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Curisidade: Das mais de 40 Provas que possuo há apenas 4 textos diferentes, TODOS eles
retirados do Jornal O GLOBO, 3 de autoria do Zuenir Ventura e outro da Martha Medeiros. As
questões gramaticais são todas retiradas do Texto.
As Provas estão abaixo (3 no total) com o Gabarito ao final. Este é um ótimo exercício!!! BOA
SORTE!!!
LÍNGUA PORTUGUESA
Vilões da terra
1-Uma pesquisa da BBC de Londres concluindo que o brasileiro é o povo mais preocupado com as
mudanças climáticas no mundo é uma inesperada notícia para um país que es tá acostumado a ser acusado de devastar
a natureza como se fosse o único. Já os americanos, principais responsáveis pelo aquecimento do planeta, foram
considerados pela mesma consulta a 14 mil pessoas em 21 países como os que menos se preocupam com o problema,
a começar pelo presidente, que não assinou o Protocolo de Kioto reduzindo a emissão de gases do efeito estufa.
2-Há duas leituras para essa pesquisa. Uma é pessimista: se nós somos os mais conscientes, imaginem os
outros. A segunda, otimista, é que bem ou mal estamos atentos à questão. Esta hipótese é alimentada por um recente
estudo da Embrapa Monitoramento por Satélite sobre a evolução das florestas mundiais, desmentindo a imagem do
Brasil como o grande vilão da história do desmatamento.
3-O resultado, apresentado na última edição da “Folha do Meio Ambiente” pelo doutor em ecologia
Evaristo Eduardo de Miranda, mostra que há 8 mil anos o que viria a ser o Brasil possuía 9,8% da cobertura florestal
do planeta. Hoje, o país detém 28,3%. As comparações não deixam dúvidas. Mais de 75% das florestas do mundo
desapareceram. A Europa, que sem a Rússia detinha mais de 7% do planeta, hoje tem 0,1%. A África, que possuía
11%, dispõe agora de 3,4%. A cobertura de verde da Ásia caiu de 23,6% para 5,5%. A América Latina, no entanto,
saltou de 18,2% para 41,4%.
4-O paradoxo, ressalta o professor da Embrapa, é que em vez de ser reconhecido por esse histórico “ o
Brasil vem sendo severamente criticado pelos campeões do desmatamento”. Segundo ele, ao contrário daqueles
países, onde a defesa da natureza é um fenômeno recente, a nossa preocupação é antiga, desde o século XVI. Uma
legislação protecionista teria garantido a exploração sustentável das florestas de pau-brasil até 1875. “Em 1550 já
havia uma lista de árvores reais protegidas por lei, o que deu origem à expressão madeira-de-lei”, informa ele.
5-Se nosso “histórico” não pode servir de álibi para o processo de devastação que promovemos a partir da
segunda metade do século XX, deve servir pelo menos para afastar a fantasia de que a defesa da Amazônia tem que
vir de fora. Como afirma o professor Miranda, “com invejáveis 69,4 de suas florestas primitivas, o Brasil tem grande
autoridade para tratar desse tema frente às críticas dos campeões de desmatamento mundial”. Se não somos um
modelo de preservação, não somos também os EUA, onde o Bush afirma cinicamente “levar muito a sério” a questão,
mas não vai adotar qualquer medida que prejudique a economia americana.
Ou seja, continuará envenenando a natureza com o gás que sai de suas fábricas.
1) “um país que está acostumado a ser acusado de devastar a natureza como se fosse o único.” Assinale a opção em
que a palavra COMO não tem o mesmo valor semântico apresentado no exemplo:
(A) emissão\emissões;
(B) exploração\ explorações;
(C) edição\ edições;
(D) cidadão\ cidadões.
(A) desapareceram – DESAPAREC\radical;
(B) imaginem – E\desinência modo temporal;
(C) continuaremos– A\vogal temática;
(D) saltou- SALTO\ tema.
8) O autor lança mão de vários tipos de argumento . Dos listados abaixo, qual não é usado?
(A) de autoridade;
(B) de comparação;
(C) de enumeração;
(D) de indução.
9) Todas as afirmações abaixo são verdadeiras e podem ser comprovadas pelo texto, menos uma. Identifique-a:
(A) Das regiões do planeta, a Europa é a que possui maior cobertura florestal.
(B) No Brasil, a preocupação com a proteção da natureza é antiga.
(C) O governo americano não se preocupa com a emissão de gases do efeito estufa.
(D)Os campeões de desmatamento mundial são os americanos.
10) A pesquisa da BBC critica os principais responsáveis pelo desmatamento. Considerando essa oração, assinale o
item INCORRETO quanto à função sintática de seus termos:
11) Bem ou mal estamos atentos à questão. O emprego do acento indicativo da crase nessa oração se explica a partir
da regra que diz que a preposição está:
12) O trecho “ Ou seja, continuará envenenando a natureza com o gás poluente que sai de suas fábricas.” contém um
pronome
relativo usado conforme as regras da língua padrão. O mesmo ocorre em:
(A) O país continuará poluindo a natureza com o gás a que se referem os pesquisadores.
(B) O país continuará poluindo a natureza com o gás onde existe floresta.
(C) O país continuará poluindo a natureza com o gás a cuja fábrica produz.
(D)O país continuará poluindo a natureza com o gás a que o pesquisador analisou.
14) Embora os EUA digam que se preocupam com a preservação, não adotam qualquer medida de proteção à
natureza. Sem alterar o sentido da oração, a palavra EMBORA pode ser substituída por:
(A) contanto que;
(B) uma vez que;
(C) à medida que;
(D) se bem que.
15) “Uma é pessimista. A segunda, otimista.”(parág.2) Entre os pares abaixo, um deles está INCORRETO quanto ao
antônimo. Trata-se do item:
(A) devastação\proteção;
(B) fantasia\ realidade;
(C) paradoxo\ contradição;
(D) evolução\ regressão.
01-A 02-D 03-C 04-D 05-A 06-D 07-D 08-D 09-A 10-B 11-D 12-A 13-C 14-D 15-C
PROVA II
Geração anfetamina
1- O título é de uma crônica de João Ximenes Braga, que a escreveu depois de assistir a um show careta
com um grupo em que havia dois universitários, um rapaz de 20 anos e uma moça de 19, típicos representantes do
que ele chamou de “geração anfetamina”, em contraposição à sua, do “antidepressivo”. Ele se surpreendeu ao
descobrir que em meia hora cada um dos dois havia consumido uma cartela de dez comprimidos de um anorexígeno
tarja preta e, “para rebater, outras tantas doses de vodca com energético”. Foi um choque geracional: acostumado
com gente que procurava a todo custo se desestressar, Ximenes se defrontava com jovens que “enchiam-se de
química para ficarem mais pilhados, mais intensos”. Se alguém um pouco mais velho, com 36 anos, não entende
direito o que se passa logo abaixo, imagina quem tem o dobro, o triplo de idade, até mais.
2- Sempre foi difícil compreender um jovem pelos que deixam de sê-lo. Mas acho que não tanto quanto
agora. Antigamente era fácil distinguir: este aqui é rebelde, contestador, esse outro é conservador. Hoje, a garotada
pode ser tudo ao mesmo tempo. O rapaz universitário, por exemplo, na manhã seguinte, para espanto do cronista, foi
fazer prova na PUC, como se tivesse dormido com os anjos. Comportam-se às vezes de maneira para nós estranha, e
parece que predomina neles a atração agônica pelo paroxismo – a vertigem, a voragem, o risco e o transe. Em uma
palavra, o êxtase, ou melhor, o ecstasy, a droga-símbolo dessa tribo.
3- Não estão a fim de fazer uma revolução para mudar o mundo, mas criar o seu próprio. Em vez de uma
nova vida, um substituto a ela, um universo paralelo, ainda que artificial, sem que isso signifique necessariamente
viver à margem, como “marginais”, à
maneira dos hippies. Filhos de um tempo que decretou o fim da História, das ideologias e das utopias, eles por sua
vez derrubaram tabus, cancelaram limites e passaram a querer tudo a que não têm direito. Nem mesmo a liberdade
sexual se apresenta como reivindicação, conquistada que foi pelos que vieram antes. A própria transgressão não é
mais uma busca como era nos anos 60, mas uma prática corriqueira e natural. Por isso é que se surpreendem:
“Traficante, eu? Sou universitário.”
4- Essa reação dos que foram presos há pouco eu vi quando no ano passado cobri uma operação policial que
desbaratou outra rede desses novos traficantes. Em muitos, a insolência de classe: “Vocês estão perdendo seu tempo.
Daqui a pouco um advogado vem me tirar.” Em todos, a (in)consciência tranqüila de que podem tudo. Pretendo voltar
ao tema, mas por ora a conclusão é que não se trata de um problema social. Como têm poder aquisitivo, são de classe
média, não há como jogar a culpa nas más condições de vida. Para entender, não adianta chamar um sociólogo. É
melhor um psicólogo.
QUESTÕES:
1) Comparando as duas gerações citadas no texto, infere-se dos argumentos do autor que:
2) “Parece que predomina neles a atração agônica pelo paroxismo – a vertigem, a voragem, o risco e o transe.”
( parágr. 2) Das opções abaixo, aquela que traduz corretamente o significado de PAROXISMO é:
(A) emoções contraditórias;
(B) emoções extremas;
(C) emoções paroxítonas;
(D) emoções alt issonantes.
3) Aquele remédio nos era prejudicial. A palavra NOS exerce a mesma função sintática do termo em destaque no
item :
(A)miolo\ miolos;
(B) bolso\ bolsos;
(C) forno\ fornos;
(D) abrolho\ abrolhos.
(A) o estigma;
(B) o ágape;
(C) a alface;
(D) a formicida.
7) Conforme o texto, as características relacionadas a seguir são marcas da “geração anfetamina”, EXCETO:
8) “Para entender, não adianta chamar um sociólogo. É melhor um psicólogo.” Qual das passagens abaixo justifica a
afirmação do autor?
9) “O título é de uma crônica de João Ximenes Braga, que a escreveu depois de assistir a um show careta”...
Considerando a regência verbal, marque a opção NÃO aceita pela norma culta:
01-B 02-B 03-B 04-B 05-D 06-C 07-A 08-D 09-A 10-B
PROVA III
LÍNGUA PORTUGUESA
O que falta é dizer “não”
1-Psicólogos e terapeutas acham que nesses permissivos tempos pós-modernos, do liberou geral, um dos
males que atacam a juventude urbana de classe média é a anomia, ou seja, a ausência de leis e regras, a falta de
referências e limites – a necessidade de se dizer “não” na hora certa. Ao contrário do “é proibido proibir” de outra
época, talvez se esteja precisando de um “é proibido permitir”. Mas são os pais, antes dos jovens, que devem
aprender isso. Vejam essa história acontecida na semana passada. O pai de um dos três rapazes que agrediram
travestis e prostitutas na Barra da Tijuca com jatos de extintor de incêndio roubado considerou natural o que eles
fizeram. “Tem gente que faz coisa pior”, justificou. “Foi apenas uma brincadeira de crianças”.
2-De fato, tem gente que faz pior. Por exemplo: os cinco jovens igualmente da classe média que em junho
roubaram e espancaram barbaramente a doméstica Sirlei Dias, também na Barra, porque a confundiram com
prostituta. Não por coincidência, o pai de um deles reagiu então da mesma maneira contra a prisão de seu filhinho
agressor: “Não é justo manter presas crianças que estão estudando”, protestou. O detalhe é que, em nenhum dos dois
casos, os jovens estavam saindo de escola ou universidade, mas de uma boate, de madrugada. Com uma educação
assim, em que o costume paterno é passar a mão pela cabeça, não é difícil entender por que essas “crianças”, cheias
de preconceito, adotem como divertimento a prática da crueldade e de violência gratuita contra pessoas indefesas.
3-É compreensível que os pais dêem apoio e defendam seus filhos em dificuldade, mas a melhor maneira de
fazer isso não é
certamente tratando-os como se fossem incapazes de distinguir agressão ou ofensa física e moral de uma brincadeira,
sobretudo quando são universitários. Uma das “crianças” de agora tem 19 anos e é estudante de jornalismo. O mais
sintomático é que, enquanto seu pai tentava minimizar a gravidade do ato cafajeste, classificando-o como brincadeira,
o próprio rapaz admitia seu erro: “Fizemos uma coisa muito errada e estamos arrependidos”, disse na delegacia. “Não
bebemos nada e nem estamos drogados. Fizemos foi uma enorme besteira.”
4-Agora comparem a atitude desses pais com a de um outro, Renato Moreira Carvalho, um pedreiro de
poucas posses e parcas letras. Quando sua filha Sirlei foi agredida, ele atribuiu as causas da violência juvenil ao
excesso de liberdade e falta de limites. “Muitos pais estão procurando saber pouco da vida que o filho leva fora da
porta de casa”, advertiu, com autoridade de quem criou quatro filhos “com integridade”, em meio à pobreza, em
Imbariê, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Nenhum diagnóstico do fenômeno foi mais
preciso que o dele.
2) “não é difícil entender por que essas “crianças”, cheias de preconceito”...(parág. 2) A palavra CRIANÇAS vem
entre aspas pois o autor:
3) “Tem gente que faz coisa pior.”(parág.1) Ao usar essa afirmação para justificar a agressão do seu filho, esse pai:
(A) autorizaria a ação do filho desde que alguém já tivesse feito pior.
(B) só condenaria o filho se não houvesse alguma ação anterior pior que a dele.
(C) não condenaria o filho se não houvesse ação posterior pior que a dele.
(D) não autorizaria a ação do filho desde que alguém já tivesse feito pior.
4) “o pai de um deles reagiu então da mesma forma contra a prisão do seu filhinho agressor:”(parág. 2) Em que opção
abaixo o diminutivo tem o mesmo valor semântico do expresso no exemplo?
5) “Ao contrário de “é proibido proibir” de outra época, talvez se esteja precisando de um “é proibido permitir”. Nas
opções abaixo, as expressões apresentam sinônimos que traduzem seus significados, EXCETO:
6) ANOMIA quer dizer ausência de leis e regras, falta de referências e limites. Marque a opção INCORRETA quanto
ao signi ficado das palavras abaixo:
7) Em um dos itens abaixo está presente um caso de derivação parassintética. Identifique-o:
(A) pós-modernos;
(B) endurecer;
(C) incapazes;
(D) mi nimizar.
8) “não é difícil entender por que essas “crianças”, cheias de preconceito, adotem como divertimento”... Justifica-se o
uso do POR QUE (separado) por se tratar de um(a):
(A) interrogativa indireta;
(B) interrogativa direta;
(C) resposta;
(D) pronome relativo seguido de preposição.
9) “É compreensível que os pais dêem apoio “(parág. 3) Nesse período a oração subordinada substantiva está
CORRETAMENTE classificada no item :
(A) objetiva direta;
(B) completiva nominal;
(C) predicativa;
(D) subjetiva.
10) Identifique, nas orações abaixo, o valor semântico que a preposição DE assume e, a seguir, assinale a opção que
apresenta a seqüência CORRETA:
1- O texto fala de jovens.
2- A agressão é conseqüência de educação errada.
3- A juventude urbana de classe média é preconceituosa, em geral.
4- Os jovens saíam de uma boate.
12) O pai considerou natural o que eles fizeram. A palavra NATURAL exerce, nesse período, a função de:
(A) adjunto adverbial;
(B) predicativo do objeto;
(C) adjunto adnominal;
(D) predicativo do sujeito.
________ muito tempo os pais não estão mais atentos ____ vida de seus filhos que vão ____ boates e não se
preocupam com ____ consequências da bebida.
(A) A – a – à – as;
(B) A – há – a – às;
(C) Há – à – a – as;
(D)Há – a – as – às.
15) Considerando a colocação pronominal, marque a opção que NÃO é aceita pela norma culta:
01-C 02-B 03-A 04-D 05-C 06-D 07-B 08-A 09-D 10-A 11-C 12-B 13-A 14-C 15-C