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Redes sem fio de larga escala estão sendo implantadas em grandes áreas urbanas.
Este seminário apresenta uma análise do uso de uma rede sem fio urbana de larga escala e
com acesso público e gratuíto, implantada na cidade de Montreal, Canadá.
2º Trabalhos relacionados
A tabela acima compara algumas redes sem fio. A rede RoofNet, instalada pelo MIT de
Cambridge, MA, foi objeto de um experimento que tinha como objetivo analisar os padrões
de perdas de pacotes, investigar a importância das perdas e das interações entre perdas no
desempenho geral da rede, e nas implicações que isso resultaria nos projetos de protocolos de
roteamento.
O artigo Campos and Papadopoull, de 2005, faz uma análise da mobilidade e dos
padrões de acesso na rede sem fio UNC de um campus. O artigo aponta uma relação entre
maior mobilidade e menor duração de visita a um site.
Artigos mais recentes analizam redes maiores, como o artigo Camp et al., 2006, que
analisa o ambiente de propagação, as perdas e o throughput na rede urbana TFA@Rice, em
Houston, TX. Essa análise indicou que conhecer o ambiente de propagação e a relação entre
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o sinal e o throughput é importantíssimo para implantar uma rede.
Île Sans Fil é uma organização que oferece em Montreal, Canadá, acesso gratuito à
internet para a comunidade via Wi-fi. A organização tem como objetivo oferecer recursos
tecnológicos para as pessoas, promover o trabalho comunitário e fortalecer a comunidade
local. Em 2007, a organização disponibilizou para a comunidade acadêmica os registros de
acesso à rede feitos no período de três anos (2003-2007). Dados foram coletados por exatos
1.096 dias, iniciados em 27/08/2004 e finalizados em 17/08/2007. Neste período, todos os
acessos foram registrados. Quase 70.000 usuários diferentes utilizaram a rede no período,
realizando mais de 5.800 sessões por meio de 260 pontos de acesso.
4º Resultados
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rede nesse período e a caracterização das sessões realizadas pelo usuário.
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A figura 5 mostra o aumento de crescimento do uso da rede durante os três anos de
acesso. O gráfico à esquerda apresenta o número de sessões que foram registradas a cada dia.
Há três quedas significativas de sessões, próximas aos dias 120, 485 e 850, que assimilam ao
dia de Natal de cada ano. O gráfico no centro mostra a quantidade de dados de byte recebidos
por sessão, tendo a média para todas as sessões de um dia. Os gráficos mostram um
crescimento expressivo do uso da rede no período quanto ao número de sessões e bytes
transmitidos por sessão, mas não de duração de sessão. As sessões por dia aumentaram de
100 no primeiro ano para 1000 sessões no terceiro ano. O número de bytes obtido em média
por sessão passou de unidades de megabytes para centenas de megabytes. A duração média
da sessão no período era uma hora e dez minutos.
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A figura 6 mostra a quantidade de usuários ativos a cada hora do dia, durante o
período de vinte e oito dias escolhido de forma aleatória. Notamos um padrão de acesso
relacionado à hora do dia, com a quantidade de atividade maior no período diurno, também
há um padrão semanal com menor acesso nos fins de semana. O uso da rede durante o dia é
apresentado na figura 7. Vimos que a maior parte dos acessos é feita nos horários diurnos,
nas 15 horas.
Esta seção focaliza o perfil os usuários quanto ao uso da rede e sua mobilidade, esse
perfil de uso refere-se à frequência de acesso à rede no período analisado. Analisamos a
mobilidade relacionando a sessão do usuário ao ponto de acesso registrado para cada sessão
feita.
A figura 8 mostra dois gráficos. O gráfico à esquerda mostra a curva CDF da
quantidade de sessões realizadas por usuário. A rede Île Sans Fil é uma rede de acesso
público e gratuito, para a população. Além do caso, analisamos que o intervalo de tempo
nesse caso é muito maior e entendemos que o número de one-time users aumenta de acordo
com o tempo de coleta de dados, para os sistemas em implantação, como é o casso dessas
duas redes. Contudo no mesmo gráfico notamos que uma pequena fração de usuários utiliza
intensamente a rede. O eixo x está em escala logarítmica. No gráfico à direita da figura 8
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apresenta a curva CDF do número de pontos de acesso utilizado pelos usuários em suas
sessões. O gráfico mostra que há usuários muitos frequentes que utilizaram poucos pontos de
acesso, dois a cinco, e há usuários frequente que utilizaram muitos pontos de acesso. A
relação da quantidade de sessões realizadas pelos usuários móveis e a quantidade de pontos
de acesso utilizados para essas sessões são apresentadas na figura 9.
O gráfico mostra que há usuários muitos frequentes que utilizaram poucos pontos de
acesso, dois a cinco, e há usuários frequente que utilizaram muitos pontos de acesso. A
mobilidade de alguns usuários é mostrada na figura 10. Analisamos a mobilidade em termos
da realização de sessões consecutivas no mesmo ponto de acesso ou em um ponto de acesso
distinto. Dentre os usuários móveis, escolhemos os 5% que apresentaram maior mobilidades
e observamos a frequência de mudança de ponto de acesso para sessões consecutivas.
5º Conclusões
O artigo apresenta uma descrição do acesso à rede sem fio Île Sans Fil, considerada a
melhor rede sem fio canadense em muitas formas. Todos os dados utilizados foram
analisados. A rede tem foco público e isso parece espelhar no seu uso, sendo, assim, difícil
comparar os resultados com outras análises de redes sem fio instaladas em universidades,
organizações e redes comerciais. No entanto, é aceitável esperar que redes sem fio com este
foco sejam implantadas abundantemente em várias cidades do mundo. O artigo contribui com
informações importantes para o projeto e o dimensionamento de redes similares, elas podem
ser utilizadas em simulações e análises de desempenho. A análise da mobilidade a partir da
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localização física de cada ponto de acesso e das distâncias entre eles é uma possibilidade de
trabalho futuro com o objetivo de propor um modelo de mobilidade a partir dos dados reais
coletados.
Referências