O documentário discute os avanços e riscos da inteligência artificial na sociedade, mostrando como os dados pessoais podem ser usados para replicar a vida de alguém e como a IA está sendo aplicada na arte e tecnologia. Apesar de levantar questões importantes, o vídeo deixa muitas perguntas sem resposta.
O documentário discute os avanços e riscos da inteligência artificial na sociedade, mostrando como os dados pessoais podem ser usados para replicar a vida de alguém e como a IA está sendo aplicada na arte e tecnologia. Apesar de levantar questões importantes, o vídeo deixa muitas perguntas sem resposta.
O documentário discute os avanços e riscos da inteligência artificial na sociedade, mostrando como os dados pessoais podem ser usados para replicar a vida de alguém e como a IA está sendo aplicada na arte e tecnologia. Apesar de levantar questões importantes, o vídeo deixa muitas perguntas sem resposta.
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS E TECNOLOGIA COMPONENTE CURRICULAR: PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA II (ECT2205) Período Letivo: 2022.1 Professora: Ada Lima Ferreira de Sousa Discente: Camila Santos Estrela, Maria Eduarda Mateus Brandão Andrelino Turma: 01
ATIVIDADE AVALIATIVA 2: RESENHA CRÍTICA DO DOCUMENTÁRIO
O uso da inteligência artificial na sociedade
Resenha por Camila Santos Estrela e Maria Eduarda M. Brandão Andrelino
Visando responder questões acerca da inteligência artificial, o programa Camarote.21
em seu especial, Arte e Inteligência Artificial, de autoria de Andrea Horakh, tem duração de 26 minutos, produzido no ano de 2022 veiculado à emissora DW Brasil. O especial visa trazer perguntas importantes sobre o aprendizado de máquina, seus limites, capacidade criativa e os riscos que podem trazer para a humanidade, demonstrando preocupações de cunho político e social. O programa apresenta inicialmente um questionamento “o que e como as máquinas aprendem sobre nós? E o que o nosso rastro digital revela sobre a natureza humana?”, para tentar responder essas questões apresentou-se o documentário Made to Measure, tratando- se de um experimento na tentativa de criar uma réplica de uma pessoa apenas com a base de dados coletados. A precisão assustadora com a qual conseguiram replicar a vida da participante, produzindo um vídeo com riqueza de detalhes, relatando momentos importantes de sua vida, representados com perfeição pela atriz. O quão transparentes nós somos? Made to Measure nos mostra que podemos ser transparentes e que muitas vezes nem sabemos sobre nós mesmos, isso ocorreu durante o experimento onde a própria participante deixou informações nas redes que refletiam aspectos que ela mesma não conhecia como, por exemplo, distúrbios alimentares e depressão. Ao ser revelada essas informações, a participante demonstrou desconforto e assim terminou o experimento. Outro fator mostrado desse documentário é como a política europeia ainda não possui o controle sobre como esses dados são comercializados, onde pacotes de dados pessoais são vendidos sem saberem como estão sendo utilizados. Além disso, a equipe recomenda limitar as configurações de cookies ao utilizar as redes, sendo o mínimo em que podemos controlar. Em um segundo momento, surge a pergunta: ” Como surgiu a inteligência artificial?” para tentar respondê-la, o Museu da Higiene em Dresden no leste da Alemanha traz perguntas e respostas sobre a origem dessa tecnologia. Somos apresentados ao automóvel que não necessita de um motorista, o volante é comandado por um computador que toma decisões sensatas com base em exemplos de situações reais como, por exemplo, acidentes de trânsito. A existência desse veiculo foi apresentada na exposição “Inteligencia artificial” em Dresden, o Co-curador científico Thomas Ramge, descreve na prática a IA como “uma máquina, um sistema artificial inteligente que consegue executar uma tarefa precisamente, barata, rápida e, em geral, melhor do que uma pessoa, porém apenas essa tarefa específica”. Contudo, afirmasse que a humanidade sempre sonhou com serviçais inteligentes chegando até mesmo a criar falsas máquinas de xadrez, onde havia um jogador escondido dentro delas. Com essa afirmação somos levados para dentro da sala de treinamento “a rede neural vermelha” que está mais puxada para o amarelo-alaranjado, narrando o surgimento da IA, tendo o cérebro humano como o protótipo de inspiração. O método machine learning é em referência ao aprendizado automático da máquina, aprendendo a coletar e conectar informações como se fosse um cérebro humano. Com isso, o espaço reforça a premissa de que a inteligência artificial trabalha apenas com o que lhe foi ensinado. A tecnologia de Deepfake permite alterar vídeos por computador, também é demonstrada no vídeo, num trecho em que Boris Johnson, Primeiro-ministro do Reino Unido, aparece falando sobre o tema alertando ser uma farsa. O grande valor dos dados é mensurado por Ramge, de acordo com ele as maiores e mais valiosas corporações são aquelas ricas em dados e que melhor gerenciam IAs, tornando o capitalismo de dados mais movimentado que o financeiro e o industrial. Países tais como, Estados Unidos e China são as grandes potências mundiais na utilização dessa tecnologia, outras nações como a Alemanha tentam implementá-la de maneira mais ampla, em sistemas de vigilância de massa. Entretanto, existe toda uma preocupação social pela regulamentação desses sistemas e onde seriam utilizados. A extrapolação de reinvenção proporcionaram a Luiza Clement, criar uma boneca a sua própria imagem e semelhança, capaz de falar e aprender com os diálogos através da ferramenta de IA Chatbot. Luiza, questiona o uso das redes sociais e as sensações que de fato elas nos proporcionam, sensações que sua obra Not Lost exibida na Times Square no lockdown pelo coronavírus, tenta demonstrar. Obras como as do artista programador Mario Klingemann trazem à tona as possibilidades criativas da IA como ferramenta de criação artística. A obra Memories of Passersby I, mescla obras de diversos pintores do século XVII criando o que parecem novos retratos. Na música elas também conquistaram espaço completando sinfonias, transformando matemática e sons do universo em composições e até proporcionando a sensação de “trazer de volta a vida” um pianista por meio da reprodução do seu estilo. O programa reúne uma quantidade significativa de informações sobre a inteligência artificial, passando por vários campos da arte e da tecnologia. É imensamente relevante, quando se olha para o centro da questão social e política envolta no uso amplo dessa ferramenta. Porém, este vídeo levanta muito mais questionamentos do que se propõe responder, sendo assim deixando várias indagações. No aspecto da qualidade do vídeo não há o que questionar. Ao fim, chega-se à conclusão que para um espectador interessado nos avanços da IA é imensamente interessante, mas para alguém interessado em sanar os questionamentos propostos no início do vídeo, se torna pouco decepcionante. Por tanto, recomendamos o programa pelo cunho social e político levantado, e, não somente por seu apelo artístico.