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Universidade Federal do Delta do Parnaíba

Campus Ministro Reis Velloso


Departamento de Ciências Econômicas e Quantitativas
Elaboração e Análise de Projetos
Prof. MSc. Moacyr Ferraz do Lago∴
Aula 3.1. Ciclo de vida do produto

1. Ciclo de vida do produto é um modelo utilizado para


acompanhar um produto ou marca desde o seu
desenvolvimento até a saída do mercado, passando pelo
lançamento e crescimento junto ao público.

2. Ele se caracteriza pela definição de cinco diferentes


estágios, sendo que cada um deles possui exigências
específicas tanto para estratégia de vendas quanto de
marketing.

3. Dessa forma, permite monitorar o seu comportamento


no mercado, a atração e manutenção de clientes, assim
como táticas relacionadas aos preços praticados.

4. Ao determinar essas fases de forma clara, fica muito


mais fácil estabelecer também quais são as ações
necessárias para divulgar esse produto ou marca.

5. Da mesma forma, a empresa consegue visualizar por


quanto tempo um determinado item deve ser
comercializado – informação muito importante dentro de
um planejamento estratégico.

6. Ao aplicar esse modelo no negócio, passa-se a


observar os aspectos individuais que afetam o ciclo de
vida de um produto ou marca, já que eles não apenas são
diferentes, como podem apresentar variações muito
grandes entre si.

7. Qual a importância do ciclo de vida do produto?


Pelo viés do marketing, por exemplo, quanto investir em
propaganda para divulgar um produto antes do
lançamento? E depois disso? E para aumentar sua
participação no mercado? E quando ela estiver
reduzindo?

8. Quanto às vendas, qual preço deve ser praticado? Que


técnicas funcionam melhor para cada um produto em
alta ou em baixa no mercado?

9. E mais: será o momento de intensificar a produção ou


projetar a sua descontinuidade?

10. Perguntas e mais perguntas, cuja respostas se


beneficiam da definição clara de cada uma das etapas do
seu ciclo de vida.
11. Não é correto dar o mesmo tratamento a cada
produto ou marca a serem lançados pela empresa.

11.1. Cada um precisa de uma estratégia específica, seja


ela relacionada à produção, comercialização ou
propaganda.

12. Se as particularidades de cada estágio não forem


corretamente compreendidas, acaba-se investindo mal,
por vezes mais que o necessário e o pior: sem obter os
resultados desejados.

13. Também corre o risco de, involuntariamente, abreviar


esse ciclo de vida ou não experimentando todo o
potencial que um determinado produto oferece.

14. Isso acontece, por exemplo, ao não ter uma estratégia


clara para estender as fases que mais geram receitas, que
são aquelas relacionadas ao seu crescimento no mercado.

15. Afinal, como você sabe bem, o marketing tem o


poder de contribuir para um produto ou marca se tornar
mais atrativo, vivo e desejado na mente dos
consumidores.

16. Outro aspecto a destacar é que está-se falando do


planejamento estratégico da empresa como um todo – e
não apenas de um item que ela comercializa.

17. Quando o ciclo de vida de um produto entrar em


declínio, ela estará mais bem preparada para apresentar
uma nova solução ao mercado, mantendo-se competitiva
e, por que não, à frente da concorrência.

18. As cinco fases do ciclo de vida do produto


I. Desenvolvimento: Tudo começa pelo
desenvolvimento. Essa é a fase na qual um produto ou
marca se restringe ao campo das ideias.

I.2. Ele ainda é um projeto, mas nem por isso deixa de


demandar esforços.

I.3. As características desse estágio estão na ausência de


vendas, nos primeiros esboços do marketing, mas
principalmente nos crescentes investimentos.

I.4. Ou seja, seja um produto, marca ou serviço, ele ainda


não está no mercado.

I.5. Para tanto, precisa ser desenvolvido, o que implica em


estudar a sua viabilidade e testar as funcionalidades para
que a ideia seja validada.

I.6. Ao mesmo tempo em que isso acontece, as primeiras


ações de divulgação pré-lançamento começam a ser
mapeadas.

I.7. É um estágio bastante relacionado ao modelo de


negócio de startups, embora não sejam as únicas
empresas a se preocupar com o desenvolvimento.

I.8. Sempre que uma nova solução é proposta, é nessa


fase que inicia o ciclo de vida do produto.

I.9. Como exemplo, imagine uma tradicional empresa de


refrigerantes adicionando uma nova marca ao seu
portfólio.

I.10. É algo que acontece com frequência na Coca-Cola,


por exemplo, que volta e meia acrescenta um novo sabor
à família Fanta, que começou com a laranja, ganhou a
uva, depois o maracujá e o guaraná, sendo vendida fora
do Brasil também no sabor mirtilo, entre outros.

I.10.1. Cada novo sabor, nesse caso, representa um novo


produto que precisa ser desenvolvido, estudado, testado
e aprovado antes de ser introduzido no mercado, o que
corresponde ao passo seguinte.

II. Introdução: Falando agora sobre a introdução, esse


estágio depende claramente da finalização do anterior
para que chegue ao mercado da melhor forma possível.

II.1. Ou seja, é hora de iniciar as vendas e de apostar em


uma estratégia de marketing para que o produto, serviço
ou marca seja lançado e alcance o conhecimento do seu
público-alvo.

II.2. O faturamento começa, mas nem sempre o lucro está


presente. Inclusive, é comum haver prejuízo financeiro.

II.3 Este é um momento bastante sensível da estratégia,


pois ainda não gera grandes receitas.
II.4. Além disso, embora demande um número baixo de
produção, acarreta maiores investimentos em publicidade
e propaganda, assim como outros custos relacionados a
particularidades do lançamento, a exemplo da sua
distribuição.

II.5. Quando se trata de um produto novo, a concorrência


é baixa ou mesmo inexistente.

II.6. Por outro lado, é um mercado ainda desconhecido,


sobre o qual há dúvidas quanto às melhores estratégias
para escalar vendas e prospectar clientes.

II.7. Quanto às ações de marketing, seu foco se volta ao


topo do funil de vendas, no qual predominam os esforços
para despertar a descoberta e a curiosidade de potenciais
interessados.

III. Crescimento: Vencido o desafio inicial, é hora de


trabalhar para aumentar a sua participação no mercado,
visando sempre a liderança.

III.1. É a partir do momento em que se experimenta a


estabilidade que um produto tende a ter a sua produção,
distribuição e vendas escaláveis.

III.3. Ou seja, ingressa em um ciclo no qual menos


esforços são necessários para gerar maiores recentes, o
que enfim marca a chegada do lucro.

III.4. Seu valor já foi identificado pelo público e não há


dúvidas sobre a demanda que ele possui.

III.5. Nessa etapa, as ações de marketing não apenas


incentivam o crescimento como a manutenção do
produto vivo na mente dos consumidores.

III.6. Assim, quando uma necessidade de consumo


relacionada a ele surgir, será uma escolha automática em
detrimento da concorrência.

III.7. Por falar nela, é bastante provável que, ao atingir o


estágio do crescimento, o produto já não esteja mais
sozinho no mercado.

III.8. Novos concorrentes devem surgir para disputar a


preferência do público e isso só reforça a necessidade de
se auto afirmar como a melhor solução e não apenas a
pioneira, se for o caso.

III.9. Não se pode deixar de investir, sob risco de entrar


em declínio antes de atingir a maturidade.

IV. Maturidade: Depois de experimentar picos de lucro,


as vendas experimentam a estabilidade. Eventualmente,
haverá inclusive redução nas receitas auferidas a partir
delas, mas nada significativo.
IV.1. Esse é um movimento normal e esperado para a
etapa da maturidade de um produto, que parece não ter
mais para onde crescer e ter atingido o seu ápice.

IV.2. Neste momento, estamos falando novamente de um


estágio arriscado para o negócio.

IV.3. Sentar na zona de conforto e deixar de lado a


inovação e mesmo os investimentos em marketing
representa um atalho para encontrar o declínio muito
cedo.

IV.4. Afinal, a concorrência tenta ocupar o seu lugar e se


esforça para isso.

IV.5. Se a empresa se acomodar, ela fatalmente a


alcançará, tomará o seu posto e as vendas sofrerão
quedas sucessivas, o que caracteriza justamente o estágio
final do ciclo de vida do produto.

IV.6. A ideia é que a fase da maturidade seja a mais


extensa, para que uma determinada solução gere lucro
pelo maior tempo possível.

IV.7. Só que mantê-lo mesmo diante de uma guerra de


preços, que fatalmente a concorrência irá promover, se
torna um desafio ainda maior.

IV.8. A empresa precisa ter uma estratégia muito bem


elaborada para entender até onde pode ir fazendo
concessões para se manter competitiva.

V. Declínio: Todo produto um dia chega ao fim. Sobre


isso, todos lembram de marcas centenárias, que se
mantêm em alta no mercado, mas a custo de inovações
frequentes e muito investimento em marketing.

V.1. Veja novamente a Coca-Cola como um exemplo. Por


que essa empresa, apesar do estrondoso sucesso, segue
tão presente na mídia?

V.2. Não é fácil se manter no topo e estender a fase de


maturidade de marcas e produtos por tanto tempo.

V.2.1. É preciso ter uma estratégia forte para resistir ao


lançamento de soluções pelos concorrentes, às mudanças
nos hábitos, interesses e comportamento dos
consumidores, assim como à evolução tecnológica, que é
capaz de tornar um produto obsoleto em um estalar de
dedos.

V.3. Enfim, como o nome indica, o estágio de declínio é


marcado pela queda nas vendas e nos lucros. É o término
daquela estabilidade comum ao período de maturidade
de um produto ou marca.

V.4. Não é fácil a empresa responder com sucesso assim


que o declínio é identificado.
v.5. Pode ser necessário redesenhar totalmente a solução
e até mesmo planejar o fim da sua comercialização e
substituição por outra, mais adequada ao mercado atual.

v.6. Neste momento, o ciclo de vida do produto tem um


novo início.

19. Não existe uma regra relacionada com a duração de


tempo de cada estágio no ciclo de venda do produto.

20. Esse prazo varia bastante de acordo com o produto


ou marca em questão, das características do mercado no
qual está inserido, de quanta inovação ele representa e
mesmo conforme a aceitação que recebe do público.

21. Isso significa que se o seu negócio desenvolve


produtos diferentes, ainda que guardem particularidades
em comum, a tendência é que cada um tenha o seu
próprio ciclo de venda.

22. Da mesma forma, nem todas as soluções que for


apresentar ao mercado vão necessariamente passar pelo
estágio de desenvolvimento, já que o produto pode ser
uma derivação de outro.

23. O segredo do sucesso, como já destacado, é focar em


uma estratégia que vise a manutenção do estágio de
maturidade por um período maior de tempo,
postergando ao máximo a chegada da fase de declínio.

24. O que não muda conforme o produto, serviço ou


marca é o gráfico do seu ciclo de vida.

25. O que se pode observar é que a sua característica


principal é de gerar vendas a partir da introdução, ainda
timidamente, crescer até atingir a estabilidade e, por fim,
entrar em declínio.

Fonte: https://klickpages.com.br/blog/ciclo-de-vida-do-produto/. Acesso em 13/12/19.

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