Você está na página 1de 18

Vegetacao

humana
e
biodiversidade
Vamos lá
Floresta amazonica ou equatorial

A Floresta Amazônica ocupa a maior parte da Região Norte, porções do Centro-Oeste e parte dos
estados do Maranhão e do Piauí, que correspondem à vasta área de abrangência do clima
equatorial úmido. É considerada por alguns especialistas a formação vegetal de maior
biodiversidade do mundo. Segundo o Instituto Socioambiental (ISA), a Floresta Amazônica abriga
2.500 espécies de árvores, além de milhares de espécies animais. Essa biodiversidade constitui um
imenso conjunto de recursos naturais, que pode servir à indústria farmacêutica e a outros fins. Isso
faz da Amazônia uma região que atrai interesse internacional. Muitas pessoas dependem da
floresta para viver: indígenas; populações ribeirinhas; castanheiros, que extraem a castanha-do-
pará; seringueiros, que extraem o látex com o qual se fabrica borracha (figura 20) etc.; além de
madeireiros, que, em muitos casos, agem de forma ilegal. O avanço da agropecuária e a intensa
extração de madeiras são algumas das principais ameaças à floresta.
Mata Tropical ou
Mata Atlantica
Em 1500, quando os colonizadores portugueses chegaram às terras que
seriam o Brasil, a Mata Atlântica estendia-se de Pernambuco até o Rio
Grande do Sul, não distante do litoral. A sua devastação iniciou-se com a
exploração do pau-brasil no século XVI e prosseguiu nos séculos
seguintes, com o cultivo da cana-de-açúcar no Nordeste, com a cultura do
café no Sudeste, com a criação de gado e com a extração madeireira para
a obtenção de lenha e para a construção de casas, a fabricação de móveis
etc. Essa floresta apresenta grande biodiversidade (figura 21), assim
como a Floresta Amazônica. Atualmente, calcula-se que dela tenham
sobrado apenas 8,5% da área original, transformados em parques
nacionais e reservas sob a administração dos governos federal e estadual.
proxima

Mata dos
pinhais
Também chamada de Mata Subtropical ou Mata de Araucárias, em
razão da predominância de pinheiros ou araucárias (figura 22),
ocupava vastas extensões de terras dos planaltos e serras da Região
Sul e de trechos de relevo mais elevado da Região Sudeste. Calcula-
se que a Mata dos Pinhais cobria uma área superior a 100 mil
quilômetros quadrados, o que corresponde à área do estado de
Pernambuco. Atualmente sobraram apenas 300 quilômetros
quadrados dessa formação florestal, o equivalente a
aproximadamente 0,3% de sua cobertura original, confinado em
áreas de preservação estadual e federal. Sua devastação deve-se à
intensa exploração da madeira para a construção de casas, postes,
móveis, e ainda ao avanço da agricultura e d a pecuária.
proximo

Mata dos
cocais
Presente nos estados do Tocantins, Ceará, Maranhão e Piauí, a Mata dos
Cocais é considerada uma vegetação de transição entre os biomas da
Floresta Amazônica, da Caatinga e do Cerrado. Caracteriza-se pelo
predomínio de palmeiras, como a carnaúba, o buriti, a oiticica e o babaçu,
cujo aproveitamento ocorre por meio de atividades extrativistas realizadas
pela população local. Da carnaúba, por exemplo, aproveitam-se as folhas
para a construção de telhados e a fabricação de cera; a madeira é utilizada
na construção de casas; e do coco se extrai o óleo. No caso do babaçu, além
da utilização das folhas para a confecção de cestos, chapéus e esteiras,
extrai-se da semente do coco um óleo bastante utilizado na indústria
alimentícia e de cosméticos (figura 23).
proxima

Cerrado
É uma formação vegetal nativa do Brasil Central com ocorrências também em Minas Gerais, São Paulo,
Paraná, Bahia, Maranhão, trechos do Piauí, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Amazonas
e Pará (localize-o na figura 19, na página 118). Pertencente à classificação do bioma Savana, o Cerrado
ocupava, originalmente, cerca de um quarto do território brasileiro, sendo ultrapassado em extensão somente
pela Floresta Amazônica. De modo geral, trata-se de uma formação vegetal constituída de vegetação rasteira,
arbustiva e arbórea. Apresenta árvores espaçadas, de pequeno porte, com troncos retorcidos, caules e galhos de
cascas grossas e raízes profundas que buscam a água do subsolo (figura 24). Suas espécies suportam períodos
de seca prolongados. O Cerrado abriga cerca de um terço da biodiversidade brasileira. Como as demais
formações vegetais, também sofreu intensa intervenção humana, principalmente após os anos 1960. A
construção de Brasília e de rodovias na Região Centro-Oeste não só permitiu grandes deslocamentos de
populações como também a instalação de grandes unidades de produção agropecuária (figura 25). Com uma
área original de 2 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente a 22% do território nacional, calcula-se que
o Cerrado perdeu mais de 50% de sua vegetação original.
proximo

Caatinga
É a formação vegetal típica do clima tropical semiárido, que ocorre na Região Nordeste
do país. A Caatinga é constituída de plantas xerófilas, ou seja, adaptadas a lugares
secos, como as cactáceas (mandacaru, facheiro, xiquexique) e algumas espécies
arbóreas (figura 26). Na época das secas, muitas plantas da Caatinga perdem suas
folhas para diminuir a transpiração e evitar maior perda de água. Existem também
plantas que, com o mesmo objetivo, produzem uma cera sobre suas folhas. Um
exemplo é a carnaúba, palmeira conhecida como “árvore da vida”, pois dela tudo se
aproveita. Desde o século XVI, a Caatinga sofre intervenção humana por meio da
extração de lenha, da criação de gado e da prática da agricultura. Da área total original
da Caatinga, de cerca de 844 mil quilômetros quadrados, calcula-se que mais de 72%
sofreram severa devastação, o que compromete sua biodiversidade.
proximo

campos
Campo é a denominação genérica dada às formações vegetais com domínio de
vegetação herbácea. Tais formações apresentam diversas fisionomias em decorrência
da variedade de clima, solo e relevo de cada área onde se desenvolvem. Os Campos
ocorrem na Campanha Gaúcha, no Rio Grande do Sul (reveja a figura 19 e localize-
os), nas zonas de planalto da Região Sul e do Centro-Oeste (Campos de altitude) e na
Amazônia (Campos amazônicos ou Campinaranas). Originalmente, os Campos
ocupavam cerca de 178 mil quilômetros quadrados do território brasileiro. Como
outras formações vegetais, foram alterados e degradados no decorrer da história. Os
Campos da Campanha Gaúcha sofreram intensamente a ação humana, pois desde o
século XVIII são usados para a criação de gado bovino e ovino (figura 27). A
degradação do solo provocada por essas atividades pode gerar areais, como os que se
observam em Alegrete, São Francisco de Assis, Cacequi, Itaqui, Quaraí, entre outros
municípios (figura 28).
proximo

VegetaCaO Litorania
Ao longo do litoral brasileiro, encontra-se a vegetação de praia, de duna, de restinga e de
mangue. Nas praias e dunas, a vegetação é geralmente rasteira. Nas restingas, surge um
tipo de vegetação arbórea, cuja altura máxima é de 5 metros, que forma um emaranhado
confuso, com muitas plantas espinhentas (figura 29). Segundo estudiosos, essa vegetação, o
“jundu”, corresponde a um conjunto de espécies da floresta adaptadas às condições
ambientais litorâneas: altas temperaturas, fortes ventos e solo arenoso. A vegetação de
mangue, ou manguezal, cresce em áreas alagadas que se formam nas reentrâncias da
costa. Por crescerem em solo salino, com deficiência de oxigênio, e em áreas alcançadas
pelas marés, essas plantas desenvolvem raízes aéreas, chamadas pneumatóforos ou raízes
respiratórias
proximo

Complexo do pantanal
O Pantanal abrange uma área de aproximadamente 150 mil quilômetros quadrados,
dos quais cerca de 100 mil são inundáveis, na época das cheias, pelos rios da região,
como os rios Paraguai, São Lourenço, Taquari e Piquiri. Trata-se de uma área de
planície sedimentar que abrange terras do Brasil (Mato Grosso do Sul e Mato
Grosso), da Bolívia e do Paraguai, com altitude média pouco superior a 100 metros.
O Pantanal é considerado um “santuário ecológico”, pois reúne ecossistemas com
grande biodiversidade. Sua vegetação é complexa, pois abriga espécies de florestas,
Campos e Cerrado (figura 31). A ação humana sobre o Pantanal intensificou-se a
partir dos anos 1970. Grandes fazendas de gado bovino se instalaram nas terras
baixas, e as terras altas foram ocupadas pela agricultura da soja, do milho e da cana-
de-açúcar para abastecer usinas de álcool. Leia a seção da página ao lado.
Vou mostrar aqui algumas
imagens de exemplos
Floresta Amazônica ou Equatorial
Mata Tropical ou Mata Atlântica
Mata dos Cocais
Cerrado
Caatinga
Campos
Vegetacao litoral
Complexo do pantanal

Você também pode gostar