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Área de Conservação – Manduri/SP

A Floresta Estadual de Manduri é uma Unidade de Conservação


administrada pelo Instituto Florestal do Estado de São Paulo (IFESP), cujo
objetivo básico é o uso múltiplo sustentável dos recursos naturais e a pesquisa
científica.
Possui 1.485,10 hectares localizados nos municípios paulistas de
Manduri (1.387,30 ha) e Óleo (97,80 ha). O ecossistema predominante é de
mata atlântica; o relevo é formado por colinas amplas; a altitude vai de 640 a
748 metros. Segundo o Instituto Florestal, no tocante a flora, a área é ocupada
por aproximadamente 450 hectares de Floresta Estacional Semidecidual
(chuvas intensas no verão e períodos de estiagem) e o restante por plantio de
pinus e eucalipto.
Quanto a fauna, o IFESP refere a presença de bugio (Alouatta fusca),
macaco-prego (Cebus appella), capivara (Hydrochaeris hydrochaeris),
Jaguatirica (Leopardus pardalis) e veado-catingueiro (Mazama gouazoubira),
além de aves como o jacu (Penelope obscura) e o sanhaço (Thraupis ornara).
O Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam)
informa que “O Horto Florestal possui área de uso público, com lago, trilhas e
viveiro de mudas, denominada Caracol, forma de oferecer, à comunidade, lazer
e educação ambiental, já que os outros espaços são reservados à pesquisa e
produção de madeira para serrarias, construção civil, cercas, carvão e lenha. A
proposta, além dos benefícios ambientais, reflete diretamente na economia
local, gerando emprego e renda. As empresas madeireiras, por exemplo,
multiplicaram-se na cidade, e, devido à abundância de matéria-prima, também
chegaram fábricas de brinquedos, embalagem e resina, cujo produto final é o
breu e a terebintina”.

História

Segundo o Instituto Florestal “A origem do nome Manduri, em tupi-


guarani, significa “campo largo”. O município iniciou-se no século XVIII através
de um aldeamento de índios. Com a chegada da Estrada de Ferro Sorocabana
em 1905, teve seu desenvolvimento ativado.
Manduri é conhecida como a “Capital do Verde” em razão de grande
parte dos seus 228,9 km2 ser reflorestada com Pinus e eucalipto. Da
exploração dessas espécies vem a produção de madeira utilizada pela
indústria de processamento e também na utilização da madeira como artefatos
para as indústrias. A resinagem é outro produto de origem florestal, cuja resina
extraída dos Pinus e comercializada com a indústria de destilação de onde é
produzido o breu e a terebintina, é utilizada pela indústria de tintas, solventes e
outros produtos, inclusive o da goma de mascar. Podemos dizer que o
município de Manduri, utiliza e exporta a madeira, produtos da madeira e
goma-resina para a utilização em diversos produtos.
A Floresta Estadual de Manduri, conhecida como Horto Florestal, foi
criada pelo Decreto nº 40.988, de 06 de novembro de 1962 e é administrada
pelo Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente. Possui área de 1.485
hectares, dos quais 1.035 ha de reflorestamento de Pinus e Eucalyptus e uma
gleba de 450 ha revestida de mata nativa de grande importância para o meio
ambiente. A tecnologia e as pesquisas realizadas em silvicultura e de
processamento de madeira pelo Horto de Manduri, implementaram o
crescimento das indústrias relacionadas à madeira.

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