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O que é impacto ambiental?

O que é impacto ambiental? Trata-se de


alterações no meio ambiente causadas pelas atividades
humanas que podem ser negativas ou positivas,
permanentes ou temporárias.

Impactos ambientais são alterações no ambiente


causadas pelo desenvolvimento das atividades humanas
no espaço geográfico¹. Nesse sentido, eles podem ser
positivos, quando resultam em melhorias para o ambiente,
ou negativos, quando essas alterações causam algum
risco para o ser humano ou para os recursos naturais
encontrados no espaço.
Apesar de possuir essas duas classificações, o
termo impacto ambiental é mais utilizado em referência
aos aspectos negativos das atividades humanas sobre a natureza. Isso ocorre em virtude do
modelo de desenvolvimento da sociedade moderna, que se baseou na exploração intensiva dos
recursos naturais do mundo, que são vistos como uma fonte inesgotável de matéria-prima e de
energia para a produção dos mais diversos produtos.

Entre os principais impactos ambientais negativos causados pelo desenvolvimento das


atividades humanas, destacam-se:
• Redução da biodiversidade de plantas e animais: Com o desenvolvimento das atividades
humanas, principalmente após a Revolução Industrial, tornou-se cada vez mais comum a
substituição da vegetação nativa por construções humanas. As vegetações dos mais
diferentes biomas foram sendo substituídas por estradas, fazendas, indústrias e cidades,
reduzindo, assim, o habitat de muitas espécies de animais e plantas. Com isso, muitas
espécies já desapareceram ou correm risco de extinção caso sejam mantidas as formas
atuais de apropriação da natureza.
• Contaminação do ar, água, fauna e flora: As
atividades humanas geram muitos resíduos, que se
acumulam na natureza e causam a poluição e
contaminação do ar, água, solo, fauna, flora e até
mesmo do próprio homem.
• Compactação, impermeabilização, redução da
fertilidade e erosão do solo. As atividades
agropecuárias, quando realizadas sem consciência
ambiental, favorecem a compactação, a redução da
fertilidade e a erosão do solo, que, a longo prazo,
dificultam ou impossibilitam o desenvolvimento dessas atividades e causam danos, muitas
vezes, irreversíveis para o solo. As massas asfálticas utilizadas nas cidades e estradas, por
sua vez, impermeabilizam o solo, isto é, comprometem a infiltração da água, o que ocasiona
alagamentos e dificuldades de abastecimento das águas subterrâneas.
• Esgotamento dos mananciais: A maioria das atividades humanas necessita de uma
grande quantidade de água, o que causa a exploração intensiva dos cursos d'água para
abastecer indústrias, fazendas e cidades. Apesar de a água ser um recurso abundante no
planeta Terra, a crescente demanda aliada à má utilização dos recursos hídricos já tem
causado escassez de água ou crises de água (falta periódica de água) em locais que não
sofriam com esse problema, como o Brasil, que, apesar de ter uma grande quantidade de
canais fluviais, periodicamente tem tido problemas em relação à disponibilidade de água em
seus mananciais.
• Alterações climáticas: O desenvolvimento da sociedade capitalista tem causado grandes
alterações no clima mundial. Acredita-se que ele tenha contribuído para a intensificação do
efeito estufa e aquecimento global do mundo, uma vez que os gases emitidos pelas
indústrias e automóveis contribuem para a conservação do calor na atmosfera, aumentando
assim, o efeito estufa, e, consequentemente, a temperatura no planeta Terra.
• Destruição da camada de ozônio: Os gases lançados na atmosfera, principalmente os
CFCs, contribuem para a destruição da camada de ozônio, já que, como o gás ozônio é
muito instável, a acumulação dos gases na atmosfera favorece a degradação de suas
moléculas, que se ligam às moléculas dos gases poluidores, formando outras substâncias.

Atualmente, em virtude do comprometimento da vida no planeta, cresceu o debate, a nível


internacional, sobre as questões ambientais mundias. É cada vez mais comum o estudo sobre os
impactos ambientais para que haja conscientização da população e de governantes sobre a
necessidade de se praticar um desenvolvimento sustentável, que promova o desenvolvimento
econômico sem comprometer o meio ambiente e a oferta de recursos naturais para o futuro.
Com isso, diversas medidas (como o Protocolo de Kyoto e o Protocolo de Montreal) têm sido
tomadas para reverter o quadro de degradação ambiental existente no mundo atual, aumentando,
assim, a quantidade de impactos ambientais positivos. Essas medidas esbarram em interesses
econômicos, principalmente de países desenvolvidos, que acreditam que esse desenvolvimento
sustentável é inviável, pois essas medidas teriam um alto custo e limitariam a extração dos recursos
naturais e de fontes de energia, diminuindo, assim, a produtividade e o desenvolvimento de suas
economias.

MODIFICAÇÕES DO SOLO
As modificações do solo podem ocorrer por fatores naturais e pela ação do homem.
O solo corresponde à camada superficial da crosta terrestre, sendo formado principalmente por
aglomerados minerais e matéria orgânica resultante da decomposição de animais e plantas.
Esse elemento natural passa por diversas transformações, fenômeno natural que pode ser
agravado pela ação humana. As modificações do solo podem ser motivadas pela ação das
chuvas, dos ventos, dos rios, asfaltamento, construções de cidades, etc.
A erosão, por exemplo, é uma das modificações do solo mais preocupantes. Esse
processo consiste no deslocamento de solo pela ação das chuvas, dos rios ou dos ventos, em
que as partículas do solo são arrastadas para as áreas mais baixas do terreno.
Outra alteração do solo que provoca danos ambientais significativos é a desertificação.
Esse fenômeno, comum nas regiões áridas e semiáridas e subúmidas, é caracterizado pela perda
da capacidade produtiva do solo. As queimadas e os desmatamentos contribuem para a perda de
substâncias do solo.
As queimadas nada mais são do que uma prática de colocar fogo em uma área. Em geral, a
finalidade das queimadas é limpar essa área para a realização de alguma atividade, como plantio,
renovação de pastagens ou ainda facilitar a colheita de alguns produtos, como é o caso da cana-
de-açúcar. Essa prática, apesar de parecer benéfica e necessária quando falamos de suas
finalidades, afeta negativamente o solo e também desencadeia poluição atmosférica.
Portanto, a erosão, a desertificação e outras modificações do solo podem ocorrer por
fatores naturais, no entanto, elas são aceleradas pela ação do homem, sobretudo através das
queimadas, desmatamento, técnicas agrícolas inadequadas, mineração, expansão das áreas
urbanas e impermeabilização do solo.
Sendo assim, algumas medidas são necessárias para se preservar o solo, tais como a
manutenção da cobertura vegetal, reflorestamento, planejamento das construções, técnicas
agrícolas menos prejudiciais ao solo, redução dos desmatamentos e das queimadas, entre
outras.

Agroecologia beneficia consumidores, agricultores e meio ambiente

"A agroecologia é uma ciência que orienta a adoção de tecnologias e práticas em sistemas de
produção, procurando imitar os processos como ocorrem na natureza, evitando romper o
equilíbrio ecológico que dá a estabilidade aos ecossistemas naturais. É muito importante, pois
além de se produzir alimentos de boa qualidade, livre de resíduos químicos, uma vez que não são
utilizados fertilizantes sintéticos solúveis e agrotóxicos, também contribui com a segurança
alimentar, e com a conservação e melhoria ambiental, por meio do uso responsável do solo, da
água, do ar e dos demais recursos naturais", explica a professora da UFGD e vice presidente da
Comissão Organizadora do Agroecol 2014, Zefa Valdivina Pereira.

Mas, o principal diferencial da produção em base agroecológica em relação a produção orgânica


está no estreito relacionamento das ciências naturais com conceitos das ciências sociais, explica
Zefa. Ela acrescenta ainda que"essa afinidade de conceitos transforma a agroecologia numa
ciência dedicada ao estudo das relações produtivas entre homem-natureza, buscando a
sustentabilidade ecológica, econômica, social, cultural, política e ética. Os sistemas produtivos de
base agroecológica estão geralmente focados no fortalecimento da agricultura familiar, que se
baseiam na pequena propriedade, na mão de obra familiar, em sistemas produtivos complexos e
diversos, adaptados às condições locais", explica.

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