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Autônomo de
Cargas – TAC
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
CDU 656.025.4
ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 12
Módulo 1 – Parte 1 14
2 Modalidades de Transporte 17
Atividades 26
Referências 27
2 Tipos de Carroceria 33
3.4 Neo-granel 36
3
3.5 Produto Perigoso 37
Atividades 38
Referências 39
1 Importância da Embalagem 43
3 Tipos de Embalagem 46
Atividades 50
Referências 51
Módulo 1 – Parte 2 54
3 Mercado Regulado 62
Atividades 64
Referências 65
4
2.2 Transportador 72
Atividades 75
Referências 76
Módulo 2 – Parte 1 79
3 Vale-Pedágio Obrigatório 83
7 Fiscalização do Vale-Pedágio 87
Atividades 89
Referências 90
1.2 Definições 97
Atividades 101
Referências 102
5
Unidade 3 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário De Cargas – Parte 3 106
Glossário 115
Atividades 116
Referências 117
Atividades 134
Referências 135
6
2 Capacidade Máxima de Peso e Altura da Carga no Mercosul 142
Atividades 144
Referências 145
Atividades 162
Referências 163
Atividades 179
Referências 180
7
2 Variáveis Importantes – Cálculo dos Custos e Definição das Tarifas 183
Atividades 193
Referências 194
Atividades 204
Referências 205
Atividades 215
8
Referências 216
5.3 Regras Obrigatórias para Operação pelos Motoristas de Veículos de Transporte 226
Atividades 228
Referências 229
Atividades 238
Referências 239
Atividades 247
9
Referências 248
Atividades 258
Referências 259
Atividades 268
Referências 269
Atividades 279
Referências 280
1 Logística 283
10
4 O Papel das Empresas e Cooperativas de Transporte de Cargas
nas Cadeias Logísticas 287
Atividades 288
Referências 289
Atividades 299
Referências 300
Gabarito 302
11
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Este curso possui carga horária total de 84 horas e foi organizado em 4 módulos,
conforme a tabela a seguir.
12
Unidade 1 | Fatores Operacionais que Interferem no
4h
Planejamento da Operação do Transporte
Bons estudos!
13
Transportador
Autônomo de
Cargas – TAC
MÓDULO 1 –
PARTE 1
UNIDADE 1 | O TRANSPORTE
RODOVIÁRIO DE CARGAS
15
Unidade 1 | O Transporte Rodoviário de Cargas
Isso significa que, quanto melhor for o sistema de transporte de um país, maior será o
seu desenvolvimento. Você sabe por quê?
16
O caminhão é o veículo mais utilizado no transporte rodoviário de cargas. Sua
característica principal é a flexibilidade para realizar o transporte “porta a porta”, ou
seja, tem a capacidade de coletar a mercadoria no local de produção e levá-la até o
destino final.
Segundo dados da ANTT (2017), o transporte rodoviário é realizado por mais de 500
mil transportadores no Brasil, aproximadamente:
• 282 cooperativas.
2 Modalidades de Transporte
17
2.1 Modo Rodoviário
gg
No site do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (DNIT), você vai encontrar mais informações a
respeito da infraestrutura de transporte. Confira!
http://www.dnit.gov.br/
18
2.2 Modo Ferroviário
hh
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT), o sistema ferroviário brasileiro tem mais de 29 mil
quilômetros de trilhos. Ele está presente em todas as regiões,
mas se concentra no Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil.
O Brasil possui mais de 40 mil quilômetros de rios que são vias navegáveis, além de
mais de 7 mil quilômetros de costa (litoral) para a navegação de cabotagem (transporte
ao longo da costa).
19
gg
Você pode saber mais detalhes sobre a malha hidroviária
brasileira no site da Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(ANTAQ). Confira!
http://www.antaq.gov.br/
gg
Você pode descobrir mais detalhes sobre o transporte aéreo no
site da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Confira!
http://www.anac.gov.br/
20
• Oleodutos: transportam petróleo, óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP), querosene dentre outros.
O setor de transportes deve ser visto de forma global. Nesse sentido, não há como
dissociar o planejamento de transportes do planejamento econômico e social do país,
tema que envolve decisões quanto à localização das indústrias, ao suprimento de
insumos e à distribuição de produtos, ou seja, aspectos relacionados ao planejamento
logístico (SCHROEDER; CASTRO, 1996).
21
O lento processo de integração dos estados brasileiros e as profundas desigualdades
inter-regionais de desenvolvimento podem ser corrigidos com o desenvolvimento de
sistemas eficientes de transporte que permitam melhor comunicação entre as regiões
e a redução das desigualdades regionais.
A integração entre os estados e regiões sempre foi uma preocupação no Brasil. Por
ser um país de grandes dimensões e de baixa densidade, os vazios territoriais levaram
ao isolamento econômico e geográfico, dificultando o intercâmbio entre produtores
e consumidores brasileiros. Como ressalta Galvão (1996), essa é uma preocupação
antiga, presente desde os tempos coloniais.
22
Na primeira metade do século XX o Brasil sofria de relativo isolamento entre as
economias regionais, e a produção industrial se encontrava bastante concentrada em
pequena área do território nacional.
Já na segunda metade do século XX, foi possível notar uma intensificação das ligações
inter-regionais. Apesar de ainda haver grande concentração industrial, as trocas de
mercadorias entre regiões iniciaram um crescente processo de integração. Galvão
(1999) ressalta que, após a efetivação de um programa nacional de construção de
rodovias nas décadas de 1950 e 1960, o Brasil reduziu o isolamento das economias
regionais. Assim, a expansão do comércio inter-regional foi resultado do avanço no
processo da integração econômica do país, com a formação de um mercado nacional
unificado.
23
A CNI (2014) destaca que a indústria brasileira precisa de redes integradas de
transportes e sistemas logísticos eficientes para possibilitar maior crescimento. Nesse
sentido, Silveira (2013) afirma que as diversas cadeias de produção, de comércio e
de serviços são cada vez mais dependentes dos sistemas de transportes, pois uma
boa conexão entre as redes de transporte e as atividades econômicas resulta em
diminuição significativa de custos. Essa ligação transparece na formação de eixos
territoriais de intenso adensamento de atividades econômicas e populacionais, como
também em expressivas interações espaciais, frutos de movimentações financeiras, de
mercadorias, de pessoas e de informações entre as regiões.
Você sabe dizer porque essas regiões possuem uma malha de transportes mais adensada?
Um dos fatores para a concentração está relacionado à produção das mercadorias. São
Paulo abriga a maior parte das indústrias do país. Por esse motivo, muitas rodovias
federais ligam a capital paulista a outras capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte
e Curitiba. Tais rodovias reúnem os maiores fluxos de mercadorias e pessoas, ligando
24
também o Oeste paulista, o Triângulo Mineiro, o Noroeste paranaense e o estado de
Mato Grosso do Sul, caracterizados pela elevada produção agropecuária associada ao
agronegócio (IBGE, 2014).
Segundo o IBGE (2014), a ligação entre Recife e João Pessoa, entre Brasília e Goiânia, o
entorno de Salvador e o de São Luís também se destacam pela elevada acessibilidade.
Por outro lado, é interessante notar alguns “vazios logísticos” onde a rede de transporte
é mais escassa, como: o interior do Nordeste; a região do Pantanal, excetuando-se a
área de influência da hidrovia do Paraguai; e o interior da floresta amazônica, à exceção
do entorno das hidrovias Solimões-Amazonas e o do Madeira.
25
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. De acordo com o IBGE, o estado
de São Paulo é o que apresenta melhor infraestrutura de
transportes entre as cidades do interior e a capital, incluindo
rodovias duplicadas, ferrovias e a hidrovia do Tietê.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
26
Referências
27
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes
e dá outras providências. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017.
28
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Logística dos Transportes no
Brasil. Mapa Logística dos Transportes no Brasil. Brasília, 2014. Disponível em: <http://
www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000001970441112201
4440525174699.pdf>. Acesso em: ago. 2015.
MAYER, G. Regulação portuária brasileira: uma reflexão sob a luz da análise econômica
do direito. Tese – Curso de Pós-Graduação em Direito, do Setor de Ciências Jurídicas da
Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2009.
29
UNIDADE 2 | TIPOS DE CARGAS,
CARROCERIAS E VEÍCULOS
30
Unidade 2 | Tipos de Cargas, Carrocerias e Veículos
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 2! O transporte de cargas pode ser efetuado
por diferentes tipos de veículos. No transporte rodoviário, o principal veículo é o caminhão,
que pode apresentar diferentes composições. Nesta unidade, vamos conhecer os principais
tipos e suas aplicações na movimentação de cargas. Bons estudos!
Você sabe que existem diversos modelos de caminhões e que cada um é utilizado
para um serviço de transporte específico. Existem algumas maneiras para classificar
os caminhões de carga. Uma delas consiste em dividi-los entre veículos rígidos e
articulados.
E os articulados?
São aqueles que têm a cabine com o motor separada do reboque. Em geral, são
formados por um cavalo mecânico e uma carreta.
31
Os veículos também podem ser classificados em função do peso máximo transmitido
ao pavimento. Esta classificação é apresentada pela Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA):
Legenda:
Peso Bruto Total (PBT): Peso máximo que o veículo transmite ao pavimento,
constituído da soma da tara mais a lotação.
Peso Bruto Total Combinado (PBTC): Peso máximo transmitido ao pavimento pela
combinação de um caminhão-trator mais seu semirreboque, ou do caminhão mais o
seu reboque ou reboques.
32
gg
A Portaria do Denatran nº 63/09 e suas alterações, homologa os
veículos e as combinações de veículos de transporte de carga e
de passageiros, com seus respectivos limites de comprimento,
Peso Bruto Total (PBT) e Peso Bruto Total Combinado (PBTC)
para circulação nas vias públicas. Mais detalhes estão no site do
Denatran. Confira!
www.denatran.gov.br
2 Tipos de Carroceria
Os caminhões podem apresentar diferentes tipos de carroceria, sendo que cada modelo
é usado para transportar cargas específicas. A variedade é grande, mas existem alguns
que são mais utilizados.
Veja a seguir uma lista, com exemplos de caminhões, organizada em função do tipo de
carroceria. Certamente você já dirigiu pelo menos um deles!
33
Definição e tipos de cargas
Ilustração Tipo de carroceria
transportadas
34
Caminhões para
Usados no transporte de botijões de
transporte de botijões
gás.
de gás
Caminhões para
Usados para o transporte de bovinos,
transporte de animais
equinos e outros animais.
vivos
35
3.2 Carga a Granel
3.4 Neo-granel
36
3.5 Produto Perigoso
37
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. De acordo com a Anfavea, o
caminhão classificado como leve tem peso transmitido de 6 t
< PBT < 10 t.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
38
Referências
39
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes
e dá outras providências. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017.
40
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Logística dos Transportes no
Brasil. Mapa Logística dos Transportes no Brasil. Brasília, 2014. Disponível em: <http://
www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000001970441112201
4440525174699.pdf>. Acesso em: ago. 2015.
MAYER, G. Regulação portuária brasileira: uma reflexão sob a luz da análise econômica
do direito. Tese – Curso de Pós-Graduação em Direito, do Setor de Ciências Jurídicas da
Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2009.
41
UNIDADE 3 | EMBALAGENS E
SÍMBOLOS DE SEGURANÇA
42
Unidade 3 | Embalagens e Símbolos de Segurança
Caro(a) aluno(a), bem-vindo(a) à unidade 3! Cada produto deve ter a embalagem que se
adapte melhor a ele. É preciso observar a maneira como o produto será transportado e os
danos que podem ocorrer. A seguir vamos compreender melhor o papel da embalagem.
Bons estudos!
1 Importância da Embalagem
A principal função da embalagem é proteger contra danos. Mas ela tem outras funções,
como: conter o produto para ele não vazar; facilitar o transporte e o consumo; tornar
o produto mais atraente.
Para a maioria dos produtos, a embalagem deve funcionar como uma barreira contra
fatores como: temperatura, odores, animais, luz, oxigênio e umidade. Se a embalagem
não for corretamente projetada, podemos ter a qualidade do produto comprometida,
principalmente se ele for perecível.
43
2 Classificação das Embalagens
44
Embalagem utilizada para
dar maior agilidade à carga,
descarga e transporte de
longa distância. Importantes
Embalagem para na arrumação das cargas
o transporte ou em armazéns e veículos,
quintenária pois oferecem segurança
na movimentação, proteção
contra avarias e melhor
ocupação dos espaços de
armazenagem.
Fonte: Adaptado de Moura e Banzato (1990)
45
O processo de unitizar cargas traz muitas vantagens para o transporte:
3 Tipos de Embalagem
Existe grande variedade de tipos, formas e modelos de embalagem que podem ser
utilizadas para envolver, conter ou proteger produtos.
Para cada tipo de produto são indicadas embalagens específicas, que devem ser
projetadas e fabricadas da maneira mais compatível possível com as características das
mercadorias: forma, peso, dimensões, material, perecibilidade, fragilidade, dentre
outras.
Recipiente geralmente
fabricado em madeira,
Barril alumínio ou plástico,
destinado a conter
produtos líquidos.
Recipiente cilíndrico
Botijão usado para
armazenagem de gás.
46
Recipiente
normalmente utilizado
para produtos maiores
Caixa de madeira e mais pesados,
que não podem ser
transportados em caixas
de papelão ou plástico.
Embalagem não
retornável com laterais
coladas, grampeadas
ou fixadas. Utilizada
Caixa de papelão para mercadorias
ondulado de consumo e bens
industriais variados,
para estocagem,
movimentação e
transporte.
Geralmente
reutilizável, encaixável
e confeccionada em
polietileno de alta
Caixa plástica
resistência. Seu uso
mais frequente é para
produtos agrícolas,
pesca e avicultura.
Recipiente geralmente
fabricado em vidro,
com boca estreita,
Frasco
destinado a acomodar
líquidos (medicamentos,
perfumes).
Engradado de madeira
ou material plástico
Garrafeira
destinado a conter
garrafas.
47
Normalmente possuem
corpo cilíndrico,
com tampa e fundo.
Latas Utilizadas para
acomodar líquidos,
pastas ou sólidos em
conserva.
Moldados em
diferentes formas e
tamanhos, utilizados
Potes plásticos principalmente para
armazenar alimentos,
tais como iogurtes e
margarinas.
Embalam materiais de
construção (cimento,
Sacos de papel
cal), produtos químicos,
multifolhados
açúcar, café, farelos,
cacau, sal.
Utilizados para embalar
produtos agrícolas
que necessitam de
Sacos têxteis ventilação. Embalam
também produtos
industrializados como
açúcar e farinha.
Utilizados para embalar
principalmente
cereais. Fabricados
de polipropileno em
diversos tamanhos,
possuem resistência
Sacos plásticos
superior à de outros
sacos. Muito utilizados
para acondicionar
fertilizantes, rações e
produtos granulados,
dentre outros.
48
Utilizado para
acondicionar materiais
líquidos ou sólidos,
em grãos ou em
Tambor
pó. Adequado para
acondicionar tintas,
sólidos, pastas, pós e
produtos químicos.
49
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A unitização é o processo de
agrupamento de embalagens ou volumes em uma carga
maior.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
50
Referências
51
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes
e dá outras providências. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017.
52
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Logística dos Transportes no
Brasil. Mapa Logística dos Transportes no Brasil. Brasília, 2014. Disponível em: <http://
www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000001970441112201
4440525174699.pdf>. Acesso em: ago. 2015.
MAYER, G. Regulação portuária brasileira: uma reflexão sob a luz da análise econômica
do direito. Tese – Curso de Pós-Graduação em Direito, do Setor de Ciências Jurídicas da
Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2009.
53
Transportador
Autônomo de
Cargas – TAC
MÓDULO 1 –
PARTE 2
UNIDADE 4 | NOÇÕES DE LIVRE
CONCORRÊNCIA E MERCADO
REGULADO
55
Unidade 4 | Noções de Livre Concorrência e
Mercado Regulado
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 4! Um dos aspectos importantes que devem
ser conhecidos pelos profissionais e pelas empresas de transporte está relacionado ao
funcionamento do mercado em que atuam. É necessário compreender as diferenças entre
mercados de livre concorrência e mercados regulados, além de compreender as dinâmicas
dos mercados de transporte de cargas. Bons estudos!
Quando duas ou mais empresas concorrem entre si, elas são forçadas a aprimorar seus
métodos e técnicas, impactando positivamente nos custos e nos preços cobrados dos
consumidores. Em situações como esta, em geral, os consumidores são beneficiados e
a economia de mercado alcança maior êxito.
Para Pantoni (2011), na área econômica, este conceito representa a disputa entre
as empresas para atender a uma maior quantidade de consumidores, e assim fazer
crescer e obter maior e melhor espaço no mercado. Bagnoli (2005, p. 61) esclarece
56
que o mercado com livre concorrência é aquele que apresenta condições para que os
agentes econômicos (empresas, fornecedores, vendedores) tenham oportunidade de
competir de forma justa no mercado, destacando-se por sua qualidade e eficiência.
No entanto, nem sempre o fato de ter um mercado com muitos competidores faz dele
um mercado livre. Nesse sentido, devemos diferenciar a livre concorrência da livre
iniciativa.
Portanto, é muito mais simples garantir a livre iniciativa do que a livre concorrência!
Como assim?
57
2 Concentração na Oferta ou na Demanda
58
No longo prazo, o monopolista permanece estagnado e afeta sua própria capacidade
de monopólio. Por não acompanhar as constantes evoluções na produção, ele abre
espaço para que empresas mais modernas entrem no mercado e acabem com o
monopólio.
Talvez você já tenha ouvido falar, também, dos monopólios naturais. Neste tipo
de mercado, os investimentos iniciais necessários são muito elevados e os custos
marginais são muito baixos. O alto valor do investimento inicial faz com que apenas
uma ou poucas empresas tenham força e capacidade para implementar a infraestrutura
mínima necessária. Uma vez construída a rede de fornecimento, que representa o
maior investimento, os custos de uma unidade adicional (uma expansão, por exemplo)
são proporcionalmente baixos.
Os monopólios naturais são caracterizados, por serem bens exclusivos, e com muito
pouca ou nenhuma rivalidade. Esses mercados são geralmente regulamentados
pelos governos e possuem prazos de retorno muito grandes, por isso funcionam
melhor quando são protegidos, ou seja, quando o governo concede exclusividade na
exploração de determinado serviço durante um longo tempo, com a finalidade de
garantir o retorno dos investimentos. Geração e distribuição de energia elétrica e
fornecimento de água são exemplos clássicos de monopólios naturais.
Nos mercados do tipo oligopólio não há exclusividade. Nesses casos, existem poucas
empresas relativamente grandes, sendo que cada uma delas representa um percentual
elevado do mercado. No entanto, mesmo que não exista exclusividade, essas poucas
empresas possuem grande poder de mercado e uma grande fatia de consumidores
garantida.
hh
É importante ressaltar que existem diferenças entre o oligopólio
e o cartel. Ambas as formas são combatidas, pois o oligopólio
tende a levar o mercado a uma situação de ineficiência e preços
mais elevados. Mas, o Cartel é crime!
59
O oligopólio é algo espontâneo e se caracteriza pela junção de
alguns produtores que têm a percepção de que é mais lucrativo
agir de maneira interdependente do que de forma solitária. Ele
prejudica os consumidores por não terem muitas alternativas de
escolha e deve ser evitado.
60
O monopsônio é inverso ao caso do monopólio, no qual existe apenas um vendedor e
vários compradores. Um comprador monopsonista tem grande poder de mercado e
pode influenciar os preços de um determinado bem, variando apenas a quantidade
comprada.
61
3 Mercado Regulado
Na década de 1990, o Brasil passou por uma Reforma Administrativa que alterou
algumas relações do Estado com a sociedade. Um dos aspectos principais foi a criação
de Agências Reguladoras, que têm a atribuição de fiscalizar e regularizar setores da
economia no Brasil. Com a criação das agências, a prestação direta de alguns serviços
públicos foi repassada à iniciativa privada, ficando estas com a tarefa de monitorar
o funcionamento dos serviços, e de regular o setor quando necessário (FERNANDES,
2003).
62
A livre concorrência não garante apenas que os consumidores
sejam beneficiados com preços menores. Mercados nos quais as
empresas são obrigadas a competir estimulam a criatividade e a
inovação das empresas.
No entanto, nem toda norma dirigida aos agentes econômicos pode ser considerada
uma atividade regulatória. As Agências precisam assegurar a prestação de serviços
adequados, de qualidade, não se limitando a normas negatórias, e devendo ser
prescritivas, identificando especificamente o que a empresa regulada pode e deve
fazer (SILVA, 2002).
Fernandes (2003) ressalta que a atividade econômica não precisa apenas ser regulada. É
necessário que existam mecanismos regulatórios que garantam a adequada prestação
de serviços públicos. Assim, percebe-se a nítida intervenção estatal regulatória a partir
das prescrições de normas, processos técnicos, e padrões mínimos a que os agentes
econômicos, que desejem atuar no respectivo setor econômico regulado, devem
obedecer (SILVA, 2002).
63
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Monopsônios são as estruturas
de mercado que possuem inúmeros vendedores, mas apenas
um comprador, chamado de monopsonista.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
64
Referências
65
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes
e dá outras providências. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017.
66
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Logística dos Transportes no
Brasil. Mapa Logística dos Transportes no Brasil. Brasília, 2014. Disponível em: <http://
www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000001970441112201
4440525174699.pdf>. Acesso em: ago. 2015.
MAYER, G. Regulação portuária brasileira: uma reflexão sob a luz da análise econômica
do direito. Tese – Curso de Pós-Graduação em Direito, do Setor de Ciências Jurídicas da
Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2009.
67
UNIDADE 5 | ENTIDADES
ENVOLVIDAS NA PRESTAÇÃO
DO SERVIÇO DE TRANSPORTE
68
Unidade 5 | Entidades Envolvidas na Prestação do
Serviço de Transporte
Vamos começar esta unidade falando dos diversos agentes públicos que estão
envolvidos com a prestação dos serviços de transporte de cargas, tanto no
planejamento de sistemas e da infraestrutura, quanto na regulamentação, fiscalização
e normatização dos variados fatores que regem a atividade.
69
1.2 Agente Público Responsável pela Infraestrutura de
Transportes
70
1.4 Agente Público Responsável pela Fiscalização de Normas
Agropecuárias
Vamos conhecer agora quais são as principais entidades privadas envolvidas com a
prestação dos serviços de transporte rodoviário de mercadorias.
71
Podemos dizer que o expedidor é o responsável pela entrega da carga ao transportador,
a qual deverá estar devidamente acondicionada/embalada, acompanhada dos
documentos necessários ao cumprimento das formalidades legais perante a fiscalização
tributária, alfandegária, de polícia e de saúde, nos âmbitos Federal, Estadual ou
Municipal. Portanto, o expedidor é a pessoa física ou jurídica que celebra o contrato de
transporte com o transportador.
ee exatidão
declarações
das indicações
constantes
documentos necessários à emissão
ou
nos
2.2 Transportador
72
2.3 Operadores Logísticos
Os Portos Secos, como são conhecidas as EADI, são recintos alfandegados de uso
público, nos quais são executadas as operações de movimentação, armazenagem e
despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem.
Como ressalta a ANTT (2011), alguns portos secos apresentam maior importância
para o transporte intermodal, já que servem de plataformas de integração dos modos
de transporte. As características inerentes dos portos secos que agregam também
serviços como armazéns, pátios para contêineres, sistemas informatizados, agilidade
nas operações, trâmites alfandegários e outros, representam um atrativo para os
usuários de transporte, bem como para os operadores.
73
2.5 Despachante Aduaneiro
A figura do OTM foi definida na Lei n° 9.611, de 19 de fevereiro de 1998. Este operador é
a pessoa jurídica contratada como principal para a realização do Transporte Multimodal
de Cargas da origem até o destino, por meios próprios ou por intermédio de terceiros.
O Operador de Transporte Multimodal poderá ser transportador ou não transportador,
sendo que o exercício de suas atividades depende de prévia habilitação na ANTT. Cabe
a ele emitir o Conhecimento de Transporte Multimodal de Carga.
Quando o OTM puder habilitar-se para operar em outros países, ele deverá atender,
além das normas estabelecidas pela ANTT, todos os requisitos que forem exigidos
em tratados, acordos ou convenções firmadas pelo Brasil com o país de destino da
mercadoria.
74
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O expedidor é o responsável
pela entrega da carga ao transportador, a qual deverá estar
devidamente acondicionada/embalada, acompanhada dos
documentos necessários ao cumprimento das formalidades
legais perante a fiscalização tributária, alfandegária, de
polícia e de saúde, nos âmbitos Federal, Estadual ou
Municipal.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
75
Referências
76
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes
e dá outras providências. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017.
77
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Logística dos Transportes no
Brasil. Mapa Logística dos Transportes no Brasil. Brasília, 2014. Disponível em: <http://
www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000001970441112201
4440525174699.pdf>. Acesso em: ago. 2015.
MAYER, G. Regulação portuária brasileira: uma reflexão sob a luz da análise econômica
do direito. Tese – Curso de Pós-Graduação em Direito, do Setor de Ciências Jurídicas da
Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2009.
78
Transportador
Autônomo de
Cargas – TAC
MÓDULO 2 –
PARTE 1
UNIDADE 1 | LEGISLAÇÃO
ESPECÍFICA DO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO DE CARGAS –
PARTE 1
80
Unidade 1 | Legislação Específica do Transporte
Rodoviário De Cargas – Parte 1
Fique atento! Cada órgão possui atribuições específicas com o objetivo de garantir o
bom funcionamento do transporte.
ÓRGÃO ATRIBUIÇÕES
Habilitar os transportadores por
Agência Nacional meio do Registro Nacional do
de Transportes Transportador Rodoviário de Cargas
Terrestres (RNTRC). Monitorar o valor do frete
(ANTT) cobrado. Formular normas, operação e
fiscalização.
Assegurar a livre circulação nas
rodovias federais, realizando
patrulhamento, cumprindo e fazendo
Polícia
cumprir a legislação especificada pelo
Rodoviária
Código de Trânsito Brasileiro e de-
Federal (PRF)
mais normas. Inspecionar e fiscalizar
o trânsito, assim como aplicar multas
impostas por infrações de trânsito.
Ministério da
Estabelecer regras e inspecionar as
Agricultura,
condições de acondicionamento de
Pecuária e
produtos agropecuários durante o
Abastecimento
transporte.
(MAPA)
81
Estabelecer regras e fiscalizar as
Agência Nacional
condições de acondicionamento
de Vigilância
de produtos como alimentos,
Sanitária
medicamentos e agrotóxicos, dentre
(ANVISA)
outros.
Fiscalizar a arrecadação dos impostos
que recaem sobre a prestação dos
serviços de transportes e sobre
Órgãos os produtos transportados. No
Fazendários contexto do transporte de cargas de
importação e exportação, esse papel
é exercido pela Secretaria da Receita
Federal.
LEI DESCRIÇÃO
Determina que o transporte rodoviário de cargas poderá
ser exercido por pessoa física ou jurídica e a necessidade de
inscrição prévia do interessado no RNTRC (Registro Nacional
Lei nº 11.442/07
do Transportador Rodoviário de Cargas) da ANTT. A Lei
também dispõe sobre as regras de operação, principalmente
no que diz respeito à responsabilidade do transportador.
Detalha os critérios para a inscrição no RNTRC, além de
Resolução nº tratar de questões sobre a identificação dos veículos, o
4.799/15 conhecimento de transportes, as infrações e as penalidades
que podem recair sobre o transportador.
Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista. Tem o
Lei nº 13.103/15 objetivo principal de regular e disciplinar a jornada de trabalho
e o tempo de direção do motorista profissional.
82
3 Vale-Pedágio Obrigatório
Ou seja, muitas vezes o embarcador considerava que o frete já tinha incluso o valor do
pedágio. Em outros casos, a empresa de transporte cobrava o custo do pedágio do dono
da carga, mas não transferia o valor correspondente para o transportador autônomo.
Além disso, mesmo quando recebia de volta o valor devido, o ressarcimento se fazia
moroso. O transportador pagava o pedágio ao realizar a viagem e só era reembolsado
algum tempo depois.
83
Até 2002, as atividades de regulamentação, coordenação, delegação, fiscalização e
aplicação das penalidades pelo não fornecimento do Vale-Pedágio eram atividades
desempenhadas pelo Ministério dos Transportes. No entanto, a Medida Provisória nº
68/02, convertida na Lei nº 10.561/02, transferiu à ANTT essas competências.
84
E se a concessão para o Regime Especial ainda estiver válida?
85
6 Benefícios do Uso do Vale-Pedágio
Como a negociação do Vale-Pedágio obrigatório não será mais feita em espécie, essa
possibilidade torna-se inviável.
hh
Para fazer uso do Vale-Pedágio, o transportador deverá passar
pelas rodovias previamente determinadas. Escolhendo o roteiro,
o embarcador corre menor risco com relação ao roubo de cargas.
86
Devemos nos lembrar, ainda, que as rodovias pedagiadas muitas
7 Fiscalização do Vale-Pedágio
87
As principais infrações relativas ao Vale-Pedágio são:
88
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A legislação do transporte
rodoviário de cargas no Brasil são determinadas pela Lei nº
11.442/2007 e pela Resolução nº 2.550/2008 da ANTT.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
89
Referências
_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015.
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em:
maio 2017.
90
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso
em: maio 2008.
91
_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília,
2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.
92
OLIVEIRA, O. A. Transporte rodoviário de carga: módulo documentos fiscais. Portal Guia
do TRC, 2017. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/arquivos/?arquivo=curso_
doc_ame=TRANSPORTE+RODOVIARIO+DE+CARGA+MODULO+DOCUMENTOS+FISC
AIS>. Acesso em: maio 2017.
93
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO
ESPECÍFICA DO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO DE CARGAS –
PARTE 2
94
Unidade 2 | Legislação Específica do Transporte
Rodoviário de Cargas – Parte 2
95
§ 2º O contratante e o subcontratante dos serviços de transporte
rodoviário de cargas, assim como o consignatário e o proprietário
da carga, são solidariamente responsáveis pela obrigação prevista
no caput deste artigo, resguardado o direito de regresso destes
contra os primeiros.
96
1.2 Definições
O Art. 2º da Resolução traz algumas importantes definições. Para fins desta Resolução,
considera-se:
97
transportador para realização do transporte de cargas para o
qual fora anteriormente contratado, indicado no cadastramento
da Operação de Transporte;
98
1.3 Formas de Pagamento
99
1.4 Empresas Habilitadas para Receber o Pagamento
O Banco Central, para emitir o documento, faz uma série de exigências financeiras,
tecnológicas e documentais. A empresa interessada deve apresentar o pedido de
habilitação à ANTT, acompanhado de documentos como descrição do negócio,
indicação dos serviços a serem prestados, público-alvo, área de atuação, local da sede,
regularidade junto ao Bacen para funcionar como instituição de pagamento, etc.
100
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O Vale-Pedágio obrigatório
veio atender a uma antiga reivindicação das empresas de
transporte rodoviário de cargas e dos caminhoneiros
autônomos, que se sentiam penalizados com os custos de
pedágio em suas viagens.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
101
Referências
_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015.
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em:
maio 2017.
102
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso
em: maio 2008.
103
_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília,
2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.
104
OLIVEIRA, O. A. Transporte rodoviário de carga: módulo documentos fiscais. Portal Guia
do TRC, 2017. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/arquivos/?arquivo=curso_
doc_ame=TRANSPORTE+RODOVIARIO+DE+CARGA+MODULO+DOCUMENTOS+FISC
AIS>. Acesso em: maio 2017.
105
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO
ESPECÍFICA DO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO DE CARGAS –
PARTE 3
106
Unidade 3 | Legislação Específica do Transporte
Rodoviário De Cargas – Parte 3
107
Contemplando as modalidades de transporte rodoviário e ferroviário, o Acordo sobre
Transporte Internacional Terrestre entre os Países do Cone Sul inclui Argentina, Bolívia,
Brasil, Chile, Peru, Paraguai e Uruguai, sendo que entre Brasil e Venezuela refere-se
apenas ao transporte rodoviário. A negociação que está em andamento com a Guiana
também alude apenas ao transporte rodoviário, o único disponível atualmente.
Por meio das discussões e dos acordos firmados, os fluxos internacionais de bens e
pessoas tornam-se cada vez mais dinâmicos, competitivos e seguros, beneficiando as
empresas que importam e exportam mercadorias em diferentes países.
É importante ressaltar que, além dos acordos básicos citados, têm sido estabelecidos
acordos específicos no Mercosul, como o de Transporte de Produtos Perigosos e o
Acordo sobre Trânsito.
gg
Os atos legais e regulamentares, os procedimentos operacionais
e as informações estatísticas sobre o Transporte Internacional
Terrestre podem ser encontrados na página da ANTT. Confira!
www.antt.gov.br
108
2 Regulamentação do TRIC
2.1 Habilitação
109
• Ser proprietária de uma frota que tenha capacidade de transporte dinâmica total
mínima de 80 (oitenta) toneladas, a qual poderá ser composta por equipamentos
do tipo trator com semirreboque, caminhões com reboque ou veículos do tipo
caminhão simples;
110
• Licença Originária e seus anexos, concedida há, no máximo, 120 dias pelo
organismo nacional competente, e legalizada na representação diplomática do
Brasil no país de origem; e
A legislação sobre o transporte de produtos perigosos é complexa, pois para cada tipo
de produto há especificidades a serem consideradas. Veja a seguir uma lista com as 9
classes de Produtos Perigosos. Lembre-se de que cada classe deve ser identificada por
símbolos específicos.
111
Rótulos Classe
Classe 1: Explosivos
Subclasse 1.1:
Substâncias e artigos
com risco de explosão
em massa;
Subclasse 1.2:
Substâncias e artigos
com risco de projeção,
mas sem risco de
explosão em massa;
Subclasse 1.3:
Substâncias e artigos
com risco de fogo e
com pequeno risco
de explosão ou de
projeção, ou ambos,
Subclasses
mas sem risco de
explosão em massa;
Subclasse 1.4:
Substâncias e artigos
que não apresentam
risco significativo;
Subclasse 1.5:
Substâncias muito
insensíveis, com risco de
explosão em massa;
112
Classe 2: Gases
Subclasse 4.2:
Subclasses Substâncias sujeitas à
combustão espontânea;
Subclasse 4.3:
Substâncias que,
em contato com
água, emitem gases
inflamáveis.
113
Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos
orgânicos
Subclasse 5.1:
Substâncias oxidantes;
Subclasses
Subclasse 5.2: Peróxidos
orgânicos.
Subclasse 6.1:
Substâncias tóxicas;
Subclasses
Subclasse 6.2:
Substâncias infectantes.
114
Volumes contendo substâncias que apresentem risco para o meio ambiente também
devem ser marcados com simbologia específica (ANTT, 2011). Veja:
Rótulos Classe
Glossário
115
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os procedimentos para uma
empresa de Transporte Rodoviário de Carga obter autorização
para o transporte internacional estão regulamentados no
Brasil por meio da Resolução ANTT nº 1.474/2016.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
116
Referências
_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015.
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em:
maio 2017.
117
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso
em: maio 2008.
118
_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília,
2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.
119
OLIVEIRA, O. A. Transporte rodoviário de carga: módulo documentos fiscais. Portal Guia
do TRC, 2017. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/arquivos/?arquivo=curso_
doc_ame=TRANSPORTE+RODOVIARIO+DE+CARGA+MODULO+DOCUMENTOS+FISC
AIS>. Acesso em: maio 2017.
120
Transportador
Autônomo de
Cargas – TAC
MÓDULO 2 –
PARTE 2
UNIDADE 4 | DOCUMENTAÇÃO E
RESPONSABILIDADE PENAL DO
MOTORISTA
122
Unidade 4 | Documentação e Responsabilidade
Penal do Motorista
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo (a) à unidade 4! Vamos conhecer os documentos obrigatórios
do motorista e do veículo, a documentação estadual para o transporte, a legislação específica
para o exercício da profissão e a responsabilidade penal do motorista por crimes praticados
contra a Administração em geral. Bons estudos!
1 Documentação Exigida
1.1 Motorista
Você deve ter sempre em mãos sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), que
deverá ser das categorias “C” ou “E”, conforme determina o CTB e deve apresentar o
documento original quando solicitado pelos órgãos fiscalizadores, como por exemplo,
a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
123
A jornada diária do motorista continua a ser de oito horas, com possibilidade de
duas horas extras, totalizando o máximo de dez horas. A cada seis horas ao volante,
o motorista deverá descansar 30 minutos. Esse tempo poderá ser fracionado, assim
como o de direção, desde que o tempo dirigindo seja limitado ao máximo de 5,5 horas
contínuas.
hh
No caso dos transportadores autônomos é preciso ter atenção
redobrada!
1.2 Veículo
124
1.3 Mercadorias em Geral
DOCUMENTO DESCRIÇÃO
Comprova a posse da mercadoria e tem como principal
objetivo atender às exigências do Fisco quanto ao trânsito das
Nota Fiscal
mercadorias e das operações realizadas entre adquirentes e
fornecedores.
Comprova a contratação do transportador pelo embarcador
Conhecimento para a realização do serviço de transporte. Esse documento é
de Transporte emitido pelo transportador e indica que as mercadorias estão
Rodoviário sob sua responsabilidade para a entrega, de acordo com o que
está descrito no conhecimento.
Utilizada no transporte de carga a granel, de combustíveis
líquidos ou gasosos e de produtos químicos ou petroquímicos,
Autorização de quando, no momento da contratação do serviço, não
Carregamento forem conhecidos os dados relativos a peso, distância e
e Transporte valor da prestação do serviço. A utilização da autorização
de carregamento não dispensa a posterior emissão do
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas.
Utilizada pelo estabelecimento transportador que executar
serviço de coleta de cargas no endereço do remetente, e
Ordem de
destina-se a acobertar a prestação de serviço, do endereço do
Coleta de
remetente até o do transportador, para emissão obrigatória
Carga
do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, no qual
será anotado o número da respectiva ordem de coleta.
Obrigatória somente no transporte rodoviário de carga
Manifesto de fracionada, sendo utilizado pelos transportadores de cargas
Carga que executarem serviço de transporte intermunicipal e
interestadual.
125
1.4 Produtos Perigosos
Se você estiver transportando algum tipo de Produto Perigoso, qualquer que seja sua
classe, serão exigidos também:
• Identificação do expedidor ou do
fabricante do produto que forneceu as
instruções;
126
Com observação de habilitação
para produtos perigosos (curso
Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
Movimentação e Operações de
Produtos Perigosos, MOPP).
Quando exigível (IBAMA, INMETRO,
Licença Especial
FEPAM, etc.).
Kit de emergência e EPI (Equipamento
Equipamentos de Segurança
de Proteção Individual).
Painel em formato de losango, onde
estão estipulados o símbolo gráfico e
Rótulo de Risco
a cor, que correspondem à classe do
produto perigoso transportado.
Painel retangular de cor laranja
contendo o número ONU e o número
Painel de Segurança
de risco do produto perigoso
transportado.
A responsabilidade criminal é aquela que zela pelo respeito – individual e/ou coletivo
– dos valores fundamentais de sociedade, tais como a vida, a segurança, a integridade
física, a saúde, entre outros. Para isso, o Direito Penal identifica as infrações penais e
especifica as respectivas penalidades.
127
Um crime pode ser praticado por omissão. Por exemplo, um
128
No Conhecimento de Transporte existe um campo importante que deve ser preenchido
chamado Código Fiscal da Operação. Em algumas guias de CTRC esse campo se chama
CÓDIGO, enquanto em outras guias ele recebe a sigla CFOP. Tal código especifica o
tipo de serviço que está sendo realizado e a natureza fiscal do serviço.
129
5.357 (5.63) Prestação de Serviços de Transportes a não
contribuinte no Estado
130
3.3 Tributação pelo ICMS
O ICMS foi definido pela chamada Lei Kandir, que corresponde à Lei Complementar nº
87, de 13 de setembro de 1996. Ela dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito
Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
O segundo artigo da lei estabelece claramente as situações nas quais deve ser recolhido
o ICMS. Veja.
131
II. Sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior;
132
Existem algumas situações em que, embora aparentemente seja uma prestação efetiva
de serviço de transporte, não o é. O simples fato de transportar uma mercadoria não
caracteriza a prestação de serviço de transporte para fins de tributação do ISS ou do
ICMS.
O transporte de carga própria, por exemplo, não é tributado com ICMS, pois não houve
efetiva prestação de serviço de transporte. Ou seja, nenhuma pessoa física ou jurídica
foi contratada para prestar o serviço de transporte propriamente dito.
TRIBUTOS DESCRIÇÃO
Imposto que é pago no início de cada ano
Imposto sobre Propriedade de Veículos
pelo proprietário do veículo e a cobrança é
Automotores (IPVA)
proporcional ao valor do veículo.
Proporcional ao valor do frete. Recai
Imposto sobre Circulação de Mercadorias sobre os serviços interestaduais e tem
e Serviços (ICMS) porcentagem variada de estado para
estado.
Proporcional ao valor do frete. Exclusivo
Imposto sobre Serviços de Qualquer para os casos de transporte intermunicipal
Espécie (ISS) e pode ser no máximo 5% do valor cobrado
pelo frete.
Tributo pago na compra de combustíveis
Contribuição de Intervenção sobre o e tem como finalidade investir os recursos
Domínio Econômico (CIDE) arrecadados na manutenção e construção
de rodovias.
133
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A Lei do Caminhoneiro define
a quantidade máxima de horas seguidas que o motorista
pode dirigir, tornando obrigatórias as paradas de descanso,
um intervalo para as refeições e o tempo de descanso entre
um dia e outro de trabalho.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
134
Referências
_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015.
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em:
maio 2017.
135
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso
em: maio 2008.
136
_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília,
2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.
137
OLIVEIRA, O. A. Transporte rodoviário de carga: módulo documentos fiscais. Portal Guia
do TRC, 2017. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/arquivos/?arquivo=curso_
doc_ame=TRANSPORTE+RODOVIARIO+DE+CARGA+MODULO+DOCUMENTOS+FISC
AIS>. Acesso em: maio 2017.
138
UNIDADE 5 | LEGISLAÇÃO
REFERENTE A DIMENSÕES,
PESO E ALTURA DOS VEÍCULOS
139
Unidade 5 | Legislação Referente a Dimensões,
Peso e Altura dos Veículos
ENTRE-
CARGA TOLERÂNCIA
EIXOS RODAGEM SUSPENSÃO EIXOS
(kg) (7,5 %)
(m)
>1,20 ou
Duplo dupla tandem 17.000 18.280
≤ 2,40
não em >1,20 ou
Duplo dupla 15.000 16.130
tandem ≤ 2,40
>1,20 ou
Duplo simples+dupla especial 13.500 14.520
≤ 2,40
>1,20 ou
Duplo extralarga(4) pneumática 17.000 18.280
≤ 2,40
>1,20 ou
Triplo(3) dupla tandem 25.500 27.420
≤ 2,40
>1,20 ou
Triplo(3) extralarga(4) pneumática 25.500 27.420
≤ 2,40
140
(1) Para rodas com diâmetro inferior ou igual a 830mm
141
2 Capacidade Máxima de Peso e Altura da Carga no Mercosul
Os veículos que circulam no Mercosul devem obedecer aos acordos firmados entre os
países membros. No Brasil, estes limites foram estabelecidos pelo Decreto nº 7.282
(BRASIL, 2010), que dispõe sobre o Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de
Transporte Rodoviário de Passageiros e Cargas.
Em seu Art. 4º, o Decreto nº 7.282 define os limites de pesos permitidos para a
circulação de veículos de transporte de carga no âmbito do Mercosul:
QUANTIDADE DE
EIXOS LIMITE (t)
RODAS
2 6
SIMPLES
4 10,5
4 10
DUPLO 6 14
8 18
6 14
TRIPLO 10 21
12 25,5
142
Já o art. 8º especifica as dimensões máximas permitidas:
143
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O que define a capacidade de
carga é a maneira como os eixos se distribuem no veículo e a
distância entre os eixos.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
144
Referências
_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015.
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em:
maio 2017.
145
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso
em: maio 2008.
146
_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília,
2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.
147
OLIVEIRA, O. A. Transporte rodoviário de carga: módulo documentos fiscais. Portal Guia
do TRC, 2017. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/arquivos/?arquivo=curso_
doc_ame=TRANSPORTE+RODOVIARIO+DE+CARGA+MODULO+DOCUMENTOS+FISC
AIS>. Acesso em: maio 2017.
148
Transportador
Autônomo de
Cargas – TAC
MÓDULO 3 –
PARTE 1
UNIDADE 1 | FATORES
OPERACIONAIS QUE INTERFEREM
NO PLANEJAMENTO DA
OPERAÇÃO DO TRANSPORTE
150
Unidade 1 | Fatores Operacionais que Interferem
no Planejamento da Operação do Transporte
1.1 Veículo
De acordo com Valente, Novaes e Passaglia (2007), sinteticamente, pode-se dizer que
há duas situações distintas com as quais as empresas se defrontam por ocasião do
processo de dimensionamento da frota: demanda desconhecida e demanda conhecida.
151
A primeira situação, quando é preciso prever a demanda, é a que traz maiores problemas.
O complexo trabalho de previsão é, em geral, feito por profissionais que trabalham
com números – economistas, engenheiros de tráfego e transporte, estatísticos, entre
outras categorias profissionais – os quais possuem conhecimentos profundos em
modelos matemáticos e estatísticos.
152
5. Determinar os tempos de carga, descarga, paradas em filas, paradas para refeição
e descanso dos motoristas, as horas em manutenção etc.
1.2 Condutor
153
Nesse sentido, os condutores precisam ter a habilitação exigida pela legislação para
os diferentes tipos de veículos e serem capacitados nos outros aspectos. Também
importante é a habilidade em utilizar as tecnologias embarcadas (GPS, computador
de bordo, botão de pânico etc.) para ajudar no gerenciamento da viagem e no
gerenciamento de risco (roubos, acidentes etc.).
Por outro lado, há cargas que exigem maiores cuidados por serem muito visadas por
ladrões. Esse fator exige que o motorista seja treinado especificamente para gerenciar
o risco e para utilizar diferentes tecnologias de apoio ao gerenciamento da viagem.
154
1.4 Manutenção
• Manutenção corretiva
• Manutenção preventiva
• Manutenção preditiva
155
A base dessa prática está na inspeção com auxílio de equipamentos e/ou sentidos
humanos. Adicionalmente, é necessário conhecer os parâmetros de desempenho
de cada peça para um determinado ambiente de operação, de forma a identificar
problemas potenciais futuros e executar a manutenção antes.
1.5 Tecnologia
As rodovias ou estradas são os últimos fatores que têm influência e que precisam ser
obrigatoriamente considerados pela empresa ou pelo transportador autônomo nos
seus planos de viagem.
156
O tipo de rodovia, as condições de rodagem e de sinalização, os traçados e as
alternativas de caminhos diferentes para a execução da operação de transporte são
fundamentais para o cumprimento dos objetivos de atendimento aos clientes por
parte dos transportadores.
157
Rotograma ou plano de transporte é o instrumento que reúne
as informações relativas ao planejamento das viagens.
• Cidades mais próximas ao longo das rodovias, com prioridade para as cidades
maiores, com indicação da distância aproximada até o centro da cidade. No
caso de serviços na área rural, informações acerca da localização das fazendas e
propriedades rurais, das distâncias entre elas e entre a rodovia e as propriedades
etc., são de suma importância.
158
Obeserve a seguir um modelo de rotograma, que será apresentado em duas partes.
159
160
Além desses dados, o cliente ou o embarcador deve: informar ao motorista as
características do produto que será entregue, a quantidade de itens, o peso ou volume
da carga, o endereço completo do(s) destinatário(s) da mercadoria; e fornecer toda a
documentação necessária para a viagem.
161
Atividades
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1) Julgue verdadeiro ou falso. Determinar a velocidade média
de deslocamento durante o percurso faz parte do roteiro
para o dimensionamento da frota de veículos.
Verdadeiro
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Verdadeiro
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162
Referências
163
UNIDADE 2 | PROCEDIMENTOS
DO CONDUTOR PARA A
PREPARAÇÃO DA VIAGEM
164
Unidade 2 | Procedimentos do Condutor para a
Preparação da Viagem
1 Procedimentos Iniciais
• Observe os horários que devem ser cumpridos; nunca tente recuperar algum
tempo perdido.
• Conheça previamente o traçado das vias e rodovias pelas quais terá que passar.
Procure levar consigo um mapa com todas as vias e solicite informações do
trajeto quanto a: distância, locais de abastecimento, alimentação, repouso,
segurança da carga e do veículo, interrupção temporária ou definitiva do trecho
a ser percorrido, entre outras.
165
hh
Quando dirigir em estradas e rodovias, é recomendável que se
faça, antes da viagem, uma avaliação das condições da estrada.
Busque informações junto ao Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT), à Polícia Rodoviária ou a
algum órgão regional responsável pelas rodovias.
Complementarmente, o plano de viagem deve ser apoiado pelo porte dos documentos
obrigatórios para o transporte de cargas, por parte do motorista.
166
Assim, deve-se sempre conferir a posse dos seguintes documentos relativos à carga:
• Nota fiscal
• Manifesto de carga
Por fim, o motorista deverá conferir o roteiro e as estradas que irá seguir. O caminho
vai ajudar, inclusive, na disposição das mercadorias dentro do veículo.
167
2 Interpretação e Leitura de Mapas
Veremos aqui como interpretar os mapas rodoviários, pois você trabalha nesse
ambiente. Para isso, tomemos como exemplo, o mapa rodoviário do Distrito Federal.
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" 436
ESCALA 1:130.000
!
R e s p o n s á v e l : D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l d e I n f r a e s t r u t u r a d e Tr a n s p o r t e s – D N I T. 1 cm = 1.3 km
G O I Á S
0 1.3 2.6 3.9 5.2 6.5 km
R o d o v i a s e s t a d u a i s : l e v a n t a d a s c om G PS e a t u a l i z a ç ã o d a s i n for m a ç õ e s e m 2 0 0 2 . C r é d i t os e r e s p on s a b i -
!
Rodovias federais não pavimentadas, rodovias federais planejadas, Portos e Outras Localidades:
id e n ti fic a d a s a p a r ti r d os m a p a s r od ov iá r i os d o D N I T e m s u a ú l t im a p u b l ic a ç ã o ( 2 0 0 2 ) . R e s p on s á v e l : D e - Elaboração:
040 Diretoria de Planejamento e Pesquisas – DPP
p a r t a m e n t o N a c i o n a l d e I n f r a e s t r u t u r a d e Tr a n s p o r t e s – D N I T.
Coordenação Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN
Dunas
H i d r o v i a s : i d e n t i fic a d a s a p a r t i r d a “ B a s e c a r t og r á fi c a v e t or i a l co n t í n u a d o Br a s il a o m il io n é s i m o – b C IM d : Coordenação Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN
!
"425
ve r s ã o 2 . 2 . R i o d e Ja n e i r o. I B G E , 2 0 0 7 . ” R e s p on s á v e l : D e p a r t a m e n t o N a c i on a l d e I n fr a e s t r u t u r a d e (61) 3315-4151 - planejamento@dnit.gov.br
!
Tr a n s p o r t e s – D N I T.
www.dnit.gov.br - ouvidoria@dnit.gov.br
Base cartográfica: todas as informações cartográficas complementares foram obtidas por meio do SICAD-
Sistema Cartográfica do Distrito Ferderal.
Implantada Salinas
!
-16°10' -16°10'
ÁREAS URBANAS
-48°10' -48° -47°50' -47°40' -47°30' -47°20' -47°10'
Em Implantação
! Área Alagadiça
FAZ. PALMA
!
"
Distância Parcial
Leito Natural ! 33
Capital/Região Metropolitana
! Dunas
Cidades
!
"
"
em km
"
!
¬
Trechos MP 082/2002 Acima de 500.000 habitantes P
¬
"
! Unidade Local Federal
Abaixo de 10.000 «
¬
Duplicada !
" !
"
Outras Localidades
Abaixo de 10.000
*
«
!
"
¬
Em Pavimentação LIMITES
Em Duplicação
!
" !
" Internacional
Localidades IBGE )
"
Em Implantação
Pavimentada
!
" !
" Interestadual
Outras Localidades *
M"! I N A "!Intermunicipal
Em Pavimentação
Implantada
!
" S LIMITES
Interestadual em Litígio
Internacional
EM LITÍGIO
G
Em Implantação
!
"
E R AM
!
" I SI N
Interestadual
Distância Parcial
Leito Natural !
" !
"
Parque
A S
Nacional, Reserva
Florestal e Terras Indígenas
Interestadual em Litígio
33
EM LITÍGIO
"
G"!Aeródromo
E RInternacional
REFERÊNCIAS Intermunicipal
!
"
A Florestal
I SNacional,
"
Planejada
!·
DF
Rodovia Estadual Coincidente
Concedida Parque Reserva BR
e Terras Indígenas
Unidade Local Estadual Aeródromo Público Distância Parcial 33 ?
"
em km REFERÊNCIAS
"
169
Observe que a figura tem várias partes:
GMapa
O Multimodal
I Á S do Distrito Federal
HONDURAS -80° -60° -40°
EL SALVADOR
NICARÁGUA
BRASIL
VENEZUELA
PANAMÁ FRANCESA
GUIANA
COLÔMBIA SURINAME
PERU
-10° -10°
EQUADOR
BRASIL
BOLÍVIA DISTRITO FEDERAL
Pacífico
PERU
-10°
PARAGUAI
-30° -30°
co
URUGUAI PARAGUAI
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-50° -50°
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-80° -60° -40°c
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-50°
170
CHILE ARGENTINA
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O -50°
-50°
CONVENÇÕES
RODOVIAS HIDROVIAS
Federais Hidrovia
Duplicada
" HIDROGRAFIA
Em Duplicação
! Rio e Lagoa Permanente
Pavimentada
! Rio e Lagoa Intermitente
Em Pavimentação
! Barragem e Açude
Implantada
! Salinas
Em Implantação
! Área Alagadiça
Leito Natural
! Dunas
Planejada
! ÁREAS URBANAS
Concedida
Distância Parcial
!
33
Capital/Região Metropolitana
Cidades
"
em km
"
Trechos MP 082/2002
! Acima de 500.000 habitantes P
¬
Em Pavimentação
!
" LIMITES
JARDIM II Implantada Internacional
*
E !
"
Em Implantação
!
" Interestadual
!
"
285
! Leito Natural M"! I N A Intermunicipal
S em Litígio
Interestadual
EM LITÍGIO
G"!"!E R A Florestal
I SNacional,
O Planejada
*
E
em km REFERÊNCIAS
"
·
!
DF
Rodovia Estadual Coincidente BR
Aeródromo Internacional
Em Construção Porto
MG Planejada Farol
!
ut
www.dnit.gov.br - ouvidoria@dnit.gov.br
das por meio do SICAD-
-16°10'
-47°20' -47°10'
171
A tabela de convenções, ou legenda, detalha todos os códigos e símbolos contidos
no mapa. Veja, por exemplo, que as rodovias que cortam o DF são classificadas em
rodovias federais e estaduais. Dentro dessa classificação, as rodovias são divididas
em: duplicada (pista dupla do tipo autoestrada), em duplicação, pavimentada, em
pavimentação, implantada, em implantação, leito natural (estrada de terra), planejada
e concedida (rodovia com pedágio). Cada um desses tipos de rodovia é representado
no mapa por um símbolo diferente.
Há também uma simbologia específica para marcação das áreas urbanas e das
cidades. A capital do estado – no caso, Brasília – é normalmente representada por uma
figura maior (retângulo, quadrado, hexágono ou outra forma qualquer) pintada em
amarelo. Por outro lado, as cidades são representadas em função de sua população.
Quanto maior a população, mais visível é o símbolo utilizado. Note que as cidades são
representadas por círculos diferenciados no formato em função da população.
Todas essas informações são inseridas no mapa para definir a localização de cada um
dos pontos importantes constantes na tabela de convenções. Veja que fica muito
fácil localizar os pontos de interesse a partir do momento que aprendemos a ler e
interpretar a tabela de convenções. Isso nos permite interpretar o mapa completo.
172
hh
Outra informação importante no mapa é a escala em que ele foi
desenhado. Essa informação é encontrada na parte inferior da
tabela de convenções e nos permite medir as distâncias entre os
vários pontos de interesse do mapa: distâncias entre cidades,
quilometragem de uma rodovia rural não pavimentada, distância
para entrega de produtos em uma propriedade rural a partir de
um fornecedor de produtos etc.
Essa relação nos diz que, para cada 1 centímetro de rodovia medido com uma régua
no mapa, a distância real percorrida pelo motorista na estrada corresponderá a 1.300
metros (1,3 quilômetros). Assim, a distância entre duas cidades separadas em linha
reta no mapa por 10 centímetros será igual a 13 quilômetros.
Exemplo:
Se você estiver consultando um mapa que fornecer a escala de 1:50.000? Qual será a
distância em quilômetros para cada 1 centímetro medido no mapa com uma régua?
173
3 Identificando as Rotas nos Mapas
As rotas são caminhos a serem seguidos com base na orientação de mapas. No caso do
mapa rodoviário, as rotas são formadas por pontos localizados dentro da representação
contida no mapa, que facilita a localização das vias de acesso de um ponto a outro e
indica o trajeto que você pode fazer para entregar a mercadoria ao seu cliente.
Veja que, para ir de Brasília a Goiânia, você pode escolher a rota que passa por Anápolis
(BR-060), indicada no mapa como uma rodovia federal duplicada.
174
4 Interpretação e Leitura de Guias Rodoviários
Existem também guias rodoviários que ajudam os motoristas e os outros usuários das
rodovias a se locomoverem entre dois pontos do território brasileiro, com todas as
informações necessárias para que a viagem corra bem.
Assim, nos diversos guias (www.estradas.com.br) são apontadas, ao longo das rodovias,
as cidades e regiões a que a rodovia dá acesso, servindo como pontos de referência para
chegar a um determinado destino. Para sair de um local de origem e chegar ao local
de destino, sabe-se que, ao longo da rota escolhida, deve-se passar por determinadas
cidades atendidas por aquela rodovia.
175
A seguir está representado o guia dessa rodovia dividido em duas partes.
176
177
Nesse guia, é indicada, no centro, a marcação da quilometragem oficial e, nas laterais,
a quilometragem percorrida em cada sentido (São Paulo ou Belo Horizonte). Veja que
o quilômetro 0, indicado na coluna central da figura, representa a divisa dos estados
de São Paulo e de Minas Gerais. A leitura da coluna da direita indica que a divisa está
localizada a 90 quilômetros da cidade de São Paulo e a 473 quilômetros da cidade de
Belo Horizonte.
hh
O próprio motorista pode montar o seu guia para deslocamentos
em algumas áreas rurais onde é oferecido o serviço de transporte,
a partir das informações coletadas nos mapas e nos guias
existentes na internet, principalmente.
178
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. As rotas são caminhos a serem
seguidos com base na orientação de mapas.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
179
Referências
180
UNIDADE 3 | CUSTOS DE
TRANSPORTES
181
Unidade 3 | Custos de Transportes
Nesta unidade, vamos estudar conceitos relativos aos custos no transporte rodoviário de
cargas e conhecer a estrutura e os modelos de composição da tarifa desses serviços. Bons
estudos!
Você sabe quais custos estão relacionados à quilometragem e quais são os custos que
você tem com o caminhão, mesmo que fique sem trabalho?
O modelo de custos e tarifação mais utilizado é aquele que calcula o Custo Total e
o divide pela quilometragem percorrida. O resultado será o valor que deverá ser
cobrado por cada quilômetro da viagem. Se você quiser usar um modelo um pouco
mais complexo, poderá considerar também a quantidade de carga transportada, ou
seja, quantos quilos ou quantas toneladas você vai transportar em cada viagem.
182
Com essas informações, poderá desenvolver um modelo para o cálculo dos seus custos
e, sabendo quanto gasta, você vai poder definir a tarifa, ou seja, quanto deve cobrar
para fazer cada serviço!
O Custo Total (CT) divide-se em dois componentes: Custos Fixos (CF) e Custos Variáveis
(CV), isto é:
CT=CF+CV
• Seguro do veículo
• Licenciamento e IPVA
Você concorda que mesmo que seu caminhão esteja parado, o IPVA continua sendo
cobrado?
183
Alguns custos são cobrados todo mês, enquanto outros podem ser pagos de uma só
vez, no começo do ano. Então, como fazemos para considerar o CF quando vamos
calcular o valor do quilômetro?
Para isso você deverá somar todos os CF que você tem no ano e dividir pela quantidade
de quilômetros percorridos. Assim, você saberá qual o valor do Custo Fixo Médio de
cada quilômetro que você percorreu.
Portanto, o Custo Fixo Médio ( ) é a divisão entre o Custo Fixo (CF) e a quantidade de
quilômetros percorrida (Q),ou seja:
Como os Custos Fixos não variam, podemos deduzir que quanto mais viagens você
fizer e quanto mais carga você transportar, menor será o seu Custo Fixo Médio por
quilômetro ou por tonelada.
Para obter um valor aproximado do , você pode usar os valores históricos dos serviços
realizados, ou seja, o valor dos custos fixos dividido pela quantidade de quilômetros
que você percorreu no último ano.
São aqueles que variam de acordo com a quantidade de serviços de transporte que
você realiza.
• Combustível
• Pagamentos de pedágio
• Pneus
• Óleos lubrificantes
184
Os Custos Variáveis Médios ( ) são definidos como:
hh
Relacionar os custos com a distância percorrida é a principal
maneira de calcular o preço que você deverá cobrar por um
serviço de transporte!
Se você calcular seus Custos Fixos e Variáveis será possível calcular o Custo Total. Na
sequência, você poderá determinar o quanto custa cada quilometro rodado, utilizando
a seguinte expressão:
Custo( km ) = CT / Km
Para calcular o preço que você deve cobrar por um serviço, você deverá multiplicar
o valor do km pela quantidade de quilômetros que você deverá rodar para fazer o
serviço.
Como vimos, o preço que você vai cobrar pelo serviço está relacionado ao custo que
você estima que vai ter.
O que acontece se o seu custo for maior do que você estava imaginando?
185
A resposta é clara: você não vai poder cobrar um valor adicional de seu cliente e terá
que assumir o prejuízo.
Portanto, você deverá fazer o controle dos custos operacionais constantemente, para
saber se eles estão próximos do que você estava imaginando ou se você está tendo
custos maiores do que o esperado. Esse controle é essencial para garantir que você
tenha alguma lucratividade com o seu trabalho e que não opere no prejuízo!
Para tanto, é necessário que você anote em um caderno todos os seus custos para
acompanhar e controlar de verdade o que ocorre na prática. O cálculo do valor do
frete que você irá cobrar deve estar sempre atualizado em relação aos valores que vai
registrando.
Vamos fazer agora um exercício prático para calcular o valor do km que você deverá
considerar, quando for calcular o frete para fazer uma entrega. Lembre-se de seguir o
método de cálculo separando custos fixos e variáveis.
a) salário
c) despesas previdenciárias
d) manutenção preventiva
186
a) Salário
Considere como custo fixo um valor mensal que você deseja receber, como se fosse
um salário. Mesmo que você seja seu próprio patrão, é importante que você tenha um
recebimento mínimo fixo, certo?
No total, o custo com licenciamento, seguro e IPVA será de 3.000,00 por ano, ou seja,
R$ 250,00 por mês (basta dividir o valor total por 12 meses).
c) Despesas previdenciárias
O autônomo deve considerar também a contribuição mensal feita para o SEST SENAT,
que lhe dá direito ao atendimento odontológico, capacitação e atividades de lazer e
cultura. A contribuição é de 2,5 % sobre o seu salário.
187
d) Manutenção preventiva
Deste total, estima-se que metade seja custo com manutenção preventiva e metade
seja o custo com manutenção corretiva. Portanto, o custo com manutenção preventiva
seria de R$ 167,50.
Por fim, vamos falar da depreciação. Ela representa a desvalorização de seu veículo ao
longo dos anos e deve ser considerada para o cálculo dos custos fixos. Lembre-se de
que você terá que trocar seu caminhão de tempos em tempos, e este custo deve ser
considerado no cálculo dos fretes.
188
Em resumo, teremos os seguintes custos fixos:
Para chegar ao valor do quilômetro, basta dividir o custo fixo mensal pela quantidade
média de quilômetros que você percorre todo mês.
Vamos considerar que você faça uma média de 2.000 quilômetros todo mês. Isso
significa que cada quilômetro que você roda tem um custo fixo de aproximadamente
R$ 1,762.
a) combustível
c) lubrificantes
d) manutenção corretiva
e) limpeza e higienização
Vamos começar!
a) Combustível
Você sabe quantos quilômetros seu caminhão faz por litro de combustível?
Vamos supor que o seu caminhão consiga fazer uma média de 4 km por litro. Vamos
considerar que cada litro de óleo diesel custe R$ 2,50.
189
b) Material rodante (pneus)
Para calcular o custo com o desgaste dos pneus você precisa somar o valor dos pneus
com o valor da recapagem.
Exemplo:
Vamos imaginar que você faça apenas uma recapagem em cada pneu, a um custo de
R$ 250,00, e que o valor do pneu novo é de R$ 750,00. O custo total com a compra e
recapagem de cada pneu será de R$ 1.000,00.
Vamos considerar que você troque os pneus a cada 120.000 quilômetros rodados. Para
calcular o custo com material rodante por quilômetro basta dividir o custo do pneu
pelo total de quilômetros que ele dura antes da troca. Ou seja, o custo com cada pneu
será de R$ 0,0083 por quilômetro.
Vamos considerar agora que seu veículo possui 10 pneus. Portanto, o custo com
material rodante será R$ 0,083 por quilômetro.
c) Lubrificantes
O custo com lubrificantes inclui todos os tipos de óleo (motor, câmbio, diferencial etc.)
e varia conforme a quantidade de quilômetros rodados.
Vamos considerar que seu veículo utilize 20 litros de óleo para o motor a cada 10 mil
quilômetro rodados. Se cada litro de óleo custa R$ 8,00, você vai gastar R$ 160,00 a
cada 10 mil quilômetros. Portanto, o custo com óleo lubrificante de motor será de R$
0,016 por quilômetro.
Calculamos neste exemplo apenas o custo com óleo lubrificante do motor. Você
deverá considerar no cálculo do frete, o custo com todos os demais lubrificantes que
seu veículo utiliza!
d) Manutenção corretiva
Estima-se que o custo mensal com manutenção corretiva seja equivalente ao custo
mensal com manutenção preventiva. Portanto, o custo com manutenção corretiva
seria de R$ 167,50 por mês.
Se o veículo percorre em média 2.000 quilômetros a cada mês, o custo com manutenção
corretiva será de aproximadamente R$ 0,084 por quilômetro.
190
e) Limpeza e higienização
Para finalizar vamos falar da limpeza e higienização de seu veículo. Ela é fundamental
para atrair e fidelizar clientes!
Alguns postos de combustível oferecem esse serviço gratuitamente para seus clientes.
Entretanto, você não pode contar com a sorte e precisa considerar essa despesa.
Vamos considerar que você lave seu veículo a cada 5.000 quilômetros. Se cada lavagem
custar R$ 100,00, o custo será de R$ 0,020 por cada quilômetro.
CUSTO VARIÁVEL / KM
a) combustível R$ 0,625
b) material rodante (pneus) R$ 0,083
c) lubrificantes – óleo do motor R$ 0,016
d) manutenção corretiva R$ 0,084
e) limpeza e higienização R$ 0,020
TOTAL R$ 0,828
No nosso exemplo:
Para calcular o valor que deve ser cobrado por cada quilômetro, você terá que somar o
custo fixo e o custo variável por quilômetro rodado.
VALOR DO KM
Custo fixo/km R$ 1,762
Custo variável/km R$ 0,828
TOTAL R$ 2,590
Para calcular o frete de uma viagem, você deverá multiplicar o valor do custo de cada
quilômetro pela quantidade de quilômetros da viagem.
191
Lembre-se de considerar a ida e a volta!
Por exemplo, um cliente quer contratar seu serviço para realizar uma viagem entre
São Paulo e Campinas. Vamos considerar uma distância de 96 quilômetros na ida e 96
quilômetros na volta, totalizando 192 quilômetros.
O valor mínimo que você deve considerar é de R$ 2,59 por quilômetro. Portanto, o
valor mínimo que você deve cobrar do seu cliente para fazer a viagem sem trabalhar
no prejuízo é R$ 497,28. Ou seja:
192
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O modelo de custos e tarifação
mais utilizado é aquele que calcula o Custo Total e o divide
pela quilometragem percorrida.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
193
Referências
194
Transportador
Autônomo de
Cargas – TAC
MÓDULO 3 –
PARTE 2
UNIDADE 4 | ELABORAÇÃO DE
CONTRATO E CONHECIMENTO
DE TRANSPORTE
196
Unidade 4 | Elaboração de Contrato e Conhecimento
de Transporte
b) Ponto de vista do embarcador: o frete é a quantia (em reais) que ele está disposto
a pagar pelo serviço prestado.
hh
Perceba que essas visões podem ser conflitantes, pois para o
transportador o frete é uma remuneração enquanto que para o
embarcador é um custo.
197
O valor a ser cobrado pelo serviço de transporte pode ser definido de três formas
distintas. Vamos conhecê-las:
São diversos os fatores que interferem no valor do frete, que vão desde o tipo de
veículo utilizado na execução do serviço, até forças externas que independem da
vontade do transportador.
198
O esquema apresenta alguns fatores que influenciam no valor do frete.
Hidrovia
Tipo de
"
Percurso
HIDROGRAFIA
Carga Tipo de
! Rio e LagoaPARK
Permanente
Veículo
WAY
o
nd
!
Fu * E
!
" 055
ac
!
Ri
Barragem e Açude
Influências
!
Modalidade de Salinas
Frete Externas
Transporte
9
! Área Alagadiça
13
!
003
450 Dunas
Duração ou Volume de
!
Tempo
ÁREAS URBANAS
Tipo de
Carga
!
33
Capital/Região
Serviço
Metropolitana
Cidades
"
"
199
Normalmente, um embarcador procura um
transportador autônomo, uma empresa
de transporte rodoviário de cargas ou de
outro modo de transporte de cargas para
realizar contratos duradouros, buscando um
verdadeiro parceiro para distribuir ou coletar
suas mercadorias no mercado. Assim, podem
ser estabelecidos contratos de prestação de
serviços entre embarcador e transportadores
não somente para uma viagem, mas por um
período de tempo estabelecido no documento.
• Rescisão contratual;
• Prazo do contrato;
200
gg
Muitos especialistas da área e páginas da internet disponibilizam
modelos de contratos de prestação de serviço de transporte.
Consulte os portais nos endereços a seguir e aprofunde-se neste
tema. Vale a pena!
www.guiadotrc.com.br
http://www.lex.com.br
www.paulicon.com.br
www.setcemg.org.br
www.sitecontabil.com.br
201
• Área 1: expedidor, remetente ou embarcador, consignatário ou à ordem,
destinatário, competência, prazo aproximado de transporte, nota fiscal e outras
cláusulas (área superior à esquerda).
Na Área 2, são inseridas as informações sobre o serviço que será prestado pelo
transportador, informando a origem e o destino da carga.
202
003
450
10.000 a 100.000 habitantes
!
"055
¬ TORORÓ Via
Nome do emitente Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas___ª
*
E
N° 000.000 - Série_____-_____(subsérie)
CATETINHO Endereço
"
! Abaixo de 10.000 -16°____/____/____
Natureza da prestação:___________Código________
3
«
¬
Insc. Estadual e CNPJ Local e data da emissão:
4 End.
!
"
Remetente: Localidades IBGE Destinatário:
End. 15
001
251
)
"
!Ó
" Outras Localidades
! *
Município UF. Município UF.
!
3
2
!
"
Insc. Est.
PRF LIMITESCNPJ Insc. Est. CNPJ GAMA
*
E
Ri
Consignatário Redespacho - Frete: Pago A pagar
oS
040
End. "
! Internacional
Empresa:
aia
2
Frete:"
!
Município ÁREA ALFA Interestadual UF. Ve End.
Parque Reserva
! e Terras Indígenas
Mercadoria transportada Coleta SANTA PRISCA
33
Frete peso/vol MARINHA
Frete valor SEC/CAT Despacho Pedágio Outros Total prestação Base de cálculo TAQUARAL ICMS
Alíquota
"
REFERÊNCIAS Entrega
"
*
E
1
*
E
*
E
ÁGUA QUENTE
·
!
DF *
E
Rodovia Estadual Coincidente Recebimento: Aeródromo Internacional *
E
OBS:
BR JATAL
!
___________________________________________________________________________
_____________________,___/___/_____ Assinatura do destinatário
Aeródromo
495 Público
!
" ?
!
"
Nome, endereço e inscrições estadual e no CNPJ do impressor; n° da AIDF, a data e quantidade
495
Posto de Polícia Rodoviária Federal
3
2 Rib
de impressão; o n° de ordem do 1° e do último impresso e a sua série e subsérie
PRF eirã
3
SAIA VELHA o
Caso seja necessário, cópias do CRTC poderão ser emitidas para cumprir outras
disposições legais como, por exemplo, para o controle do ICMS.
hh
É fundamental para o transportador formalizar um instrumento
que defina a forma e as responsabilidades na prestação do
serviço de transporte. Isso evita complicações futuras e garante
a execução do que foi combinado entre a empresa e o
embarcador.
Por outro lado, a execução do serviço de transporte com obediência a prazos, custos,
responsabilidades e qualidade do serviço prestado cria uma espécie de relacionamento
duradouro com o embarcador, levando o transportador a garantir seu mercado e a
estabelecer uma verdadeira parceria.
203
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Denomina-se “transportador”
a empresa que pretende vender seus produtos a um cliente
e, portanto, necessita do transporte para que a carga seja
entregue no seu destino.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
204
Referências
205
UNIDADE 5 | PROCEDIMENTOS
DE CONFERÊNCIA DA CARGA E
DA NOTA FISCAL
206
Unidade 5 | Procedimentos de Conferência da
Carga e da Nota Fiscal
1 Conferência da Carga
a) Conferência quantitativa
b) Conferência qualitativa
207
Por outro lado, o exame qualitativo ou conferência qualitativa foca-se na verificação
da qualidade do produto. Devem-se observar: se o produto precisa ser transportado
em uma temperatura definida; se os invólucros estão isentos de avarias; e, também, se
os produtos estão dentro dos prazos de validade de consumo ou utilização.
hh
Quando a mercadoria for entregue ao comprador, este tem o
direito de abrir, examinar, contar, pesar, medir, comprovar e
confrontá-la com amostras em seu poder, cabendo-lhe o direito
de recusar, devolver, e não receber tudo aquilo que não estiver
exatamente dentro do combinado.
208
Vamos ver um exemplo de pedido e outro de nota fiscal de entrega ou de coleta da
mercadoria!
2 Pedido de Mercadorias
209
Essas informações podem ser repassadas ao fornecedor por meio de uma simples
carta comercial, via Correios, e-mail, fax e também por modernos sistemas de troca
de documentos eletrônicos entre dois agentes de uma cadeia logística, o EDI (em
inglês Electronic Data Interchange). O pedido também pode ser feito no próprio site
da Internet do fornecedor, onde se disponibilizam arquivos e ferramentas específicos
para o cliente utilizar.
gg
Para maiores detalhes sobre o funcionamento da tecnologia EDI
para a solicitação de um pedido, acesse o portal EDI Basics
através do link a seguir. Confira!
www.edibasics.com.br/o-que-e-edi/
! Partners
"Trading
!
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Acima de 500.000 habitantes
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Interestadual em Litígio
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IDA SNacional,
3
Parque Reserva
! e Terras Indígenas
33 MARINHA
"
REFERÊNCIAS
Documents Your Business
"
1
*
E
210
3 Nota Fiscal
A nota fiscal de compra da mercadoria pode ser usada para a realização da conferência.
Nela estão todas as informações do cliente, tais como nome ou razão social, endereço,
CNPJ etc.
A nota fiscal contém a especificação das mercadorias a serem entregues, com suas
respectivas quantidades, pesos, volumes e valores unitários dos itens. Ela acompanha
o transporte da mercadoria em todo o trajeto, desde a origem da carga até seu destino
final.
211
4 Definição ou Verificação da Rota de Coleta ou Entrega
A alternativa escolhida por cada transportador para fazer a distribuição dos produtos
deve ser analisada caso a caso. Uma das práticas utilizadas e que poderá facilitar o
planejamento das visitas para entrega ou coleta de mercadorias é a roteirização.
212
• Racionalizar o uso da mão de obra (motoristas e ajudantes).
hh
Em alguns casos o processo de roteirização pode se limitar à
definição da rota, ou seja, do caminho a seguir para ir do ponto
de entrega até o cliente. São normalmente os casos em que a
entrega ou coleta é feita com carga completa, quando então o
caminhão parte do fornecedor e vai até um único cliente.
Nesses casos, tenta-se encontrar a rota com a menor extensão, isso se as outras
condições de infraestrutura das vias (relevo, qualidade do pavimento, etc.) não
atrapalharem o caminho da rota de coleta ou entrega
213
5 Lacres de Segurança
Realizada a conferência dos produtos por meio dos documentos fiscais e definida a
rota para entrega, o veículo de transporte pode então ser carregado.
São muitos os tipos de lacres existentes no mercado, e servem para diferentes usos
e aplicações no transporte de cargas: transporte de valores, de documentos, de
combustíveis, de malotes, de carga geral etc.
214
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Julgue verdadeiro ou falso.
Vários roteiros podem ser formados de acordo com as
diferentes combinações de clientes da zona de distribuição.
Este é um processo que busca reduzir distâncias e tempo,
otimizar a utilização dos veículos, além de servir para o
dimensionamento da frota.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
215
Referências
216
UNIDADE 6 | PROCEDIMENTOS
DE CARGA E DESCARGA
217
Unidade 6 | Procedimentos de Carga e Descarga
hh
Nas docas, um conferente vai realizar um exame de avarias e
conferência. Caso ele encontre irregularidades significativas,
poderá recusar a carga. Por isso, é importante que você
acompanhe todo o processo!
• Conferir a mercadoria.
218
2 Ferramentas e Processos Necessários para a Descarga do
Caminhão
2.1 Manual
Esse tipo de descarga é adequado para os itens que formam pequenos volumes e têm
peso unitário não elevado (o ideal é que os volumes não pesem mais do que 20 kg).
219
2.2 Mecânica
2.3 Automática
O método mais moderno é o automático, que não utiliza mão de obra e lança mão de
equipamentos modernos controlados por computador.
O processo de descarga é muito mais ágil e se ganha tempo na execução das entregas
de mercadorias aos clientes.
220
Qualquer que seja o método escolhido para a descarga do caminhão, o veículo precisa
ser conduzido a uma doca de recepção da mercadoria, onde fará a acostagem. São
duas as alternativas mais utilizadas para estacionar o caminhão em frente à doca para
a descarga da mercadoria: acostagem a 45 graus e acostagem a 90 graus.
www.dnit.gov.br - ouvidoria@dnit.gov.br
Assim, logo que um pedido é recebido, a mercadoria é separada e levada para uma
área de preparação dos pedidos no interior do armazém, onde os produtos serão
agrupados por cliente ou por entrega.
221
hh
Os mesmos métodos e equipamentos utilizados para a descarga
são necessários no processo de carregamento. A escolha de um
ou de outro método dependerá do produto movimentado, dos
recursos existentes na empresa, e dos investimentos realizados
para tornar o processo mais rápido, mais seguro e com maior
qualidade de serviço.
Veja outros cuidados essenciais que precisam ser observados na arrumação da carga:
222
A unitização é o processo de agrupamento de embalagens ou
volumes em uma carga maior, ou seja, é a arrumação de pequenos
volumes de mercadorias em unidades maiores e padronizadas,
para que possam ser movimentadas mecanicamente.
• O peso das embalagens movimentadas manualmente não deve ser maior do que
20 kg.
223
No segundo semestre de 2015, o Conselho
Nacional de Trânsito (CONTRAN) publicou a
Resolução nº 552/2015 que fixa os requisitos
mínimos de segurança para amarração das
cargas transportadas em veículos de carga.
Em seus primeiros 12 artigos, a Resolução
especifica como deve ser a amarração em
diferentes tipos de veículos e de carrocerias.
gg
Não deixe de verificar o conteúdo da Resolução nº 552, de 2015,
sobre amarração de cargas nos veículos. Acesse essa Resolução
e leia-a integralmente através do link a seguir. Confira!
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=303505
Obedeça às leis e normas vigentes. Isso garante sua segurança e a dos outros usuários
das rodovias e terminais de cargas.
224
5.1 Tacógrafo
Se tudo for verificado em uma fiscalização de rotina, certamente o motorista não terá
aborrecimentos.
225
5.2 Uso do Conta-Giros
A seguir serão apresentadas algumas regras que devem ser cuidadosamente seguidas
na operação de caminhões, principalmente os de grande porte.
• Antes de iniciar a operação, não beba qualquer tipo de bebida alcoólica, nem
tome qualquer alucinógeno ou estimulante que altere seus reflexos.
226
• Antes de descer da cabine, desligue o motor, acione o freio de mão, engrene a 1ª
marcha reduzida, e retire a chave do contato.
Seguindo esses procedimentos, o motorista pode fazer o veículo funcionar com toda
segurança. Lembre-se disso!
227
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os métodos de descarga
utilizados por veículos em armazéns e depósitos, podem ser
manuais, mecanizados e automáticos. Sendo que o método
mais moderno é o “automático” pois garante maior agilidade
ao processo e é realizado com a ajuda de empilhadeiras,
esteiras, carrinhos transportadores ou mesmo paleteiras.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
228
Referências
229
Transportador
Autônomo de
Cargas – TAC
MÓDULO 4 –
PARTE 1
UNIDADE 1 | ESTATÍSTICAS
E CAUSAS DE ACIDENTES
RODOVIÁRIOS COM
CAMINHÕES
231
Unidade 1 | Estatísticas e Causas de Acidentes
Rodoviários com Caminhões
gg
Nestes sites, você pode encontrar números atualizados de
estatísticas em âmbito nacional, estadual e municipal sobre
acidentes nas rodovias.
www.vias-seguras.com
www.abcr.org.br
O boletim estatístico do DPVAT mostra que o total de indenizações pagas por seguro
de acidente no trânsito, em 2014, chegou a 763.365 casos. Esta tabela traz a quantidade
de indenizações pagas por natureza de indenização.
232
Tabela: Indenizações pagas pelo DPVAT
Natureza da
2014 % do Total 2015 % do Total
indenização
Morte 52.226 7% 42.501 7%
Invalidez
595.693 78% 515.751 79%
Permanente
Despesas
115.446 15% 94.097 14%
médicas
TOTAL 763.365 100% 652.349 100%
O mesmo boletim DPVAT (2015) mostra que os caminhões e pick-ups foram responsáveis
por 3 % das indenizações pagas pelo DPVAT (17.973 casos), sendo que a maior parte
das indenizações foi paga por acidentes envolvendo motocicletas, correspondendo a
497.009 indenizações (76 % do total).
Em relação aos veículos envolvidos, cabe destacar que a quantidade de caminhões que
participaram do total de acidentes chega a 33.187 veículos.
233
Gráfico 1: Número de caminhões envolvidos em acidentes nas rodovias sob concessão (2006 – 2015)
10 33.187
2015
9 37.609
2014
8 40.114
2013
7 41.265
2012
6 40.793
2011
5 37.564
2010
4 29.627
2009
3 26.157
2008
2 20.396
2007
1 18.666
2006
Destaque-se que o ano de 2012 foi o que teve a maior quantidade de caminhões
envolvidos em acidentes nessa classe de rodovias.
A ABCR mostra ainda que a natureza dos acidentes registrados nas rodovias sob
concessão, em 2015, tem a seguinte categorização:
234
Os acidentes envolvendo colisão entre veículos são majoritários, cerca de 45.896 de
um total de 118.757 acidentes.
gg
Neste site, você pode conhecer uma pesquisa rodoviária que
traz as condições de conservação e de manutenção das rodovias
federais brasileiras a cada ano. Confira!
www.cnt.org.br
Os acidentes mais frequentes e mais graves com caminhões nas rodovias brasileiras
são o tombamento e a capotagem. As estatísticas existentes do estudo mostram que
os tipos de acidentes ocorrem com a seguinte frequência:
• Tombamento – 47 %
• Capotagem – 10 %
• Abalroamento – 27 %
• Colisão – 15 %
235
• Incêndio – 2 %
• Vazamento – 1 %
Os principais fatores contribuintes com os acidentes são a curva fechada e a pista mal
conservada, fatores que vêm sendo destacados anualmente por meio da pesquisa
rodoviária da Confederação Nacional do Transporte (CNT).
No que diz respeito ao condutor, vale observar que a faixa etária dos motoristas mais
frequentemente envolvidos nos acidentes com veículos de carga é de 18 a 25 anos.
Acidentes nas rodovias, 21% do total segundo o Ministério das Cidades, em 2013.
236
gg
Nestes sites, podem ser encontradas estatísticas de acidentes
no Brasil. Confira!
www.dnit.gov.br
www.vias-seguras.com
www.prf.gov.br
www.abcr.org.br
www.cidades.gov.br
wwwdenatran.gov.br
www.portaldotransito.com.br
237
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os principais fatores
contribuintes com os acidentes são a curva fechada e a pista
mal conservada, fatores que vêm sendo destacados
anualmente por meio da pesquisa rodoviária da Confederação
Nacional do Transporte (CNT).
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
238
Referências
BOWERSOX, D. J.; CLOSS D. J.; STANK T. P. 21st Century Logistics: Making Supply
Chain Integration a Reality. Michigan: CSCMP, 2003.
CASA OLIVETTI. Classes de incêndio. Portal Casa Olivetti, 2017. Disponível em: <http://
www.casaolivetti.com.br/classes.html>. Acesso em: maio 2017.CENTODUCATO, D.
O sonho de dez entre dez gestores de logística. Revista Tecnologística – Especial TI,
ago. 2010. Disponível em <https://qualidade.gps-pamcary.com.br/Tecnologistica_Ed_
Especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: 11 maio 2017.
239
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n° 36, de 21 de maio de
1998. Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veículos que, em
situação de emergência, estiverem imobilizados no leito viário, conforme o art. 46
do Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em: <http://www.coad.com.br/busca/
detalhe_1028/2381/Atos_Legais>. Acesso em: 10 maio 2017.
240
UNIDADE 2 | MEIO AMBIENTE E
O CIDADÃO
241
Unidade 2 | Meio Ambiente e o Cidadão
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade2! Para sobreviver, o ser humano depende
de um meio ambiente limpo e saudável. Portanto, a qualidade de vida está diretamente
relacionada ao uso consciente dos recursos naturais e à preservação do meio ambiente.
Nesta unidade, vamos discutir a relação entre o Homem e o Meio Ambiente. Nesta unidade
conheceremos normas e legislação referente ao meio ambiente. Bons estudos!
Quando falamos de poluição, em suas muitas formas, queremos dizer que houve
interrupção das relações de equilíbrio no meio ambiente. Nem sempre os efeitos da
poluição podem ser medidos ou percebidos. Algumas consequências negativas, como
o efeito estufa ou a chuva ácida, só são percebidas depois de algum tempo.
• Poluição do ar;
• Poluição da água; e
• Poluição do solo.
242
Os resíduos das indústrias também poluem a água com solventes, óleos e materiais
tóxicos. Na área rural a água pode ser contaminada por pesticidas e produtos químicos.
E não podemos nos esquecer dos esgotos que muitas vezes são jogados em lagos, rios
e no mar, sem tratamento.
243
Muitos impactos ambientais estão relacionados com nossas opções de consumo e
nosso estilo de vida.
• Não jogue lixo no acostamento ou nas laterais das estradas. Guarde o lixo e
descarte-o em local adequado.
• Não jogue no lixo comum lâmpadas, pilhas, baterias de celular, restos de tinta ou
produtos químicos. Procure locais adequados para o descarte destes materiais.
244
• Adote métodos de lavagem e higienização dos caminhões que utilizam menor
quantidade de água. Assim, seu caminhão fica limpo e você não prejudica a
natureza.
• Mantenha os pneus calibrados. Além de proteger o seu pneu, isso contribui para
economizar combustível.
Um automóvel bem regulado chega a consumir cerca de 9% menos que outros não
regulados. E isso representa, além de economia, 9% menos de emissões tóxicas.
245
3 Combate à Prostituição Infantil
gg
O Disque Denúncia 100 é um serviço de
utilidade pública da Secretaria de Direitos
Humanos da Presidência da República
(SDH/PR). Neste site, você pode descobrir
mais detalhes sobre esse serviço:
www.sdh.gov.br/disque-direitos-humanos/
246
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A atividade de transporte
contribui para a poluição do meio ambiente, como a fumaça
que sai dos escapamentos, os resíduos de pneus e de outros
materiais. O óleo do motor e outros fluidos, quando
descartados de maneira incorreta, poluem o solo e a água.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
247
Referências
BOWERSOX, D. J.; CLOSS D. J.; STANK T. P. 21st Century Logistics: Making Supply
Chain Integration a Reality. Michigan: CSCMP, 2003.
CASA OLIVETTI. Classes de incêndio. Portal Casa Olivetti, 2017. Disponível em: <http://
www.casaolivetti.com.br/classes.html>. Acesso em: maio 2017.CENTODUCATO, D.
O sonho de dez entre dez gestores de logística. Revista Tecnologística – Especial TI,
ago. 2010. Disponível em <https://qualidade.gps-pamcary.com.br/Tecnologistica_Ed_
Especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: 11 maio 2017.
248
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n° 36, de 21 de maio de
1998. Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veículos que, em
situação de emergência, estiverem imobilizados no leito viário, conforme o art. 46
do Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em: <http://www.coad.com.br/busca/
detalhe_1028/2381/Atos_Legais>. Acesso em: 10 maio 2017.
249
UNIDADE 3 | NORMAS
E PROCEDIMENTOS DE
SEGURANÇA
250
Unidade 3 | Normas e Procedimentos de Segurança
1 Segurança no Trabalho
Existem algumas medidas que você pode adotar para reduzir as chances de ocorrerem
os acidentes. Além disso, você pode reduzir os efeitos das longas jornadas de trabalho
ao volante. A seguir, vamos entender melhor como proteger sua saúde.
251
2 Equipamento de Proteção Individual (EPI)
Vamos entender melhor. Se você transporta Produtos Perigosos, você deve selecionar
equipamentos de proteção específicos para o tipo de carga transportada. As variações
são muitas. Por exemplo: para produtos líquidos é necessário usar equipamentos
impermeáveis. No caso de produtos gasosos ou corrosivos, é importante usar óculos
para proteção dos olhos.
As características do veículo também devem ser analisadas nessa decisão. Veja alguns
exemplos: se o caminhão possui câmara frigorífica, você deve estar preparado para
manipular as cargas em baixas temperaturas; se o piso da carroceria for escorregadio,
não se esqueça de escolher calçados antiderrapantes.
252
Para quem trabalha durante o dia, é importante proteger-se do calor com roupas leves
e aplicar filtro solar para evitar o câncer de pele. Passar muitas horas exposto ao sol,
sem proteção, pode ser perigoso para a saúde.
As variações são muitas, e é difícil prever todos os tipos de carga que você vai
transportar, não é mesmo?
Portanto, tenha pelo menos um kit básico de proteção: luvas, óculos para produtos
químicos, capacete, máscara semifacial, máscara panorâmica, respirador para pó,
máscara de fuga e filtros.
253
a. Pane do Veículo na Estrada
Portanto, lembre-se: quanto maior for a velocidade da via, maior a distância para iniciar
a sinalização.
254
O mais indicado é usar os equipamentos de sinalização de emergência, tais como
o triângulo e os cones. Se você não tiver esses equipamentos à mão, podem ser
utilizados outros elementos, como galhos de árvore, cavaletes de obra, latas, pedaços
de madeira, pedaços de tecido, plásticos etc. À noite ou sob neblina, a sinalização deve
ser feita com materiais luminosos — lanternas, pisca-alerta e faróis dos veículos devem
sempre ser utilizados.
b. Sequestros e Assaltos
Caso isso aconteça, é muito importante tentar proteger seu bem mais precioso: a sua
vida.
• Não reaja. Na maior parte das vezes, o bandido não está sozinho.
Se a polícia aparecer, jogue-se no chão, ponha as mãos na cabeça e não faça nenhum
gesto brusco. Esteja preparado para ser revistado e, até, algemado. Siga todas as
instruções da polícia.
255
Se você presenciar um assalto, ligue para a polícia assim que possível!
O motorista pode enfrentar situações inesperadas. Para estes casos, vamos indicar
algumas medidas que podem ser úteis.
256
Se você perceber nas
estradas e rodovias qualquer
sinal de desmoronamento,
avise imediatamente a Polícia
Rodoviária.
Ao verificar riscos de
deslizamento, avise
imediatamento o Corpo de
Bombeiros e a Defesa Cívil.
Ao avistar algum foco de
incêndio na faixa de domínio
de uma rodovia, avise
imediatamente a Polícia
Rodoviária.
257
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Apesar de muito importante
para a proteção da saúde do trabalhador, o protetor solar é
considerado EPI, pois possui o CA (Certificado de Aprovação)
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
258
Referências
BOWERSOX, D. J.; CLOSS D. J.; STANK T. P. 21st Century Logistics: Making Supply
Chain Integration a Reality. Michigan: CSCMP, 2003.
CASA OLIVETTI. Classes de incêndio. Portal Casa Olivetti, 2017. Disponível em: <http://
www.casaolivetti.com.br/classes.html>. Acesso em: maio 2017.CENTODUCATO, D.
O sonho de dez entre dez gestores de logística. Revista Tecnologística – Especial TI,
ago. 2010. Disponível em <https://qualidade.gps-pamcary.com.br/Tecnologistica_Ed_
Especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: 11 maio 2017.
259
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n° 36, de 21 de maio de
1998. Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veículos que, em
situação de emergência, estiverem imobilizados no leito viário, conforme o art. 46
do Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em: <http://www.coad.com.br/busca/
detalhe_1028/2381/Atos_Legais>. Acesso em: 10 maio 2017.
260
UNIDADE 4 | SAÚDE NO
TRABALHO
261
Unidade 4 | Saúde no Trabalho
Ter saúde não significa apenas inexistência de dor ou apresentar boas taxas de
colesterol e glicose. A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social,
não somente uma ausência de doenças.
262
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), desenvolvido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tem por objetivo promover e preservar a
saúde dos trabalhadores (MTE, 1978b).
• Promoção à saúde
• Prevenção de doenças
gg
Você pode conhecer mais sobre as ações do PCMSO neste site.
Confira!
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr7.htm
Veja alguns exemplos de riscos ergonômicos, seus efeitos na saúde e também algumas
ações que podem proteger sua saúde.
263
Riscos Ergonômicos Efeitos na Saúde Ações Preventivas
(Exemplos) (Exemplos) (Exemplos)
Cansaço físico e dores Melhores condições no
Esforço físico excessivo
musculares local de trabalho
Cansaço físico e dores Melhoria no processo
Levantamento de peso
musculares de trabalho
Postura adequadas
Postura inadequada Problemas na coluna
Ferramentas adequadas
Modernização
de máquinas e
Controle rígido de Hipertensão e doenças
equipamentos
produtividade nervosas
Ferramentas adequadas
Melhoria no
Hipertensão e doenças
Situação de estresse relacionamento entre as
nervosas
pessoas
Trabalhos em período Alteração do ritmo de
Alteração do sono
noturno trabalho
Diabetes
Nem sempre conseguimos fazer com que nosso ambiente de trabalho seja ideal. Para
os transportadores autônomos é importante pensar nas condições de seu caminhão e
em sua postura de trabalho.
264
Você pode evitar uma série de problemas de saúde, seguindo estas recomendações.
Confira!
• Para dar marcha à ré, procure equipar o seu veículo com espelhos apropriados.
Desta forma, você evita virar o pescoço e a coluna.
• Quando dirigir por muito tempo, pare por cerca de 5 minutos a cada 3 horas de
estrada, caminhe um pouco e faça alongamentos.
265
Muitos exercícios de alongamento podem ser feitos por você em qualquer horário,
mesmo que esteja na estrada. Veja!
Não é difícil compreender que uma alimentação inadequada faz com que o motorista
não consiga trabalhar direito. E não estamos falando apenas do desconforto de dirigir
sentindo fome.
266
Além disso, as propriedades nutritivas dos alimentos interferem diretamente no
seu humor e, consequentemente, no seu desempenho. Portanto, cultivar hábitos
alimentares corretos melhora a sua produtividade.
Isso significa que o seu café da manhã, almoço e jantar devem ser escolhidos de acordo
com as necessidades que você terá no decorrer do dia.
267
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A medicina do trabalho é a
ciência que estuda as causas das doenças ocupacionais,
incluídas as doenças profissionais e as do trabalho,
objetivando sua prevenção.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
268
Referências
BOWERSOX, D. J.; CLOSS D. J.; STANK T. P. 21st Century Logistics: Making Supply
Chain Integration a Reality. Michigan: CSCMP, 2003.
CASA OLIVETTI. Classes de incêndio. Portal Casa Olivetti, 2017. Disponível em: <http://
www.casaolivetti.com.br/classes.html>. Acesso em: maio 2017.CENTODUCATO, D.
O sonho de dez entre dez gestores de logística. Revista Tecnologística – Especial TI,
ago. 2010. Disponível em <https://qualidade.gps-pamcary.com.br/Tecnologistica_Ed_
Especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: 11 maio 2017.
269
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n° 36, de 21 de maio de
1998. Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veículos que, em
situação de emergência, estiverem imobilizados no leito viário, conforme o art. 46
do Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em: <http://www.coad.com.br/busca/
detalhe_1028/2381/Atos_Legais>. Acesso em: 10 maio 2017.
270
Transportador
Autônomo de
Cargas – TAC
MÓDULO 4 –
PARTE 2
UNIDADE 5 | NOÇÕES DE
COMBATE A INCÊNDIO
272
Unidade 5 | Noções de Combate a Incêndio
1 Fogo x Incêndio
O incêndio, por sua vez, é a presença de fogo em local não controlado, ou seja, em
grandes proporções, causando prejuízos materiais, quedas, queimaduras e intoxicações
por fumaça.
273
2 Classes de Incêndios
Fogo em motores,
Fogo em equipamentos transformadores,
C
elétricos energizados geradores,
computadores etc.
Fogo em zinco,
Fogo em materiais
D alumínio, sódio,
combustíveis
magnésio etc.
274
3 Equipamentos de Combate ao Incêndio
Quando ocorre um princípio de fogo, a reação natural das pessoas é procurar algum
extintor ou outro equipamento para tentar combater o fogo.
Classe de
Tipo de extintor incêndios Forma de utilização
indicada
Abra o registro do
propelente, puxe o pino
e empurre o esguicho
Pó químico
BeC devidamente. Por
seco
fim, acione o gatilho
direcionando o jato para a
base das chamas.
275
Abra o registro do
propelente, puxe o pino
e empurre o esguicho
Água
A devidamente. Retire-o do
pressurizada
porta-esguicho e acione o
gatilho direcionando o jato
para a base das chamas.
Todo caminhão reboque e semirreboque deve ter um extintor de incêndio com carga
de pó químico seco ou de gás carbônico. Os veículos de transporte de líquidos ou
gases inflamáveis devem ter um extintor de incêndio com carga de pó químico de
oito quilogramas, ou dois extintores de incêndio com carga de gás carbônico de seis
quilogramas cada.
ee • Data de validade;
• Selo do INMETRO.
276
4 Primeiros Socorros em Caso de Incêndio
Procedimentos:
277
Movimente o jato em forma de leque, atacando a
base do fogo.
hh
O Corpo de Bombeiros pode ser acionado pelo telefone 193, de
qualquer telefone público, sem ficha ou cartão. Você pode,
ainda, acionar os serviços dos bombeiros, enviando uma
mensagem de texto gratuitamente pelo celular.
278
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O fogo é um tipo de queima,
combustão ou oxidação que resulta de uma reação química
em cadeia. O fogo é o efeito da reação química de um material
combustível com oxigênio, acarretando desprendimento de
luz e calor.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
279
Referências
BOWERSOX, D. J.; CLOSS D. J.; STANK T. P. 21st Century Logistics: Making Supply
Chain Integration a Reality. Michigan: CSCMP, 2003.
CASA OLIVETTI. Classes de incêndio. Portal Casa Olivetti, 2017. Disponível em: <http://
www.casaolivetti.com.br/classes.html>. Acesso em: maio 2017.CENTODUCATO, D.
O sonho de dez entre dez gestores de logística. Revista Tecnologística – Especial TI,
ago. 2010. Disponível em <https://qualidade.gps-pamcary.com.br/Tecnologistica_Ed_
Especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: 11 maio 2017.
280
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n° 36, de 21 de maio de
1998. Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veículos que, em
situação de emergência, estiverem imobilizados no leito viário, conforme o art. 46
do Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em: <http://www.coad.com.br/busca/
detalhe_1028/2381/Atos_Legais>. Acesso em: 10 maio 2017.
281
UNIDADE 6 | CONCEITO DE
LOGÍSTICA E DE CADEIA
LOGÍSTICA
282
Unidade 6 | Conceito de Logística e de Cadeia
Logística
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 6! A logística está presente em grande parte
das atividades econômicas, sendo fator de influência direta para o sucesso delas. Nesta
unidade, vamos conhecer melhor as características e funções desenvolvidas pela logística.
Bons estudos!
1 Logística
Você, certamente, já deve ter ouvido a palavra logística diversas vezes. Mas, já parou
para pensar se realmente sabe o que ela significa?
Traduzindo para uma linguagem mais simples, a logística é a arte de comprar, receber,
armazenar, separar, expedir, transportar e entregar o produto ou o serviço certo, na
hora certa, no lugar certo, ao menor custo possível.
283
2 Atividades nas Cadeias Logísticas
Para você entender melhor as cadeias logísticas, analise esta figura, que representa
uma cadeia logística genérica e simplificada. Ela é composta por três elementos fixos:
um fornecedor, uma fábrica/empresa e um cliente.
ee
Todas as cadeias logísticas devem possuir, no mínimo, um
fornecedor, uma empresa e um cliente!
284
3 Fluxo de Produtos e Serviços nas Cadeias Logísticas
Como você sabe, as matérias-primas devem sair dos fornecedores em direção à fábrica,
onde são processados e transformados em produtos. Estes, por sua vez, devem sair
das fábricas em direção aos clientes. Esta etapa, chamamos de distribuição física.
O Ciclo Crítico funciona assim: primeiro o cliente solicita os produtos que deseja à
empresa (atividade 1 — processamento de pedidos). A empresa verifica seus estoques
(atividade 2 — gestão de estoques), processa e monta o pedido e, em seguida, entrega a
mercadoria a um transportador, que vai levá-la até o cliente (atividade 3 — transporte).
285
Como você pode perceber, três atividades devem ser realizadas para que o ciclo crítico
se complete: (1) processamento de pedidos; (2) gestão de estoques; e (3) transporte.
Por sua importância elas são chamadas de atividades primárias da logística. Vamos
detalhar cada uma delas.
286
4 O Papel das Empresas e Cooperativas de Transporte de
Cargas nas Cadeias Logísticas
Como vimos, o transporte é uma das atividades primárias da logística. Ele é responsável
por movimentar insumos, mão de obra, matéria-prima e outros elementos para
viabilizar o processo produtivo, além de garantir o deslocamento do produto final até
os consumidores.
• Definição dos roteiros que os veículos devem seguir para efetuar as entregas de
mercadorias.
Você já deve ter percebido que nenhuma empresa pode realizar negócios sem
movimentar matérias-primas ou produtos de alguma forma. Por este motivo, o
transporte é o elemento mais importante no cálculo do custo logístico para a maior
parte das empresas.
287
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A logística é responsável pela
movimentação das mercadorias entre os pontos de
fornecimento e os pontos de consumo. Assim, para
movimentar e gerenciar as mercadorias, é necessário realizar
corretamente atividades, como transporte, pedidos, estoque,
armazenagem, embalagem.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
288
Referências
BOWERSOX, D. J.; CLOSS D. J.; STANK T. P. 21st Century Logistics: Making Supply
Chain Integration a Reality. Michigan: CSCMP, 2003.
CASA OLIVETTI. Classes de incêndio. Portal Casa Olivetti, 2017. Disponível em: <http://
www.casaolivetti.com.br/classes.html>. Acesso em: maio 2017.CENTODUCATO, D.
O sonho de dez entre dez gestores de logística. Revista Tecnologística – Especial TI,
ago. 2010. Disponível em <https://qualidade.gps-pamcary.com.br/Tecnologistica_Ed_
Especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: 11 maio 2017.
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CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n° 36, de 21 de maio de
1998. Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veículos que, em
situação de emergência, estiverem imobilizados no leito viário, conforme o art. 46
do Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em: <http://www.coad.com.br/busca/
detalhe_1028/2381/Atos_Legais>. Acesso em: 10 maio 2017.
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UNIDADE 7 | NOÇÕES DE OPERAÇÃO EM
TERMINAIS E ARMAZÉNS
291
Unidade 7 | Noções de Operação
em Terminais e Armazéns
292
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo à unidade 7! Nesta unidade, conheceremos melhor as
atividades realizadas nestes pontos das cadeias logísticas. Bons estudos!
1 Importância do Transporte
Sem transporte, a mercadoria não chega e nem sai dos terminais e armazéns!
É o transporte que promove a conexão entre eles, garantindo que a carga seja
movimentada entre os pontos da cadeia.
293
Vamos conhecer algumas delas.
• de órgãos públicos
Quanto à propriedade (quem é dono)
• de empresas de armazenagem
• de empresas produtoras
• de distribuidoras comerciais
• cargas gerais (para qualquer tipo de
carga)
Quanto ao tipo de carga movimentada ou
armazenada • carga típica
• carga específica
• concentradores de produção (ficam em
áreas produtoras)
• beneficiadores (armazenam e
transformam os produtos antes do
embarque, melhorando a sua qualidade)
Quanto à sua função
• reguladores / estocadores (garantem
que um produto esteja disponível mesmo
fora da época)
294
Nos terminais que realizam o cross-docking, a carga coletada
295
a. Recepção e Conferência de Mercadorias
Na sequência, você deve conduzir o caminhão para a doca de descarga, para que as
cargas sejam retiradas (descarga do caminhão).
b. Expedição de Mercadorias
Antes de carregar o caminhão, os pedidos devem ser conferidos pelo responsável pela
expedição. Esse procedimento evita erros no envio dos pedidos e complicações na
entrega ao cliente, o que geraria um alto custo de retorno da mercadoria, além de
desagradar o cliente.
ee
As cargas colocadas em primeiro lugar na carroceria do caminhão
são as que sairão por último!
296
4 Controle de Chegadas e Manobras dos Veículos
Fique atento às instruções para a circulação do portão até a doca, assim pode evitar
congestionamentos dentro do terminal ou armazém!
Ao chegar nas docas, você vai encontrar as plataformas de acostagem. Em geral, elas
permitem (ALVARENGA; NOVAES, 2000):
Conhecida como acostagem a 90 graus. Nesse caso, a plataforma forma uma linha
reta e contínua e a descarga é realizada pela traseira do veículo. Caminhões-baú, por
exemplo, são descarregados pela traseira.
297
ut
Farol
¬
Área de VALPARAÍSO DE GOIÁS Área de
Acumulaçao ESCALA 1:130.000 Acumulaçao
CIDADE OCIDENTAL
1 cm = 1.3 km ¬
0 1.3 2.6 3.9 5.2 6.5 km
Área de
Descarga !
"
521 Plataf
Eleva
Projeção Policônica - Sirgas 2000 - MC -47°.45'
Elaboração:
Área dede Planejamento e Pesquisas – DPP Plataforma
Diretoria
Coordenação Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN
Descarga
Apoio Técnico
Elevada
do Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR/DNIT
em Dente
de– Serra
Documentação: Rede Rodoviária do SNV – Divisão em Trechos 2011
www.dnit.gov.br - ouvidoria@dnit.gov.br
Acostagem a 90 graus
A área de descarga é o local usado para que as pessoas tenham acesso ao caminhão
e possam fazer a descarga, sendo 5,0 m a largura mínima recomendada. Logo atrás
deve haver uma área de acumulação da carga que foi retirada dos veículos, onde a
mercadoria passará pela primeira triagem. Recomenda-se uma faixa de 12,0 m para
acomodar provisoriamente as cargas.
É a forma mais usada quando a descarga dos veículos é feita não só pela parte traseira,
mas também pela lateral. O espaço de manobra de veículos pode ser menor, com
dimensão de aproximadamente 25,0 m.
ut
Farol
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ulaçao ESCALA 1:130.000 Acumulaçao
CIDADE OCIDENTAL
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Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN
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do Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR/DNIT
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ww.dnit.gov.br - ouvidoria@dnit.gov.br
Acostagem a 45 graus
298
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Na atividade de expedição da
mercadoria, antes de carregar o caminhão, não é necessária a
conferência das mercadorias.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
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Referências
BOWERSOX, D. J.; CLOSS D. J.; STANK T. P. 21st Century Logistics: Making Supply
Chain Integration a Reality. Michigan: CSCMP, 2003.
CASA OLIVETTI. Classes de incêndio. Portal Casa Olivetti, 2017. Disponível em: <http://
www.casaolivetti.com.br/classes.html>. Acesso em: maio 2017.CENTODUCATO, D.
O sonho de dez entre dez gestores de logística. Revista Tecnologística – Especial TI,
ago. 2010. Disponível em <https://qualidade.gps-pamcary.com.br/Tecnologistica_Ed_
Especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: 11 maio 2017.
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CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n° 36, de 21 de maio de
1998. Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veículos que, em
situação de emergência, estiverem imobilizados no leito viário, conforme o art. 46
do Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em: <http://www.coad.com.br/busca/
detalhe_1028/2381/Atos_Legais>. Acesso em: 10 maio 2017.
301
Gabarito
Módulo 1
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 V F
Unidade 2 V F
Unidade 3 V F
Unidade 4 V V
Unidade 5 V V
Módulo 2
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 F F
Unidade 2 V F
Unidade 3 V V
Unidade 4 V F
Unidade 5 V V
302
Módulo 3
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 V F
Unidade 2 V V
Unidade 3 V V
Unidade 4 F V
Unidade 5 V F
Unidade 6 F F
Módulo 4
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 V V
Unidade 2 V F
Unidade 3 F V
Unidade 4 V F
Unidade 5 V F
Unidade 6 V F
Unidade 7 F V
303