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1. Introdução
Literatura de Cordel em sala de aula, enquanto patrimônio social e cultural do povo brasileiro.
Através da poesia popular o aluno poderá conhecer aspectos da história nordestina, em particular,
pois o cordel como manifestação cultural retrata o cotidiano, a realidade do povo brasileiro e suas
peculiaridades.
Metodologia O desafio desse trabalho é motivar os alunos a ouvir, ler, escrever e declamar cordéis
desenvolvendo a criatividade com a xilogravura. Dessa forma, a metodologia utilizada Será:
CERTA VEZ, UM LOBO ESTAVA BEBENDO ÁGUA NUM RIACHO. UM CORDEIRINHO CHEGOU
E TAMBÉM COMEÇOU A BEBER, UM POUCO MAIS PARA BAIXO.
-COMO SUJAR? – RESPONDEU O CORDEIRO – A ÁGUA CORRE DAÍ PARA CÁ, LOGO EU NÃO
POSSO ESTAR SUJANDO SUA ÁGUA.
- NÃO ME RESPONDA! – TORNOU-SE FURIOSO. –POIS SEI QUE VOCÊ ESTRAGOU O MEU
PASTO – REPLICOU O LOBO SEM PERDER O REBOLADO.
-COMO É QUE POSSO TER ESTRAGADO SEU PASTO, SE NEM DENTES EU TENHO? –
RESPONDEU O HUMILDE CORDEIRO.
-ALÉM DISSO – ROSNOU O LOBO – FIQUEI SABENDO QUE VOCÊ ANDOU FALANDO MAL DE
MIM HÁ UM ANO.
O LOBO, NÃO TENDO MAIS COMO CULPAR O CORDEIRO, USOU SUA RAZÃO DE ANIMAL
ESFOMEADO E NÃO DISSE MAIS NADA: PULOU SOBRE O PESCOÇO DO POBRE
ANIMALZINHO E O DEVOROU.
MORAL: CONTRA A FORÇA NÃO HÁ ARGUMENTOS.
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Cultura, Esporte e Turismo
XILOGRAVURA PRONTA
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https://www. youtube.com/watch?v=lXkKOI3z0V8
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(ESOPO)
- OLHE LÁ! - DISSE O LEÃO. - AQUELES URUBUS ESTÃO COM FOME E ESTÃO
ESPERANDO PARA VER QUAL DE NÓS DOIS SERÁ DERROTADO...
A LEBRE E A TARTARUGA
Gritos de alegria,
a lebre acordou
correu e correu
mas não adiantou
com lágrimas nos olhos
se deu conta que perdeu.
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Resultados
A aprendizagem é um processo pelo qual o aluno se apropria das experiências de ensino do
cotidiano. Levar a literatura de cordel até a escola significou oferecer um importante e
motivante meio de educação aos alunos, que através da poesia popular puderam conhecer os
aspectos da história do nordestino, bem como versar sobre qualquer assunto e ser utilizado
como recurso pedagógico.
GRANDES CORDELISTAS
Patativa do Assaré
"Eu, Antônio Gonçalves da Silva, filho de Pedro Gonçalves da Silva, e de Maria Pereira da Silva,
nasci aqui a 5 de março de 1909, no Sítio denominado Serra de Santana, que dista três léguas
da cidade de Assaré. Com a idade de doze anos, frequentei uma escola muito atrasada, na qual
passei quatro meses, porém sem interromper muito o trabalho de agricultor.
Saí da escola lendo o segundo livro de Felisberto de Carvalho e daquele tempo para cá não
frequentei mais escola nenhuma. Com 16 anos de idade, comprei uma viola e comecei a cantar
de improviso, pois naquele tempo eu já improvisava, glosando os motes que os interessados
me apresentavam. Nunca quis fazer profissão de minha musa, sempre tenho cantado, glosado
e recitado, quando alguém me convida para este fim.”
Foi o primeiro brasileiro a escrever cordéis. Produziu 240 obras que ficaram muito
conhecidas pelo imaginário popular do Nordeste brasileiro e também pelo Brasil todo. É
o caso da peça “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, baseada nos cordéis de
Barros.
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3 - Firmino Teixeira do Amaral: Sua obra Peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho dos Tucuns é
bastante popular, fruto de estudos acadêmicos e que chegou a ser gravada por Nara Leão e
João do Vale no disco Opinião. O autor piauinse faleceu jovem aos 30 anos em 1926;
4 - Jarid Arraes: Dentre os nomes da nova safra de uma nova geração de cordelistas está a
autora que tem feito do gênero um espaço para discussões contemporâneas como o feminismo
e dar voz a cultura afro-brasileira. Dentre seus livros conhecidos estão As Lendas de
Dandara, Heroínas Negras Brasileiras em 15 cordéis, Um buraco com meu nome e Redemoinho
em dia quente;
5 - Silvino Pirauá: Outro cordelista do século XIX foi um dos primeiros a usar a sextilha como
novo recurso de cordel, e o criador do Martelo agalopado. Era oonhecido como exímio violeiro
e repentista;
6 - Fábio Sombra: Trazendo mais um autor da nova geração, em seu cordel o autor trabalha
temas da cultura popular brasileira. Como característica destes novos tempos, o Youtube é
"aliado" de sua literatura;
7 - Salete Maria da Silva: Outra cordelista da nova geração e que aproveita o cordel para tratar
de temas das transformações sociais no país como questões de gênero, violências, causas
políticas e educacionais;
8 - Maria Godelivie: Assim como Salete, Maria além da carreira como cordelista possui uma
carreira acadêmica sólida, o que reforça a imagem que a literatura de cordel e sua relação
popular tem atraído o interesse das universidades e dos acadêmicos;
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9 - Arievaldo Viana Lima: Cordelista falecido em 2020 deixou um legado com muitas obras da
literatura cordelista. Também elaborou diversos roteiros para a TV Escola. Um de seus cordéis
mais conhecidos é A moça que namorou com o bode;
10 - Pedro Nonato da Costa: Criador da Fundação Nordestina do Cordel, o autor ficou
conhecido como Dom Quixote do Cordel pelo empenho por esta arte popular.