundo a carne, é agora segundo o Espírito. Isto é,
que o que tem vindo é essencialmente uma dispensação espiritual.

Você lembrará nossa mensagem sobre as palavras do Senhor Jesus à mulher de


Samaria. Ela tinha dito, “a gente deve adorar nesta montanha, e vocês, judeus,
dizem que deve-se adorar em Jerusalém”. Jesus disse, “mulher, creia em Mim, a
hora vem, quando nem nesta montanha, nem em Jerusalém, adorarão ao Pai...
Deus é Espírito: e aqueles que O adoram devem adorá-Lo em espirito e em
verdade”. Essa é a natureza do que tem entrado com Jesus Cristo. Nós sabemos
pela Palavra de Deus, e confio pela nossa própria experiência, que homens não são
nascidos da carne em relação a Deus: mas eles são nascidos do Espírito. Não de
um homem mas do Espírito, aquilo que é nascido de Espírito, disse Jesus, “é
ESPÍRITO”.

Na Carta aos Hebreus, capítulo doze, o escritor fala do Pai de nossos espíritos. Ele
não é o Pai de nossos corpos. Ele não é o Pai de nossas almas naturais. Ele é o Pai
de nossos espíritos. Vamos retornar a isso mais tarde. Mas que é o que acontece
quando nascemos do Espírito? Qual é realmente a natureza do novo nascimento?
Isto é, claro, o próprio significado da vinda do Espírito Santo. O Espírito Santo veio
especialmente para o propósito de criar uma ordem espiritual de coisas. E ele
começa com o indivíduo. A palavra é para cada indivíduo, “você deve nascer de
novo”, e aquilo que é nascido do Espírito é espirito. O quê então acontece quando
nascemos do Espírito? Quando somos verdadeiramente nascidos do Espírito,
recebemos um novo conjunto de sentidos espirituais. Eles correspondem em
propósito aos velhos sentidos. Mas eles são espirituais e não físicos.

Nós, pelo Espírito Santo, recebemos uma nova faculdade de visão. Você sabe
quanto se fala no Novo Testamento sobre termos nossos olhos abertos. Jesus
apontou para este principio ao abrir os olhos ao cego. Ele estava ilustrando a
grande verdade espiritual que na nova criação, obtemos uma nova faculdade de
visão. E todo verdadeiro filho nascido de novo de Deus, deve ser capaz de dizer,
“eu era cego, mas agora vejo”. A verdade é que a primeira coisa acerca de um filho
de Deus é “agora vejo”. Os filhos de Deus têm recebido a faculdade da visão
espiritual. Vai por diferentes nomes no Novo Testamento. Algumas vezes é
chamado de discernimento espiritual. Outras vezes é entendimento espiritual. E
outras vezes é percepção espiritual. Mas seja o nome que for, significa a mesma
coisa. Agora vejo o que nunca era capaz de ver antes enquanto ao verdadeiro
significado das coisas Divinas. Nasci cego, mas o Espírito Santo realizou o grande
milagre de dar-me novos olhos.

Esta faculdade espiritual da visão nos introduziu num mundo totalmente novo, não
o mundo material, mas o mundo espiritual. Ouça o que o apóstolo Paulo diz sobre
isto, ele diz, “coisas que olhos não viram, coisas que ouvidos não ouviram, nem
coisas que penetraram o coração do homem, estas coisas Deus no-las revelou pelo
Seu Espírito”.

A primeira faculdade do novo nascimento é visão espiritual. Pode ver a diferença


entre a velha dispensação e a nova? Israel tinha todas estas coisas que eles podiam
ver com seus olhos. Eles podiam ver o tabernáculo ou o templo. Eles podiam ver os
sacerdotes e os sacrifícios. Eles podiam ver as festas. Mas eles estavam totalmente
cegos para o significado dessas coisas. E porque eles estavam cegos para o
significado, eles crucificaram Aquele que consumou todas elas. Não somente isto é
verdade da visão, é também verdade da audição. Na velha dispensação, eles
ouviam tudo com seus ouvidos naturais; mas eles estavam bem surdos para a Voz
de Deus. Não ia mais além do que o tímpano de seus ouvidos. Agora, na nova
ordem do Espírito, nos foi dada uma nova faculdade de audição. Nós cristãos,
temos uma forma de dizer, “o Senhor falou comigo”. Não estamos querendo dizer
que ouvimos alguma coisa com nossos ouvidos naturais. Nós sabemos o que
queremos dizer, “o Senhor falou comigo. Ouvi o Senhor falando em meu coração”;
isso quer dizer que temos recebido uma nova faculdade. E esta nova dispensação é
construída sobre este principio. Quando Jesus falou Suas parábolas, Ele acabou
dizendo isto, “aquele que tenha ouvidos, ouça” (Mat. 11:15). e você sabe que essa
era Sua própria Palavra para as sete igrejas na Asia. Depois Dele ter falado a essas
sete igrejas, Ele repetiu sete vezes, “aquele que tenha ouvidos, ouça o que o
Espírito diz”

Mas você deve lembrar que ao falar para as igrejas não foi com uma voz audível.
Essas igrejas não ouviram uma voz do céu com seus ouvidos naturais. Era o que “o
Espírito disse às igrejas”. E o falar espiritual é espiritual, não é físico. Poderíamos
ilustrar isto de muitas maneiras. Nós falamos do espirito para o espirito falar. Nos
encontramos com algum filho de Deus e não temos que dizer muito com nossos
lábios, mas sabemos que é um filho de Deus. Seu espirito fala a nosso espirito.
Temos uma língua espiritual. Sabemos que pertencemos à mesma família. Podemos
discernir o Espírito em um e outro. Temos esta nova faculdade da audição
espiritual. Não é audição exterior, mas é audição interior. E o que é verdade da
visão e audição é verdade de todos os demais sentidos.

Que diríamos sobre o olfato espiritual. Você sabe que é o olfato espiritual? Bem,
você somente precisa entrar em algumas atmosferas, ninguém tem que te dizer
alguma coisa, mas você percebe que algo está errado; você percebe que não há
vida aqui, é morte. Você percebe isto com sua faculdade espiritual do olfato. Você
pode se encontrar com outra pessoa. Você não tem que falar, ou eles não tem que
falar, mas você sabe que há suspeita nessa pessoa. Há prejuízo nessa pessoa. Há
um coração fechado nessa pessoa. Eles não estão abertos para você, eles estão
tentando te enganar, eles estão escondendo algo de você. Como você o sabe? Você
o cheira. É um sentido espiritual. É uma faculdade muito importante. Por esta
faculdade percebemos o que é do Senhor e o que não é do Senhor. Veja, o incenso
na velha dispensação era uma doce fragrância, era algo muito agradável. A
faculdade espiritual correspondente do olfato é, isto é muito agradável. Isto é algo
muito agradável ao Senhor. Isto é uma atmosfera de vida.

Por tanto, é um principio de direção. Quando você naturalmente vai num lugar
onde há um cheiro ruim, você tampa sua nariz e diz, deixe-me fora disto, isto é
nocivo. Tua nariz pode poupar tua vida de uma febre. Tua nariz pode poupar tua
vida de doenças. E isso é bem verdade na vida espiritual. Se este sentido espiritual
do olfato, ou esta faculdade para discernir espiritualmente estiver realmente
aguçado e vivo, saberíamos o que é vida e o que é morte. Saberíamos O que é
espiritualmente saudável e O que é espiritualmente nocivo. Não vou continuar a
seguir nisto. Apenas estou dizendo que quando nascemos de novo, nos é dado um
novo conjunto de faculdades espirituais. E assim como as faculdades físicas
governadas na velha dispensação, as faculdades espirituais são para governar na
nova dispensação.

Se você ler a Carta aos Corintios, você verá que a Carta está construída sobre esta
mesma diferença. Os cristãos de corinto estavam vivendo sobre a base das coisas
naturais, e eles não estavam vivendo na base de discernimento espiritual. Por isso
Paulo lhes disse, “o homem natural não recebe as coisas do Espírito de Deus”. O
homem natural não pode receber essas coisas, porque essas coisas são somente
discernidas espiritualmente. E a seguir ele acrescenta, “O que é espiritual discerne
todas as coisas, porém, ele mesmo não é discernido por ninguém”. Ele é o mistério
do mundo. Um homem e mulher espiritual é um mistério para o mundo, eles
simplesmente não entendem. Paulo o ilustra desta forma, “que homem conhece as
coisas de um homem, senão o espírito que nele está?” Se eu e você vamos
entender um ao outro como seres humanos, temos que ser seres humanos e ter
natureza humana. Outras ordens de criação não entendem a ordem humana.
Homens entendem um ao outro simplesmente porque eles são homens. Agora
Paulo diz desta mesma forma, “ninguém entende as coisas de Deus exceto o
Espírito de Deus que Nele está”.

Agora devo chegar a talvez a parte mais difícil de todas. Se você olhar a Carta aos
Hebreus, iremos a ela. Capítulo quatro e versículo doze começa desta maneira,
“porque a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais afiada do que uma espada de
dois gumes, e perfura até a divisão de alma e espírito, juntas e medula, e é apta
para discernir os pensamentos e intenções do coração”. Podemos deixar a segunda
metade do versículo pelo momento, e apenas olhar isto, “a palavra de Deus é viva
e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a
divisão de alma e espírito”. Veja como o versículo começa. Começa com uma
conjunção. Se refere a algo. Conecta com o que o escritor acabava de dizer. O que
ele tinha estado dizendo? Ele tinha estado falando sobre Israel no deserto, e a falha
de Israel em entrar na terra prometida. E diz, “se Josué lhes tivesse dado
descanso, ele não falaria depois de um outro descanso”. Ele está dizendo que Israel
segundo a carne falhou em entrar no descanso de Deus. Eles falharam em entrar
naquilo pelo que Deus os tinha tirado de Egito. Toda essa geração com a excepção
de dois homens morreram no deserto. E eles nunca chegaram até o propósito de
Deus na redenção. Essa é a declaração, esse é o pano de fundo, e logo você tem
esta conjunção. Pois, ou porque, a Palavra de Deus é viva e eficaz, penetra até a
divisão de alma e espírito. O que isso quer dizer? O Velho Israel viveu inteiramente
sobre a base da alma natural. Eles viveram inteiramente sobre a base daqueles
sentidos naturais. Tudo para eles era um assunto do que eles podiam ver e
manusear aqui na terra. Suas vidas era inteiramente uma vida da alma. E o escritor
diz, por causa disso eles falharam em entrar.

A Palavra de Deus corta limpo entre a alma e o espírito. A nova dispensação e o


novo povo que vai entrar em todos os propósitos de Deus devem ser um povo
espiritual, não um povo almático. Eles devem ser constituídos sobre a base dO que
é espiritual e não do que é natural. Toda esta carta aos Hebreus está construída
sobre a diferença entre o velho e o novo. Toma muito espaço para demonstrar
como o velho falha. A antiga lei falha, o antigo sacerdócio falha, os antigos
sacrifícios falham, o antigo tabernáculo falha, o antigo templo falha. Era uma
completa falha, porque foi construído sobre solo natural. O solo da alma.

Ora, o novo não vai falhar, a carta começa na nova ordem. Um Sumo Sacerdote
está nos Céus. O Único Sacrifício tinha sido oferecido para sempre, e assim por
diante. É tudo uma ordem espiritual. E a Palavra de Deus divide entre essas duas.
Quando você chega no final desta carta aos Hebreus, até o capítulo doze, o escritor
está dizendo isto, “nós tínhamos pais segundo a carne, que nos corrigiam como
bem lhes parecia. E lhes dávamos reverencia. Me pergunto se isso é verdade de
todos nós. Quando nossos pais segundo a carne nos davam uma boa surra, lhes
reverenciávamos? Não dizíamos, obrigado, mas nos sentíamos muito mal sobre
nossos pais segundo a carne. Quando crescemos até nos tornar homens, dizemos,
“nossos pais estavam certos, essas correções foram o melhor para nós”.

De qualquer forma, o apóstolo diz, “tínhamos pais segundo a carne, que nos
corrigiam como bem lhes parecia. E os olhávamos com respeito. Não nos
sujeitaremos muito mais ao Pai de nossos espíritos?” O natural está abaixo nesse
nível. O espiritual está muito mais acima, o Pai de nossos espíritos! É isso o que
acontece quando nascemos de novo? Não nossas almas nascidas de novo, mas
nossos espíritos. Essa parte mais profunda de nosso ser interior morreu com Adão,
foi separado de Deus no pecado de Adão. De modo que por natureza os filhos de
Adão estão mortos nesse sentido espiritual. Nossos espíritos morreram com Adão.
Em Cristo eles são feitos viverem novamente. O novo nascimento não é o novo
nascimento de nosso corpo. Não é novo nascimento de nossa alma, porque nós
temos uma alma. É o novo nascimento de nossos espíritos. E Deus é o Pai de
nossos espíritos. É por isso pelo que apontei na Carta aos Gálatas – que marca a
grande divisão – a palavra Espírito ocorre doze vezes. O Pai de nossos espíritos,
então não somos os filhos de Abraão, somos os filhos de Deus, e essa é uma
grande diferença. É isto o que Paulo está argumentando na Carta aos Gálatas. Ele
está dizendo a estes gálatas, “Oh! Insensatos gálatas, quão insensatos são! Vocês
começaram no Espírito, e agora estão voltando à carne, você saiu da velha
dispensação e saiu da velha ordem, e entraram à nova vida do Espírito, e agora
estão voltando, vocês vão perder seus descansos, o próprio propósito da redenção
de vocês. Oh! Insensatos gálatas, quão insensato é viver na velha dispensação!”

Mas veja isto, queridos amigos, o Cristianismo com o qual estamos familiarizados é
bem largamente constituído sobre a velha dispensação. Tomaria uma outra hora
para demonstrar isso em certa medida. Mas você vê como o Cristianismo vai
trabalhar hoje? Começa por construir grandes prédios religiosos. São chamados de
igrejas, é claro, um nome totalmente falso. A Igreja não é um prédio feito com
mãos. E depois eles estabelecem uma certa ordem. E depois apontam certos
oficiais para fazer o trabalho. Quando ele tiverem o prédio, e quando eles tiverem
os oficiais, o ministro e todos os demais, e quando eles tiverem suas ordens de
serviço, então eles pedem ao Senhor se Ele vai entrar nisso. A organização vem
primeiro. O exterior vem primeiro. Tudo se constrói sobre o principio da alma. É
todo um assunto de razão, emoção e ação. Isso é Cristianismo judaísta.

É simplesmente o contrário com o método de Deus. Por onde Deus começa? Deus
não começa com igrejas, ainda se elas são grupos de pessoas. Ele certamente não
começa com prédios. E Ele não começa com rituais, ou com um sistema de coisas.
E Ele não começa chamando por uma congregação unida. Uma congregação não é
o principio de Deus. Deus começa por uma obra do Espírito Santo em vidas
individuais. Pode que seja com uma para começar, e depois outra e depois outra. E
se estas duas ou três encontram-se na mesma cidade, eles são unidos, não porque
eles aceitaram o Cristianismo, mas porque eles tem o mesmo Espírito neles. Esse é
o principio da Igreja nesse lugar.

E o que é verdade do principio, tem que ser verdade de tudo a seguir. As mãos do
homem devem ficar fora das coisas do Espírito. O homem não deve tentar formar
alguma coisa que é do Espírito. O Espírito Santo, que começou isto, é
perfeitamente capaz de formar o que Ele quiser. Por isso, nossa responsabilidade é
ser guiados pelo Espírito, para sempre procurar a direção do Espírito. E até que
estivermos certos de que o Espírito Santo está realmente nos guiando, mantemos
nossas mãos fora. Não faremos nada em relação a isso. Isto deve ser do Espírito.
Esta é a ordem desta dispensação.

Você vê a diferença entre o principio e o que temos hoje? Nos primeiros trinta anos
do Cristianismo, o Evangelho se espalhou por todo o mundo que naquele então
existia. Haviam igrejas em quase todos os países do mundo. Milhares e milhares
eram unidos ao Senhor. Era algo poderoso. Apenas tomou trinta anos para fazer
isso. Nós temos tido dois mil anos desde então. Temos colocado multidões de
missionários no mundo. Temos gastado milhões de dólares para isto. Temos
trabalhado tremendamente. Em dois mil anos, não há nada que se compare a
aqueles trinta anos.

Por quê não tem continuado? Porque eles trouxeram tudo novamente de volta
sobre uma base da alma e não sobre uma base espiritual. Quando as coisas estão
fora das mãos dos homens, e estão nas mãos do Espírito Santo, as coisas
acontecem. Minha grande preocupação é que aconteça algo assim aqui. Isso é o
que eu vim a dizer a você. Se as coisas são totalmente do Espírito, você verá algo
acontecer, o inimigo se incitará em contra disso. E isso é sempre um bom sinal. Se
o diabo sente que há algo pelo que ele tem que lutar, ele sabe que aquilo significa
algo contra o reino dele.

Devo parar agora. Não acabei esta parte ainda, temos outra manhã, mas não o
deixe até amanhã de manhã. Esta é a palavra para nós hoje. Se eu fosse ir embora
amanha, e nunca ver vocês nesta terra, sinto que tenho falado a você a palavra
mais vital que poderia ser falada. Isto representa a mudança completa desde o
velho para o NOVO, do natural para o espiritual nas coisas de Deus, das coisas que
são dos homens para as COISAS que são de Deus.

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