temporadas opressivas e extenuantes, o clima ficou extre-
a região de vax mamente definido, impondo de forma mais consistente seu
história:
a guerra e o cataclismo
Na região de Vax, existe uma área central tomada pelo selvagem
poder da tempestade. Uma barreira de nuvens negras, chuva
forte, granizos pesados e raios fulminantes impede o acesso
marítimo e aéreo a essa zona nomeada de “Círculo dos
Trovões”. Fora essas interpéries geofísicas, nota-se claramente
que desse ponto caótico um grande poder sobrenatural emana.
O que pode ser dito, sem nenhuma certeza, é que todo esse caos
e poder elemental baseiam-se na lenda da Tempestade e dos
Leviatãs. Tal história é fundamentada em antigos documentos
sagrados reescritos, recontados e, por conseguinte, distorcidos
inúmeras vezes. Provavelmente, a lenda de hoje é uma história
romanceada e incompleta, mas, ainda assim, todos que habitam
o continente a conhecem.
Sabe-se que, há muito tempo, todas as ilhas e formações de Vax
não existiam como conhecemos, faziam parte de um grande
aglomerado. Nesta vasta porção de terra, o clima, as estações
do ano e as insolações desenvolviam-se normalmente, sem os
longos períodos de dia e noite e o inverno rigoroso que estamos
acostumados. Claro que o continente tinha sua parte mais fria,
mas também abrigava florestas tropicais e cadeias montanhosas
com vales verdejantes, montando assim suas características
de maneira lógica e natural. A manhã e a noite dividiam o dia
igualitariamente, eram 12 horas de luz, em que o trabalho das
raças inteligentes fazia prosperar a sociedade, e mais 12 horas de
escuridão que abrandavam o calor do sol e convidavam todos
para um sono tranqüilo até o despertar. A vida fluía saudável e
rotineira em Vax, cada raça aproveitava ao seu modo as riquezas
daquela terra. Os conflitos existiam, porém nenhuma celeuma
tinha força suficiente para alterar a ordem e o cotidiano.
Mas, como é de nossa compreensão, o futuro de Vax seria
bem diferente do que o prólogo descrito pelos pergaminhos
ancestrais. A tempestade veio, o dia e a noite se tornaram
rigor, alterando as verdes matas tropicais para vegetações pardas
de coníferas. Mas a grande dúvida que as escrituras tentam sanar
é: como foi que esta terrível transição ocorreu?
Segundo a antiga lenda transcrita para a linguagem atual, o
grande responsável pela desgraça de Vax foi um grupo de
fanáticos religiosos ávidos por conquistar um poder fora dos
limites. Eles se auto-intitulavam “Derivadores da Tempestade”
e também eram conhecidos como “azuis”. Esse grupo cultuava
importantes Deuses do panteão de Yrtov, eram devotos das
forças elementais: Kaudoss, Vulsuu, Flamarin e Grotanjia.
Para personalizar a devoção e sacrifício, rituais poderosíssimos
eram realizados, os fanáticos ofertavam o corpo e a alma a uma
força que achavam ser a personificação máxima da união dos
elementos: a tempestade.
A tempestade representava a água com suas gotas de chuva, o
ar com a fúria dos tufões, o fogo com os raios fulminantes e a
terra como berço de sua potência. Mas a simples adoração a
tempestade não era suficiente, pois seus cultos não poderiam se
resumir a encontros ocasionais entre uma precipitação e outra.
Então, por intermédio de rituais nunca descritos, os Derivadores
criaram uma área permanente de tempestade e alteraram seu
corpo físico, dando vida a uma nova espécie que fosse capaz
de suportar essas turbulentas condições atmosféricas. Esta
metamorfose é uma incógnita que intriga todos os historiadores,
o único fato conhecido é que um líder, conhecido como
patriarca, tem o poder e permissão para conduzir o ritual de
transformação.
Embora os dados não sejam precisos e confiáveis, os registros
antigos contam que os Derivadores possuíam a pele cianótica,
como a de um afogado, e diversas camadas pétreas pelo corpo.
Diz-se também que necessitavam de água pluvial para manter
seus corpos hidratados. A relação desta raça com a tempestade
acontecia de maneira extremamente próxima e peculiar, há
indícios de que alguns desta espécie controlava a habilidade de
voar junto aos ventos dos tufões e utilizar raios como armas em
2
 MISCELÂNEA
combate. As informações das capacidades e habilidades especiais
dos Derivadores ficaram gravadas em registros militares datados
de centenas de anos, sendo que todos estes fatos remetem à
época da guerra dos Leviatãs.
A consolidação do grupo fanático dos Derivadores, junto à
sua devoção e sacrifícios exacerbados, despertou a simpatia
dos Deuses elementais. Muitos desconfiam que as próprias
deidades foram as responsáveis por dar poder ao patriarca e
permitir que este primogênito conduzisse as transformações. Os
Deuses desciam à Terra utilizando as figuras dos Leviatãs, que
eram criaturas descomunais e de imensa força. Diz-se que os
Derivadores teriam pedido ajuda a essas entidades para criar o
Círculo dos Trovões e começar a história de um novo povo, uma
raça perfeita sempre em comunhão com os poderes elementais.
É fácil perceber que este pedido fora acatado e que a época dos
azuis estaria apenas começando.
A partir deste momento agraciado para os azuis, um conflito
generalizado nasceu. Como dito antes, não só o fanatismo era
exagerado dentro deste grupo religioso, a ambição por poder
e pela proximidade divina os tornava mais e mais obliterados.
Então, uma comitiva de azuis veteranos foi visitar novamente os
quatro Leviatãs, do ar, da água, do fogo e da terra, e por essas
criaturas foram mais uma vez abençoados e presenteados com
um milagre. O desejo do grupo de Derivadores era comum:
transformar toda a região de Vax em uma área de tempestade
incessante, assim todos os habitantes poderiam se transformar
em azuis para conseguir suportar as novas condições climáticas
e compartilhar deste estado de graça plena. Este desejo não
foi proferido com intuito mesquinho ou vil, mas a cegueira
dos Derivadores por sua crença os tornavam unilaterais, eles
não compeendiam que poderia existir uma vontade adversa
à transformação de Vax em uma zona instável e nebulosa.
Contudo, a filosofia dos azuis era condicional, eles tinham
convicção de que, se a tempestade viesse de forma definitiva,
a comunhão com os Deuses elementais seria total, pois sempre
estariam em contato com suas manifestações naturais. Os
Deuses atenderam ao pedido dos azuis, pois enxergaram tal
apelo como algo puro e de total entrega a um ideal divino.
Os Leviatãs transformaram-se em energia concentrada e
moveram-se para a porção central de Vax, onde a área de
tempestade já existente conjurada pelos Derivadores começou
a se expandir. Quando a Tempestade se alastrou e passou a
invadir domínios de outras raças e povos, a cisão foi inevitável.
Os azuis, totalmente aptos ao ambiente, eram muitos superiores
a qualquer tentativa de resistência e faziam valer sua vontade
batizando todos os habitantes através da transformação. Esta
metamorfose era sintetizada em um ritual conduzido pelo
patriarca dos Derivadores. Todos os traços humanos, élficos ou
de qualquer outra raça eram substituídos pelas características dos
azuis. Após a mudança física, a mente dos batizados começava
a funcionar de maneira diferenciada, a personalidade, vontade
própria e livre arbítrio davam lugar a uma consciência única que
agia em harmonia. Os Derivadores representavam um ser único
que crescia mais e mais e eram sempre comandados pela palavra
de ordem do patriarca.
Os povos periféricos ao Círculo dos Trovões entraram
em desespero, pois o raio de abrangência dos Derivadores
aumentava a cada dia e não havia força capaz de impedí-los de
progredir. O futuro mostrava-se claro: a redenção dos azuis e
a transformação seriam inevitáveis. Mas deste desespero surgiu
uma comitiva de guerreiros, formada somente por paladinos de
Aluskarin que uniram forças para combater os Derivadores. No
3
entanto, depois de muitas batalhas perdidas e orações ao Deus
sol, descobriram que o real poder dos fanáticos provinha do
apoio dos Leviatãs elementais: a tempestade crescia por vontade
divina. Então, esta comitiva, que passou a ser nomeada de
Cavaleiros do Amanhecer, decidiu combater os azuis apelando
para o mesmo recurso utilizado pelo inimigo, iriam encontrar o
Leviatã da luz, do mesmo modo que os Derivadores apelaram
aos Leviatãs elementais.
A missão não mediu esforços para alcançar o Leviatã, pois o
tempo corria e a dominação dos azuis confirmava-se metro a
metro. O avatar de Aluskarin concordou em ajudar os Cavaleiros
do Amanhecer, porque achava nobre e honrada a preocupação
em barrar o grupo religioso dos Derivadores, que havia se
tornado egoísta e opressor. Mas seu poder era muito inferior à
comunhão dos poderes de quatro Leviatãs elementais e pediu
aos Cavaleiros do Amanhecer que procurassem auxílio de outro
Leviatã para uma união de forças. Avisou para que olhassem a
sua antítese como um amigo fiel; já que a água havia se misturado
ao fogo e a terra ao ar, a luz poderia se mesclar com as sombras.
Assim, pela primeira vez, os paladinos de Aluskarin voltaram-
se para Droough como uma aliada e puseram-se a caminho
para encontrar o Leviatã das sombras. A busca foi exaustiva
e perigosa, muitos membros da equipe pereceram no trajeto
lutando contra as criaturas das trevas, mas enfim atingiram o
reduto do avatar de Droough e curvaram-se perante a Deusa
em sinal de respeito. A senhora da noite surpreendeu-se com
a demonstração dos seguidores de Aluskarin e, depois de ouvir
seu apelo, mostrou-se receptiva para ajudar. Claro que Droough
prestaria socorro para barrar a força dos elementos, pois não
queria que os Deuses primogênitos invadissem territórios que
pertenciam a ela. Droough, após consultar Aluskarin, veio
finalmente ao auxílio dos Cavaleiros do Amanhecer. Todavia,
disse que ela e Aluskarin demandariam um sacrifício aos seus
seguidores tão severo quanto os azuis ofereceram de bom grado
aos Deuses elementais. Desta forma, foi proposto o seguinte:
“depois da batalha, se aceitarem nossa ajuda, precisarão mostrar
seu ato de fé e sacrifício supremo. O dia e a noite serão o seu
mundo e terão de suportá-los de modo extensivo e intenso.
As horas tornar-se-ão dias a fio, esta é a provação para que a
esperança renasça.”
A comitiva eufórica por vitória e totalmente devota aceitou
o pacto de penitência. Os Leviatãs da escuridão e da luz
desvaneceram-se, inebriando os Cavaleiros do Amanhecer
com seu poder. Neste momento, uma réplica exata dos
paladinos do Deus sol foi criada, os soldados já louvavam a
graça de ter o exército duplicado quando os clones fundiram-
se com os corpos dos seus respectivos pares. Os cavaleiros
aumentaram sua estatura, passaram a medir cerca de 2,5 m e,
por conseqüência, ficaram muito mais fortes, todos os valores
de lealdade e conduta foram substituídos por um sentimento
paradoxal até que seus âmagos equilibraram-se em neutralidade.
A vontade mais premente dos novos guerreiros era buscar a paz.
Pode-se notar que as réplicas não eram perfeitas, Aluskarin tinha
dado vida aos novos guerreiros, mas Droough ficou responsável
pela forma e modelou os clones a seu modo, que era exatamente
o oposto dos paladinos. A milícia logo adotou outro título e
assumiu a denominação de Guerreiros das Constelações, onde
as estrelas luminescentes representavam o Deus da luz e o
firmamento negro do céu escuro remetia a Droough.
A batalha que se seguiu foi o limiar daquela guerra e,
vagarosamente, com a bênção de Droough e Aluskarin, os
renovados Guerreiros das Constelações foram acuando os azuis
até os limites iniciais do Círculo dos Trovões, controlando sua
 MISCELÂNEA
supremacia injusta. Após a contenda, Droough e Aluskarin
reclamaram pelo sacrifício e, neste instante, a maior catástrofe
sucedeu sobre Vax. O poder dos Leviatãs se chocou, o modo
como tal episódio ocorreu é um mistério, mas as seqüelas
representam a Vax de hoje. Os Deuses da luz e das trevas
exilaram o continente para os confins do mundo, onde há
seis meses de luz ininterrupta seguidos de seis meses de trevas
absolutas. Além da perturbadora disposição das insolações, o
frio reinava titânico no topo de Yrtov. Quando os alicerces da
terra foram rompidos para que Vax se deslocasse, um cataclismo
tomou conta de todo o continente, a terra se partiu e grandes
extensões afundaram, montanhas irromperam do solo, planícies
foram divididas em arquipélagos e o grande continente se
estilhaçou para assumir sua compleição atual. O Círculo dos
Trovões resistiu e permaneceu na parte central de Vax, o oceano
transbordou para o continente partido, criando um mar em
forma de anel, que deixou ainda mais difícil o acesso a esta zona
de tempestades.
Muitas mortes ocorreram, ou melhor, um massacre generalizado
acabou com 90% da população de Vax. Os remanescentes,
extremamente assustados, tiveram que se adaptar às condições
climáticas e às prolongadas insolações com muita rapidez. O
período de reconstrução começou, as raças se isolaram em
pontos específicos do continente partido para que sua espécie
progredisse e não houvesse miscigenação. Esta medida teve que
ser adotada senão uma iminente extinção se concretizaria, pois
as linhagens das espécies estariam para sempre perdidas. Os elfos
passaram a habitar a ilha de Loys, os halflings concentravam-se
em Oll, os humanos dominavam a parte sul de Orsóvia e os
anões residiam à norte nas montanhas. O novo rei dos humanos
afastou-se do continente e construiu seu castelo em Karnóvia,
um conjunto de ilhas a extremo norte. A leste existe Ungro,
uma terra de exilados na qual as raças ainda se misturam e,
finalmente, a sul encontra-se Lurgnarov, uma extensão de terra
tão grande quanto Orsóvia, porém infestada de criaturas que
viviam no subterrâneo de Vax e despertaram para a superfície
quando o continente tremeu. Normalmente, estas criaturas não
correriam o risco de sair à luz do dia ou abandonar seus reinos
recônditos, mas, como as trevas cobrem Vax por seis meses, as
aflições renderam-se às ambições.
Embora o Círculo dos Trovões esteja ativo, nunca mais foram
registradas aparições dos azuis. Alguns falam que eles ainda
vivem, mas que seus planos megalomaníacos foram reprimidos
pela demonstração de poder das outras deidades. Os Guerreiros
das Constelações foram quase exterminados e os últimos
representantes desta ordem levantaram um bastião em Ungro
em busca da solidão e do isolamento. O cataclismo divino de
outrora os envergonhara, pois consideravam-se culpados por
tamanha desgraça. A vida começou a tomar rumo aos poucos,
as raças viveram sem conflitos mortais durante um bom tempo
e as cidades prosperaram. No entanto, algo estava acontecendo
em Lurgnarov, algo que faria a espécie dos orcs se levantar e
marchar a pesados passos por regiões em que não era bem-
vinda.
geografia
No extremo norte de Yrtov, a região de Vax situa-se em meio
a geleiras intransponíveis e segredos escondidos do resto do
mundo. Sete são as terras do continente gelado que ilustram
uma forma circular com diâmetro de 2.000 km de abrangência.
Karnóvia, Orsóvia, Loys, Oll, Ungro, o Círculo dos Trovões
e Lurgnarov são as partes de Vax, cada uma possui suas
peculiaridades e características próprias. Entretanto, todos os
pontos em Vax sofrem com o mesmo clima rigoroso de inverno
e com a desagradável rotina de estar seis meses do ano de baixo
de um impiedoso sol e outros seis meses embrenhados nas
trevas de uma noite fria e profunda. Banhando o continente
partido, existem quatro mares principais: o Mar Rachado, o Mar
da Volta, o Mar Redondo e o Mar Perimetral.
mar rachado
O Mar Rachado fica a norte de Orsóvia e recebe esse nome
por ser completamente congelado, mas devido às correntes
marítimas que circulam na área, apenas alguns veios abrem-se
como gretas entre as colossais placas de gelo. Esses corredores
são utilizados para navegação e as viagens pelo Mar Rachado são
muito perigosas. Os icebergs estão em constante movimento,
podendo fechar um caminho que há pouco estava livre. Por
este motivo, especialistas treinam para descobrir os segredos
dos movimentos das muralhas de gelo, evitando surpresas
desagradáveis. Esse grupo de destemidos navegadores usa
embarcações especiais: canoas longilíneas com apoios de
remos, dotadas de uma forte e única vela que aproveita o
vento canalizado nos corredores frios do Mar Rachado, os
barcos foram batizados de deslizadores. Esses especialistas
são conhecidos como Esgueira-brechas e, além de terem uma
grande perícia em navegação, também possuem uma aguçada
intuição e escalam as paredes geladas como ninguém – há
momentos no Mar Rachado em que a única opção é subir até o
alto da superfície do iceberg e abandonar o deslizador que será
esmagado. Mas não são só os Esgueira-brechas que conseguem
transpor o mar a norte de Orsóvia, os Altiplanadores também
percorrem as placas de gelo descomunais. Esses peritos usam
um diferente tipo de veículo: calçando esquis para percorrer em
alta velocidade a superfície das calotas geladas e manipulando
planadores (asas feitas de couro e madeira resistente), é possível
usufruir das correntes de vento para saltar de uma placa à outra,
transpondo o abismo entre elas. Essa manobra é muito difícil,
pois exige um cálculo perfeito para o impulso não resultar em
uma queda. Portanto, o Altiplanador deve ser arguto e contar
com a sorte quando estiver voando em meio às correntes, para
a placa de gelo não se afastar muito com os movimentos do
mar. Outro problema que tanto os Esgueira-brechas quanto
os Altiplanadores enfrentam é o ataque de criaturas e animais
que vivem no mar congelado. Seres aguardam os deslizadores
passarem para saírem do fundo das águas frias e dar o bote
mortal, também existem monstruosidades que se camuflam
no branco imaculado da superfície das placas e atacam os
Altiplanadores que cruzam seu caminho.
mar da volta
O Mar da Volta situa-se a sul de Lurgnarov; ao contrário do
Mar Rachado, não é congelado. Porém, suas águas são geladas
e icebergs flutuam no meio das ondas. A navegação é livre
contanto que a embarcação agüente o balanço do mar e as
ventanias constantes. O maior perigo do Mar da Volta são
os bancos de gelo que afloram da água salgada, formando
minúsculas ilhas, morada para focas, leões-marinhos, pinguins
e outros seres de clima invernal. Esses bancos são numerosos e
dificultam a passagem de barcos que precisam de profundidade
para suas quilhas e cascos. Mapas náuticos, cartas marítimas e
portulanos são essenciais para uma navegação segura. Outros
dois pontos peculiares ao Mar da Volta são os que precisamente
deram origem ao seu nome. O mar é muito usado para a pescaria
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 MISCELÂNEA
por conta da grande quantidade e variedade de peixes. Frotas de
barcos pesqueiros saem da terra firme e permanecem semanas
em alto-mar para depois retornarem com seus porões cheios.
Essa é uma das voltas que o mar presencia; a outra, muito menos
tranqüila, dá-se pelo fato de toda a região de Vax estar circunscrita
por uma grande cadeia de geleiras que particularmente são
mais densas e altas nesta parte específica do oceano. A grande
muralha de gelo não permite que navios continuem seu caminho
a sul e, inevitavelmente, precisam voltar ao ponto de partida.
Existem aqueles que já tentaram escalar as geleiras a sul, porém
nunca registraram-se descrições do que existe além. Ancorar
embarcações à borda da geleira é uma opção quase suicida,
pois a barreira de gelo forma repetidamente grandes vagalhões
que podem engolir barcos inteiros. Ainda há a possibilidade de
confrontos com os animais e criaturas nativas do mar, assim
como, muito possivelmente, o encontro com navios bélicos de
orcs que controlam grande parte desta região.
mar redondo
O Mar Redondo banha todas as terras de Vax, situa-se entre
Orsóvia, a norte, Lurgnarov, a sul, Loys e Oll, a oeste, e Ungro,
a leste. Bem ao centro do mar, está o Círculo dos Trovões. O
Mar Redondo é o mais importante canal de rotas marítimas
para viagens e comércio. Como liga todos os pontos de Vax,
com exceção de Karnóvia, o movimento de barcos é intenso,
também são freqüentes os combates entre povos inimigos e
pilhagens de piratas proscritos. Apesar do uso intenso, o Mar
Redondo também apresenta interpéries que podem levar muitos
marinheiros à desgraça. Por estar muito próximo ao Círculo
dos Trovões, apenas as áreas periféricas do mar permitem uma
navegação sem riscos, essa porção segue a costa das terras que
o circunscreve. Além deste limite, aproximando-se do centro,
as águas do mar ficam muito revoltas, ondas altíssimas e chuvas
fortes transformam qualquer navio em destroços em questão
de segundos. Quanto mais perto do Círculo dos Trovões, mais
difícil é a permanência no mar. Portanto, o centro do mar é
desconhecido, nem mesmo o vôo é uma opção para desvendar
seus mistérios; os tufões, tempestades e relâmpagos são tão
constantes que a tentativa de sobrevoar a região é uma certeza
de morte.
mar perimetral
O Mar Perimetral pode ser considerado toda a porção oceânica
que envolve os outros mares e pontos de Vax, também está
circunscrito na cadeia de geleiras. O mar possui características
muito similares ao Mar da Volta, suas águas são cheias de recifes
altos, bancos de gelo e areia, icebergs e condições que tornam a
navegação muito difícil e perigosa. Somente com instrumentos
adequados e barcos muito resistentes é possível navegar no Mar
Perimetral. Essa dificuldade faz muitos marinheiros optarem
por usar os outros mares de Vax como alternativa de viagem,
pois mesmo que apresentem um certo grau de perigo, os trajetos
são mais curtos.
orsóvia
Do continente único que era Vax, Orsóvia separou-se levando a
maior porção de terra. Localizada na parte norte da região, abriga
uma maioria de humanos e anões, suas terras são permeadas de
montanhas e matas que se ajustaram ao rigoroso frio. Duas
faixas dividem Orsóvia: uma fica a sul, é mais povoada por
humanos e o clima ainda permite o cultivo das terras e a criação
de animais. Outra, a norte, tem o solo coberto por neve e gelo.
As formações de picos e montes são mais constantes e, nessas
rochas, os anões constroém suas moradas e mineram as riquezas
das montanhas que movimentam seu comércio.
Quatro paisagens básicas podem ser encontradas em Orsóvia.
As mais comuns são as planícies geladas ou tundras que se
estendem por grandes regiões, predominam arbustos baixos e
espinhosos e um gramado seco e queimado do frio. Entretanto,
cortando este cenário, matas de coníferas revelam árvores e
plantas peculiares à adaptação do clima frio e do período de
dia e noite extensos. Outra topologia existente são as charnecas
constituídas a partir do transbordo de entroncamentos de rios
e córregos. Esses charcos pantanosos ficam mais cheios e
profundos na época de sol, graças ao desgelo de algumas partes
congeladas. Já na época da noite, as charnecas ficam rasas e
mais fáceis de transitar, porém as criaturas que descansavam
no período de luz, bem ao fundo das partes alagadas, quebram
sua hibernação e saem à espreita de presas que satisfaçam sua
fome. Além da tundra, das matas e das charnecas, as cadeias
de montanhas são bem comuns em Orsóvia, principalmente
no setor norte ao longo da costa. Os picos rochosos variam
em altura e dimensões, mas todos são formados pela mesma
pedra vulcânica. Em alguns pontos da cadeia, existem crateras
nos cumes e o magma pode ser visto junto à densa fumaça e
vapores do calor. O contraste de gelo e fogo torna este ambiente
um local de difícil permanência, porém, em controvérsia, a
maestria dos anões fez do interior quente das montanhas a
morada perfeita. Usando os diversos vales como entradas, os
salões rochosos foram escavados com o cuidado da escolha
dos montes em que a movimentação magmática não era muito
intensa, assim o calor da lava aquecia a cidade subterrânea sem
oferecer muito perigo.
Para melhor descrever esses elementos que compõem Orsóvia,
o detalhamento de alguns pontos faz-se necessário. As cidades
de Kolost e Hintorp indicarão como funciona a civilização na
tundra e nas montanhas. O Bosque Oco e a Floresta Pálida serão
exemplos das vegetações de Orsóvia e, finalmente, o Pântano da
Morbidez demonstrará o que é possível encontrar nas charnecas
da região.
kolost
Kolost é uma das cidades mais importantes de Orsóvia. Seu
caráter portuário e sua localização a faz movimentar grandes
comércios entre as ilhas de Oll, Loys e até o continente sul de
Lurgnarov. Kolost situa-se bem a sul da região da Água Curta, ao
fim do rio Tame, onde o caminho d’água ramifica-se em quatro
braços que deságuam no Mar Redondo.
A cidade é constituída principalmente por humanos que
ergueram fortes muralhas para protegê-la de possíveis ataques
inimigos. Esses primeiros humanos fundadores de Kolost
formaram casas comerciais baseadas nas atividades portuárias.
As mais importantes casas de comércio de Kolost são: a Casa
Barberanc, voltada mais aos assuntos bélicos e militares; a Casa
Nogonel, que comercia artefatos e iguarias de luxo de grande
valor artístico e monetário; a Casa Kultucor, especializada em
alimentos perecíveis e duráveis, controla o abastecimento de
toda a região; e a Casa Orde, que domina o comércio de animais,
bem como todos os substratos e manufaturados confeccionados
a partir das criaturas. Essas casas são as mais importantes, pois,
além da força comercial evidente, agem politicamente em
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Kolost. Como é uma cidade de Orsóvia, Kolost é regida sob
as leis do único rei, Karnov. Entretanto, um conselho controla
mais de perto a movimentação comercial e a justiça local. Esse
conselho é formado por quatro pessoas, todos assumem o posto
de capitão-mor para cada casa de comércio. Rog Barberanc da
Casa Barberanc, Shost Inkrazor da Casa Nogonel, Kerouac
Kultucor da Casa Kultucor e Tingora Zaiss da Casa Orde.
Kolost também vive da pesca e do garimpo. Muitos barcos
deixam os portos para voltarem carregados de peixes e
outros frutos do mar. Às margens dos quatro braços do rio
Tame, acampamentos de garimpos erguem-se na esperança
de achar veios de ouro que escoam pelo rio. A cidade é muito
próspera e rica, dentro de suas muralhas pode-se achar de
tudo: equipamentos, pessoas, segredos e aventuras. Com essa
importância, muitos problemas são gerados, o crime e a vileza
se infiltram e se escondem nas vielas sujas e casebres suspeitos,
esperando a próxima vítima de seus golpes desleais. Kolost é
completa e possui o maior porto de toda Vax, contudo não é
só no mar a sul que a cidade trava negócios. A tecnologia e o
avanço criado nas ilhas de Karnóvia chegam à cidade através
de Hintorp, a cidadela anã a norte, que desce os equipamentos,
utensílios e conhecimentos pelo rio Tame. No entanto, não são
os anões do norte que se aventuram pelo Mar Rachado, Kolost
mantém um posto avançado no vale de Hintorp, controlado pela
Casa Barberanc, do qual homens fazem o perigoso trajeto até as
ilhas de Karnóvia. As relações entre as duas cidades que ficam
nos extremos do rio Tame são muito próximas, Hintorp troca os
seus minérios e armas perfeitamente forjadas por uma infinidade
de produtos que podem facilmente ser encontrados em Kolost
e, assim, a amizade entre os humanos e anões se perpetua.
hintorp
De todas as cidadelas anãs escavadas na cadeia de montanhas
que seguem a costa norte de Orsóvia, Hintorp é a mais antiga
7
e conhecida. Depois do cataclismo que deslocou Vax para o
extremo norte de Yrtov, montes afloraram e terras submergiram,
a morada antiga de inúmeros anões desmoronou e a raça ficou
desabrigada. A Cordilheira de Murtag foi a escolha desses anões,
todos migraram para o gelado norte e se espalharam pelas
montanhas e picos, que abrigam entre as suas rochas alguns
vulcões ativos e outros dormentes. A linhagem mais nobre
da raça escolheu o centro de Orsóvia como local ideal, perto
da nascente de um rio que seguia rente a um vale. Este rio foi
batizado de Tame e a região passou a ser denominada Água
Curta, pois era a parte de Orsóvia com menores dimensões
entre o Mar Rachado e o Mar Redondo.
Hintorp foi escavada com maestria e muito cuidado, seus salões
enormes com pé-direito altíssimo são ornamentados com
gravações na rocha, esculturas em relevo e colunas majestosas.
A cidadela possui três setores definidos. Um deles é o vale de
Hintorp, na parte descampada onde segue o rio Tame, uma
ponte com torres de vigia foi construída para facilitar o acesso
a outros edifícios que se erguem perto da bifurcação norte do
rio. Esses edifícios são o posto avançado de Kolost e acolhem
humanos, mestres na travessia do Mar Rachado, membros
dos grupos dos Esgueira-brechas e dos Altiplanadores. A co-
munidade anã reside de fato no interior das montanhas. A
leste, os Salões Militares abrigam a parte trabalhadora da raça e
também é sítio do ofício de ferreiros e artesãos que produzem
as famosas armas de Hintorp. A montanha a oeste, sedia os
Salões Sociais, moradia dos anões nobres e de posto elevado,
inclusive o rei e sua família. É também nesta parte da cidadela
que acontecem as festas, bailes, encontros reais e reuniões com
líderes de outros povos.
A proteção da cidade fica a encargo do exército bem treinado de
anões; a sul, um grande portão de grossos troncos de madeira
foi erguido, um controle rigoroso checa os que vêm da estrada
com intuito de entrar na cidade; já a norte, o próprio mar oferece
segurança suficiente. As partes leste e oeste são somente vigiadas
 MISCELÂNEA
pelas torres da ponte central, pois as montanhas erguem-se
muito íngremes, montando uma barreira natural. Existe também
um sistema de defesa que funciona integrado a Kolost. Como
as duas cidades são amigas e possuem ótima relação comercial,
um pacto foi fechado. Em caso de um perigo ou ataque que saia
das proporções de defesa de Hintorp ou Kolost, um pedido de
ajuda será sinalizado. Pela estrada que segue o rio Tame e liga as
duas cidades, postos de vigia foram construídos a cada 10 km.
Quando uma das cidades está em perigo, uma sinalização é feita
com fogos de artifício, o posto de vigia mais próximo enxerga a
explosão no céu e, desta forma, dispara outro fogo sinalizador.
Essa progressão continua até chegar na cidade aliada, que
manda suas tropas de apoio para ajudar na batalha.
Além da importância comercial e de ser ponto de ligação entre
Karnóvia e Orsóvia, Hintorp também é muito conhecida pelos
artefatos que guarda no interior de suas rochas. Os itens de
extremo poder são as duas bigornas dos anões, esses instrumentos
de ferreiro são usados para forjar as armas e outros utensílios
feitos na cidadela. As bigornas são gigantescas, medem mais
de 1 m de altura por 2 m de comprimento, uma delas é feita
de adamante e a outra de mitral, ambas são maciças e muito
pesadas. Além do valor do metal do qual são feitas, os dois
artefatos são mágicos e proporcionam às armas por eles forjadas
propriedades especiais. Entretanto, o segredo das bigornas e de
como são utilizadas pertence somente ao povo anão de Hintorp
e apenas a família real guarda o conhecimento de todas as
características desses itens.
bosque oco
O Bosque Oco tem início bem ao centro de Orsóvia, no estreito
da Água Curta, e expande-se a leste tomando uma boa parte
da região. A mata é muito antiga, data de tempos anteriores à
partilha do continente de Vax. Na maioria das vezes, as árvores
e plantas são coníferas comuns, como pinheiros, eucaliptos,
ciprestes e araucárias. Toda esta vegetação vive a partir da luz do
sol como fonte de energia, caracterizando um grande problema
para um local coberto por seis meses de escuridão. Como era
de se esperar, muitas árvores morreram, pois não podiam
produzir mais a seiva que alimentava seus ramos e o bosque
estava fadado a desolação. Entretanto, o poder de adaptação
da natureza selecionou um tipo de proteção e apoio para essas
árvores moribundas, uma simbiose com parasitas chamados de
Vermes da Lua. Esses seres microscópicos estabelecem-se no
interior oco de árvores quase mortas e colonizam todo o tronco,
galhos e ramos. Os vermes são como larvas muito pequenas de
coloração prateada e secretam um muco brilhante que envolve
todo o seu corpo. Eles se alimentam das partes já podres
dessas árvores e de uma parcela da seiva produzida, o processo
acontece nos seis meses de sol, perfeitos para o período de
proliferação e atividade dos vermes.
Quando o período noturno chega, os vermes têm armazenado
nos corpos uma grande quantidade de energia; sua forma,
após o período de alimentação diurno, fica túrgida levando-os
a crescer até 30 vezes de tamanho. A luz da lua tem um efeito
peculiar sobre as criaturas, o muco brilhante que secretam reluz
fortemente e passa a circular por entre os milhões de vermes.
Nessa fase, o alimento armazenado é processado e expelido para
o muco, que funciona como a própria seiva bruta e elaborada
para as árvores, o brilho prateado intenso ilumina o bosque
inteiro e a vegetação serve de lampião para clarear os caminhos
da mata. O ciclo demora os seis meses noturnos, até o sol chegar
e novamente o processo ser reiniciado.
Para os leigos que passeiam pelo Bosque Oco, os Vermes da
Lua são apenas o leite das árvores que, no tempo de luz, é fino
e estático e, no tempo de escuridão, é concentrado, volumoso
e corre por toda a vegetação. Muitos se alimentam da Seiva de
Prata, nome dado à iguaria que é muito nutritiva, mas deve ser
preparada antes do consumo, pois a ingestão dos Vermes da Lua
ainda vivos causa uma terrível doença. Apesar da simbiose entre
os vermes e as árvores funcionar muito bem, às vezes, a natureza
parasitária das criaturas consome a seiva da árvore produzida no
período de sol quase por inteira, Assim, a árvore não resiste e
morre. Junto a ela, os vermes também perecem quando todo o
interior do tronco é consumido e nada mais resta. Desta forma
as criaturas findam sua vida e o muco seca, formando uma
película cristalina no interior dos troncos ocos e permitindo que
a ávore ainda fique de pé. Essas são as árvores ocas que dão o
nome ao bosque, uma vez nessa condição, só servem de morada
e esconderijo para animais silvestres.
Tal como a vegetação, a fauna do Bosque Oco também
precisou adaptar-se à condição do frio extremo e da iluminação
em longos períodos. Muitos animais continuaram a viver
normalmente, comendo frutas, sementes, casca de árvores e
folhas, mas adicionaram em sua dieta o muco dos Vermes da
Lua que, à noite, transpira pelos troncos e pode ser lambido sem
dificuldade. Porém, outros animais não conseguem sobreviver
aos efeitos nocivos da Seiva de Prata e podem ingerir só
alimentos produzidos em tempos de sol. Com isso, o hábito de
armazenar alimento passou a ser corriqueiro, da mesma maneira
que a hibernação de muitas outras criaturas. As ávores ocas
servem de estoque e refúgio para o sono de meses e também
protegem os animais de outros predadores maiores.
Supersticiosos e contadores de histórias dizem que ecos e
sussurros podem ser ouvidos nos troncos ocos das árvores.
A lenda de que essa vegetação vazia ainda está viva de algum
modo tem várias versões que assustam os mais impressionados.
De fato, podem ser observados movimentos nos ramos e galhos
que não coincidem com o balançar natural do vento, as árvores
ocas se mexem de forma estranha.
floresta pálida
A Floresta Pálida começa perto do centro de Orsóvia e alastra-
se a oeste, cobrindo uma grande área. A mata foi criada depois
do cataclismo e desenvolveu-se já adaptada às interpéries da
região de Vax. O nome vem da coloração da vegetação, com
tons de branco ou matizes muito claras que se confundem à
alvura da neve. Toda a floresta segue esse padrão de cores por
um importante motivo: a absorção de energia pelos raios solares
é muito pequena. Como durante seis meses do ano a escuridão
é onipresente, as árvores e plantas se acostumaram a fazer um
tipo de fotossíntese com a fraca iluminação da lua e, exatamente
neste período noturno, as folhas das árvores escurecem para
captar melhor os raios lunares. Já expostas ao sol, a cor pálida
espalha-se como um sistema de defesa que reflete os raios
solares, deixando apenas pouca quantidade de energia penetrar.
Se isso não ocorresse, a vegetação não suportaria o excesso de
luz e definharia rapidamente.
Essa característica da Floresta Pálida a torna muito tênue na
paisagem. No período de dia, suas folhas e troncos claros se
mesclam à neve passando a impressão, para quem vê ao longe,
de que uma grande planície nevada está à frente. No período
de noite, o escurecimento das folhas e cascas das árvores
tornam a floresta um lugar escuro, sombrio e soturno. As trevas
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 MISCELÂNEA
são profundas e densas e a facilidade de se perder aumenta
consideravelmente. É nesta atmosfera que criaturas aproveitam
seu poder de esconder-se nas sombras ou camuflar-se ao branco
para armar emboscadas a presas desafortunadas. A floresta
possui uma maioria de seres carnívoros, portanto é muito
perigosa. Porém, a madeira branca da região é muito almejada
para a construção de diversos instrumentos e também para
servir de lenha, pois, além de extremamente resistente, demora a
queimar por completo. Assim, inúmeros grupos montam postos
e acampamentos para o corte de madeira e constantemente
precisam se defender de ataques de animais e outros monstros.
A Floresta Pálida também foi a fonte de grande quantidade
de vegetais, frutos e plantas que começaram a ser cultivados,
porque a sua natureza permitia o crescimento no dia e na
noite. As plantações que se estendem nas tundras de Orsóvia
são provenientes de árvores, arbustos, plantas e tubérculos
originalmente encontrados na Floresta Pálida.
pântano da morbidez
Um dos lugares mais desagradáveis de Vax é o Pântano da
Morbidez. Esta região lamacenta fica enclausurada pelo Bosque
Oco. A confluência de veios de rios derrete a neve e molha a
terra. O lodo formado é escuro e gélido, com uma viscosidade
inatural, o ambiente é totalmente incomum, pois há inúmeros
pontos perigosos de armadilhas movediças e o ar é pútrido.
Somente um estômago muito forte consegue se aproximar da
região sem ficar com náuseas ou sem contrair doenças.
Não há notícias de ninguém que tentou cruzar o pântano e
retornou de sua jornada. Algumas testemunhas que chegaram
perto o suficiente para abandonar a idéia de explorar a charneca
lodosa dizem que a massa fétida de terra colóide parece estar
viva e que alguns vultos horripilantes andam em sua superfície
com extrema agilidade. Além dessas supostas criaturas, a única
forma de vida presente na região são mosquitos e outros insetos
repugnantes que servem de alimento a algum tipo de anfíbio
grotesco somente encontrado lá.
clima
A região de Vax está no extremo norte do Mundo de Yrtov e,
por esse posicionamento polar, sofre consequências diretas no
clima e no ciclo do sol. A temperatura é muito baixa, dos 20oC
até 50oC negativos, chegando aos 80oC negativos com ventos
superiores a 50 km/h, a neve e o gelo recobrem quase todas as
partes da terra e a maioria dos rios e lagos são congelados ou
possuem grandes placas que boiam pela superfície.
Desta maneira, caminhar pela terra congelada pode tornar-se
uma tarefa difícil que exige paciência, testes de Equilíbrio com
CD 15 podem ser aplicados e, em caminhadas longas, o lance
pode ser repetido a cada 1 minuto. Um perigo real é também a
exposição desprotegida ao frio, aqueles que entrarem em contato
com o gelo por muito tempo ou vagarem desgasalhados estarão
suscetíveis a queimaduras de frio e congelamentos, a cada
minuto passado, 1 ponto de dano pode ser aplicado. Por esses
efeitos do frio, muitos habitantes de Vax confeccionam e usam
grandes casacos de pele e não deixam o corpo desprotegido,
também são comuns ungüentos alquímicos e elixires mágicos.
Outro grande elemento peculiar de Vax é o ciclo de insolação.
Por estar no pólo norte, o continente obedece uma rotina de
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seis meses de exposição ao sol e seis meses de exposição a lua,
ou seja, escuridão. Para os nativos, o costume de passar períodos
longos na luz e nas trevas já faz parte da vida, se adaptaram bem
e utilizam alguns recursos para aumentar o conforto. Bastões
solares iluminam as trevas e são muito difundidos pela região,
véus escuros, tapa-olhos ou máscaras são usados para permitir
um sono melhor.
Mas, existem aqueles que não estão acostumados com as
condições de Vax, esses são os elfos de Loys que vivem no
conforto da floresta com o sol e lua artificiais, bem como
viajantes de terras distantes que, de algum modo, pararam
na região. O frio não chega a ser um problema, pois casacos
e vestimentas grossas podem ser usadas, entretanto a luz e
escuridão causam dois efeitos diversos.
A exposição à luz não permite um sono agradável, a insônia é
comum para aqueles que não estão acostumados, além disso a
radiação solar é muito refletida na branquidão da neve e pode
queimar quem não vive sobre esta condição. A insônia leva à
estafa que se traduz como uma penalidade de -1 nos ataques,
CA, testes de resistência e perícia. As queimaduras de sol são
menos freqüentes, já que aqueles que saem nas tundras ou
campos abertos geralmente estão abrigados com roupas por
todo o corpo.
Mas há quem se proteja magicamente do frio e, assim, a parte
exposta à radiação sofre danos, um dia na exposição solar chega
a causar 1d6 pontos de dano. Se mesmo depois de ferido pelo
sol, o indivíduo não se proteger, perde 1 pv para sempre (a cada
dia), a partir do segundo dia de exposição contínua. A longa
escuridão também é um problema, além dos efeitos óbvios de
penalidades na visibilidade, a ausência prolongada de sol faz
crescer na alma dos desacostumados uma grande melancolia.
Essa depressão tira a vontade de viver e todas as criaturas são
afetadas por uma apatia, representada por uma penalidade de -1
nos ataques, CA, testes de resistência e perícia.
Raças
Como a região de Vax é muito diferente do resto das terras de
Yrtov, seus moradores, ao longo do tempo, sofreram alterações
de comportamento para se adaptarem às particularidades do
ambiente. Após a catástrofe ocasionada pelo cataclismo, muitos
pereceram e o número de criaturas remanescentes nas terras
partidas ficou extremamente reduzido.
Houve então uma busca pelo local que serviria como uma nova
pátria. A partir deste momento, todas as raças segregaram-se
e isolaram-se em diferentes pontos de Vax. Essa reclusão era
necessária para garantir uma nova identidade a cada um dos
povos e também servia de último recurso para preservar e
assegurar o futuro de cada espécie.
O isolamento racial funcionou e permitiu a proliferação dos
diferentes povos, mas a interação entre as culturas foi muito
prejudicada e a desconfiança, o preconceito e o receio de
miscigenação atingiram os grupos de maneira expressiva.
Para utilizar o cenário de Vax, é preciso estar a par das
características de cada povo. As raças são praticamente iguais
às apresentadas no Livro do Jogador, deve-se utilizar os mesmos
traços raciais do livro básico. Contudo, as personalidades,
relacionamentos e outras peculiaridades variam de acordo com
o que será mostrado a seguir.
 MISCELÂNEA
orcs
Os orcs de Vax são numerosos, organizados e cobiçam sempre
mais territórios e poder. Hoje em dia, vivem no continente
sul de Lurgnarov, construíram cidades e civilizações, possuem
tecnologia e experiência militar, mas nem sempre foi assim.
Antes da divisão de Vax, os orcs e outras raças como gnolls,
goblins, bugbears e outros seres do submundo, viviam em
corredores escuros nas entranhas da terra. A guerra sagrada
ocorreu e o grande continente foi partido. No local que agora
fica Lurgnarov, a terra se abriu e a morada oculta dos orcs e das
outras raças foi revelada à superfície.
Havia alguém lá que esperava por este momento, seu nome
era Tasturko, um misterioso e poderoso ser de tendências
bélicas, que observava as criaturas saírem de seus buracos.
Ele escolheu os orcs como a raça que montaria seu império,
os ensinou a arte da guerra e da hierarquia militar, contou-lhes
sobre as novas condições do mundo e que por seis meses não
seria mais preciso temer o sol. Assim, a nação dos orcs cresceu,
sua força era incomparável, entretanto o conhecimento era
parco. A vida passada nos confins do subterrâneo não rendeu
nenhuma sabedoria, mas Tasturko podia ensiná-los e, assim,
formar seu grande exército. As outras raças subterrâneas
também se integraram, mas a maioria sofre com a atmosfera de
superioridade dos orcs, alguns são até escravizados e tratados
como lixo.
Personalidade: Os orcs evoluíram de uma raça bestial e
selvagem para um grupo guerreiro e bem organizado. Ainda
prezam a força como a maior das qualidades, mas aprenderam
a ser leais a um regime de ditadura militar. Embora mais
civilizados do que no passado, os orcs ainda são sanguinolentos
e ferozes em combate.
Descrição Física: Os orcs possuem uma aparência de
humanóides primitivos, sua pele é grossa e acinzentada, cabelos
espessos, postura inclinada, testa baixa e caninos proeminentes
que se assemelham a presas de javali. Suas orelhas são de
formato lupino, olhos avermelhados e trajam armaduras e
roupas com características ofensivas, como espinhos, correntes,
chifres e esporas.
Relações: Os orcs só se relacionam entre si, as outras
raças que também fazem parte do exército de Tasturko são
consideradas inferiores por eles. Porém, há indivíduos entre
os gnolls, goblinóides e bugbears que se destacam pela força e
recebem respeito dos orcs que os nomeiam de almas órquicas.
O restante das raças em Vax, inclusive os meio-orcs, não
têm boas relações e consideram os orcs uma ameaça, a única
exceção talvez sejam alguns gnomos que vivem em caravanas
no continente sul.
Tendência: Os orcs de Vax tendem a ser leais e malignos,
embora haja raríssimas exceções de membros caóticos ou
bondosos. Geralmente, os orcs de coração mais puro são
banidos ou caçados em sua terra natal. Algumas sociedades
aceitam esses raros casos em meio ao seu povo, os humanos
são os mais tolerantes. Os orcs renegados que não conseguem
encontrar um novo lar rumam para Ungro.
Terras dos Orcs: Os orcs vivem em Lurgnarov, em todo o
continente sul existem vilarejos, cidadelas e acampamentos da
raça e de seus comparsas inferiorizados. Os orcs são os senhores
da terra e, quando encontram outras raças em seus domínios,
matam, desprezam e extorquem.
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Religião: Os orcs cultuam Taumarek, o Deus da guerra, é proibida
a veneração de outra divindade ou a postura ímpia; a religião serve
para regrar o regime de vida e controlar a força do povo.
Idiomas: Os orcs falam ainda o idioma orc, mas a língua mais
usada é o luratu.
Nomes: Os nomes dos orcs lembram os sons guturais do
idioma, geralmente eles só possuem o primeiro nome.
Nomes Masculinos: Tablo, Gurkak, Rorten, Iazul, Brunst,
Saror e Blabu.
Nomes Femininos: Xarrga, Brinzi, Plertia, Marla, Frerle,
Grobel e Dunka.
Aventuras: Os orcs se aventuram quando saem para a guerra
ou para combater por esporte. Dificilmente vagam sozinhos,
sabem que a companhia de outros guerreiros torna mais fácil
a superação de desafios. Porém, há aqueles que não se ajustam
ao esquema rigoroso de uma vida regrada pela hierarquia
militar. Esses orcs que não cumprem leis geralmente são
desertores aliados às raças inferiores ou a outros na mesma
condição, a partir daí se lançam para aventuras que podem
lhes render poder. Uma parcela quase inexistente de orcs não
aceita a condição de viver preparado para a guerra, não gosta
da violência e possui um coração mais bondoso. Quando
conseguem escapar, vão a Ungro procurar por companheiros
que os aceitem.
Traços Raciais dos Orcs
- +4 de For, -2 de Sab, -2 de Car.
- Tamanho Médio: Sendo criaturas de tamanho médio, os
orcs não recebem nenhum tipo de bônus ou penalidade de
tamanho.
- O deslocamento básico de um orc é de 9 m.
- Visão no Escuro: Orcs podem enxergar até 18 m no escuro.
Essa qualidade somente permite ver em preto e branco, no
restante é como uma vista normal. Os orcs podem enxergar
bem mesmo sem nenhuma luz.
- Sensibilidade à Luz (Ext): Os orcs sofrem -1 de penalidade em
jogadas de ataque caso sejam expostos à luz do sol ou à magia
Luz do Dia.
- Idiomas Básicos: orc e luratu.
- Idiomas Adicionais: orsev, goblin, gigante, gnoll, bugbear
e dracônico. Por viverem com outras raças, os orcs podem
aprender a linguagem que alguns ainda guardam entre os
integrantes de seu povo.
- Classe Favorecida: Guerreiro. A classe guerreiro de um orc multi-
classe é desconsiderada para determinar as penalidades de XP.
humanos
Os humanos se adaptaram facilmente ao clima frio e insolações
anormais de Vax. Logo se distribuiram pelas terras a procura de
um lar. Um movimento disperso resultou em diferentes locais e
pátrias, a maior concentração da raça dá-se em toda faixa sul de
Orsóvia, onde existem desde cidades grandes e organizadas até
tribos mais selvagens e reclusas. Foi também em Karnóvia que
um grande número de humanos construiu seu modo de vida
logo após o cataclismo. Esse povo, que decidiu morar mais a
norte, estabilizou-se rapidamente e montou o primeiro reino,
com a presença de Karnov como regente. Deste dia em diante,
a influência dos homens do norte os fez assumir o controle
político de quase toda Vax.
 MISCELÂNEA
Personalidade: Humanos adaptam-se a quase tudo e
possuem uma alma destemida, aventuram-se freqüentemente e
relacionam-se facilmente com outras raças. Por possuírem uma
vida curta, não se fundamentam no passado e dificilmente são
rancorosos. Possuem uma variedade ilimitada de personalidades
e índoles, por este motivo podem se misturar com criaturas
bondosas tão facilmente quanto interagem com seres vis.
Descrição Física: Como descrito no Livro do Jogador.
Relações: Os humanos tendem a aceitar facilmente outras raças
em sua sociedade. Por natureza, não demonstram nenhum tipo
de preconceito mesmo que o tratamento não seja recíproco.
Aos poucos, conseguem integrar-se em outras sociedades e já
obtiveram sucessos com pactos de amizade entre os gnomos e
os anões.
Tendência: Os humanos podem seguir qualquer tendência,
motivo este que os torna uma raça versátil.
Terras dos Humanos: A raça se concentra em três lugares
definidos de Vax: na faixa sul de Orsóvia, onde existem inúmeras
cidades, vilas e tribos; em Karnóvia, mais precisamente em
Porto Uno, na Metrópole do Vapor, na Ponte Urbe e na região
do Castelo Karnov; e também em Ungro, principalmente
em Mitstron, além de alguns grupos dispersos na região do
Corredor das Ruínas.
Religião: Os humanos não possuem um Deus específico,
cultuam todo o panteão de Yrtov, porém as divindades mais
conhecidas são Droough, Aluskarin, Kaudoss, Flamarin,
Grotanjia, Vulsuu e Plandessin, este último é o Deus com mais
seguidores entre a raça, especificamente entre os moradores de
Karnóvia. Também existem aqueles sem religião, o que abrange
a maioria dos humanos que, após o cataclismo, sentiram-se
temerosos e aversos a cultos, simplesmente vivem por si só ou
seguindo a filosofia que achem mais correta.
Idiomas: Humanos falam orsev, a língua mais difundida que
abrange todo continente de Orsóvia, as ilhas de Karnóvia e
outros pontos como o norte de Ungro.
Nomes: Como descrito no Livro do Jogador.
Aventuras: Como descrito no Livro do Jogador.
anões
Os anões de Vax recolheram-se em pontos que se sentiam mais
à vontade: nas cadeias de montanhas e vulcões de Orsóvia
construíram o seu lar. Não tiveram a possibilidade de atingir
outras regiões, pois a resistência a navegações era mais forte
do que o espírito de procura por uma pátria mais adequada.
Em seus salões subterrâneos reconfortaram-se com o calor
vindo do interior da terra e começaram a trabalhar com a forja,
fazendo suas armas, armaduras e utensílios que os levaram a ser
reconhecidos por toda região.
Personalidade: Com a segregação de raças, o orgulho, a reclusão
dos anões e as características ancestrais de comportamento,
ficou um pouco apagada já que todos os outros povos passaram
a agir da mesma forma para garantir a sobrevivência. Por este
motivo, muitas famílias de anões viram que uma aliança e
comunhão com outros seres poderia ser benéfica para ambos.
Então, depois de firmados em seus salões, passaram a buscar
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a interação com outros e encontraram nos humanos uma raça
aliada, que supria as suas necessidades com o comércio e lhes
trazia a tecnologia do norte. Entretanto, ainda existem alguns
anões que se isolam do contato com outras raças e vivem em
função do que podem produzir.
Descrição Física: Como descrito no Livro do Jogador.
Relações: Os anões se relacionam com outras raças, mas
geralmente só o fazem se existir uma razão comercial ou
vantagem. Só respeitam aqueles que os respeitarem também,
uma vez maltratados não voltam a ter relações com quem os
ofendeu ou feriu o seu orgulho.
Tendência: Os anões tendem a ser leais e geralmente bondosos,
mas é possível encontrar qualquer tendência entre a raça. Os
conservadores são mais suscetíveis a ideais retrógrados e
preconceituosos que podem instigar atos malignos.
Terras dos Anões: A raça se concentra nas grandes cadeias
montanhosas ao longo da costa norte de Orsóvia. Também
existe um número menor de anões em Ungro, vivem nas
montanhas que a ilha possui e são provenientes do grupo pirata
de Mitstron.
Religião: Os anões, tal como a maioria das raças, não cultuam
mais os Deuses de Yrtov. Aqueles que superaram a indignação
da destruição de Vax pela guerra santa escolhem Brast por ser
o Deus dos minerais, outros raros casos veneram as demais
deidades como Grotanjia e Plandessin.
Idiomas: Anões falam orsev, a língua mais difundida que
abrange todo continente de Orsóvia, as ilhas de Karnóvia e
outros pontos, como o norte de Ungro. Também resguardam o
antigo idioma anão típico de seu povo.
Nomes: Como descrito no Livro do Jogador.
Aventuras: Anões adoram sair em campanhas em busca de
tesouros e histórias, porém a dificuldade de atravessar os
mares é um empecilho para o descobrimento de novas terras
e aventuras. Mas existem aqueles destemidos e corajosos que
enfrentam as viagens de barco e gostam de perambular por Vax
à procura de recompensas.
elfos
Os elfos de Vax ainda vivem da mesma maneira que viviam
no passado, o cataclismo não mudou o cotidiano da raça, pois
conseguiram contornar o problema do frio e da insolação e
protegeram a floresta de Loys. Mas, para continuarem com o
conforto que estão acostumados, os elfos pagam um preço.
Precisam fazer constante manutenção dos poços cálidos e, por
isso, restringem-se a viver somente na ilha de Loys.
Além desse trabalho, os elfos sofrem as penalidade por não
estarem adaptados aos longos períodos de luz e trevas, sendo
sucetíveis a queimaduras solares, insônia e depressão.
Personalidade: Os elfos nunca perdoaram a guerra entre os
Derivadores da Tempestade e os Guerreiros das Constelações, a
catástrofe que seguiu após o confronto causou a quase extinção
da raça. Portanto, mais do que qualquer outro povo, os elfos são
extremamente fechados, xenofóbicos e preconceituosos. São
arrogantes e desconfiados, sempre pensam que outros querem
 MISCELÂNEA
tomar a floresta deles, por ser um local agradável e único em Vax.
São um povo muito unido que respeita as ordens dos mais sábios.
Descrição Física: Como descrito no Livro do Jogador.
Relações: Os elfos não se relacionam com nenhuma outra
raça, são um pouco mais abertos apenas quando precisam
fazer negócios, como a compra e venda de artigos. São um
povo muito segregado e até desconhecido em outras terras, não
fazem diferença para anões, humanos ou orcs, apenas vivem em
função deles mesmos. Como o preconceito por parte dos elfos
é exagerado, além de não permitirem que ninguém entre em
seus domínios, geralmente o povo belo encontra dificuldades
em interagir com outras espécies quando necessitam. Mas, por
sorte, poucos conhecem Loys e, quando encontram um elfo,
pode-se dizer que é um acontecimento único, propriciando um
contato permeado pela curiosidade e pelo fascínio.
Tendência: Os elfos são extremamente leais ao seu povo,
porém não seguem as leis de outras raças ou nações. A maneira
reclusa de viver e a desconfiança os tornam geralmente neutros,
entretanto há raros casos de elfos bondosos e mais comuns de
elfos malignos.
Terras dos Elfos: Os elfos vivem exclusivamente em Loys,
dentro da floresta tão amada e protegida por eles. São raríssimas
as incidências de elfos morando ou perambulando fora da ilha,
geralmente são proscritos ou insatisfeitos com a vida que levavam.
Religião: Os elfos mantém o culto religioso que tinham desde
tempos passados. Grolin, o senhor das florestas é a deidade
escolhida, no entanto não aceitam — e até odeiam — aqueles
que pregam a devoção aos Deuses elementais e aos Deuses
da luz e trevas, já as outras divindades não os causam espécie
alguma.
Idiomas: Elfos falam a sua antiga linguagem de sons sutis
e gramática complexa, não sabem se comunicar com outros
idiomas, com exceção da casta de comerciantes que aprende o
mínimo necessário para poder fazer negócios.
Nomes: O primeiro nome élfico segue os padrões do Livro do
Jogador, porém o sobrenome deve ser referente à uma das cinco
famílias de origem, ou seja, devem ostentar os nomes Nartherel,
Tefarin, Jassaviv, Diúw ou Hullë.
Aventuras: Os elfos de Vax, em geral, não possuem um espírito
aventureiro. Passam a vida em Loys servindo ao seu povo e à
floresta. Mas a necessidade de rubis de fogo e de comércio
obriga alguns a trilhar um caminho mais difícil e perigoso. Há
também os poucos casos de elfos infelizes com a vida reclusa
que decidem abandonar Loys para sempre e vagar pelo mundo
em busca de sensações diferentes.
gnomos
Os gnomos de Vax são poucos e só são encontrados em
dois lugares: na Metrópole do Vapor, em Karnóvia, onde
está a maioria deles, e também pelos arredores de Cazone,
em Lurgnarov, onde andam com uma pequena caravana. São
criaturas sem pátria, pois vivem em lugares pertencentes a outras
raças, mas consideram Vax inteira o seu lar.
Os gnomos, depois dos elfos, foram os mais atingidos pelo
cataclismo. Além de um número reduzido ter sobrado, estavam
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espalhados por toda a região de Vax. Os primeiros anos de
reconstituição foram usados para reagrupar a nação gnoma
sendo que, enquanto as outras raças já firmavam territórios, eles
ainda se juntavam. Nas perambulações do grupo que se formou,
viram o começo da construção da Metrópole do Vapor e lá
resolveram ficar em razão do gosto que tinham pela tecnologia
e engenhocas.
Personalidade: Por serem minoria, os gnomos de Vax
desenvolveram uma personalidade de sobrevivência e
adaptação muito grande. Afora da curiosidade e engenhosidade
característica da raça, a capacidade de resolver problemas e se
ajeitar em qualquer lugar tornou-se marca deste povo. São
muito solidários e se integram facilmente, não perdem em
nada para os humanos na parte social de lidar com outros
povos.
Descrição Física: Como descrito no Livro do Jogador.
Relações: Os gnomos são o povo que consegue se relacionar
melhor com qualquer tipo de raça. Além de serem cosmopolitas
e descontraídos, a sua frágil condição de minoria é uma garantia
de que nunca se tornarão uma ameaça para ninguém, por isso
são muito bem tolerados, a não ser, é claro, pelos elfos de Loys,
caso queiram adentrar nas matas da ilha.
Tendência: Como descrito no Livro do Jogador.
Terras dos Gnomos: Os gnomos não possuem uma pátria,
residem em terras de controle humano ou de outras raças.
Existe uma preferência pelas ilhas Karnóvia, mais precisamente
na Metrópole do Vapor e também a sul, em Lurgnarov, perto da
cidade de Cazone. Contudo, a raça considera toda a região de
Vax como sua terra.
Religião: Os gnomos de Vax são ateus, não cultuam ou seguem
dogmas de nenhum Deus, acreditam na ciência e na tecnologia.
O ceticismo da raça demonstra-se pelo grande tempo destinado
à criação de máquinas e engenhocas, tratadas com verdadeiro
apreço. Porém, existem raras exceções, pouquíssimos gnomos
que residem mais ao norte cultuam Plandessin e outros, a sul,
em menor número, cultuam Esuó.
Idiomas: Gnomos falam orsev, sabem o idioma anão,
conhecem o luratu, de Lurgnarov e alguns ainda conhecem o
élfico e outras línguas estranhas. Possuem esse conhecimento,
pois viajam bastante e se relacionam com todas as raças.
Nomes: Como descrito no Livro do Jogador.
Aventuras: Os gnomos de Vax são aventureiros natos, suas
noções de sobrevivência e versatilidade os tornam perfeitos
andarilhos e exploradores. Gostam muito de viajar, buscar
conhecimento e tecnologia, sempre observam tudo com a
pretensão de tirar algum proveito positivo. Por apresentar essas
características, muitos gnomos são utilizados como guias por
outras raças quando pretendem viajar por terras estranhas.
meio-elfos
Os meio-elfos de Vax são a raça mais nova existente na região.
Antes do cataclismo, existiam as crias de humanos e elfos, mas
a catástrofe matou todos. Hoje em dia, somente o grupo pirata
“Filhos de Monseh” é composto de meio-elfos e casos isolados
de elfos que abandonaram a floresta de Loys e se juntaram a
 MISCELÂNEA
humanos em regiões esparsas. Em Mitstron, cidade de Ungro,
os meio-elfos progridem e ploriferam sua espécie.
Personalidade: Os meio-elfos possuem a personalidade
característica dos humanos, são inventivos, ambiciosos e
versáteis. São ligeiramente mais reclusos pelo preconceito que
carregam. Apesar de serem abertos, muitos os acham arrogantes
apenas por terem parentesco com elfos, mas poucos sabem
que o povo belo de Loys não os admite como semelhantes.
Por isso, os trejeitos élficos foram deixados de lado e a raiva
dos meio-elfos pelos habitantes de Loys é uma das motivações
que os levam a querer progredir. São de natureza rebelde e
revolucionária, querem a mistura de povos, com exceção dos
elfos que devem, segundo eles, ser exterminados.
Descrição Física: Como descrito no Livro do Jogador.
Relações: Os meio-elfos se relacionam muito bem com
humanos e alguns poucos elfos rebeldes que fugiram de Loys
(esses são admitidos sem rancores). São abertos aos gnomos,
anões e até halfings, suspeitam dos orcs e raças inferiores,
maneira que nomeiam os seres mais monstruosos. Odeiam os
elfos de Loys e os nobres humanos, principalmente os chefes
das casas comerciais e generais da guarda real.
Tendência: Como descrito no Livro do Jogador.
Terras dos Meio-elfos: Os meio-elfos só tem Ungro como
sua terra, usam a cidade de Mitstron como local principal e
se espalham pelo resto da ilha, ocupando muitas masmorras e
ruínas de antigas civilizações.
Religião: Para os meio-elfos, a escolha religiosa é livre, não criam
empecilhos para seguir ou não um Deus. Os que escolhem uma
religião são mais inclinados a escolherem Droough, Aluskarin,
Grolin ou Geófis, por apresentarem tendências caóticas.
Idiomas: Os meio-elfos falam orsev e luratu, perderam há
muito tempo o interesse pela língua élfica.
Nomes: Os meio-elfos adotam nomes humanos, nunca
se batizam com nomes élficos, aqueles que ainda trazem o
sobrenome de Loys estão entre os mais antigos da raça, mas
ainda assim há quem opte por mudar o nome.
Aventuras: Os meio-elfos têm a vontade de se aventurar
tal como os humanos, muitos estão ligados à pirataria e às
atividades fora da lei. Mas a verdadeira ambição do povo é juntar
um grande poder e destituir os elfos de Loys da floresta e, assim,
tomar o santuário para eles mesmos.
meio-orcs
Os meio-orcs de Vax são crias geradas de duas maneiras. Uma
delas é a violência entre orcs e humanos, as guerras e confrontos
seguidos de capturas, escravidão e abusos resultam em meio-
orcs que nascem já renegados e indesejados; muitas vezes são
abandonados e, apenas por sorte ou compaixão de alguém, eles
sobrevivem. Essas crias nascem em Lurgnarov ou Orsóvia,
em campos militares onde existem prisões para capturados de
guerra. Felizmente, as guerras cessaram há algum tempo e a
mistura das raças não acontece mais de forma bárbara.
A outra maneira, muito incomum, é a junção por opção de
orcs e humanos que residem geralmente em Ungro. Na cidade
13
pirata de Mitstron e na vila caótica de Panicidian, as duas
raças podem coexistir e gerar os meio-orcs. Os meio-orcs de
Ungro são mais bem aceitos e possuem uma vida cuja infância
foi menos conturbada. Entretanto, precisam sobreviver aos
perigos da ilha sem leis e aprender a ser fortes para prevalecer
sobre os outros.
Personalidade: Os meio-orcs se dividem entre aqueles que
nasceram da violência e os que foram gerados em Ungro.
O primeiro grupo na maioria das vezes nasceu escravo ou
prisioneiro de guerra, sua vida foi servir os orsovianos ou os
orcs de Lurgnarov. Atualmente, são um grupo mais maduro,
poucos são ainda jovens, mas independente da idade todos
possuem uma fúria reclusa, revolta e ódio pela condição em que
foram gerados. Aqueles que se libertam são andarilhos solitários
e odeiam tanto humanos quanto orcs. Já o segundo grupo nasce
integrado numa sociedade, mesmo que seja um lugar sem leis
e de difícil sobrevivência; possuem uma personalidade mais
voltada à busca dos prazeres e da diversão, são centrados e
persistentes, tenazes e independentes.
Descrição Física: Como descrito no Livro do Jogador.
Relações: Os meio-orcs só possuem relacionamentos em
Ungro, onde não existem preconceitos. Porém, os habitantes da
ilha tratam a raça como qualquer outro povo, com desconfiança
e cautela. A terra sem lei e ordem não permite que a palavra
ou honra sejam uma qualidade respeitada, portanto todos
se reguardam nas tratativas. Fora da ilha, os meio-orcs são
considerados orcs pelos humanos e vistos como humanos pelos
orcs. Com muita dificuldade, a raça consegue se impor em uma
sociedade de orcs ou humanos e normalmente conquista o
respeito pela força. São raros os casos de meio-orcs que vivem
em cidades de Orsóvia ou Lurgnarov, grande parte é solitária ou
agrupada entre semelhantes e vagam por Vax mantendo a sua
sobrevivência.
Tendência: Os meio-orcs crias da guerra são, em sua maioria,
caóticos e maus. Já os orcs de Ungro tendem ao caos, pois vivem
em cidades sem leis, mas a bondade, neutralidade ou maldade
variam em cada caso.
Terras dos Meio-orcs: Os meio-orcs só tem Ungro como sua
terra, usam a cidade de Mitstron e de Panicidian como principais
locais de moradia e espalham-se pelo resto da ilha, ocupando
muitas masmorras e ruínas de antigas civilizações, comumente
entram em atrito com meio-elfos que usam a ilha como lar, tal
como eles.
Religião: São raros os casos de meio-orcs com religião, os
poucos casos cultuam Deuses caóticos e alguns veneram
Taumarek, Deus da guerra.
Idiomas: Os meio-orcs falam orsev e luratu. Em Ungro, as duas
línguas são comuns e nos campos de prisão os dois idiomas
também eram falados.
Nomes: Como descrito no Livro do Jogador.
Aventuras: Os meio-orcs se aventuram de duas maneiras,
podem ser andarilhos solitários que usam a força e vigor para
resistir aos perigos do mundo ou se juntam a renegados e foras-
da-lei para conquistar suas ambições. Não são necessariamente
voltados a atitudes malignas, apenas não respeitam as regras
impostas por Karnov, muitos são piratas que saqueiam outros
piratas, nobres arrogantes ou militares ditadores.
 MISCELÂNEA
halflings
Antes do cataclismo existiam muitas dinastias de halflings em
Vax, eram numerosos e cada grupo possuía características
comuns, mas maneiras de viver completamente diferentes.
Haviam aqueles mais civilizados, que viviam em vilas bem
organizadas; outros mais rurais, que tinham fazendas e casas
improvisadas e também os mais selvagens, que gostavam de
viver na floresta junto à natureza. Após a catástrofe, somente
duas dinastias sobraram, os selvagens e os mais civilizados.
Rapidamente, se moveram para a ilha de Oll e lá encontraram
uma terra arrasada e destruída, apenas a parte norte era
facilmante habitável. Porém, as duas culturas dos halflings não
poderiam viver juntas em harmonia, desta maneira o grupo mais
civilizado mudou-se para uma pequena ilha a norte de Oll, hoje
conhecida como ilha Atol.
Personalidade: Os halflings podem ser mais selvagens ou
civilizados, porém todos têm um espírito curioso, gostam
do sossego, de comer, beber e fumar ervas. São quietos e
acomodados, mas a curiosidade pode levá-los a atos que
desencadeiam aventuras e perigos. O povo mais civilizado gosta
de acumular conhecimento, de jogos intelectuais e de registrar
a história; já os mais selvagens pareciam os esportes, gostam de
pregar peças e de dançar em volta das fogueiras.
Descrição Física: Como descrito no Livro do Jogador.
Relações: Os halfings, apesar de bons anfitriões e de serem
companhia agradável, possuem pouco relacionamento com
outras raças. Se sentem seguros na ilha de Oll e não veêm
necessidade em abranger mais território ou conhecer outros
lugares. Os poucos que se aventuram são motivados pela
curiosidade e geralmente são aceitos em outros povos. Sua
integração é fácil, pois não incomodam; seu tamanho pequenino
e sua habilidade para se esconder, garantem que outros não
notem a sua presença.
Tendência: Como descrito no Livro do Jogador.
Terras dos Halflings: Os halflings vivem em Oll, na ilha
principal e também na cidade de Talasseu, na ilha Atol. Os
outros, encontrados em terras diferentes, são aventureiros em
busca de novas experiências.
Religião: Os halflings mais selvagens cultuam Grolin e
Grotanjia, já os mais civilizados, que vivem na cidade de
Talasseu, veneram os Deuses Plandessin e Kaudoss.
Idiomas: Como descrito no Livro do Jogador, só que em vez de
falarem comum, sabem o idioma orsev.
Nomes: Como descrito no Livro do Jogador.
Aventuras: Os halflings só se aventuram para satisfazer a sua
curiosidade, qualquer lugar ou missão é uma alternativa. Estão
sempre atrás de novas experiências, não importando o tipo de
lugar que tenham como destino ou o povo que irão encontrar.
armas
A tecnologia de Karnóvia permitiu a criação de armas de fogo,
um grande diferencial para outros lugares de Yrtov. As armas
funcionam à base de pólvora, uma invenção da Metrópole do
Vapor, que hoje em dia é confeccionada por humanos e gnomos.
14
Esse equipamento já é bem difundido e conhecido, entretanto o
preço elevado ainda é uma barreira para o uso generalizado.
Cada tipo de arma de fogo requer um talento separado em Usar
Arma Exótica. Armas de fogo obra-prima podem ser criadas
por 300 po adicionais. Uma arma de fogo aceita todos os bônus
e melhorias mágicas que funcionariam normalmente para bestas.
Balas obra-prima podem ser criadas por 300 po adicionais para
cada 50 balas. Balas aceitam todos os bônus e melhorias mágicas
que funcionariam normalmente para virotes.
Bacamarte: O bacamarte atira uma rajada de fragmentos
em um cone de 4,5 m partindo do atirador. Faça uma jogada
de ataque para cada oponente dentro desta área aplicando as
penalidades apropriadas. O bacamarte guarda cinco cápsulas de
uma só vez, mas precisa ser reengatilhada entre os disparos (uma
ação equivalente a movimento). Recarregar até duas cápsulas é
uma ação padrão, acima de duas cápsulas (no máximo de cinco)
é uma ação de rodada completa.
Distância do Alvo Penalidade de Ataque Dano
Até 1,5 m - 3d6
Mais de 1,5 m até 3 m -2 2d6
Mais de 3 m até 4,5 m -4 1d6
Balas: As balas são grandes, arredondadas e feitas de chumbo,
geralmente são vendidas em sacos de 10 unidades.
Bolas de Canhão: As bolas de canhão podem vir em dois
tamanhos, um maior para o canhão pesado e um menor para
o canhão leve, o formato e material não diferem, são esferas de
ferro fundido.
Cápsula para Bacamarte: Esse tubo de metal é compactado
com minúsculos fragmentos de ferro. A cápsula inclui a carga de
pólvora, portanto não é necessária nenhuma pólvora adicional
para armar o bacamarte.
Canhão: Como as balestras, os canhões atiram com uma jogada
de ataque direta (1d20) sem modificadores (nem o bônus base
de ataque, modificadores de habilidade etc.), exceto aqueles
pertinentes ao incremento de distância. Cada tiro consome 0,5
kg de pólvora. Armar e atirar com um canhão despende três
ações de rodada completa para toda a tripulação necessária. O
funcionamento do canhão pesado e leve é o mesmo, apenas
o dano, incremento de distância e quantidade de tripulação
diferem.
Pistola: A pistola guarda apenas uma bala e necessita de uma
ação padrão para ser recarregada.
Rifle: O rifle guarda apenas uma bala e necessita de uma ação
padrão para ser recarregado.
equipamentos
Abaixo serão descritos os equipamentos, indumentárias e
montarias típicas de Vax.
Acolchoamento de Armaduras: Para aqueles que querem
andar protegidos por suas armaduras e ainda assim não sofrer
com o extremo frio, o acolchoamento pode ser aplicado em
qualquer tipo de armadura existente. Com várias camadas
de pele de foca, uma costura muito bem feita é cerzida
internamente na armadura, isso evita que o ar aquecido pelo
 MISCELÂNEA

equipamentos indumentárias
e itens mágicos Penalidade
Item Custo Peso por Armadura
equipamentos
Casacão de
pele de buryah 5 po 10 kg -1
Item Custo Peso Gibão do 2.500 po 5 kg -
Pólvora, chifre 30 po 0,75 kg dragão branco
Pólvora, barril 240 po 10 kg Acolchoamento 30% 20% -1 (a mais)
Seiva de Prata (1 litro) 1 po 1 kg de armaduras a mais a mais

poções e venenos montarias e transportes

Item Custo Item Custo Peso
Ruína dos Bravos 1.250 po Buryah de montar 500 po -
Ungüento da Voracidade Insaciável 3.500 po Buryah de guerra 1.000 po -
Névoa do Sombrio Renascer 1.650 po Esquis de neve 5 po 2 kg

máquinas de cerco

Arma Custo Dano Decisivo Inc. de Distância Peso Tipo Tripulação

Canhão pesado 5.000 po 8d6 x4 80 m 2.000 kg Concussão 3
Bolas de canhão (10) 4 po - - - 10 kg - -
Canhão leve 2.000 po 6d6 x4 60 m 1.500 kg Concussão 1
Bolas de canhão (10) 2 po - - - 5 kg - -

novas armas
Armas Exóticas –
Ataque a Distância Custo Dano Decisivo Inc. de Distância Peso Tipo
Pequena
Pistola 250 po 1d10 x3 15 m 1,5 kg Perfurante
Balas (10) 3 po - - - 1 kg -

Média
Rifle 500 po 1d12 x3 45 m 5 kg Perfurante
Balas (10) 3 po - - - 1 kg -
Bacamarte 1.000 po especial x2 especial 5 kg Perfurante
Cápsulas (5) 10 po - - - 1 Kg -

corpo saia, conservando o usuário quente e confortável. As
armaduras com este trabalho custam 30% a mais do que o preço
padrão e também pesam 20% a mais. A mobilidade do usuário é
prejudicada e deve-se aplicar a penalidade por armadura com a
adição de -1 ponto na penalidade original. Ou seja, um peitoral
de aço acolchoado custará 260 po, terá uma penalidade por
armadura de -5 e pesará 18 kg, entretanto o frio natural não será
mais um problema.
Buryah: Os buryahs são as melhores montarias para o clima
gelado de Vax, são naturalmente protegidos do frio e conseguem
carregar uma grande carga, sem contar que andam sem
dificuldades em terrenos nevados. Para mais informações sobre
o buryah, ver suas estatísticas na pg 87. Os buryahs de guerra
podem ser facilmente usados em combate, enquanto os de montar
são difíceis de controlar em batalha (veja Combate Montado na pg
138 e a perícia Cavalgar na pg 72 do Livro do Jogador).
Casacão de Pele de Buryah: Esse casacão se assemelha a um
enorme manto feito com a pele de buryah, é uma vestimenta
muito grossa e pesada que atrapalha o movimento. Porém é
a alternativa daqueles que não possuem ouro suficiente para
comprar artigos mágicos ou de melhor qualidade. O casacão
pode ser usado por cima de roupas ou de armaduras, entretanto
confere uma penalidade por armadura adicional de -1. Essa
proteção somente serve contra o frio natural.
Esquis de neve: Os esquis de neve são feitos de madeira
resistente envernizada com resina de árvores, possuem tiras de
couro presas para se firmarem os pés. Medem em cerca de 1,40
m de comprimento variando com o tamanho do usuário. Servem
para deslizar na neve e só podem ser usados após algum treino.
Varetas para impulsão acompanham os esquis. Para deslizar é
necessário um teste de Equilíbrio com CD 12, adversidades no
tempo e declives muito grandes, bem como neve muito fofa
podem aumentar a CD. A velocidade que um esqui alcança em
grandes declives é muito alta, cerca de 60 km/h. Entretanto,
em situações mais corriqueiras e terrenos mais planos, a pessoa
que estiver deslizando pode assumir que está numa manobra de
corrida, porém o multiplicador de movimento passa de quatro
vezes para seis vezes. Cabe ao mestre estipular dificuldades
maiores para o uso do esqui e limitar as velocidades.
Gibão do Dragão Branco: O gibão é uma vestimenta que
cobre quase todo o corpo, assemelha-se a uma segunda pele,
existem apenas os buracos para os pés, mãos e cabeça. Essa
indumentária é especial, pois é feita a partir de escamas de
filhotes de dragão branco. A roupa só pode ser feita com
filhotes, porque nesta idade o dragão ainda não tem as escamas
muito rígidas e o tamanho ajusta-se perfeitamente às proporções
humanóides. O gibão não é um item mágico, mas carrega as
propriedades de resistência ao frio dos dragões brancos,
qualquer um que use a roupa estará imune ao frio natural e terá

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 MISCELÂNEA

uma Resistência ao Frio de 5 pontos por rodada. Além de ser poções e venenos
extremamente caro, o gibão ainda pode ser um perigo para o seu
usuário, caso algum dragão branco o veja vestido. Sem pensar, a Névoa do Sombrio Renascer: Essa poção extremamente
criatura atacará impiedosamente o portador da roupa, graças à volátil é ideal para se levantar discretamente um pequeno grupo
pele de filhotes de sua raça. O gibão pode ser usado debaixo de de servos mortos-vivos. Desenvolvida pelos necromantes
qualquer armadura ou roupa, não é difícil ocultá-lo. da Ordem Hermética do Manto Negro, sua fórmula recen-
temente foi parar nas mãos do Círculo do Silêncio através
Pólvora: Esta substância alquímica foi inventada na Metrópole de seus agentes infiltrados. É comum o Círculo equipar seus
do Vapor, pela comunhão de esforços dos gnomos e humanos. agentes com uma ou duas doses desta poção para missões em
O seu uso já é difundido, porém o efeito explosivo ainda assusta que seja necessário o uso de força e servos descartáveis. Uma
os mais receosos. Com apenas 37,5 g de pólvora, é possível vez aberto o frasco, apenas uma dose é capaz de se espalhar em
causar a explosão necessária para um tiro de arma de fogo uma área de 9 m de raio em 2d4 rodadas antes de se dissipar,
(veja as Armas acima). Se acesa, desde que não haja vento. Cada
irá queimar só por uma única Buryah dose é capaz de transformar até
rodada e proverá iluminação dez cadáveres em esqueletos ou
equivalente a um bastão solar. Animal (Grande) zumbis, conforme o estado de
Pólvora molhada ou úmida é Dados de Vida: 8d8 + 40 (76 pv) conservação dos corpos. Os
inútil e precisa ser seca (requer Iniciativa: + 0 mortos-vivos criados não estão
uma exposição de dez minutos Deslocamento: 9 m sob o controle de ninguém e
ao ar livre) antes de ser acesa. CA: 16 (-1 tamanho, + 7 natural), 16 (surpreso), 9 (toque) atacam quem encontrarem,
A pólvora é vendida em chifres Ataques: Corpo-a-corpo: chifre +13 mas podem ser expulsos ou
a prova d’água com 0,75 kg do Dano: Chifre 2d6 + 12 controlados normalmente. Ní-
material ou em pequenos barris Face/Alcance: 1,5 m por 3 m/1,5 m vel de Conjurador: 10o; Preparar
de 10 kg. Testes de Resistência: Fort +11, Ref +6, Von +3 Poção, Criar Mortos-vivos Menor;
Habilidades: For 26, Des 10, Cons 21, Int 2, Sab 13, Car 2 preço: 1.250 po; custo de
Seiva de Prata: A seiva de Perícias: Ouvir +11 criação: 625 po + 50 XP.
prata é uma iguaria coletada Terreno/Clima: Tundras/frio
no Bosque Oco, floresta a leste Organização: Solitário ou rebanho (2-12) Ruína dos Bravos: Esse ve-
de Orsóvia. É um preparado Nível de Desafio: 4 neno poderoso foi criado há
feito com o muco e com os Tesouro: Nenhum vários anos por uma sociedade
próprios Vermes da Lua. Esse Tendência: Sempre Neutro de assassinos, para ser usado
alimento muito nutritivo pode Progressão: 9-12 DV (Grande); 13-24 DV (Enorme) especificamente contra criaturas
sustentar um homem por um dia notoriamente resistentes a ve-
com apenas 250 ml ingeridos. O buryah é um animal quadrúpede e corpulento, nenos. Ele só é usado por
Entretanto, a seiva de prata com pêlos em todo o corpo que alterna da coloração assassinos, espiões e indivíduos
não pode ser usada como única castanha-escura ao negro. A maioria dos buryahs mede que desejam matar por meio
fonte de alimento por mais de entre 2,10 m e 2,40 m de comprimento, de 1 m a 1,40 m da traição. Seu comércio é
uma semana, senão a doença de altura (do chão até o ombro, na posição natural de um totalmente proibido em terras de
dos vermes pode se instaurar. O quadrúpede) e pesa até 3 ton. São criaturas carnívoras e humanos, elfos, anões, ciclopes
produto também emite uma fraca geralmente arredias, mas só atacam quando impelidos e outros povos, mas é possível
iluminação prateada que abrange ou famintos, usam seus chifres como arma. Esses animais encontrar frascos à venda no
um círculo de 1,5 m de diâmetro. são usados freqüentemente como montaria, pois andam mercado negro e em regiões nas
A doença causada pelos Vermes sem dificuldades pela neve e resistem muito bem ao mais quais a desordem e a maldade
da Lua acontece quando esses rigoroso frio. imperam. Ingestão; teste de
seres são ingeridos vivos, resistência de Fortitude (CD20);
geralmente o preparado tem Capacidade de carga: A carga leve para um buryah dano primário: 2d6 Constituição
uma porcentagem das criaturas é 233 kg; a carga média varia entre 238,5−466,5 kg; (temporário); dano secundário:
ainda vivas, mas o número não a carga pesada varia entre 417−700 kg. Um buryah 2d6 Constituição (temporário).
causa risco. Contudo, a ingestão consegue arrastar 3.500 kg. Em criaturas com resistência
em demasia pode acumular no natural contra venenos, o valor
sistema uma quantidade de vermes vivos que possa apresentar do bônus se torna uma penalidade no teste de resistência: anões,
perigo, esse é o motivo pelo qual a seiva de prata não deve ser por exemplo, não apenas descartam seu bônus racial de +2 para
constantemente usada. resistir a ele, como também sofrem uma penalidade de –2 nos
seus testes de Fortitude. Preço : 3.500 po.
Doença Infecção CD Incubação Dano
Ungüento da Voracidade Insaciável: Esse terrível óleo
Barriga de Lua Ingerida 12 1d4 dias 1d4 Cons
negro e malcheiroso tem suas origens no distante passado de
Valaris. Sua fórmula foi perdida e redescoberta várias vezes
Barriga de Lua: Quando os Vermes da Lua são ingeridos ainda ao longo da história. Com ele, é possível untar o cadáver de
vivos, alocam-se nos intestinos do hospedeiro e começam a se um ou mais humanóides ou humanóides monstruosos mortos
reproduzir e sorver a energia da vítima. Por este motivo, a barriga recentemente, transformando-os em carniçais. Uma dose pode
da criatura incha e brilha com a luminescência dos vermes, como ser usada para untar um corpo de tamanho médio ou dois de
uma lua cheia. Como os vermes não estão acostumados a um tamanho pequeno e equivale a uma ação padrão. Para corpos
hospedeiro animal, dificilmente sobreviverão, apenas um teste maiores, é preciso dobrar a quantidade a cada nova categoria de
bem-sucedido em Fortitude já é suficiente para o adoentado tamanho. O morto-vivo recém-criado está inicialmente sob o
liberar os parasitas. controle do seu criador, mas tem direito a um teste de resistência

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 MISCELÂNEA
de Vontade a cada semana (CD 15) para tentar se libertar. Além
disso, o carniçal tem um bônus profano de +1 cumulativo no
teste de resistência para cada semana adicional. Nesse caso, é
comum ele tentar destruir seu antigo mestre, por isso, usuários
do ungüento que não têm o poder de comandar mortos-
vivos, geralmente criam esses monstros para missões suicidas
ou de pouca duração. Apenas clérigos malignos, necromantes
corruptos e outros vilões costumam utilizar-se dessa substância
com freqüência. A maioria dos povos civilizados não têm
conhecimento de sua existência e aqueles que o conhecem
abominam completamente o seu uso. Nível de Conjurador:
11o; Preparar Poção, Criar Mortos-vivos; preço: 1.650 po; custo de
criação: 825 po + 66 XP.
novos talentos
Todos os talentos descritos a seguir podem ser utilizados como
se fossem talentos adicionais para o guerreiro.
canhoneiro Especialista (geral)
Você é proficiente em operar canhões.
Pré-requisitos: Profissão (engenheiro de máquinas de cerco) 4
ou + graduações.
Benefício: Você ganha um bônus de +4 em jogadas de ataque
feitas com um canhão.
Normal: Sem esse talento, um ataque de canhão só sofre
modificações de incrementos de distância.
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canhoneiro mestre (geral)
Você é extremamente talentoso para operar canhões.
Pré-requisitos: Canhoneiro Especialista, Profissão (engenheiro
de máquinas de cerco) 4 ou + graduações.
Benefício: Você ganha um bônus de +8 em jogadas de ataque
feitas com um canhão.
Normal: Sem esse talento, um ataque de canhão só sofre
modificações de incrementos de distância.
o pingente da terra
O pingente da terra funciona por meio de três palavras de ativação
que conferem poderes relacionados ao elemendo terra. A
primeira palavra é TULS, quando proferida em qualquer lugar
que possua algum tipo de rocha, o usuário do pingente pode
conversar livremente e quantas vezes quiser com as pedras,
paredes, solo etc. (ver a magia O Conto das Rochas, na pg. 194 do
Livro do Jogador). A segunda palavra é VOK, que ativa um efeito
peculiar, mas muito útil. Qualquer barulho produzido a partir do
usuário e a um diâmetro de 36 m de distância é absorvido pela
terra ou rocha, este poder dá a vantagem de uma aproximação
calculada e imperceptível. Esse silêncio não afeta magias ou a
conversa, os sons são proferidos e ouvidos, mas imediatamente
sugados pelas rochas, que ficam manchadas de negro. A última
palavra é BADUL, que possibilita ao usuário três vezes ao dia
modelar a rocha (ver a magia Modelar Rochas, na pg. 234 do Livro
do Jogador). As habilidades do pingente funcionam como se
evocados por um conjurador de 20º nível.