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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA DE REDES E TELECOMUNICAÇÕES

PROJECTO E PLANEAMENTO DE REDES

Planeamento E Optimização De Redes Celulares: Evolução Para LTE

Ano:5º

Grupo:V

Docente

Luanda 2023
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA DE REDES E TELECOMUNICAÇÕES

PROJECTO E PLANEAMENTO DE REDES

Planeamento E Optimização De Redes Celulares: Evolução Para LTE

INTEGRANTES DO GRUPO

Afonso Ribeiro Maria –Nº:181093


Josué Cadaf Vitorino –Nº:181292
Narciso C. Mussuequeno –Nº:150704
Nelson Manuel –Nº:181305
Índice
OBJECTIVOS...................................................................................................................4

INTRODUÇÃO.................................................................................................................5

1.Sistemas Celulares..........................................................................................................6

2.Tecnologia LTE (Long-Term Evolution).......................................................................7

2.1 Arquitetura LTE.......................................................................................................8

2.2 Diferença entre Tecnologia LTE e 3G.....................................................................8

3. Planeamento Celular em LTE.....................................................................................10

3.1 Definição De Requisitos........................................................................................11

3.2 Planeamento Nominal (Predição De Cobertura E Capacidade)............................11

3.3 Site-Survey.............................................................................................................11

3.4 Dimensionamento da Rede de Acesso...................................................................12

3.5 Dimensionamento para Qualidade.........................................................................12

3.6 Dimensionamento para Cobertura.........................................................................12

3.7 Planeamento de Frequências..................................................................................13

CONCLUSÃO.................................................................................................................14

BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................15
OBJECTIVOS

 Geral
Compreender o processo de Planeamento e Otimização de redes celulares LTE.

 Específicos
Conhecer Sistemas Celulares
Descrever tecnologia LTE
Perceber o processo de planeamento de redes celular
INTRODUÇÃO

Com este trabalho, busca-se abordar a importância do Planejamento e Otimização


de Redes Celulares LTE. A tecnologia LTE, como parte da quarta geração de redes
móveis, trouxe mudanças significativas no paradigma das comunicações móveis, com a
implementação de redes baseadas em pacotes e enfatizando os serviços de dados. É
possível realizar a transição das tecnologias anteriores para a LTE sem interromper as
redes já existentes. No entanto, um planejamento e otimização adequados da rede LTE
são essenciais para garantir o sucesso da migração.
1.Sistemas Celulares

Embora cada sistema possua características que lhe sejam peculiares,


genericamente, um sistema celular é constituído por 3 (três) elementos básicos: Centro
de Comutação e Controle (CCC); Estação Rádio Base (ERB); e Terminal ou Estação
Móvel (EM).

O CCC provê a conexão com a rede de telefonia fixa (RTPC – Rede de Telefonia
Pública Comutada), sendo também o elemento responsável pelo controle, comutação,
tarifação e conexão das chamadas e pela supervisão das ERBs. A ERB constitui a
interface entre o terminal móvel e o CCC, tendo a responsabilidade de garantir a
cobertura da célula, na qual os terminais móveis podem ocupar aleatoriamente qualquer
posição.

Na extremidade desta estrutura, o terminal móvel é o elemento que possibilita ao


usuário acessar determinado serviço oferecido pela rede (voz ou dados). A baixo temos
a estrutura básica de um sistema celular.

Figura 1-Estrutura básica de um sistema celular.

Os sistemas celulares têm na célula sua unidade de referência. Em função de sua


dimensão, a célula pode receber designações distintas, como, por exemplo;
a) Célula grande ou macrocélula - com raios de cobertura entre 3 e 20 km, típicas
de áreas suburbanas e rurais;
b) Célula pequena ou simplesmente célula - com raios de cobertura entre 1 e 3 km,
típicas de áreas urbanas;
c) Microcélulas - com raios de cobertura entre 100 e 1000 metros, típicas de áreas
urbanas densas (alto tráfego);
d) Picocélulas - ambientes interiores, com raios de coberturas entre 10 e 100 metros

2.Tecnologia LTE (Long-Term Evolution)

A rede LTE é uma tecnologia de rede de comunicação móvel de quarta geração


(4G), que tem como objetivo fornecer uma experiência de usuário mais rápida e
confiável em comparação com as tecnologias de rede anteriores. Alguns dos objetivos
da rede LTE incluem:

1. Maior velocidade de download e upload: A rede LTE foi projetada para oferecer
velocidades mais rápidas de download e upload, permitindo que os usuários
acessem conteúdo de mídia, faça download de arquivos grandes e transmita
vídeos com mais rapidez e eficiência.

2. Melhor qualidade de voz e dados: A rede LTE utiliza a tecnologia VoLTE


(Voice over LTE) para fornecer uma qualidade de voz mais clara e nítida,
juntamente com recursos avançados de comunicação de dados, como chamadas
em conferência e compartilhamento de tela.

3. Menor latência: A rede LTE tem uma latência mais baixa em comparação com
as redes 3G anteriores, o que significa que as informações são transmitidas mais
rapidamente entre os dispositivos, tornando as aplicações de tempo real, como
jogos online e vídeo em streaming, mais responsivas e fluidas.

4. Maior eficiência espectral: A rede LTE usa técnicas avançadas de modulação e


codificação de dados para permitir que mais usuários se conectem
simultaneamente à rede sem comprometer a qualidade ou a velocidade da
conexão.

5. Suporte a serviços de dados avançados: A rede LTE suporta uma ampla gama de
serviços de dados avançados, como VoIP, videoconferência, streaming de vídeo
em HD e jogos online em tempo real.
2.1 Arquitetura LTE

O LTE foi concebido para ter contextualização com a tecnologia já existente da


terceira geração. A diferença consiste na simplificação da arquitetura, mantendo alguns
elementos da estrutura do 3G. O novo sistema foi proposto com base em um bloco
principal chamado de EPS, do inglês Evolved Packet System, ou Sistema de Pacotes
Evoluído, que é subdividido em dois elementos-chave: o e-UTRAN, onde se
concentram os equipamentos do usuário, ou UE, do inglês User Equipment, e a estação
base, que é chamada de eNodeB, ou eNB, do inglês Evolved Node B; e o EPC, do
inglês Evolved Packet Core, onde são encontrados os elementos de acesso à rede. A
Figura a baixo ilustra os componentes da arquitetura LTE.

Figura 2- Os componentes da arquitetura LTE.

2.2 Diferença entre Tecnologia LTE e 3G

A principal diferença entre a tecnologia LTE e 3G é a velocidade de transmissão de


dados.

Enquanto a rede 3G oferece velocidades de download de até 14,4 Mbps e


velocidades de upload de até 5,8 Mbps, a rede LTE pode oferecer velocidades de
download de até 1 Gbps e velocidades de upload de até 100 Mbps. Essa diferença na
velocidade de transmissão de dados permite que os usuários acessem conteúdo de
mídia, façam download de arquivos grandes e transmitam vídeos com mais rapidez e
eficiência na rede LTE.

Outra diferença significativa é a latência. A rede LTE tem uma latência mais baixa
em comparação com a rede 3G, o que significa que as informações são transmitidas
mais rapidamente entre os dispositivos, tornando as aplicações de tempo real, como
jogos online e vídeo em streaming, mais responsivas e fluidas.

Além disso, a rede LTE usa técnicas avançadas de modulação e codificação de


dados para permitir que mais usuários se conectem simultaneamente à rede sem
comprometer a qualidade ou a velocidade da conexão. Isso aumenta a eficiência
espectral e permite que mais usuários sejam atendidos pela rede simultaneamente.

Em resumo, a rede LTE oferece uma experiência de usuário mais rápida, confiável
e eficiente em comparação com a rede 3G.

A tecnologia LTE tem uma larga vantagem comercial em relação aos sistemas
anteriores, principalmente se for levado em consideração o fator desempenho. A vazão
do enlace de descida pode chegar à taxa de 300 Mbps e a do enlace de subida chega à
75 Mbps. Se esses valores forem comparados com a vazão das tecnologias de terceira
geração, o que pode ser verificado na Figura, infere-se que a melhoria de desempenho
foi consideravelmente alta.

Figura 3-Desempenho das principais tecnologias de terceira e quarta geração


3. Planeamento Celular em LTE

O planeamento celular é um processo pelo qual uma rede celular é dimensionada.


Tratasse
de um processo iterativo que inclui desenho, síntese e realização de uma rede
celular. Em termos práticos, trata-se de determinar que estações são necessárias, que
equipamento será usado e como o equipamento será configurado.

Dependendo do estado de maturidade da rede, as tarefas de um planeamento celular


podem diferir de operadora para operadora. A Figura a baixo ilustra, de um modo
genérico, as várias etapas que compõem um processo de planeamento de uma rede
celular.

Figura 4- Processo de Planeamentode Redes de Celular


3.1 Definição De Requisitos

O processo de planeamento celular inicia-se com a definição de requisitos. Nesta etapa é


feita uma análise a vários indicadores, nomeadamente de tráfego, Cobertura e
capacidade actuais da rede, distribuição de tráfego e tipo de tráfego.

3.2 Planeamento Nominal (Predição De Cobertura E Capacidade)

A etapa de planeamento nominal é a etapa na qual é efectuada uma previsão de


cobertura e capacidade, usando ferramentas de planeamento. Estas ferramentas
permitem calcular o Link-Budget com base em modelos empíricos ou, se for o caso,
dados estatísticos de redes já existentes e estimar o nível de sinal que será recebido
pelos utilizadores.

3.3 Site-Survey

Esta etapa consiste tomar contacto com o local onde a BTS poderá ser instalada, e
efectuar medidas. Esta etapa permite ter uma melhor percepção da cobertura existente
no local, bem como identificar eventuais constrangimentos que possam existir e
condicionar as decisões tomadas na etapa anterior (e.g. local de instalação, tipo de HW
(HardWare), acessos, etc.).

Após o Site-Survey, são tomadas as decisões finais quanto à localização,


configuração de cobertura e capacidade, e efectuase o rollout das estações.

Última mas não menos importante, a etapa de optimização visa a observação dos
Key Performance Indicator (KPI) das estações instaladas, a fim de identificar eventuais
melhorias a aplicar à configuração. Estas melhorias poderão ser um ajuste de potência,
alteração do tilt das antenas ou ainda activação de funcionalidades, que permitem
ajustar a capacidade da BTS ao tipo e à densidade de tráfego existentes.
3.4 Dimensionamento da Rede de Acesso

O objectivo do dimensionamento da rede de acesso é estimar a densidade de


estações e configuração necessárias para a área de interesse, tipicamente designada de
ROI (Region Of Interest). Este processo requer, como vimos anteriormente, um
conjunto de
indicadores, os quais podem ser divididos nos seguintes tipos: qualidade, cobertura e
capacidade.

3.5 Dimensionamento para Qualidade

Os indicadores de qualidade incluem débito médio e probabilidade de bloqueio de


célula.
É com base nestes indicadores que é determinada a qualidade de serviço (Quality of
Service (QoS)) que é oferecida aos utilizadores. É também com base na performance
alcançada na periferia da célula que é determinado o raio de célula máximo alcançável.
O desempenho alcançado na periferia da célula é quantificado com base no débito
máximo na periferia, cobertura máxima usando o MCS (Modulation and Coding
Scheme) mais baixo e um raio de célula pré-definido.

3.6 Dimensionamento para Cobertura

Quanto aos indicadores de cobertura, estes assemelham-se em grande parte aos já


usados no dimensionamento das redes de terceira geração UMTS. O dimensionamento
de cobertura centra-se essencialmente no cálculo do Link-Budget. É através do Link-
Budget que é calculado o Maximum Allowable Path Loss (MAPL) ou seja, as perdas
máximas de potência que podem existir entre as antenas emissoras e as receptoras.
Como parâmetros de entrada, o Link-Budget baseia-se na: potência de transmissão,
ganho no emissor e receptor, margens de perdas, número de antenas, requisitos de SNR
e e modelos de propagação; É com base no MAPL, que é estimado o raio de cada
célula e determinado o número de células necessárias para servir uma determinada área.
À semelhança do UMTS, em LTE, a máxima perda de potência é determinada por
serviço e o raio de célula é definido pelo serviço mais exigente.
3.7 Planeamento de Frequências

O planeamento de frequências determina a largura de banda que será


disponibilizada a cada célula. Idealmente, cada operador móvel teria à sua disposição,
um espectro RF grande o suficiente para permitir um factor de reutilização maior que 1.
Contudo, na prática, os operadores têm um espectro RF limitado, pelo que não
conseguem atribuir a máxima largura de banda a cada célula, a não ser que, usem um
factor de reutilização de
1. Utilizar um factor de reutilização de 1 tem como vantagens:
 Maior eficiência espectral;
 Dispensa um planeamento de frequências;
 Algoritmos de escalonamento mais simples;
 Maior largura de banda por célula.
Contudo, esta opção levanta sérios problemas, entre os quais:
 Aumento de utilizadores provoca um grande aumento da interferência;
 Baixo nível de SNR, principalmente na periferia das células;
 Necessário recorrer a downtilt para mitigar interferências;
 Downtilt resulta numa redução da área de cobertura.
O LTE está desenhado para funcionar em ambientes onde existe interferência com
canal. Cada eNodeB/sector que opere no mesmo canal, poderá ser interferido pelo sinal
proveniente de outros eNodeBs/sectores. O Carrier to Interference plus Noise Ratio
(CINR) mede a relação entre o sinal da portadora de serviço e os sinais das portadoras
interferentes.
CONCLUSÃO

Em função daquilo que foi apresentado podemos chegar as seguintes conclusões:


O procedimento de planejamento de uma rede celular tem por objetivo principal a
obtenção de maximização da cobertura com menos equipamentos possíveis, mas tendo
em vista o fornecimento de tráfego que atenda as demandas dos usuários.
Existem diversos fatores que compõem a planejamento de uma rede celular como a
rede LTE. Entre eles estão a obtenção de dados importantes como a região de cobertura
almejada, o número total de usuários e a forma como eles estão distribuídos dentro
dessa região, a qualidade do serviço (QoS, do inglês Quality of Service) requisitada,
características dos componentes que irão integrar a rede, entre outros.
BIBLIOGRAFIA

Planeamento E Optimização Em Redes Celulares Móveis Auto-Geridas Assentes Em


Lte-Marco António Lourenço Carvalho(2011)

Proposta de otimização para a rede LTE 2.5 GHz Banda 38 no Distrito Federal
-Carlos Eduardo de Morais Leal (2016)

Planejamento De Sistemas Celulares Na Transição Para A Terceira Geração-Carlos


Vinicio Rodriguez Ron (2003).

https://www.gta.ufrj.br/~flavio/commovel/siceldi.htm

https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialintlte/pagina_4.asp

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