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ALISSON FERNANDO FERREIRA DA SILVA

RELATÓRIO DE CAMPO: SÃO MATEUS DO SUL E IRATI

Londrina
2018
Nos dias 11 e 12 de outubro de 2018, a turma do quarto e quinto ano
de Geografia Bacharelado realizou um campo para as cidades de São Matheus
do Sul, onde visitamos a mineradora de xisto da Petrobrás (Petrosix), e Irati, no
Floresta Nacional de Irati onde se encontra uma floresta de araucárias e
pinheiros.

Petrosix

A petrosix é a única mineradora do sistema Petrobrás em operação


desde 1972, que extrai o xisto betuminoso da região para obtenção de outros
produtos derivados do mesmo como o óleo combustível, a nafta, o gás
combustível, o gás liquefeito, enxofre e produtos que podem usados nas
industrias de asfalto, cimenteira, agrícola e de cerâmica.

Em São Matheus do Sul, o xisto é encontrado em duas camadas, a


superior, com seis metros de espessura e a inferior em torno de dois metros e
meio. A mineradora processa mais de 5 mil toneladas de xisto por dia nas suas
minerações, abrindo grandes buracos em céu aberto.

Porem a mineradora trabalha com um programa crescente de


recuperação ambiental nas áreas já mineradas e que ficam em estado de
reabilitação com a recomposição de espécies nativas que estão em um grande
banco de mudas e sementes, que através da sucessão ecológica de plantas
pioneiras, passando por secundárias inicias e tardias até as ameaçadas de
extinção, onde cada uma delas deve possuir no mínimo 40 matrizes para ter
um maior desempenho.

Porém como o solo onde acontece esse reflorestamento é muito pobre


e instável pelo processo de extração que ocorreu na área, a reposição das
espécies é muito lenta e é possível observar vários indicadores de florestas
jovens, mesmo sendo plantadas na década de 1990.
Foto: Mineração de xisto

Foto: deposito de xisto

Floresta Nacional de Irati

Localizada no município de Fernandes Pinheiro (PR), a floresta


nacional de Irati é uma unidade federal de conservação que possui
aproximadamente 3.500 hectares, compostos por áreas de reflorestamentos de
araucárias, pinus e também florestas nativas do bioma Mata Atlântica que
caracteriza por ser um ecossistema nomeado Ombrófila Mista, tendo a
araucária como maior representante desse sistema.
A madeira da Araucária foi amplamente explorada na época da
colonização do Paraná, onde a companhia ferroviária ganhou uma concessão
em que podia cortar diversas arvores em torno das suas ferrovias, com isso a
arvore que hoje é símbolo do paraná, correu sério risco de extinção. Por isso é
pouco comum observar araucárias de porte grande nessas regiões, pois a
maioria era cortada para fazer madeira com seu tronco retilíneo.

O parque conta com algumas trilhas para a visitação, sendo elas


autoguiadas ou feitas com o acompanhamento do pessoal que trabalha no
parque e um pequeno museu com a fauna e flora local. O instituto Chico
Mendes é que administra o parque, e conta que há diversas pesquisas
realizadas no parque por vários órgãos e universidades, porem sofre com a
falta de verba direcionada pelo Estado para o parque.

Fotos: acervo da fauna no museu do parque / trilha do parque.

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