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INTRODUÇÃO

1 Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam. 2 Porque
ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios. 3 Quem subirá ao monte do Senhor,
ou quem estará no seu lugar santo? 4 Aquele que é limpo de mãos e puro de coração,
que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. 5 Este receberá a
bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação. 6 Esta é a geração daqueles que
buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. (Selá.) 7 Levantai, ó portas, as
vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. 8 Quem é
este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra. 9 Levantai,
ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.10
Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória. (Selá.)

Salmos 24:1-10

Recentemente, tive um entendimento sobre o capítulo 24 de Salmos, à medida que lia o trecho
“Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da
Glória.” meu coração encheu-se de um sentimento de entrada triunfal de Jesus, assim como
relatado em João 12:12-16. Estabeleci um paralelo deste Salmo com a volta de Jesus, o tão
aguardado Apocalipse.

Os versos 1 e 2 relatam que tudo pertence a Deus, e que tudo Ele criou, ou seja, apesar de o
mundo jazer no maligno (1 Jo 5:19), tudo ainda é d`Ele. No verso 3, o salmista começa a
questionar sobre quem subirá ao monte do Senhor, quem estará no lugar Santo, quem
participará do Reino do Senhor, com que ele compartilhará seu sonhos e planos, quem receberá
o selo de embaixador do Reino d´Ele aqui na terra. Os limpos de coração, que não se entregam
à vaidade e nem juram enganosamente, no verso 4 fica claro quem está apto a receber este selo,
quem pode representar este Reino. No verso 5 vemos algumas das recompensas de servirmos
nesse Reino. No verso 6 fala sobre a geração dos que buscam a face do Senhor.

No verso 7 chegamos ao ponto fundamental da compreensão que tive sobre isso, é como se
fosse um chamado para prepararmos a entrada triunfante do Senhor, é como está escrito em
Isaias 2:2-3, precisamos requerer e andar em direção do cumprimento desta promessa.

E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor no cume dos
montes, e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações.
E irão muitos povos, e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de
Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião
sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor.

Isaías 2:2,3

Jesus nos comissionou a fazermos discípulos em “todas as nações”, na Bíblia, a palavra nações
é citada mais de 300 vezes, e não à toa, isso tem um objetivo. Deus não negligenciou as nações
da terra, Deus não abandonou a terra, cristãos tem tratado a criação de Deus como algo
descartável e sobre o qual o Senhor se desinteressou, porém os relatos bíblicos são contrários a
isso:
Visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão
benditas todas as nações da terra?
Gênesis 18:18
Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão.
Salmos 2:8

Porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações


Salmos 22:28

Olha, ponho-te neste dia sobre as nações, e sobre os reinos, para arrancares, e para
derrubares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para
plantares.
Jeremias 1:10

E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as
nações,
Apocalipse 2:26

Ele nos subjugará os povos e as nações debaixo dos nossos pés.


Salmos 47:3

Precisamos tomar posse das instruções dadas por Jesus e seguir adiante na caminhada de
subjugar as nações debaixo de nossos pés. Nosso papel fundamental é implantar o Reino dos
Céus na Terra, e não esperar o fim do mundo.

Como cristãos, temos nos acovardado diante dos inimigos, temos nos escondido dentro de
funções ou cargos dentro das igrejas, ou ainda nos escondemos em interpretações apocalípticas
da qual nós apenas esperaremos o retorno do Senhor para aniquilar a terra.

Se disseres no teu coração: Estas nações são mais numerosas do que eu; como as poderei
lançar fora? Delas não tenhas temor; não deixes de te lembrar do que o Senhor teu Deus
fez a Faraó e a todos os egípcios; Das grandes provas que viram os teus olhos, e dos
sinais, e maravilhas, e mão forte, e braço estendido, com que o Senhor teu Deus te tirou;
assim fará o Senhor teu Deus com todos os povos, diante dos quais tu temes.
E mais, o Senhor teu Deus entre eles mandará vespões, até que pereçam os que ficarem
e se esconderem de diante de ti. Não te espantes diante deles; porque o Senhor teu Deus
está no meio de ti, Deus grande e terrível. E o Senhor teu Deus lançará fora estas nações
pouco a pouco de diante de ti; não poderás destruí-las todas de pronto, para que as feras
do campo não se multipliquem contra ti. E o Senhor teu Deus as entregará a ti, e lhes
infligirá uma grande confusão até que sejam consumidas.

Deuteronômio 7:17-23

Estava assistindo uma série sobre Ertugrul, um dos que iniciaram o Império Otomano formado
pelos Seljúcidas, enfim, muito do que se fala são histórias, mas o resultado todos nós sabemos.
Sinto-me envergonhado enquanto cristão pela compreensão de propósito que eles tinham,
como eram focados no objetivo de conquistar a terra, e tinham como sonho tornarem-se
mártires pela causa. Nós hoje temos medo de nos indispor com nossos vizinhos e por isso
ficamos quietos, não manifestamos nossas convicções, parece que ao invés de termos
convicções somos cheios de dúvidas. Levantamos a bandeira branca da paz e amor, pagando
por preço a recusa dos valores do Reino de Deus e nos submetemos aos valores do mundo. Não
passamos de infiéis que visitam igrejas evangélicas.

Mais à frente, estarei abordando e aprofundando estes assuntos, essa introdução serve apenas
para mostrar como esse sentimento teve início comigo, e como ele pode tomar o seu coração.

O DESEJO DE EMPREENDER

Você tem um desejo ardente de servir no Reino de Deus, mas ao mesmo tempo tem uma
vontade enorme de empreender, de desenvolver seu negócio, e não sabe qual caminho seguir?

Essa dúvida tem tirado sua paz e colocado em cheque suas ações e desejos?

E se eu te falasse que existe uma forma de convergir as duas situações.

Vou colocar alguns pontos que a princípio parecem desconexos, mas no final juntarei todos para
facilitar sua compreensão.

Para começar, vou falar sobre os planos de Deus para o povo de Israel quando estavam cativos
no Egito:

Por 400 anos, o povo de Israel ficou cativo no Egito, neste período suas mentes e espírito foram
despidos da plenitude de seu potencial, como consequência do instinto de sobrevivência, foram
tomados pelo espírito de pobreza.

Israel levou apenas um dia para sair do Egito, mas foram necessários 40 anos e uma geração
para que o “Egito” saísse da mentalidade de Israel.

A terra prometida ficava a apenas alguns dias de caminhada do Egito.

É importante deixar claro que o objetivo principal de Deus não era deixar o povo no deserto:

Disse o Senhor: "De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito, e também
tenho escutado o seu clamor, por causa dos seus feitores, e sei quanto eles estão
sofrendo.
Por isso desci para livrá-lo das mãos dos egípcios e tirá-los daqui para uma terra boa
e vasta, onde manam leite e mel: a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos
ferezeus, dos heveus e dos jebuseus.

Êxodo 3:7-8 NVI

Deus tinha intenção de “livrá-los das mãos dos egípcios e tirá-los” do Egito “para uma terra boa
e vasta”. Sem escalas.

Assim como o deserto não estava nos planos iniciais, também não estavam o Maná e a água da
Rocha.

A incredulidade do povo fez com que necessitassem das provisões emergenciais. E o Deus que
nunca deixa e nunca abandona os seus, proveu, mas este não era o plano principal de Deus.
Mas a terra em que vocês, atravessando o Jordão, vão entrar para dela tomar posse,
é terra de montes e vales, que bebe chuva do céu.

Deuteronômio 11:11 NVI

Agora fazendo um paralelo com os dias de hoje, Deus provê as bençãos emergenciais que
desejamos, para nos salvar da irrelevância. Mas na terra que ele nos prometeu, a benção é
uma constante.

Deus deixou claro que o povo teria que enfrentar grandes inimigos na terra prometida:

Quando o Senhor, o seu Deus, os fizer entrar na terra, para a qual vocês estão indo
para dela tomar posse, ele expulsará de diante de vocês muitas nações: os hititas, os
girgaseus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. São sete
nações maiores e mais fortes do que vocês;

Deuteronômio 7:1 NVI

Ficou claro desde o começo para Moisés que eles não conseguiriam vencer esses inimigos,
pois eram nações fortes e numerosas.

É neste momento que atingimos a plenitude do poder de Deus, estamos indo atingir o
inatingível, através do poder de Deus.

"Levante-se, refulja! Porque chegou a sua luz, e a glória do Senhor raia sobre você.
Olhe! A escuridão cobre a terra, dessas trevas envolvem os povos, mas sobre você raia
o Senhor, e sobre você se vê a sua glória

Isaías 60:1,2 NVI

Porém:

- Essa provisão e poder sobrenatural não são destinadas a exibirmos nossas casas ou carros
novos, mas para financiarmos a última colheita, a 3ª. onda

- A prosperidade fora do contexto de implantar o reino dos céus na terra é errada. É como se
o povo esperasse os benefícios da terra prometida estando no deserto.

O Evangelho da salvação é oposto ao evangelho do reino, enquanto um busca apenas a


salvação das almas, outro foca em impor o domínio do Senhor sobre a terra.

Evangelho da salvação é como atravessar o mar vermelho, nos tira da escravidão, mas não nos
leva à plenitude das promessas e do propósito de Deus em nossas vidas. Por isso se preocupa
apenas com almas, almas, almas.

Já o Evangelho do reino é como a travessia do Jordão, nos leva a desafiar gigantes, como
embaixadores do Reino, levando suas flamulas, atravessando o território inimigo e
implantando o Reino dos Céus aqui na terra.

Gn 1:26 – Gn1:28 – Gn 6:13 – Gn 14:19 – Gn 14:21 – Nm 14:21 – Js 3:12 – 1Sm 2:8 – Sl 21:10
– Sl 24:1 – Sl 37:9 – Sl 37:11 – Sl 37:22
Deus não abandonou a terra para o inimigo, Deus não entregou a terra de bandeja para as
trevas.

Deus nos comissionou a fazer discípulos em todas as nações.

Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e


do Filho e do Espírito Santo,

Mateus 28:19

Sl 47:3 – Jr 1:10 – Hb 11:33

Nos comissionou a conquistar as nações.

Entendendo o evangelho do Reino dos céus, precisamos entender nosso propósito essencial
aqui na terra, que foi o que Jesus fez e nos ensinou a fazer:

Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
Mateus 6:10

Buscar, clamar, trazer o Reino dos céus aqui na terra, isso foi o que Jesus nos deixou. Nos céus
não há fome, então, multipliquem-se os pães e peixes (Mt14:15-21), nos céus não há
enfermidade, então aja cura (Mt8:16, Mt 9:35, Mc 6:56 e tantos outros), no céu não há
corrupção, aja conversão (Lc 19:1-10).

Implantar o reino dos céus na terra é nossa principal missão.

Agora começa fazer um pouco de sentido a convergência entre empreender e trabalhar no


Reino de Deus, calma, ainda tenho mais alguns pontos para expor.

A estratégia das Sete Montanhas

A um tempo atrás, Bill Bright (Líder da Cruzada, já falecido) e Loren Cunninghan da (YWAM –
JOCUM) tinham uma reunião agendada, e no caminho do encontro, Deus deu a mesma
revelação para os dois separadamente, ambos ficaram impressionados.

Ambos descreveram sete ferramentas que correspondem às sete montanhas, ou sete nações
enfrentadas por Israel na terra prometida.

Durante muitos anos, nós Cristãos compreendemos que as chaves para alcançar nações eram
conversões em massas, e nesse interim, deixamos setores “montanhas” inteiras nas mãos do
inimigo, com o argumento de que eram do “diabo”.

São estas montanhas:

Amorreus – Montanha da Educação

Dominada pelo espírito liberal e humanista, educam e conduzem as pessoas à viverem pela
lógica e razão, suprimindo a capacidade criativa que Deus colocou em nós, essa limitação
impede as pessoas de conhecerem a plenitude divina. Mestres deverão assumir essa
montanha e implantar o Reino de Deus nestas instituições.
Ferezeus – Montanha da religião

Esta montanha foi tomada pelo espirito de idolatria, que reflete o nome deste povo. Pessoas
tomadas pelo Espírito Santo devem tomar essa montanha, para mostrar a vida e ministério
inspirado pelo Espírito Santo.

Heveus – Montanha da Celebração – Artes e entretenimentos

Nesta montanha, valores bíblicos têm sidos deturpados através de artes (músicas, danças,
literatura, esportes, modas, filmes, moda e qualquer forma de celebração da vida) que
desonram a Deus. Esta montanha precisa ser tomada pelos profetas do Senhor, que através
de criatividade sobrenatural trarão a transformação das gerações vindouras.

Jebuseus – Montanha da Família

Vivemos em uma era de ataque à família sem precedentes, a última promessa do velho
testamento é que viria o Elias que converteria o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos
pais. Nesta montanha, serão levantados pastores que trarão restauração às famílias.

Girgaseus – Montanha do Governo

Por ser considerada algo do “diabo”, esta montanha é evitada pela maioria dos cristãos
genuínos, Girgaseus significa “vivendo no barro”, ou vivendo nos desejos e ambições
corruptas, essa montanha precisa ser povoada pelos apóstolos do Senhor, para que
implantem a cultura do Reino neste setor.

Heteus – Montanha da Mídia

A palavra Heteu origina-se de “Terror” e “medo”, que são as características da mídia moderna,
precisam ser ocupadas por evangelistas, que vem para trazer as boas novas.

Cananeus – Montanha da Economia – Negócios e Riquezas

Por fim deixo a montanha mais importante para nosso debate, que é diretamente relacionada
à empreendedorismo.

(Não que as outras montanhas não sejam importantes, e também não digo que você não possa
empreender em outras montanhas, como ter uma escola na montanha educação, ou
empreender na área de notícias, na montanha de mídia. Porém em qualquer área que for
empreender, é fundamental entender os princípios da montanha da Economia).

A montanha da Economia é simbolizada pelos Cananeus, cujo nome significa “comerciantes”.

Atualmente essa montanha é dominada por especuladores financeiros, que influenciam


diariamente a economia através de compra e venda de títulos e ações.

O Senhor já nos instruiu através de Paulo, na primeira carta à Timóteo no capitulo 6, versículo
17:

Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham
sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente,
para a nossa satisfação.

O domínio principal desta montanha está em volta de dois contrapontos que são a ganância
e a pobreza.
"Nenhum servo pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará ao outro, ou se
dedicará a um e desprezará ao outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro
(Mamon)".

Lucas 16:13 NVI

Nesta montanha, valoriza-se o amor ao dinheiro. Este amor ao dinheiro faz com poucos
tenham muito, às custas de que muitos tenham pouco. Os conceitos modernos de igualdade
têm feito com que nações inteiras sejam formadas por pessoas em extrema situação de
pobreza, enquanto alguns poucos detém a maioria das riquezas, sob o argumento de
equalização e distribuição igual de renda.

Se de alguma forma a ideia de dinheiro causa euforia em você, provavelmente está sob
influência de Mamon.

É importante identificar se este espírito de influência, pois se isso for verdade, você não está
apto a subir para conquistar esta montanha.

Depois disso vi outro anjo que descia do céu. Tinha grande autoridade, e a terra foi
iluminada por seu esplendor. E ele bradou com voz poderosa: "Caiu! Caiu a grande
Babilônia! Ela se tornou habitação de demônios e antro de todo espírito imundo antro
de toda ave impura e detestável, pois todas as nações beberam do vinho da fúria da
sua prostituição. Os reis da terra se prostituíram com ela; à custa do seu luxo excessivo
os negociantes da terra se enriqueceram". Então ouvi outra voz do céu que dizia:
"Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos seus pecados, para
que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam! Pois os pecados da Babilônia
acumularam-se até o céu, e Deus se lembrou dos seus crimes. Retribuam-lhe na mesma
moeda; paguem-lhe em dobro pelo que fez; misturem para ela uma porção dupla no
seu próprio cálice.

Apocalipse 18:1-6

Esta passagem fala que o atual sistema econômico mundial entrará em colapso, Deus compara
este sistema à prostituição, pois assim como está escrito em Lucas 16:13 (acima), é
infidelidade depender de qualquer outro que não seja Deus para buscar riquezas.

O chamado do Senhor para sairmos é para que não estejamos debaixo deste principado, para
tomarmos esta montanha precisamos sair completamente da influência da Babilônia.

Mas, lembrem-se do Senhor, do seu Deus, pois é ele que lhes dá a capacidade de
produzir riqueza, confirmando a aliança que jurou aos seus antepassados, conforme
hoje se vê.

Deuteronômio 8:18

É importante termos clareza de que não são nossos métodos ou estratégias humanas que vão
nos fazer alcançar as riquezas ou os recursos necessários para empreendermos. Não
precisamos correr atrás dos recursos, mas sim atrás do dono dos recursos.
Mudando a mentalidade

Agora que entendemos a importância de subir e tomar posse desta montanha, e de quais
armas precisamos para dominá-la, vamos trabalhar nas mudanças que precisamos

MENTALIDADE PRÓSPERA:

Existem muitos homens que apresentaram soluções radicais e extremamente inovadoras para
a humanidade, entre eles podemos citar, Elon Musk (Tesla/SpaceX), Bill Gates (Microsoft),
Steve Jobs (Apple), Jeff Bezos (Amazon). Todos ricos. A grande questão é, tiveram ideias
revolucionárias para seu tempo porque são ricos, ou são ricos por conta destas ideias.

Se citarmos o começo das empresas destes visionários, vamos ver que começaram pequeno,
com um projeto, um sonho, em uma pequena garagem.

Como homens que frequentemente são ateus, ímpios, humanistas, egoístas conseguem
pensar tão à frente do seu tempo, enquanto o corpo de cristo padece por falta de recursos,
de genialidade, de estratégias?

Como morada do Espírito Santo, nós, Cristãos, temos por obrigação manifestar as riquezas do
céu na terra, mas não só riquezas financeiras/monetárias, a abundância de sabedoria, de
planos, de entendimento, para transformar a realidade terrena em realidade do Céu.

Nós cristãos genuínos, apresentamos algumas vantagens:

1- Somos templo do Espírito Santo – 1Co 6:19


2- Temos acesso ao dom da sabedoria – 1Co12:8
3- Temos a mente de Cristo, pensamos como o próprio Deus – 1Co 6:16
4- Somos novas criaturas nascidas no Reino de Deus – 2Co 5:17
5- Temos a multiforme sabedoria de Deus – Ef 3:10
6- Reinamos juntamente com Cristo no mundo espiritual – Ef 2:6
7- A amizade com Deus transforma nossa realidade – Jo 15:15

Como nós Cristãos chegamos a esse ponto

Assim como o câncer para o corpo, a complacência é o mal das engrenagens do nosso cérebro.
Pelo dicionário Oxford, o primeiro significado desta palavra é:

1 - Disposição habitual para corresponder aos desejos ou gostos de outrem com a


intenção de ser-lhe agradável.

A complacência sem infiltra no coração das pessoas e lentamente anestesia, até arrancar toda
a esperança delas.

Vimos no Brasil grandes varejistas de relevância nacional, que eram destaque em seu
segmento, fechando suas portas. Hermes Macedo, Mesbla, Sears, Mappin.
Cada um teve seus motivos para isso, mas o que vemos geralmente é que a inovação que fez
com que alcançassem lugar de destaque, deu lugar à complacência, pararam de sonhar e
arriscar, e morreram lentamente em sua zona de conforto.

Assim funciona com as pessoas também, a religião incentiva a complacência em nossas vidas,
anestesia nossos cérebros como uma gosma preta travando as engrenagens, travando nossa
imaginação até que nossa mentalidade inovadora pare completamente. Quando algum cristão
se atreve a romper essa barreira de religiosidade, é taxado como herege. Grande parte dos
“cristãos” creem mais na habilidade de Satanás de nos enganar do que no poder do Espírito
Santo de nos levar à “toda a verdade” (Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a
toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está
por vir. João 16:13). Pensar é arriscado, não pensar é morte certa.

Viemos a este mundo como mensageiros das boas novas, em João 10:10 diz: O ladrão vem
apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.
Quando os israelitas ficaram por 70 anos escravos na Babilônia, Jeremias profetizou: 29:11
Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês", diz o Senhor, "planos de fazê-los
prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.

A esperança no futuro é essencial para uma mentalidade eterna, precisamos acreditar que faz
sentido que exista um futuro. Quem em sã consciência perderia tempo pensando soluções
para um futuro que não existe?

Nós, cristãos, fomos tomados por um enorme sentimento de descrença no futuro, e isso se
deu através das visões de arrebatamento, nosso entendimento tornou-se para nós como a
criptonita para o Super Homem. A vinda de Jesus, ao invés de trazer esperança, trouxe
assombro para nosso futuro.

Salomão disse: A esperança que se retarda deixa o coração doente, mas o anseio satisfeito é
árvore de vida. Pv 13:12. Trocando em miúdos, a árvore da vida é o desejo cumprido, e não o
anseio adiado, assim como fomos instruídos no princípio a nos alimentarmos apenas da árvore
da vida. Quando paro de ter esperança, sou levado para a escuridão da alma.

Nestes últimos dias de pandemia e crise global, mais do que nunca, o que se tem proferido
nos meios “cristãos” é algo como: o último que sair apaga a luz.

Prosperidade ≠Dinheiro

No meio cristão, infelizmente Mamon tem se manifestado como poder de Deus, congregações
inteiras adorando ao dinheiro com uma fachada de Igreja do Senhor, infelizmente o senhor
destes lugares é o dinheiro.

Em algum momento passamos a acreditar que o pastor ungir nosso carro novo, casa nova, ou
empresa, eram sinônimos de prosperidade. Vi com meus próprios olhos empresários ditos
cristãos oprimindo seus funcionários, sonegando impostos, trapaceando nos negócios, tudo
sob a bandeira da prosperidade bíblica.

Veja bem, não digo que comprar um carro novo, ter uma boa casa, ter uma empresa, não são
bençãos. O ponto é, quando isso serve apenas para satisfazer nosso ego, e não para
implantação do Reino dos Céus aqui na terra, estas coisas passam a tomar o lugar de Deus em
nosso coração, e deixam de ser bençãos para ser maldição.

Importância da visão apostólica para implantação do empreendedorismo do Reino aqui na


terra.

Toda vez que busco a Deus direção para meu trabalho, para meu propósito, vem uma imagem
em minha mente, imagino segurando um estandarte, com dizeres Reino dos Céus, grande, em
hebraico e menor em todas as outras línguas do mundo. Conjecturo a entrada em
determinada área, juntamente com um exército de pessoas.

Cody Archer, diácono na congregação Ahavat Yeshua, em Jerusalém, e líder do time de mídia
internacional da Revive Israel, recentemente trouxe uma excelente definição do termo
“Apóstolo”.

Antes de a Nova Aliança ser escrita, os fenícios e gregos foram os primeiros a


desenvolver e usar a palavra apóstolo; mais tarde o Império Romano adotou a palavra
e desenvolveu o seu significado e função ainda mais. Apóstolo, em sua forma mais
simplista, significa um enviado. Mas quando cavamos mais fundo e perguntamos
quem era aquele que enviava, para que propósito o mensageiro era enviado e qual era
a mensagem que ele carregava, descobrimos mais camadas de significado profundo e
verdades que apontam para o Reino de Deus.

Dois mil anos atrás, apóstolo não era uma palavra ou título religioso, mas um termo
usado em linguagem secular para descrever uma frota de navios de batalha (mas não
limitado a navios) enviada por um rei numa missão específica. A missão era navegar
para território estrangeiro com a finalidade de colonizar e transformá-lo num lugar
com características iguais às da região de origem. O capitão do navio principal era
chamado de apóstolo.

Junto com o apóstolo, viajava uma equipe de profissionais especializados, como, por
exemplo: professores de linguagem e cultura, arquitetos e construtores, soldados para
lutar e manter ordem, médicos e muitos outros que seriam fundamentais para o
sucesso e a expansão da nova colônia. O apóstolo era enviado com autoridade
exclusiva do rei para supervisionar e direcionar o desenvolvimento da nova colônia. O
objetivo final do apóstolo era garantir que, se o rei fosse visitar em qualquer momento
aquela nova colônia, ele sentiria imediatamente como se nunca tivesse saído de sua
capital. O modo de vida, cultura, linguagem, arquitetura, educação e outros aspectos
deveria ser exatamente como se praticava em Roma.
BIBLIOGRAFIA

JOHNSON, Bill. O poder sobrenatural de uma vida transformada. Viva uma vida cheia e
milagres. Brasília: Chara Editora, 2018.

ENLOW, Johnny. A profecia das sete montanhas. Desvendando a próxima revelação de Elias.
São José dos Campos: Editora Shofar, 2008.

VALLOTON, Kris. Pobreza, Riqueza e Prosperidade. Saindo de uma vida de escassez para a
verdadeira abundância do reino. Brasília: Chara Editora, 2018.

BEVERE, John. Quebrando as cadeias da intimidação: diga não sem sentir culpa: esteja seguro
sem aprovação do homem. Rio de Janeiro: Luz às Nações, 2012.

CUNNINGHAM, Loren; ROGERS, Janice. Fé e finanças no Reino de Deus. Curitiba: Editora


Betânia, 2018.

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